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Ajuste a valor presente (CPC 12): um estudo das práticas de divulgação das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3

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AJUSTE A VALOR PRESENTE (CPC 12): Um estudo das práticas de divulgação das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3.

Autores: Isabella de Almeida Alves Barreto Pítias Teodoro (Orientador)

RESUMO

O objetivo desta pesquisa é verificar o atendimento das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 ao CPC 12, entre os anos de 2012 e 2016. No levantamento bibliográfico, pode-se ressaltar a obrigatoriedade da convergência das Normas Internacionais de Contabilidade ao modelo contábil brasileiro, incluindo o Ajuste a Valor Presente, objeto do CPC 12. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo e abordagem qualitativa, por meio de pesquisa documental das Demonstrações Financeiras Padronizadas – DFPs das companhias de capital aberto durante cinco períodos dos exercícios contábeis. A população total do estudo compreendeu 60 empresas, no entanto, foi selecionada uma amostra não probabilística de 14 companhias, pertencentes ao segmento de transmissão de energia, posto que tal segmento é caracterizado pelo grande número de transações financeiras e a predominância de ativos financeiros. Foi aplicado o teste Qui-Quadrado para a amostra, que resultou na rejeição da hipótese nula do estudo. Os resultados obtidos apontaram um nível de atendimento médio de 48% pelas empresas ao CPC 12, o que, provavelmente, se deve à dificuldade de interpretação das orientações contidas no Pronunciamento. Também resulta da pesquisa a impossibilidade de relacionar um bom nível de atendimento ao CPC com o nível de governança corporativa das companhias. Por outro lado, observou-se maior evidenciação à Norma no ano de 2016 em comparação a 2007, período este anterior à adoção do CPC 12 no Brasil. Conclui-se, para a amostra do estudo, que as empresas requerem maior adequação ao Ajuste a Valor Presente, garantindo transparência e o esclarecimento das demonstrações financeiras aos usuários de informações contábeis.

PALAVRAS-CHAVE: Ajuste a Valor Presente; B3; CPC 12; Energia Elétrica; Normas Internacionais de Contabilidade.

1. INTRODUÇÃO

Um dos objetivos da contabilidade é o de apresentar informações aos credores que, segundo Padoveze; Benedicto; Leite (2012), são úteis para auxiliar o processo da tomada de decisão. Por meio das demonstrações contábeis e outras formas de evidenciação de informações (disclosure), a contabilidade pode ser tratada como o principal instrumento de divulgação do desempenho empresarial (GASPARETTO, 2004).

A relevância das informações no contexto do mercado de capitais ultrapassa a questão da alocação de recursos financeiros, tratando também da determinação dos preços dos títulos, considerados os seus riscos e os retornos esperados (HENDRIKSEN; BREDA, 1999). Os investidores, como parte interessada nos recursos financeiros em um mercado de capitais, “utilizam as demonstrações financeiras para compor suas expectativas acerca da empresa na qual mantêm interesses” (TERRA; LIMA, 2006, p.6).

No que tange à percepção dos investidores, é identificada a presença do modelo de governança corporativa principalmente nas empresas listadas nas bolsas de valores. Este modelo, ou sistema, tem como característica principal “o estudo de mecanismos de alinhamento de interesses entre diversas partes, dentro de um ambiente caracterizado pela assimetria de informações” (COLOMBO; GALLI, 2010, p. 3). A governança corporativa, então, seria uma alternativa de resposta às assimetrias informacionais nos relatórios contábeis das companhias.

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Terra e Lima (2006), em seu trabalho, observaram as práticas de governança corporativa de empresas e analisaram a reação dos investidores em duas situações: 1) Quando havia a prática da governança corporativa e 2) Quando não havia a prática da governança corporativa. Os autores concluíram que os investidores reagiram de maneira distinta à presença de evidenciação das demonstrações contábeis e enfatizaram a importância de se estabelecer a qualidade da informação por meio de um padrão contábil.

Uma das ações que está em curso com o intuito de buscar um padrão contábil internacional é a adoção das normas contábeis mundialmente aceitas e compreendidas, conforme o International Accounting Standards Board (IASB), órgão responsável pela emissão e divulgação das International Financial Reporting Standards (IFRS), as Normas Internacionais de Contabilidade. Estas normas foram elaboradas com o intuito de fornecer aos países afiliados ao IASB o modelo de elaboração e divulgação das demonstrações contábeis em uma linguagem universal (WATANABE, 2009).

No Brasil, a Lei 11.638/07 (BRASIL, 2007) amparou a convergência da contabilidade brasileira das empresas de capital aberto ao padrão internacional do IASB (SANTOS; CALIXTO, 2009). O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) é a instituição encarregada de trazer as normas do IFRS para o cenário brasileiro por meio de seus Pronunciamentos Técnicos (NETO; OLIVEIRA DIAS; PINHEIRO, 2009). Dentre os pronunciamentos elaborados pelo CPC, existe o CPC 12 (CPC, 2008), que aborda o conceito de Ajuste a Valor Presente (AVP) e sua prática nos demonstrativos financeiros e notas explicativas das companhias (PONTE et al., 2012).

Santos e Calixto (2009) constataram que com a publicação do CPC 12, o AVP impactou as demonstrações contábeis das empresas societárias no exercício findo em 2008. Os autores investigaram se as normas internacionais de contabilidade, após a harmonização para o Brasil com a Lei 11.638/07 e a emissão dos pronunciamentos técnicos, foram aplicadas e divulgadas pelas companhias de imediato. Foi constatado que houve diversidade no grau de aderência a essas determinações.

Ante ao exposto, o presente estudo procura responder à seguinte questão: as empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 estão atendendo às exigências do CPC 12 e do setor, após a vigência da Norma?

A pesquisa tem como objetivo „Verificar o atendimento das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 ao CPC 12‟. O setor selecionado compreende um total de 60 empresas, e estão de acordo critérios definidos no CPC (2008), no que concerne a existência de investimentos e obrigações de longo prazo em suas operações, além do regimento de contratos de concessão de serviço público, à luz da Interpretação Técnica ICPC 01 (CPC, 2009).

Por meio de pesquisa documental - Notas Explicativas e Balanços Patrimoniais das entidades de capital aberto do setor de energia elétrica listadas na B3 buscar-se-á: 1) Analisar as Demonstrações Financeiras das empresas entre os anos de 2012 e 2016, identificando as práticas de Ajuste a Valor Presente conforme orientações dispostas no CPC 12; 2) Verificar o nível de atendimento médio das empresas ao AVP; identificando possível relação entre o atendimento ao CPC 12 e o segmento de listagem de governança corporativa das empresas da B3 e 3) Comparar a evidenciação das empresas no resultado de 2007, período anterior à publicação da Norma, que veio a realizar-se no ano seguinte.

A pesquisa pode ser justificada pela necessidade de observação da qualidade da informação por meio do disclosure das demonstrações financeiras no mercado de capitais brasileiro para os investidores (MOURA et al., 2011; TERRA; LIMA, 2006; LOBO et al., 2000). Além disso, o trabalho é importante porque, dentre os estudos encontrados (PONTE et al., 2012; MOREIRA et al. 2015; ARAÚJO et al. 2015 e SOUZA; MAPURUNGA; PONTE, 2014) que abordam diretamente a temática do AVP e o estudo de sua aplicação no mercado

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de valores do Brasil, não foi encontrada pesquisa que relacionasse o assunto ao estudo específico das empresas do setor de energia elétrica.

Concorre para a relevância do estudo a necessidade de publicação de trabalhos mais recentes envolvendo o CPC 12 – Ajuste a Valor Presente -, já que se trata de uma norma recente e um tema ainda pouco explorado na contabilidade brasileira. Também se deve considerar a importância de uma análise que compreendesse um período posterior ao ano de 2010, quando da obrigatoriedade da convergência ao IFRS, posto que a maioria das pesquisas encontradas são relacionadas aos primeiros anos após a adoção do CPC 12 e da introdução da Lei no 11.638/07 (ARAÚJO et al., 2015). O trabalho também é importante porque investiga se a adoção dos procedimentos contábeis aos padrões internacionais, principalmente da aplicação do AVP, se tornou mais evidente na contabilidade brasileira (PONTE et al., 2012; ARAÚJO et al., 2015).

O trabalho está estruturado em seis tópicos, incluindo esta introdução. Na próxima seção, será abordada a contextualização do processo de harmonização das normas e procedimentos contábeis e o reflexo na contabilidade brasileira. Em seguida, será descrito o conceito de Ajuste a Valor Presente pela abordagem do CPC 12, conforme a legislação e as normativas dos órgãos deliberadores, como a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho Federal de Contabilidade. Na próxima seção, serão descritos os procedimentos metodológicos necessários para a concretização do estudo. Em seguida, será realizada a análise e discussão dos resultados à luz das teorias apresentadas e das informações coletadas sobre as empresas do setor de energia elétrica listadas na B3. Por fim, são apresentadas as conclusões do estudo, assim como suas limitações e sugestões para futuros trabalhos.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Histórico e regulamentação contábil no Brasil

O órgão responsável por promover a convergência internacional das normas e procedimentos contábeis é o International Accounting Standards Board (IASB) (ALVES OLIVEIRA; LEMES, 2011). O principal objetivo do Instituto é “promover a convergência entre as normas contábeis e as normas internacionais de contabilidade para soluções de alta qualidade e transparência” (FRANCO, 2004, p. 12). O IASB é responsável pela emissão das Normas Internacionais de Contabilidade, denominadas International Accounting Standards (IAS) e International Financial Reporting Standards (IFRS) (MUNHOZ et al., 2014).

Em 2005, os IFRSs foram adotadas por 92 países (ANTUNES, et. al, 2007). Em 2017, um relatório no website do IFRS constatou que as normas internacionais de contabilidade já haviam sido admitidas em 150 países, e mostrou que o uso desses padrões do IFRS está se expandindo em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde o processo de convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais ocorre em ritmo acelerado (MOURAD; PARASKEVOPOULOS, 2012).

No Brasil, a Resolução nº 1.055 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), no ano de 2005, criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão que estuda o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos que validam a introdução dos IFRSs no país, “levando sempre em conta a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais” (CFC, 2005, p. 3). O órgão é responsável pela emissão de documentos contábeis, tendo elaborado, até o ano de 2017, 50 Pronunciamentos Técnicos (CPC, 2017).

O CPC é composto por representantes de diversas instituições brasileiras, que incluem: o próprio Conselho Federal de Contabilidade, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), a Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e

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Financeiras (Fipecafi) e a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Nacional) (MARTINS et al., 2007).

A introdução dos IFRSs no Brasil ganhou respaldo de diversos órgãos reguladores da contabilidade brasileira. Além do poder Legislativo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central do Brasil (Bacen), e as agências reguladoras e fiscalizadoras têm o poder de introduzir novos padrões contábeis nas demonstrações financeiras das empresas. Em 2007, a CVM, por meio da Instrução nº 457 de 2007, determinou que a elaboração e a publicação das demonstrações contábeis das companhias abertas deveriam ser apresentadas segundo o padrão contábil internacional considerando as normas emitidas pelo IASB a partir de 2010. Já o Bacen, por meio do Comunicado nº 14.259, no ano de 2006, introduziu a conformidade das demonstrações contábeis de acordo com o IFRS para as instituições financeiras, também a partir do ano de 2010.

Além dessas publicações legais, o governo sancionou a Lei nº 11.638/07, com posterior revogação pela Lei nº 11.941/09 que abrangeu aspectos das normas do IFRS e introduziu gradualmente a harmonização da contabilidade societária brasileira no contexto mundial (WEFFORT, 2005; MACEDO et. al, 2013).

2.2 Internacionalização das normas e procedimentos contábeis

A internacionalização contábil tem por principais finalidades o incentivo dos investimentos estrangeiros diretos nos países o desenvolvimento do mercado de capitais mundial, unificação das normas e dos procedimentos contábeis em uma linguagem aceita e reconhecida internacionalmente, facilitando assim o entendimento das divulgações e viabilizar o processo de comparação das informações entre as empresas de um mesmo grupo ou de grupos distintos de atuação e, também, aquelas companhias que operam em diversos países e se deparam com seus usuários internacionais (PAVODEZE; BENEDICTO; LEITE, 2012; ANTUNES et. al, 2007).

Quanto aos registros contábeis anteriores ao processo de internacionalização, segundo Macedo et. al (2013), estes eram pautados na objetividade, mensurando os valores ao seu custo histórico, o que em alguns casos é preferível estimar valores mais próximos da realidade econômica de um país.

O processo de harmonização internacional das normas contábeis tem se tornado relevante para a prestação de informações ao usuário, e, segundo Padoveze, Benedicto e Leite (2012), isso é justificado pelo crescimento da economia global e pelas pressões no mercado mundial, que conduzem à exigência de um conjunto de normas transparentes e de relatórios contábeis compatíveis para o uso em todo o mundo. Os autores sustentam a ideia de que os países que adotam normas contábeis internacionalmente aceitas estão em vantagem em relação aos demais, principalmente em função do grande número de investidores e credores estrangeiros atuando no mercado financeiro atual.

Entretanto, as empresas devem considerar alguns aspectos importantes quando da adoção do IFRS pela primeira vez, tais como:

a) identificar as diferenças entre a política contábil utilizada e o IFRS; b) selecionar as políticas contábeis que estão de acordo com as normas internacionais, na data de publicação das primeiras demonstrações em IFRS; c) determinar as isenções do IFRS que serão aplicadas; d) determinar as estimativas apropriadas na data de transição para o IFRS; e) determinar a necessidade de avaliação de experts, e; f) preparar o balanço de abertura ao final da transição para o IFRS, de acordo com as políticas selecionadas e sua aplicação em demonstrações financeiras ao término do

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período de um ano de informações comparativas, pelo menos (ANTUNES et. al, 2007, p. 5).

Dentre as vantagens esperadas pela a adoção do IFRS nos países, segundo Mourad e Paraskevopoulos (2012) e Macedo et. al (2013) destacam: facilidade de obtenção de crédito por parte dos empresários, observação de maior grau de consistência das empresas, menores custos de financiamento e maiores chances de inserção no mercado mundial, devido ao capital aberto incialmente em seu país de origem. Vale ressaltar também alguns aspectos negativos: elevados custos de divulgação das informações contábeis, assim como a manutenção de uma equipe responsável por essa divulgação e a quantidade de tempo dispendida para a adequação ao IFRS (Antunes et. al, 2007).

Em relação aos resultados observados na adoção do IFRS na contabilidade brasileira verificou-se diferenças nos resultados das empresas que migraram para o IFRS: foi identificada uma tendência ao aumento dos lucros destas companhias (MACEDO et al., 2013; SANTOS; CALIXTO, 2010; QUEIROZ et al., 2010). Lima (2010) observou o aumento da relevância da informação contábil com uma adoção parcial do IFRS e maior associação entre informações pertinentes ao lucro e patrimônio líquido e o preço de mercado das ações das companhias.

A apresentação e a evidenciação das demonstrações financeiras das empresas, em conformidade com o processo de harmonização dos procedimentos contábeis internacionais a partir do IFRS, tendem a ser reconhecidas como boa prática de governança corporativa diante dos stakeholders das companhias (MOURAD; PARASKEVOPOULOS, 2012; LIMA, 2010; SARLO NETO, 2004).

2.3 CPC 12 - Ajuste a valor presente

Antecede à compreensão do conceito do ajuste a valor presente reconhecer a diferença deste com o conceito de valor justo (fair value). Por explicação em seção específica de questionamentos do CPC 12, o valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado ou um passivo liquidado, sendo o seu primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de um determinado ativo ou passivo, ou o provável valor de mercado por comparação a ativos e passivos que tenham valor de mercado definidos (CPC, 2008). Ainda segundo a mesma fonte, em uma última situação, de impossibilidade de determinação do valor de mercado dos itens patrimoniais por informação do próprio mercado, é que deverá ser realizado o ajuste a valor presente dos valores futuros de fluxos de caixa desses itens. Também é possível considerar o valor justo como um retorno justo julgado pelos investidores acerca de um montante específico. Este tema, entretanto, é abordado inteiramente pelo CPC 46 – Mensuração do Valor Justo.

Entende-se por valor presente o valor atual de um montante futuro (SOUSA, MAPURUNGA; PONTE, 2014). As decisões de investimentos levando em conta o valor presente têm expectativas acerca do seu valor do dinheiro no tempo, a saber, os riscos e as incertezas a ele associado (ARAÚJO et al., 2015). Isso ocorre porque a disposição das pessoas e entidades em receber uma quantia monetária hoje é diferente daquela em uma data futura (BARBOSA, 2009), logo, é importante considerar o valor do dinheiro no tempo.

Gallon et al. (2008) pressupõem que “o método do valor presente dos fluxos de caixa futuros é uma metodologia útil e válida de avaliação de ativos e elimina problemas encontrados no método do custo histórico dos itens da empresa como base de valor” (GALLON et al., 2008, p. 2). Os principais problemas encontrados na mensuração a custo histórico são: 1) O método não acompanha as alterações em custos e preços que afetam as demonstrações contábeis e 2) Não considera a obsolescência dos bens, além de não informar o real valor de mercado de ativos e passivos (GALLON et al., 2008).

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Do ponto de vista de Assaf Neto (2003), a empresa é avaliada por sua riqueza econômica expressa a valor presente, dimensionada pelos benefícios de caixa esperados no futuro e descontados de uma taxa de atratividade refletida pelo custo de oportunidade dos provedores de capital. “A criação de valor para os acionistas de uma companhia parte do ponto onde os investimentos pelas empresas são realizados a taxas superiores ao custo de capital exigido pelo mercado” (ASSAF NETO, 2003, p. 8).

A prática do Ajuste a Valor Presente (AVP) está inserida na contabilidade brasileira desde a introdução da Lei nº 11.638/07, que estende disposições relativas à elaboração e divulgação das informações financeiras às sociedades de grande porte, e trata, em dois artigos específicos, a obrigatoriedade de realização do ajuste para ativos e passivos provenientes de operações de longo prazo (BRASIL, 2007).

O Pronunciamento Técnico nº 12 que concerne ao Ajuste a Valor Presente, foi aprovado e tornou-se obrigatório para as companhias de capital aberto pela CVM no ano de 2008, segundo a deliberação nº 564 do órgão. O objetivo principal desse Pronunciamento é “estabelecer os requisitos básicos a serem observados quando da apuração do Ajuste a Valor Presente de elementos do ativo e do passivo quando da elaboração de demonstrações contábeis” (CPC, 2008). O CPC 12 (CPC, 2008) segue duas premissas indispensáveis quando da abordagem do AVP, expressada por Ponte et al. (2012) como características qualitativas da informação contábil: 1) Relevância e 2) Confiabilidade.

A relevância está relacionada ao uso de informações baseadas no AVP pelo incremento do valor preditivo da contabilidade, da correção de julgamentos acerca de eventos passados já registrados e traz melhoria na forma pela qual eventos presentes são reconhecidos, admitindo-se que, se as informações forem devidamente registradas, as demonstrações contábeis obtêm maior grau de relevância (CPC, 2008).

Já o grau de confiabilidade, segundo o mesmo pronunciamento relaciona-se com o uso de estimativas e julgamentos acerca de eventos probabilísticos livre de vieses, sendo estes eventos passíveis de verificação por terceiros independentes, para que possam chegar a resultados similares ou aproximados daqueles produzidos pelo prestador da informação e que não haja interpretação equívoca da forma como os ativos e passivos tenham sido mensurados a seu valor presente (CPC, 2008).

A essência do CPC 12 está na mensuração contábil que deverá ser aplicada no reconhecimento inicial de seus elementos do ativo e passivo (CPC, 2008). Ponte et al. (2012) afirmam também que este Pronunciamento não enumerou os ativos e passivos alcançados, apenas estabeleceu diretrizes gerais. Estas diretrizes apontam que a mensuração a valor presente deverá ser realizada nas seguintes situações:

(a) transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa cuja contrapartida é um ativo ou passivo com liquidação financeira de recebimento ou pagamento em data diferente da data do reconhecimento desses elementos; (b) reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos similares empregando método de alocação de descontos; e (c) conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um passivo (CPC, 2008, p. 4).

O CPC 13, que trata sobre a Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória 449/08, destaca que os elementos patrimoniais decorrentes de operações de longo prazo, consideradas como atividades de financiamento ou investimento, serão ajustados ao seu Valor Presente, e os demais, quando houver efeito relevante, baseados na data de origem da transação (CPC, 2008; MORIBE; PANOSSO; MARRONI, 2007).

Padoveze, Benedicto e Leite (2013) abordam a questão relativa às taxas de descontos aplicadas para os ativos e passivos contratuais, devendo estas ser expressas pela taxa do

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contrato, caso esta reflita a taxa de mercado. Se os ativos e passivos não forem provenientes de acordos contratuais, deverá então ser adotada a taxa do mercado para o referido ajuste, porém, existe certa dificuldade em estabelecer esta taxa e como realizar o cálculo adequado para sua determinação. As taxas para a realização do ajuste a valor presente não devem ser livres de efeitos fiscais, ou seja, calculadas antes dos impostos (CPC, 2008). A intenção é que as taxas reflitam condições de mercado que sejam as melhores possíveis para a realização do ajuste, quanto ao valor do dinheiro no tempo e aos riscos financeiros assumidos dos Ativos e Passivos em suas datas originais, na data em que ocorreu, e não na data do fechamento do balanço (Ponte et al., 2012; CPC, 2008), atendendo , pela visão de Moribe, Panosso e Marroni (2007), ao Princípio do Denominador Comum Monetário, em que os valores das contas patrimoniais são coincidentes com as datas de cada transação.

Foi estabelecido no CPC 12 o conteúdo mínimo de informação contábil que as empresas deverão prestar em suas notas explicativas, diante da realização do Ajuste a Valor Presente, a efeito para Ativos e Passivo, sendo:

(a) descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor presente, natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado; (b) premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de crédito, etc.), montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado, expectativas em termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades associadas); (c) modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos; (d) breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento adotado para acomodar mudanças de premissas da administração; (e) propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou (f) nova medição e motivação da administração para levar a efeito o procedimento; (g) outras informações consideradas relevantes (CPC, 2008, p. 10).

A divulgação, por parte das empresas, das informações pertinentes ao AVP tem o objetivo principal de garantir a transparência das demonstrações contábeis aos usuários (PONTE et al., 2012). Sobretudo, é importante ressaltar que, mesmo se tratando de uma deliberação obrigatória às sociedades por ações, no ano de 2008, foi uma prática que demandou grande esforço por parte das organizações em disponibilizar a situação de seu patrimônio e o ajuste de seus itens, além de trazer custos mais altos e maior esforço dos especialistas (Ponte et al., 2012; QUEIROZ et al., 2010).

Trabalhos mais recentes mostram que essa situação vem sendo minimizada, visto que as companhias têm divulgado mais as práticas de AVP (ARAÚJO et al., 2015; COLARES; DAS CHAGAS, 2017; QUEIROZ et al., 2010), porém, Fontana, Andrade e Macagnan (2013) acreditam que as empresas ainda precisam evoluir em relação à evidenciação das informações do ajuste, já que estas informações são obrigatórias às companhias desde 2010. A partir das exigências do CPC em relação à divulgação, terceiros conseguem analisar se as empresas estão seguindo com as exposições do CPC 12 e o qual o nível desta divulgação nas notas explicativas.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Classificação da pesquisa

Quantos aos seus objetivos, o presente trabalho pode ser classificado como descritivo, pois tem como objetivo “o estabelecimento de relações entre variáveis” (GIL, 2007, p. 42). Este tipo de pesquisa sugere a padronização das técnicas de tratamento de dados e procura o conhecimento da realidade ou de um grupo em estudo, assim como suas características e limitações e são escolhidas, geralmente, quando os pesquisadores preocupam-se com uma atuação prática da abordagem no ambiente (GIL, 2007).

A classificação da pesquisa com base nos procedimentos técnicos adotados, que confrontam a teoria com os dados extraídos da realidade, é documental, cujos dados são extraídos de documentos, oficiais ou não, sendo o conhecimento produzido por meio de análise da documentação relevante necessária (TOZONI-REIS, 2009; GIL, 2007). Gil (2007) destaca que os principais estudos que têm como base a pesquisa documental utilizam dados secundários, que já receberam tratamento analítico e envolvem os relatórios de pesquisa, relatórios financeiros ou gerais das empresas e tabelas estatísticas (GIL, 2007).

3.2 População e amostra

A população do presente estudo foi constituída pelas 60 empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 até o exercício final do ano de 2016. A escolha pelo setor de Energia Elétrica se deu, principalmente, pelo reconhecimento de transações financeiras que indiquem a adoção do Ajuste a Valor Presente segundo o CPC 12. O estudo foi reduzido a uma amostra não probabilística de 14 companhias, pertencentes ao segmento de transmissão de energia, visto que essa fração de empresas compreende ativos financeiros provenientes de contratos de concessão de energia elétrica, à luz da interpretação contábil ICPC 01 (CPC, 2009) que aborda a mensuração e o tratamento das contas contábeis desses contratos.

3.3 Objeto de estudo e coleta de dados

Foram considerados no estudo alguns itens de Ativos e Passivos financeiros de longo prazo - não circulantes - consoante ao Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE) emitido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) (ANEEL, 2015). Esta delimitação foi realizada em função desses itens estarem sujeitos ao Ajuste a Valor Presente pelas empresas os exercícios compreendidos entre 2012 e 2016. As contas de ativos e passivos consideradas estão listadas no Quadro 1.

Quadro 1: Contas de Ativos e Passivos de longo prazo sujeitos ao Ajuste a Valor Presente, segundo o MCSE.

Ativos Passivos

Consumidores - clientes Arrendamento mercantil

Concessionárias e permissionárias Empréstimos e financiamentos

Empréstimos a receber Uso do bem público

Ativos de operação descontinuada e bens destinados à alienação Tributos diferidos Fonte: Adaptado do MCSE, 2015.

Os dados (secundários) foram extraídos dos relatórios das empresas do segmento de transmissão setor de energia elétrica referente ao período 2012-2016, disponibilizados no website da B3. Foram coletados nas Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs) das companhias, nas Notas Explicativas, nos Balanços Patrimoniais e nas Demonstrações de Resultados. Também foram coletados informações dos mesmos documentos referentes ao ano

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de 2007, pois também é objetivo da pesquisa verificar o atendimento das empresas antes da obrigatoriedade do Ajuste a Valor Presente, ocorrido no final do ano de 2008.

3.4 Tratamento e análise dos dados

O tratamento e análise dos dados coletados foi realizada a partir da proposição de Ponte et al. (2012), com a finalidade de verificar se as companhias da amostra do estudo vêm atendendo ou não às especificações do CPC 12 ao longo dos anos seguintes à sua publicação. Para tanto, utilizou-se as cinco orientações empregadas por Ponte et al. (2012) em seu estudo e que estão definidas no Parágrafo 33 do CPC 12 – item Divulgação, em relação à evidenciação do Ajuste a Valor Presente em Notas Explicativas aos usuários de informações. As orientações descritas no CPC 12 e aplicadas nesta pesquisa, a fim de averiguar o nível de evidenciação das empresas estudadas são:

1) Descrever os itens objeto de mensuração a valor presente; 2) Evidenciar as taxas de juros utilizadas no cálculo de AVP; 3) Explicitar modelos utilizados para cálculo de riscos; 4) Realizar breve descrição do método de alocação dos descontos; e 5) Explicitar a motivação da administração para realizar o AVP (PONTE et al., 2012, p. 11).

A partir da observação da divulgação dos itens acima mencionados pelas empresas, adotou-se a classificação em “S” e “N”, quando, respectivamente, o item foi divulgado e quando não foi.

Uma vez que se deseja investigar o atendimento aos critérios definidos no CPC 12, o estudo testou as seguintes hipóteses:

• H0: As empresas da amostra vêm divulgando integralmente as orientações de divulgação pertinentes ao CPC 12 nas demonstrações financeiras analisadas.

• H1: Não se pode dizer, estatisticamente, que as empresas vêm divulgando integralmente as orientações de divulgação pertinentes ao CPC 12 nas demonstrações financeiras analisadas.

Caso a hipótese nula do estudo seja rejeitada, então, concluir-se-á que as empresas da amostra, não divulgam todas as orientações às práticas de Ajuste a Valor Presente por meio de seus Balanços Patrimoniais ou em Notas Explicativas.

Com o intuito de verificar o nível de atendimento às orientações de divulgação das informações relativas ao CPC 12 pelos demonstrativos das companhias, realizou-se o Teste Qui Quadrado para as observações da amostra. A aplicação do Teste tem a finalidade de “descrever a associação entre variáveis qualitativas e tomar conhecimento do grau de dependência entre elas”(BUSSAB; MORETIN, 2010, p. 73).

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

a) Empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 pertencentes ao segmento de transmissão de energia:

As empresas com atividade de transmissão de energia elétrica, assim como o respectivo nível de Governança Corporativa (NCG) são listadas no Quadro 2.

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Quadro 2: Empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 pertencentes ao segmento de transmissão de energia e nível de governança corporativa.

Empresa Nível de Governança

Corporativa *

1 Afluente Transmissão de Energia Elétrica S/A N/D

2 Alupar Investimento S/A N2

3 Andrade Gutierrez Concessões S.A. MB

4 Cachoeira Paulista Transmissora Energia S.A. MB

5 Cemig Geração e Transmissão S.A. N/D

6 Centrais Elet Bras S.A. - Eletrobras N1

7 Cia Estadual Ger.Trans.Ener.Elet-Ceee-Gt N1

8 Cia Paranaense de Energia - Copel N1

9 Cteep - Cia Transmissão Energia Elétrica Paulista N1

10 Light S.A. NM

11 Neoenergia S.A. MB

12 Statkraft Energias Renováveis S.A. MA

13 Termopernambuco S.A. N/D

14 Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. N2

* NM – Novo Mercado; N2 – Nível 2; N1 – Nível 1; MB – Bovespa Mais; MA – Bovespa Mais Nível 2; N/D – Sem Governança/Não disponível

Fonte: B3, 2017.

b) Percentual de itens que atenderam ao CPC 12 que foram divulgados por cada empresa do setor de energia elétrica listadas na B3:

A partir dos dados consolidados na última linha do Quadro 3, é apresentada a situação de cada empresa quanto a divulgação, ou não, da realização do AVP pelas empresas pesquisada. O uso é evidenciado respectivamente pelas letras “S” de sim e o não uso pela letra “N” de não.

Verificou-se a observância ao CPC 12 pelas empresas da amostra segundo os cinco itens de evidenciação de práticas de divulgação das informações contábeis nas Demonstrações Financeiras Padronizadas. Em seguida, calculou-se o número de itens abordados pelas empresas durante o período estudado – 2012 - 2016.

Os resultados apontam que o maior percentual de itens atendidos foi da companhia Light S.A., com 84% de evidenciação de AVP. Outras três empresas apresentaram percentual de favorável de 80%: Eletrobrás, Cemig e CTEEP, enquanto que Andrade Gutierrez Concessões S.A. e Termopernambuco S.A. apresentaram os menores índices de transparência nos cinco anos pesquisados, de, respectivamente, 12% e 16%.

O Teste Qui-Quadrado para a amostra foi realizado no momento da análise dos resultados encontrados nos demonstrativos financeiros das companhias. Estabeleceu-se um valor esperado (VE) de 25 para cada empresa, correspondente à pontuação “1” por cada item atendido, durante os cinco períodos de observância e para as cinco categorias de orientações do CPC 12, totalizando 25. Esse valor foi o esperado, pois, como a realização do AVP se trata de uma norma, espera-se que todas as empresas divulguem em seus demonstrativos as cinco orientações para informação.

O Qui-quadrado calculado, com base nos valores esperados e observados na amostra, foi de 76,6. Para o cálculo do Qui-quadrado crítico, foi encontrado o número de graus de liberdade do estudo, pela fórmula (k – 1), em que k corresponde ao número de elementos da amostra. Como a amostra não probabilística das empresas que, ao final foi de 12 empresas, pois se excluiu a Cachoeira Paulista e a Transmissora Aliança, que não divulgaram nenhum dos itens do CPC 12 em seus demonstrativos, o número de graus de liberdade para o teste foi 11.

(11)

Considerando um nível de significância do estudo de 0,05, então, temos que a probabilidade para a amostra é de 5%. Para uma probabilidade de 5% e 11 graus de liberdade, o valor crítico encontrado, segundo a Tabela da Distribuição Qui-Quadrado de Bussab e Moretin (2010), foi de 19,675.

A hipótese nula do estudo, definida anteriormente na seção dos tratamentos dos dados, para o Teste em questão, é rejeitada caso o qui-quadrado calculado supere o qui-quadrado crítico. O valor calculado resultou em 76,6, e o valor crítico, obtido através da Tabela foi de 19,675. Logo, rejeitou-se a hipótese nula do Teste, ou seja, não é possível afirmar estatisticamente que as empresas vêm divulgando plenamente as orientações ao CPC 12.

Quadro 3: Divulgação do AVP pelas empresas do segmento de transmissão de energia elétrica. ITEM ANO AFLU E NT E AL UPAR ANDRA DE GUT IE R R E Z C AC HOE IR A PAUL ISTA E L E T R OB R AS C E E E C E MI G C OPEL C T E E P L IGHT NE OE NE R GI A STAT KR A FT T E R MO PE R NAM B UC O T R ANM IS. AL IAN Ç A % de obs er va çõ es ‘ S Descrever os itens objeto de mensuração a valor presente 2012 S S S N S S S S S S S S S N 85,7% 2013 S S N N S S S S S S S S S N 78,6% 2014 S S N N S S S S S S S S N N 71,4% 2015 S S N N S S S S S S S S N N 71,4% 2016 N S N N S S S S S S S S N N 42,9% Evidenciar as taxas de juros utilizadas no cálculo de AVP 2012 N N S N S N S S S S N S N N 42,9% 2013 N N N N S N S S S S N S N N 42,9% 2014 N N N N S N S S S S S S N N 50,0% 2015 N N N N S N S S S S S S N N 50,0% 2016 N N N N S N S S S S S S N N 50,0% Explicitar modelos utilizados para cálculo de riscos 2012 N N N N N N N N N S N N N N 7,1% 2013 N N N N N N N N N N N N N N - 2014 N N N N N N N N N N N N N N - 2015 N N N N N N N N N N N N N N - 2016 N N N N N N N N N N N N N N - Realizar breve descrição do método de alocação dos descontos 2012 N N N N S N S N S S S N N N 35,7% 2013 N S N N S N S N S S S N N N 42,9% 2014 N S N N S N S N S S N N N N 35,7% 2015 N S N N S N S S S S N N N N 42,9% 2016 N S N N S N S S S S N N N N 42,9% Explicitar a motivação da administração para realizar o AVP 2012 S S S N S S S S S S S S S N 85,7% 2013 S S N N S S S S S S S S S N 78,6% 2014 S S N N S S S S S S S S N N 71,4% 2015 S S N N S S S S S S S S N N 71,4% 2016 N S N N S S S S S S S S N N 64,3% % de observações ‘s’ 32% 56% 12,0% - 80% 40% 80% 68% 80% 84% 60% 60% 16% -

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

c) Percentual de itens que atenderam ao CPC 12 que foram divulgados por ano ao longo do período pesquisado – 2012-2016 - por cada empresa do setor de energia elétrica listadas na B3:

(12)

A partir dos dados consolidados na última linha do Quadro 3, é apresentada a situação de cada item de análise do CPC 12, por ano, quanto a divulgação, ou não, da realização do AVP pelas empresas pesquisadas.

Verificou-se que, a partir da análise da última coluna do Quadro 3, os itens mais divulgados por todas empresas, com 85,7% de expressividade foram o 1 - descrição dos itens objeto de mensuração a valor presente” e 5 - motivação da administração para realizar o AVP. Os demais itens receberam divulgação geral entre 32 e 50% durante os cinco anos. Ponte et al. (2012), ao realizarem a análise da observação da amostra estudada, também constataram a maior participação percentual desses dois itens de evidenciação.

Por outro lado, o item com percentual mais baixo de divulgação pelas companhias foi o de explicitar modelos para cálculo de riscos, com manifestação de 7,1%. Este item só foi mencionado por uma única empresa, a LIGHT no ano de 2012. O resultado também corrobora com o estudo de Ponte et al. (2012), em que 99% das empresas da amostra não observaram essa prática. Essa situação pode estar refletida, por exemplo, na dificuldade das empresas ao explicitarem tais modelos ou até mesmo na interpretação do item do CPC 12.

d) Série temporal das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 pertencentes ao segmento de transmissão de energia que divulgaram o uso do CPC 12 em suas demonstrações:

A partir dos dados tabulados no Quadro 3 foi gerada a Figura 1, na qual foi evidenciada a evolução dos itens atendidos pelas empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 pertencentes ao segmento de transmissão de energia ao longo do período em análise – 2012–2016.

Figura 1: Evolução de evidenciação dos itens indicadores das práticas de AVP entre 2012 e 2016 pelas empresas do setor de energia elétrica listadas na B3.

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

Verificou-se que não houve evolução no atendimento ao CPC 12 quando é considerada a amostra da pesquisa. Ao contrário, os itens 1 - Descrever os itens objeto de mensuração a valor presente e 5 - Explicitar a motivação da administração para realizar o AVP tiveram seus percentuais reduzidos ao longo do tempo. Já os itens 2 - Evidenciar as taxas de juros utilizadas no cálculo de AVP e 4 - Realizar breve descrição do método de alocação dos descontos apresentaram uma pequena evolução enquanto que o item 3- Explicitar modelos utilizados para cálculo de riscos foi o mais crítico. Apenas no primeiro

-10,00% 10,00% 30,00% 50,00% 70,00% 90,00% 110,00% 2012 2013 2014 2015 2016

Descrever os itens objeto de mensuração a VP Evidenciar as taxas de juros utilizadas no cálculo de AVP Explicitar modelos utilizados para cálculo de riscos Realizar breve descrição do método de alocação dos descontos Explicitar a motivação da administração para realizar o AVP

(13)

ano do período em análise – 2012 - uma empresa atendeu a todas as orientações ao CPC 12, a Light S.A.

e) Relação entre as informações das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 pertencentes ao segmento de transmissão de energia referentes ao uso do CPC 12 em suas demonstrações e o respectivo Nível de Governança Corporativa:

Com a intenção de investigar se há alguma relação entre o nível de evidenciação das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 pertencentes ao segmento de transmissão de energia com o nível de governança corporativa foi elaborado o Quadro 4.

Ao considerar o nível de atendimento ao CPC 12 como referência, os resultados foram segregados em quartis. Tendo as empresas do quartil 4 como referência, os dados apontam que a Light S.A., que apresentou o maior nível de atendimento em relação as outras empresas, pertence ao segmento de Novo Mercado (NM) da B3, que tem por característica a abertura de capital para transações e a negociação exclusiva de ações ordinárias. Duas empresas desse quartil – CTEEP e Eletrobras participam do Nível 1 (N1) de Governança Corporativa. Embora mais simples se comparado ao Novo Mercado, essa categoria abrange companhias que seguem práticas de transparência e divulgação da informação aos investidores. Já a quarta empresa deste quartil – Cemig – não teve seu nível de governança divulgado.

Por outro lado, ao considerarmos o outro extremo, o quartil 4, as duas empresas com menor nível de atendimento ao CPC 12, os dados apontam que a Termopernambuco não teve seu nível de governança divulgado enquanto que a Andrade Gutierrez faz parte do segmento MB – Bovespa Mais

Os resultados apurados não permitem identificar uma relação entre o nível de governança corporativa das empresas e o atendimento ao CPC 12. Empresas com baixo atendimento ao CPC também classificam-se como de baixa governança, por outro lado, foi registrado um nível de atendimento do CPC de 80% para uma companhia que também não apresentou participação na listagem de governança corporativa da B3.

Quadro 4: Relação entre o atendimento ao CPC 12 e o Nível de Governança Corporativa da B3.

Empresa Nível Atendimento Quartil Nível Governança

Corporativa * LIGHT 84,00% Quartil 4 NM CEMIG 80,00% N/D CTEEP 80,00% N1 ELETROBRAS 80,00% N1 COPEL 68,00% Quartil 3 N1 NEOENERGIA 60,00% MB STATKRAFT 60,00% MA ALUPAR 56,00% N2 CEEE 40,00% Quartil 2 N1 AFLUENTE 32,00% N/D TERMOPERNAMBUCO 16,00% Quartil 1 N/D ANDRADE GUTIERREZ 12,00% MB

* NM – Novo Mercado; N2 – Nível 2; N1 – Nível 1; MB – Bovespa Mais; MA – Bovespa Mais Nível 2; N/D – Sem Governança/Não disponível

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

f) Comparação da divulgação do Ajuste a Valor Presente dos exercícios publicados em 2007 e 2016, referentes, respectivamente, ao período anterior à aplicação da norma no Brasil e ao ano exercício mais recente de observação da pesquisa:

(14)

Com o propósito de verificar a divulgação do CPC 12 em horizontes temporais diferentes da contabilidade societária brasileira, foi realizada a análise das demonstrações financeiras das companhias também no ano de 2007, período imediatamente anterior à publicação no Brasil da norma relativa ao ajuste dos ativos e passivos pelo CPC 12, que se deu no ano seguinte. Os resultados obtidos após a análise das Demonstrações Financeiras Padronizadas das empresas dos exercícios de 2007 e 2016 estão dispostos no Quadro 5.

Em 2007, o Ajuste a Valor Presente foi abordado por seis companhias, sendo que cinco delas ajustaram o Passivo referente às obrigações atuariais de seguros e fundos de aposentadoria: ELETROBRAS; CEEE; CTEEP; LIGHT e NEOENERGIA. A Andrade Gutierrez Concessões S.A., por sua vez, realizou o Ajuste da conta de Contratos de Concessão do Ativo.

Em 2016, apenas os relatórios da empresa Termopernanbuco não abordam as normas do CPC 12. Já as empresas AFLUENTE, ALUPAR, CTEEP e NEOENERGIA abordam, mas não fazem ajustes. As demais empresas fizeram ajustes a valor presente em suas contas.

As demonstrações financeiras de 2016 permitiram a comparação com os resultados encontrados em 2007, visto que o CPC 12 foi abordado por todas as companhias, com exceção da Termopernambuco S.A., que não abordou em suas Notas Explicativas a realização do AVP a partir do ano de 2014, entretanto, nos dois anos anteriores de observação, a companhia não só abordou o assunto, como também ajustou a conta de Clientes.

Quadro 5: Divulgação do Ajuste a Valor Presente pelas empresas em 2007 e em 2016.

EMPRESA AVP - 2007 AVP - 2016

AFLUENTE Não Disponível Aborda - Não Ajusta ALUPAR Não Disponível Aborda - Não Ajusta ANDRADE GUTIERREZ Contratos de Concessão Contratos de Concessão

ELETROBRAS Obrigações Atuariais Contratos de Concessão, Arrendamento Financeiro e Desmobilização de Ativos

CEEE Obrigações Atuariais Obrigações Atuariais

CEMIG Não Aborda Contratos de Concessão e Debêntures

COPEL Não Aborda Contratos de Concessão e Clientes

CTEEP Obrigações Atuariais Aborda - Não Ajusta

LIGHT Obrigações Atuariais Contratos de Concessão, Clientes e Permissionárias

NEOENERGIA Obrigações Atuariais Aborda - Não Ajusta STATKRAFT Não Disponível Contratos de Concessão

TERMOPERNAMBUCO Não Aborda Não Aborda

Fonte: Elaborado pela autora, 2017.

Os resultados permitem afirmar a maior parte das empresas da amostra vêm progredindo na divulgação do AVP em duas demonstrações, porém ainda é identificado que algumas companhias ainda não trouxeram os dispositivos do CPC 12 à contabilização de seus ativos e passivos não circulantes.

5. CONCLUSÕES

A convergência dos países às normas internacionais de Contabilidade proporcionou uma universalidade da linguagem das contas contábeis das companhias. No Brasil, uma das consequências dessa convergência foi a criação do CPC, órgão responsável por trazer as Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS. O CPC 12, relacionado ao Ajuste a Valor Presente dos ativos e passivos, tornou-se obrigatório no Brasil a partir do ano de 2008. No entanto, mesmo possuindo caráter obrigatório, a sua utilização pelas companhias de capital aberto brasileiras ainda tem sido parcialmente atendida.

(15)

Quanto ao objetivo deste trabalho, que foi o de „Verificar o atendimento das empresas do setor de energia elétrica listadas na B3 ao CPC 12‟, conclui-se que não houve o atendimento esperado ao CPC 12 e nem foi observado um maior atendimento nos períodos que sucederam a publicação da Norma.

Ao analisar as demonstrações financeiras das empresas entre os anos de 2012 e 2016, identificando as práticas de Ajuste a Valor Presente conforme cinco orientações dispostas no CPC 12 verificou-se que o atendimento médio ao Pronunciamento foi de 48%, o que representa uma aderência ainda insatisfatória à norma pelas companhias. O resultado, no qual se esperava o atendimento de todos os cinco itens de divulgação, pois, segundo o Parágrafo 33 do CPC, tais itens representam informações mínimas a serem prestadas aos usuários.

Para essa análise, realizou-se o Teste Qui-Quadrado, que, a partir dos valores observados e encontrados e também a comparação com o valor crítico da amostra, rejeitou a hipótese nula da pesquisa,

Ao investigar o nível de atendimento médio das empresas ao AVP; identificando possível relação entre o atendimento ao CPC 12 e o segmento de listagem de governança corporativa das empresas da B3, não se pode dizer que as empresas que obtiveram percentuais maiores de atendimento ao CPC são aquelas que possuem níveis mais altos de Governança Corporativa, pois ao mesmo tempo em que uma empresa apresentou 84% de atendimento às orientações e integra o segmento de Novo Mercado (NM) da Bovespa, outra companhia, sem indicação de Governança Corporativa, obteve 80% de aderência aos itens entre 2012 e 2016.

Ao comparar a evidenciação das empresas no resultado de 2007, período anterior à publicação da Norma, que veio a realizar-se no ano seguinte, com o exercício mais recente da abordagem deste estudo, o ano de 2016, foi encontrada a diferença de 50% para 92% da abordagem do CPC 12 em Notas Explicativas pelas empresas, posto que, em 2016, somente uma companhia, das 12 empresas ao final da amostra selecionadas, não abordou e nem ajustou seus Ativos e Passivos de longo prazo.

O nível de atendimento das empresas do setor de energia elétrica ao CPC 12 encontrado implica na necessidade de maior adequação das empresas ao Ajuste a Valor Presente, principalmente pela obrigatoriedade da norma pelas companhias de capital aberto, a fim de garantir a transparência o esclarecimento das demonstrações contábeis aos usuários.

O estudo limitou-se pelo número reduzido da amostra,. A questão da informação disponível também deve ser considerada como um fator limitante à pesquisa, pois em muitas Demonstrações Financeiras, as empresas não deixavam claras evidências de Ajuste a Valor Presente de suas contas, dificultando a análise das orientações pelo CPC 12.

Para novos estudos, sugere-se a análise das companhias dos segmentos de geração e distribuição de energia elétrica, como também de outros setores listados na B3 de forma a garantir uma amostra mais significativa para o tratamento dos dados. Também é sugerida a abordagem de outros CPCs em obrigatoriedade na contabilidade do Brasil, de forma a averiguar o comportamento das empresas em relação à transparência e divulgação das Normas, tanto para a convergência internacional, como para o entendimento dos usuários interessados.

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