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Rating BANCO BONSUCESSO S.A. Bancos FUNDAMENTOS DO RATING

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Academic year: 2021

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Relatório Analítico Base: Mar/12

Rating

A-

O banco apresenta solidez

financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado,

boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e

setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco.

O risco é muito baixo. Data: 04/jul/2012 Validade: 31/mar/2013 Sobre o Rating Perspectiva: negativa Observação: - Histórico:

Mar/12: Afirmação: A- (negativa) Afirmação: A-2 (CP) Jun/11: Afirmação: A- (estável) Afirmação: A-2 (CP) Dez/10: Afirmação: A- (estável) Afirmação: A-2 (CP) Jun/10: Afirmação: A- (estável) Dez/09: Afirmação: A- (estável) Jun/09: Afirmação: A- (estável) Dez/08: Afirmação: A- (estável) Jun/08: Afirmação: A- (estável) Dez/07: Afirmação: A- (estável) Set/07: Afirmação: A- (estável) Dez/06: Elevação: A- (estável) Jun/06: Afirmação:BBB+(positiva) Dez/05: Afirmação:BBB+(estável) Jun/05: Afirmação:BBB+(estável) Dez/04: Afirmação:BBB+(estável) Mar/02: Atribuição: BBB (estável)

Analistas:

Persio Nogueira Jr. Tel.: 55 11 3377 0713 persio.nogueira@austin.com.br Luis Miguel Santacreu Tel.: 55 11 3377 0703 luis.santacreu@austin.com.br Austin Rating Serviços Financeiros Rua Leopoldo Couto Magalhães, 110 – conj. 73 São Paulo – SP CEP 04542-000

Tel.: 55 11 3377 0707 Fax: 55 11 3377 0739 www..austin.com.br

FUNDAMENTOS DO RATING

O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 03 de junho de 2012, afirmou o rating de longo prazo A- (“A menos”) e a classificação A-2 para as obrigações de curto prazo (inferiores a 360 dias) emitidas pelo Banco Bonsucesso S.A. A perspectiva dos ratings foi alterada de estável para negativa.

O banco pertence ao Grupo Bonsucesso, cuja origem remonta à década de 60, com atividades no ramo de concessionária de veículos da rede Volkswagen. Em 2002, é constituída a Bonsucesso Financeira, dando curso às atividades no setor bancário. O Grupo é composto por duas holdings, tendo na BPE Bonsucesso Participações e Empreendimentos S.A. o controle das empresas, com atuação na comercialização de automóveis e caminhões, e na BBO Participações S.A., o Banco Bonsucesso e suas controladas. O banco atua com foco na atividade de crédito para pessoas físicas e uma gradual diversificação para empresas atuando no middle market. Opera em âmbito nacional em empréstimo consignado para servidores públicos (a nível municipal, estadual e federal) e para aposentados e pensionistas do INSS. O banco possui códigos federais junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ao Exército, Marinha, Aeronáutica, Câmara Federal, Correios, Ministério Público Militar, Senado Federal e com 23 estados da Federação, prefeituras e autarquias, abrangendo mais de 120 convênios firmados.

O rating leva em conta os baixos níveis de inadimplência da carteira de crédito reportados pela instituição, sua baixa exposição ao risco de mercado, adequada gestão de liquidez, postura conservadora da tesouraria, assim como o empenho da administração em mitigar o risco operacional. Da mesma forma, considerou sua comprovada capacidade de originação no produto crédito consignado e, o nível de adequação de capital do banco com a emissão externa de US$ 125 milhões anunciada em outubro de 2010, considerada capital nível II para efeitos de cálculo do indicador de Basileia. Este indicador encontrava-se em março de 2012 em 15,4%, nível considerado confortável.

A alteração na perspectiva do rating considerou, entretanto, o desafio da instituição em manter este nível de capitalização compatível com as regras de contabilização das cessões de crédito com coobrigação que, aplicadas em 2012, reduziram a taxa de crescimento de lucros e do Patrimônio Líquido, historicamente elevadas, como observadas no caso do Banco Bonsucesso. Em linha com este aspecto, ressalta-se o fato de sua estratégia de atuação encontrar-se focada, preponderantemente, em uma classe de produto (crédito consignado) cujo risco de contraparte (risco público) é considerado baixo por esta agência de rating, em que pese ser suscetível ao risco regulatório e concorrencial, à redução das margens financeiras, ao descasamento de prazos, o que exige do banco uma dependência relativa do mercado de cessões de crédito como, também, do Fundo Garantidor de Crédito para a compra de créditos (FGC). Ressalte-se que o desempenho do produto é afetado pelo registro de despesas atreladas ao pré-pagamento de contratos de financiamento, pelo aumento das provisões por conta da coobrigação dada pelo banco à maioria dos créditos cedidos e, por fim, pela alocação de capital para efeitos do indicador de Basileia, com esta coobrigação.

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Por fim, a perspectiva do rating considera as condições operacionais de mercado, influenciadas pelas intervenções da autoridade monetária ocorridas em bancos de porte médio e pequeno do mesmo segmento de atuação do Bonsucesso, que tem influenciado no aumento do custo de captação e queda no fluxo de cessões de crédito, mecanismo usualmente utilizado pelo banco e seus pares nos últimos anos.

Pesa, favoravelmente, como elemento de diversificação na estratégia do banco, a participação na carteira de crédito de operações para empresas atuando no middle market e de operações com cartão de crédito consignado, cujos

spreads são mais elevados, colaborando para o resultado econômico e menor dependência do mercado de cessões.

A classificação de risco de instituições financeiras realizada pela Austin Rating avalia o risco de crédito de curto e longo prazo da instituição. As notas atribuídas pela Austin Rating obedecem a uma escala de classificação nacional e servem como parâmetro de comparação entre as instituições bancárias atuando no Brasil e, eventualmente, com atividades no exterior. As escalas da Austin não levam em conta, e tampouco se limitam, ao rating soberano do país, este empregado como teto para ratings internacionais. O processo analítico da Austin Rating leva em conta, além dos fatores políticos, macroeconômicos, setoriais e regulatórios aplicados às instituições financeiras, os aspectos quantitativos (análise das demonstrações financeiras e indicadores de desempenho, Capitalização, Ativos, Captação, Resultado e Liquidez) e aspectos qualitativos (Controle Acionário, Suporte, Grupo Econômico, Administração, Estrutura Operacional e Estratégia de Médio e Longo Prazo) intrínsecos à instituição financeira em análise.

Qualidade dos Ativos

O crédito constitui o principal fator de risco do Bonsucesso e apresenta peso relevante na sua estrutura de ativos. O indicador de concentração em crédito (créditos/ativos total) tem apresentado ligeira queda ano a ano, totalizando 75,7% em mar/10, 75,5% em mar/11 e 68,8% em mar/12. Esta classe de risco tem baixa incidência no balanço do banco, em virtude de predominarem na carteira créditos consignados em folha de pagamento para funcionários públicos e aposentados do INSS, modalidades cuja pontualidade de pagamento tem se provado bem sucedida desde o seu lançamento na indústria bancária brasileira. Já na pessoa jurídica, predominam as operações de capital de giro com garantia de recebíveis e que, em média, representam 20% da carteira retida no balanço da instituição.

Em março de 2012, o total de créditos em atraso –levando em conta as parcelas vencidas– montou R$ 69,9 milhões, ante R$ 33,6 milhões verificados no mesmo período do ano anterior, e se localizou mais na carteira de middle market e do agronegócio do que na de consignado. O total de atrasos respondeu por 4,0% da carteira bancada no balanço no período, ante 1,6% em mar/10 e 2,0% em mar/11. As provisões constituídas montaram R$ 73,0 milhões, gerando uma margem de cobertura (provisões / total dos créditos vencidos) razoável de 1,09x em mar/12 (mar/11: 1,15x e mar/10: 1,64x).

Até junho de 2011, o banco constituía provisões adicionais às requeridas pela Resolução 2.682 do Banco Central (Bacen), com o intuito de cobrir a eventual inadimplência oriunda dos créditos cedidos com coobrigação. Por recomendação do Bacen, para o balanço de encerramento de 2010, esta provisão deixou de ser reconhecida na rubrica relacionada com provisões para créditos de liquidação duvidosa, sendo contabilizado na rubrica “Outras obrigações – Diversas” no Passivo. Tais provisões montaram R$ 39,7 milhões em mar/12, um pouco inferior à provisão registrada em mar/11 de R$ 42,2 milhões. Levando-se em conta para o cálculo deste índice o volume de créditos cedidos com coobrigação montando aproximadamente R$ 2,00 bilhões em mar/12, o índice de inadimplência total (cedidos + bancados) foi de 2,9%.

O volume de créditos baixados contra prejuízo (write-off) montou R$ 19,1 milhões em mar/12 ante R$ 25,8 milhões em mar/11. A relação write-off / total da carteira caiu de 5,31% em mar/11 para 1,10% em mar/12. No final do trimestre findo em março de 2012, as provisões – desconsiderando as provisões adicionais - cobriram 397,0% da perda líquida (write offs – recuperações) ante 96% em mar/11.

O crédito do Bonsucesso apresenta elevada pulverização em torno de um conjunto de mais de 218 convênios e entidades municipais, estaduais e federais, dos quais 91 possuem cartão de crédito, em que pese estar concentrado na fonte pagadora do INSS (acima de 50% do total da carteira). A carteira de middle market, com peso de 20,8% do

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total (mar/11: 19,8%), conta com um universo crescente de pequenas e médias empresas assistidas pelo banco, apesar não termos obtido as concentrações individuais, tanto nas entidades de consignação como nos clientes corporativos, e o impacto de eventuais inadimplências sobre a qualidade da carteira como um todo.

Na carteira de títulos e valores mobiliários, que respondia por 21,3% do total dos ativos, predominavam, em março de 2012, títulos públicos federais dotados de baixo risco de crédito e as cotas de fundo de investimento representavam 42,9% do total desta rubrica. A carteira conta com a presença, em menor proporção, de CDBs, títulos no exterior, ações de companhias abertas, cotas de fundos de investimento, dentre outras classes de ativos. Não dispusemos de informações acerca do risco de crédito destes ativos.

Capitalização

A capacidade de originação de crédito do Bonsucesso tem exigido um fluxo periódico de cessões, sem o qual o seu índice de Basileia ficaria próximo ou inferior ao mínimo exigido pelo Bacen. Considerando as operações bancadas no ativo, a relação crédito/PL do banco em mar/11 era de 4,4x e de 4,7x em mar/12. Tal nível é considerado moderado e encontra-se em linha com bancos médios atuando no varejo bancário doméstico. Se, no entanto, adicionarmos na carteira os créditos cedidos com coobrigação, o grau de alavancagem, aproximadamente, passaria a 9,4x em mar/12, sendo considerado como elevado, em termos comparativos.

Ciente deste desafio e da impossibilidade de antecipação de ganhos com cessões de crédito, a partir da entrada em vigor, em janeiro de 2012, das novas regras de contabilização destas operações, os acionistas do Bonsucesso têm demonstrado forte comprometimento com o aumento da capitalização da instituição, por meio da retenção de parte dos lucros obtidos na instituição e, sobretudo, na busca de alternativas para aumentar a base patrimonial do banco. No primeiro trimestre de 2007, o capital foi elevado em R$ 133 milhões por meio de empréstimo-ponte junto aos coordenadores do IPO, programado para ser efetivado naquele ano. Segundo a administração, os acionistas já amortizaram a maior parte deste empréstimo, faltando somente uma parcela a ser paga ao final de 2012. Em outubro do ano 2010, o banco realizou emissão externa de 10 anos, montando US$ 125 milhões, sendo considerada como dívida subordinada e capital nível II para efeitos de cálculo do indicador de Basileia. A dívida subordinada foi aprovada em março de 2011 pelo Bacen levando o indicador de adequação de capital do banco (Basileia) para o patamar de 17,6% em jun/11, ante 12,5% em dez/10. Em mar/2012 encontrava-se ao nível de 15,4%.

A Austin entendeu como muito favorável a emissão de dívida subordinada, considerando a curva ascendente de originação de novas operações apresentada pelo banco, a necessidade de distribuir dividendos nos próximos exercícios, para fazer frente à amortização do referido empréstimo-ponte, e o desafio regulatório da Resolução 3.533, posto em prática a partir de janeiro de 2012.

Captação/Liquidez

A gestão de liquidez da instituição tem sido favorecida pela boa qualidade dos ativos de crédito originados pelo banco –notadamente as operações de consignado–, que têm atraído o interesse de investidores e outras instituições financeiras pela compra destes recebíveis.

Sua comprovada capacidade de originação de operações de crédito tem sido modulada pela disposição e compromisso de compra de créditos por parte de bancos parceiros por meio de acordos formais de cessão, bem como a capacidade da administração de formalizar novas parcerias de cessão. Em igual medida, o banco tem experiência no lançamento de FIDCs, o que lhe garante, em tempo hábil, recursos para fortalecer sua posição líquida com este veículo alternativo.

O mercado de cessão se viu prejudicado em virtude dos eventos que envolveram o Banco PanAmericano e o Banco Cruzeiro do Sul, acarretando uma interrupção, redução e/ou encarecimento das cessões de crédito pelos principais compradores. No presente, os acordos de cessão com o Banco do Brasil, o Banrisul, o Santander e o Bradesco (dentre outros) encontram-se vigentes.

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crédito realizada pelo banco, a administração do Bonsucesso contratou serviço de asseguração limitada realizado pela empresa de auditoria externa PricewaterhouseCoopers. Para o período de dez meses findo em 31 de outubro de 2010, foram realizados testes no sistema de empréstimos do banco Bonsucesso, passando pela análise dos controles de geração de contratos/parcela a serem cedidas, da restrição de acesso ao sistema de empréstimos, dos arquivos enviados aos cessionários, contemplando parâmetros, termos e condições da cessão aprovados com o comprador do crédito, evidências da não duplicidade de lastro, da exclusão de parcelas e contratos não aceitos pelos compradores, de recompras e sua exclusão da carteira cedida, bem como sobre o cálculo e contabilização do valor presente da carteira. O trabalho não envolveu aspectos fiscais, contábeis, regulatórios e tributários relativos à prática de cessões de crédito, e os dados financeiros e contas contábeis utilizadas não foram objeto de asseguração por parte da auditoria contratada.

Para financiar a produção de novas operações ativas, o banco conta como veículo alternativo às cessões de crédito um limite ainda disponível em torno de R$ 300 milhões (base mar/2012) junto ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para a emissão de depósitos com garantia especial (DPGE).

O Bonsucesso tem conseguido monetizar sua carteira de consignado. A instituição tem apresentado um caixa livre suficiente para honrar sua captação de depósitos a prazo. A análise de ativos e passivos por faixas de vencimento espelha uma boa adequação de prazos e margem de cobertura positiva dos ativos (disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e operações de créditos) para cobrir suas obrigações com terceiros (depósitos, captação no mercado aberto, emissão de títulos e repasses). Em linhas gerais, a carteira comercial tem sido financiada com as emissões mais curtas de CDBs e a carteira de varejo com as cessões realizadas.

No encerramento do semestre findo em março de 2012, os ativos (disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários, operações de crédito e outros créditos) vencendo em até 360 dias cobriam 1,91x os passivos (depósitos, captação no mercado aberto, emissão de títulos, repasse oficiais, outras obrigações - diversas) com o mesmo prazo de vencimento. Esse múltiplo foi obtido em função do alongamento de prazos de suas captações, principalmente de CDBs. O prazo médio da captação é de 651 dias.

Risco de Mercado

A Tesouraria do Bonsucesso atua de forma conservadora, visando principalmente obter funding adequado, no prazo, volume e taxa para as atividades de crédito do banco. Da mesma forma, tem como função fazer a gestão do caixa excedente, segundo limites pré-estabelecidos na política de gestão do risco de liquidez da instituição. Em sintonia com determinações regulatórias, o banco possui estrutura de gerenciamento desta classe de risco, aprovada pelo Conselho de Administração da instituição.

O Bonsucesso conta com a presença diária de membros da Alta Administração, reunidos diariamente em Comitê, para analisar as posições sujeitas ao risco de mercado e decidir sobre o tratamento a ser dado sobre elas, seja pela manutenção ou saída destas posições, seja pela adoção parcial ou integral de proteção das mesmas, por meio de instrumentos financeiros derivativos. O banco conta com uma unidade responsável pelo gerenciamento desta classe de risco, com a nomeação de diretor estatutário responsável perante o Bacen.

O risco de mercado suportado pela carteira global do Bonsucesso é medido pela metodologia do Value at Risk (VaR) paramétrico, este calculado para 1 dia com 95% de confiança e com limite de tolerância definido pela Alta Administração, para, no máximo, equivaler a 1,5% do PL do banco. A Austin não dispôs de um histórico de VaR capaz de avaliar esta medida de risco, sua dispersão mês a mês e seu impacto na solidez financeira da instituição. Dada o peso substancial do crédito na sua estrutura de ativos e o fato da maior parte destas operações (modalidades do consignado e capital de giro) serem atreladas a taxas prefixadas, o risco pré constitui-se no maior risco de mercado do banco. O Bonsucesso exibe descasamento de indexadores entre a carteira de crédito e sua estrutura de captação, já que cessões de crédito, CDBs e CDIs são predominantemente pós-fixadas, com parcela reduzida de depósitos prefixados. Parte da captação emitida está atrelada ao depósito com garantia especial (DPGE) e tinha sua

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remuneração atrelada ao CDI ou ao índice de preços IPCA em março de 2012.

Segundo o relatório de administração do 1° trimestre corrente, o banco detinha posições em instrumentos financeiros derivativos –swaps– registrados na CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos) e na BMF&Bovespa para mitigar riscos de indexadores diferentes que compõem o seu ativo e passivo. Estes instrumentos, nos termos da Circular nº 3.082 do Bacen, não se destinam a “hedge”.

Com relação à carteira de crédito, da mesma forma que a maioria das instituições financeiras, o Bonsucesso referencia os juros a serem cobrados na ponta ativa com base nas curvas futuras disponibilizadas no mercado, tendo, portanto, incorporado em sua produção de crédito os aumentos efetivos nas taxas básicas da economia, determinados nos últimos meses pelo Bacen, e o aumento no custo de captação, por conta de pressões competitivas por maiores taxas de remuneração de depósitos a prazo. No caso dos créditos consignados concedidos para aposentados e pensionistas, o banco encontra-se sujeito à não correção para cima do teto de juros determinado pelo INSS. Por tratar-se de uma carteira de prazo mais longa e objeto de periódicas cessões, o banco pode eventualmente sofrer com a pressão de margens e resultado econômico mais reduzido com a atividade de crédito. Já para o risco de mercado relacionado à Tesouraria, nesse mesmo período anteriormente citado, o banco possuía posições em Notas do Tesouro Nacional e Letras do Tesouro Nacional (R$ 197.472 mil – valor da curva do papel e classificados como disponíveis para venda) e CPRs no valor de R$ 2.273 mil (classificados como mantidos até o vencimento).

Risco Operacional

A administração nomeou um diretor específico para cuidar destas atividades voltadas para o controle de risco operacional e possui uma área voltada para o levantamento de dados, avaliação, gerenciamento dos riscos, monitoramento e elaboração de relatórios bimestrais. O banco optou em julho de 2008 pela utilização da Abordagem Básica oferecida pelo Bacen para o cálculo do risco operacional e para efeitos da alocação de capital na parcela do Patrimônio de Referência (PR). A partir de janeiro de 2010, passou a adotar a Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada. Em março de 2012, a parcela de capital alocada para esta classe de risco, dentro do cálculo do Patrimônio de Referência Exigido (PRE), montou R$ 34,8 milhões ante uma parcela mais expressiva de risco de crédito (PEPR) de R$ 351,5 milhões e de R$ 1,9 milhão para o risco de mercado.

Com o objetivo de mitigar possíveis perdas advindas dos riscos assumidos, o banco tem aperfeiçoado seus sistemas de controles internos, compliance e mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro. Possui um Comitê Interno de Auditoria, para assegurar à alta administração a eficiência dos processos e controles internos adotados.

Gestão/Estratégia/Governança Corporativa

A estratégia do Bonsucesso não mudará substancialmente nos próximos anos, tendo os acionistas e a Alta Administração por objetivo focar na atividade de crédito para pessoas físicas e efetuar uma gradual diversificação para o segmento de pessoas jurídicas, junto a empresas do segmento de porte médio (middle market). Desde 1999, o banco tem destinado recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos para atuar como um player nacional na modalidade do empréstimo consignado em folha de pagamento para servidores públicos (municipais, estaduais e federais) e para aposentados e pensionistas do INSS (este segmento deverá ser paulatinamente reduzido devido ao acirramento da competição com outros bancos, principalmente os varejistas).

Apesar da busca de diversificação de produtos, destinando esforços para o segmento de pessoas jurídicas, a estratégia do banco encontra-se concentrada no crédito em consignação, tirando proveito dos benefícios de uma presença focada em um segmento que tem apresentado destacável desempenho, relativamente a outras modalidades de crédito para pessoas físicas.

Ao longo dos anos, foram abertos vários códigos, dando à instituição um raio de cobertura que abrange todas as capitais dos estados e as cidades economicamente mais representativas no país. O banco tem focado em cidades do interior e estados menos concorridos, no caso do INSS, e para funcionários públicos, no incremento do volume de

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vendas nos estados onde já atua. O banco possui códigos federais junto ao INSS, Exército, Marinha, Aeronáutica, Câmara Federal, Correios, Ministério Público Militar, Senado Federal e 23 estados da Federação, prefeituras e autarquias, abrangendo 218 convênios firmados. Possui seis regionais e mais de mil pontos de venda atendidos por correspondentes bancários e pretendem ampliar o atual número de lojas próprias das atuais 34 para até 50, ainda neste exercício.

O planejamento estratégico do banco inclui o lançamento de novos produtos de crédito, objetivando diversificar o portfólio de produtos e serviços da instituição. O banco já possui o cartão de crédito consignado junto a funcionários da administração direta, aposentados e pensionistas, como meio alternativo à forma de consignação convencional e tem como meta a expansão deste cartão para uma carteira de cerca de R$ 700 milhões em 2012. Em março de 2012 a carteira montava aproximadamente R$ 305 milhões – exibindo uma taxa mais elevada que a cobrada no consignado convencional.

Na Tesouraria, o banco tem como meta ampliar a distribuição de fundos de terceiros, montar fundos por meio da empresa controlada –Bonsucesso DTVM– e executar ordens nas Bolsas para clientes pelas corretoras parceiras. No segmento de pessoas jurídicas, as atividades de crédito manterão a ênfase no segmento do middle market, em geral operações de prazo curto, nas modalidades de desconto de recebíveis, financiamento de capital de giro, conta garantida, cobrança, fiança bancária, contratos de mútuo e operações de repasse do BNDES-Finame, como tem se verificado nos últimos anos, sem que a carteira deste segmento tenha uma participação mais relevante, em princípio, no total da carteira de crédito. Segundo sua Diretoria, este segmento, da mesma forma que no consignado, considera a baixa participação dos bancos médios no papel de financiador da indústria, abrindo a possibilidade de bancos de médio porte atuar, porém, no caso do Bonsucesso, atualmente sua estratégia é a de manter este segmento responsável por 20% a 25% do total da carteira de crédito, já que, em média, o prazo médio de maturação dos empréstimos é bem inferior ao do consignado. O banco possui três escritórios comerciais (Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo) com 20 gerentes comerciais.

A administração tem o envolvimento direto dos acionistas no dia a dia das atividades do banco e conta com controles gerenciais pontuais, capazes de medir o desempenho econômico das atividades de crédito por região, por estado, por código, para detectar fraudes na originação de crédito, bem como as despesas por correspondente bancário. Da mesma forma é capaz de responder rapidamente à concorrência com taxas compatíveis com o ganho econômico da instituição, suficientes para defender seu market share.

Por conta da iniciativa de abrir o capital em 2008, o banco havia adaptado seu Conselho de Administração e Diretoria (incluindo uma Diretoria de Relação com Investidores) às melhores práticas de governança corporativa, estrutura que foi descontinuada com a decisão, por ora, de não prosseguir com a abertura de capital.

Desempenho

O banco finalizou o primeiro trimestre de 2012 com uma base de ativos de R$ 2.672 milhões, registrando um aumento de 12,3% em um ano e de 3,1% na comparação com o saldo reportado em dezembro de 2011. A carteira de crédito no balanço subiu 1,9% em doze meses, totalizando R$ 1.738 milhões em março de 2011. Considerando o volume de créditos cedidos com coobrigação, a carteira do banco montou R$ 3.514 milhões no final do primeiro trimestre de 2012, crescendo 6,6% com relação ao saldo de março de 2011.

O volume de depósitos captado registrou decréscimo de 0,5% em três meses e crescimento de 7,1% nos últimos doze meses. O saldo dos depósitos a prazo cresceu 9,6% na comparação com março de 2011, montando em R$ 1.551 milhões. Com peso menos expressivo, os depósitos interfinanceiros perfizeram R$ 56,9 milhões, perfazendo um crescimento de 71,3% sobre o mesmo período do ano anterior. O Bonsucesso registrou um Patrimônio Líquido de R$ 381,3 milhões em março de 2012, contra um patrimônio líquido declarado em março de 2011 de R$ 380,1 milhões.

Neste primeiro trimestre de 2012, o banco registrou prejuízo líquido de R$ 10,3 milhões contra um lucro de R$ 9,0 milhões obtido no trimestre encerrado em março. Este resultado foi bastante impactado pela mudança nas regras de

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contabilização de cessões e pelo aumento da inadimplência no segmento de middle market. Sua administração espera reverter este resultado ainda ao final deste primeiro semestre e encerrar o ano com uma rentabilidade positiva.

As receitas com operações de crédito encerraram o primeiro trimestre de 2012 com um montante de R$ 122,8 milhões, 26,4% inferior ao montante contabilizado em março de 2011 (R$ 166,8 milhões). As rendas de crédito responderam por 86,8% das receitas da intermediação financeira, sendo o restante oriundo do resultado com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos.

Já as despesas de captação no mercado, notadamente com depósitos, apresentam decréscimo menos significativo (queda de 21,2%), comparativamente a março de 2011. Esta performance reflete a diminuição da taxa básica de juros, já que boa parte de suas captações estão atreladas a este indexador.

As provisões para créditos de liquidação duvidosa lançadas contra o resultado diminuíram 58,2%, totalizando R$ 18,9 milhões até março de 2012. Este decréscimo, aliado ao aumento nas despesas de captação não impediu que o resultado bruto retraísse -33,0%, comparativamente a março de 2011, principalmente pelas novas regras de contabilização das cessões.

As despesas de pessoal e administrativa caíram 37,3% em relação a março de 2011, já que houve uma redução no

back-office da instituição e melhora nos sistemas de captação e originação de empréstimos. Em contrapartida, o

resultado bruto de intermediação financeira apresentou-se negativo influenciado também pelo aumento de outras despesas administrativas, sendo o saldo no período negativo em R$ 11,0 milhões contra um saldo positivo de R$ 18,9 milhões em março de 2011.

Variáveis Exógenas

O banco enfrenta as dificuldades presentes em sua estrutura de capital, uma vez que as novas regras de contabilização das cessões de crédito com coobrigação, que entraram em vigor em 2012, vão exigir do Bonsucesso um maior nível de capitalização, haja visto o volume de crédito que o banco cede dessa maneira.

O mercado de cessão se viu prejudicado em virtude dos eventos que envolveram o Banco PanAmericano em 2008/2009 e o banco Cruzeiro do Sul, acarretando uma interrupção, redução e/ou encarecimento das cessões de crédito pelos principais compradores. Tal evento afeta diretamente sua operação comercial, pois o banco depende da prática de cessões de crédito, bem como o acirramento da concorrência no mercado de INSS, outrora bastante visado pelo Bonsucesso.

Apesar da entrada no segmento de pequenas e médias empresas, a estratégia do banco e suas fontes de receita encontram-se concentradas em uma classe de produto, suscetível ao risco regulatório observado nos últimos anos (ex.: mudanças nas regras, leis e regulamentos, teto de taxas de juros em determinados códigos de consignado, extinção da cobrança de Taxa de Abertura de Crédito (TAC), diminuição das margens de consignação, com a entrada do cartão de crédito consignado) e concorrencial, com a participação de outros bancos privados mais capitalizados ou a busca de exclusividade junto a determinadas instâncias pelos bancos públicos. Da mesma forma, a pressão comercial por maiores comissões, a serem pagas aos correspondentes bancários, e a ocorrência de pré-pagamentos, por parte dos devedores, afeta as margens da principal fonte de receitas do banco.

Os bancos médios contam, desde abril de 2009, com a presença da modalidade de depósitos a prazo com a garantia especial do FGC (DPGE) que, por sua configuração, restabeleceu a captação doméstica e a originação de operações de crédito com prazos mais alongados. O anunciado cronograma de redução gradual do volume de depósitos emitidos pelas instituições financeiras com esta garantia, a partir de janeiro de 2012, afeta a captação do Bonsucesso, dado o peso que tal modalidade representa em sua estrutura de funding. O banco utilizou parte do seu limite no Fundo Garantidor de Crédito para a emissão de depósitos com garantia especial (DPGE).

Os novos requerimentos de capital mínimo apresentados no Novo Acordo da Basileia (Basileia 3) exigirão dos bancos níveis adicionais de capital e reservas, bem como novas ponderações para classes de ativos, reduzindo

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eventualmente a capacidade de originação de crédito, caso não sejam empregadas iniciativas, no sentido de formar, ao longo do tempo, reservas por meio da retenção de parte dos lucros apurados a cada exercício.

INFORMAÇÕES UTILIZADAS

A Austin Rating tomou como base para a análise as demonstrações financeiras auditadas divulgadas na imprensa. O disclosure para a Austin Rating foi considerado bom, com a presença de informações suficientes para a avaliação da estratégia, da qualidade da carteira de crédito, da estrutura de captação e do desempenho recente da instituição. As demonstrações financeiras do Banco Bonsucesso para os trimestres findos em 31 de março de 2012 e 2011, auditadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, foram publicadas com ressalvas. A presente análise teve por base essas demonstrações financeiras auditadas, consideradas fidedignas. Desse modo, a Austin Rating não utiliza mecanismos para verificação destas informações. A análise considera a premissa de que as demonstrações financeiras apresentadas refletem devidamente a situação patrimonial da instituição. O banco não publicou neste primeiro trimestre de 2012 demonstrações financeiras consolidadas.

Em atendimento aos itens 1.4 e 1.7 de seu Código de Conduta, a Austin Rating declara que as informações recebidas foram julgadas como sendo suficientes para o monitoramento dos ratings do Bonsucesso. A presente análise teve por base demonstrações financeiras auditadas, consideradas fidedignas. Desse modo, a Austin Rating não utiliza procedimentos de auditoria para verificação destas informações. A análise considera a premissa de que as demonstrações financeiras apresentadas refletem devidamente a situação patrimonial da instituição.

PERSPECTIVA

A perspectiva do rating é negativa. Em função do seu perfil e porte, a disponibilidade e os custos de captação de recursos constituem variáveis mais suscetíveis às condições desfavoráveis do cenário econômico internacional e internamente devido a recente intervenção no banco Cruzeiro do Sul, o que limita a melhora do patamar de risco negocial e de liquidez de instituições pequenas e médias.

O banco estaria mais fortalecido para fazer frente aos desafios de caráter regulatório e concorrencial em seu nicho de atuação com um aumento de sua capitalização, o que elevaria sua originação e retenção de mais operações de crédito no balanço, levando-o a uma menor dependência de realização de cessões de carteira com coobrigação, aumentar sua captação local de depósitos e diversificar seu mix de produtos e serviços sem, no entanto, perder seu

expertise no crédito consignado. Nestas condições, uma perspectiva positiva para o rating seria sinalizada. Ao

contrário, dificuldades de realização de cessões por um prazo mais dilatado, elevação nos custos das atividades, bem como regulamentações desfavoráveis para o fomento e resultado econômico do crédito consignado, dependendo de suas dimensões, poderiam motivar a redução do rating.

(9)

DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS

(Base: Demonstrações Financeiras – não consolidadas – referentes a março de 2011 e 2010, auditadas pela PriceWaterhouseeCoopers Auditores Independentes e publicadas com ressalvas)

R$ mil

   dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

ATIVO CIRCULANTE  871.454 1.332.233 1.051.340 1.396.283  1.433.069 Disponibilidades  474 2.982 537 723  713 Aplicações Interfinanc. Liquidez  212.544 387.224 90.348 300.911  97.449 Títulos E Valores Mobiliários  71.501 49.204 48.463 120.917  234.334 Relações Interfinanceiras  971 1.239          1.788  928         912  Operações de Crédito  521.146 809.430      813.754  842.041          964.406  Outros Créditos  43.473 62.973 75.956 112.995  113.525 Outros Valores e Bens  21.345 19.181 20.494 17.768  21.730 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO  682.217 1.043.468 1.207.353 1.058.710  1.094.330 Aplicações Interfinanc. Liquidez  0 0 0 8.957  9.184 Tits. e Valores Mobiliários‐LP  90.978 223.388 302.348 430.442  313.143 Operações de Crédito‐LP  524.730 753.234 836.323 534.552  669.571 Outros Créditos‐LP  27.402 27.716 27.748 40.390  55.586 Permanente  117.215 110.425 121.118 137.509  144.507 ATIVO TOTAL  1.670.886 2.486.126 2.379.811 2.592.502  2.671.906

   dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

PASSIVO CIRCULANTE  704.203 1.122.991 1.016.188 738.162  751.630 DEPÓSITOS  588.593 789.600 825.514 477.612  454.220 CAPTAÇÃO NO MERCADO ABERTO  30.008 150.057 0 30.016  0 RECURSOS ACEITES EMISSÃO TITS  0 16.192 31.951 50.880  75.263 RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS  0 0 393 132  598 REPASSES PAIS‐INST.OFICIAIS  8.847 6.221 5.057 1.398  907 INSTRUMENTO FINANCEIRO DERIVATIVO     5.244 17.809 532  0 OUTRAS OBRIGAÇÕES  76.755 155.677 135.464 177.724  220.642 EXIGIVEL A LONGO PRAZO  637.884 959.770 951.954 1.460.326  1.537.924 DEPÓSITOS‐LP  624.142 671.273 686.698 1.149.584  1.164.751 RECURSOS ACEITES EMIS TITS‐LP  245.595 42.124 39.944  26.095 REPASSES PAÍS‐INST.OFICIAIS‐LP  7.849 1.662 1.013 277  121 INSTRUMENTO FINANCEIRO DERIVATIVO‐LP  0 0 0 661  1.017 OUTRAS OBRIGAÇÕES‐LP  5.893 41.240 222.119 269.860  345.940 RESULTADO EXERCÍCIOS FUTUROS  10.417 23.196 22.891 12.713  11.069 PATRIMÔNIO LÍQUIDO  318.382 380.169 388.778 381.301  371.283 PASSIVO TOTAL  1.670.886 2.486.126 2.379.811 2.592.502  2.671.906

(10)

10

R$ mil

   dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

RECEITA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA  559.424 659.906 166.871 689.989  122.859   Operações de Crédito  525.890 612.908 149.364 613.017  106.678   Títulos e Valores Mobiliários  33.489 46.998 27.392 62.133  14.660 DESPESA DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA  165.306 211.218 93.791 335.912  73.880   Captação no Mercado  86.743 150.088 48.354 226.270  53.934   Empréstimos,Cessões e Repass  1647 891 116 299  21   Provisões p/ Créd. Liq.Duvid  76.916 60.239 45.321 109.343  18.929 RESULTADO BRUTO INTERM. FINANCEIRA  394.118 448.688 73.080 354.077  48.979 OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS  ‐303.594 ‐343.707 ‐63.590 ‐324.811  ‐62.701   Receitas de Prestação Serviços  4.814 10.928 3.688 10.545  2.446   Resultado Part.Coligada/Controlada  42.962 43.132 12.056 27.115  7.397   Despesas de Pessoal  10.064 19.924 4.036 17.931  4.558   Outras Despesas Administrativas  330.186 364.663 86.303 305.619  52.092   Despesas Tributárias  26.031 29.060 7.938 30.865  4.849   Outras Rec./Desp.Operacionais  14.911 15.880 18.943 ‐8.056  ‐11.045  RESULTADO OPERACIONAL  90.524 104.981 9.490 29.266  ‐13.722  RESULTADO ANTES IR  90.524 104.981 9.021 29.266  ‐13.777   Imposto de Renda  3.756 10.641 ‐1.570 1.795  ‐834   Contribuição Social  2.648 6.659 ‐939 1.120  ‐501   Participações  0 0 0 0  0  RESULTADO LÍQUIDO  84.120 87.681 9.084 37.736  ‐10.294 INDICADORES DE DESEMPENHO

ADEQUAÇÃO DO CAPITAL 

dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

Capitalização 

23,5 18,1 19,5 17,2  16,1

Concentração em Crédito 

72,0 67,5 75,5 60,4  68,8

Alavancagem de Crédito (X) 

3,5 4,2 4,4 3,9  4,7

Índice de Basileia 

13,0 12,5 17,9 16,2  15,4

LIQUIDEZ 

dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

Encaixe 

4,9 25,2 5,7 4,0  6,7

Liquidez Corrente 

123,8 118,6 103,5 189,2  190,7

Liquidez Imediata 

46,0 46,8 16,9 83,2  73,2

QUALIDADE DO ATIVO 

dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

Inadimplência (>60 dias) 

2,9 1,2 2,0 4,4  4,0

Provisionamento 

6,5 2,6 3,2 5,1  4,4

(11)

CUSTO 

dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

Intermediação 

12,2 10,0 18,8 15,2  12,9

Eficiência 

85,3 83,7 117,7 88,7  110,2

Custo Total 

39,3 29,7 38,6 31,2  23,5

RENTABILIDADE 

dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

Margem Bruta 

69,9 66,9 42,9 50,5  39,1

Rentabilidade PL 

26,4 23,1 9,4 9,9  ‐11,1

Retorno sobre Ativo 

5,0 3,5 1,5 1,5  ‐1,5

R$ mil

CARTEIRA DE CRÉDITO  

dez/09 dez/10 mar/11 dez/11  mar/12

 TOTAL DE CRÉDITO 

1.118.462 1.603.491 1.705.321 1.482.602  1.738.571

   Risco Nível AA 

8.099 497 1467 18  18

   Risco Nível A 

928.685 1.213.746 1.342.580 1.031.435  1.317.387

   Risco Nível B 

116.177 304.616 237.884 219.647  175.420

   Risco Nível C 

12.905 16.824 30.571 106.074  130.541

   Risco Nível D 

6.053 32.007 34.233 39.576  45.434

   Risco Nível E 

10.637 5.714 18.912 10.052  7.765

   Risco Nível F 

5.167 5.725 4.715 32.197  7.695

   Risco Nível G 

6.137 3.108 3.925 5.826  4.285

   Risco Nível H 

24.602 21.254 31.034 37.777  50.026

 TOTAL DE CRÉDITO EM ATRASO 

32.389 18.429 33.662 65.648  69.893

Provisão Constituída 

41.469 40.827 55.245 75.463  76.003

Provisão Adicional 

31.116 0         

PROVISÃO TOTAL 

72.585 40.827 55.245 75.463  76.003

Recuperação De Créditos 

2.485 3.796 1.390 8.622  1.257

Créditos Baixados(Write‐Offs) 

40.342 54.218 25.808 78.794  19.130

Provisão Total / Créditos em Atraso (x) 

2,24 2,22 1,64 1,15  1,09

Provisão Total / Write Offs (x) 

1,80 0,75 2,14 0,96  3,97

Provisão Total / Perda Líquida (x) 

1,92 0,81 2,26 1,08  4,25

Write‐offs / Total de Crédito (%) 

3,61 3,38 1,51 5,31  1,10

Perda Líquida / Total de Crédito (%) 

3,38 3,14 1,43 4,73  1,03

Recuperações / Write‐offs (%) 

6,16 7,00 5,39 10,94  6,57

(12)

12

Diretoria Executiva Cargo Tempo

Paulo Henrique Pentagna Guimarães Diretor Presidente 19 anos

Gabriel Pentagna Guimarães Diretor Primeiro Vice-Presidente 15 anos

Frederico Penido de Alvarenga Diretor Vice - Presidente Comercial 8 anos

Jorge Luiz Valente Lipiani Diretor Executivo 18 anos

(13)

Classificação da Austin Rating

Solidez Financeira

AAA

O banco apresenta solidez financeira intrínseca excepcional. Normalmente trata-se de grandes instituições, dotadas de negócio seguro e valorizado, excelente situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, contudo, afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é quase nulo.

AA

O banco apresenta solidez financeira intrínseca excelente. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado,

boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é irrisório.

A

O banco apresenta solidez financeira intrínseca boa. São instituições dotadas de negócio seguro e valorizado, boa situação financeira atual e histórica. O ambiente empresarial e setorial pode variar sem, porém, afetar as condições de funcionamento do banco. O risco é muito baixo.

BBB

O banco apresenta solidez financeira intrínseca adequada. Normalmente são instituições com ativos dotados de cobertura. Tais bancos apresentam situação financeira razoável e estável. O ambiente empresarial e setorial pode ter uma variação mais acentuada do que nas categorias anteriores e apresenta algum risco nas condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é baixo

BB

O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, mas vulneráveis às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.

B

O banco apresenta solidez financeira intrínseca regular. Apresenta parâmetros de proteção adequados, tem uma vulnerabilidade grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que pode afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é médio.

CCC

O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é alto.

CC

O banco apresenta baixa solidez financeira, exigindo eventual assistência externa, apresenta uma vulnerabilidade muito grande às condições econômicas, gerais e setoriais, que podem afetar as condições intrínsecas de funcionamento do banco. O risco é muito alto.

C

O banco apresenta péssima solidez financeira, exigindo eventual assistência externa. Tais instituições estão limitadas por um ou mais dos seguintes elementos: negócio de questionável valor; condições financeiras deficientes; e um ambiente empresarial altamente desfavorável. O risco é altíssimo.

Sinais de (+) mais e (-) menos são utilizados para identificar uma melhor ou pior posição dentro de uma mesma escala de rating.

Rating é uma classificação de risco, por nota ou símbolo. Esta expressa a capacidade do emitente de título de dívida negociável ou

inegociável em honrar seus compromissos de juros e amortização do principal até o vencimento final. O rating pode ser do emitente, refletindo sua capacidade em honrar qualquer compromisso de uma maneira geral, ou de uma emissão específica, onde é considerada apenas a capacidade do emitente em honrar aquela obrigação financeira determinada.

As informações obtidas pela Austin Rating foram consideradas como adequadas e confiáveis. As opiniões e simulações realizadas neste relatório constituem-se no julgamento da Austin Rating acerca do emitente, não se configurando, no entanto, em recomendação de investimento para todos os efeitos.

Para conhecer nossas escalas de rating e metodologias, acesse: www.austin.com.br

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