• Nenhum resultado encontrado

Câncer de boca na atenção básica: nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas no município de Natal

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Câncer de boca na atenção básica: nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas no município de Natal"

Copied!
37
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

WELSON AMANCIO DE DEUS

CÂNCER DE BOCA NA ATENÇÃO BÁSICA: NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS NO MUNICÍPIO DE NATAL

NATAL - RN 2019

(2)

WELSON AMANCIO DE DEUS

CÂNCER DE BOCA NA ATENÇÃO BÁSICA: NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS NO MUNICÍPIO DE NATAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Odontologia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Cirurgião-Dentista.

Orientador: Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa

NATAL - RN 2019

(3)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Alberto Moreira Campos - -Departamento de Odontologia

Deus, Welson Amancio de.

Câncer de boca na atenção básica: nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas no município de Natal / Welson Amancio de Deus. - Natal, 2019.

36 f.: il.

Orientador: Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia, Natal, 2019.

1. Neoplasias bucais - Trabalho de Conclusão de Curso. 2. Odontólogos - Trabalho de Conclusão de Curso. 3. Percepção - Trabalho de Conclusão de Curso. 4. Atenção Primária à Saúde - Trabalho de Conclusão de Curso. I. Costa, Antônio de Lisboa Lopes. II. Título.

RN/UF/BSO BLACK D65

(4)

AGRADECIMENTOS

A realização desse trabalho e consequentemente a conclusão desse curso não seria possível sem a ajuda e contribuição de algumas pessoas. Assim deixo meu sincero e caloroso obrigado a todos que de maneira direta ou indireta tornaram possível esse momento. Obrigado a UFRN e a todos os professores doutores e mestres por me ajudar a construir a base que sustentará toda a minha vida profissional de agora em diante. Em especial agradeço

Aos meus pais e família, pois sem eles toda essa jornada não seria uma realidade, Ao meu orientador Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa cuja orientação foi meu guia,

Aos mestres Caio César da Silva Barros, Elaine Cristina Alves, e ao Dr.Wilton Rodrigues Medeiros, que foram fundamentais nessa etapa do término do curso,

A Lívia Samila Bezerra Borges, cujas contribuições remetes desde a idealização desse estudo,

E por fim a minha dupla de clínica Winnie Lourdes e minha amiga Ava Conceição que me apoiaram nos momentos de maior dificuldade.

(5)

RESUMO

Objetivos: Avaliar e analisar o nível de conhecimento dos cirurgiões-dentistas, integrantes das equipes de saúde bucal da atenção primária, do município de Natal-RN, no ano de 2019, com relação ao câncer de boca. Métodos: foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário semiestruturado contendo 24 questões. Algumas questões foram selecionadas para gerar um score de conduta clínica e conhecimento, com as seguintes categorias: Ótimo, bom, regular, insuficiente e muito insuficiente. Inicialmente, foi realizada uma análise descritiva e posteriormente o teste do Qui-quadrado de Pearson para determinar possíveis associações entre o score obtido e a variáveis como idade e tempo de formação. Para a análise estatística, o nível de confiança de 5% foi considerado. Resultados: A amostra foi composta pelos 54 dentistas que responderam ao questionário. Trinta e cincos (29,6%) dos entrevistados relataram possuir um bom conhecimento sobre o câncer bucal. Com relação a conduta clínica, 72,2% (n = 39) não deixou claro se realizam o exame dos tecidos moles durante o primeiro atendimento clínico. Adicionalmente, 39 (72,2%) dos entrevistados relataram que a sua conduta ao se deparar com lesões bucais com suspeita de malignidade seria encaminhar o paciente para um centro de referência especializado; No que diz respeito a associação entre o score obtido com a idade; tempo de formação; autoavaliação dos conhecimentos sobre câncer bucal; obtenção de informação sobre autoexame na graduação; e interesse e realização de educação continuada em câncer bucal, não foram observados resultados estatisticamente significativos. Conclusões: Dessa maneira, os cirurgiões-dentistas se mostraram relativamente bem atualizados acerca do câncer de boca. Os conhecimentos básicos com relação ao câncer oral, devem estar muito bem consolidados para esses profissionais, em vista que, são os principais responsáveis pelo diagnóstico precoce dessas neoplasias.

(6)

ABSTRACT

Objectives: To evaluate and analyze the level of knowledge of dental surgeons, members of the oral health teams of primary care, in the city of Natal-RN, in 2019, regarding oral cancer. Methods: a semi-structured questionnaire containing 24 questions was used as a data collection instrument. Some questions were selected to generate a clinical conduct and knowledge score, with the following categories: Great, good, fair, insufficient and very insufficient. Initially, a descriptive analysis was performed and then Pearson's chi-square test to determine possible associations between the obtained score and variables such as age and time since graduation. For the statistical analysis, the 5% confidence level was considered. Results: The sample consisted of 54 dentists who answered the questionnaire. Thirty-five (29.6%) of respondents reported having a good knowledge of oral cancer. Regarding clinical management, 72.2% (n = 39) did not make it clear whether they perform soft tissue examination during the first clinical visit. Additionally, 39 (72.2%) of respondents reported that their conduct when facing oral lesions with suspected malignancy would be to refer the patient to a specialized referral center; Regarding the association between the score obtained with age; training time; self-assessment of oral cancer knowledge; obtaining information about self-examination at undergraduate level; and interest and completion of continuing education in oral cancer, no statistically significant results were observed. Conclusions: Thus, dental surgeons were relatively well updated about oral cancer. The basic knowledge regarding oral cancer should be very well established for these professionals, since they are the main responsible for the early diagnosis of these neoplasms.

(7)

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 8 MÉTODOS... 9 RESULTADOS... 10 DISCUSSÃO... 11 REFERÊNCIAS... 14 APÊNDICES... 18 ANEXOS... 20

(8)

CÂNCER DE BOCA NA ATENÇÃO BÁSICA: NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS CIRURGIÕES-DENTISTAS NO MUNICÍPIO DE NATAL

Welson Amancio de Deusa, Antonio de Lisboa Lopes Costab

aAluno do curso de graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, Brasil.

bProfessor do curso de graduação em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, Brasil.

Antonio de Lisboa Lopes Costa

Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte Av. Senador Salgado Filho, 1787, Lagoa Nova

CEP: 59056-000, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil Telefone/Fax: +55 84 32154138

E-mail: antoniodelisboa@uol.com.br

(9)

INTRODUÇÃO

O câncer de boca compreende alterações neoplásicas em diversas regiões, sendo essas, o lábio, língua, gengiva, assoalho da boca, palato, glândulas salivares, amígdala e faringe. O seu desenvolvimento está associado a fatores extrínsecos ou ambientais, como tabagismo, etilismo, dietas pobres em vegetais, exposição à luz ultravioleta, infecção viral, má-higiene bucal e também à fatores intrínsecos, referentes ao indivíduo, como idade, raça, sexo, mutações espontâneas e/ou herdadas. A ação de agentes físicos e químicos com potencial mutagênico sobre os tecidos tem um papel fundamental no desenvolvimento de tais alterações, sendo que a combinação de tabaco com o consumo de bebidas alcoólicas é apontada como a causa de cerca de 65% a 90% das neoplasias bucais1.

O câncer de boca foi responsável por 145.353 óbitos no mundo, em 2012. Esse valor corresponde a um risco estimado de 2,1 óbitos para cada 100 mil habitantes, o que representa um problema de saúde pública global2.

Estima-se a ocorrência de 11.000 novos casos para os homens e mais de 3.500 para as mulheres no Brasil, no ano de 2019. Sendo esse tipo de neoplasia o 5º mais comum dentre os homens, e o 12º mais prevalente nas mulheres. Ainda sobre as estatísticas, tem-se uma estimativa de incidência no município de Natal para o ano de 2018 de 20 casos para cada 100 mil habitantes, em relação às mulheres. Já referentes aos homens esse valor dobra para 40 casos por 100 mil habitantes2.

Um fato preocupante quanto ao diagnóstico é que no Brasil o índice de identificação de lesões malignas iniciais na boca é muito baixo, correspondendo a menos de 10% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos de câncer de boca só são diagnosticados quando passam a ser sintomáticos. Nesse momento as lesões já ultrapassaram os 2 cm e apresentam metástase regional para os linfonodos3.

Adicionalmente, tem-se que o estágio apresentado pelo tumor no momento do seu diagnóstico está diretamente relacionado com a sobrevida e as sequelas funcionais que o paciente irá apresentar após o tratamento. Para lesões em estádio clínico III e IV a sobrevida global a cinco anos está em cerca de 40% e para tumores irressecáveis, essa taxa não ultrapassa 10%4.

Independente da inserção na rede pública ou privada, pressupõe-se que todo cirurgião-dentista deva ter informações sobre os fatores de risco e diagnóstico precoce do câncer bucal, tendo condutas que possam articular tais conhecimentos em sua rotina profissional. No

(10)

entanto, o fato do câncer de boca continuar sendo um relevante problema de saúde pública revela que tal pressuposto não tem sido evidenciado no cotidiano dos serviços odontológicos5. E se tratando dos serviços de saúde bucal oferecidos pela rede pública brasileira, pautados na Política Nacional de Saúde Bucal (Brasil Sorridente), afirma-se dentre as responsabilidades das Equipes de Saúde Bucal na Atenção Básica: Ações de promoção e proteção à saúde; Ações de recuperação e Prevenção e controle de câncer bucal6; ou seja, é necessário que os profissionais inseridos na Rede de Atenção Básica tenham o conhecimento e condutas que os levem a cumprir tais responsabilidades. Diante disso, essa pesquisa tem o objetivo de verificar o nível de conhecimento sobre câncer de boca dos cirurgiões-dentistas vinculados às Equipes de saúde bucal da atenção primaria do município de Natal-RN.

MÉTODOS

O presente estudo apresenta-se como uma pesquisa de corte transversal, seguindo uma abordagem descritiva e de caráter censitário, com o envolvimento da população de cirurgiões-dentistas integrantes das equipes de saúde bucal da atenção básica do município de Natal-RN, no ano de 2019. Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sob o parecer de número 3.378.107.

O instrumento de coleta trata-se de um questionário semiestruturado composto por 24 questões, sendo 6 discursivas e 18 objetivas. Foi realizado o teste do questionário para averiguar a clareza das questões, de modo que o questionário final fornecesse dados precisos e condizentes com os objetivos gerais e específicos da pesquisa. Assim, foram entrevistados 10 alunos dos 8° e 9° períodos do curso de Odontologia da UFRN no período letivo de 2017.2, além de 10 cirurgiões-dentistas.

A entrega do questionário à população alvo seguiu uma abordagem direta, na qual o pesquisador pessoalmente abordou os participantes, de modo que esses pudessem ler, interpretar e responder de próprio punho os questionamentos, sem que houvesse nenhuma interferência.

As questões abertas foram transcritas para um editor de texto, categorizadas e então analisadas por meio de testes estatísticos. As perguntas referentes aos conhecimentos acerca do câncer de boca e também aquelas relacionadas às condutas clínicas consideradas críticas para o diagnóstico precoce das neoplasias foram utilizadas para gerar um score. Esse permitiu classificar o conhecimento e as condutas clínicas rotineiras dos dentistas da seguinte maneira: ótimo, para as notas entre 9 e 10; bom, entre 8,99 e 7,61; regular, entre 7,6 e 6,3; insuficiente,

(11)

entre 6,29 e 5; e para as notas inferiores a 5, muito insuficiente. As quatros questões relacionadas as condutas clínicas tiveram um peso maior na pontuação final.

A análise dos dados foi realizada utilizando o Statistical Package for the Social

Sciences (versão 22.0; SPSS Inc., Chicago, IL, USA). Inicialmente, foi realizada uma análise

descritiva e posteriormente o teste do Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para determinar possíveis associações entre o score obtido após o preenchimento do questionário e a idade; tempo de formação; autoavaliação dos conhecimentos sobre câncer bucal; obtenção de informação sobre autoexame na graduação; e interesse e realização de educação continuada em câncer bucal dos entrevistados. Para a análise estatística, o nível de confiança de 5% (p < 0,05) foi considerado.

RESULTADOS

O município de Natal tem 90 cirurgiões-dentistas atuando na atenção primária, segundo documento fornecido pela Secretaria de Saúde Bucal do município. A amostra foi composta por 54 cirurgiões-dentistas, o que corresponde a 60% dos profissionais cadastrados na atenção primária do município supracitado. Destes, 34 (62,3%) eram do sexo feminino e 20 (37,7%) do sexo masculino, com idade entre 25 e 70 anos (média: 48,1 ± 15,3 anos). Os entrevistados apresentavam tempo de formado entre 1 e 44 anos (média: 23,7 ± 13,5 anos). Trinta e cinco (29,6) dos entrevistaram relataram possuir um bom conhecimento sobre o câncer bucal, seguido por aqueles que autoavaliaram seu conhecimento como regular (n = 16; 29,6%) e ótimo (n = 3; 5,6%).

Sobre as características clinicopatológicas do câncer bucal, 39 (72,2%) dos entrevistados relataram que o carcinoma espinocelular é o mais prevalente, enquanto 5 (9,3%) relataram não saber qual tipo de câncer é mais comum na cavidade oral. Em relação aos fatores de risco para o surgimento do câncer bucal, foi observado que o tabagismo (n = 49); alcoolismo (n = 39) e a exposição solar (n = 19) foram os fatores mais relatados (Tabela 1).

Os cirurgiões-dentistas relataram que o câncer bucal frequentemente acomete a língua (n = 35; 72,9%), em pacientes com idade superior aos 40 anos (n = 53; 98,1%), o qual muitas vezes ele é precedido pela leucoplasia oral (n = 45; 83,3%), surgindo como uma úlcera indolor (n = 44; 84,6%). Além disso, 44 (81,5%) dos entrevistados relataram que o câncer bucal muitas vezes é diagnosticado em um estágio avançado, podendo exibir linfonodos aumentados (n= 31; 57,4%) em casos de metástases.

(12)

Com relação à conduta clínica, 72,2% (n = 39) dos entrevistados não deixou claro se realizam o exame dos tecidos moles durante o primeiro atendimento clínico. Entretanto, em outro questionamento, 51 (94,4 %) afirmaram realizar exame dos tecidos moles na primeira consulta. Adicionalmente, 39 (72,2%) dos entrevistados relataram que a sua conduta ao se deparar com lesões bucais com suspeita de malignidade seria encaminhar o paciente para um centro de referência especializado; enquanto seis (11,1%) e quatro (7,4%) relataram que esclareceriam o paciente sobre a lesão e realizariam uma investigação clínica minuciosa, respectivamente, antes de encaminhar o paciente ao centro de referência. Além disso, os entrevistados relataram realizar a orientação dos pacientes quanto aos fatores de risco para o câncer (n = 52; 96,3%) e de como realizar o autoexame bucal (n = 50; 92,6%).

No que diz respeito ao score obtidos pelos participantes, observou-se que 31 participantes obtiveram score ótimo (57,4%), seguido por bom (n = 14; 25,9%), regular (n = 6; 11,1%) e insuficiente (n = 3; 5,6%). Quanto a associação entre o score obtido com a idade; tempo de formação; autoavaliação dos conhecimentos sobre câncer bucal; obtenção de informação sobre autoexame na graduação; e interesse e realização de educação continuada em câncer bucal, não foram observados resultados estatisticamente significativos (Tabela 2).

DISCUSSÃO

O presente estudo buscou coletar dados importantes relacionados aos conhecimentos e condutas clínicas dos cirurgiões-dentistas no tocante ao câncer bucal. Esses profissionais são centrais no diagnóstico precoce das lesões malignas. O que justifica a necessidade de se avaliar como esses se posicionam diante do assunto, quais suas condutas frente ao câncer, quais ações de educação e prevenção realizam no âmbito da atenção básica, e qual o nível de conhecimento desses profissionais sobre essas neoplasias.

Foi observado que os participantes associaram mais frequentemente o tabagismo, alcoolismo e a exposição solar como fatores de risco para o câncer de boca. Esse achado condiz com o que é encontrado na literatura. O tabaco e álcool estão entre os principais fatores extrínsecos relacionados à formação do carcinoma espinocelular. O tabaco além de contém cerca de 50 substâncias com potencial carcinogênico, a sua fumaça, por aumentar a temperatura da boca, agrava os seus efeitos deletérios7.

Ao analisar os dados coletados quanto ao autoconhecimento com relação a temática, foi possível observar que a soma das porcentagens dos entrevistados que se auto avaliaram como “ótimo” ou “bom”, não atinge nem metade (35,2 %) da amostra. Esse resultado pode

(13)

não ser satisfatório, pois esse profissional é principal responsável pelo diagnóstico precoce do câncer de boca, e assim deve deter ao menos um bom conhecimento no tocante ao assunto.

Contrapondo esses dados, os cirurgiões-dentistas se mostraram detentores de um bom conhecimento quanto a características básicas do câncer oral. A grande maioria deles apontou o Carcinoma espinocelular como o tipo neoplásico mais comum. O que difere bastante dos resultados encontrados por Andrade et al. (2014)4. O autor observou que quase metade da sua amostra (39,1%) não estava ciente dessa informação. O que pode sugerir uma melhor formação acadêmica do grupo analisado por esse estudo.

Ainda sobre as características básicas, os participantes responderam que a língua é a principal região de acometimento, as leucoplasias são as lesões mais associadas ao câncer, e as úlceras indolores são o aspecto inicial mais característico desses tumores. Afirmaram ainda que o diagnóstico é realizado principalmente em pacientes acima dos 40 anos, em estágio avançado. Dedivitis et al. (2004)8 relatam a língua como a principal região de acometimento

pelas neoplasias, enquanto Chitapanarux et al. (2006)9 afirmam que 95% dos casos ocorrem

após os 45 anos de idade. O bom desempenho dos entrevistados nessa parte do questionário reforça a grande importância de um ensino acadêmico bem estruturado e de qualidade, pois o diagnóstico precoce só é possível quando o profissional responsável pelo exame tem o devido conhecimento. Tendo como base estudos que mostram o diagnóstico do câncer bucal ocorrendo de maneira tardia em 70% a 80% dos casos, um diagnóstico antecipado se apresenta como o principal meio para melhorar a sobrevida desses pacientes10.

Um dado bastante relevante é a alta porcentagem (72,2%) de entrevistados que não deixaram claro em suas respostas discursivas se realizavam o exame dos tecidos moles no primeiro atendimento. Esse dado é contrário ao obtido por outro item do questionario, no qual 94% dos participantes afirmaram que realizavam exame bucal na primeira consulta com a finalidade de detectar lesões bucais. Esse último, alinha-se com os resultados encontrados por Alvarenga et al. (2012)11. Os autores obtiveram 89,2% das respostas como positivas para o mesmo questionamento. No entanto é importante esclarecer, que a questão “Quais procedimentos você realiza no primeiro atendimento odontológico de um paciente?”, pode permitir alguns vieses. Os dentistas que foram classificados como tendo respostas não conclusivas quanto a realização do exame, apresentaram termos genéricos, como “Exame clínico” ou “exame físico”, ao invés de incluírem termos que especificassem o exame dos tecidos moles. Perante a suposição de que nem todos os cirurgiões-dentistas tem o conhecimento de que um exame físico ou clínico envolve obrigatoriamente a inspeção dos tecidos moles, essas respostas foram categorizadas como não conclusivas, o que

(14)

possivelmente subestimou o número de cirurgiões-dentistas que realizam exame dos tecidos moles.

Ao serem questionados, quanto a conduta diante de lesões suspeitas de malignidade, todos os cirurgiões-dentistas afirmaram que realizavam o encaminhamento dos pacientes para centros de referência. No entanto, 39 (72,2 %) faziam apenas o encaminhamento, logo, apenas pouco menos de 30% dos entrevistados se disponham a realizar algum procedimento ou conduta adicional, como esclarecer ao paciente com relação a lesão, ou investigá-la de maneira minuciosa, solicitar exames adicionais, ou até mesmo realizar biopsia.

Um número significativo dos entrevistados afirmou orientar seus pacientes com relação aos fatores de risco do câncer bucal, e também quanto ao autoexame. Essas condutas são essenciais na prática clínica rotineira do cirurgião-dentista, em vista que a literatura deixa bem claro como fatores, tais como o tabagismo e alcoolismo, tem papel fundamental no desenvolvimento de à lesões malignas7. O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente a

sobrevidas dos pacientes4, sendo o autoexame um dos pilares para que essas lesões sejam

diagnósticas ainda em fases iniciais. O autoexame é uma inspeção muito simples que pode ser realizada sem nenhum tipo de instrumental especifico. Logo é inaceitável que profissionais de saúde, principalmente, os cirurgiões-dentistas não orientem sua realização12.

Na análise inferencial entre o score obtido a partir do questionário e os dados de idade, autoavaliação, preparo acadêmico e interesse por realização de atividades de educação continuada não foi possível obter uma diferença estatística significativa. Entretanto é interessante o fato de que os profissionais que apresentaram scores melhores, ótimo ou bom, em sua maioria, são mais jovens e apresentam menor tempo de formação. O que pode sugerir uma melhora na abordagem do tema, câncer bucal, nos últimos anos, nos cursos de graduação.

Conclui-se que os resultados as questões de avaliação de conhecimento foram positivas. Além disso, segundo os dados coletados, os dentistas costumam realizar condutas clínicas rotineiras de extrema importância para o diagnóstico precoce do câncer bucal, como a orientação do autoexame pelos pacientes e também a inspeção de tecidos moles em busca de lesões. No entanto, foi observado uma alta porcentagem de profissionais que diante de lesões suspeitas de malignidade tomam como conduta única o encaminhamento, o que sugere ainda a necessidade de uma melhoria na abordagem do tema durante a graduação, ou um aprendizado mais contínuo após a conclusão do curso.

(15)

REFERÊNCIAS

1- Melo LC, Silva MC, Bernardo JMP, Marques EB, Leite ICG. Perfil epidemiológico de casos incidentes de câncer de boca e faringe. RGO. Rev Gaúcha Odontol. 2010; 58(3): 351-355.

2- Instituto Nacional de Câncer. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação de Prevenção e Vigilância de Câncer. Estimativas 2018: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2018.

3-Volkweis MR, Blois MC, Zanin R, Zamborni R. Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Câncer Bucal em um CEO. Rev. Cir. Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2014; 2(14): 63-70. 4-Andrade SN, Muniz LV, Soares JMA, Chaves ALF, Ribeiro RIMA. Ribeiro Câncer de boca: avaliação do conhecimento e conduta dos dentistas na atenção primária à saúde. Rev Bras Odontol. 2014; 71(1): 42-7.

5- Santos IV, Alves TDB, Falcão MML, Freitas VS. O papel do cirurgião-dentista em relação ao câncer de boca. Odontol Clín Cient. 2011; 3(10): 207-210.

6- Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes da política nacional de saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

7- Scheidt JHG, Yurgel LS, Cherubini K, Figueiredo MAS, Salum FG. Characteristics of oral squamous cell carcinoma in users or non users of tobaco and alcohol. Rev Odonto Cienc. 2012; 27(1): 69-73.

8- Dedivitis RA, França CM, Mafra ACBM, Guimarães FT, Guimarães AV. Características clínico-epidemiológicas no carcinoma espinocelular de boca e orofaringe. Rev Bras

Otorrinolaringol. 2004; 70(1): 35-40.

9- Chitapanarux I, Lorvidhaya V, Sittitrai P, Pat tarasakulchai E, Tharavichi tkul E,

Sriuthaisiriwong P, et al. Oral cavity cancers at a young age: analysis of patient, tumor and treatment characteristics in Chiang Mai University Hospital. Oral Oncol. 2006; 42(1):83-8. 10- Carvalho AL, Singh B, Spiro RH, Kowalski LP, Shah JP. Cancer of the oral cavity: a comparison between institutions in a developing and a developed nation. Head Neck 2004; 26(1): 31-8.

11- Alvarenga ML, Couto MG, Ribeiro AOR, Milagres RCM, Messora MR, Kawata LT. Avaliação do conhecimento dos cirurgiões-dentistas quanto ao câncer bucal. RFO-UPF, 2012; 1 (17):31-35.

(16)

12- Santos LCO, Batista OM, Cangussu MCT. Caracterização do diagnóstico tardio do câncer de boca no estado de Alagoas. Braz. J. Otorhinolaryngol. 2012; 4(76):416-422.

(17)

APÊNDICES A - TABELAS

Tabela 1. Fatores de risco para o surgimento do câncer bucal citados pelos entrevistados. Natal, RN. 2019. Fatores de Risco n % Tabagismo Sim 49 90,7 Não 5 9,3 Alcoolismo Sim 39 72,2 Não 15 27,8 Exposição solar Sim 19 35,2 Não 35 64,8 Má higiene Sim 15 27,8 Não 39 72,2 Trauma Sim 14 25,9 Não 40 74,1 Dieta Sim 11 20,4 Não 43 79,6 Genética Sim 8 14,8 Não 46 85,2 HPV Sim 2 3,7 Não 52 96,3 Baixa imunidade Sim 1 1,9 Não 53 98,1 Total 54 100

(18)

Tabela 2. Associação entre o score do questionário com a idade; tempo de formação; autoavaliação dos conhecimentos sobre câncer bucal; obtenção de informação sobre autoexame na graduação; e interesse e realização de educação continuada em câncer bucal. Natal, RN. 2019.

Score p Ótimo n (%) Bom n (%) Regular n (%) Insuficiente n (%) Muito Insuficiente n (%) Idade† ≤48 anos 12 (70,6) 3 (17,6) 1 (5,9) 1 (5,9) 0 (0) 0,341a >48 anos 14 (51,9) 8 (29,6) 3 (11,1) 2 (7,4) 0 (0) Tempo de formado§ ≤23 anos 12 (66,7) 3 (16,7) 2 (11,1) 1 (5,6) 0 (0) 0,564a >23 anos 16 (51,6) 10 (32,3) 3 (9,7) 2 (6,5) 0 (0) Autoavaliação -

Conhecimento sobre câncer bucal Ótimo 2 (66,7) 1 (33,3) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0,154a Bom 21 (60) 10 (28,6) 3 (8,6) 1 (2,9) 0 (0) Regular 8 (50) 3 (18,8) 3 (18,8) 2 (12,4) 0 (0) Insuficiente 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) Informação sobre autoexame na universidade Sim 23 (10) 10 (27) 2 (5,4) 2 (5,4) 0 (0) 0,351a Não 7 (46,7) 3 (20) 4 (26,7) 1 (6,7) 0 (0)

Última vez que viu um curso sobre câncer bucal

Ano Passado 11 (61,1) 5 (27,8) 1 (5,6) 1 (5,6) 0 (0) 0,862a

2 a 5 anos 14 (53,8) 8 (30,8) 2 (7,7) 2 (7,7) 0 (0)

Mais de 5 anos 3 (50) 0 (0) 3 (50) 0 (0) 0 (0)

Não lembro 3 (100) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)

(19)

continuada sobre câncer bucal‡

Sim 30 (57,7) 13 (25) 6 (11,5) 3 (5,8) 0 (0) 0,472a

Não 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)

Não tenho certeza 1 (100) 0 (0) 0 (0) 0 (0) 0 (0)

(†): Dado ausente em 10 casos. (§): Dado ausente em 05 casos. (‡): Dado ausente em 01 caso. (a): Teste Qui-quadrado de Pearson. (*): Resultado estatisticamente significativo.

(20)

APÊNDICE B – INSTRUMENTO DE COLETA

1. Idade:

2. Sexo: ( ) Masc. ( ) Fem. 3. Instituição na qual foi formado: 4. Tempo de Formado:

5. Quais procedimentos você realiza no primeiro atendimento odontológico de um paciente? 6. Com relação ao seu nível de conhecimento sobre câncer bucal, qual sua autoavaliação? ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Insuficiente

7. Na primeira consulta odontológica dos seus pacientes, você realiza algum exame procurando identificar lesões bucais?

( ) Sim ( ) Não

Em caso de resposta negativa, por que não realiza?

8. Qual sua conduta ao encontrar lesões bucais suspeitas de malignidade? 9. Qual o tipo de câncer mais comum na boca?

( ) Linfoma ( ) Ameloblastoma ( ) Sarcoma de Kaposi ( ) Não sei ( ) Adenocarcinoma de Glândula Saliv ( ) Carcinoma Espinocelular 10. Qual a região anatômica mais frequente para o câncer de boca?

( ) Língua ( ) Soalho da boca ( ) Gengiva ( ) Palato ( ) Mucosa jugal ( ) Não sei 11. Dentre os citados, qual aspecto é mais comum em pacientes com câncer de boca

INICIAL?

( ) Salivação abundante ( ) Úlcera indolor ( ) Massa tumoral ( ) Dor intensa ( ) Não sei

12. Qual é a faixa etária mais comum para a ocorrência do câncer bucal?

( ) Menos de 18 anos ( ) 18 a 39 anos ( ) Acima de 40 anos ( ) Não sei

13. Quais características são típicas de um linfonodo cervical em metástase regional de câncer de boca?

14. No Brasil, os dados epidemiológicos mostram que o câncer bucal é diagnósticado mais frequentemente em qual estágio?

( ) Potencialmente maligno ( ) Precoce ( ) Avançado ( ) Não sei 15. Das seguintes condições, qual a mais comumente relacionada ao câncer de boca?

( ) Leucoplasia ( ) Pênfigo vulgar ( ) Estomatite ( ) Candidose ( ) Língua geográfica ( ) Não sei

(21)

16. Quais condições você considera como fator de risco para o câncer bucal?

18. Você costuma orientar seus pacientes quanto aos fatores de risco para o câncer de boca? ( ) Sim ( ) Não

19. Você orienta seus pacientes a realizar o autoexame bucal? ( ) Sim ( ) Não

20. Você considera que seus pacientes estão suficientemente informados sobre câncer bucal? ( ) Sim ( ) Não

21. Como você considera a abordagem do tema durante a graduação? ( ) Satisfatória ( ) Insatisfatória ( ) Não sei Em caso de resposta negativa, justifique.

22. Em sua opinião, sua Universidade realizou treinamento para o exame de câncer de boca durante a graduação?

( )Sim ( )Não ( ) Não sei

23. Qual foi a última vez que você assistiu a um curso de educação continuada (como palestra, curso de atualização, congresso) sobre câncer bucal?

( ) No ano passado ( ) Durante os últimos 2 a 5 anos ( ) Mais de 5 anos ( ) Nunca ( ) Não lembro

24. Na sua opinião, qual a importância do cirurgião-dentista na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de boca?

( ) Grande ( ) Média ( ) Regular ( ) Baixa ( ) Não sei

24. Você se interessa em assistir a um curso de educação continuada (como palestra, curso de atualização, congresso) sobre câncer bucal no futuro?

(22)
(23)
(24)
(25)
(26)
(27)

ANEXO B– NORMAS DA REVISTA (REVISTA DE SAÚDE PÚBLICA)

1.1 INSTRUÇÕES AOS AUTORES

1. Informações gerais2. Categorias de artigos3. Dados de identificação do manuscrito4. Conflito de interesses5. Declarações e documentos6. Preparo do manuscrito7. Checklist para submissão8. Processo editorial9. Taxa de publicação

1.1.1.1 1. Informações gerais

São aceitos manuscritos nos idiomas: português, espanhol e inglês. Artigos submetidos em português ou espanhol são traduzidos para o inglês e publicados nesses dois idiomas. Para artigos submetidos em inglês, não há tradução para o português ou espanhol.

O texto de manuscrito de pesquisa original deve seguir a estrutura conhecida como IMRD: Introdução, Métodos, Resultados e Discussão (Estrutura do Texto). Manuscritos baseados em pesquisa qualitativa podem ter outros formatos, admitindo-se Resultados e Discussão em uma mesma seção e Considerações Finais ou Conclusões. Outras categorias de manuscritos (revisões, comentários etc.) seguem os formatos de texto a elas apropriados.

Os estudos devem ser apresentados de forma que qualquer pesquisador interessado possa reproduzir os resultados. Para isso estimulamos o uso das seguintes recomendações, de acordo

com a categoria do manuscrito submetido:

•CONSORT – checklist e fluxograma para ensaios controlados e randomizados; •STARD – checklist e fluxograma para estudos de acurácia diagnóstica; •MOOSE – checklist e fluxograma para metanálises e revisões sistemáticas de estudos observacionais;

•PRISMA – checklist e fluxograma para revisões sistemáticas e metanálises; •STROBE – checklist para estudos observacionais em epidemiologia; •RATS – checklist para estudos qualitativos.

Pormenores sobre os itens exigidos para apresentação do manuscrito estão descritos de acordo com a categoria de artigos.

Como forma de avaliação da ocorrência de plágio, todos os manuscritos recebidos são submetidos à programa de detecção de similaridade entre textos.

O ORCID do primeiro autor e de todos os coautores deverá ser informado no momento da submissão dos manuscritos, na carta de apresentação.

1.1.1.2 2. Categorias de artigos 1.1.1.3 a) Artigos Originais

Incluem estudos observacionais, estudos experimentais ou quase-experimentais, avaliação de programas, análises de custo-efetividade, análises de decisão e estudos sobre avaliação de desempenho de testes diagnósticos para triagem populacional. Cada artigo deve conter objetivos e hipóteses claras, desenho e métodos utilizados, resultados, discussão e conclusões. Incluem também ensaios teóricos (críticas e formulação de conhecimentos teóricos relevantes) e artigos dedicados à apresentação e discussão de aspectos metodológicos e

(28)

técnicas utilizadas na pesquisa em saúde pública. Neste caso, o texto deve ser organizado em tópicos para guiar o leitor quanto aos elementos essenciais do argumento desenvolvido. Instrumentos de aferição em pesquisas populacionais

Manuscritos abordando instrumentos de aferição podem incluir aspectos relativos ao desenvolvimento, a avaliação e à adaptação transcultural para uso em estudos populacionais, excluindo-se aqueles de aplicação clínica, que não se incluem no escopo da RSP.

Aos manuscritos de instrumentos de aferição, recomenda-se que seja apresentada uma apreciação detalhada do construto a ser avaliado, incluindo seu possível gradiente de intensidade e suas eventuais subdimensões. O desenvolvimento de novo instrumento deve estar amparado em revisão de literatura, que identifique explicitamente a insuficiência de propostas prévias e justifique a necessidade de novo instrumental.

Devem ser detalhados: a proposição, a seleção e a confecção dos itens e o emprego de estratégias para adequá-los às definições do construto, incluindo o uso de técnicas qualitativas de pesquisa (entrevistas em profundidade, grupos focais etc.), reuniões com painéis de especialistas, entre outras; o trajeto percorrido na definição da forma de mensuração dos itens e a realização de pré-testes com seus conjuntos preliminares; e a avaliação das validades de face, conteúdo, critério, construto ou dimensional.

Análises de confiabilidade do instrumento também devem ser apresentadas e discutidas, incluindo-se medidas de consistência interna, confiabilidade teste-reteste ou concordância inter-observador. Os autores devem expor o processo de seleção do instrumento final e situá-lo em perspectiva crítica e comparativa com outros instrumentos destinados a avaliar o mesmo construto ou construtos semelhantes.

Para os manuscritos sobre adaptação transcultural de instrumentos de aferição, além de atender, de forma geral, às recomendações supracitadas, é necessário explicitar o modelo teórico norteador do processo. Os autores devem também justificar a escolha de determinado instrumento para adaptação a um contexto sociocultural específico, com base em minuciosa revisão de literatura. Finalmente, devem indicar explicitamente como e quais foram as etapas seguidas do modelo teórico de adaptação no trabalho submetido para publicação.

O instrumento de aferição deve ser incluído como anexo dos artigos submetidos. Organização do manuscrito

Além das recomendações mencionadas, verificar as seguintes instruções de formatação: a) Artigo original:

 Devem conter até 3.500 palavras (excluindo resumos, tabelas, figuras e referências).

 Número máximo de tabelas e figuras: 5.

 Número máximo de referências: 30.

 Resumos no formato estruturado com até 300 palavras. 1.1.1.4 b) Comunicação breve

São relatos curtos de achados que apresentam interesse para a saúde pública, mas que não comportam uma análise mais abrangente e uma discussão de maior fôlego.

Formatação: Sua apresentação deve acompanhar as mesmas normas exigidas para artigos originais.

(29)

 Devem conter até 1.500 palavras (excluindo resumos tabelas, figuras e referências).

 Número máximo de tabelas e figuras: 1.

 Número máximo de referências: 5.

 Resumos no formato narrativo com até 100 palavras. 1.1.1.5 c) Artigos de revisão

Revisão sistemática e meta-análise – Por meio da síntese de resultados de estudos originais, quantitativos ou qualitativos, objetiva responder a uma pergunta específica e de relevância para a saúde pública. Descreve com pormenores o processo de busca dos estudos originais, os critérios utilizados para seleção daqueles que foram incluídos na revisão e os procedimentos empregados na síntese dos resultados obtidos pelos estudos revisados. Consultar:

MOOSE checklist e fluxograma para meta-análises e revisões sistemáticas de estudos observacionais;

PRISMA checklist e fluxograma para revisões sistemáticas e meta-análises.

Revisão narrativa ou crítica – Apresenta caráter descritivo-discursivo e dedica-se à apresentação compreensiva e à discussão de temas de interesse científico no campo da saúde pública. Deve apresentar formulação clara de um objeto científico de interesse, argumentação lógica, crítica teórico-metodológica dos trabalhos consultados e síntese conclusiva. Deve ser elaborada por pesquisadores com experiência no campo em questão ou por especialistas de reconhecido saber.

 Devem conter até 4.000 palavras (excluindo resumos, tabelas, figuras e referências).

 Número máximo de tabelas e figuras: 5.

 Número máximo de referências: ilimitado.

 Resumos no formato estruturado com até 300 palavras, ou narrativo com até 150 palavras.

1.1.1.6 d) Comentários

Visam a estimular a discussão, introduzir o debate e oxigenar controvérsias sobre aspectos relevantes da saúde pública. O texto deve ser organizado em tópicos ou subitens. A introdução deve destacar o assunto e sua importância. As referências citadas devem dar sustentação aos principais aspectos abordados no artigo.

 Devem conter até 2.000 palavras (excluindo resumos, tabelas, figuras e referências).

 Número máximo de tabelas e figuras: 5.

 Número máximo de referências: 30.

 Resumos no formato narrativo com até 150 palavras.

Publicamos também Cartas Ao Editor com até 600 palavras e até 5 referências. 1.1.1.7 3. Dados de identificação do manuscrito

1.1.1.8 Autoria

O conceito de autoria está baseado na contribuição substancial de cada uma das pessoas listadas como autores, no que se refere sobretudo à concepção do projeto de pesquisa, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica do manuscrito. A contribuição de cada autor deve ser explicitada em declaração para esta finalidade. Não se justifica a inclusão de nome de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios mencionados.

(30)

Dados de identificação dos autores (cadastro)

Nome e sobrenome: O autor deve seguir o formato pelo qual já é indexado nas bases de dados e constante no ORCID.

Correspondência: Deve constar o nome e endereço do autor responsável para troca de correspondência.

Instituição: Podem ser incluídas até três hierarquias institucionais de afiliação (por exemplo: universidade, faculdade, departamento).

Coautores: Identificar os coautores do manuscrito pelo nome, sobrenome e instituição, conforme a ordem de autoria.

Financiamento da pesquisa: Se a pesquisa foi subvencionada, indicar o tipo de auxílio, o nome da agência financiadora e o respectivo número do processo.

Apresentação prévia: Tendo sido apresentado em reunião científica, indicar o nome do evento, local e ano da realização.

1.1.1.9 4. Conflito de interesses

A confiabilidade pública no processo de revisão por pares e a credibilidade de artigos publicados dependem, em parte, de como os conflitos de interesses são administrados durante a redação, revisão por pares e tomada de decisões pelos editores.

Conflitos de interesses podem surgir quando autores, revisores ou editores possuem interesses que, aparentes ou não, possam influenciar a elaboração ou avaliação de manuscritos. O conflito de interesses pode ser de natureza pessoal, comercial, política, acadêmica ou financeira.

Quando os autores submetem um manuscrito, eles são responsáveis por reconhecer e revelar conflitos financeiros ou de outra natureza que possam ter influenciado seu trabalho. Os autores devem reconhecer no manuscrito todo o apoio financeiro para o trabalho e outras conexões financeiras ou pessoais com relação à pesquisa. O relator deve revelar aos editores quaisquer conflitos de interesses que possam influir em sua opinião sobre o manuscrito e, quando couber, deve se declarar não qualificado para revisá-lo.

Se os autores não tiverem certos do que pode constituir um potencial conflito de interesses, devem contatar a secretaria editorial da RSP.

1.1.1.10 5. Declarações e documentos

Em conformidade com as diretrizes do International Committee of Medical Journal Editors, são solicitados alguns documentos e declarações do(s) autor(es) para a avaliação de seu manuscrito. Observe a relação dos documentos abaixo e, nos casos em que se aplique, anexe o documento ao processo. O momento em que tais documentos serão solicitados é variável:

Documento Quem assina Quando anexar

(31)

assina e insere o ORCID de todos os autores informados na carta de apresentação.

b. Declaração de Responsabilidade pelos Agradecimentos

Autor responsável Após a aprovação

c. Declaração de Transferência de Direitos Autorais

Todos os autores Após a aprovação

a) Carta de apresentação

A carta deve ser assinada por todos os autores ou, ao menos, pelo primeiro autor. O ORCID de todos os autores deverá ser informado nessa carta. A carta de apresentação deve conter:

 Informações sobre os achados e as conclusões mais importantes do manuscrito e esclarecimento de seu significado para a saúde pública;

 Informação sobre a novidade do estudo e porque ele deve ser publicado nesta revista;

 Menção de até três artigos, se houver, publicados pelos autores na linha de pesquisa do manuscrito;Declaração de potenciais conflitos de interesses dos autores;

 Atestado de exclusividade da submissão do manuscrito à RSP;

 Contribuição ao manuscrito por parte de cada autor.

Segundo o critério de autoria do International Committee of Medical Journal Editors, autores devem contemplar todas as seguintes condições: (1) contribuir substancialmente para a concepção e planejamento, ou análise e interpretação dos dados; (2) contribuir significativamente na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo; e (3) participar da aprovação da versão final do manuscrito.

Nos casos de grupos multicêntricos ou grande número de autores terem desenvolvido o trabalho, o grupo deve identificar os indivíduos que aceitam a responsabilidade direta pelo manuscrito. Esses indivíduos devem contemplar totalmente os critérios para autoria definidos anteriormente. Nesse caso os editores solicitarão a eles as declarações exigidas na submissão de manuscritos. O autor correspondente deve indicar claramente a forma de citação preferida para o nome do grupo e identificar seus membros. Estes serão listados no final do texto do artigo.

Não justificam autoria: aqueles que realizaram apenas a aquisição de financiamento, a coleta de dados, ou supervisão geral do grupo de pesquisa.

b) Agradecimentos

Devem ser mencionados os nomes de pessoas que, embora não preencham os requisitos de autoria, prestaram colaboração ao trabalho. Será preciso explicitar o motivo do agradecimento (por exemplo, consultoria científica, revisão crítica do manuscrito, coleta de dados etc). Deve haver permissão expressa dos nomeados e o autor responsável deve anexar a Declaração de

(32)

Responsabilidade pelos Agradecimentos. Também pode constar agradecimentos a instituições que prestaram apoio logístico.

c) Transferência de direitos autorais

Todos os autores devem ler, assinar e enviar documento transferindo os direitos autorais. O artigo só será liberado para publicação quando esse documento estiver de posse da RSP. O documento de transferência de direitos autorais será solicitado após a aprovação do artigo.

MODELOS DOS DOCUMENTOS a) CARTA DE APRESENTAÇÃO Cidade, _[dia]__ de Mês de Ano.

Prezado Sr. Editor, Revista de Saúde Pública

Assim,submetemos à sua apreciação o trabalho “____________[título]_____________”, o qual se encaixa nas áreas de interesse da RSP. A revista foi escolhida [colocar justificativa da escolha da revista para a publicação do manuscrito].

Contribuição dos autores (exemplo): concepção, planejamento, análise, interpretação e redação do trabalho: autor 1; interpretação e redação do trabalho: autor 2. Ambos os autores aprovaram a versão final encaminhada.

Certifico que este manuscrito representa um trabalho original e que nem ele, em parte ou na íntegra, nem outro trabalho com conteúdo substancialmente similar, de minha autoria, foi publicado ou está sendo considerado para publicação em outra revista, quer seja no formato impresso ou no eletrônico.

Os autores não possuem conflitos de interesse ao presente trabalho. (Se houver conflito, especificar).

__________________________ nome completo do autor 1 + assinatura + ORCID ___________________________nome completo do autor 2 + assinatura + ORCID

b) DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE PELOS AGRADECIMENTOS

Eu, (nome por extenso do autor responsável pela submissão), autor do manuscrito intitulado (título completo do artigo):

Certifico que todas as pessoas que tenham contribuído substancialmente à realização deste manuscrito, mas que não preencheram os critérios de autoria, estão nomeadas com suas contribuições específicas em Agradecimentos no manuscrito.

Certifico que todas as pessoas mencionadas nos Agradecimentos forneceram a respectiva permissão por escrito.

_____/_____/_______ _________________________________ DATA NOME COMPLETO E ASSINATURA

(33)

c) DECLARAÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS

Concordo que os direitos autorais referentes ao manuscrito [TÍTULO], aprovado para publicação na Revista de Saúde Pública, serão propriedade exclusiva da Faculdade de Saúde Pública, sendo possível sua reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, desde que citada a fonte, conferindo os devidos créditos à Revista de Saúde Pública.

Autores:__________________________________ Local, data NOME COMPLETO + Assinatura 1.1.1.11 6. Preparo do manuscrito

Título no idioma original do manuscrito

O título deve ser conciso e completo, contendo informações relevantes que possibilitem a recuperação do artigo nas bases de dados. O limite é de 90 caracteres, incluindo espaços. Título resumido

É o título que constará no cabeçalho do artigo. Deve conter a essência do assunto em até 45 caracteres.

Descritores

Para manuscritos escritos em português ou espanhol, devem ser indicados entre 3 a 10 descritores extraídos do vocabulário “Descritores em Ciências da Saúde” (DeCS), da BVS/Bireme, no idioma original. Para manuscritos em inglês, utilizar o Medical Subject Headings (MeSH) da National Library of Medicine (EUA). Se não forem encontrados descritores adequados para a temática do manuscrito, poderão ser indicados termos livres. Resumo

O resumo deve ser escrito em seu idioma original. As especificações quanto ao tipo de resumo estão descritas em cada uma das categorias de artigos. Como regra geral, o resumo deve incluir: objetivo do estudo, principais procedimentos metodológicos (população em estudo, local e ano de realização, métodos observacionais e analíticos), principais resultados e conclusões.

1.1.1.12 Estrutura do texto

Introdução – Deve relatar o contexto e a justificativa do estudo, apoiados em referências pertinentes. O objetivo do manuscrito deve estar explícito no final da introdução.

Métodos- É imprescindível a descrição clara dos procedimentos adotados, das variáveis analisadas (com a respectiva definição, se necessário) e da hipótese a ser testada. Descrever também a população, a amostra e os instrumentos de medida, com a apresentação, se possível, de medidas de validade. É necessário que haja informações sobre a coleta e o processamento de dados. Devem ser incluídas as devidas referências para as técnicas e métodos empregados, inclusive os métodos estatísticos; é fundamental que os métodos novos ou substancialmente modificados sejam descritos, justificando-se as razões para seu uso e mencionando-se suas limitações. Os critérios éticos de pesquisa devem ser respeitados. Os autores devem explicitar que a pesquisa foi conduzida dentro dos padrões éticos e aprovada por comitê de ética.

Resultados – É preciso que sejam apresentados em uma sequência lógica, iniciando-se com a descrição dos dados mais importantes. Tabelas e figuras devem ser restritas àquelas necessárias para argumentação e a descrição dos dados no texto deve ser restrita aos mais

(34)

importantes. Os gráficos devem ser utilizados para destacar os resultados mais relevantes e resumir relações complexas. Dados em gráficos e tabelas não devem ser duplicados, nem repetidos no texto. Os resultados numéricos devem especificar os métodos estatísticos utilizados na análise.

Discussão – A partir dos dados obtidos e resultados alcançados, os aspectos novos e importantes observados devem ser interpretados à luz da literatura científica e das teorias existentes no campo. Argumentos e provas baseadas em comunicação de caráter pessoal ou divulgadas em documentos restritos não podem servir de apoio às argumentações do autor. Tanto as limitações do trabalho quanto suas implicações para futuras pesquisas precisam ser esclarecidas. É necessário incluir somente hipóteses e generalizações baseadas nos dados do trabalho. As Conclusões devem finalizar esta parte, retomando o objetivo do trabalho.

1.1.1.13 Referências

Listagem: As referências devem ser normatizadas de acordo com o estilo Vancouver – Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication, listadas por ordem de citação. Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com o PubMed. No caso de publicações com até seis autores, todos devem ser citados; acima de seis, devem ser citados apenas os seis primeiros, seguidos da expressão latina “et al.”. Sempre que possível, incluir o DOI do documento citado.

Exemplos:

Artigo de periódicos

Brüggemann OM, Osis MJD, Parpinelli MA. Apoio no nascimento: percepções de profissionais e acompanhantes escolhidos pela mulher. Rev Saude Publica. 2007;41(1):44-52. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000015

Livro

Wunsch Filho V, Koifman S. Tumores malignos relacionados com o trabalho. In: Mendes R, coordenador. Patologia do trabalho. 2. ed. São Paulo: Atheneu; 2003. v.2, p. 990-1040.

Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative care for cancer Washington: National Academy Press; 2001[citado 2003 jul 13]. Disponível em: http://www.nap.edu/catalog.php?record_id=10149

Para outros exemplos recomendamos consultar as normas (Citing Medicine) da National

Library of Medicine,disponível em

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=citmed. Citação no texto:

É necessário que a referência seja indicada pelo seu número na listagem, na forma de expoente (sobrescrito) antes da pontuação no texto, sem uso de parênteses, colchetes ou similares. Nos casos em que a citação do nome do autor e ano for relevante, o número da referência deve ser colocado seguido do nome do autor. Trabalhos com dois autores devem fazer referência aos dois autores ligados por “e”. Nos outros casos de autoria múltipla, apresentar apenas o primeiro autor, seguido de “et al.”

Exemplos:

(35)

considera a distribuição de renda, desenvolvimento social e reação individual na determinação dos processos de saúde-doença.

Segundo Lima et al.9 (2006), a prevalência de transtornos mentais em estudantes de medicina

é maior do que na população em geral. 1.1.1.14 Tabelas

Devem ser apresentadas no final do texto, após as referências bibliográficas, numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. A cada uma deve-se atribuir um título breve. Não utilizar traços internos horizontais ou verticais. As notas explicativas devem ser colocadas no rodapé das tabelas e não no cabeçalho ou no título. Se houver tabela extraída de outro trabalho publicado previamente, os autores devem solicitar formalmente autorização da revista que a publicou para sua reprodução. Para composição de uma tabela legível, o número máximo é de 10 colunas, dependendo da quantidade do conteúdo de cada casela. Notas em tabelas devem ser indicadas por letras e em sobrescrito.

1.1.1.15 Quadros

Diferem das tabelas por conterem texto em vez de dados numéricos. Devem ser apresentados no final do texto, após as referências bibliográficas, numerados consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citados no texto. A cada um deve-se atribuir um título breve. As notas explicativas devem ser colocadas no rodapé dos quadros e não no cabeçalho ou no título. Se houver quadro extraído de trabalho publicado previamente, os autores devem solicitar formalmente autorização da revista que o publicou para sua reprodução.

1.1.1.16 Figuras

As ilustrações (fotografias, desenhos, gráficos etc.) devem ser citadas como Figuras e numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto e apresentadas após as tabelas. Elas também devem conter título e legenda apresentados em sua parte inferior. Só serão admitidas para publicação figuras suficientemente claras e com qualidade digital, preferencialmente no formato vetorial. No formato JPEG, a resolução mínima deve ser de 300 dpi. Não se aceitam gráficos apresentados com as linhas de grade, e os elementos (barras, círculos) não podem apresentar volume (3D). Se houver figura extraída de trabalho publicado previamente, os autores devem solicitar formalmente autorização da revista que a publicou para sua reprodução.

1.1.1.17 7. Checklist para submissão

1. Nome e instituição de afiliação de cada autor, incluindo e-mail e telefone.

2. Título do manuscrito, em português e inglês, com até 90 caracteres, incluindo os espaços entre as palavras.

3. Título resumido com 45 caracteres.

4. Texto apresentado em letras arial, corpo 12, em formato Word ou similar (doc, docx e rtf).

5. Resumos estruturados para trabalhos originais de pesquisa no idioma original do manuscrito.

6. Resumos narrativos para manuscritos que não são de pesquisa no idioma original do manuscrito.

(36)

7. Carta de Apresentação, constando a responsabilidade de autoria. Deve ser assinada por todos os autores ou, pelo menos, pelo primeiro autor e conter o ORCID de todos os autores.

8. Nome da agência financiadora e número(s) do(s) processo(s).

9. Referências normatizadas segundo estilo Vancouver, apresentadas por ordem de citação. É necessário verificar se todas estão citadas no texto.

10. Tabelas numeradas sequencialmente, com título e notas, com no máximo 10 colunas. 11. Figura no formato vetorial ou em pdf, tif,jpeg ou bmp, com resolução mínima 300 dpi.

Gráficos devem estar sem linhas de grade e sem volume. 12. Tabelas e figuras não devem exceder a cinco, no conjunto. 1.1.1.18 8. Processo editorial

a) Avaliação

Pré-análise: : o Editor Científico avalia os manuscritos com base na qualidade e interesse para a área de saúde pública e decide se seleciona o manuscrito para avaliação por pares externos

ou não.

Análise por pares: se selecionado na pré-análise, o manuscrito é encaminhado a um dos Editores Associados cadastrados no sistema segundo a respectiva área de especialização. O Editor Associado seleciona os revisores (dois) de acordo com a área de especialização e envia o manuscrito para avaliação. Caso o Editor Associado considere que os pareceres recebidos são insuficientes para uma conclusão, deverá indicar outro(s) relator(es). Com base nos pareceres, o Editor Associado decide por: recusa, no caso de o manuscrito ter deficiências importantes; aceite; ou possibilidade de nova submissão, devendo neste caso indicar nos seus comentários as modificações importantes para eventual reformulação, que será reavaliada por relatores.

b) Revisão da redação científica

Para ser publicado, o manuscrito aprovado é editado por uma esquipe que fará à revisão da redação científica (clareza, brevidade, objetividade e solidez), gramatical e de estilo. A RSP se reserva o direito de fazer alterações visando a uma perfeita comunicação aos leitores. O autor responsável terá acesso a todas as modificações sugeridas até a última prova enviada. c) Provas

O autor responsável pela correspondência receberá uma prova, em arquivo de texto (doc, docx ou rtf), com as observações e alterações feitas pela equipe de leitura técnica. O prazo para a revisão da prova é de dois dias.

Caso ainda haja dúvidas nessa prova, a equipe editorial entrará em contato para que seja feita a revisão, até que seja alcançada uma versão final do texto.

Artigos submetidos em português ou espanhol serão vertidos para o inglês. Aproximadamente 20 dias após o autor ter finalizado a prova do artigo, a RSP enviará a versão em inglês do artigo para apreciação do autor. Nessa revisão, o autor deverá atentar-se para possíveis erros de interpretação, vocabulário da área e, principalmente, equivalência de conteúdo com a versão original aprovada. O prazo de revisão da versão em inglês é de dois dias.

A RSP adota o sistema de publicação contínua. Dessa forma, a publicação do artigo se torna mais rápida: não depende de um conjunto de artigos para fechamento de um fascículo, mas do processo individual de cada artigo. Por isso, solicitamos o cumprimento dos prazos estipulados.

(37)

1.1.1.19 9. Taxa de publicação

Embora as revistas recebam subvenções de instituições públicas, estas não são suficientes para sua manutenção. Assim, a cobrança de taxa de publicação passou a ser alternativa a fim de garantir os recursos necessários para produção da RSP.

A RSP em 2016 completa 50 anos de publicação e somente em 2012 iniciou a cobrança de taxa de artigos, fato este imperioso para garantir sua continuidade, sobretudo permitindo-lhe evoluir com tecnologias mais avançadas, que exigem também maior qualidade e recursos tecnológicos.

O valor cobrado é avaliado regularmente. Assim, para os artigos submetidos a partir de 1 de julho de 2019 , o valor da taxa será de R$ 2.400,00 para artigo original, revisão e comentário, e de R$ 1.600,00 para comunicação breve.

A RSP fornece aos autores os documentos necessários para comprovar o pagamento da taxa perante instituições empregadoras, programas de pós-graduação ou órgãos de fomento à pesquisa.

Após aprovação do artigo, os autores deverão aguardar o envio da fatura proforma com as informações sobre como proceder quanto ao pagamento da taxa.

Referências

Documentos relacionados

29 Table 3 – Ability of the Berg Balance Scale (BBS), Balance Evaluation Systems Test (BESTest), Mini-BESTest and Brief-BESTest 586. to identify fall

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..