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O bio e o ensino de história: possibilidades de busca

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Academic year: 2021

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O BIOE E O ENSINO DE HISTÓRIA: POSSIBILIDADES DE BUSCA GEOVANIO CARLOS BEZERRA RODRIGUES

Universidade estadual do Ceará. E-mail: geovaniorodrigues@live.com

Introdução

Nossa proposta com o este resumo expandido é apresentar os resultados obtidos através de um estudo descritivo exploratório referente aos Objetos de Aprendizagem da disciplina de história, pre-sentes no Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE), repo-sitório este de aceso público e gratuito idealizado pelo Ministério da Educação Brasileiro (MEC). O mesmo foi inaugurado em 2008, como um “ambiente digital pedagógico é exclusivamente voltado para a co-munidade educacional, visando auxiliar o educador ou educadora na busca por OE para que os mesmos venham a ser utilizados em sala de aula ou nos laboratórios de informática” (RODRIGUES et al. 2009, p. 3). É interessante percebermos que o termo Objetos Educacionais (OE) referido anteriormente é utilizado nos trabalhos mais recentes como Objetos de Aprendizagem (OA) que “são recursos digitais para dar suporte a aprendizagem” (SALES, 2008, p. 5). É este termo que utilizaremos durante este trabalho. O BIOE conta hoje com 19.815 objetos publicados, em diversos níveis e modalidades de ensino.

O conceito de Objetos de Aprendizagem nos auxilia a en-tender a aprendizagem mediada pelos mesmos. Podemos assim entendê-los segundo a definição de Willey (2002) que os apresen-tam como qualquer recurso digital que possa ser utilizado para aprendizagem. Outra característica interessante apresentada é que os objetos educacionais são desenhados, em sua maioria, como pe-quenas unidades, desenvolvidas no intuito de serem reutilizadas em cursos ou contextos diferenciados. Sendo assim, sua utilização não está centrada apenas em um momento, podendo se adequar a várias realidades e em diferentes contextos.

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Este processo nos ajuda a pensar como as novas tecnologias podem contribuir para o ensino de História. Este é, antes de qual-quer coisa, perceber a formação do cidadão em suas múltiplas di-mensões, desde a consciência de um modelo da sociedade, passan-do pelos conhecimentos passan-dos fatores que levaram o seu meio social a se tornar o que é hoje (FONSECA, 2008). Cabrini (2004) confronta o docente com a reflexão sobre a forma pela qual o ensino de His-tória é sentido e trabalhado em nossas escolas. Mas sim, construir questionamentos sobre a sociedade com a formulação de hipóteses a partir da interpretação de fontes, ligando o presente e o passado. Neste sentido, os Objetos de Aprendizagem dispostos no BIOE acabam por se tornar importantes instrumentos geradores de reflexão. Capazes de auxiliar o processo do raciocínio histórico.

Objetivos

Deste modo, o trabalho apresenta como objetivo central o mapeamento dos objetos de aprendizagem relacionados direta-mente com o ensino de história, encontrados no BIOE, indepen-dente dos níveis e modalidades de ensino. Para isto, procuramos responder algumas questões que nortearam nossa análise:

• Qual a necessidade de se pensar novos recursos educacionais para o ensino de história?

• Quantos são e como estão disponibilizados os Objetos de Apren-dizagem no BIOE?

• Qual a disparidade entre o número de Objetos de Aprendizagem relacionados ao ensino de história e as demais disciplinas? • Como os Objetos de Aprendizagem podem contribuir para o

en-sino de História?

Elucidar questões como estas se tornam pertinentes, uma vez que o uso de tecnologias na educação vem se tornando uma

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constante, assim como a necessidade da busca de novos recursos que auxiliem os docentes em sua prática pedagógica.

Resultados e discussão

Nosso estudo foi pautado no tipo de pesquisa descritiva exploratória. Este é utilizado como estudo preliminar a fim de o pesquisador aumentar seu embasamento com relação ao tema, e a partir daí, formular o objetivo principal do tema estudado, para em seguida planejar uma pesquisa descritiva (TRIVIÑOS, 1995).

A coleta de dados se deu pela catalogação dos OAs em cada nível e modalidade de ensino. Nesse processo foram encontrados 554 objetos, sendo estes dispostos nos níveis de ensino fundamen-tal, médio e superior. Assim como na modalidade de ensino de edu-cação de Jovens e Adultos (EJA). Esse material é disponibilizado em 28 temas tendo uma maior proporção nos níveis de ensino médio (302 recursos); ensino superior (221 recurso) e fundamental ini-cial (96 recursos).

Entre os recursos, percebemos a predominância do áudio (203) e vídeo (232). Juntos contabilizam 95% do total. Não apenas como recurso a ser usado em sala de aula, o áudio corresponde a representação da oralidade como expressão da memória do sujeito (ATAIDE 2006), assim como o vídeo é nas palavras de Moran (1995, p.28) “parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos”. Exemplifica de forma direta o que o educador ou educadora pretende em sua aula.

Percebemos também uma disparidade entre os anos nos quais os OAs foram submetidos. Temos um grande número durante o ano inicial do repositório, onde encontramos 187 recursos. O ano de 2010 foi mais frutífero, com um total de 218 recursos disponibi-lizados. A partir de então o número de OAs só tem diminuído, mos-tra disto é o ano de 2013 que teve a inserção de apenas 22. O que caracteriza 4% de todos os objetos catalogados.

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Porém, esses dados correspondem a apenas 2,5% dos OAs encontrados nos BIOE. A disparidade entre estes e o de demais dis-ciplinas, como matemática ou biologia, nos mostra que a discipli-na de história ainda está muito aquém em matéria de produção e disponibilização de recursos na web. As ciências humanas corres-pondem apenas a 8% de todo material encontrado. Porcentagem menor que as linguagens e códigos com 13% e nada perto dos 73% de recursos ligados as ciências da natureza.

Conclusão

Todos estes dados nos mostram que a produção de Objetos de Aprendizagem sobre o ensino de história ainda é tímido ao com-pararmos com outras áreas do conhecimento. A apropriação do “pensar histórico”, apresentado anteriormente, associado à busca de recursos que possibilitem a reflexão em sala de aula, se mostra juntamente com a apropriação das ferramentas disponíveis ao edu-cador ou eduedu-cadora, como uma saída para a utilização e criação de novos recursos.

Referências bibliográficas

ATAIDE, Y. D. B. História oral e construção da história de vida. In: Elizeu Clementino de Souza e Maria Helena Menna Barreto Abrahão. (Org.). Tempos, narrativas e ficções: a invenção de si. 1ed. Porto Alegre: EDPUCRS, 2006, v. 1, p. 313-324.

CABRINI, C. et al. O ensino de História: revisão urgente. São Paulo: Brasiliense, 2004.

FONSECA, S. G. Didática e prática de ensino de história: experiên-cias, reflexões e aprendizados. 7.ed. Campinas, SP: Papirus, 2008. 255p. MORAN COSTAS, J. M. O Vídeo Na Sala de Aula. Comunicação & Educação, São Paulo, v. 2, n.2, p. 27-35, 1995.

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RODRIGUES, P. A. A.; SCHLÜNZEN,K.Jr. ; SCHLUNZEN, E. T. M. Re-cursos digitais e pedagógicos: Banco Internacional de Objetos Educacionais (BIOE) e Portal do Professor buscando aprimo-rar o uso da informática na educação. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 4, p. 1, 2010.

SALES, G. L.; LIMA, H.; CASTRO FILHO, J. A.; PEQUENO, M. C. De-senvolvendo Atividades de Modelagem Exploratória Aplicada ao Ensino de Física Moderna com a Utilização do Objeto de Aprendizagem Pato Quântico. Revista Brasileira de Ensino de Fí-sica (Impresso), v. 30, p. 3501-1-3501-13, 2008.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1995.

WILEY, D. A. Connecting Learning Objects to Instructional De-sign Theory: A Definition, a Metaphor, and a Taxonomy (2002). Disponível em: http://wesrac.usc.edu/wired/bldg-7_file/wiley. pdf. Acesso em 10/02/2013.

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