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Extratos e lectinas de Alpinia zerumbet (Pers.) Burtt & Smith: avaliação de atividades biológicas

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Academic year: 2021

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(1)

Uni versi dade Federal de Per na mbuco Cent r o de Ci ênci as Bi ol ógi cas

Pr ogr a ma de Pós- Gr aduação e m Bi oquí mi ca e Fi siol ogi a

SANDRO DO NAS CI ME NTO SI LVA

EXTRATOS E LECTI NAS DE Al pi ni a zer umbet ( Pers.) Burtt & S mith: AVALI AÇÃO DE ATI VI DADES BI OLÓGI CAS

Recife 2013

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SANDRO DO NAS CI ME NTO SI LVA

EXTRATOS E LECTI NAS DE Al pi ni a zer umbet ( Pers.) Burtt & S mith: AVALI AÇÃO DE ATI VI DADES BI OLÓGI CAS

Tese apr esent ada ao pr ogr a ma de pós- gr aduação e m Bi oquí mi ca e Fi si ol ogi a, Ar ea de concentração e m Gl i copr ot eí nas, da Uni versi dade Feder al de Per na mbuco, co mo r equisit o parci al par a obt enção do tít ul o de Dout or e m Bi oquí mi ca.

Ori ent ador a: Pr of. Dr. Mari a Ter eza dos Sant os Correi a.

Recife 2013

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Cat al ogação na Font e:

Bi bli ot ecári a El ai ne Cri stina Barr oso, CRB- 4/ 1728

Sil va, Sandro do Nascime nt o

Ext r at os e l ecti nas de Al pi ni a zer u mbet ( Per s.) Burtt & Smit h: avali ação de ati vi dades bi ol ógi cas / Sandr o do Nasci ment o Silva. – Recif e: O Aut or, 2013.

105 f.: il., fi g., t ab.

Ori ent ador a: Mari a Ter eza dos Sant os Corr ei a Coori ent ador: Thi ago Henri que Napol eão

Tese ( dout or ado) – Uni ver si dade Feder al de Per na mbuco. Cent r o de Bi oci ênci as. Bi oquí mica e Fi si ol ogi a, 2013.

I ncl ui ref er ênci as

1. Lecti nas 2. Pl ant as medi ci nai s 3. Agent es anti bact eri anos I . Corr ei a, Mari a Ter eza dos Sant os ( ori ent.) II. Napol eão, Thi ago Henri que ( coori ent.) III. Tí t ul o

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SANDRO DO NAS CI ME NTO SI LVA

EXTRATOS E LECTI NAS DE Al pi ni a zerumbet (Pers.) Burtt &S mi th: AVALI AÇÃO DE ATI VI DADES BI OLÓGI CAS

Tese apr esent ada ao pr ogr a ma de pós- gr aduação e m Bi oquí mi ca e Fi si ol ogi a, Ar ea de concentração e m Gl i copr ot eí nas, da Uni versi dade Feder al de Per na mbuco, co mo r equisit o parci al par a obt enção do tít ul o de Dout or e m Bi oquí mi ca.

Ori ent ador a: Pr of. Dr. Mari a Ter eza dos Sant os Correi a.

Apr ovada 30/ 09/ 2013

COMI SS ÃO EXAMI NADORA

Pr of a. Dr a. Mari a Tereza dos Sant os Correi a ( Presi dent e) ( Uni versi dade Federal de Per na mbuco - UFPE)

Pr of. Dr. Thi ago Henri que Napol eão ( Tit ul ar i nt erno) ( Uni versi dade Federal de Per na mbuco - UFPE)

Pr of a. Dr a. Már ci a Vanusa da Sil va ( Tit ul ar Ext erno) ( Uni versi dade Federal de Per na mbuco - UFPE)

Dr. Emma nuel Vi ana Pont ual ( Tit ul ar Ext er no) ( Uni versi dade Federal de Per na mbuco - UFPE)

Dr a. Elba Veronica Mat oso Maci el de Carval ho ( Tit ular Ext er no) ( Uni versi dade Federal de Per na mbuco - UFPE)

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Aos meus fil hos Anyel e, Mi si a e Sandri nho E mi nha li nda esposa Rhi zi a.

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AGRADECI MENTOS

A De us, TODO P ODEROS O, que de acor do co m s ua boa vont ade me possi bilit ou reali zar mai s um sonho.

A mi nha esposa e meus f il hos, pel o a mor e cari nho cedi do e m t odos os mome nt os. Vocês são muit o especi ais e co mpl et a m o senti do da mi nha vi da, a mo muito vocês.

A me us pai s, agr adeço a Deus por dar mai s essa al egri a a vocês, é o mí ni mo que posso r etri buir por t ant os anos de dedi cação que se ext ende m at é hoj e. Ta mbé m a mo mui t o vocês.

Aos Dout ores Emma nuel Pont ual e Fr anci s Soares, que se dedi cara m t ant o e m col aborar co m esse trabalho, Deus abençoe vocês.

A Dj al ma, Secret ári o do Pr ogr a ma de Pos-Gr aduação Em Bi oquí mi ca e Fi si ol ogi a, por não t er medi do esf orços e m se mpr e me aj udar no decorrer de t odo o curso.

A Cari na Caval canti, por se mpr e cooperar com as a mostras da pant a par a desenvol vi ment o do trabal ho.

A t odos os col egas do l abor at óri o de gli copr oteí nas, esper o que Deus possa reali zar os sonhos de cada u m de vocês, feli ci dade a t odos.

As Pr ofessoras Dout oras Mar ci a Vanusa e El ba Ver oni ca por f azer part e da banca exa mi nador a.

A Pr ofessora Dout ora Patrí ci a Guedes, Coor denador a do Pr ogra ma de Pos-Gr aduação Em Bi oquí mica e Fi si ol ogi a, pel o apoi o e co mpr eensão a mi m confi ados.

Ao Pr ofessor Dout or Thi ago Napol eão, Co- ori ent ador desse trabal ho, obri gado pel a paci ênci a e aj uda const ant es, l he desej o sucesso.

A Pr of essora Dout ora Tereza Mari a dos Sant os Correi a, mi nha ori ent adora des de a I ni ci ação Ci entífi ca, que me aceit ou co mo al uno desde o i ni ci o da mi nha gr aduação, por t oda paci ênci a que eu fi z gast ar. Nunca vou poder agradecer por t or nar meu sonho possí vel.

A F ACEPE ( Fundação de Ampar o a Ci encia e Tecnol ogi a no Es t ado de Per na mbuco), que fi nanci ou esse pr oj et o.

A t odos vocês, não t enho pal avras que expr essem mi nha gr ati dão por t udo que vocês fi zera m por mi m. Se m vocês esse trabal ho não seri a possí vel.

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“Pode mos muito be m fazer pl anos para o f ut uro, Mas o resultado fi nal é o SENHOR que produz. ”

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RES UMO

Lecti nas são pr ot eí nas de ori ge m não i munol ógi ca que se li ga m de f or ma específi ca e r eversí vel a car boi drat os. Al pi ni a zeru mbet é u ma pl ant a or name nt al utili zada na me di ci na popul ar de modo muit o abr angent e para trat a ment o de enf er mi dades co mo i nfl a mações, febre e gripe. Nest e trabal ho l ecti nas f ora m ext raí das e purifi cadas a partir de fol has ( Aze LL, do i ngl ês A. zerumbet l eaf l ectin) e fl ores ( AzeFL, do i ngl ês A. zeru mbet fl ower l ecti n) de A. zerumbet e avali adas quant o à ati vi dade anti bact eri ana cont ra St aphyl ococcus aureus, Escheri chi a coli, Pseudomonas aerugi nosa, Kl ebsi ell a pneu moni ae e Shi gell a sonnei através da det er mi nação de concentrações mí ni ma i ni bit ória ( CMI ) e mí ni ma bact eri ci da ( CMB), be m co mo a ati vi dade t er mitici da contra oper ári os e sol dados da es péci e Nas utit er mes corni ger. Ext rat os e m s ol ução salina e t a mpões co m di ferent es val ores de p H fora m pr eparados. Os extrat os e m citrat o-f osfato 0, 1 M p H 7, 0 mostrara m mai or ati vi dade he magl uti nant e específica e f ora m cha mados então de extrat o de f ol ha (LE, do i ngl ês l eaf ext ract) e extrat o de fl or ( FE, do i ngl ês fl ower extract). As ati vi dades he magl uti nant es de LE e FE f ora m i ni bi das por N- acetil gli cosa mi na. Fraci ona ment o sali no utilizando s ul fat o de a môni o não r esult ou e m pr eparações enri queci das e m l ecti na. Sendo assim, LE e FE f or a m cr o mat ografados e m col unas de quiti na. Os pi cos pr ot ei cos adsor vi dos e el uí dos co m áci do acéti co 1, 0 M f or a m di alisados e deno mi nados AzeLL e Aze FL, que apr esent ara m ati vi dade he magl uti nant e específica de 640 e 984, 6, respecti va ment e. FE e Aze FL per der a m co mpl et a ment e a ati vi dade he magl uti nant e após aqueci ment o a 70 ° C por 30 mi n, enquant o o LE per deu a s ua ati vi dade apenas após aqueci ment o a 100 ° C e Aze LL após aqueci ment o a 80 ° C. LE i ni bi u o cr esci ment o de E. coli, P. aerugi nosa e S. sonnei ( CMI de 1235 µg/ ml de pr ot eí nas para t odas as bact éri as) e FE i ni bi u P. aerugi nosa e S. sonnei ( CMI de 1135 µg/ ml de pr ot eí nas para a mbas). Aze LL s ó f oi capaz de i ni bir o cr esci ment o de K. pneu moni ae ( CMI: 970 µg/ mL), enquant o AzeFL i ni bi u apenas S. sonnei ( CMI: 820 µg/ mL). Os extrat os, Aze LL e AzeFL agira m apenas co mo agent es bacteri ost áti cos. No ensai o t er miti ci da, a mort e de t odos os operári os ma nti dos e m cont at o co m LE, FE, Aze LL e AzeFL ocorreu e m cer ca de 3- 6 di as, mai s cedo que no contr ol e (t axa de mor tali dade de 100 % após 9 di as). No ent ant o, não houve di ferenças si gnifi cati vas ( p> 0, 05) entre as cur vas de s obr evi vênci a dos oper ári os est abel eci das par a o control e e as a mostras e m t odas as concentrações t est adas. Por out r o lado, LE ( 0, 5 e 1, 0 mg/ mL de pr ot eí nas) FE , AzeLL e AzeFL ( 0, 0625–1, 0 mg/ mL) i nduzira m si gnifi cati va ment e ( p<0, 05) a mort e dos s ol dados de N. corni ger. Em c oncl usão, Aze LL e Aze FL f or a m purifi cadas a partir de cr o mat ogr afi a e m col una de quiti na, apr esent ara m rel ati va t er moest abili dade, f ora m efi ci ent es em i ni bir o cr esci ment o das bact éri as K. pneu moni ae e S. sonnei, r especti va ment e, e são agent es t er miti ci das cont ra sol dados de N. corni ger.

Pal avras-chaves: col ôni a, l ecti na, purifi cação de pr ot eí nas, t er moest abili dade, ati vi dade anti bact eri ana, ati vi dade t er miti ci da.

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ABSTRACT

Lecti ns ar e pr ot ei ns fr o m non-i mmune ori gi n t hat bi nd s pecifi call y and r eversi bl y t o car bohydr at es. Al pi nia zerumbet i s an or na ment al pl ant used i n f ol k me di ci ne i n a ver y co mpr ehensi ve manner for treat ment of i nfir miti es such as i nfl a mmati on, fever and fl u. I n t hi s wor k, l ecti ns wer e extract ed and purifi ed fr o m l eaves ( Aze LL, A. zerumbet l eaf l ecti n) and fl owers ( AzeFL, A. zerumbet fl ower l ecti n) of A. zerumbet and eval uat ed f or anti bact eri al acti vit y agai nst St aphyl ococcus aureus, Escheri chi a coli, Pseudomonas aerugi nos a, Kl ebsi ell a pneu moni ae and Shi gell a sonnei by deter mi ni ng t he mi ni mal i nhi bit or y ( MI C) and mi ni mal bact eri ci dal (MBC) concentrati ons as well as f or t er miti cidal acti vit y agai nst Nas utit er mes corni ger wor kers and s ol di ers. Ext ract s i n sali ne sol uti on and buffers at different p H val ues wer e pr epared. The extract s i n 0. 1 M citrat e- phosphat e p H 7. 0 s ho wed hi ghest specifi c he maggl uti nati ng acti vit y and were call ed LE (l eaf ext ract) and FE (fl ower ext ract). He maggl uti nating acti viti es of LE and FE wer e i nhi bit ed by N- acet yl gl ucosa mi ne. Sali ne fracti onati on usi ng a mmoni u m s ul phat e di d not r esult i n pr eparati ons ri cher i n l ecti n. Thus LE and FE wer e cro mat ogr aphed on chiti n col u mns. The adsor bed prot ei n peaks el ut ed wi t h 1. 0 M aceti c aci d wer e di al ysed and call ed Aze LL and AzeFL, whi ch s ho wed s pecifi c he maggl uti nati ng acti vity of 640 and 984. 6, respecti vel y. FE and AzeFL co mpl et el y l ost t he he maggl uti nati ng acti vity aft er heati ng at 70 º C f or 30 mi n whil e LE l ost i ts acti vit y onl y aft er heati ng at 100 º C and AzeLL aft er heati ng at 80 º C. LE i nhi bit ed t he gro wt h of E. coli, P. aerugi nosa and S. sonnei ( MI C of 1235 µg/ ml of pr ot ei n f or all bact eri a) and FE i nhi bit ed P. aerugi nosa and S. sonnei ( MI C of 1135 µg/ ml of pr ot ei n f or bot h). Aze LL was onl y abl e t o i nhi bit ed t he gr owt h of K. pneu moni ae ( MI C: 970 µg/ mL) whil e AzeFL onl y i nhi bit ed S. sonnei ( MI C: 820 µg/ mL). The extract s, Aze LL and AzeFL act ed onl y as bact eri ost ati c dr ugs. In t he t er miti ci dal assay, t he deat h of all wor kers mai nt ai ned i n cont act wit h LE, FE, Aze LL and AzeFL occurred ar ound 3- 6 days, earli er t han i n contr ol ( 100 % of mort alit y r at e aft er 9 days). Ho wever, t here were no si gnifi cant differences ( p>0. 05) bet ween t he s ur vi val cur ves est ablished f or contr ol and t he sa mpel s at all t est ed concentrati ons. On t he ot her hand, LE ( 0. 5 and 1. 0 mg/ mL of pr ot ein), FE, Aze LL and AzeFL ( 0. 0625–1. 0 mg/ mL) i nduced si gnifi cantl y (p<0. 05) t he deat h of N. corni ger sol di ers. I n concl usi on, Aze LL and AzeFL wer e purifi ed by chiti n chr o mat ogr aphy, sho wed r el ati ve t her mostabilit y, wer e effecti ve i n i nhi bit gr o wt h of t he bact eri a K. pneu moni ae and S. sonnei, respecti vel y, and ar e bot h t er miti ci dal agent s agai nst N. cor ni ger sol diers.

Ke y words: butt erfl y gi nger, l ecti n, pr ot ei n purifi cati on, t her mostabilit y, anti bact eri al acti vit y, termi ti ci dal acti vit y.

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LI STA DE FI GURAS

Fi gura 1. Al pi ni a zerumbet... 26 Fi gura 2. Ni nho de cupi ns... 31 Fi gura 3. Cast a dos cupi ns... 32

Arti go 1 – Purifi cati on and parti al charact eri zati on of lecti ns fro m Al pi ni a zerumbet (zi ngi beraceae) l eaves and fl owers

Fi gura 1. Cr o mat ogr afi a e m col una de quiti na dos extrat os da fol ha ( A) e da fl or ( B) de A. zerumbet ... 76 Fi gura 2. Ati vi dade he magl uti nant e e t est e de resist ênci a a t e mper at ura de extrat os e l ecti nas da f ol ha ( A) e da fl or ( B) ... 77

Arti go 2 – Eval uati on of anti bact eri al and t er miti ci dal acti viti es of Al pi ni a zerumbet l eaf extract and l ecti n

Fi gura 1. Test e t er miti cida co m LE ( A) e Aze LL ( B) e m operari os de N.

ter miti dae... 96 Fi gura 2. Test e t er miti cida co m LE ( A) e Aze LL ( B) e m sol dados de N.

ter miti dae... 97

Arti go 3 – Eval uati on of anti bact eri al and t er miti ci dal acti viti es of Al pi ni a zerumbet fl owers extract and l ecti n

Fi gura 1. Test e t er miti cida co m FE ( A) e AzeFL ( B) e m operari os de N.

ter miti dae... 112 Fi gura2. Test e t er miti ci da co m FE ( A) e AzeFL (B) e m sol dados de N.

(11)

LI STA DE TABELAS

Tabel a 1 - Pri nci pai s classes de co mpost os com ati vi dade anti micr obi ana obti das de pl ant as... 38

Arti go 1 – Purifi cati on and parti al charact eri zati on of l ecti ns fro m Al pi ni a zerumbet

(zi ngi beraceae) l eaves and fl owers... 39

Tabel a 1. Concentração e ati vi dade he magl uti nante dos extrat os da fl or e da fol ha de A. zer u mbet... 74 Tabel a 2. Ini bi ção da ativi dade he magl uti nant e dos extrat os da fol ha e da fl or de A. zer u mbet. ... 75

Arti go 2 – Eval uati on of anti bact eri al and t er miti ci dal acti viti es of Al pi ni a zerumbet l eaf extract and l ecti n

Tabel a 1. MI C do extrato da fol ha de A. zer u mber e de Aze LL... 95

Arti go 3 – Eval uati on of anti bact eri al and t er miti ci dal acti viti es of Al pi ni a zerumbet fl owers extract and l ecti n

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SUMÁRI O

1. I NTRODUÇÃO ……….. . ………1 1

2. FUNDA MENTAÇÃO TEÓRI CA ………. ……….. . ……. . 14

2. 1 LECTI NAS... 14

2. 1. 1 Defi ni ção e hist óri co... 14

2. 1. 2 At i vi dade bi ol ógi ca e aplicação bi ot ecnol ógi ca... 15

2. 1. 3 Cl assifi cação... 18

2. 1. 4 Purifi cação de l ecti nas... 19

2. 1. 5 Caract eri zação... 22

2.2 Al pi ni a zerumbet... 24

2.2.1 Cl assifi cação bot âni ca... 24

2.2.2 I mport anci a médi ca e econô mi ca... 27

2.3 CUPI NS... 29

2.3.1 Cl assifi cação e i mport ânci a... 29

2.3.2 Inseti ci das nat urai s... 34

2.4 BACTÉRI AS... 36

3 OBJ ETI VOS. ... 39

3. 1 OBJ ETI VO GERAL. ... 39

3. 2 OBJ ETI VOS ESPECÍ FI COS... 39

4. REFERÊNCI AS. ... 41

5. ARTI GO 1: Purifi cati on and parti al charact erizati on of lecti ns from Al pi ni a zerumbet (zi ngi beraceae) leaves and fl owers. ... 58

6. ARTI GO 2: Eval uati on of anti bact eri al and t er mitici dal acti viti es of Al pi nia zerumbet leaf extract and l ecti n... 76

7. ARTI GO 3: Eval uati on of anti bact eri al and t er mitici dal acti viti es of Al pi nia zerumbet fl owers extract and l ecti n... 90

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1. I NTRODUÇÃO

As l ecti nas são pr ot eí nas que se li ga m r eversi vel ment e e especifi came nt e a car boi drat os ( CORREI A et al, 2008). Est a capaci dade pode l evar a di ferent es ati vi dades bi ol ógi cas, t ai s co mo anti bact eri ana, antifúngi ca e i nseti ci da ( SOUZA et al, 2011; NAP OLEÃO et al, 2012; NAP OLEÃO et al, 2013; GOMES et al, 2013), A ocorrênci a de lecti nas, t e m si do r el at ada e m vári os or gani s mos e, at ual ment e, a mai ori a das l ecti nas i sol adas são de ori ge m veget al. As l ecti nas f ora m obti das a partir de r aí zes, rizo mas, t ubércul os, bul bos, f ol has, fl ores, fr ut os, se ment es, cascas e cer ne ( NAEE M et al, 2001; OLI VEI RA et al, 2003; OLI VEI RA et al, 2008; SÁ et al, 2008; VALERI E et al, 2009; COSTA et al, 2010; NAP OLEÃO et al, 2011; ALBUQUERQUE et al, 2012).

Est as pr ot eí nas pode m ser i dentifi cadas nu ma a mostra por mei o do ensai o de he magl uti nação, segui do pel o ensai o de i ni bição da ati vi dade de he magl uti nação por car boi drat os si mpl es ou co mpl exos. Est e últi mo ensai o t a mbé m defi ne a es pecifi ci dade da lecti na a car boi drat os e pode m di reci onar a escol ha da mat ri z de afi ni dade i deal par a purifi cação ( NUNES et al, 2011; FERNANDEZ - DEL- CAR MEM et al, 2013). A caract eri zação fí si co- quí mi ca das l ecti nas i ncl ui a avali ação da est abili dade par a diferent es te mper at uras e val ores de p H. A car act eri zação estrut ural de l ecti nas envol ve vári as t écni cas, u m del as é a el etrof orese e m gel de poli acril ami da ( PAGE), que pode ser r eali zada na pr esença ou não de u m agent e desnat urant e ( normal ment e de dodecilsulfat o de s ódi o, SDS) responsável por desnatur ar a pr ot eí na, e/ ou u m agent e de r edução ( nor mal ment e β- mer capt oet anol ou diti otreit ol), que quebra s uas pont es di ssulfet o. A PAGE s ob condi ções nati vas r evel a a ho mogenei dade e a car ga lí qui da da l ecti na e PAGE desnat ur ant e s ob condi ções r edut oras r evel a a co mposi ção de subuni dades e do peso mol ecul ar da pr ot eí na ( REYNOS O - CAMACHO et al, 2003, PAI VA et al, 2010).

(14)

At i vi dade anti bact eri ana de l ecti nas de pl ant as t e m si do i nvesti gada, pri nci pal ment e por que est á au ment ando a necessi dade de anti bi óti cos par a co mbat er as estirpes bact eri anas que apr esent a m r esi st ênci a aos co mpost os usados at ual ment e ( CARVALHO et al, 2010; SAVOI A, 2012; TAYLOR, 2013). Te m s i do s ugeri do que a ati vi dade anti bact eri ana das l ecti nas contra bact érias Gr a m- positi vas e Gr am- negati vas ocorre através da i nt eração da l ecti na co m co mponentes da parede cel ul ar bact eri ana i ncl ui ndo pepti dogli canos e li popol issacarí deos ( PAI VA et al., 2010).

At i vi dade i nseti ci da de l ecti nas f oi descrit a contra i nset os de vári as or dens, co mo Di pt era, Lepi dopt era e Col eopt era ( OLI VEI RA et al, 2011; NAP OLEÃO et al 2012; NAP OLEÃO et al, 2013). A capaci dade que el as possue m de se li gar a car boi drat os est á i mpli cada na ati vi dade i nsecti ci da. Por exe mpl o, t e m si do r el at ada a li gação das l ecti nas às estrut uras gli cosil adas e mol écul as pr esent es no t rat o di gesti vo dos i nset os ( FI TCHES et al., 2008; NAP OLEÃO et al, 2011). A ati vi dade i nseti ci da de l ecti nas a t ér mit as f oi t a mbé m atri buí do a r esi st ênci a à di gest ão por enzi mas pr oteolíti cas do i nt esti no de tér mit as be m co mo os efeit os bact eri ost áti co e bact eri ci da s obr e bactéri as si mbi óti cas do i nt esti no ( NAP OLEÃO et al, 2011).

Al pi ni a zerumbet ( Pers.) Burtt & S mit h ( Zi ngi beraceae), popul ar ment e conheci da col ôni a, é muit o culti vada, devi do à bel eza de s uas fl ores. É u ma es péci e nati va das r egi ões tropi cai s do s ul e s udeste da Ási a e é di f undi do por vári as part es do mundo ( CRONQUI ST, 1981). A. zerumbet é ampl a ment e utili zada na medi ci na popul ar por i sso f oi est udado pr opri edades f ar macol ógi cas das f ol has, fl ores e ri zo mas, t ai s co mo efeit os depur ati vos, di uréti co, anti- hi st éri co, anti-i nfl a mat óri os, hi pot ensor, e anti-hel mínti co, entre out r os ( PI NHO DE ARAUJ O et al, 2005; ELZAAL WELY et al, 2007; CHOMP OO et al, 2011; CAVALCANTI et al, 2012; CUNHA et al, 2013; TAO et al, 2013).

(15)

A. zerumbet, be m co mo a avali ação da ati vi dade anti bact eri ana e t er miti cida do ext rat o e da lecti na ( Aze LL) da fol ha al é m do extrat o e da l ectina ( AzeFL) da fl or.

(16)

2. FUNDA MENTAÇÃO TEÓRI CA

2.1 LECTI NAS

2. 1. 1 Defi ni ção e hi st óri co

A pal avra l ecti na deri va do l ati m l ect us, que si gnifi ca escol hi do ou sel eci onado. Est e t er mo f oi i ntroduzi do por Boyd e Shapl ei gh e m 1954 e t raduz a princi pal caract erísti ca dessas mol écul as que é a de se li gar a car boi drat os de f or ma específi ca através de li gações não coval ent es e de agl uti nar eritrócit os de for ma sel eti va ( PEUMANS &VAN DAMME, 1995).

As l ecti nas r epresent a m u m gr upo parti cul ar de pr ot eí nas que est ão a mpl a ment e di stri buí dos por t odos os t eci dos de di versos seres vi vos, sendo descrit as e m mai or nú mer o e m pl ant as ( COELHO E SI LVA, 2000; RATANAP O et al., 2001; NAEE M et al., 2001; OLI VEI RA et al., 2003; WANG e NG, 2003; NASCI MENTO et al., 2008; OLI VEI RA et al., 2008a; SÁ et al., 2008; COSTA et al., 2009, SANTOS et al., 2009, VAZ et al., 2009).

O pri mei r o est udo co m l ecti nas f oi desenvol vi do por Still mar k e m 1888, onde f oi verifi cada a pr esença de u ma pr ot eí na nos extrat os de se ment es de ma mona, Ri ci nus co mmuni s, que agl uti nava eritrócit os de ani mai s. Essa obser vação r esult ou e m u m mar co nos est udos das l ecti nas ( SHARON &LI S, 1988). Em 1889, Helli n obser vou, no extrat o t óxi co de Abr us precat ori us (j eri quiti), a presença de u ma prot eí na que el e cha mou de abri na, a qual

ti nha a pr opri edade de agl uti nar cél ul as sanguí neas ( SHARON &LI S, 1991). Por é m, os est udos co m l ecti nas só co meçara m a se a mpli ar a partir de 1960 quando se co meçou a abrir uma vasta área de apli cações para essas pr ot eí nas ( GABOR et al., 2001).

Em 1980, a defi ni ção de l ecti na f oi a mpli ada para pr ot eí nas ou gli copr ot eí nas de ori ge m não i munol ógi ca que apr esent a m doi s ou mai s síti os de li gação a car boi drat os, agl uti na m cél ul as vegetais e∕ ou ani mai s e precipit a m polissacarí deos e gli coconj ugados de for ma r eversí vel ( GOLDSTEI N et al., 1980). No ent ant o, o advent o de mel hori as

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tecnol ógi cas par a análise estrut ural e mol ecul ar l evou a u ma at uali zação dessa defi ni ção: lecti nas são pr ot eí nas que possue m no mí ni mo u m do mí ni o não cat alítico que se li ga reversi vel ment e a u m mono ou oli gossacarí deo específi co, est endendo esse conceit o a pr ot eí nas que se co mport a m de f or ma co mpl et a ment e diferent e co m r el ação às s uas pr opri edades de agl uti nação e∕ ou preci pitação de gli coconj ugados ( PEUMANS &VAN DAMME, 1995; 1998). Uma defi ni ção si mplifi cada e muit o utili zada pode ser que l ecti nas são pr ot eí nas ou gli coprot eí nas, encontradas a mpl a ment e nos di versos organi s mos, que se li ga m reversi vel ment e a car boi drat os e gli coconj ugados ( NUNES et al, 2011).

2. 1. 2 Ati vi dades bi ol ógi cas e apli cações bi ot ecnol ógi cas

Co m o obj eti vo de det ectar a pr esença de l ecti nas e m u ma s ol ução pode ser f eit o o ensai o de ati vi dade he ma gl uti nant e ( AH), no qual as l ecti nas se li ga m a carboi drat os pr esent es na superfí ci e dos eritrócit os, f or mando li gações r eversí vei s entre cél ulas pr óxi mas o que result a na agl uti nação dessas cél ul as ( SANTOS et al., 2005). Os eritrócit os utili zados no ensai o pode m ser de orige m hu mana ou de out ros ani mai s, be m co mo pode m s er t rat ados enzi mati ca ment e ( BANERJ EE et al., 2004; J UNG et al., 2007) ou qui mi ca ment e ( NAP OLEÃO et al., 2011). Não trat ar os eritrócitos t a mbé m é u ma opção para reali zação do test e ( WI TI TSUWANNAKUL et al, 1998; MO et al, 2000). O f at o de as l ecti nas ser e m li gant es de car boi drat os específi cos vi abili za outro ensai o muit o co mu m que é o de i ni bi ção da he magl uti nação. Nesse t est e, a a mostra contendo l ecti na é i ncubada co m s ol ução de car boi drat o, o qual at uará co mo i ni bi dor por se ligar ao síti o de li gação a car boi drat o pr esent e na estrut ura da l ecti na, i mpossi bilitando assi m a l i gação dessa l ecti na co m os eritrócit os. Esse ensai o i dentifi ca o monossacarí deo para o qual a l ecti na é específi ca ( CORREI A & COELHO, 1995; WANG &NG, 2006; FERNANDEZ- DEL- CAR ME N, 2012).

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Al é m de monossacarí deos i ni bi dores, algu mas l ecti nas pode m ser específi cas a oli gossacarí deos ( WALTI et al., 2008) co mo t ambé m a gli copr ot eí nas e∕ ou polissacarí deos ( THAKUR et al., 2007). O ensai o de i ni bi ção da AH t a mbé m assegur a a nat ureza l ectí ni ca da agl uti nação, u ma vez que outr os co mpost os como t ani nos e cáti ons pode m causar u ma pseudo- agl uti nação por di spersare m os eritrócit os na s ol ução. Cont udo essa di spersão não é aboli da quando a a mos tra é pr evi a ment e i ncubada co m car boi drat os li vres e m s ol ução ( CORREI A e COELHO, 1995; SHARON e LI S, 2001).

As l ecti nas t ê m se mos trado i mport ant es f errame nt as par a a i nvesti gação e m di versas áreas da ci ênci a, e m es peci al, pr ocessos mé di cos, quí mi cos e bi ológi cos ( NUNES et al, 2011; PATRI CI O et al, 2011; ROLI M et al, 2011; MELO et al, 2011). O gr ande nú mer o de l ecti nas co m di ferentes especifi ci dades t e m l evado à s ua utili zação co mo r eagent es par a expl orar car boi drat os encontrados nas cél ul as, sendo est e, u m dos pont os mai s i mport ant es no avanço de nu mer osas áreas da bi ol ogi a cel ul ar ( XI MENES, 2009; SOUZA et al, 2011; SANTOS et al, 2012).

As l ecti nas t ê m si do utilizadas efi ci ent e ment e e m est udos hi st oquí micos e cel ul ares ( VEGA e PÉREZ, 2006), co mo mol écul as bi oadesi vas na entrega de dr ogas ( GABOR et al., 2001; BI ES et al., 2004), fraci ona ment o de cél ul as ( OHBA et al., 2002), no est udo de gli coconj ugados e oli gossacarí deos ( BANERJ EE et al., 2004), na i ndução de apopt ose e m t umor es de cél ul as huma nas ( KARAS AKI et al., 2001), i ni bi ção da pr oliferação de fibr obl ast os ocul ares e contração de col ágeno ( BATTERBUI Y et al., 2002), e na esti mul ação da pr oliferação de di ferent es ti pos cel ul ares, co mo li nf ócit os T hu manos (BANERJ EE et al., 2004; MACI EL et al., 2004) e espl enócit os ( NGAI e NG, 2004; WANG e NG, 2006; LI et al., 2008). Ati vi dade antii nfl a mat óri a ( SANTI - GADELHA et al., 2006) e ati vi dade hi pogli ce mi ant e ( KAVALALI et al., 2003) de l ecti nas j á f ora m descrit as e a i mobili zação de lecti nas e m s uport es i nertes per mit e o uso del as co mo mat ri zes de afi ni dade par a purifi cação

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de gli copr ot eí nas dos mai s di versos ti pos ( SILVA et al., 2011; ARAÚJ O et al., 2013; NAP OLEÃO et al., 2013b).

Lecti na das f ol has de Pandanus a marillzf oli us apr esent ou ati vi dade anti viral contra vír us her pes ti po 1 e ví r us i nfluenza ( OOI et al., 2004). Out ras l ecti nas t ê m si do descrit as co m ação i ni bitóri a sobr e a t ranscri pt ase r eversa do HI V- 1 ( WANG e NG, 2006; LI et al., 2008).

As l ecti nas t a mbé m podem f unci onarco mo agent es anti micr obi anos contra cél ul as bact eri anas ( GAI DAMAS HI VI LI e VAN STADEN, 2002; TAS UMI et al., 2004; TAKAS HAKI et al., 2008; COSTA et al., 2010; WEI et al., 2012; MASSANI et al., 2013) e contra f ungos ( FREI RE et al., 2002; TRI NDADE et al., 2006). Lect i nas t a mbé m t ê m apresent ado ef eit o anti-pr ot ozoári o ( MOURA e t al., 2006) e ne mati ci da ( RI POLL et al., 2003). A habili dade das l ecti nas de se li gare m a gli copr ot eí nas de s uperfíci es cel ul ares t e m i mpul si onado est udos da bi ol ogi a e estrut ura de agent es i nfecci osos, co mo, por exe mpl o, na caract eri zação epi de mi ol ógi ca da Nei sseri a gonorrheae e di ferenci ação de out ras es péci es de Nei sseri a ( WU et al., 2001). Em out r os casos, lecti nas pode m f unci onar co mo al vos e m trat a ment os de i nfecções; u m exe mpl o é o caso de det er mi nadas bact éri as pr oduze m l ecti nas específi cas para cert os car boi drat os e f aze m uso das mes mas para se aderire m ao t eci do hospedeir o co mo pri meiro passo e m u m pr ocesso i nfecci oso. O cr esci ment o da col ôni a dessas bact éri as é r eduzi do quando o t eci do é t rat ado co m car boi drat os li vres em s ol ução devi do à di mi nui ção da adesão das cél ul as bact eri anas ao t eci do, ocorrendo u m bl oquei o do at aque das bact éri as ( SHARON e LIS, 1993, RÜDI GER et al., 2000).

As l ecti nas apresent a m outras ati vi dades bi ol ógi cas t ai s co mo ati vi dade i nseti ci da contra vári as espéci es de i nset os- praga e vet ores de doenças ( DUTTA et al., 2005; LEI TE et al., 2005; SÁ et al., 2008, 2009; SANTOS et al., 2012; NAP OLEÃO et al., 2013a) e seus genes pode m ser utili zados na pr odução detransgêni cos de pl ant as de i nteresse econô mi co

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( RAMES H et al., 2004; Mc CAFFERTY et al., 2008). Rel at os pr évi os t êm i ndi cado l ecti nas co mo agent es no contr ole de di versos vet ores de doenças, i ncl ui ndo l ar vas e ovos de Aedes aegypti ( COELHO et al., 2009; NAP OLEÃO et al, 2012; SANTOS et al., 2013).

2. 1. 3 Cl assifi cação

Exi st e m f or mas muit o vari adas para cl assifi car as l ecti nas, as quai s depende m mui t o do enf oque a ser est udado. De u ma f or ma mai s a mpl a, exi st e m os gr andes gr upos de lecti nas veget ai s e l ecti nas ani mai s. As l ecti nas ani mai s pode m ser cl assifi cadas e m ti po- C, que são l ecti nas cál ci o dependent es ( WEI et al, 2012) e gal ecti nas, l ecti nas li gant es especifi cas de β- gal actosi deos ( FUKUMORI et al, 2007), as quai s são as duas mai or es cl asses, al é m de mai s oit o gr upos (ti po- S, ti po-I, ti po- P, ti po- L, anexi nas, calrect uli nas∕ cal nexi nas, di scoi di nas, egl ecti nas, agl uti ni nas, ti po fi bri nogêni o e pentraxi nas); esses gr upos são cl assificados de acor do co m a si mil ari dade de s uas estrut uras pri mari as ( KI LPATRI CK et al., 2002). As l ecti nas de pl ant as pode m ser cl assifi cadas co m base na especifi ci dade de li gação a açúcares ( gal act ose/ acetil gal act osa mi na, gli cose/ manose, N-acetil gli cosa mi na, L-fucose), de acor do com car act erísti cas na estrut ura mol ecul ar ( mer ol ecti nas, hol ol ecti nas, qui mer ol ecti nas e s uperl ecti nas) ou ai nda co m base na ocorrênci a, estrut ura e especifi ci dade (l ecti nas de l egu mi nosas, l ecti nas li gadoras de quiti na, pr ot eí nas i nati vador as de ri bossomos, l ecti nas r el aci onadas à j acali na, l ecti nas de monocotil edôneas li gador as de manose, l ecti nas de fl oe ma de cucur bit áceas e l ecti nas da f a míli a das a mar ant áceas) ( VAN DAMME et al., 1998).

De acor do co m a cl assificação das l ecti na quant o à estrut ura mol ecul ar, temos as segui nt es defi ni ções:

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não possue m ati vi dade he magl uti nant e. Um dos exe mpl os mai s conheci dos é a heveí na, u ma lecti na isol ada do l át ex da Hevea brasili ensi s ( VAN DAMME et al., 1998).

II. Hol ol ecti nas: l ecti nas que possue m pel o menos doi s do mí ni os de li gação a car boi drat os, os quai s são i dênti cos ou muit o se mel hant es. A concanavali na A ( Con A), a l ecti na mai s conheci da e est udada na literat ura, pert ence a est e gr upo( VAN DAMME et al., 1998);

III. Qui mer ol ecti nas: l ecti nas que possue m u m ou mai s do mí ni os de li gação a car boi drat o al é m de u m out r o do mí ni o co m out ra ati vi dade bi ol ógi ca qual quer, co mo por exe mpl o hor monal ou enzi máti ca, sendo esse síti o i ndependent e da li gação a car boi drat os. Um exe mpl o cl ássi co desse grupo de l ecti nas é a ri ci na ( VAN DAMME et al., 1998);

I V. Superl ecti nas: l ecti nas que possue m pel o menos doi s do mí ni os de li gações a car boi drat os, entret ant o, ao contrári o das hol ol ecti nas, podem s e li gar a car boi dratos co m estr ut uras di sti nt as. Nesse caso al guns consi dera m as s uperlecti nas u m t i po especi al de qui mer ol ecti nas u ma vez que apr esent a m doi s síti os de li gação a car boi drat os t ot al ment e i ndependent es ent re si e m f unção e estrut ura. A TGL, l ecti na extraí da da Tuli pa gesneri ana, é u ma s uperl ecti na co m especifi ci dade a manose e a N- acetil gal act osa mi na ( VAN DAMME et al., 1998).

2. 1. 4 Purifi cação de l ecti nas

As t écni cas utili zadas para purifi cação de l ecti nas são as mes mas utili zadas par a purifi cação de pr ot eí nas consi sti ndo, e m ger al, em mét odos convenci onais cr o mat ogr áfi cos e el etrof oréti cos, os quai s se basei a m e m as pect os estrut urai s e fí si co- quí micos das pr ot eí nas, tais co mo car ga el étri ca, ta manho e sol ubili dade.

O pri meir o passo na purifi cação de l ecti nas de uma pl ant a é a extração, mét odo e m que o t eci do ou órgão e m est udo pode ser macerado ou t rit urado e, e m segui da, ho mogenei zado e m u ma sol ução de extração. A extração pode ser e m s ol ução sali na, co mo no

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caso do i sol a ment o das se ment es de Talisi a escul ent a ( FREI RE et al., 2002) e das se ment es de Cr at yli a mollis ( PAI VA e COELHO 1992; CORREI A e COELHO, 1995) ou usando t a mpões co mo no das l ecti nas de cotil édones de Luet zel burgi a auri cul at a ( OLI VEI RA et al., 2002), das se ment es de Cr at ylia fl ori bunda ( SOL et al ., 2007) e da entrecasca de Cr at aeva t api a ( NASCI MENTO et al., 2008). O mai or i nt eresse é au ment ar a s ol ubili dade das pr ot eí nas. A extração é geral ment e segui da de u ma filtração e centrifugação par a r etirada de r est os s óli dos do mat eri al de parti da e possí vei s i mpur ezas na solução.

O ext rat o br ut o é ent ão sub meti do a et apas de pr é-purifi cação. A pri mei ra et apa é o fraci ona ment o sali no, que utili za sai s neutr os para di mi nuir a s ol ubilidade e m água das pr ot eí nas pr esent es no extrat o. Em concentrações r eduzi das, esses sai s au ment a m a sol ubili dade das pr ot eí nas (―salti ng i n‖), mas quando a concentração é aume nt ada (result ando e m au ment o da f orça i ônica) ocorre u ma r edução da s ol ubili dade das pr ot eí nas, possi bilit ando sua preci pitação (―salti ng out ‖). Nor mal ment e ut iliza-se o sulfat o de a môni o devi do sua alt a sol ubili dade e m água, per miti ndo a pr eci pit ação pr ot éi ca, e por não desnat urar as pr ot eí nas ( HEU et al., 1995). A pr eci pit ação pode ser f eit a utilizando di ferent es sat urações de sal e pode pr o mover separação parcial (fraci ona ment o) das pr ot eí nas, u ma vez que pr ot eí nas diferent es apresent a m s ol ubili dades di ferent es e m r espost a a concentrações de sai s ( XI MENES, 2009; SI LVA, 2009). Par a r etirada do sal utili zado na pr eci pit ação, r eali za m- se di álises e m me mbr anas se mi per meávei s, mét odo baseado na separação de mol écul as por diferenças de peso mol ecul ar; as pr ot eí nas fi ca m r eti das, pel a l i mit ação causada pel a me mbr ana, enquant o que mol écul as menor es, co mo car boi drat os ou sai s, passa m par a a s ol ução s ol vent e no ext eri or da me mbr ana ( PLUMER, 1978).

Após a extração e purifi cação par ci al, di versos mét odos cr o mat ogr áfi cos são usados par a a purifi cação das l ecti nas, dentre el es, a cr o mat ografi a de t r oca i ôni ca ( YAN et al., 2005), a cr o mat ografi a de excl usão mol ecul ar ( CANDY et al., 2003), a cr o mat ogr afia de

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afi ni dade ( NAEE M et al., 2001).

A cr o mat ografi a é, basi ca ment e, u m mét odo que envol ve duas f ases, u ma móvel e u ma est aci onári a. Nessa t écni ca, faz-se passar a f ase móvel pel a est aci onári a, o que vai possi bilitar que al guns component es da f ase móvel fi que m r eti dos na f ase est aci onari a de u ma det er mi nada f or ma, a depender da cr o mat ografi a utili zada. O r esult ado é a mi gração sel eti va dos co mponent es pr esent es na f ase móvel. A cr o mat ografi a de t r oca i ôni ca basei a-se na li gação da pr ot eí na co m gr upos de car gas contrárias i mobili zados na mat riz (trocador de í ons). A col una é l avada co m s ol ução t a mpão e as pr ot eí nas co m nenhu ma ou pouca i nt eração co m a mat ri z são excl uí das. As pr ot eí nas adsor vi das na mat ri z pode m ser el uí das pel o au ment o da força i ôni ca ou alt eração do p H do mei o ( DATTA et al., 2001). Esse mét odo per mit e t a mbé m separação de i sof or mas l ectí ni cas, pel a utili zação de gr adi ent e sali no cr escent e ( MI SHRA et al., 2004).

A cr o mat ografi a de afi ni dade é a mai s utili zada par a purifi cação de l ecti nas e basei a-se no i sol a ment o por mei o da capaci dade das pr ot eí nas e m se li gare m es pecifi ca ment e a out ras mol écul as. No caso das l ecti nas, as ma tri zes de afi ni dade cont êm car boi drat os ou gli coconj ugados coval ente ment e i mobili zados. A a mostra é apli cada à ma tri z e as mol écul as se m afi ni dade passa m s e m se li gar, enquant o que as l ecti nas específi cas para a mat ri z são reti das. A pr ot eí na desejada é geral ment e obti da co m alt o gr au depur eza ( YE e NG, 2002); alt erando-se as condi ções de p H ( SÁ et al., 2008), f orça i ôni ca( FREI RE et al., 2002) ou pel a el ui ção co m u ma sol ução cont endo u m co mpeti dor ( OLI VEI RA et al., 2002).

Vári os suport es pode m ser utili zados na cr omat ogr afi a de afi ni dade par a a puri ficação de l ecti nas, t ais co mo Sephadex, u m polí mer o de gli cose ( CORREI A E COELHO, 1995), a quiti na, para l ecti nas co m a fini dade por N- acetil gli cosa mi na ( FREI RE et al., 2002), o gel de guar e a Sephar ose, para l ecti nas li gador as de gal act ose ( COELHO e SI LVA , 2000; CANDY et al., 2003), be m co mo Sephar ose ou Agar ose cont endo car boi drat os ou

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gli copr ot eí nas i mobili zados ( GERLACH et al., 2002).

2. 1. 5 Car act eri zação

Uma vez defi ni do o pr ot ocol o de purifi cação de u ma pr ot eí na, essa deverá passar por u ma séri e de t est es que vão det er mi nar característi cas parti cul ares, t ais co mo afi ni dade a car boi drat os e gli coconj ugados, co mport a ment o e m pr esença de í ons e em di ferent es val or es de p H e t e mper at ura, t ama nho da mol écul a, ti pos de estrut ura, co mposi ção de s ua sequênci a de a mi noáci dos, entre muit as outras for mas de caract eri zação utilizados atual ment e.

Test es de ati vi dade he magl uti nant e e i ni bição dest a, fazendo us o de monossacarí deos si mpl es ou co mpl exos, gli coprot eí nas, gli coconj ugados e polissacarí deos são frequent es na caracteri zação de l ecti nas, desde que a especifi ci dade é u m crit éri o par a cl assifi cação de l ecti nas (SI LVA et al, 2012).

A avali ação da AH de l ecti nas e m di ferent es t e mperat uras, para a det er minação da est abili dade é outr o passo na caract eri zação. Al gu mas l ecti nas são t er mossensí vei s, out ras ter moest ávei s. Tai s pr ot eí nas pode m t er sua ati vi dade oti mizada e m u ma det er mi nada f ai xa de te mper at ura e ausent e em out ras t e mper at uras desfavor ávei s à manut enção da s ua estr ut ura nati va. Al gu mas l ecti nas per manece m ati vas at é 55- 65 ° C e a partir de ent ão, co m a el evação da t e mper at ura, a AH decai at é ser aboli da, co mo a l ecti na de Luet zel burgi a auri cul at a ( OLI VEI RA et al., 2002), outras conti nua m ati vas at é 100 ° C, co mo no caso da l ecti na de cogu mel o Ganoder ma capense que se mant eve ati va após aqueci ment o a 100 ° C dur ant e 150 mi n ( NGAI e NG, 2004).

Out ra avali ação i mport ant e é a est abili dade e m di ferent es val ores de pH, poi s est as pr ot eí nas deve m ser manti das e m s ol ução que apr esent e as condi ções i deai s à ma nut enção de sua estrut ura nati va. O p H t e m efeit o vari ado sobr e as l ecti nas: e m al guns

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casos não af et a a ati vi dade ( WI TTSUWANNAKUL et al., 1998), e m out ros a l ecti na per de a ati vi dade e m det er mi nada f ai xa de p H, co mo no caso da l ecti na de Eryt hri na s peci osa ( KONOZY et al., 2003) e outras fi ca m ati vas e m a mpl a f ai xa de p H, si milar ment e à l ecti na de Ganoder ma capense ati va e m val ores depH que vari a m de 4 a 11, ( NGAI e NG, 2004).

A el etrof orese e m gel de poli acril a mi da ( PAGE) e m c ondi ções nati vas revel a o gr au de pur eza de u ma pr eparação, be m co mo a car ga lí qui da da pr ot eí na. PAGE pode ser reali zada usando u m gel cont endo o agent e desnat urant e dodecil sulfat o de s ódi o ( SDS) e/ ou os agent es r edut ores β- mercapt oet anol ou diti otreiti ol ( DTT). Na pr esença desses co mpost os, a el etrof orese pode ser utili zada para r evel ar a co mposi ção e a massa mol ecul ar de subuni dades de u ma pr ot eí na ( REYNOS O- CAMACHO et al., 2003). Os géi s pode m s er corados co m Azul de Coo massi e, col oração com pr at a, ou Negr o de Ami do, os quai s det ect a m bandas poli peptí di cas, ou co m col orações especifi cas para gli copr ot eí nas, co mo a col oração co m áci do peri ódi co- Reati vo de Schiff ( GOMES et al., 2013). Out r o i mport ant e mét odo el etrof oréti co é a el etrof ocali zação ou f ocali zação i soel étri ca, que det er mi na o pont o isoel étri co da pr ot eí na de i nt eresse.

Mui t os outr os mét odos e ensai os, t ai s co mo dependênci a da mol écul a a i ons, est abili dade a diferent es val ores de p H, HPLC ( cro mat ogr afi a li qui da de al ta pr essão), HPLC- RP ( cr o mat ografi a li qui da de alt a pr essão e m f ase r eversa), FPLC ( cr o mat ografi a li qui da de rápi da r esol ução) ( WONG; NG. , 2003), a i munodif usão, a dif usão dupl a, análi se da co mposi ção de a mi noáci dos, seqüenci a ment o de a mi noáci dos, est udos de fluor escênci a, di cr oí s mo circul ar e cri stali zação t a mbé m são f erra ment as i mport ant es para a caract eri zação das l ecti nas.

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2. 2 Al pi ni a zerumbet

2. 2. 1 Cl assifi cação bot ânica

Essa pl ant a, co mu mente cha mada de col ônia, est á i ncl uí da na fa míli a Zi ngi beraceae, a qual é co mpost a por er vas de pequeno a gr ande porte, perenes ou não, ri zo mat osas, ent ouceiradas e de cr esci ment o simpodi al, às vezes acaul es, co m f ol hage m e mer gi ndo di ret a ment e do s ol o ou mai s frequent e ment e apr esent ando pseudocaul es eret os, her báceos, co m at é 3 m de alt ura. As f ol has são alt er nas, dísti cas, li near es e peni paral eli nér veas, geral ment e na cor ver de. As i nfl orescênci as são do ti po ci mosa, frequent e ment e espi ciforme, f or mada por br áct eas decor ati vas que pr otege m as fl ores, as quai s são bi ssexuadas, zi go morfas, di cl a mí deas e het er ocl a mí deas, com cáli ce t rí mer o e ga mossépal o, cor ol a trímer a, ga mopét al a, co m u ma das pét al as e m t ama nho mai or que as de mai s. A pr é-fl oração é do ti po i mbri cada, havendo 1 est a me e mai s 4 est a mi nódi os pet al ói des, co m ant eras ri mosas. O gi neceu é ga mocar pel ar, tri car pelar, ovári o í nf er o geral ment e co m 3 l ócul os co mu ment e pl uri ovul ados, pl acent ação frequent e ment e axi al. O frut o é do ti po baga ou cápsul a co m se ment es aril adas. A f a míli a Zi ngi beraceae apr esent a di stri bui ção pantr opi cal co m es péci es ori gi nári as da Ási a Tr opi cal, Í ndi a, Il has do Pacífi co, Tail ândi a, I ndonési a e Mal ási a, perfazendo aproxi mada ment e 1300 espéci es e m 50 gêner os conheci dos ( CRONQUI ST 1981; KRESS et al. 2002). As espéci es mai s utili zadas no Br asil para pai sagi s mo são de pr ocedênci a exóti ca, apenas o gêner o Reneal mi a é nati vo da r egi ão Amazôni ca. Cont udo, al gu mas exóti cas são consi deradas subespont âneas, pri nci pal ment e e m sol os br ej osos a exe mpl os das espéci es Hedychi u m cor onari um e Hedychi um gar dneri anu m. Mui t as espéci es da f a mília t ê m val or econô mi co f or necendo ali ment os (fécul as dos ri zo mas), perf u mes, condi ment os de pr opri edades ar o máticas, corant es, fi bras e papel ( TOMLI NS ON, 1969).

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O r epr esent ant e mai s co mu m dessa f a míli a é o gengi bre ( Zi ngi ber offici nal e), mui t o conheci do na culi nári a. O ri zo ma do gengi bre, é t a mbé m utili zado co mo mat éri a- pri ma para f abri cação de bebi das, perf u mes e pr odut os de conf eit ari a co mo pães, bol os, bi scoit os e gel éi as e, na medi ci na popul ar, é muit o utili zado co mo excit ant e est o macal e car mi nati vo.

Mui t as espéci es da f a mília t ê m ól eos ar o máti cos que são usados para perfu mari a, no t e mper o e para fi ns medi ci nai s. Os ri zo mas de al gu mas espéci es de Curcu ma são utili zados co mo f ont e de ali ment o, u ma vez que são f ont es de a mi do. Co mo pl ant as or na ment ai s, dest aca m- se espéci es dos gêner os Zi ngi ber, Al pi nia, Ni col ai a, Hedychi um e Kae mpf eri a pel a bel eza da fol hage m e da infl orescênci a ( WI NTERS, 1995).

Al pi ni a é o mai or gênero da f a míli a, co m mai s de 200 espéci es ( CRONQUI ST, 1981) e ocorre na Mal ási a e nas il has do Oceano Pacífi co ( DAHLGREN et al. 1985). O gêner o Al pi ni a é caract erizado morf ol ogi ca ment e pel a pr esença de ri zo ma si mpl es e pel as br áct eas vi st osas e i nfl orescênci a t er mi nal. Todas as part es da pl ant a são ar o máti cas, u ma pr opri edade que deri va da gr ande quanti dade de óleos essenci ai s. O t raço mai s mar cant e dest e gêner o é a bel eza de s ua i nfl orescênci a, o que expli ca seu us o or na ment al a mpl o at ravés da co mer ci ali zação de s uas mudas e fl ores. Al é m di sso, essas pl ant as possue m mui t os us os me di ci nai s e m vári as part es da Ási a e das Amé ri cas. Pl ant as desse gêner o f aze m part e da di et a hu mana e m vári as part es da Ási a, sendo o arr oz de Al pi ni a zerumbet u m dos ali ment os bási cos da di et a l ocal em Oki na wa no Japão. Os ri zo mas t a mbé m são usados par a f azer bebi das e t e mper os.

De acor do co m Si rirugsa ( 1999) a espéci e Al pi ni a conchi gera é utilizada na Tail ândi a para o t rat a ment o da br onquit e, reu matis mo e artrit e e, segundo I brahi m et al. (2009), essa pl ant a t a mbé m possui ação anti bact eri ana e ant ifúngi ca. Al pi ni a gal anga é utili zada e m vári os l ocais da Ási a contra cóli cas, di sent eri a, cancr o do est ômago, e par a o trat a ment o de di abet es mellit us, febre, di spepsi a e i nconti nênci a uri nári a, apr esent ando ai nda

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efeit o anti-i nfl a mat óri o (KHATTAK et al., 2005; NAMS Aet al., 2009).

A es péci e Al pi ni a zerumbet ( Pers.) Burtt & S mit h ( Fi gur a 1) é muit o culti vada pel a bel eza de s uas fl ores (J OLY, 1993) e é popul ar ment e conheci da co mo col ôni a, paco-ser oca, cuit é-açu, pacová ( AL MEI DA, 1993), gengi bre-concha ( LORENZI & S OUZA 1995), car da mo mo- do- mat o, car da mo mo-fal so, cana-do- brej o, cana- do- mat o e paco-ser oso ( MACHADO, 1996). É uma pl ant a ori gi nári a do Japão e Chi na, perene, herbácea, ri zo mat osa, mui t o ent ouceirada, co m at é 2 m de alt ura. As f ol has são cori áceas, decorati vas e ver des e a i nfl orescênci a t er mi nal, recur vada, f or mada por flor es vi st osas de t ext ura cer osa e m br anco- rosado e a mar el o. Multipli ca-se f acil ment e pel a di vi são dos ri zo mas. Possui u ma vari edade cha mada de A. zerumbet vari egat a que t a mbé m t e m gr ande i mport ânci a pai sagí sti ca. Ambas são muit o utili zadas na me di ci na popul ar e encontradas co m fr equênci a no Br asil devi do a fácil adapt ação ao cli ma tropi cal, al é m da grande popul ari dade ( TOMLI NSON, 1969).

Fi gura 1- Al pi ni a zerumbet

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2. 2. 2 I mport ânci a médi ca e econô mi ca

A. zerumbet é utili zada na medi ci na popul ar como hi pot ensi va, di uréti ca, t ôni co est o macal e car dí aco, no t rat a ment o de consti pações, gri pes, febres, pr obl e mas est o macai s e i ndi gest ão, anti oxi dant e, bact eri ci da, pr oporci ona ali vi o de dor es e espas mos. De acor do co m Carli ni ( 1972), A. zerumbet era utili zada por trabal hadores agrí col as de Ri beirão Pr et o ( São Paul o) para trat ar r eu mat is mo e doenças car dí acas. Nas r egi ões nor dest e e sudoest e do Br asil, o chá f eit o de s uas f ol has é usado freqüent e ment e co mo u m me di ca ment o anti -hi pert ensi vo e di uréti co ( MEDEI ROS et al., 2004). Est a espéci e est á entre as mai s cit adas par a us o me di ci nal e m di ferent es regi ões do Br asil, e t e m si do s ugeri da par a uso no Si st e ma Úni co de Saúde do Br asil ( SUS) fazendo part e do RENI SUS, u ma r el ação nacional de pl ant as de i nt eresse do SUS co m pot enci al de gerar pr odut os de i nt eresse ao Mi nist éri o da Saúde ( BI ESKI, 2005). Na il ha de Marti ni ca, u ma possessão francesa l ocali zada no Mar do Cari be ori ent al, el a é usada como u m t rat a ment o contra a i nfl uenza ( LONGUEFOSSE & NOSSI N, 1996).

Est udos co m o chá das fol has da col ôni a r eali zados por Me ndonça et al. (1991) e Lar anj a et al. ( 1992) confir ma m o seu ef eit o hi pot ensor. Sant ana et al. ( 1966) most rara m ação antii nfl a mat óri a capaz de i ni bir pr ocessos ede mat osos. A col ôni a t e m si do t a mbé m est udada e m r el ação às ati vi dades antifúngi cas ( LI MA et al . 1993) e anti bact eri anas, al é m da pr odução de i nseti ci das a partir dos ól eos essenci ai s da fl or ( MORI TA 1992). A co mposi ção quí mi ca dos ól eos essenci ai s encontrados na f ol ha e no r izo ma da espéci e f oi estudada por Fujit a & Ya mas hit a ( 1973) e por De Poot er et al.(1995); os ól eos essenci ai s da pl ant a t ê m si do mui t o est udados r ecent e ment e, sendo obti dos ól eos a partir de seus fr ut os ( TAO e t al, 2013), ri zo ma ( CHOMP OO et al, 2011) e f ol has ( ELZAAL WE LY et al, 2007). São descrit os ef eit os co mo anti-hi pert ensi vo ( CUNHA et al, 2013); vaso r elaxant e ( PI NTO et al, 2009) e anal gési co e m rat os ( DE ARAUJ O PI NHO et al, 2005), be m co mo avali ação t oxi cológi ca e m l eucócit os

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hu manos ( CAVALCANTI et al, 2012).

O ól eo essenci al de A. zerumbet é ati vo contra bact éri as Gr a m- positi vas e Gr a m- negati vas, be m co mo f ungos ( LOBATO et al, 1989; VI CTÓRI O et al, 2009). A ati vi dade anti micr obi ana do ól eo essenci al das fl ores de A. zerumbet f oi pat ent eada por Morit a, e m 1992. Est udos utili zando ext rat o et anóli co de r aí zes de A. zerumbet co mpr ovara m a i ni bi ção do cr esci ment o de estirpes de Heli cobact er pyl ori no est ô mago de paci entes no Hos pit al de Tai wan ( WANG & HUANG, 2005).

A f a míli a Zi ngi beraceae é ri ca e m s ubst ânci as com val or t erapêuti co, t ai s co mo os fl avonói des, que f ora m det ect ados e m vári as espéci es (I WAS HI NA, 2000). Os fl avonói des são consi derados mar cador es qui mi ossi st e máti cos da or de m dos Zi ngi berales ( PUGI ALLI et al, 1993). Fl avonói des, t ani nos e t er penói des apresent a m ati vi dade anti oxi dant e si gnifi cati va através da capt ura de espéci es r eati vas de oxi gêni o associ adas ao envel heci ment o, doenças car dí acas, di sf unção cerebr al e doenças neur odegenerati vas, reu matis mo, e o apareci ment o de cânceres, entre outr os ( OLI VEI RA et al, 2009). Ruti na, i soquercitri na, cat equi na, epi cat equi na, ca mpf er ol, o ca mpf er ol 3- O- gl ucuroni do e ca mpf er ol 3- O-r uti nosí deo f or a m isol ados por Mpl anti nos et al. (1998) a partir de extrat os de A. zerumbet.

Es péci es do gêner o Al pi ni a são freqüent e ment e usadas por suas pr opriedades ar o máti cas, que est ão rel aci onadas co m os compost os vol át eis que f ora m det ect ados por diferent es t écni cas de extração ( DE POOTER, 1995; ZOGHBI et al, 1999; J OSEPH et al, 2001; ALI et al, 2002; MALLAVARAP U et al, 2002; FANG et al, 2003; ELZAA WELY et al, 2007a; VI CTÓRI O et al. 2010b, 2010c, 2010d). Al gu mas e mpr esas no Japão i nvest e m na extração de ól eos essenciais de f ol has de A. zerumbet e usa m par a a pr odução de cos méti cos, perf u mes e sabonet es (ELZAA WELY et al, 2007; TAWAT A et al, 2008). Est es i ncl ue m monot er penos, t er pi neno, li moneno, 1, 8 ci neol, canfeno e sabi neno. A pr esença de monot er penos é pr edomi nant e entre espéci es de Al pi ni a. Tani nos são cit ados co mo as

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subst ânci as que ocorre m muit o co mu ment e e m t odas as espécies Zi ngi beraceae ( TOMLI NS ON, 1969), no ent ant o, el es são muit o escassos no gêner o Al pi ni a.

O gêner o Al pi ni a t e m si do ext ensi va ment e est udado por s uas pr opri edades anti cancerí genas. Por exe mpl o, o ól eo essenci al da espéci e A. oxyphyll a pr ovou ser efi caz contra li nhagens cancerosas ( LEE et al, 1998, HOUGHTON &LEE, 2005). Al é m di sso, Ha h m et al. ( 2003) est udara m a ação de subst âncias extraí das a partir das se ment es de Al pi ni a kat sumadai, que f ora m cit ot óxi cos par a li nhagens de cél ul as de câncer de pul mão hu mano e li nhagens l eucê mi cas. Os extrat os do ri zo ma de Al pi ni a offi ci naram f ora m efi ci ent es e m i ni bir a mel anogênese e m est udos co m cél ul as de mel ano ma B16 ( MATS UDA et al, 2009).

Os pri nci pai s est udos sobr e Al pi ni a di ze m r espeit o a vasodil at ação e ati vi dades hi pot ensoras. Os fl avonói des são descrit os co mo met abolit os envol vi dos na ati vi dade hi pot ensora pr opor ci onada por est a espéci e ( DA COSTA et al, 1998). Da mes ma f or ma, e m est udos co m ca mundongos, os co mponent es do óleo essenci al de A. zerumbet most rara m u m efeit o hi pot ensor atri buído a t er pi neol - 4 ( LALHOU et al, 2003). Em out r os est udos, do mes mo gr upo, verifi cou-se que a ação anti-hi pert ensi va do ól eo essenci al ocorre i ndependent e ment e do sist e ma ner voso si mpát ico, o que s ugere u ma ação r el aci onada diret a ment e para o rel axame nt o de vasos sanguí neos ( LALHOU et al, 2002).

2. 3 CUPI NS

2. 3. 1 Cl assifi cação e i mport ânci a

Os cupi ns são i mport ant es degr adador es de ma deira e par a i sso, usa m s uas enzi mas e s ua mi cr obi ot a i nt esti nal ( SHELTON &GRACE, 2003). Constit ue m part e da f auna do s ol o e s o ma m, co m as mi nhocas, a mai or part e da bi o massa. At ua m modi fi cando as partí cul as do s ol o, alt erando s ua di stri bui ção e t ext ura, el eva m o p H e aume nt a m os ní vei s de

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nitrogêni o e de f ósf or o, fazendo co m que os s ol os onde est ão pr esent es seja m f avor ávei s par a a agri cult ura ( KOUASSI &LEP AGE, 1988; BAS APP A &RAJ AGOP AL, 1990; AS AWALAM &J OHNSON, 2007).

Os cupi ns são i nset os de hábit os subt errâneos e constit ue m o pri nci pal grupo dos i nset os eussoci ai s ( SÁ et al., 2008) que se agr upa m t odos na Or de m I sopt era, co m mai s de 2000 espéci es descrit as. Est ão r epresent ados nas Améri cas por 84 gêner os e m 5 f a míli as co m 514 espéci es. Regi stra m- se cerca de 200 espéci es no Br asil. A gr ande mai ori a das es péci es de cupi ns não é consi derada pr aga e são benéfi cas par a o a mbi ent e, princi pal ment e co mo efi ci ent es deco mposit ores de mat éri a or gâni ca (VAR MA & S WARAN, 2007). Cont udo, al gu mas espéci es são consi deradas pr agas de ma deira, da agri cult ura e de fl orest as. As pri nci pai s espéci es causador as de estragos e m ma deira estrut ural de edifi cações são dos gêner os Nas utit er mes, Copt ot er mes e Crypt ot er mes e e m pl ant as agrí col as e fl orest as nati vas são do gêner o Copt ot er mes ( BANDEI RA, 1998). As espéci es dos gêner os Ami t er mes, Cyli ndrot er mes e Nas utiter mes são consi deradas as pri nci pai s pr agas de plant ações de cana-de-açúcar.

No ger al, os cupi ns são conheci dos pel o hábit o de s e alime nt are m pr eferenci al ment e de celul ose e mat éri a or gâni ca mort a ou e m deco mposi ção, mas ali ment a m-se t a mbé m de veget ai s vi vos. Os ni nhos pode m m-ser dos ti pos mai s di versos ( Fi gur a 2), de acor do co m as espéci es; el es pode m ser ar borí colas, sendo construí dos e m t r oncos de ar vor es, geral ment e apodr eci dos co m co muni cação co m o sol o, xil ófagos, quando são f or mados l onge do s ol o e m ma deira, ou hu mí vor os no caso de construíre m seus ni nhos excl usi va ment e no sol o.

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Fi gura 2. Ni nhos de cupi ns ar borí col as ( A), hu mí vor os ( B) e xil ófagos ( C).

A B

C

Font es: A: disponí vel e m <www. fli ckr. co m> acesso em 10 de set. de 2013; B: disponí vel e m <www. fli ckr. co m> acesso e m 10 de set. de 2013; C: disponí vel e m <www. nat al.rn. gov. br > acesso e m

10 de set. de 2013

De nt r o dos ni nhos, os cupi ns se or gani za m e m cast as, onde cada u ma é responsável por u ma f unção especí fica. Para que ocorra a manut enção e s obrevi vênci a do ni nho exi st e m os i ndi víduos al ados e repr odut ores conheci dos co mo ―alel ui as ou siriris‖ ( Fi gura 3 A), que sae m em r evoadas e m épocas quent es para copul ar. A cópul a no ent ant o não se dá no vôo e si m no chão quando el es per dem s uas asas. Exi st e m os i ndi ví duos ápt er os sexuados que pode m s e t or nar f ért eis através do desenvol vi ment o de seus ór gãos sexuai s e m caso de mort e do r ei ou da r ai nha ( Fi gura 3 B). Os operári os ( Fi gura 3C) constroe m o ni nho e são r esponsávei s pel a alime nt ação e cui dado dos fil hot es ( Fi gur a 3 D) e dos sol dados ( Fi gur a 3E), que recebe m esse nome por sere m os defensores da col ôni a.

Os operári os ali ment a m as outras cast as através da t r oca do ali ment o pel a boca, sendo cha mado de est o modéi co e correspondendo a u m l í qui do cl ar o. Essa t r oca de ali ment os

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pel a boca possi bilit a o cont at o através de u m f er omôni o que é f unda ment al par a a or gani zação da col ôni a. Os i ndi ví duos ai nda na f ase l ar val que r ecebe m o ali ment o pode m t er s ua f unção (operári o ou s ol dado) esti mul ada através de diferent es f er o môni os, de acor do co m a necessi dade de i ndi ví duos da col ôni a. Levando em consi deração essa alt ernânci a de ger ações de r epr odut ores, rei s e r ai nhas, sol dados e operári os, t eori ca ment e u ma col ôni a de cupi ns poderi a ser et er na. No ent ant o por moti vos ai nda não escl areci dos após u m det er mi nado perí odo de t e mpo el a se exti ngue.

Fi gura 3. Cast as de cupi ns. ( A) Repr odut or al ado. ( B) Rai nha. ( C) Operário. ( D) Fil hot e. ( E) Sol dado.

A B C D E

Font es: A: Disponi vel e m <www. mul her uol. co m. br> acesso e m 07 de set. de 2013; B: extraí da do ví deo <htt p:// www. yout ube. co m/ wat ch?v=TAsr a NIjf8E> acesso e m 07 de set. de 2013; C:

Di sponi vel e m <www. a mbi ent al mani a. co m. br > acesso e m 07 de set. de 2013; D: Di sponi vel e m <www. det eti zador a mat suri.co m. br> acesso e m 07 de set. de 2013; E: Disponi vel em

<www. gaso met r oco mvoce. co m. br > acesso e m 07 de set. de 2013

No Br asil, exi st e m r epr esent ant es de quatr o f a míli as de cupi ns, que são: Kal ot er miti dae, consi derados pri miti vos, não constroe m ni nhos ne m possue m oper ári os, só at aca m e ali ment a m- se de madeira seca; Rhi not ermi ti dae, são na mai ori a subt errâneos, at aca m pl ant as vi vas e mort as e al guns são pr agas i mport ant es; Serrit er miti dae, que ocorre s ó no Br asil; e Ter miti dae, bast ant e di versi ficada, e co mpr eende cerca de 85% das es péci es de cupi ns conheci das do Br asil ( KAMBHAMP ATI e EGGLETON, 2000). Al guns são co medor es de madeira, de f ol has, de hú mus, e t a mbé m culti vador es de f ungo ( que não ocorre m no Br asil) e mui t os constroe m ni nhos grandes e co mpl exos.

De nt r o da f a mili a Ter mi ti dae, dest aca m- se quatro gêner os, por r epresent ar e m as pri nci pai s pr agas de mudas no ca mpo. São el es Conit er mes, Synt er mes, Anopl ot er mes e

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Nas utit er mes. Suas espécies são e m ger al hu mí voras, mas no ent ant o, os Nas utit er mes pode m ni di ficar e m r aí zes de árvor es, sobre tr oncos, sob o s ol o e s obr e o s ol o, f or mando montí cul os al é m de frequent e ment e construir ni nhos e m t el hados, f orr os, e vãos estr ut urai s ( EDWARDS e MI LL, 1986; SCHEFFRAHN et al., 2002).

Nas utit er mes corni ger é u ma das espécies mai s co muns do gêner o ( SCHEFFRAHN et al., de 2005), sendo u ma espéci e ar bórea endê mi ca da regi ão neotr opi cal. Seus ni nhos são marr o m-escur o na s uperfí ci e e t ê m pequenas sali ênci as no seu ext eri or. A rai nha vi ve nu ma câ mar a l ocali zada no centr o do ni nho ( geral ment e pert o do t r onco ou r a mo ao qual o ni nho est á li gado). I ndi ví duos f ért eis de N. corni ger t ê m asas pr etas, cor pos escur os e ocel os que est ão l ocali zadas rel ati va ment e l onge dos ol hos.

Segundo Zanetti et al. (2002), cupi ns são de di fí cil contr ol e, u ma vez que são i nset os subt errâneos. São co mu ment e vor azes e endógenos na estrut ura edi fi cada e e m ár vores, mostrando pouco ou nenhu m si nal de s ua pr esença, poi s vi ve m e m ni nhos construí dos l onge do al i ment o e e m l ocai s ocult os e be m pr ot egi dos, sendo capazes de transit ar a mpl a ment e pel o a mbi ent e ( MI LANO &F ONTES, 2002). O trânsit o s ubt errâneo no sol o pel a popul ação de

cupi ns se deve pri nci pal ment e a ati vi dade de f orragea ment o de ali ment o que geral ment e abr ange u m t errit óri o, cuj o t a manho vari a de acor do co m a espéci e. A ati vi dade de forragea ment o e de t unela ment o para vári as espéci es de cupi ns de vári as regi ões do mundo são i nfl uenci adas t a mbém por f at ores a mbi ent ai s co mo a t e mper at ura mí ni ma, a u mi dade do sol o, a u mi dade r el ati va do ar, a t e mper at ura do s ol o, a pr eci pit ação pl uvi o mét ri ca, dent re outr os, sendo que há estrat égi as de co mpensação pel os cupi ns par a o f orragea ment o s ob diferent es condi ções a mbi ent ai s ( GUTI ERREZ &WHI TFORD, 1989; HAAGS MA & RUST, 1995; UMEH & I VBI J ARO, 1997; HAN & NDI AYE, 1998; CRI ST, 1998; SU & PUCHE, 2003; EVANS, 2003; HOUSE MAN & GOLD, 2003; AHMED & RI AZ, 2004; ARAB et al.,

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2005; ARAB & COSTA- LEONARDO, 2005; GREEN et al., 2005).

2. 3. 2 Inseti ci das nat urai s

De acor do co m Addor ( 1994) i nseti ci das são s ubust anci as utili zadas par a contr ol ar popul ações de es péci es- praga que at aca m pl ant ações, construções e vet ores que trans mit e m agent es eti ol ógi cos de doenças gr aves, que pode m i ncl usive l evar a mort e ( NAP OLEÃO, 2012).

O us o de i nseti ci das botâni cos na agri cult ura di minui os cust os de pr odução, pr eser va o a mbi ent e e os ali ment os da cont a mi nação quí mi ca, t or nando-se pr áti co à agri cult ura sust ent ável e contri bui ndo para o apri mor a ment o da qualidade de vi da das popul ações envol vi das (ROEL, 2001). Vári os extrat os de f ol has, ra mos, cascas ou se ment es vê m sendo t est ados e m vári as concentrações. Em est udo co m Pl ut ell a xyl ost ell a ( Lepi dopt era: Ypono meuti dae), Boi ça J úni or et al. ( 2005) verifi cara m que os extrat os aquos os de Ent erol obi um cont ortisilli quu m, Ni coti ana t abacu m e Sapi ndus s aponari a, a 10 % de concentração, causara m u ma mort ali dade l ar val de 100 %. Par a Tut a absol ut a ( Lepi dopt era: Gel echii dae) os extratos de f ol has e de r amos de Tri chilli a palli da pr ej udi ca m o desenvol vi ment o do i nset o afet ando pri nci pal ment e a f ase l ar val, au ment ando a dur ação e reduzi ndo a vi abili dade dest e perí odo ( THOMAZI NI et al., 2000). Par a o ácar o ver de da ma ndi oca, Mononychell us t anaj oa ( Bondar) extratos aquosos de nee m ( Az adi racht a i ndi ca) e cravo da í ndi a ( Syzi gi um aro mati cum) causara m mort ali dade l ar val afet ando a dur ação da f ase deut ocrisáli da e t eli ocrisáli da e r eduzi ndo a vi abili dade dos ovos ( GONÇALVES et al., 2001).

Os f agorrepel ent es, do i ngl ês ―antifeedants‖, são subst ânci as nat urais que t ê m a pr opri edade de i nt erro mper o past ej o ou f orragei o, podendo o ef eit o ser t e mpor ári o ou per manent e. Ger al ment e age m s obr e o si st e ma ner voso central dos i nset os e são t a mbé m

Referências

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