• Nenhum resultado encontrado

2. FUNDA MENTAÇÃO TEÓRI CA

2.4 BACTÉRI AS

Bact éri as são or gani s mos mi cr oscópi cos, uni cel ulares, pr ocari ont es, que pode m ser encontradas na f orma i sol ada ou e m col ôni as, podendo ser aer óbi as ou anaer óbi as facult ati vas ( BOSSOLAN, 2002). O si st e ma de classifi cação at ual dos seres vi vos pr opõe t rês do mí ni o, o do mí ni o Ar chea, o do mí ni o Bact eria e o do mí ni o Eucar ya. Sendo o do mí ni o Bact eri a ocupado por t odas as bact éri as que conhece mos hoj e ( WOESE; KANDLER; WHEELI S; 1990).

No ent ant o ne m s e mpr e f oi assi m, dentr o do si ste ma de cl assifi cação dos ser es vi vos as bact éri as j á f ora m agr upadas no gr upo das pl ant as e dos pr ot ozoári os, por ulti mo fora m agr upadas co mo constit ui ndo o r ei no monera ( PELCZAR; CHAN; KRI EG, 1996), e fi nal ment e separadas para co mpor a constit ui ção de u m do mí ni o. No ent ant o por ser e m mi cr oor gani s mos, o mai or i mpedi ment o do avanço nos est udos das bact éri as fora m as restri ções t ecnol ógi cas, só após a f abri cação do microscópi o os mi cr oor ganis mos pudera m s er co mpr ovados ( PORTER, 1976), e ai nda assi m apenas cerca de duzent os anos depoi s a t eori a da abi ogênese s ó pode ser derr ubada após past eur co mpr ovar através do pr ocesso de fer ment ação o cr esci ment o dos mi cr oor gani s mos. O avanço dos est udos l evou a descobert a de que muit as bact éri as são pat ogêni cas, os pri meir os est udos da mi cr obi ol ogi a médi ca f or a m e m meados do sécul o XI X, por e m os pri meir os antibi óti cos só co meçara m a s ur gir no i ni ci o do sécul o XX ( THURSTON, 2000; SCHWARTZ, 2004).

At ual ment e a bi ot ecnol ogi a per mit e est udos muit o mai s efi ci ent es e desenvol vi ment o de pr ocedi ment os e t rat a ment os mai s específi cos a cada ti po de bact éri a pat ogêni ca, da mes ma f or ma as doenças causadas por essas bact éri as t a mbé m são l ar ga ment e est udadas, muit as del as j á são be m conheci das, a pont o de outr ora sere m f at ais hoj e pode m s er

trat adas e cur adas at é de for ma muit o f ácil a depender do gr au de i nfecção, co mo por exe mpl o cól era (J EULAND et al., 2009; HOL MNER Å. ; MACKENZI E A. ; KRENGEL U. 2010) e t ubercul ose ( FRANS BLAU et al., 2012), que j á f ora m pr ot agoni st as de gr andes epi de mi as.

Hoj e o pr obl e ma se ext ende a bact éri as i munoresi st ent es, cha madas assi m por tere m adi quiri do r esi st ênci a i munol ógi ca a mai ori a dos anti bi óti cos utilizados na me di ci na at ual, essa r esi st ênci a aos anti bi óti cos gera u ma pr eocupação frequent e co m o ri sco de que u ma bact éri a multi resi stent e possa ger ar u ma cont a mi nação de pr opopr ções descont r ol adas ( GUO; YAN; YAN; 2013; HUANG et al, 2011; HUANG et al, 2012). O ri sco t a mbé m é mui t o alt o e m hos pit ais u ma vez que muit as bact éri as se t or na m r esist ent es dur ant e o trat a ment o medi co co m pessoas i nfect adas, podendo se gerar u ma cont ami nação de al gu ma dessas bact éri as a partir de u ma i nfecção hospital ar ( FUKUDA; LEE; YMANAKA; 2011; VRI J ENS et al, 2010).

Agent es anti bact eri anos t ê m si do utili zados para trat ar doenças causadas por bact éri as, contri bui ndo si gnifi cati va mebt e par a mi ni mi zar a severi dade de i nf ecções e r eduzir taxas de mort ali dade e m ani mai s e hu manos. Cont udo, é cr escent e o nú mer o de r el at os a cer ca da e mer gênci a de mi cr oor gani s mos r esi st ent es aos anti bi óti cos co mer ci al ment e di sponí vei s, tais co mo meti cili na, penicili na e oxacili na ( FORBES et al., 2008; CARVALHO et al., 2010; TAYLOR, 2013). Esse cenári o t e m esti mul ado pesqui sas vi sando à descobert a de anti bi óti cos alt er nati vos, dentre el es os de ori ge m veget al ( SAVOI A, 2012).

Os anti bi óti cos e os qui miot erápi cos i nt erfere m co m di ferent es at i vi dades da cél ul a bact eri ana, possui ndo ef eit o bact eri ci da ou bact eri ost áti co, sendo a mbos ef eit os extre ma ment e efi ci ent es. As i nt erações dos anti bact eri anos co m a cél ul a bact eri ana pode m ocorre m no ní vel da parede cel ul ar, age m bl oqueando a et apa fi nal da sí nt ese da par ede cel ul ar, me mbr ana cit oplas máti ca, desogar ni zando a me mbr ana, ri bosso mos, i mpedi ndo a

sí nt ese de pr ot eí nas, DNA, bl oqueando sua t ranscri ção e met abol is mo i nt er medi ári o, bl oquea m pr ocessos met abóli cos da cel ul ar bact eriana ( COWAN, 1999).

At i vi dade anti bact eri ana te m si do descrit a para l ecti nas i sol adas de pl ant as (t abel a 1), t ai s co mo a l ecti na de cer ne de M. urundeuva, das se ment es de Eugeni a unifl ora, das fol has de Schi nus t erebi nt hif oli us e se ment es de Eugeni a mal accensi s (OLI VEI RA et al., 2008; SÁ et al., 2009; BRUSTEI N et al., 2012; GOMES et al., 2013). É s ugeri do que a li gação das l ecti nas à car boi drat os da par ede cel ul ar bact eri ana r esult a e m ati vi dade anti bact eri ana.

Tabel a 1 - Pri nci pai s cl asses de co mpost os co m ativi dade anti micr obi ana obti das de pl ant as

Cl asse Subcl asse Exe mpl os Me cani s mos

Fenóli cos

Fenói s si mpl es

Cat ecol I mpedir a entrada de substrat o Epi cat equi na Desi nt egração da me mbr ana Fenóli cos

áci dos Áci do ci nâ mi co ?

Qui nonas Hi peri ci na Li gação co m adesi nas, Inati va enzi mas, co mpl exação co m parede cel ul ar Fl avonói des Cri si na Li gação co m adesi nas

Fl avonas

Co mpl exo co m parede cel ul ar

Abi ssi nona Inati va enzi mas e i ni be HI V transcri pt ase reversa

Tani nos Ell agit ani na

Pri vação de substrat o, pert ubação de me mbr ana, li gaçãi co m adesi nas, i nati va enzi mas, li gaçãi co m pr oteí nas, co mpl exos co m í ons met áli cos

Cu mari nas Waf ari na Int eração co m DNA eucari óti co (ati vi dade anti viral)

Ter penói des,

ól eos essenciais Capsai ci na Desi nt egração da me mbr ana

Al cal ói des Ber beri na Int erage co m parede cel uar e/ ou DNA Pi peri na

Lecti nas e poli peptí deos

Agl uti ni na manose

específi ca For ma port es di ssulfet o e i nt erage co m a repli cação viral

Poli acetil enos ?

Documentos relacionados