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XIV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza 20 a 24 de outubro de 2014

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XIV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

Universidade de Fortaleza

20 a 24 de outubro de 2014

De Pau de Arara à Helicóptero, Do Baião à Ostentação - Reflexões do

Forró Contemporâneo.

João Eudes Portela de Sousa*(PG)¹ Universidade Tuiuti do Paraná²

1Mestrando do Curso de Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná – UTP, participante do grupo de pesquisa desdobramentos simbólicos do espaço urbano em narrativas visuais, professor do Instituto Federal do Ceará.

2Programa de Pós-Graduação e Comunicação e Linguagens, Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba-PR.

joaoportelas@gmail.com

Palavras-chave: Ceará. Cultura. Forró. Identidade. Ostentação.

Resumo

O presente artigo aborda um estudo a respeito da reconfiguração do forró em uma realidade que transparece em mudanças nesse gênero musical que vem crescendo no Brasil, especificamente no estado Ceará. O forró tem ganhado espaço na mídia e se ramificado com o passar dos tempos incorporando novos estilos, linguagens e formatos. A mais recente manifestação desse gênero protagonizada pelas bandas de forró cearenses vem sendo reconhecido como o “forró ostentação”. A pesquisa se deu através de análises em músicas e videoclipes que foram construídos neste universo com forte apologia e referências a marcas, bebidas caras, viagens, dinheiro e consumo de luxo. O que tem se percebido nesse circuito forró ostentação é que a construção das letras e músicas é influenciada por uma valorização a produtos e bens de valores elevados, podendo ser identificado também que essa nova vertente do forró tem deixado de lado as letras de Luiz Gonzaga – que cantava a vida do homem sertanejo e proferia críticas sociais – para músicas efêmeras, a partir da ideia do desejo e da imaginação.

Introdução

A música sempre teve um papel importante na vida em sociedade, através dessa expressão artística o homem pode se manifestar e retratar seu modo de viver. O forró, especificamente, é um gênero musical típico da região nordeste brasileira que ganhou visibilidade no forte apelo das canções de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), mais conhecido, como o rei do baião. Suas canções marcantes, com letras fortes e movidas pelo som da sanfona traduziam sentimentos e críticas da vida do homem sertanejo.

No que se sabe até o surgimento desse artista no cenário nacional, o nordeste só consumia as músicas do sul do país, o forró não tinha espaço na mídia e com isso a realidade sertaneja cantada era desconhecida. Luiz Gonzaga saiu do nordeste e levou para o sul do Brasil o autêntico forró nordestino, ganhando espaço na mídia e tornando esse gênero conhecido internacionalmente.

Com o passar dos tempos a cultura do nordeste teve seu reconhecimento e o forró passou a ser tocado em todas as regiões do país. A popularização desse gênero musical ganhou mais espaço na mídia, crescendo consideravelmente e novas ramificações no forró foram surgindo. Diante disso, o forró sofreu

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alterações que abriram espaço para novos modelos de fazer forró, novas identidades foram construídas nesse universo e a vida do sertanejo foi perdendo espaço para novos temas, ritmos, sendo assim, abrindo espaços para novos estilos, como forró eletrônico, universitário, e agora o forró ostentação.

Este artigo tem como objetivo analisar essa nova ramificação do forró que vem ganhando espaço não só no nordeste como em todo país, surgindo enquanto manifestação popular de forte apelo ao mundo da ostentação, ao consumo de luxo , portando, moldando às diversas formas de fazer forró, diante de uma sociedade que, muito das vezes, demonstra alienação e desinteresse nas questões políticas e sociais.

Metodologia

Por ser de cunho qualitativo procurou-se fazer um breve estudo em letras e músicas de sucessos do forró tradicional a luz de Luiz Gonzaga, para em seguida confrontar com sucessos do forró contemporâneo, isto é, forró ostentação, interpretadas por bandas de forró de sucesso no estado do Ceará. E para maior embasamento buscou-se teóricos que serviram de auxílio tanto no entendimento das questões históricas e sociais da região como também nos conceitos chaves das questões relacionadas à cultura e identidade, como: Albuquerque (2001), Silva (2003) e outros.

Resultados e Discussão

Contextualizando o forró

A origem do que se tem hoje como forró, surgiu do forró pé de serra e do forró das cidades sertanejas. A tradução desse gênero musical é fruto de uma influência de ritmos oriundo da Europa, para ser mais preciso de um estilo escocês que chegou ao país com os nomes, xote, xótis, chótis ou escocesa, palavra derivada do alemão, que faz referência a polca escocesa. Em Portugal esse ritmo é conhecido como "chotiça", que ao chegar ao Brasil foi muito apreciado pela elite na época do Segundo Reinado, sendo assim, só virou o xote de hoje no momento em que os escravos aprenderam alguns passos, executando em festa, que logo mais tarde caiu no gosto popular.

O forró, etimologicamente falando, carrega duas versões. A primeira dessas definições revela o termo bastante usado no início do século XX, sendo para designar festas para os povos nascidos no pé da serra e caracterizava festas em si e não o ritmo, como por exemplo, falamos hoje, vamos para um samba, vamos para um baile; já a segunda definição e menos aceita pelos estudiosos é a derivação de for all (para todos), festa realizada pelos ingleses no período em que se construíam as estradas de ferro no nordeste do país. Como podemos ver em pesquisa ao site Wikipedia:

É freqüente associar-se a origem da palavra forró à expressão americana for all (para todos), como um anglicismo. Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes aberto Pernambuco do início do século XX pela Natal do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada na cidade. Apesar de jocosa a versão, não há sustentação para a origem anglicista do termo.

Outra definição bastante aceita é a do pesquisador Leandro Silva, que acha pertinente ao tratar da contextualização histórica do forró que faça uma análise, uma identificação “tanto o aspecto etimológico como o sociocultural” (p.72), vejamos:

Quando esse termo surgiu, não se referia a um gênero musical ou a uma dança: era o lugar onde as pessoas iam dançar. As pessoas falavam “Vamos pro forró”, assim como falavam “Vamos pro samba” (...) Sendo for all ou forrobodó a origem do termo, ambas

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refletem um fundo sociológico comum, isto é, dizem respeito ao universo do merecido lazer após a jornada de trabalho. A palavra e o gênero musical remetem não apenas ao período das construções de ferrovias, mas ainda hoje ao ambiente de lazer nos quais os nordestinos que habitam as metrópoles encontram amigos e matam saudades da terra natal” (SILVA, 2003, p.72).

Esse ritmo foi se aprimorando, desenvolvendo características específicas que hoje é executado de uma forma diferente, sofrendo variações nos mais diversos lugares, com novas técnicas no jeito de dançar, cantar e até de tocar sanfona, instrumento mais relevante nessa manifestação sociocultural. Nesse contexto surgiram novos estilos, como por exemplo, o balance e o baião, ritmo que mostrou para o mundo a figura mais marcante nesse gênero musical que foi Luiz Gonzaga, o maior nome do forró, o artista que influenciou e colocou um sotaque diferente na música brasileira, criando novos modelos e arranjos que antes nem existam nas partituras e nem na teoria musical.

Transformando o baião em ostentação

Inicialmente o forró tinha caráter pejorativo, os músicos e o público tinham vergonha de assumir gostar desse gênero, existem relatos reveladores que mostram que até em casa, no ambiente familiar os sujeitos não podiam assumir essa paixão pelo forró, isso talvez, por se tratar de um estilo popular e de classe mais baixa, e para se ter ideia na época o termo forró tinha até uma conotação obscena. Até a década de 70 as letras de forró retratavam em sua grande maioria a vida do sertanejo, se cantava o sentimento de luta, dor e paixão, onde as canções se limitavam nas fronteiras regionais e o nordeste sofria forte influência do mercado fonográfico da região sul do Brasil.

Diante disso, as fronteiras foram quebradas na voz de Luiz Gonzaga que começou a fazer o papel inverso, até então só se ouvia o que tocava no sul e o cantor e compositor nordestino levou o som do nordeste para outras regiões do país, dando personalidade a sua região, começou impor respeito que até então não tinha no nordeste e as suas interpretações do sonho caboclo e alma nordestina passou a ecoar por todo o Brasil. Desde o início, Luiz Gonzaga usava a música para protestar a vida do homem sertanejo, um exemplo disso é a música Vozes da Seca:

Seu doutô os nordestino têm muita gratidão / Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão / Mas doutô uma esmola a um homem qui é são / Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão / É por isso que pidimo proteção a vosmicê / Home pur nóis escuído para as rédias do pudê / Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê / Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cume / Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage / Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage / Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage / Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage / Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão / Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação! / Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão / Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos. As letras de Luiz Gonzaga propagaram anseios, desejos, críticas e súplicas, possibilitando uma aparição midiática a nível nacional/internacional do modo de vida sertanejo. Suas canções contribuíram para o aparecimento da cultura dessa região do país, influenciando na identidade cultural do seu povo. Historicamente ajudou em toda ideia do ethos do povo nordestino, dessa suposta nordestinidade. Esse gênero musical foi usado para retratar comportamentos sociais e modos de vida, uma (re) afirmação da cultura de um povo, uma “tapa de luva” nos governantes do Brasil. Segundo Albuquerque Junior (2001):

O baião será a “música do Nordeste”, por ser a primeira que fala e canta em nome da região. Usando o rádio como meio e os migrantes nordestinos como público, a identificação do baião com o Nordeste é toda uma estratégia de conquista de mercado e, ao mesmo tempo, é fruto desta sensibilidade regional que havia emergido nas décadas anteriores (2001, p. 155).

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A partir dos anos 80 o forró começou a passar por transformações, no estado Ceará surgiu o chamado forró eletrônico, como ícone desse novo modelo, temos a banda mastruz com leite, que além dos antigos instrumentos característicos do forró como a sanfona, o triângulo e a zabumba, foram introduzidos o trio metal, a percussão, guitarra e bateria. Começa então um novo jeito de fazer forró, em que, as músicas, ritmos e danças seguindo essa influência, começam a sair do estilo tradicional buscando novos mercados e a linguagem diferente daquele forró do inicio, o forró mais arrastado, que retratava a vida do homem humilde e seus amores, nesse novo modelo, o tradicional perde espaço e novas ramificações vão surgindo nesse novo momento.

“As ramificações do forró surgiram principalmente após a febre da lambada no fim dos anos 80 e início dos anos 90. Esta febre fez surgir ritmos como: o bate-bate na Paraíba, o valsadão no Ceará, o chameguinho e galopinho em Brasília, o arrocha e o cacau na Bahia, o oxente music ou forró estilizado em Fortaleza, o forró-brega no Pará, o forró universitário" em São Paulo, o vaneirão no Rio Grande do Sul e atualmente o forró-sertanejo, surgido no interior de São Paulo, um tipo de forró que tem como público consumidor os jovens universitários." (SILVA, 2010, p. 6)

Dentre os vários estilos de forró que fazem sucesso hoje, temos o forró eletrônico, o forró pé de serra, o forró universitário, mas hoje o que tem ganhado espaço é o que conceituaremos como o forró ostentação. Esse novo forró é totalmente diferente do cantando por Luiz Gonzaga, Dominguinhos, entre outras figuras, que enaltecia o homem sofrido, o castigo da seca, a luta diária, o amor. Nesse novo formato, o homem agora aparece como o sujeito rico, com carro importado, bebidas caras, mansões, lanchas, helicópteros, viagens e dinheiro. Percebe-se nesse momento uma “crise da identidade”, refletida nas manifestações através das letras, que em grande parte cantam e ressaltam desejos pessoais e econômicos.

A mídia tem influenciado o forró e ajudado diante das novas tecnologias, possibilitado uma massificação dessas manifestações culturais. Nesse forró contemporâneo, podemos perceber uma mudança, o homem antes sofrido e lutador passa a ser um símbolo de riqueza e posses. Acredita-se que influenciado por outros gêneros, como o funk ostentação, uma nova vertente do funk no estado de São Paulo de letras também carregadas de referências a marcas e grifes famosas. O forró ostentação tem buscado novos espaços e com recursos tem produzindo videoclipes e usado as novas mídias sociais como forma de divulgação, podemos ver pelo canal youtube e perfis no facebook como esse novo formato do forró tem refletido na construção desse novo estilo.

As músicas são carregadas de marcas e grifes e nos repertórios das bandas sempre podemos encontrar letras que fazem alusões as bebidas caras, carros de luxo e festas intermináveis, esses temas têm ganhado espaço no repertório da grande parte das bandas de forró no nordeste, os compositores atribuem a essas criações o repentino sucesso alcançado e as lotações nas casas de shows de forró. Os hits desse gênero têm percorrido todo o país e mexido com o imaginário dos forrozeiros que almejam os bens de consumo cantarolados nas letras.

Segundo o compositor de vários sucessos desse forró ostentação, Juarez Pires de Moura Neto, o Jujuba, ele acredita que as pessoas que consomem essa música, não vivem a realidade cantada e revela, “adoro compor músicas que falem sobre ostentação, riqueza, bens materiais e para essa galera que tem carro de som”, no mundo do forró é bastante comum a disputa de paredões de som, e as canções preferidas para tocar nesses encontros são as que retratam a vida de ostentação, mas o compositor reconhece, “quem mais canta música de riqueza é a classe mais pobre, não é nem a classe A”. Suas canções têm ultrapassado as barreiras do forró e sertanejos de sucesso como Israel Novaes e Gustavo Lima já gravaram suas letras e um dos seus maiores sucessos é a música, cujo refrão é: “eu era feio agora tenho um carro”, que foi gravado pela banda cearense de forró de maior destaque neste gênero no Brasil, Aviões do Forró.

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Na música “Eike Batista”, gravado pela banda Forró Estourado e também Garota Safada, banda que faz sucesso em todo território nacional, o sentido de riqueza e ostentação e perceptível em toda a canção, percebe-se um apego aos bens de consumo de alto padrão e uma elevada admiração por sujeitos que detém um alto poder aquisitivo, tendo em vista, que nesse mercado cultural, escancara os estereótipos de um sujeito longe dos problemas sociais frente à realidade local. Vejamos a letra:

Eike Batista

Cobertura, na frente do mar / Meu helicóptero veio me buscar / Quem sou eu? / O eike batista / Eu durmo na Disney, acordo em Las Vegas /Jogo na cassino com as mulheres mais belas / Que vida boa, não faço nada, e a minha conta só aumenta / A minha vida é 5 estrelas, eu não sei o que é problema / Me diz ai o que é que eu sou / Bi-milionario... bi-bi-bilionario... bi-bi-bilionario / Dei uma gorjeta para o garçon e ele comprou uma BMW / Bi-bi-bilionario... bi-bi-bilionario, bi-bi-bilionario / Dei uma gorjeta para o garçon e ele comprou uma bmw

Não só o forró, mas outros gêneros músicas estão sendo marcados pelo que podemos definir como “música ostentação”, são vendidas nas letras um estilo de vida somado a uma batida contagiante. As marcas de roupa e carro, bebidas caras, mulher “gostosa” são idealizadas como os elementos essenciais para se chegar a felicidade. Com o fácil acesso de produção e divulgação, esses materiais são consumidos massificadamente, e as suas ideologias são colocadas em caráter primordiais, absorvidas sem a menor crítica social antes trazida pelo forró tradicional, que hoje se cantada chega a ter uma conotação cafona e démodé.

A indústria do forró tem construído um mercado e se aproveitado dele em diversos momentos, esse novo estilo para muitos é uma alienação no momento em que só se beneficia os produtores musicais do mercado. Em entrevista ao site do grupo verdes mares de comunicação o maior nome do forró romântico, Dorgival Dantas parece insatisfeito com esse novo estilo e condena o forró ostentação, que o considera um estilo desnecessário. Para o cantor e compositor, os verdadeiros forrozeiros não devem consumir essa ”grande mentira”, e muito menos serem cúmplices, e convida os forrozeiros a não divulgarem as músicas da vertente.

Nesta perspectiva, o forró contemporâneo se transformou no “forró ostentação”, agora assume uma nova ramificação, que com as contribuições do forró eletrônico esse novo estilo tem se adaptando aos novos modelos de vender música, não muito diferente dos outros estilos criado recentemente, o que se podemos perceber é que o forró ostentação também sofre críticas por inovarem e abordarem temas bem diferentes da realidade sociocultural do país, abrindo significativas discussões. Até onde vai o valor artístico e cultural de um gênero musical, essa pergunta sempre permeou nossa sociedade, até a música erudita sofreu alterações. Interessante pensar que a música sempre serviu para o homem poder se manifestar e também reivindicar. Dessa forma na contemporaneidade, a indústria cultura tem contribuído para potencializar todas essas manifestações artísticas.

Conclusão

É evidente a popularização do forró e seu crescimento ao logo de sua história, mas é um gênero musical que vem perdendo sua identidade inicial e sendo (re) construído diante de uma nova sociedade, podemos fazer um recorte hoje desse segmento e afirmar que o forró vem sofrendo influências de diversos gêneros musicais.

Contudo, se fizermos um paralelo do forró tradicional, pé de serra e também do forró contemporâneo, o chamado ostentação, permite-se uma análise crítica desde a construção das letras até o processo de midiatização/massificação. Analisar o homem e seu papel no espaço atual diante dessa nova vertente do

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forró nos propõe uma interpretação que nos leva a refletir nas mudanças e valores construídos na sociedade contemporânea.

Entretanto, essa produção artística/cultural que hoje se coloca como um produto em que busca seu alcance, enxergando o sujeito somente como um consumidor e não como um ser crítico, a indústria do forró tem construído novos valores, a tal ponto, que até os sujeitos não pertencente aquele universo se identificam com as músicas que traduzem um mundo de luxuria e ostentação longe de sua realidade. A lógica aqui é a do consumo, do mercado, o foco é produzir para vender.

Referências

ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. A invenção do Nordeste e outras artes. São Paulo: Cortez, 2001.

Dantas, Dorgival. Disponível em: <http://www.verdinha.com.br/entretenimento/4915/tematica-luxo-ostentacao-sucesso-classe-pobre-acredita-compositor/>. Acesso em: 02 ago. 2014.

GONZAGA, Luiz. Vozes da Seca. Disponível em: <http://letras.mus.br/luiz-gonzaga/47103/>. Acesso em: 02 de ago. 2014.

LOPES, Leon. Documentário. Forró a voz de um povo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jJAXs3E5t_Y. Acesso em: 02 ago. 2014.

NETO, João Pires de Moura. Eike Batista. http://letras.mus.br/garota-safada/eike-batista/ Acesso em: 02 sw ag. 2014.

SILVA, Leandro. Forró no asfalto: mercado e identidade sociocultural. São Paulo: Annablume, 2003.

SILVA. André Luiz da. A descaracterização do forró influenciada pela indústria cultural através das

bandas de forró. Revista Eletrônica Temática. Disponível

em:<http://www.insite.pro.br/2010/Outubro/forro_industriacultural_bandas.pdf>. Acesso em 04 ago. 2014.

Agradecimentos

A Deus por me dar discernimento e sabedoria, aos meus pais João Eudes e Nilene, que são fonte de referências, e minha amiga Deborah, quem tem me ajudado e somado muito no campo da pesquisa.

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