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FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG ALESSA BABINSKI NUNES

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FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG ALESSA BABINSKI NUNES

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

CASCAVEL 2007

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FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG ALESSA BABINSKI NUNES

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade Assis Gurgacz apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Orientadora Professora: Claudia Regina Felicetti

CASCAVEL 2007

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FACULDADE ASSIS GURGACZ - FAG ALESSA BABINSKI NUNES

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade Assis Gurgacz, apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel em Nutrição sob a orientação da Professora Claudia Regina Felicetti.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________ Professora Orientadora Ms Claudia Regina Felicetti

Faculdade Assis Gurgacz - FAG

_______________________________________________________ Professora Avaliadora Ms Márcia Regina Dalla Costa

Faculdade Assis Gurgacz - FAG

_________________________________________________________ Professora Avaliadora Ms Adriana Cruz Lopes

Faculdade Assis Gurgacz - FAG

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM CÂNCER EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

NUNES, Alessa Babinski1 FELICETTI, Claudia Regina2

RESUMO

Câncer é o termo comum utilizado a um conjunto de várias doenças que tem em

comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional de pacientes adultos

portadores de câncer em tratamento quimioterápico que estejam alimentando-se por via oral, identificando a relação do estado nutricional com os efeitos colaterais do tratamento e relacionando com as orientações nutricionais fornecidas aos pacientes. A avaliação nutricional foi realizada por meio da antropometria. Após a verificação do estado nutricional aplicou-se um questionário, contendo perguntas sobre efeitos colaterais apresentados, ingestão alimentar e dados sócio-demográficos. Para a análise estatística, realizou-se o teste qui-quadrado para verificar associação entre as variáveis. Utilizou-se o nível de significância de 95% (p= p<0,05) conforme recomenda trabalhos na área da saúde. Constatou-se nos resultados que o câncer de mama foi o mais presente entre os entrevistados (20%), todos apresentavam metástase óssea, seguido do câncer de reto (16%). O câncer de colo do útero foi presente em 12% dos casos. No diagnóstico nutricional verificou-se uma parcela significativa de desnutrição (32%). Os pacientes eutróficos representaram 44% do total, dos quais 81,2% tiveram perda significativa de peso. Concluiu-se que a desnutrição associada à ausência de uma intervenção nutricional precoce e eficaz determina o pior prognóstico para portadores de câncer. Sendo notório e fundamental, que haja uma intervenção nutricional para melhorar ou até mesmo recuperar o estado nutricional, a fim de preparar o paciente para uma melhor resposta ao tratamento.

Palavras chave: Câncer.Avaliação Nutricional. Quimioterapia. Estado Nutricional.

1Graduanda do curso de Nutrição pela Faculdade Assis Gurgacz – FAG - Cascavel – PR.

2 Nutricionista, Mestre em Saúde Coletiva, Especialista em Nutrição Clínica e Metabolismo, Docente da Faculdade Assis Gurgacz – FAG - Cascavel PR.

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INTRODUÇÃO

Câncer é o termo utilizado a um conjunto de mais de várias doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores ou neoplasias malignas (ALMEIDA, 2004; COTRAN; KUMAR; COLLINS, 2000).

As causas do câncer ainda não estão definidas claramente, mas evidências levam a acreditar que os fatores externos ambientais sejam as principais, porém é preciso mencionar as alterações genéticas que podem ser herdadas (ALMEIDA, 2004).

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, o câncer atinge pelo menos nove milhões de pessoas e mata cerca de cinco milhões, sendo atualmente, a segunda causa de morte por doenças na maioria dos países, inclusive no Brasil (BRASIL, 2003).

As formas mais comuns de tratamento antineoplásico incluem a quimioterapia, radioterapia, cirurgia e transplante de medula óssea (GARÓFOLO, 2005).

A quimioterapia é a utilização de drogas para destruir células cancerígenas. A maioria delas é citotóxica, ou seja, destrói as células impedindo a formação de novos DNA, bloqueando funções essenciais da célula ou induzindo a apoptose (DIAS, 2005).

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O tratamento, assim como a própria doença, tem efeitos agressivos para o indivíduo, deixando o organismo vulnerável e debilitado, aumentando o risco de

comprometimento nutricional(GARÓFOLO et al, 2004).

A relação entre câncer e estado nutricional tem sido estudada desde que Shields Warren propôs que a má nutrição era a principal causa de morte por câncer (GUIMARÃES, 2002).

A desnutrição em pacientes oncológicos é um sinal preocupante, provocando aumento das complicações e diminuição do tempo de sobrevida; destaca-se que uma perda de peso maior que 10% está presente em pelo menos

45% dos doentes adultos oncológicos hospitalizados (CUPPARI; SCHOR et al,

2005).

A anorexia e caquexia são as mais comuns síndromes paraneoplásicas, caracterizadas por perda involuntária de apetite, depleção do tecido muscular e adiposo, disfunção imune e uma grande variedade de alterações metabólicas resultantes, primeiramente, de alterações na ingestão e má absorção de nutrientes e posteriormente de outras alterações que diferem das observadas no jejum prolongado e afetam praticamente todas as vias metabólicas (SILVA,2005; GASOLA & SCHIEFERDEKER, 2007).

As alterações no metabolismo dos carboidratos se manifestam por meio da

intolerância à glicose e pela resistência periférica à ação da insulina. Depleções

protéicas manifestam-se por atrofia do músculo esquelético e órgãos viscerais, miopatia e hipoalbuminemia, colocando o indivíduo em risco para o reparo inadequado de feridas, aumentam a suscetibilidade às infecções e diminui a capacidade funcional. O metabolismo lipídico também encontra-se alterado, com

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depleção da reserva de gordura e níveis elevados de lipídios circulantes (GUIMARÃES, 2002; SILVA, 2005).

Portanto, a avaliação nutricional adequada é fundamental para identificação do estado nutricional destes pacientes, determinação do grau de desnutrição e da resposta ao tratamento. As estratégias de tratamento devem objetivar revertendo a desnutrição associada à caquexia e melhorando as opções de tratamento, devendo ser instituída tão logo seja diagnosticada a alteração do estado nutricional (GUIMARÃES, 2002).

Diante disto, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional de pacientes adultos portadores de câncer em tratamento quimioterápico que estejam alimentando-se por via oral, identificando a relação do estado nutricional com os efeitos colaterais do tratamento e relacionando-os com as orientações nutricionais fornecidas aos pacientes.

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo transversal em pacientes adultos de ambos os gêneros, com diagnóstico clínico de câncer em tratamento quimioterápico, deambulantes e que se alimentavam pela via oral à época da entrevista.

A coleta de dados foi realizada no Centro de Oncologia Cascavel (CEONC), no período da manhã, entre os meses de junho e julho de 2007, de segunda a quarta-feira. Os indivíduos foram selecionados conforme os critérios de inclusão e a avaliação ocorreu durante a fila de espera para a sessão de quimioterapia.

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A avaliação nutricional foi realizada por meio da antropometria, a qual se utilizou o peso e estatura do paciente para o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) (WHO, 1995).

Para aferição destes dados, foi empregada a técnica baseada em Cuppari; Schor et al (2005), que recomendam para que o indivíduo permaneça em pé próximo a uma parede lisa e sem rodapés, descalço, com os calcanhares juntos, costas retas e os braços estendidos ao lado do corpo. Para a obtenção desta medida, utilizou-se uma fita métrica inelástica de 150 cm da marca ISP. Já para a aferição do peso, utilizou-se de balança mecânica com capacidade de 200 kg da marca Filizola, sendo que o indivíduo permaneceu descalço e os pés próximos sob a plataforma e com roupas leves.

Também foi aferida a Prega Cutânea Trícpital (PCT), Circunferência do Braço (CB) e Circunferência Muscular do Braço (CMB) sendo classificados nos critérios baseados de Frisancho (1981).

Cuppari; Schor et al (2005), recomendam que, ao medir a circunferência do

braço, o paciente deve estar com o braço flexionado em direção ao tórax, formando um ângulo de 90º, localizar e marcar o ponto médio entre o acrômio e o olécrano. Em seguida, solicitou-se ao indivíduo para ficar com o braço estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a coxa. A fita métrica deve contornar o braço no ponto marcado de forma ajustada evitando compressão da pele ou folga.

Na prega cutânea tricipital utiliza-se o mesmo local marcado para a circunferência do braço. Deve-se separar levemente a prega do braço não dominante, desprendendo-a do tecido muscular e aplicar o calibrador formando um ângulo reto. O braço deve estar relaxado e solto ao lado do corpo, para esta avaliação utilizou-se o calibrador científico da marca Cescorf.

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Após aferir as medidas de CB e PCT calculou-se a Circunferência muscular do braço (CMB), que é um parâmetro para avaliar a reserva de tecido muscular, sem correção da massa óssea, por meio da equação:

Após a verificação do estado nutricional foi realizado um questionário aplicado pela colaboradora da pesquisa, contendo perguntas abertas e fechadas sobre efeitos colaterais apresentados, ingestão alimentar e dados sócio-demográficos (Apêndice B).

A entrevista foi realizada individualmente com os pacientes ou na presença de acompanhante no Centro Oncológico de Cascavel, enquanto os mesmos aguardavam para o tratamento quimioterápico.

Para a análise estatística, realizou-se o teste qui-quadrado para verificar associação entre as variáveis. Utilizou-se o nível de significância de 95% (p<0,05) conforme recomenda trabalhos na área da saúde.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) com o parecer nº 143/2007 (Anexo A).

Participaram da pesquisa somente os indivíduos que assinaram do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram avaliados todos os pacientes de acordo com os critérios de inclusão resultando um total de 25 pacientes durante o período de estudo, onde os dados sócio-demográficos foram adquiridos por meio do questionário e encontram-se na

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Tabela 1. Observa-se maior predominância do gênero feminino (56%) nesta população, na faixa etária acima de 40 anos (76%) (mínima de 23 e máxima de 55 anos), casados (84%) e com primeiro grau incompleto (68%).

TABELA 1 – Características sócio-demográficas dos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007.

Dados sócio-demográficos n = 25 % Gênero

Masculino 11 44

Feminino 14 56

Faixa etária (anos)

20 – 29 2 8 30 – 39 4 16 40 – 49 10 40 50 – 60 9 36 Estado civil Casado 21 84 Solteiro 4 16 Escolaridade Analfabeto 1 4

Primeiro grau incompleto 17 68

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Como mostra o Gráfico 1, o câncer de mama foi o mais presente entre os entrevistados (20%) e todos apresentavam metástase óssea, sendo duas com diagnóstico nutricional de desnutrição; seguido do câncer de reto (16%). O câncer de colo do útero foi presente em 12% dos casos e todos apresentavam metástase pélvica.Em relação ao câncer de esôfago, 3 indivíduos (12%) o apresentaram e 2 eram desnutridos.Pulmão e pele representaram 8% da amostra estudada, sendo que um entrevistado com câncer de pele e metástase de pulmão estava com desnutrição grave. Os demais diagnósticos clínicos encontrados foram câncer de faringe, fígado, bexiga, laringe, ovário e neoplasia de células germinativas representando 24% do total da amostra, ou seja 4% de cada um dos tipos de cânceres.

GRÁFICO 1 - Características dos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007, conforme o diagnóstico clínico. 24% 20% 16% 12% 12% 8% 8% 0% 5% 10% 15% 20% 25% Diversos tipos de câncer

Mama Reto Colo do

útero

Esôfago Melanoma Pulmão

Sobre o diagnóstico nutricional (Gráfico 2), foi verificado uma parcela significativa de desnutrição (32%). Pouco menos de um quarto dos pacientes (24%) apresentaram algum grau de excesso de peso sendo que três dos quatro indivíduos

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com obesidade apresentaram uma perda significativa de peso; dos dois indivíduos com sobrepeso, um também teve redução significativa do seu peso corpóreo. Os pacientes eutróficos representaram 44% do total, dos quais 81,2% tiveram uma perda significativa de peso.

GRÁFICO 2 - Diagnóstico nutricional atual dos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007.

44% 32% 16% 8% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Eutrófico Desnutrição Obesidade Sobrepeso

Foi observada uma perda de peso significativa em 92% dos pacientes após o início do tratamento quimioterápico. Silva (2005) afirma que a perda de peso é atribuída a inúmeros fatores, sejam eles efeitos locais do tumor, ou por reações adversas do tratamento, como náuseas e vômitos decorrentes da quimioterapia.

O Grupo de Apoio de Terapia Nutricional Enteral e Parenteral realizou em estudo com os objetivos avaliar o estado nutricional dos doentes internados no hospital da Beneficência Portuguesa, utilizando a Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG). Foram acompanhados 638 doentes de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos; onde revelou-se que 59,8% dos pacientes com câncer eram desnutridos contra 34,1%, desnutridos sem câncer (COPPINI; WAITZBERG; CORREIA, 2001).

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Sobre a elevada prevalência de desnutridos no estudo em Cascavel, Waitzberg (2002), em seus estudos, demonstra que pacientes com câncer apresentaram-se geralmente desnutridos, devido à fatores direta ou indiretamente relacionados ao tumor.

O Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional (IBRANUTRI) realizou um estudo com 4.000 doentes hospitalizados na rede publica de 12 estados brasileiros e no Distrito Federal, onde 20,1 % dos pacientes eram portadores de câncer. Desses, 66,4% apresentaram desnutrição, sendo 45,1% de grau moderado e 21,3% grave (WAITZBERG; ALVES; TORRINHAS, 2004).

Aquino (2005) avaliou 300 indivíduos hospitalizados com idade entre 18 a 64 anos, sorteados na listagem de internação das últimas 48 horas e concluiu que a triagem nutricional é o primeiro passo para o atendimento ao indivíduo hospitalizado, deve ser adotado por hospitais e seu desenvolvimento deve ser realizado a partir da identificação dos fatores associados ao risco de desnutrição na população.

No que se refere aos efeitos colaterais do tratamento quimioterápico, pôde-se obpôde-servar nos gráficos a relação dos mesmos com a perda de peso dos entrevistados. Apesar de não haver significância estatística (p<0,05), observou-se que na presença do sintoma houve maior perda de peso quando comparado aos pacientes que não sofreram o efeito colateral.

Os resultados apresentados são limitados, considerando o número de pacientes envolvidos. Entretanto, esses dados preliminares podem ser utilizados para estimular e justificar o desenvolvimento de pesquisas multicêntricas, que contribuam para o conhecimento das condições nutricionais dos pacientes oncológicos tratados com quimioterapia a fim de prevenir tais efeitos colaterais garantindo melhor qualidade de vida durante o tratamento.

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Dentre as toxicidades, a náusea foi verificada com maior freqüência em 92% dos entrevistados.

GRÁFICO 3 – Comparação entre o estado nutricional e a presença de náuseas nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007. 4% 12% 4% 80% 0% 20% 40% 60% 80%

Sem perda de peso Perda de peso

Sem Nauseas Com Nauseas

P=0,17

Em seguida destacou-se a perda do apetite (68%) como uma conseqüência direta das náuseas. Desse modo, houve redução na ingestão alimentar, comprometendo o estado nutricional.

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GRÁFICO 4 – Comparação entre o estado nutricional e diminuição do apetite nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007.

P=0,40

Muitos pacientes atribuem a diminuição do apetite e da ingestão alimentar a alterações desagradáveis e inaceitáveis do paladar (SHILS & SHIKE, 2003).

Mas 16% dos entrevistados relataram ter aumento do apetite após 3 meses de tratamento quimioterápico.

GRÁFICO 5 – Comparação entre o estado nutricional e aumento do apetite nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007. 12% 4% 72% 12% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Sem perda de peso Perda de peso

Sem Apetite Com Apetite

P=0,59 8% 8% 24% 60% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Sem perda de peso Perda de peso

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Em relação à presença de diarréia e constipação na amostra estudada, 9 (36%) pacientes apresentam as duas, 3 (9%) tiveram somente diarréia e 4 (16%) constipação.

GRÁFICO 6 – Comparação entre o estado nutricional e a presença de diarréia nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007. 8% 8% 44% 40% 0% 10% 20% 30% 40% 50%

Sem perda de peso Perda de peso

Sem Diarréia Com Diarréia

P=0,93

GRÁFICO 7 – Comparação entre o estado nutricional e a presença de constipação nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007.

4% 12% 44% 40% 0% 10% 20% 30% 40% 50%

Sem perda de peso Perda de peso

Sem Constipação Com Constipação

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A ocorrência de vômitos foi presente em 60% dos entrevistados. Almeida; Gutiérrez; Adami (2004), demonstraram em seus estudos que dos 17 pacientes observados 8 (47%) apresentaram vômitos durante o tratamento quimioterápico.

GRÁFICO 8 – Comparação entre o estado nutricional e a presença de vômitos nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007. 12% 4% 28% 56% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Sem perda de peso Perda de peso

Sem Vômito Com Vômito

P=0,12

No que diz respeito à mucosite 40% apresentaram, segundo Franzi & Silva (2003), na presença da mesma, observa-se aumento da sensibilidade à deglutição inicialmente de sólidos e depois de líquidos, causando redução na ingestão alimentar.

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GRÁFICO 9 – Comparação entre o estado nutricional e a presença de mucosite nos pacientes acometidos por câncer em tratamento quimioterápico atendidos em Centro Oncológico de Cascavel, 2007. 12% 4% 48% 36% 0% 10% 20% 30% 40% 50%

Sem perda de peso Perda de peso

Sem Mucosite Com Mucosite

P=0,50

Porém diante de todos os resultados, chama a atenção a inexistência de orientações referentes ao cuidado nutricional, sendo que todos os entrevistados referiram não terem recebido nenhuma orientação nutricional.

Almeida; Gutiérrez; Adami (2004) afirmam que a falta de informações no decorrer desse tratamento está relacionada à falta de controle adequado dos efeitos colaterais produzidos pela quimioterapia.

A intervenção nutricional no câncer somente melhora a sobrevida, não evitando a morte, mas, o indivíduo não pode ser privado de um aporte calórico e de nutrientes adequados, uma vez que suas reservas endógenas serão consumidas, e a sua imunidade, cada vez mais comprometida (AUGUSTO; ALVES; MANNARINO et al, 2002).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, concluiu-se que a desnutrição associada à ausência de uma intervenção nutricional precoce e eficaz determina pior prognóstico para portadores desta doença, sendo notório e, portanto, fundamental, que haja uma intervenção nutricional para melhorar ou até mesmo recuperar o estado nutricional, a fim de preparar o paciente para uma melhor resposta ao tratamento.

O tratamento deve ser individualizado e deve ter uma equipe de profissionais de saúde no acompanhamento (médicos, nutricionistas, psicólogo, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros) do paciente e seus familiares, devido às necessidades específicas e planejamento individualizado para promover uma melhor qualidade de vida.

Apesar da não ter sido verificado significância estatística entre os resultados, percebeu-se forte relação entre perda de peso e presença de efeitos colaterais. Sendo assim, estes dados fortalecem a idéia de que orientação e monitoramento nutricional contribuem para a prevenção destes agravos e/ou no tratamento dos mesmos.

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REFERÊNCIAS

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