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MATÉRIA 17: POLÍCIA OSTENSIVA UD 07: GERENCIMENTO DE CRISE

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Academic year: 2021

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORIA DE ENSINO

ESCOLA SUPERIOR DE SOLDADOS

“CORONEL PM EDUARDO ASSUMPÇÃO”

CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DE

POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO

DA ORDEM PÚBLICA

MATÉRIA 17: POLÍCIA OSTENSIVA

UD 07: GERENCIMENTO DE CRISE

Departamento de Ensino e Administração

Divisão de Ensino e Administração

Seção Pedagógica

Setor de Planejamento

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ÍNDICE:

DESCRIÇÃO PÁG.

INTRODUÇÃO

CONCEITO DE CRISE...3

CRITÉRIOS DE AÇÃO...4

MEDIDAS DE RESPOSTA IMEDIATA...4

PERÍMETROS DE SEGURANÇA...5

CLASSIFICAÇÃO DOS GRAUS DE RISCO...6

NÍVEIS DE RESPOSTA...7

ELEMENTOS ESSENCIAIS E MEIOS DE INFORMAÇÕES...7

TIPOLOGIA DOS CAUSADORES DE UM EVENTO CRÍTICO...8

ALTERNATIVAS TÁTICAS EM GERENCIAMENTO DE CRISE...9

NEGOCIAÇÃO...10 TÉCNICAS NÃO-LETAIS...12 TIRO DE COMPROMETIMENTO...12 RESOLUÇÃO SSP-13, DE 05FEV10...13 TIRO DE COMPROMETIMENTO...14 ASSALTO...15 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...15

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GERENCIAMENTO DE CRISES

Para todas Corporações, especialmente para as Policiais, é de suma importância a capacidade de gerenciamento de crises. Uma crise pode surgir de uma emergência grave e pode manifestar-se de diferentes formas, quais possam ser: incêndios, inundações, terremotos, acidentes graves, epidemias, violência trabalhista, extorsão criminosa, levantes políticos, insurreição, motins em presídios, ocupação ilegal em terras, atos de terrorismos e outros.

Nesse contexto, é necessário que as Corporações Policiais tenham uma resposta imediata e acertada para a resolução da situação.

Por outro lado, as Corporações Policiais podem também contar com grupos permanentes, do tipo Gabinete de Crise, para atender a todas as situações de crise. Esses grupos, são entidades formalmente organizadas em cada órgão, importante para a resposta à crises. A autoridade e a responsabilidade estão claramente delineadas em documento de planejamento.

Concluindo, as situações de crises que envolvem a participação efetiva das Corporações Policiais acontecem sem previsão. Portanto, é necessário estarem devidamente preparadas e equipadas, através de pessoal especializado, seja “ad hoc” ou do tipo Gabinete de Crise, a fim de oferecer uma resposta pronta, imediata e eficiente às mais diversas e inusitadas situações. Uma falha ou demora demasiada pode produzir efeitos inadmissíveis, com risco desnecessário e eminente de vida, causando desgaste à Instituição, que não estava suficientemente provida de seus recursos humanos, materiais e organizacionais para resolver de maneira legal, moral e ética o ocorrido. Eis porque é importante a capacidade de gerenciamento de crises para todas as Organizações Policiais.

Conceito de CRISE:

“Evento ou situação crucial, de proporções anormais, que exige da Polícia uma resposta especial, a fim de assegurar uma solução aceitável.” (FBI)

CARACTERÍSTICAS DA CRISE:

1. Imprevisibilidade; 2. Ameaça de vida;

3. Compressão de tempo; e

NECESSIDADES DIANTE DE UMA CRISE:

1. Postura organizacional não rotineira;

2. Planejamento analítico, execução e considerações legais especiais.

Conceito de Gerenciamento de Crises :

“É o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise.” (FBI)

Objetivos do gerenciamento de crises: 1. Preservar a Vida;

2. Aplicar a Lei;

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GERENTE DA CRISE

Após verificarmos três critérios para a definição de Comando (gerente da crise) conforme o grau hierárquico, territorialidade e natureza da ocorrência o Gerente da Crise será o Policial de maior Graduação ou Posto, responsável pela preservação da ordem pública, com circunscrição na área da ocorrência que deverá planejar, coordenar e controlar o efetivo, materiais e a adoção de medidas de resposta imediata, com a finalidade de impedir o agravamento da crise, limitando sua abrangência e proporcionando uma solução para o impasse.

NÍVEIS DE GERENCIAMENTO

A estrutura típica Gerenciamento de Crises compreende três níveis organizacionais, cada qual dotado de funções e responsabilidades peculiares. São eles:

NÍVEL FEDERAL: integrado pelas Autoridades Federais, encarregadas de difundir as diretrizes operacionais de crise em nível estadual;

NÍVEL ESTADUAL: integrado pelas Autoridades Estaduais, encarregadas de supervisionar a execução das ações e de assegurar que os Órgãos de Resposta disponham de recursos adequados; NÍVEL LOCAL: integrado por especialistas e pelos Chefes dos Órgãos responsáveis em debelar a crise no local do incidente.

CRITÉRIOS DE AÇÃO:

Na tomada de decisões, deve-se rigorosamente observar os seguintes critérios:

1. Necessidade – Indica que qualquer ação somente deve ser implementada quando for indispensável.

2. Validade do Risco – Orienta que toda e qualquer ação deve considerar se os riscos dela advindos são compensados pelos resultados.

3. Aceitabilidade – Implica em que toda a ação deve ter embasamento legal, moral e ético.

MEDIDAS DE RESPOSTA IMEDIATA

Adotar imediatamente as seguintes medidas:

1.CONTER – evitar que a crise aumente o seu grau de risco.

2. ISOLAR – definir clara e perfeitamente os perímetros de segurança não seletivos; e. 3. ESTABELECER CONTATO SEM CONCESSÕES – estabelecer um elo único com o(s) causador(es) do evento crítico. “deixar que o causador da crise fale”

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PERÍMETROS TÁTICOS DE SEGURANÇA

Torna-se imperativo e fundamental o estabelecimento dos perímetros de segurança para que a crise possa ser gerenciada, quais sejam:

PERÍMETRO TÁTICO

EXTERNO Público e Mídia

PERÍMETRO TÁTICO EXTERNO – Trata-se do lado externo ao isolamento efetuado

onde permanecerão o público e a mídia.

PERÍMETRO TÁTICO INTERNO – É o lado interno do isolamento que circunda o

ponto crítico. No seu interior, além de ficar instalado o Posto de Comando da Operação, somente devem permanecer os causadores do evento, os reféns (se houver) os policiais, o pessoal de apoio e demais autoridades.

ZONA DE AÇÃO OPERACIONAL – Localizado no interior do Perímetro Tático

Interno, trata-se de um novo isolamento onde nele estará localizado o Posto de Comando Tático, onde somente deverão estar os policiais diretamente relacionados com a solução da crise.

ZONA DE AÇÃO TÁTICA – Local onde está o ponto crítico, onde a crise se

desenvolve, sendo que além do(s) causador (s) da crise e do refém, se houver, só poderá adentrar o policial negociador (negociação direta) se for o caso, ou os integrantes do time tático em uma eventual solução neste sentido.

POSTO DE CMDO DA OPERAÇÃO

PERÍMETRO TÁTICO INTERNO *POLICIAIS *OUTRAS AUTORIDADES *PESSOAL DE APOIO *BOMBEIROS *ETC.

POSTO DE COMANDO TÁTICO

CRISE

ZONA DE

AÇÃO TÁTICA

ZONA DE AÇÃO

OPERACIONAL

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CLASSIFICAÇÃO DOS GRAUS DE RISCO (FBI)

A otimização de recursos humanos e materiais está intimamente vinculada com o grau de risco do evento crítico.

Não superdimensione, nem subdimensione o grau de risco do evento, procure identificá-lo perfeita e precisamente. CLASSIFICAÇÃO 1º GRAU 2º GRAU 3º GRAU 4º GRAU TIPO ALTO RISCO ALTÍSSIMO RISCO AMEAÇA EXTRAORDINÁRIA AMEAÇA EXÓTICA EXEMPLOS

Roubo a banco por um ou dois indivíduos armados de revólver sem reféns.

Roubo a banco por dois indivíduos armados de metralhadora, mantendo três ou quatro reféns.

Terroristas armados com metralhadoras ou outras armas automáticas, mantendo reféns a bordo de uma aeronave.

Um indivíduo de posse de um recipiente, afirmando que o conteúdo é radioativo e de alto poder destrutivo ou letal, por qualquer motivo, ameaça uma população.

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NÍVEIS DE RESPOSTA

Após identificar o grau de risco, defina o nível de recursos estritamente necessários. Excessos ou carências de policiais dificultam o gerenciamento da crise.

NÍVEL RECURSOS RESPOSTA POLICIAL

UM DOIS TRÊS QUATRO LOCAIS LOCAIS + ESPECIALIZADOS

TODOS DO NÍVEL DOIS +

COMANDO GERAL

TODOS DO NÍVEL TRÊS +

RECURSOS EXÓGENOS

Os policiais de patrulhamento poderão atender a ocorrência.

Os policiais de patrulhamento não conseguiram solucionar, pede-se apoio de uma equipe especializada da Unidade da área (Forças Táticas).

As equipes especializadas não conseguiram solucionar, pede-se apoio de equipe especializada da maior autoridade (GATE). A Equipe Especializada (GATE) é empregada com o auxílio de profissionais de áreas específicas.

Obs: exógeno: que cresce exteriormente.

ELEMENTOS ESSENCIAIS DE INFORMAÇÕES

Decida sempre fundado em informações devidamente trabalhadas pelo serviço de inteligência policial.

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MEIOS DE INFORMAÇÃO

Mapas, plantas, croquis, reféns liberados, investigações, documentos, ficha criminal, atiradores de elite, familiares, vizinhos, testemunhas, incursões de reconhecimento, mídia, vigilância técnica, etc.

TIPOLOGIA DOS CAUSADORES DO EVENTO CRÍTICO

Para que a negociação seja proveitosamente dirigida, procure sempre identificar as características psicológicas dos causadores dos eventos críticos.

TIPO CARACTERÍSTICAS

CRIMINOSO PROFISSIONAL

Indivíduo que se mantém através de repetidos furtos e roubos e de uma vida dedicada ao crime.

Esta espécie de criminoso geralmente provoca uma CRISE por acidente, devido à fuga ou confronto inesperados com a polícia, na flagrância de alguma atividade ilícita.

ELEMENTO DADOS

B

ANDIDO”

R

EFÉM

O

BJETIVO

A

RMAS

Seu número, sua motivação, seu estado mental, sua habilidade no manuseio de armas e outros.

Seu número, sua idade, sua condição física, sua localização no ponto crítico, sua proeminência ou relevância social e outros.

Sua localização, seu tamanho, sua vulnerabilidade, as condições de tempo, as condições do terreno que o circunda e outros.

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TERRORISTA MOTIVAÇÃO POLÍTICA

TERRORISTA MOTIVAÇÃO RELIGIOSA

Planeja cuidadosamente suas ações, tendo como essência a motivação política ou ideológica. A repercussão e a divulgação normalmente constituem o principal objetivo, que se revela como uma valiosa oportunidade para criticar as autoridades constituídas e para a revelação dos propósitos ou programas do grupo a que pertence. É de difícil lida.

Pode não haver nenhuma racionalização através do diálogo, o que praticamente inviabiliza as negociações. Ele não aceita barganhar as suas crenças e convicções, pois, não acredita ser um bandido, e sim um mártir. As negociações quase sempre tomam como manobra, convencê-lo de que ao invés de morrer pela causa que acredita, seria muito mais

ALTERNATIVAS TÁTICAS EM GERENCIAMENTO DE CRISE 1. Negociação;

2. Técnicas Não-Letais;

3. Tiro de Comprometimento; e 4. Assalto (INVASÃO TÁTICA). O NEGOCIADOR

A tarefa de negociação, dada a sua primazia, não pode ser confiada a qualquer um. Dela ficará encarregado um policial com treinamento específico e assistido por conselheiros (outros técnicos em negociação)

A negociação pode ser direta ou indireta.

O papel fundamental do negociador é o de servir de intermediário entre os causadores do evento crítico e o Comandante do Teatro de Operações. É um mediador e não tem poder de decisão!

FUNÇÕES DO NEGOCIADOR:

1. Táticas (otimizar a efetividade do risco do grupo tático); e 2. Estratégicas (negociações específicas).

OBJETIVOS

Ganhar tempo;

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Prover suporte tático.

RESPONSABILIDADES:

1. Estabilizar o estado emocional no ponto crítico; 2. Abranger as tensões no ponto crítico;

3. Ganhar tempo;

4. Estimular a Síndrome de Estocolmo; e

5. Desenvolver estreito relacionamento com o causador do evento.

PERFIL - CARACTERÍSTICAS PESSOAIS:

1. Conhecimento global da doutrina; 2. Respeitabilidade e confiabilidade; 3. Maleabilidade; 4. Fleuma e paciência; 5. Espírito de equipe; 6. Disciplina intelectual; 7. Autoconfiança; 8. Autocontrole; 9. Comunicabilidade; e 10. Perspicácia.

O NEGOCIADOR IMPROVISADO (PATRULHEIRO- PRIMEIRO INTERVENTOR)

Inexistindo um policial especializado em negociações, escolha um dentre os disponíveis que mais esteja dentro do perfil de negociador.

Não utilizar negociadores não-policiais (padres, psicólogos, médicos, juízes, promotores, políticos, familiares, etc.), porque:

- Carecem de preparo técnico; e

- Inexiste o compromisso entre eles e a Polícia.

É sempre importante lembrar que antes da chegada da tropa especializada o primeiro interventor deve tentar, estabelecer contato, sempre sem concessões e que conforme seu desempenho, pode ser utilizado, com a devida orientação dos, especializados.

A NEGOCIAÇÃO

A negociação no Gerenciamento de Crises é quase tudo. É a opção prioritária, não é gratuita nem aleatória, e nem tão pouco decorrente do improviso. Ela é o resultado de um longo processo de amadurecimento obtido por meio do estudo e da análise de milhares de casos ocorridos nos últimos anos em todo o mundo, os quais tem dado suporte estatístico de porte à comprovada eficiência desse tipo de solução, se comparada, por exemplo, com o

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Após todas medidas iniciais de controle, o negociador passa a ser o único elo entre o causador da crise e o mundo; isto fica bem claro quando o causador, após fase irracional passa a confiar no negociador, estabelecendo-se o RAPPORT.

REGRAS BÁSICAS DE NEGOCIAÇÃO :

1. Estabilizar e conter a situação;

2. Escolher a ocasião correta para fazer contato; 3. Procurar ganhar tempo;

4. Deixar o indivíduo falar;

5. Não oferecer nada ao indivíduo;

6. Evitar dirigir a sua atenção freqüentemente para a vítima; 7. Ser tão honesto quanto possível evitando truques;

8. Desenvolver estreito grau de confiança com o cusador do evento; e 9. Obter informações.

ITENS NEGOCIÁVEIS

1. Alimentação;

2. Bebida não alcoólica; 3. Dinheiro;

4. transporte (quase uma exceção; em havendo vantagem tática); 5. Remédios benígnos;

6. Advogado;

7. Presença de familiar (verificando-se previamente o tipo de relação existente).

ITENS NÃO NEGOCIÁVEIS

1. Armas; 2. Drogas; 3. Álcool; 4. Fuga;

5. Liberação de presidiários;

6.. Troca de reféns (podendo haver exceção, em caso em que o refém venha a apresentar quadro de saúde grave);

7. revisão penal.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO

É um mecanismo de tolerância, tão involuntário quanto respirar. O primeiro registro do fenômeno ocorreu em Estocolmo, na Suécia quando um indivíduo armado entrou no Banco de Crédito de Estocolmo e tentou praticar um roubo. Com a chegada da Polícia, o assaltante tomou três mulheres e um homem como reféns e entrou com eles na

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caixa-forte do Banco, exigindo da Polícia que trouxesse ao local um antigo cúmplice, que se encontrava na prisão.

Atendido nessa exigência, o assaltante e o seu companheiro mantiveram os reféns em seu poder durante seis dias, no interior da caixa-forte, tendo, ao final desse tempo, se entregado sem resistência.

Ao saírem do Banco, os quatro reféns usaram seus próprios corpos como escudos para proteger os dois bandidos de qualquer tiro da Polícia, ao mesmo tempo em que pediram aos policiais para não atirarem.

EFEITOS DA SÍNDROME Sentimentos: 1. de profunda amizade; 2. de amor e simpatia; 3. de paternalismo; e 5. exacerbados de proteção.

Obs: Várias outras síndromes podem vir a ocorrer em uma tomada de refém , como por exemplo a Síndrome de Londres que se apresenta no caso de confronto de liderança entre tomadores de reféns em uma mesma ocorrência.

TÉCNICAS NÃO-LETAIS

É toda ação coroada de êxito, onde o PM atua em uma ocorrência policial, que dependendo do desfecho, faça o correto emprego dos meios auxiliares para contenção da ação ilícita, somente utilizando a arma de fogo após esgotarem tais recursos.

EXEMPLOS: 1. Defesa Pessoal;

2. Uso de munição química; 3. Gás pimenta;

4. Uso de munição de elastômero; 5. Tiro de munição real e outros.

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Resolução SSP-13, de 5-2-2010

Disciplina o procedimento para atendimento de ocorrências com reféns no Estado de São Paulo por parte das Polícias Militar e Civil

Considerando que há ações delituosas que são levadas a efeito mediante grave ameaça, ou violência contra a vítima ou terceira pessoa, submetidas à condição de reféns, como forma de obtenção de vantagem econômica indevida ou, ainda, de assegurar a fuga do local do crime; Considerando o basilar princípio da unidade de comando, na condução das ações táticas especiais, que se desenvolvem mediante uso progressivo dos meios, obedecidas as fases de negociação, emprego de técnicas não letais, tiro de comprometimento e invasão tática; O Secretário da Segurança Pública, resolve disciplinar o procedimento a ser adotado nas ocorrências com reféns, nos seguintes termos:

Artigo 1° - Caberá ao Grupo de Ações Táticas da Polícia Militar (GATE) atender ocorrências com reféns, no exercício das atribuições da Polícia Militar, na preservação da ordem pública, que implica na prevenção e repressão imediata, ainda que acionado por qualquer outro órgão, mediante prévia autorização do Comandante do CPChq ou do Comandante Geral ou do Secretário da Segurança Pública.

Parágrafo único - Em caso de atendimento da ocorrência por policiais militares da unidade territorial, se já estiver estabelecido vínculo de negociação, este será mantido com o apoio do GATE, que avaliará a necessidade e oportunidade de assumir integralmente a operação. Artigo 2° - Caberá ao Grupo Especial de Resgate da Polícia Civil (GER) atender ocorrências com reféns, decorrentes da atividade de polícia judiciária afeta às atribuições do DEIC ou de outro órgão de execução da Polícia Civil, mediante autorização do Delegado de Polícia Diretor do DEIC ou do Delegado Geral de Policia ou do Secretário da Segurança Pública.

Artigo 3° - No intuito de salvaguardar a integridade física das pessoas não envolvidas diretamente na operação e, se necessário, a retirada do local, as equipes providenciarão o imediato isolamento da área, utilizando-se dos meios disponíveis, inclusive com restrição de

acesso ao perímetro de segurança, de policiais civis e militares estranhos à operação, bem como de terceiros e da imprensa.

§ 1º - O Delegado de Polícia Titular e o Delegado Plantonista do Distrito Policial da área dos

fatos, bem como o Oficial Comandante da área territorial onde ocorre a crise, não são considerados estranhos à ocorrência conforme o disposto no caput deste artigo, e estão autorizados a manter contato direto com o Gerente da Crise a fim de obter informações da ocorrência, não podendo, porém, intervir nas decisões dos responsáveis pela operação tática especial.

§ 2° - Os órgãos de imprensa serão instados a se abster de transmitir imagens e/ou manter contato com os envolvidos na ocorrência, se os responsáveis pela operação tática especial

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Artigo 4° - O descumprimento das regras dispostas nesta Resolução implicará em responsabilidade disciplinar a ser apreciada pelos órgãos competentes.

Artigo 5° - Esta Resolução passa a vigorar na data de sua publicação, ficando expressa e integralmente revogadas as Resoluções SSP n° 52, de 17 de julho de 1989 e n° 22, de 11 de abril de 1990.

TIRO DE COMPROMETIMENTO

A origem do Sniper ocorreu por um fato curioso no período entre as duas grandes Guerras Mundiais. Os norte-americanos realizavam seus treinamentos militares em grandes campos abertos e ao realizarem o tiro, notavam o vôo rápido e irregular de uma pequena ave, chamada “sniper”, que fugia espantada. Este pequeno pássaro era um grande freqüentador de linhas de tiro, devido ao seu alimento preferido, uma planta gramínea, ser freqüente naqueles lugares. Assim, muitos atiradores preferiam acertar o tiro no pássaro em movimento, daí surgindo o apelido “sniper”, ou seja, “aquele que se dedica aos pássaros “sniper”.

Durante a década de 50, nos E.U.A, quando a polícia necessitava de um tiro de precisão, buscava o melhor caçador da região capaz de efetuar tal disparo.Isso ocorria porque naquela época a polícia não previa como uma alternativa tática em ocorrências policiais graves, o emprego de um tiro preciso e premeditado.

Na década de 70, com o surgimento de ações terroristas nos E.U.A e de situações criminosas mais graves, como franco-atiradores em edifícios, disparando contra a multidão, tomada de reféns e seqüestros, as polícias aperfeiçoaram suas táticas, baseando-se em unidades contra terror na Europa, surgindo então as SWATs ( Special Weapons And Tactics Teams ) – Equipes de Armas e Táticas Especiais, onde havia pelo menos um atirador de alta precisão em cada grupo.

No Brasil, o emprego de atiradores de precisão em casos policiais também era de forma ocasional, até a criação do GATE na Polícia Militar do Estado de São Paulo, em 04 de agosto de 1988, quando se organizou e efetivou dentro das equipes táticas , atiradores elite, com armas especificas, sendo denominados de “FULL” ( cheio, completo, devido ao ângulo de visão da luneta), e a partir de 1994, passando a constituir-se como uma equipe própria, independente da equipe tática de assalto.

DEFINIÇÕES:

1. Atirador de Escol (ou Elite): exímio atirador.

2. Franco–atirador: Atirador que dispara em alvos aleatórios, de forma independente.

3. Caçador: atirador militar conhecedor de técnicas individuais de combate, que atua de forma independente, atrás de alvos inimigos específicos ou de oportunidade.

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5. Tiro de Comprometimento: tiro efetuado pelo Sniper, a partir do qual deve ser desencadeado o assalto.

ASSALTO

GRUPO TÁTICO

O conceito de grupo tático surgiu na década de sessenta, nos Estados Unidos, como resultado da necessidade que, a partir daquela época, algumas organizações policiais passaram a ter em dispor de um grupo tático altamente treinado, capaz de enfrentar eventos críticos de alto risco, com rapidez e eficiência.

Deve, desde o início da crise, estar em condições de, se necessário, empregar táticas especiais para resolver a crise, quando comprovadamente cessarem todos os recursos de NEGOCIAÇÃO e/ou tiver sido desencadeado processo de violência pelos causadores do evento crítico.

Está essencialmente subordinado ao Comandante do Teatro de Operações, não podendo, por iniciativa própria ou do Comandante do Grupo Tático, intervir no evento crítico.

Determinada a intervenção, passa a gozar de autonomia operativa, nos limites da opção tática previamente analisada e autorizada pelo Comandante do Teatro de Operações.

Referência Bibliográfica:

Monografia “Gerenciamento de Crises”, Negociação e Preparação de Grupos Especiais de Polícia na Solução de Eventos Críticos” - Apresentada no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais - CAO/II/95, de Autoria do Cap PM WANDERLEY MASCARENHAS DE SOUZA.

Livro: GERENCIANDO CRISES EM SEGURANÇA - Ed. Sicurezza , são Paulo 2.000 – SOUZA, Wanderley Mascarenhas.

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