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Prefeitura Municipal de Vitória Secretaria Municipal de Educação

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Prefeitura Municipal de Vitória Secretaria Municipal de Educação

PROCESSO Nº: NÃO GEROU PROCESSO

INTERESSADO(A): SEME/GAB

ASSUNTO:

RECONHECIMENTO DA EQUIVALÊNCIA DE ESTUDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL REALIZADOSNOEXTERIOR

RELATORA: CÉLIA MARIA VILELA TAVARES

PARECER Nº: 02/2016

COMISSÃO PERMANENTE

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO E NORMAS

APROVADO PELO

PLENO EM:

29/06/2016

1– HISTÓRICO

A Secretaria Municipal de Educação, através do ofício nº 102/2015, datado de 03 de fevereiro de 2015, encaminhou, ao Conselho Municipal de Educação, solicitação de referendo da aplicabilidade no Sistema Municipal de Ensino de Vitória da Resolução do Conselho Estadual de Educação nº 3.479/2013 e seu anexo, publicada no Diário Oficial do Estado em 03/01/2014, que versa sobre Equivalência de Estudos e Revalidação de Diplomas e Certificados. Documento este acostado ao ofício mencionado acima.

A Secretaria de Educação apresenta, como justificativa de seu pedido, “a necessidade de orientar a matrícula dos estudantes provenientes do exterior, a fim de garantir a tais educandos o acesso e ou prosseguimento de estudos no Brasil, especialmente considerando a ausência de normas neste Sistema quanto à validação de estudos realizados no exterior, bem como levando em consideração que, de acordo com o Parecer CNE/CEB nº 18/2002, os sistemas de ensino são autônomos e capazes de normatizar mais especificamente o assunto, sendo próprias de sua autonomia as formas de colaboração recíproca entre os órgãos executivos e normativos dos

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sistemas.”

II- ANÁLISE

Analisando os documentos apresentados, verificamos que, na verdade, a Resolução CEE nº 3.479/2013 apenas aprovou o documento elaborado pela Subsecretaria de Estado de Planejamento e Avaliação intitulado: “Equivalência de Estudos e Revalidação de Diplomas e Certificados”, tornando-o parte da Resolução mencionada, na condição de Anexo. Portanto, nossa análise recai sobre o Anexo da Resolução.

Inicialmente o documento apresenta os seguintes dispositivos legais: Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Lei 10.406/2002 – Código Civil Brasileiro;

Decreto nº 3.598 de 12/09/2000 - Acordo de Cooperação em Matéria Civil entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Francesa;

Decreto nº 13.609/43 - Regulamenta o ofício de tradutor público e intérprete comercial no território da República;

Decreto nº 84.451/1980 - Dispõe sobre os atos notariais e de registro civil do serviço consular brasileiro;

Resolução CEE/ES nº 1.286/2006 - Fixa Normas para a Educação no Sistema Estadual de Ensino do Estado do Espírito Santo;

Resolução CNE/CEB nº 06/2012 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio;

Parecer CNE/CEB nº 23/2005 - Nova Tabela de Equivalência do Protocolo de Reconhecimento de Títulos e Estudos no Nível da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) não Técnico; Parecer CNE/CEB nº 18/2002 – Consulta sobre equivalência de estudos em cursos realizados no

exterior.

Na sequência, é apresentada a definição de equivalência e revalidação de diplomas e certificados, demonstrando a distinção existente entre ambas.

Desse modo Equivalência é definida como o “reconhecimento de estudos feitos no estrangeiro em um mesmo nível, mesmo que colocados em disciplinas diversas, que confere ao estudante o mesmo nível em grau de conhecimento e maturidade equivalentes aos do sistema brasileiro de

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ensino”.

Já a Revalidação “é um ato oficial pelo qual certificados e diplomas emitidos no exterior e válidos naquele país tornam-se equiparados aos emitidos no Brasil e assim adquirem o caráter legal necessário para a terminalidade e consequente validade nacional e respectivos efeitos”.

Orienta, ainda, quanto à documentação necessária para a revalidação de estudos tanto para os casos de concluintes do ensino médio, quanto para matrícula em uma série/ano ou etapa, de estudos realizados no exterior para prosseguimento no Ensino Fundamental ou Médio. Trataremos, nesta análise, apenas dos aspectos relacionados ao Ensino Fundamental, pois é a etapa de ensino de competência deste Sistema Municipal. Dessa forma listamos abaixo os documentos necessários para a matrícula em uma série ou ano de estudos realizados no exterior no nosso ensino fundamental:

Histórico Escolar expedido pela Instituição de ensino estrangeira autenticado em Consulado Brasileiro com sede no país onde funciona o estabelecimento de ensino que o expediu, denominado visto consular (original);

Tradução juramentada dos documentos emitidos pela instituição estrangeira (original). Quando se tratar de países pertencentes ao Mercosul, não há necessidade deste documento.

Histórico Escolar que comprove estudos cursados no Brasil, caso tenha cursado uma série/ano ou mais do Ensino Fundamental.

Sobre a tradução juramentada vale ressaltar que ela é matéria disciplinada pelo art. 224 do Código Civil e do Decreto nº 13.609 de 21/10/1943, dispositivos legais que estabelecem que um documento escrito em língua estrangeira, já legalizado por Repartição Consular Brasileira, para que produza efeitos jurídicos no Brasil, deverá ser traduzido por tradutor público juramentado, devidamente inscrito em Junta Comercial no Brasil. Vale ressaltar que documentos oriundos de países do Mercosul e de países cujo idioma oficial é o português estão dispensados desta obrigatoriedade.

Sobre a necessidade de legalização consular de documentos estrangeiros, a Secretaria de Educação do Estado do ES – SEDU indica como referência o Manual de Serviço Consular e Jurídico do Ministério das Relações Exteriores, ressaltando a exceção prevista no art. 3º do Decreto nº 84.451 de 31 de janeiro de 1980 que está assim determinado:” ficam dispensados de legalização consular, para ter efeito no Brasil, os documentos expedidos por autoridades de outros países, desde que encaminhados por via diplomática, por governo estrangeiro ao governo

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brasileiro”.

Ainda sobre a legalização de documentos é preciso ficar atento aos acordos bilaterais que o Brasil possui com o objetivo de dispensar a legalização consular de documentos públicos originados em um dos Estados a serem apresentados no território do outro Estado, ou de facilitar os trâmites para a sua legalização como é o caso da Argentina e França.

Com a Argentina foi celebrado o Acordo 41 sobre “Simplificação de Legalizações em Documentos Públicos” de 16/10/2003 que estabelece que os documentos públicos originados em ambos os países, para terem validade no território do outro, devem ser legalizados apenas pelos respectivos Ministérios das Relações Exteriores que deverão comprovar a autenticidade dos documentos com um selo ou carimbo de certificação.

Brasil e França celebraram o “Acordo de Cooperação em Matéria Civil” em 28/05/1996, através do Decreto nº 3.598 de 12/09/2000. O acordo prevê a dispensa da legalização consular em documentos públicos emitidos em ambos os países para terem validade no território do outro. Em relação aos registros escolares das séries ou anos de estudos cursados no exterior, alvo de aproveitamento de estudos dar-se-á da seguinte forma:

No histórico escolar, no campo destinado às avaliações deve-se fazer o seguinte registro: “Série/ano cursado no exterior”.

No campo destinado à observação deve-se registrar: “O(a) aluno(a) cursou os estudos correspondentes ao(s) _____ano(s)/série(s) do Ensino Fundamental na Instituição Educacional (nome da Instituição) em (cidade/estado, país) no(s) ano(s) de _______________ revalidados no Brasil ao amparo da Lei 9394/96, Resolução do CFE nº 04/80, Resolução CEE/ES nº 1286/2006 e Resolução COMEV a ser aprovada a partir deste Parecer .

A documentação oriunda do exterior deve ser arquivada no prontuário do aluno.

Ao final, é apresentada a tabela de Equivalência de Estudos realizados no exterior entre o Brasil e 54 países.

III – CONCLUSÃO

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em que pesem as barreiras imigratórias, está cada vez mais dinâmico; considerando que o estado do Espírito Santo e a nossa capital – Vitória, tem posição geográfica privilegiada, o que impulsiona o desenvolvimento de um fluxo comercial cada vez maior com o exterior e, considerando ainda, a intensificação de intercâmbio estudantil, somos de parecer que este Conselho não deve tão somente referendar a aplicabilidade do documento sobre Equivalência de Estudos e Revalidação de Diplomas e Certificados, formulado pela Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo, e aprovado pelo Conselho Estadual de Educação, através da Resolução 3.479/2013, conforme solicitação da Secretaria Municipal de Educação. Deve, salvo melhor juízo, garantir a irrenunciabilidade de normatizar sobre seu Sistema de Ensino através de Resolução própria.

É o parecer.

VOTO DA RELATORIA

É o voto que submetemos à consideração da Comissão. Conselheira Célia Maria Vilela Tavares

VOTO DA COMISSÃO

A Comissão de Legislação e Normas , reunida em Sessão Ordinária no dia 14 de abril de 2016, aprova por unanimidade o voto da Relatoria.

Presentes os/as Conselheiros/as: Célia Maria Vilela Tavares

Aguiberto de Oliveira Lima

Charla Barbosa de Oliveira Macedo de Campos

VOTO DO PLENO

O Pleno do COMEV, reunido em Sessão Plenária Extraordinária no dia 29 de junho de 2016, acompanha o voto da Comissão.

Estavam presentes:

Conselheira Marlene Busato - Fórum de Diretores Conselheiro Nehemias Serrano Nascimento - Estudante Conselheira Bianca Araújo Brandão Arrieiro - ASSOPAES

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Conselheira Charla Barbosa de Oliveira Macedo de Campos - Magistério Conselheiro Sumika Soares de Freitas Hernandez Piloto – Magistério Conselheira Sérgio Pinheiro de Andrade - SEME

Conselheira Célia Maria Vilela Tavares - SEME

Conselheira Jacqueline Vargas Consoli Bressan – SEME Conselheira Edson Camargo Araújo - CPV

Conselheira Zoraide Barboza de Souza - Comunidade Científica

Conselheira Tânia Mara Zanotti Guerra Frizzera Delboni - Comunidade Científica Conselheira Maria Cândida Souza Pereira - SINEPE

Conselheiro Dayana Karla Ribeiro- SINEPE

Sala do Plenário, 29 de junho de 2016 Médylen Barbosa Silva - Assistente administrativa

Ana Moscon de Assis Pimentel Teixeira - Assessora Técnica de Educação Infantil Marcia Sagrillo Smiderle - Assessora Técnica de Ensino Fundamental

Charla Barbosa de Oliveira Macedo de Campos

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