Terra Santa
Agro S.A.
Demonstrações financeiras individuais e consolidadas em
Terra Santa Agro S.A. Demonstrações financeiras individuais e consolidadas em 31 de dezembro de 2017
Conteúdo
Relatório da administração 3 Balanços patrimoniais 22Demonstrações dos resultados 23
Demonstração dos resultados abrangentes 24
Demonstração das mutações do patrimônio líquido 25
Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto 26
Demonstrações do valor adicionado 27
Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras 28
Relatório dos auditores independentes sobre as
demonstrações financeiras individuais e consolidadas 99
Parecer do Conselho Fiscal 106
Relatório da Administração
e Demonstrações
1 ‐ MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Na safra 2016/2017, a produção brasileira de grãos bateu recorde. Foram colhidos 237,7 milhões de toneladas, 27,4% acima do ciclo anterior. O bom desenvolvimento da safra ocorreu em praticamente todas as 15 culturas anuais, entre elas a soja, milho e algodão. O ciclo foi de recuperação, após um ano muito afetado pelo clima. Na Terra Santa Agro, os resultados alcançados não foram diferentes, conforme abaixo: Soja: a Companhia encerrou a colheita da soja com produtividade média final de 3.602 kg/ha (60,0 scs/ha), 6,7% acima da meta inicial da Companhia e 10,0% acima da média prevista para o estado do Mato Grosso (considerando média do estado conforme divulgada no 6º Levantamento da Safra da CONAB, em março de 2018). Algodão (2ª safra): a colheita foi encerrada com uma produtividade média de 4.014 kg/ha (267,6 @/ha), valor ligeiramente acima da meta inicial da Companhia. Vale destacar, o rendimento obtido nesta safra para a pluma de algodão, que passou de 40,4% na safra 2015/16 para 41,1% na safra 2016/17, beneficiando a produtividade da pluma, que alcançou 1.660 kg/ha (110,7@/ha), 2,7% acima da meta inicial de 1.617 kg/ha (107,8@/ha). Milho (2ª safra): a colheita foi encerrada com uma produtividade média de 6.912 kg/ha (115,2 scs/ha), valor 2,9% inferior à meta de 7.122 kg/ha (118,7 scs/ha). Como reflexo do bom desempenho operacional registrado na safra 2016/17, a Companhia encerrou o ano com resultados positivos, tendo apresentado no 4T17 e 2017 lucro líquido de R$ 27,0 milhões e R$ 7,4 milhões, respectivamente, contra um prejuízo de R$ 4,5 milhões e R$ 152,4 milhões no 4T16 e 2016. Além disso, registrou um EBITDA Ajustado de R$ 26,5 milhões e R$ 68,8 milhões no 4T17 e 2017, respectivamente, contra um EBITDA de R$ 0,6 milhão e EBITDA de R$ 52,7 milhões, respectivamente, em iguais períodos do ano anterior.
No que diz respeito à geração de caixa operacional, vale observar que no 4T17, este valor foi de R$ 22,1 milhões, contra a geração de caixa operacional de R$ 14,2 milhões no 4T16. Quando analisamos os número acumulados no ano, a geração de caixa operacional foi de R$ 14,4 milhões, contra R$ 69,1 milhões em 2016. Vale ressaltar que, a geração de caixa de 2017 foi impactada pela postergação negociada com fornecedores da safra 2015/16 no montante de R$ 63,7 milhões, cujo pagamento se deu no 1º trimestre de 2017, bem como pelo cumprimento de todas as obrigações bancárias (juros) para o ano. Caso não houvesse a postergação de pagamentos de fornecedores citada, a geração de caixa da Companhia seria de R$ 78,1 milhões em 2017. Não podemos deixar de mencionar que a safra 2017/18, que impactará os resultados financeiros de 2018, está muito bem encaminhada. A colheita da soja foi finalizada e, apesar da seca no início do período de plantio, atingimos uma produtividade média e 3.534 kg/ha (58,9 scs/ha), 1,9% acima da meta inicial da Companhia e 9,0 % acima da média prevista para o estado do Mato Grosso (considerando média do
estado conforme divulgada no 6º Levantamento da Safra da Conab, em março de 2018). Vale ressaltar que, por conta do período de seca no início do plantio, 13,9 mil hectares de soja sofreram impacto. Após análises de rentabilidade, a Companhia optou por adotar as seguintes ações: (i) replantio de soja e plantio do milho de 2ª safra, (ii) replantio com algodão de 1ª safra e (iii) seguir com cultura, mesmo com baixas produtividades e plantio de algodão de 2ª safra. Se desconsiderássemos essas áreas, a produtividade da soja seria de 3.693 kg/ha (61,5 scs/ha). O plantio de algodão de 2ª safra foi concluído dentro da janela ideal e apresenta bom desenvolvimento. O plantio de milho foi concluído com 95% da área inicialmente planejada devido ao término do período agronomicamente adequado. Além disso, é importante enfatizar o avanço na comercialização da safra 2017/18, onde temos fixado 96%, 76% e 74% da safra de soja, milho e algodão respectivamente, a preços em dólares dentro do orçamento da Companhia. Por fim, a Administração está otimista com a safra 2017/18 e tem certeza que a mesma também será uma safra de conquistas para Terra Santa Agro e seus acionistas.
DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO
RECEITA LÍQUIDA
No 4T17, a receita líquida totalizou R$ 216,7 milhões, valor 42,3% superior a igual período do ano anterior, impactado, majoritariamente, pelo incremento da receita líquida dos produtos em R$ 62,7 milhões. A avaliação do ativo biológico e produto agrícola apropriado à receita, por sua vez, impactou positivamente a receita líquida total em R$ 6,3 milhões quando comparado ao 4T16. Por fim, a variação cambial das dívidas designadas para hedge accounting no 4T17 impactou negativamente em R$ 4,6 milhão quando comparado ao 4T16. Em 2017, a Receita Líquida da Companhia totalizou R$ 796,3 milhões, valor 2,9% inferior ante o ano de 2016, em decorrência, principalmente, da redução da receita líquida dos produtos em R$ 86,2 milhões. A variação cambial das dívidas designadas para hedge accounting no 2017 impactaram negativamente em R$ 21,4 milhões, contra um impacto negativo de R$ 54,3 milhões em 2016. A Receita Líquida é impactada (a) pela receita líquida dos produtos; (b) pela apropriação da variação do valor justo do ativo biológico e do produto agrícola e (c) pelo hedge accounting. (a) Receita Líquida dos Produtos
A receita líquida dos produtos vendidos apresentou desempenho 56,7% superior em comparação ao 4T16, em decorrência do maior faturamento de algodão e milho, uma combinação direta de maior área plantada para essas duas culturas na safra 2016/17 quando comparada à safra 2015/16, bem como de maiores produtividades.
Já em 2017, a receita líquida dos produtos vendidos apresentou desempenho 11,3% inferior em comparação a 2016 como reflexo direto (i) da apreciação do real frente ao dólar ao longo do ano e (ii) redução de 9,3% na área plantada da safra 2016/17 em comparação a safra 2015/16, compensada tanto pelas produtividades elevadas de soja milho e algodão quanto por preços em dólares superiores aos obtidos na safra 2015/16. Abaixo segue um quadro comparativo da composição da receita líquida dos produtos da Companhia no 4T17 e 2017, comparado com o mesmo período do ano anterior: (1) girassol e revenda de grãos/pluma/insumos Receita Líquida 216.725 152.263 42,3% 796.315 820.031 ‐2,9% Receita Líquida dos Produtos 173.277 110.574 56,7% 679.159 765.325 ‐11,3% Hedge Accounting (1.705) 2.852 ‐ (21.366) (54.314) ‐60,7% Avaliação do Ativo Biológico Apropriado à Receita 35.037 16.477 112,6% 133.933 118.427 13,1% Produto Agrícola Apropriado à Receita 10.116 22.360 ‐54,8% 4.589 (9.407) ‐
Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 Reapresentado4T16 Var. % 2017 Reapresentado2016 Var. %
Receita Líquida dos Produtos 173.277 110.574 56,7% 679.159 765.325 ‐11,3% Soja ‐ ‐ ‐ 320.295 326.987 ‐2,0% Milho 21.081 14.312 47,3% 87.439 107.204 ‐18,4% Algodão em Pluma 107.260 80.824 32,7% 181.741 189.710 ‐4,2% Caroço de algodão 9.455 11.508 ‐17,8% 24.517 28.796 ‐14,9% Outros (1) 35.481 3.930 ‐ 65.167 112.627 ‐42,1%
(1) girassol (b) Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas (1) girassol Ativos Biológicos:
No 4T17, a avaliação do ativo biológico reconhecida na receita foi positiva em R$ 45,1 milhões, em comparação com a marcação positiva de R$ 38,8 milhões verificada no 4T16, resultado da cultura de soja, que apresentou marcação positiva de R$ 35,4 milhões, contra uma marcação positiva de R$ 14,9 milhões no 4T16, reflexo das melhora das premissas para a marcação do valor justo da cultura entre os anos. Em 2017, a avaliação do ativo biológico teve um incremento R$ 15,5 milhões quando comparado a 2016, principalmente pela (i) marcação positiva da soja de R$ 103,3 milhões contra a marcação positiva de R$ 39,1 milhões e (ii) pela marcação positiva de algodão de R$ 64,2 milhões contra uma marcação positiva de R$ 34,7 milhões em 2016.
As marcações positivas foram reflexo da expectativa de resultado positivo das culturas, considerando estimativas de produtividade, preço de mercado e custo de cada cultura. Quantidade faturada 133.242 80.138 66,3% 807.068 771.029 4,7% Soja ‐ ‐ ‐ 361.638 337.953 7,0% Milho 89.124 46.722 90,8% 354.943 349.349 1,6% Algodão em pluma 21.043 16.940 24,2% 36.907 38.920 ‐5,2% Caroço de algodão 23.020 15.806 45,6% 51.439 43.225 19,0% Outros (1) 55 670 ‐91,8% 2.141 1.582 35,3%
(toneladas) 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Soja ‐ ‐ ‐ 361.638 337.953 7,0% Milho 89.124 46.722 90,8% 354.943 349.349 1,6% Algodão em pluma 21.043 16.940 24,2% 36.907 38.920 ‐5,2% Caroço de algodão 23.020 15.806 45,6% 51.439 43.225 19,0% Outros (1) 55 670 ‐91,8% 2.141 1.582 35,3% 2016 Var. % 4T16 Var. % (toneladas) 4T17 2017
Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Ativos Biológicos e Produtos Agrícolas 45.153 38.837 16,3% 138.522 109.020 27,1% Avaliação dos Ativos Biológicos 35.037 16.477 112,6% 133.933 118.427 13,1% Soja 35.454 14.878 138,3% 103.227 39.114 163,9% Milho ‐ ‐ ‐ (33.478) 44.642 ‐ Algodão (417) 1.599 ‐ 64.183 34.671 85,1% Outros (1) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ Avaliação dos Produtos Agrícolas 10.116 22.360 ‐54,8% 4.589 (9.407) ‐ Soja 256 (962) ‐ 5.617 (2.378) ‐ Milho (6.183) 6.725 ‐ (199) (3.314) ‐94,0% Algodão 16.043 16.597 ‐3,3% (830) (3.717) ‐77,7% Outros (1) ‐ ‐ ‐ - 2 ‐
Produtos Agrícolas:
No 4T17, a avaliação dos produtos agrícolas foi positiva em R$ 10,1 milhões, em comparação com a marcação positiva de R$ 22,4 milhões no 4T16 devido ao valor estimado de realização dos produtos considerando preço de mercado e contratos a termo.
Já em 2017, a avaliação dos produtos agrícolas foi positiva em R$ 4,6 milhões, em comparação com a marcação negativa de R$ 9,4 milhões em 2016.
Os preços considerados no cálculo do ativo biológico não correspondem aos preços já fixados pela Companhia (contratos a termo), pois, conforme Pronunciamento Técnico – CPC 29, o ativo biológico deve ser mensurado pelo valor justo, sem considerar os valores já contratados para venda futura.
Já no caso da avaliação dos produtos agrícolas, o Pronunciamento Técnico – CPC 16 determina que a mensuração seja feita pelo valor líquido realizável, ou seja, considerando os volumes vendidos ao preço comercializado e o saldo restante a preço de mercado. * Em ambos os casos, descontam‐se todas as despesas de venda (tributos, fretes, custos portuários, comissões, etc.). (c) Hedge Accounting No 4T17, tivemos o impacto negativo de R$ 1,7 milhão, contra um impacto positivo de R$ 2,8 milhões no 4T16. Em 2017, o impacto negativo foi de R$ 21,4 milhões contra um impacto negativo de R$ 54,3 milhões na Receita Líquida, verificados em 2016, referente à realização de parte da variação cambial alocada no patrimônio líquido, a qual deve sempre ser efetivada no momento da realização do objeto da proteção, que no nosso caso é a comercialização das commodities atreladas ao dólar.
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS
No 4T17, o Custo de Produtos Vendidos da Companhia totalizou R$ 163,1 milhões, valor 31,9% superior ao 4T16, em decorrência do aumento do CPV de Produtos Agrícolas em R$ 36,0 milhões e pela realização do ativo biológico apropriado ao custo negativa em R$ 27,3 milhões. Em 2017, houve redução de 18,9%, passando de R$ 840,9 milhões em 2016 para R$ 681,6 milhões em 2017. O CPV dos Produtos apresentou aumento de 36% no 4T17, reflexo de um maior faturamento de milho e algodão no trimestre quando comparado à igual período do ano anterior. Em 2017, o CPV dos Produtos apresentou queda de 17,6%, equivalente a R$ 125,8 milhões, influenciado por: (i) redução de área plantada na safra 2016/17 em comparação com a safra 2015/16; (ii) menor dólar médio do custo de insumos na safra 2016/17, no valor de R$ 3,24 quando comparado do dólar médio dos insumos da safra 2015/16, de R$ 3,61 e (ii) menor volume de operações de revenda de produtos. Custos de Produtos Vendidos (163.120) (123.651) 31,9% (681.644) (840.954) ‐18,9% CPV Produtos (135.818) (99.832) 36,0% (590.449) (716.263) ‐17,6% Realização Ativo Biológico Apropriado ao Custo (27.302) (23.819) 14,6% (91.195) (124.691) ‐26,9% Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 4T16 Var. % Reapresentado Var. % 2017 2016 Reapresentado
Abaixo, segue quadro comparativo da composição do CPV dos produtos no 4T17 e 2017, comparado com o mesmo período do ano anterior: (1) Girassol e Revenda de grãos/pluma/insumos
MARGEM POR CULTURA
Soja
Em 2017, a margem da soja foi positiva em R$ 0,146 mil/ton contra uma margem positiva de R$ 0,022 mil/ton verificada em 2016. Este aumento de margem foi decorrente, principalmente, do aumento da produtividade em 20,1% e o menor custo de produção em R$/hectare, que teve como reflexo a queda do custo médio da cultura em 21,7%, compensado, parcialmente, por uma queda no preço médio de venda em 8,5%.O preço médio de venda passou de R$ 0,97 mil/ton em 2016 para R$ 0,89 mil/ton em 2017, como consequência direta da valorização do real frente ao dólar, uma vez que os preços em dólares praticados na safra 2016/17 (preço bruto de US$ 18,00 por sc, na fazenda) são superiores aos preços em dólares praticados na safra 2015/16 (preço bruto de US$ 16,18 por sc, na fazenda). Também contribuiu para a redução do preço líquido médio o aumento da tributação do Estado do MT sobre a soja (Facs e Fethab), que dobrou a alíquota em meados de 2016 (quando já tínhamos faturado quase a totalidade do produto) e que foi mantida durante todo o ano de 2017.
O custo médio de venda passou de R$ 0,95 mil/ton em 2016 para R$ 0,74 mil/ton em 2017 como consequência (i) aumento de 20,1% na produtividade da safra 2016/17 quando comparada com a safra 2015/16; (ii) menor custo dos insumos, em função do dólar médio de aquisição de insumos (R$ 3,61 na safra 2015/16 contra R$ 3,24 na safra 2016/17) e (iii) aumento da eficiência operacional, traduzida na redução dos custos em R$/hectare nas demais contas. Esse resultado demonstra melhores margens ao produtor da cultura da soja na safra 2016/17 quando comparada à safra 2015/16, principalmente por conta da produtividade. CPV Produtos (135.818) (99.832) 36,0% (590.449) (716.263) -17,6% Soja - - - (267.572) (319.543) -16,3% Milho (19.424) (14.790) 31,3% (99.510) (103.776) -4,1% Algodão Pluma (71.307) (74.973) -4,9% (136.248) (158.145) -13,8% Caroço de Algodão (9.488) (6.241) 52,0% (19.730) (16.728) 17,9% Outros (1) (35.599) (3.828) - (67.389) (118.071) -42,9%
(R$ Mil) 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Quantidade Faturada Ton - - - 361.638 337.953 7,0% Receita Líquida R$ Mil - - - 320.295 326.987 -2,0% Preço Médio de Venda R$ Mil / Ton - - - 0,89 0,97 -8,5% CPV R$ Mil - - - (267.572) (319.543) -16,3% Custo Médio de Venda R$ Mil / Ton - - - (0,74) (0,95) -21,7% Margem Unitária R$ Mil / Ton - - - 0,146 0,022
-Var. % 4T17 4T16 Var. %
Algodão
O faturamento do algodão ao longo do ano de 2017 contempla o faturamento de duas safras distintas, ou seja, ao longo do ano foi comercializado algodão das safras 2015/16 e 2016/17. Diante disto, compararemos os dados do 4º trimestre que nos traz uma comparação da safra 2015/16 e 2016/17. No 4T17, o faturamento do algodão em pluma totalizou 21,0 mil toneladas, um aumento de 24,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, gerando uma receita líquida de R$ 107,3 milhões. Já o faturamento do caroço de algodão passou de 15,8 mil toneladas no 4T16 para 23,0 mil toneladas no 4T17, incremento de 45,6%, gerando uma receita líquida de R$ 9,5 milhões. A margem unitária bruta do algodão em pluma no 4T17 foi positiva, totalizando R$ 1,709 mil/ton, contra R$ 0,345 mil/ton no 4T16, impactado, principalmente, por: (i) maior preço médio de venda, que passou de R$ 4,77 mil/ton no 4T16 para R$ 5,10 mil/ton no 4T17, um aumento de 6,8%, decorrente de melhores preços da commodity em 2017 em comparação com o ano anterior; (ii) menor custo médio de venda, que passou de R$ 4,43 mil/ton no 4T16 para R$ 3,39 mil/ton no 4T17, decorrente da produtividade 17% superior na safra 2016/17 em comparação com a safra anterior e (iii) de custos em R$ por hectare mais baixos, em decorrência, principalmente, da redução do dólar de aquisição dos insumos na safra 2016/17. O caroço de algodão passou de uma margem unitária positiva de R$ 0,333 mil/ton no 4T16 para uma margem unitária negativa de R$ 0,001 mil/ton no 4T17, em decorrência da queda no preço médio de venda que passou de R$ 0,73 mil/ton no 4T16 para R$ 0,41 mil/ton no 4T17. Tal redução explica‐se pela alteração das condições logísticas de venda, que, no ano de 2016, teve um volume substancial de caroço vendido com entrega no porto por conta do vendedor, fato que não se repetiu em 2017. Algodão em pluma
Quantidade Faturada Ton 21.043 16.940 24,2% 36.907 38.920 -5,2% Receita Líquida R$ Mil 107.260 80.824 32,7% 181.741 189.710 -4,2% Preço Médio de Venda R$ Mil / Ton 5,10 4,77 6,8% 4,92 4,87 1,0% CPV R$ Mil (71.307) (74.973) -4,9% (136.248) (158.145) -13,8% Custo Médio de Venda R$ Mil / Ton (3,39) (4,43) -23,4% (3,69) (4,06) -9,1% Margem Unitária R$ Mil / Ton 1,709 0,345 394,7% 1,233 0,811 52,0% Caroço de algodão
Quantidade Faturada Ton 23.020 15.806 45,6% 51.439 43.225 19,0% Receita Líquida R$ Mil 9.455 11.508 -17,8% 24.517 28.796 -14,9% Preço Médio de Venda R$ Mil / Ton 0,41 0,73 -43,6% 0,48 0,67 -28,5% CPV R$ Mil (9.488) (6.241) 52,0% (19.730) (16.728) 17,9% Custo Médio de Venda R$ Mil / Ton (0,41) (0,39) 4,4% (0,38) (0,39) -0,9% Margem Unitária R$ Mil / Ton (0,001) 0,333 - 0,093 0,279 -66,7%
4T17 4T16 Var. %
Milho
Da mesma forma que ocorreu com o algodão, o faturamento do milho no ano fiscal de 2017 contempla dados da safra 2015/16 e 2016/17, motivo pelo qual comentaremos os dados do 4T17. No 4T17, a quantidade faturada de milho foi de 89,1 mil toneladas contra 46,7 mil toneladas no 4T16, fruto de uma maior área plantada de milho e maiores produtividades na safra 2016/17 quando comparada à safra 2015/16. No ano de 2016, o estoque de passagem de milho foi de 9.532 toneladas em comparação com o estoque de passagem de 851 toneladas em 31 de dezembro de 2017. A margem unitária do milho foi positiva em R$ 0,019 mil/ton no 4T17, contra uma margem negativa de R$ 0,010 mil/ton verificada no 4T16.CUSTO DE PRODUÇÃO
Na tabela abaixo apresentam‐se os custos para a safra 2016/17 bem como o previsto para a safra 2017/18.
(1) Girassol Como forma de fornecer cada vez mais informações acerca da composição de nossos custos, apresenta‐ se abaixo a composição percentual de nosso custo total de produção por item.
Quantidade Faturada Ton 89.124 46.722 90,8% 354.943 349.349 1,6% Receita Líquida R$ Mil 21.081 14.312 47,3% 87.439 107.204 -18,4% Preço Médio de Venda R$ Mil / Ton 0,24 0,31 -22,8% 0,25 0,31 -19,7% CPV R$ Mil (19.424) (14.790) 31,3% (99.510) (103.776) -4,1% Custo Médio de Venda R$ Mil / Ton (0,22) (0,32) -31,2% (0,28) (0,30) -5,6% Margem Unitária R$ Mil / Ton 0,019 (0,010) - (0,034) 0,010
-Milho Faturado 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
% R$ % US$ % R$ % US$ % R$ % US$ % R$ % US$
Soja 1ª safra (2.510) 57% 43% 100% 100% 100% (2.475) 57% 43% 15% 15% 16% Algodão 2ª safra (6.651) 44% 56% 97% 93% 100% (6.225) 45% 55% 3% 8% 0% Milho 1ª safra (2.706) 59% 41% 100% 100% 100% (2.561) 58% 42% 5% 8% 0% Milho 2ª safra (1.928) 60% 40% 100% 100% 100% (1.935) 60% 40% 5% 6% 4% Milho 2ª safra alternativo (1.397) 63% 37% 100% 100% 100% (1.309) 69% 31% 3% 5% 0% Outros (1) (1.739) 50% 50% 100% 100% 100% Safra 2017/18 Previsto Estimativa Atual % Realizado do total da Estimativa R$/ha Composição % % Realizado por Safra 2016/17 Previsto
Estimativa
Atual % Realizado do total da Estimativa R$/ha Composição % % Realizado por Cultura
LUCRO BRUTO
No 4T17, Companhia apresentou um lucro bruto de R$ 53,6 milhões, com margem bruta positiva de 24,7% contra um lucro bruto de R$ 28,6 milhões e margem bruta positiva de 18,8% verificado no 4T16. Em 2017, o lucro bruto da Companhia totalizou R$ 114,7 milhões, com margem bruta de 14,4%, contra um prejuízo bruto de R$ 20,9 milhões e margem bruta negativa de 2,6% verificado em 2016. O resultado bruto positivo registrado tanto no 4T17 quanto no ano de 2017 é reflexo das boas margens obtidas pelas culturas, onde a combinação de boas produtividades, preços de venda em dólares em linha ou acima do orçamento e otimização de custos, contribuiriam para a melhoria do lucro bruto, apesar da apreciação do real frente ao dólar ao longo de 2017. As avaliações das linhas de ativo biológico (receita e custo) e produto agrícola totalizaram R$ 42,7 milhões positivos em 2017. Em 2016, a avaliação dessas contas foi negativa em R$ 6,3 milhões, ou seja, apresentou uma variação comparativa positiva de R$ 49,0 milhões em 2017.Salienta‐se que em 2017 tivemos um impacto negativo de R$ 21,4 milhões de variação cambial de operações designadas no hedge accounting, decorrente principalmente da variação cambial entre a data de designação do instrumento de proteção e a data de pagamento/realização do objeto da proteção (receita atrelada ao dólar).
DESPESAS OPERACIONAIS
Em 2017, a Companhia registrou despesas operacionais de R$ 66,3 milhões ante R$ 114,9 milhões em 2016, uma redução de 42,3%, impactada, principalmente, pela linha outras receitas (despesas) operacionais que registrou um valor negativo de R$ 35,9 milhões em 2016, conforme detalhado abaixo, contra um valor positivo de R$ 8,2 milhões em 2017. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 38,2 milhões, praticamente estável em relação ao ano de 2016. Receita Líquida 216.725 152.263 42,3% 796.315 820.031 ‐2,9% Receita Líquida dos Produtos 173.277 110.574 56,7% 679.159 765.325 ‐11,3% Hedge Accounting (1.705) 2.852 ‐ (21.366) (54.314) ‐60,7% Avaliação do Ativo Biológico Apropriado à Receita 35.037 16.477 112,6% 133.933 118.427 13,1% Produto Agrícola Apropriado à Receita 10.116 22.360 ‐54,8% 4.589 (9.407) ‐ Custos de Produtos Vendidos (163.120) (123.651) 31,9% (681.644) (840.954) ‐18,9% CPV Produtos (135.818) (99.832) 36,0% (590.449) (716.263) ‐17,6% Realização Ativo Biológico Apropriado ao Custo (27.302) (23.819) 14,6% (91.195) (124.691) ‐26,9% Lucro Bruto (Prejuízo) 53.605 28.612 87,4% 114.671 (20.923) ‐ Margem Bruta 24,7% 18,8% 5,9 p.p. 14,4% ‐2,6% ‐ Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 4T16 Var. % Reapresentado Var. % 2017 2016 Reapresentado Despesas Operacionais (20.303) (32.004) ‐36,6% (66.280) (114.859) ‐42,3% Gerais, Administrativas (8.840) (10.008) ‐11,7% (38.202) (38.287) ‐0,2% Outras Receitas (Despesas) Operacionais 1.946 (9.022) ‐ 8.224 (35.901) ‐ Despesas com Armazenagem (3.777) (3.114) 21,3% (19.718) (15.955) 23,6% Despesas com Vendas (9.632) (9.860) ‐2,3% (16.584) (24.716) ‐32,9% Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 4T16 Var. % Reapresentado Var. % 2017 2016 Reapresentado
As outras receitas (despesas) operacionais apresentaram resultado positivo de R$ 8,2 milhões em 2017 em comparação a R$ 35,9 milhões negativos em 2016, merecendo destaque: As despesas com armazenagem totalizaram R$ 19,7 milhões em 2017, valor 23,6% superior ao mesmo período do ano anterior, motivado (i) pela locação de um armazém adicional localizado na UP Cachoeira e (ii) pelo maior processamento de soja e milho quando comparado a igual período do ano anterior. Por fim, as despesas com vendas totalizaram R$ 16,6 milhões em 2017, valor 32,9% inferior aos R$ 24,7 milhões registrados em 2016. As despesas com vendas da Companhia são compostas por despesas logísticas para levar os produtos, em especial algodão em pluma, até os clientes/porto. A redução nas despesas de vendas é substancialmente explicada pela redução do volume de exportação de caroço de algodão. No ano de 2016, exportamos 23.268 toneladas de caroço de algodão, cuja despesa logística (frete, custos portuários) ficaram por conta da Companhia. No ano de 2017, a exportação de caroço de algodão foi de apenas 2.144 toneladas. Tal diferença de volume representou redução de R$ 8,5 milhões nesta rubrica.
EBITDA E EBITDA AJUSTADO
EBITDA
O EBITDA apresentado pela Companhia em 2017 foi de R$ 85,6 milhões ante um EBITDA negativo de R$ 94,6 milhões registrado em 2016, resultando em uma margem EBITDA de 10,8%, ante a margem negativa de 11,5% registrada em 2016.EBITDA AJUSTADO
Com o objetivo de fornecer melhores elementos para análise, a Companhia apresenta, além do EBITDA calculado de acordo com os critérios da CVM, o EBITDA Ajustado. Nesse cálculo, de forma a aproximar o cálculo da real geração de caixa operacional, que é a definição conceitual do EBITDA, são excluídos os efeitos decorrentes da variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas (apropriado na receita), como também o efeito da apropriação do valor justo dos ativos biológicos apropriados ao custo Reversão Camera (+) R$ 20,3 MM Bonificação Insumos (+) R$ 2,9 MM PEPRO Milho (+) R$ 6,9 MM Impairment Camera (‐) R$ 20,3MM Bonificação Insumos (+) R$ 4,4 MM Impairment PIS, COFINS e ICMS (‐) R$ 8,5 MM Débitos PRT e PERT (‐) R$ 24,0 MM Impairment Bahia e Núcleo Santa Clara (‐) R$ 4,4 MM Perda de Crédito de Recebívies (‐) R$ 5,0 MM 2017 2016 Lucro líquido (prejuízo) do período 27.034 (4.485) ‐ 7.350 (152.355) ‐ Margem Líquida 12,5% ‐2,9% ‐ 0,9% ‐18,6% ‐ (+) IR e CSLL (7.611) (1.989) 282,7% (49.398) (18.253) 170,6% (+) Resultado Financeiro 13.879 3.082 350,3% 90.439 34.825 159,7% (+) Depreciação e Amortização Despesa 2.157 2.034 6,0% 8.389 8.222 2,0% (+) Depreciação e Amortização Custo 5.426 5.358 1,3% 28.850 32.988 ‐12,5% EBITDA 40.885 4.000 ‐ 85.630 (94.573) ‐ Margem EBITDA 18,9% 2,6% 16,3 p.p. 10,8% ‐11,5% ‐ Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 4T16 Var. % Reapresentado Var. % 2017 2016 Reapresentadodos produtos agrícolas vendidos. Por outro lado, são incluídos no ajuste do EBITDA a variação cambial das operações de revenda de grãos/pluma/insumos, provisões e ajustes não recorrentes.
Adicionalmente, incluímos no ajuste do EBITDA as variações cambiais e monetárias, positivas ou negativas, decorrentes de contas a receber (vendas de produtos) e a pagar (fornecedores de insumos e arrendamentos) indexadas a moeda estrangeira e a produto. Pelo fato de tais variações serem derivadas da operação normal da Companhia e não por dívida financeira, entendemos como mais adequado que façam parte do cálculo do EBITDA (Ajustado) da Companhia.
(1) Margens calculadas sobre Receita Líquida dos Produtos Em 2017, o EBITDA Ajustado foi positivo em R$ 68,8 milhões contra um EBITDA Ajustado positivo de R$ 52,7 milhões verificado em 2016.
HEDGE ACCOUNTING DO FLUXO DE CAIXA
A Companhia, por ter grande parte da venda de seus produtos atrelada ao dólar, com o objetivo de evitar volatilidade sem efeito caixa nos seus resultados e aproximar as demonstrações à sua realidade, decidiu designar, a partir de 1º de agosto de 2013, suas dívidas bancárias nominadas em dólar como hedge de suas vendas futuras indexadas ao dólar, em conformidade com as normas IAS 39 e CPC 38. O saldo da variação cambial passiva decorrente das dívidas bancárias designadas no hedge accounting totalizou R$ 15,9 milhões em dezembro de 2017 (R$ 24,1 milhões bruto de IRPJ/CSLL), o qual foi registrado temporariamente no patrimônio líquido e só será levado ao resultado à medida em que se realizarem as receitas em dólar, objeto de proteção dos instrumentos financeiros designados no hedge accounting. Em 2017, a variação cambial negativa de R$ 21,4 milhões referentes às dívidas bancárias que estavam designadas para o hedge accounting foi reconhecida no resultado. Por fim, é importante salientar que o resultado da Companhia ainda poderá ser impactado pela variação cambial de clientes, fornecedores em dólar e dívidas que não fazem parte do hedge accounting implementado pela Companhia. EBITDA 40.885 4.000 ‐ 85.630 (94.573) ‐ Margem EBITDA 18,9% 2,6% 16,3 p.p. 10,8% ‐11,5% ‐ (+) Ativos Biológicos apropriados a Receita e ao CPV (17.851) (15.018) 18,9% (47.327) 15.671 ‐ (+) Hedge Accounting 1.705 (2.852) ‐ 21.366 54.314 ‐60,7% (+) Variação Cambial (6.004) 5.070 ‐ 5.083 35.023 ‐85,5% (+) Provisões não recorrentes e Impairment de ativos 527 9.325 ‐94,3% (21.157) 41.838 ‐ (+) Programas de regularização tributária 7.211 ‐ ‐ 24.903 ‐ ‐ (+) Outros 64 103 ‐37,9% 293 416 ‐29,6% EBITDA Ajustado 26.537 628 ‐ 68.792 52.689 30,6% Margem EBITDA Ajustada (1) 15,3% 0,6% 14,7 p.p. 10,1% 6,9% 3,2 p.p. Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 4T16 Var. % Reapresentado Var. % 2017 2016 ReapresentadoRESULTADO FINANCEIRO
Em 2017, apresentamos um resultado financeiro líquido negativo de R$ 90,4 milhões, contra um resultado financeiro líquido negativo de R$ 34,8 milhões verificado em 2016, conforme composição abaixo demonstrada.
Em 2017, as receitas financeiras atingiram R$ 51,0 milhões, ante R$ 31,1 milhões em 2016. Do total das receitas no ano, R$ 25,2 milhões referem‐se a descontos obtidos à adesão aos programas de regularização tributária (PRT e PERT); R$ 21,2 milhões referem‐se a juros e variações monetárias dos recebíveis da Companhia e R$ 3,3 milhões a descontos obtidos. As despesas financeiras, por sua vez, totalizaram R$ 142,1 milhões em 2017, valor 21,4% superior aos R$ 117,1 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, diferença substancialmente representada pelo reconhecimento de R$ 43,3 milhões de juros e atualização monetária de débitos tributários incluídos programas de regularização tributária (PRT e PERT). Desconsiderando esse valor, a despesa financeira em 2017 foi de R$ 98,9 milhões, 15,5% inferior ao verificado em 2016. A variação cambial impactou positivamente o resultado financeiro da Companhia em R$ 3,1 milhão em 2017, em comparação com o resultado positivo de R$ 56,2 milhões em 2016.
RESULTADO LÍQUIDO
Em 2017, a Companhia apresentou um lucro líquido de R$ 7,4 milhões ante um prejuízo líquido de R$ 152,4 milhões em 2016, reflexo de (i) de uma safra 2016/17 com produtividades e margens superiores à safra anterior, apesar da valorização do real frente do dólar ter afetado fortemente as receitas; (ii) reversão da provisão para crédito de liquidação duvidosa da Camera, no valor de R$ 20,3 milhões; e (iii) ganhos líquidos de R$ 23,3 milhões auferidos nos programas de regularização tributária de 2017 (PRT e PERT).
Resultado Financeiro (13.879) (3.082) 350,3% (90.439) (34.825) 159,7% Receita Financeira 35.526 7.375 381,7% 50.961 31.060 64,1% Receita Financeira ‐ Ordinária 10.351 7.375 40,4% 25.786 31.060 ‐17,0% Programas de regularização tributária 25.175 ‐ ‐ 25.175 ‐ ‐ Despesa Financeira (39.723) (30.239) 31,4% (142.148) (117.087) 21,4% Despesa Financeira ‐ Ordinária (28.024) (30.239) ‐7,3% (98.886) (117.087) ‐15,5% Programas de regularização tributária (11.699) ‐ ‐ (43.262) ‐ ‐ Variação Cambial (9.099) 20.820 ‐ 3.103 56.170 ‐94,5% Variação Cambial Caixa (2.370) 10.908 ‐ 6.442 23.728 ‐72,9% Variação Cambial Competência (6.729) 9.912 ‐ (3.339) 32.442 ‐ Derivativos (583) (1.038) ‐43,8% (2.355) (4.968) ‐52,6%
Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T17 Reapresentado4T16 Var. % 2017 Reapresentado2016 Var. %
Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS 19.423 (6.474) ‐ (42.048) (170.607) ‐75,4% Margem do Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS 9,0% ‐4,3% ‐ ‐5,3% ‐20,8% 15,5 p.p. IR e CSLL 7.611 1.989 282,7% 49.398 18.252 170,6% Impostos Correntes ‐ (2) ‐ ‐ (6) ‐ Impostos Diferidos 7.611 1.991 282,3% 49.398 18.258 170,6% Lucro líquido (prejuízo) do período 27.034 (4.485) ‐ 7.350 (152.355) ‐ Margem Líquida 12,5% ‐2,9% ‐ 0,9% ‐18,6% ‐
PROGRAMAS DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA (PRT E PERT)
Com os objetivos de reduzir litígios tributários e promover a regularização fiscal, o Governo Federal lançou, ao longo do exercício de 2017, o Programa de Regularização Tributária – PRT (Medida Provisória 766/17) e Programa Especial de Regularização Tributária – PERT (Lei 13.496/17), por meio do qual puderam ser liquidadas, sob condições especiais, quaisquer dívidas para com a Fazenda Nacional, vencidas até 30 de abril de 2017.
A Companhia e suas controladas, Maeda S.A. Agroindustrial e Vanguarda do Brasil S.A., após análise de seus débitos, optaram pela adesão aos programas de parcelamento supramencionados.
Considerando ser este um evento não recorrente e com efeito significativo no demonstrativo de resultados, apresentamos abaixo, DRE ProForma desconsiderando adesão a esses dois programas.
HEDGE COMERCIAL
Como parte do procedimento de hedge adotado, a Companhia busca o travamento de suas margens, ou seja, à medida que assume compromissos decorrentes da compra de insumos, vende parte de sua produção. Na tabela a seguir, apresentamos a posição comercializada e faturada da safra, 2016/17 e 2017/18. 2017 Efeito dos Programas 2017 ‐ Sem PRT/PERT Lucro (prejuízo) bruto 114.671 0 114.671 Receitas (despesas) operacionais (66.280) (24.903) (41.377) Despesas gerais, administrativas e com vendas (66.960) (898) (66.062) Honorários da administração (7.544) (7.544) Outras receitas (despesas), líquidas 8.224 (24.005) 32.229 Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro e do imposto sobre a renda e da contribuição social 48.391 (24.903) 73.294 Resultado financeiro (90.439) (18.087) (69.997) Receitas financeiras 50.961 25.175 25.786 Despesas financeiras (142.148) (43.262) (98.886) Variações cambiais, líquidas 3.103 3.103 Derivativos (2.355) (2.355) Prejuízo antes do imposto sobre a renda e da contribuição social (42.048) (42.990) 3.297 Imposto sobre a renda e contribuição social Corrente ‐ ‐ ‐ Diferido 49.398 67.988 (18.590) Lucro líquido (prejuízo) do período 7.350 24.998 (15.293)
ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO
Comparativamente a setembro de 2017, o endividamento bancário da Companhia apresentou uma redução de 0,3%, passando de R$ 794,2 milhões no 3T17 para R$ 791,7 milhões no 4T17, conforme demonstrado no quadro abaixo: Composição do Endividamento 4T17 3T17 Endividamento do trimestre anterior 798,7 736,4 ( + ) Captações no trimestre 26,8 90,3 ( ‐ ) Amortizações no trimestre (76,6) (14,9) ( + / ‐ ) Variação cambial e juros 46,9 (13,1) Endividamento 795,8 798,7 ( ‐ ) Custo de Transação | ( + ) Outros sem efeito caixa (4,1) (4,5) Endividamento no final do trimestre 791,7 794,2
A dívida em dólar em dezembro de 2017 representou 91% do total, com um custo médio de 7,33% a.a. Já o custo médio da totalidade da dívida da Companhia no 4T17 é de 7,50% a.a.
Safra Produto Moeda % comercializado (1) % faturado (2) Preço Vendido FOB ‐
Fazenda (3) Preço Porto R$ 2% 2% 22,58/Bushel USD 85% 85% 8,19/Bushel Arrendamento 13% 13% N/A Total 100% 100% R$ 64% 64% 7,09/Bushel USD 36% 36% 2,10/Bushel Total 100% 100% R$ 0% 0% 0,00/ libra peso USD 100% 67% US$ 0,7447/ libra peso Total 100% 67% R$ 98% 82% 426 /Ton USD 0% 0% 0,00 /Ton Total 98% 0% R$ 0% 0% 0,00/Bushel USD 84% 0% 7,78/Bushel Arrendamento 12% 0% N/A Total 96% 0% R$ 19% 0% 7,08/Bushel USD 57% 0% 2,15/Bushel Total 76% 0% R$ 0% 0% 0,00/ libra peso USD 75% 0% US$ 0,7785/ libra peso Total 75% 0% R$ 72% 0% 380/Ton USD 0% 0% USD 0,00 /bu Total 0% 0% R$ 0% 0% 0,00/ libra peso USD 23% 0% US$ 0,7893/ libra peso Total 23% 0% (1) Percentual comercializado até 28/02/2018 (2) Percentual do total da produção faturado até a 31/12/2017 (3) Preço Equivalente considerando Frete de U$ 95 por tonelada para safra 2016/17 (4) Preço Equivalente considerando Frete de U$ 105,00 por tonelada para safra 2017/18 (5) Percentual fixado Flat Price (todos os componentes de preço) 2017/18 US$ 10,78/Bushel(³) Caroço Soja Milho Algodão 2016/17 Soja(5) US$ 10,64/Bushel(³) Milho Algodão Caroço 2018/19 Algodão
Vale ressaltar que a contratação de dívidas em moeda estrangeira tem um hedge natural, visto que as receitas da Companhia são, em sua maioria, dolarizadas. Abaixo apresentamos um gráfico com evolução da dívida liquida da Companhia em reais e convertida para dólares.
Para uma melhor compreensão da composição do endividamento da Companhia, apresenta‐se a abertura abaixo:
Dívida Estrutural: composta por dívidas de longo prazo, principalmente PPE (pré‐ pagamento de exportação). O duration destas dívidas é de 2,7 anos. Custeio: composta por dívidas para capital de giro e custeio agrícola. São dívidas de curto prazo e as principais linhas contratadas são crédito agrícola e ACC (adiantamento de contrato de câmbio). O duration destas dívidas é de 0,5 ano. Capex: composta por linhas de financiamento para aquisição de máquinas e ativo fixo. O duration destas dívidas é de 1,4 anos.
R$746.938 R$724.461 R$729.363 R$779.249 R$781.135
USD 229.185 USD 228.652 USD 220.471 USD 245.975 USD 236.135
4T16(Ptax R$ 3,2591) 1T17(Ptax R$ 3,1684) 2T17(Ptax R$ 3,3082) 3T17(Ptax R$ 3,168) 4T17(Ptax R$ 3,308)
Evolução da Dívida Líquida em R$ e US$
792 645
119 28
4T17 Estrutural Custeio Capex
Nos gráficos abaixo, apresentamos a composição do endividamento em curto e longo prazo, por moeda e o fluxo de amortizações atual.
GERAÇÃO DE CAIXA OPERACIONAL
Com o objetivo de apresentar o resultado da Companhia desconsiderando os efeitos que não impactam seu caixa, apresenta‐se o quadro abaixo com a geração de caixa operacional.A geração de caixa operacional foi positiva em R$ 22,1 milhões e R$ 14,4 milhões no 4T17 e 2017, respectivamente, contra a geração de caixa operacional positiva de R$ 11,7 milhões e R$ 69,1 milhões no 4T16 e 2016. Vale ressaltar que, a geração de caixa de 2017 foi impactada pela postergação negociada com fornecedores da safra 2015/16 no montante de R$ 63,7 milhões, cujo pagamento se deu no 1º trimestre de 2017, bem como pelo cumprimento de todas as obrigações bancárias (juros) para o ano. Desconsiderando a postergação de pagamentos de fornecedores citada, a geração de caixa da Companhia seria de R$ 78,1 milhões em 2017. 29,1% 17,6% 70,9% 82,4% 31/12/2017 31/12/2016 Endividamento Curto e Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo 91,4% 91,7% 8,6% 8,3% 31/12/2017 31/12/2016 Endividamento por moeda Dólar Reais 795.758 232.646 136.610 117.783 71.868 235.787 1.065 Dívida Total 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Fluxo de Amortização Contratual (R$ mil) Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social 19.424 (6.474) (42.048) (170.607) (+) Ajustes do resultado que não afetam o caixa 33.637 45.057 125.570 191.465 (+/‐) Variações das contas patrimoniais operacionais (5.628) (13.992) (23.178) 120.071 (‐) Imposto de renda e contribuição social pagos ‐ (2) ‐ (6) (‐) Juros pagos (25.160) (17.393) (49.838) (75.889) (‐) Instrumentos financeiros derivativos pagos ‐ NDF (203) 4.536 3.921 4.109 Geração de caixa operacional 22.070 11.732 14.427 69.143 Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais (R$ Mil) 4T17 Reapresentado4T16 2017 Reapresentado2016
VALOR LÍQUIDO DOS ATIVOS
Apresentamos na tabela abaixo o valor líquido dos ativos da Companhia.(1) Considerado Laudo de Avaliação da Deloitte de 31 de outubro de 2017 (2) Não foram descontados os impostos sobre o ganho de capital da venda das terras em função da Companhia possuir, em 31 de dezembro de 2017, créditos acumulados de IRPJ e CSLL originados de Prejuízo Fiscal, Base de Cálculo Negativa da CSLL e Ágio Fiscal a amortizar no valor de R$ 465,0 milhões. Valor Líquido dos Ativos (NAV) R$ milhões (+) Fazendas Próprias + Infraestrutura (1) (2) 1.663 (+) Contas a Receber / Titulos a Receber 50 (+) Estoques 259 (+) Ativos Biológicos 203 (+) Caixa 11 (+) Subtotal 2.186 (‐) Fornecedores 151 (‐) Adiantamento de Clientes 143 (‐) Dívida Bancária 792 (‐) Subtotal 1.086 (=) Valor Líquido dos Ativos (NAV) 1.100 Nº Ações (milhões) 17,9 Valor Líquido dos Ativos por Ação 61,40 Valor da Ação (R$ por Ação) em 31/12/2017 14,89 Desconto do preço da Ação no mercado em Relação ao NAV 75,7% 2017
3 ‐ SERVIÇOS DE AUDITORIA INDEPENDENTE
A empresa KPMG Auditores Independentes foi contratada, em 2017, para a prestação de serviços de auditoria externa relacionados ao exame das demonstrações financeiras da Companhia.
Em atendimento à Instrução CVM nº 381/03, informamos que essa empresa de auditoria, prestou serviços de assessoria tributária envolvendo a revisão de impostos diretos e indiretos. Por esses serviços, foi realizado o pagamento de R$ 184,0 mil (valor bruto, com impostos), que representam 22% dos honorários de auditoria. Entendemos que estes serviços não representam conflito de interesse, perda de independência ou objetividade de nossos auditores independentes.
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Balanços patrimoniais em 31 de dezembro
(Em milhares de Reais )
Ativo Nota 2017 2016 2017 2016 Passivo e patrimônio líquido Nota 2017 2016 2017 2016
(reapresentado) (reapresentado)
Circulante Circulante
Caixas e equivalentes de caixa 3 10.514 1.768 10.561 4.232 Salários e contribuições sociais 11.330 10.271 11.434 11.274 Títulos e valores mobiliários 466 - 710 - Fornecedores 15 150.940 174.163 151.079 177.245 Contas a receber de clientes 4 12.523 210 12.719 5.164 Tributos a recolher 6.921 5.955 8.886 8.707 Títulos a receber 5 7.839 3.602 26.187 9.070 Empréstimos e financiamentos 16 227.673 131.897 230.089 131.897 Estoques 6 259.057 160.712 259.067 205.930 Mútuos 10 45.348 2.840 - - Ativos biológicos 7 202.684 195.161 202.684 195.161 Tributos parcelados 19 2.355 1.251 5.642 2.075 Tributos a recuperar 8 12.356 16.451 17.671 17.549 Adiantamentos de clientes 17 142.934 64.714 143.123 102.143 Despesas antecipadas 699 597 4.180 3.438 Instrumentos financeiros derivativos 22 11.947 5.907 11.947 5.907 Outros ativos 2.484 3.629 2.490 4.239 Arrendamentos a pagar 19.201 15.453 16.237 15.453 Ativos não circulantes mantidos para venda 51 210 51 210 Dívida com a União - PESA 18 2.923 3.236 2.923 3.236 Títulos a pagar 6.645 6.443 6.914 6.850 Total do ativo circulante 508.673 382.340 536.320 444.993
Total do passivo circulante 628.217 422.130 588.274 464.787 Não circulante
Fornecedores 15 - 2.067 - 2.090 Não circulante Empréstimos e financiamentos 16 561.607 619.273 561.607 619.273 Títulos a receber 5 11.339 8.818 11.339 24.385 Tributos parcelados 19 7.307 4.898 10.165 5.256 Tributos a recuperar 8 50.695 26.485 89.180 59.208 Títulos a pagar 579 448 2.207 2.061 Tributos diferidos 9 171.567 148.063 171.567 151.532 Tributos diferidos 9 - - 48.668 8.211 Depósitos judiciais 20 2.725 2.563 20.223 7.880 Dívida com a União - PESA 18 - 2.978 - 2.978 Adiantamentos para futuro aumento de capital 10 336 56 - - Provisão para demandas judiciais 20 19.618 19.795 19.618 19.795 Outros ativos 12.759 15.028 12.761 15.046 Provisão para perdas em investimentos 11 1.753 1.443 - - Total do realizável a longo prazo 249.421 201.013 305.070 258.051 Total do passivo não circulante 590.864 650.902 642.265 659.664
Total do passivo 1.219.081 1.073.032 1.230.539 1.124.451 Propriedade para investimento 12 7.840 - 7.840 -
Investimentos 11 1.201.599 1.206.045 - - Patrimônio líquido 21
Imobilizado 13 242.225 259.906 1.092.802 1.114.547 Capital 2.707.502 2.707.502 2.707.502 2.707.502 Intangível 14 1.243 1.364 280.427 284.496 Reservas de capital 1.890 2.108 1.890 2.108 Ajustes de avaliação patrimonial (15.926) (22.725) (15.926) (22.725) Total do ativo não circulante 1.702.328 1.668.328 1.686.139 1.657.094 Prejuízos acumulados (1.701.546) (1.709.249) (1.701.546) (1.709.249) Total do patrimônio líquido 991.920 977.636 991.920 977.636 Total do ativo 2.211.001 2.050.668 2.222.459 2.102.087 Total do passivo e do patrimônio líquido 2.211.001 2.050.668 2.222.459 2.102.087 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstrações dos resultados
Exercícios findos em 31 de dezembro
(Em milhares de reais, exceto lucro (prejuízo) por ação)
Controladora Consolidado
Nota 2017 2016 2017 2016
(reapresentado) (reapresentado)
Receita líquida de vendas 24 588.630 636.146 657.793 711.011
Variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas 25 128.616 120.540 138.522 109.020
Realização do valor justo dos ativos biológicos 25 (81.950) (114.792) (91.195) (124.691)
Custo dos produtos vendidos 25 (559.933) (704.394) (590.449) (716.263)
Lucro (prejuízo) bruto 75.363 (62.500) 114.671 (20.923)
Receitas (despesas) operacionais
Despesas com vendas 25 (12.527) (3.137) (16.584) (24.716)
Despesas gerais e administrativas 25 (47.490) (45.161) (50.376) (48.845)
Honorários da administração 23 (7.544) (5.396) (7.544) (5.396)
Resultado de equivalência patrimonial 11 (499) 10.012 -
-Provisão para perdas em investimentos 11 (310) (197) -
-Outras receitas (despesas), líquidas 25 25.459 (30.491) 8.224 (35.902)
(42.911) (74.370) (66.280) (114.859) 32.452 (136.870) 48.391 (135.782) Resultado financeiro 26 Receitas financeiras 30.028 30.227 50.961 31.060 Despesas financeiras (108.723) (118.541) (142.148) (117.087) Derivativos, líquidos (2.355) (4.968) (2.355) (4.968)
Variações cambiais, líquidas 2.136 57.056 3.103 56.170
(78.914) (36.226) (90.439) (34.825)
Prejuízo antes do imposto sobre a renda e da contribuição social (46.462) (173.096) (42.048) (170.607)
Imposto sobre a renda e contribuição social 9(b)
Corrente - - - (6)
Diferido 53.812 20.741 49.398 18.258
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 7.350 (152.355) 7.350 (152.355)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício atribuível aos acionistas controladores da Companhia 7.350 (152.355) 7.350 (152.355)
Lucro (prejuízo) por ação ordinária:
Básico e diluído 28 0,4103 (8,5048)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Lucro (prejuízo) antes do resultado financeiro e do
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Demonstração dos resultados abrangentes
Exercícios findos em 31 de dezembro
(Em milhares de reais)
2017 2016
(reapresentado)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 7.350 (152.355)
Outros resultados abrangentes:
Itens a serem posteriormente reclassificados para o resultado
Resultado líquido com instrumentos financeiros designados como hedge accounting 10.302 163.264 Imposto de renda e contribuição social sobre outros resultados abrangentes (3.503) (55.510) Outros resultados abrangentes, líquidos de imposto de renda e contribuição social 6.799 107.754
Resultado abrangente total 14.149 (44.601)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro
(Em milhares de reais)
Nota Capital social Gastos com emissão de ações Reservas de capital Ajustes de avaliação patrimonial Prejuízos acumulados Total do patrimônio líquido
Saldo em 1º de janeiro de 2016, como previamente divulgado 2.728.353 (20.851) 2.708 (173.183) (1.514.988) 1.022.039
Impacto da retificação de erros - - - 42.704 (42.704)
-Saldo reapresentado em 1º de janeiro de 2016 2.728.353 (20.851) 2.708 (130.479) (1.557.692) 1.022.039
Resultado abrangente do exercício
Impacto da retificação de erros - - - (4.277) (4.277)
Prejuízo do exercício - - - - (148.078) (148.078)
Outros resultados abrangentes do exercício - - - 107.754 - 107.754
Total de resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos - - - 107.754 (152.355) (44.601) Transações de capital
Efeitos com plano de opções de ações reconhecidos no exercício 29 - - (600) - 798 198 Total de transações de capital - - (600) - 798 198
Saldo reapresentado em 31 de dezembro de 2016 2.728.353 (20.851) 2.108 (22.725) (1.709.249) 977.636
Saldo em 1º de janeiro de 2017, como previamente divulgado 2.728.353 (20.851) 2.108 (69.706) (1.662.268) 977.636
Impacto da retificação de erros - - - 46.981 (46.981)
-Saldo reapresentado em 1º de janeiro de 2017 2.728.353 (20.851) 2.108 (22.725) (1.709.249) 977.636
Resultado abrangente do exercício
Lucro líquido do exercício - - - - 7.350 7.350
Outros resultados abrangentes do exercício - - - 6.799 - 6.799
Total de resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos - - - 6.799 7.350 14.149 Transações de capital
Efeitos com plano de opções de ações reconhecidos no exercício 29 - - (218) - 353 135 Total de transações de capital - - (218) - 353 135
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Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto
Exercícios findos em 31 de dezembro
(Em milhares de Reais)
Nota 2017 2016 2017 2016
(reapresentado) (reapresentado)
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Prejuízo antes do imposto sobre a renda e da contribuição social (46.462) (173.096) (42.048) (170.607) Ajustes de:
Variação do valor justo dos ativos biológicos e produtos agrícolas 25 (128.616) (120.540) (138.522) (109.020) Realização do valor justo dos ativos biológicos 25 81.950 114.792 91.195 124.691 Depreciações e amortizações 25 33.226 26.705 37.239 41.210 Resultado na venda e baixas de bens do imobilizado 25 646 1.815 649 2.174 Resultado da equivalência patrimonial 11.3 499 (10.012) - -Provisão para perdas em investimentos 11.3 310 197 - -Despesas com planos de outorga de opções de compra de ações 29.b 135 198 135 198 Provisão para demandas judiciais (129) 2.120 (129) 2.120 Provisão (reversão) das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa 5 (21.110) 21.973 (21.110) 21.973 Provisão das perdas estimadas em estoques 6 121 155 121 155 Provisão (reversão) dos créditos tributários ao valor recuperável 25 (1.831) 6.618 (2.462) 8.468 Adesão a parcelamentos tributários 2.148 - 24.005
-Impairment de ativos, incluindo ágio alocado a contratos - 3.045 - 4.035 Ajuste a valor presente de ativos e passivos financeiros 26 7.377 5.684 6.802 6.584 Juros e variações cambiais, líquidos 92.074 92.110 134.215 88.877 Variação nos ativos e passivos:
Contas a receber de clientes (12.140) 51.111 (7.098) 10.178
Títulos a receber 27 8.558 42.224 12.752 34.948 Estoques (27.258) 103.023 18.897 87.311 Ativos biológicos (29.151) 12.761 (29.151) 14.822 Tributos a recuperar 27 (24.482) 5.995 (36.432) (12.435) Despesas antecipadas (102) 211 (742) 2.590 Outros ativos 3.573 4.496 4.193 4.259 Depósitos judiciais (210) (1.350) (12.391) (1.761)
Salários e contribuições sociais 1.059 2.153 160 2.434
Fornecedores 27 (35.101) 7.161 (34.531) 6.426
Tributos a recolher 27 7.164 8.329 8.979 10.807
Adiantamentos de clientes 78.220 (31.729) 40.244 (18.513)
Tributos parcelados 26.391 6.149 7.526 4.994
Arrendamentos a pagar 3.783 (24.805) 819 (24.805)
Dívida com a União - PESA (3.181) (3.235) (3.181) (3.235)
Mútuos 42.228 (16.099) -
-Títulos a pagar 333 1.551 210 2.051
Caixa gerado pelas atividades operacionais 60.022 139.710 60.344 140.929 Imposto de renda e contribuição social pagos - - - (6)
Juros pagos (49.645) (75.889) (49.838) (75.889)
Instrumentos financeiros derivativos recebidos - NDF 3.921 4.109 3.921 4.109
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 14.298 67.930 14.427 69.143
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aplicações financeiras (466) 5.298 (710) 5.298 Recebimento pela venda de ativo imobilizado 27 1.217 5.522 1.217 5.691 Aquisição de imobilizado 27 (10.349) (10.813) (10.398) (10.905) Aquisição de intangível (337) (39) (342) (39)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de investimento (9.935) (32) (10.233) 45
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Captações de empréstimos e financiamentos 16 156.166 131.724 156.166 131.724 Amortização de empréstimos e financiamentos 16 (149.620) (215.602) (151.868) (215.602) Pagamentos de custos de captação 16 (1.928) (1.234) (1.928) (1.234) Instrumentos financeiros derivativos pagos - Swap 16 (235) (5.258) (235) (5.258)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamento 4.383 (90.370) 2.135 (90.370)
Aumento (redução) líquidos de caixas e equivalentes de caixa 8.746 (22.472) 6.329 (21.182) Caixas e equivalentes de caixa no início do exercício 1.768 24.240 4.232 25.414 Caixas e equivalentes de caixa no final do exercício 10.514 1.768 10.561 4.232
Informações suplementares ao fluxo de caixa estão demonstradas na nota explicativa 27. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.