RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Chuí Holding S.A.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Titulares
Rafael Pesce
Pedro Duarte Guimarães Diana Vermöhlen
Gilberto Odilon Eggers
Suplentes Rodrigo Nelson Brum Selles Ana Carolina de Menezes Gröhs Altair Coutinho de Azevedo Junior
CONSELHO FISCAL
Titulares
Janildo Jovino da Silveira Sandro Rodrigues da Silva
Bruna Moraes Bastos de Andrade Matos
Suplentes
Celso Soares Pereira Andre Maschietto Boff
DIRETORIA EXECUTIVA Fraklin Lago
Diretor Técnico
Marcelo Fabiano da Silva
1 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
O ano de 2016 foi marcado por muitos desafios para a Eólicas do Sul – EOS. A reestruturação da Companhia está em curso acelerado, com renegociações de dívidas com os principais fornecedores, reescalonamento dos financiamentos de longo prazo junto ao BNDES, mudanças na gestão do FIP Rio Bravo Energia I, mudanças na diretoria da EOS, dentre outras medidas importantes de redução de custos e readequação da estrutura da empresa.
2 ESTRUTURA SOCIETÁRIA
3 PRINCIPAIS AÇÕES DE 2016
Em 16 de março de 2016, o Banco Brasil Plural assumiu a gestão do Rio Bravo Energia I - Fundo de Investimento em Participações, o qual passou a se chamar Brasil Energia - Fundo de Investimento em Participações.
Em setembro de 2016, houve mudança na diretoria da Eólicas do Sul - EOS com a nomeação do novo Diretor Financeiro, Marcelo Fabiano da Silva, indicado pela Brasil Plural.
No ano de 2016 foram colocadas em prática diversas ações da atual administração visando equacionar os passivos e melhorar a estrutura de capital da Companhia. Destaque-se o reescalonamento da dívida junto ao BNDES, onde estão sendo pleiteados: (i) o aumento do percentual destinado ao pagamento de despesas operacionais de 8,5% para 9,5%; (ii) a solicitação de um stand still para a amortização de principal pelo período de 12 meses; (iii) a rescisão do CCEAR com a Distribuidora Amazonas devido a sua inadimplência; (iv) a redução do ICSD de 1,3 para 1,2; (v) o waiver para a não utilização do subcrédito para investimentos sociais na região dos Parques Eólicos; e, (vi) a permissão para redução de capital nas SPEs a fim de transferir o caixa dessas empresas para a Holding, melhorando dessa forma a eficiência tributária dessas empresas, dentre outas medidas de menor impacto. Os pleitos já estão sob análise da área de crédito do BNDES e a expectitiva é de uma reposta ainda no 1º semestre de 2017. CHUÍ V CHUÍ VI Minuano I CHUÍ VII Minuano II CHUÍ Holding S.A. 100% Eletrosul Centrais Elétricas S.A.
Rio Bravo Energia I Fundo de Investimento em Participações CHUÍ IV CHUÍ II CHUÍ I 49,0% 51,0%
4 OPERAÇÃO
Os ventos no ano de 2016 ficaram 17,81% abaixo da média histórica, consequentemente, a geração de energia ficou 22,71% abaixo da energia vendida, como podemos verificar no gráfico a seguir:
A geração contabilizada em 2016 registrou 405.293,21 MWh enquanto a GF/CCEAR estão em 524.382,23 MWh, onde evidencia-se a velocidade do vento abaixo da curva histórica como fator principal do déficit, conforme gráficos abaixo:
A despeito da fraca incidência de ventos na região, afetando negativamente o desempenho dos Parques Eólicos de Chuí, a disponibilidade dos aerogeradores se mantiveram em nível ótimo, conforme gráfico abaixo:
Isso demonstra que o O&M dos parques está sendo efetuada de maneira adequada, estando os mesmos preparados para entregar a energia vendida no Leilão A-3 de 17 de agosto de 2011. 5 PERSPECTIVAS PARA 2017
O reescalonamento do financiamento junto ao BNDES deverá seguir para a área de crédito do Banco e a expectativa é que seja aprovado ainda no 1º semestre de 2017. Isso trará um folego extra para a Companhia fazer frente as obrigações com fornecedores, sem que seja necessário aportes adicionais dos acionistas.
A Companhia também busca alteranitvas para melhorar os PPAs atuais em linha com as oportunidades de mercado.
KPDS 178256
ChuÍ Holding S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016
ChuÍ Holding S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016
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Conteúdo
Relatório dos auditores independentes sobre asdemonstrações financeiras 3
Balanços patrimoniais 6
Demonstrações de resultados 7
Demonstrações de resultados abrangentes 8
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 9
Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto 10
KPMG Auditores Independentes, uma sociedade simples brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-firma-membro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça.
KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
3
KPMG Auditores Independentes Av. Prof. Othon Gama D´eça, 677 -
Salas 603, 604 e 605 - Centro - Ed. The Office 88015-240 - Florianópolis/SC - Brasil
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Relatório dos auditores independentes sobre as
demonstrações financeiras
Aos
Conselheiros e aos acionistas da
Chuí Holding S.A.
Florianópolis - SC
Opinião
Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Chuí Holding S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas
demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição
patrimonial e financeira, individual e consolidada, da Chuí Holding S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das
demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e cumprimos com as demais
responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
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KPMG Auditores Independentes, a Brazilian entity and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity.
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Incerteza relevante relacionada com a continuidade operacional
Chamamos a atenção para a nota explicativa nº 1 às demonstrações financeiras, que indica que a Companhia e suas controladas incorreram no prejuízo de R$ 57.043 mil durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e, nessa data, o passivo circulante da companhia e suas controladas excedeu o ativo circulante em R$ 8.998 mil e o
patrimônio estava negativo em R$ 214.404 mil. Esses eventos e condições, juntamente com o fato que a Companhia está em processo de renegociação de suas dívidas junto a fornecedores e instituições financeiras, conforme descrito na mesma nota explicativa, indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto.
Responsabilidades da Administração pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas
A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a
Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua
continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia e suas controladas ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria
contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e
internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro,
planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do
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que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para
planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas.
• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de
continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações
financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou
condições futuras podem levar a Companhia e suas controladas a não mais se manterem em continuidade operacional.
• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras individuais e consolidadas representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
• Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações
financeiras das entidades ou atividades de negócio do Grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do Grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.
Comunicamo-nos com a Administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
Florianópolis, 28 de março de 2017 KPMG Auditores Independentes CRC SC-000071/F-8
Claudio Henrique Damasceno Reis Contador CRC SC-024494/O-1
Chuí Holding S.A.
Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de Reais)
Ativo Notas 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 Passivo Notas 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Caixa e equivalentes de caixa 5 80 60 29.813 54.627 Empréstimos e financiamentos 11 - - 24.094 23.660 Contas a receber 6 - - 12.485 9.050 Contas a pagar de fornecedores 12 91 136 4.701 3.466
Despesas antecipadas - 2 706 555 Obrigações fiscais 9 13 1.186 1.996
Impostos a recuperar 154 154 296 237 Obrigações trabalhistas 29 17 33 17
Partes relacionadas - Despesas a reembolsar 7 - - 4 4 Partes relacionadas - Despesas a reembolsar 7 47 615 47 615
Outras contas a receber 2 137 352 677 Provisões passivas 13 - - 12.852 20.673
Ações trabalhistas 21 - - 12 -
Total do ativo circulante 236 353 43.656 65.150 Ressarcimento por geração reduzida - CCEAR 14 - - 9.729 6.997
Outras contas a pagar - 5 - 5
Total do passivo circulante 176 786 52.654 57.429 Partes relacionadas - Despesas a reembolsar 7 1.894 - - -
Penalidade Contratuais - Gamesa - - 43 - Penalidade contratuais - Gamesa - - 275 -
Fundos vinculados 5 - - 15.737 12.747 Partes relacionadas - Despesas a reembolsar 7 - 88 - -
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital 8 - 110.414 - - Ressarcimento por geração reduzida - CCEAR 14 - - 16.345 5.375 Participação em controladas 8 215.537 164.640 - - Empréstimos e financiamentos 11 - - 324.800 350.319 Imobilizado 9 18 19 534.129 591.130 Adiantamento para Futuro Aumento de Capital 7 431.913 431.913 431.913 431.913
Intangível 10 - - 18.018 18.648
Total do passivo não circulante 431.913 432.001 773.333 787.607 Total do ativo não circulante 217.449 275.073 567.927 622.525
Patrimônio líquido 15
Capital social 154.457 154.457 154.457 154.457 Prejuízos acumulados (368.861) (311.818) (368.861) (311.818) Total do patrimônio líquido (214.404) (157.361) (214.404) (157.361) Total do ativo 217.685 275.426 611.583 687.675 Total do passivo e do patrimônio líquido 217.685 275.426 611.583 687.675
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Chuí Holding S.A.
Demonstrações de resultados
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
(Em milhares de Reais)
Notas 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Receita operacional líquida 16 - - 56.486 73.031
Custo de operação 17 - (516) (49.974) (101.622)
Resultado bruto - (516) 6.512 (28.591)
Receitas (despesas) operacionais
Pessoal e administradores - (657) (872) (657) Material (4) (5) (10) (6) Serviços de terceiros 18 - (1.189) (1.138) (1.294) Arrendamentos e aluguéis - (79) (58) (79) Resultado de equivalência patrimonial 8.b (56.967) (227.884) - - Depreciação (1) - (1) -
Impairment 9 - - (24.856) (177.268) Outros (9) (26) (71) (35)
Resultado antes do resultado financeiro (56.981) (230.356) (20.494) (207.930) Receitas financeiras 19 - 6 6.006 271 Despesas financeiras 19 (62) (2.761) (39.276) (23.104)
(62) (2.755) (33.270) (22.833)
Resultado antes dos tributos (57.043) (233.111) (53.764) (230.763) Imposto de renda e contribuição social - - (3.279) (2.348)
Resultado do exercício (57.043) (233.111) (57.043) (233.111) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
Chuí Holding S.A.
Demonstrações de resultados abrangentes
(Em milhares de Reais)
31.12.2016 31.12.2015
Resultado do exercício (57.043) (233.111)
Resultados abrangentes - -
Resultado abrangente do exercício (57.043) (233.111)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Controladora e consolidado
Chuí Holding S.A.
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
(Em milhares de Reais)
Capital subscrito Prejuízos acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2014 154.457 (78.707) 75.750 Resultado do exercício - (233.111) (233.111) Saldos em 31 de dezembro de 2015 154.457 (311.818) (157.361) Resultado do exercício - (57.043) (57.043) Saldos em 31 de dezembro de 2016 154.457 (368.861) (214.404)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015
Chuí Holding S.A.
Demonstrações dos fluxos de caixa - Método indireto
(Em milhares de Reais)
Notas 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 Fluxo de caixa das operações
Resultado antes dos tributos (57.043) (233.111) (53.764) (230.763)
Amortização 10 - - 630 2.418
Impairment 9 - - 24.856 177.268
Depreciação 9 1 - 34.028 15.804
Ressarcimento por geração reduzida - CCEAR 14 - - 17.094 12.372
Penalidade contratuais - Gamesa - - 232 -
Variação do PLD médio sobre o saldo de provisão acumulado 14 - - (3.392) -
Ações trabalhistas 21 - - 12 -
Encargos s/ empréstimos 11 - - 35.445 8.836
Custo de captação do empréstimo - - 1.196 -
Encargos s/ notas promissórias - - - 1.886
Resultado de equivalência patrimonial 8 56.967 227.884 - -
(75) (5.227) 56.337 (12.179) Redução (aumento) nos ativos:
Despesas antecipadas 2 - (151) (541)
Contas a receber - - (3.435) (9.050)
Impostos a recuperar - (2) (59) (80)
Outras contas a receber 135 (105) 325 (645) 137 (107) (3.320) (10.316) Aumento (redução) nos passivos:
Contas a pagar a fornecedores ( 45) ( 5.705) ( 6.586) ( 4.273)
Obrigações fiscais (4) 12 (1.841) 936
Obrigações trabalhistas 12 (5) 16 (5)
Outras contas a pagar (5) 5 (5) 5
(42) (5.693) (8.416) (3.337)
Caixas utilizados nas atividades operacionais 20 (11.027) 44.601 (25.832)
Juros pagos 11 - (10.465) (29.927) (12.351)
Imposto de renda e contribuição social pagos - - (2.248) (1.433)
Recursos líquidos usados nas atividades operacionais 20 (21.492) 12.426 (39.616)
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Partes relacionadas - despesas a reembolsar (1.894) - -
Adiantamento para Futuro Aumento em Controladas (2.159) (46.284) - - Devolução de Adiantamento para Futuro Aumento em Controladas 4.709 125.084 - -
Adições ao ativo imobilizado 9 - (3) (1.883) (181.196)
Recursos líquidos provenientes das (utilizados nas) atividades de investimento 656 78.797 (1.883) (181.196)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Fundos vinculados - - (2.990) (12.747)
Pagamento de empréstimo - Principal 11 - (200.000) (24.197) (219.000) Operações com partes relacionadas - 553 (568) 461 Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) - 101.413 - 101.413
Empréstimos obtidos 11 - 100.000 - 495.609
(-) Custo de captação de empréstimo 11 - - (7.602) (11.537)
Mútuos financeiros - Partes relacionadas (656) (59.901) - (81.316)
Recursos líquidos provenientes das atividades de financiamento (656) (57.935) (35.357) 272.883 Aumento no caixa e equivalentes de caixa 20 (630) (24.814) 52.071 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 60 690 54.627 2.556 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 80 60 29.813 54.627 Os efeitos não caixa estão demonstrados na Nota Explicativa nº 22.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
Exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e 2015
ChuÍ Holding S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016
11
Notas explicativas às demonstrações financeiras
(Em milhares de Reais)
1 Contexto operacional
A Chuí Holding S.A. (“Companhia”) foi criada em setembro de 2011, a partir da associação da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. e da Rio Bravo Energia I Fundo de Investimentos em
Participações, atualmente denominada como Brasil Energia Renovável - Fundo de Investimento em Participações para ser o veículo de investimento dos sócios na implantação de 6 (seis) centrais geradoras eólicas no município de Chuí, no estado do Rio Grande do Sul, formando, assim, o Complexo Eólico de Chuí.
As centrais geradoras eólicas que fazem parte do Complexo Eólico Chuí são as seguintes: EOL Chuí I, EOL Chuí II, EOL Chuí IV, EOL Chuí V, EOL Mínuano I e EOL Mínuano II.
Ao todo, o Complexo Eólico Chuí terá 144 MW1 de potência instalada e comercializou, no
Leilão A-3 de 2011, um total de 59,90 MWm de garantia física, com contratos para entrega de energia no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), a partir de abril de 2015.
Conforme exigido pelo Leilão, 6 (seis) Sociedades de Propósito Específico (SPEs) foram constituídas pelos sócios para estabelecerem-se como Produtoras Independentes de Energia Elétrica (PIEE), mediante a implantação e a exploração de cada uma das centrais geradoras eólicas do Complexo Eólico Chuí. As sociedades constituídas para serem titulares dos direitos de exploração das centrais geradoras eólicas do Complexo Eólico de Chuí são as empresas Eólica Chuí I S.A., Eólica Chuí II S.A., Eólica Chuí IV S.A., Eólica Chuí V S.A., Eólica Chuí VI S.A. e Eólica Chuí VII S.A.
As atividades de implantação do Complexo Eólico foram iniciadas em fevereiro de 2014. Em 15 de abril de 2014, foram emitidas as Licenças de Instalação dos parques Chuí I, Chuí II, Chuí IV e Chuí V, pelo órgão FEPA (Fundação e Proteção do Meio Ambiente). As Licenças dos Parques Chuí VI e Chuí VII foram emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na data de 3 de outubro de 2013.
Os despachos de operação comercial dos parques de Chuí VI e VII foram emitidos nos dias 29 de maio de 2015, e dos Parques Chuí I, II, IV e V foram emitidos no dia 20 de junho de 2015. Em 31 de dezembro de 2016, as controladas diretas são:
Percentual de participação %
Eólica Chuí I S.A. 100
Eólica Chuí II S.A. 100
Eólica Chuí IV S.A. 100
Eólica Chuí V S.A. 100
Eólica Chuí VI S.A. 100
Eólica Chuí VII S.A. 100
1 As informações não financeiras contidas nestas demonstrações financeiras como MW, MW médio, potência instalada, entre outros, não são auditadas pelos auditores independentes.
ChuÍ Holding S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016
12
Continuidade operacional
Atualmente as atividades da Companhia e suas controladas estão passando por um processo de reestruturação operacional e financeira, por meio do qual a Administração vem tomando medidas que visam equacionar os resultados, otimizar custos e despesas para alcançar o equilíbrio do capital circulante líquido e recuperar a lucratividade das operações. Esses eventos e condições indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvidas significativas quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia e suas controladas.
A Administração entende que as demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade operacional normal dos negócios da Companhia. Algumas medidas para amenizar a insuficiência de capital de giro, foram tomadas pela Administração, como solicitação de “stand still” de principal para os próximos 12 meses junto ao financiamento do BNDES. O referido pedido está em processo de aprovação pelo BNDES. Adicionalmente, para cobrir os gastos de curto prazo, a Companhia recebe o apoio financeiro dos acionistas por meio de adiantamentos para futuro aumento de capital, quando necessário.
2 Autorizações
O Ministério de Estado de Minas e Energia autorizou as controladas da Companhia a estabelecerem-se como Produtores Independentes de Energia Elétrica (PIEE), mediante a implantação e a exploração das Centrais Geradoras Eólicas, conforme portarias a seguir:
Data Capacidade
Controlada Portaria de publicação instalada Prazo de duração
Eólica Chuí I S.A. 106 08/03/2012 24.000 kW 35 anos a partir da publicação Eólica Chuí II S.A. 165 21/03/2012 22.000 kW 35 anos a partir da publicação Eólica Chuí IV S.A. 79 24/02/2012 22.000 kW 35 anos a partir da publicação Eólica Chuí V S.A. 89 02/03/2012 30.000 kW 35 anos a partir da publicação Eólica Chuí VI S.A. 231 13/04/2012 22.000 kW 35 anos a partir da publicação Eólica Chuí VII S.A. 166 21/03/2012 24.000 kW 35 anos a partir da publicação
3 Base de preparação
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP).
A emissão das demonstrações financeiras individuais e consolidadas foi autorizada pela
Diretoria Executiva em 28 de março de 2017.
Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente
elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem àquelas utilizadas pela Administração
na sua gestão.
a.
Base de mensuração
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram preparadas com base no custo histórico.
b.
Moeda funcional e de apresentação
Estas demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em Reais, moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.
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c.
Uso de estimativas e julgamentos
A preparação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas exige que a
Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.
As estimativas e as premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente.
4 Principais políticas contábeis
As políticas contábeis descritas em detalhes a seguir têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nestas demonstrações financeiras individuais e consolidadas.
a.
Base de consolidação
(i)
Controladas
As demonstrações financeiras de controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o controle se inicia até a data em que o controle deixa de existir. As políticas contábeis de controladas estão alinhadas com as políticas adotadas pela Companhia.
Nas demonstrações financeiras individuais, as controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial.
(ii)
Transações eliminadas na consolidação
Saldos e transações entre as Companhias, e quaisquer receitas ou despesas derivadas destas, são eliminados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Ganhos não realizados oriundos de transações com companhias investidas registrados por equivalência patrimonial são eliminados contra o investimento na proporção da participação nas investidas. Prejuízos não realizados são eliminados da mesma maneira como são eliminados os ganhos não realizados, mas somente até o ponto em que não haja evidência de perda por redução ao valor recuperável.
b.
Instrumentos financeiros
(i)
Ativos financeiros não derivativos
A Companhia e suas controladas reconhecem os empréstimos, os recebíveis e os depósitos inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia e suas controladas se tornam uma das partes das disposições contratuais do instrumento.
A Companhia e suas controladas deixam de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia e suas controladas transferem os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual essencialmente todos os riscos e os benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Eventual participação que seja criada ou retida pela Companhia e suas controladas nos ativos financeiros é reconhecida como um ativo ou um passivo individual. Os ativos ou os passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, e somente quando, a Companhia e suas controladas tenham o direito legal
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de compensar os valores e tenham a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
A Companhia e suas controladas têm os seguintes ativos financeiros não derivativos: empréstimos e recebíveis.
Empréstimos e recebíveis
Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e os recebíveis da Companhia e suas controladas compreendem “Caixa e equivalentes de caixa”.
Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e os recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável.
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros com vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação. Os quais são sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor e são utilizados na gestão das obrigações de curto prazo.
(ii)
Passivos financeiros não derivativos
A Companhia e suas controladas reconhecem passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do
instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou pagas.
A Companhia e suas controladas têm os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores, empréstimos e financiamentos.
Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.
c.
Investimentos
Investimentos em controladas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial.
d.
Imobilizado
(i)
Reconhecimento e mensuração
Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição, formação ou construção. O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pela própria Companhia inclui o custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condições necessárias para que esses sejam capazes
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de operar de forma pretendida pela Administração, os custos de desmontagem e de restauração do local onde esses ativos estão localizados, e custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis. Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens individuais (componentes principais) de imobilizado.
(ii)
Depreciação
A depreciação é calculada sobre o valor depreciável, que é o custo de um ativo, ou outro valor substituto do custo, deduzido do valor residual.
A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear em relação às vidas úteis estimadas de cada parte de um item do imobilizado, já que esse método é o que mais perto reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Terrenos não são depreciados. A seguir, segue a estimativa de vida útil do imobilizado:
Vida útil
Edificações, obras civis e benfeitorias 29 anos
Máquinas e equipamentos 25 anos
e.
Intangível
Correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da Companhia ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de benefício econômico.
É registrado ao custo de aquisição, deduzido da amortização acumulada apurada pelo método linear. Os intangíveis da Companhia possuem vidas úteis definidas com base nos contratos de autorização.
f.
Redução ao valor recuperável (impairment)
(i)
Ativos financeiros (incluindo recebíveis)
Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indica que um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados que podem ser estimados de uma maneira confiável.
A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não pagamento ou o atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido à Companhia sobre condições de que esta não consideraria em outras transações ou indicações de que o devedor ou o emissor entrará em processo de falência.
A Companhia considera evidência de perda de valor para empréstimos e recebíveis. Todos os empréstimos e os recebíveis significativos são avaliados quanto à perda de valor específico. Os recebíveis que não são individualmente importantes são avaliados coletivamente quanto à perda de valor por agrupamento conjunto desses títulos com características de risco similares.
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(ii)
Ativos não financeiros
Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia são analisados a cada período de apresentação para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal
indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado.
g.
Imposto de renda e contribuição social correntes
O imposto de renda e a contribuição social do exercício são calculados com base na opção tributária de cada empresa do Grupo (lucro presumido ou lucro real).
Lucro real
O imposto de renda e a contribuição social do exercício correntes são calculados com base nas alíquotas anuais de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 (base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e a base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real.
A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes.
O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber esperado sobre o lucro ou o prejuízo tributável do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de apresentação das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar em relação aos exercícios anteriores.
Lucro presumido
Calculado com base na presunção de lucro sobre a receita bruta, nas alíquotas de 8% de presunção para geração de energia. Sobre a presunção de lucros, aplica-se as mesmas alíquotas do lucro real, sendo elas: 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável
excedente de R$ 240 (base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social.
h.
Novas normas e interpretações ainda não efetivas
Uma série de novas normas ou alterações de normas e interpretações serão efetivas para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2017. O Grupo não adotou essas alterações na preparação destas demonstrações financeiras, tampouco planeja adotar essas normas de forma antecipada.
O Grupo está avaliando o potencial impacto em suas demonstrações financeiras. Até agora, o Grupo não espera nenhum impacto significativo.
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5 Caixa e equivalentes de caixa
Controladora Consolidado
31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Contas-correntes bancárias 80 1 2.830 2.407
Aplicação financeira - Referenciado DI - - 26.983
-Aplicação financeira - Invest Plus - - - 52.210
Outras aplicações financeiras - 59 - 10
80 60 29.813 54.627
As aplicações financeiras referem-se a um Fundo Referenciado DI Federal gerido por banco de primeira linha com rendimentos equivalentes a aproximadamente 95% do CDI. Essas aplicações são destinadas às manutenções operacional e administrativa da Companhia. São prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um baixo risco de mudança de valores.
Fundos vinculados
Consolidado
31.12.2016 31.12.2015
Referenciado DI - Serviço da dívida 15.287 12.344
Referenciado DI - O&M 450 403
15.737 12.747
Há ainda os valores aplicados em fundos vinculados que fazem parte dos acordos firmados nos contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Reserva da Dívida e Reserva de O&M), em que é exigido pelo Banco financiador que sejam mantidas três parcelas atualizadas referentes ao valor da última amortização e ¼ do valor a pagar referente aos contratos de Operação e Manutenção. Esses fundos estão
classificados no ativo não circulante.
6 Contas a receber
Consolidado 31.12.2016 31.12.2015
Energia elétrica de curto prazo 29 1.626
Venda de energia 3.881
-Provisão de venda de energia 8.575 7.424
12.485 9.050
Saldo referente a valores a receber, decorrentes da venda de energia no Leilão A-3, conforme contratos firmados com a CCEE no Ambiente de Contratação Regulado.
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7 Partes relacionadas
a.
Remuneração de pessoal-chave da Administração
Em 31 de dezembro de 2016, a remuneração do pessoal-chave da Administração, que contempla a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração da Companhia, totalizou R$ 598, (em 31 de dezembro de 2015 totalizou R$ 482), e inclui salários, honorários e benefícios variáveis.
b.
Operações financeiras com partes relacionadas
A Companhia possui outras operações financeiras com suas subsidiárias e outras empresas do Grupo, como segue:
Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) e mútuos financeiros
Ativo Controladora Consolidado
Parte relacionada Natureza 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Eletrosul Centrais Elétricas S.A. Outros - - 4 4
Chuí I a VII Despesas a reembolsar 1.894 - -
-Total 1.894 - 4 4
Passivo
Parte relacionada Natureza
Livramento Holding S.A. Despesas a reembolsar - 125 - 125 Santa Vitória do Palmar Holding S.A. Despesas a reembolsar 47 490 47 490
Eólica Chuí I Despesas a reembolsar - 14 -
-Eólica Chuí II Despesas a reembolsar - 14 -
-Eólica Chuí IV Despesas a reembolsar - 14 -
-Eólica Chuí V Despesas a reembolsar - 19 -
-Eólica Chuí VI Despesas a reembolsar - 13 -
-Eólica Chuí VII Despesas a reembolsar - 14 -
-Eletrosul Centrais Elétricas S.A. AFAC 431.913 431.913 431.913 431.913
Total - Despesas a reembolsar 47 703 47 615
Total - Adiantamento para Futuro
Aumento de Capital 431.913 431.913 431.913 431.913
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8 Participação em controladas
Em 31 de agosto de 2012, a Companhia tornou-se titular da totalidade das ações de emissão das controladas Eólica Chuí I S.A., Eólica Chuí II S.A., Eólica Chuí IV S.A. IV, Eólica Chuí V S.A., Eólica Chuí VI S.A. e Eólica Chuí VII S.A., através da transferência por alienação dos acionistas Eletrosul Centrais Elétricas S.A. e Rio Bravo Energia I - Fundo de Investimento de Participações.
a.
Informações financeiras das controladas
Chuí I Chuí II Chuí IV Chuí V Chuí VI Chuí VII 31.12.2016
Participação (%) 100 100 100 100 100 100
Ativo total 107.549 97.971 94.784 139.533 79.281 92.517 Passivo e patrimônio líquido 114.204 99.986 98.917 141.295 97.952 116.248
Resultado do exercício (6.655) (2.015) (4.133) (1.762) (18.671) (23.731)
b.
Movimentação das participações em empresas controladas
Chuí I Chuí II Chuí IV Chuí V Chuí VI Chuí VII Total Saldos em 31.12.2015 30.352 21.142 18.942 39.833 21.448 32.923 164.640 Integralização de capital 17.417 16.857 20.013 22.439 14.853 16.285 107.864 Equivalência patrimonial (6.655) (2.015) (4.133) (1.762) (18.671) (23.731) (56.967)
Saldos em 31.12.2016 41.114 35.984 34.822 60.510 17.630 25.477 215.537
c.
Adiantamento para futuro aumento de capital
31.12.2016 31.12.2015
Eólica Chuí I S.A. - 17.667
Eólica Chuí II S.A. - 16.857
Eólica Chuí IV S.A. - 20.263
Eólica Chuí V S.A. - 23.644
Eólica Chuí VI S.A. - 15.348
Eólica Chuí VII S.A. - 16.635
ChuÍ Holding S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016 20
9 Imobilizado
a.
Adiantamentos a fornecedores
Controladora
Em 7 de fevereiro de 2014, a Companhia e suas controladas firmaram um acordo complementar ao contrato de empreitada integral a preço global para implantação dos projetos eólicos com a Wind Power Energia S.A., tratando dos seguintes assuntos:
• A Wind Power reconheceu a multa por atraso na entrada em operação do Projeto Livramento no valor de R$ 17.077. Foi estabelecida a realização de pagamentos adicionais de até R$ 65.000 para a conclusão do Projeto Livramento. Ficou estabelecido que, em caso de não conclusão do Projeto Livramento em 2014, a Wind Power reembolsaria a Livramento por todos os custos referentes à compra de lastro de energia para cumprimento de suas obrigações contratuais.
Controladora Consolidado 31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015 Em serviço
Geração
Edifícios, obras civis e benfeitorias - - 58.538 58.796
Máquinas e equipamentos - - 673.487 673.492
Intangível - - 355 355
(-) Depreciação acumulada - Edificações - - (2.714) (3.926) (-) Depreciação acumulada - Máquinas e equipamentos - - (44.840) (11.124) Sistema de transmissão e conexão
Edif., obras civis e benfeitorias - - 804 804
Máquinas e equipamentos - - 51.611 50.588
(-) Depreciação acumulada - Edif. obras civis e benfeitorias - - (40) (13) (-) Depreciação acumulada - Máquinas e equipamentos - - (2.237) (741) Administração
Máquinas e equipamentos 3 - 3
(-) Depreciação acumulada - Máquinas e equipamentos (1) - (1)
-(-) Impairment (c) - - (202.124) (177.268)
Em curso
Geração
A ratear (b) 16 16 24 24
Edif., obras civis e benfeitorias - - 212
Material em depósito - - 762 65
Adiantamento a fornecedores (a) 75.891 75.891 75.891 75.891
Estudos e projetos - - 285 18
Sistema de transmissão e conexão
Adiantamento a fornecedores (a) - - 4 57
Administração
Móveis e utensílios - 3 - 3
(-) Provisão para perda (a) (75.891) (75.891) (75.891) (75.891) 18 19 534.129 591.130
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Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016
21
Em 6 de junho de 2015, foi publicado edital da 1ª Lista de Credores, elaborada pela Wind Power, em que a Eólica Cerro Chato IV S.A.; a Eólica Cerro Chato V S.A.; a Eólica Cerro Chato VI S.A.; a Eólica Cerro dos Trindade S.A.; a Eólica Ibirapuitã S.A.; a Eólica Chuí I S.A.; a Eólica Chuí II S.A.; a Eólica Chuí IV S.A.; a Eólica Chuí V S.A.; a Eólica Chuí VI S.A. e a Eólica Chuí VII S.A. foram listadas com crédito de R$ 239.974. A Companhia apresentou impugnação à lista do administrador judicial para majorar o crédito da Companhia para R$ 307.437, porém ainda não há uma decisão sobre o processo.
• Foi firmado o distrato para implantação dos projetos eólicos entre a Companhia e a Wind Power. Ficou estabelecido que o montante de R$ 75.891 pago à Wind Power referente ao
downpayment do contrato seria considerado como um crédito da Chuí.
Em decorrência do não cumprimento das obrigações por parte da contratada Wind Power, no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi constituída uma provisão integral no crédito com este fornecedor.
b.
A ratear
O saldo registrado em imobilizado em curso a ratear refere-se aos custos operacionais com a construção dos Parques Eólicos que ainda não foram alocados a rubricas específicas do imobilizado.
c.
Provisão para perdas - Impairment
A Companhia realizou, em 31 de dezembro de 2016, avaliação individual de todas as suas Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) quanto aos aspectos do impairment. A Companhia classificou cada projeto eólico como uma UGC e efetuou o teste por autorização concedida (conforme demonstrado na Nota Explicativa nº 2).
O valor recuperável da UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso, através de fluxos de caixas projetados, após o imposto de renda e a contribuição social, baseados nos orçamentos financeiros aprovados pela Administração.
Principais premissas adotadas
2016
Taxa de desconto para o fluxo de caixa
(WACC) 6,17% pós-tax
Preço da receita
De acordo com os contratos de CCEAR vigentes e PLD médio projetado para as vendas ocorridas no ambiente livre. PIS e COFINS 3,65% sobre a receita bruta (SPEs são optantes pelo lucro presumido) Taxa de fiscalização da ANEEL 0,4% da receita bruta
Depreciação De acordo com as taxas ANEEL
Pessoal, materiais, serviços e outros Orçamento financeiro apurado por Unidade Geradora de Caixa (UGC)
Prazos do fluxo de caixa Prazos das autorizações
Índice de geração 90% da garantia física
Como resultado, em 2016 foi constituída uma provisão adicional para perdas com o ativo imobilizado no valor de R$ 24.856, totalizando a provisão de R$ 202.124.
ChuÍ Holding S.A.
Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016
22 A seguir, segue a movimentação do imobilizado:
Saldos em
31.12.2015 Aquisições Ajustes Depreciação Impairment
Saldos em 31.12.2016 Em serviço
Geração
Edifícios, obras civis e benfeitorias 54.870 134 (392) 1.212 - 55.824
Máquinas e equipamentos 662.368 - (5) (33.716) - 628.647
Intangível 355 - - - - 355
Sistema de transmissão e conexão
Edif., obras civis e benfeitorias 791 - - (27) - 764
Máquinas e equipamentos 49.847 1.023 - (1.496) - 49.374 Administração Máquinas e equipamentos - - 3 (1) - 2 (-) Impairment (c) (177.268) - - - (24.856) (202.124) Em curso Geração A ratear (b) 24 - - - - 24
Edif., obras civis e benfeitorias - 212 - - - 212
Material em depósito 65 697 - - - 762
Adiantamento a fornecedores (a) 75.891 - - - - 75.891
Estudos e projetos 18 267 - - - 285
Sistema de transmissão e conexão
Adiantamento a fornecedores (a) 57 (53) - - - 4
Administração
Móveis e utensílios 3 - (3) - - -
(-) Provisão para perda (a) (75.891) - - - - (75.891)
ChuÍ Holding S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016 23 Saldos em 31.12.2014 Aquisições Transferências Capitalização de encargos Depreciação Provisões para perda Saldos em 31.12.2015 Em serviço Geração
Edifícios, obras civis e benfeitorias - - 58.796 - (3.926) - 54.870
Máquinas e equipamentos - - 673.492 - (11.124) - 662.368
Intangível - - 355 - - - 355
Sistema de transmissão e conexão
Edif., obras civis e benfeitorias - - 804 - (13) - 791
Máquinas e equipamentos - - 50.588 - (741) - 49.847
(-) Impairment (c) - - - - - (177.268) (177.268)
Em curso
Geração
Edif., obras civis e benfeitorias 142.695 8.212 (150.907) - - - -
Máquinas e equipamentos 913 139.138 (140.051) - - - -
A ratear (b) 27.261 9.600 (43.813) 6.976 - - 24
Material em depósito - 65 - - - - 65
Adiantamento a fornecedores (a) 422.144 16.948 (363.201) - - - 75.891
Estudos e projetos 286 485 (753) - - - 18
Sistema de transmissão e conexão
Máquinas e equipamentos 32.599 27.137 (59.736) - - - -
Intangível 1.200 26 (1.226) - - - -
A ratear (b) 527 - (527) - - - -
Adiantamento a fornecedores (a) 20.838 (733) (20.048) - - - 57
Administração
Móveis e utensílios - 3 - - - - 3
A ratear (b) 2.785 988 (3.773) - - - -
(-) Provisão para perda (a) (75.891) - - - (75.891)
ChuÍ Holding S.A.
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24
10 Intangível
Refere-se aos direitos relativos aos projetos de exploração dos parques Chuí I, Chuí II, Chuí IV, Chuí V, Chuí VI e Chuí VII adquiridos da Renobrax Energias Renováveis Ltda., conforme contrato datado de 21 de novembro de 2011.
Os projetos adquiridos possuem as seguintes características:
Capacidade Saldos em Saldos em
Controlada instalada (MWs) 31.12.2015 Amortização 31.12.2016
Eólica Chuí I S.A. 24 3.134 (101) 3.033
Eólica Chuí II S.A. 22 2.761 (121) 2.640
Eólica Chuí IV S.A. 22 2.865 (92) 2.773
Eólica Chuí V S.A. 30 3.917 (125) 3.792
Eólica Chuí VI S.A. 22 2.860 (100) 2.760
Eólica Chuí VII S.A. 24 3.111 (91) 3.020
18.648 (630) 18.018
A amortização dos direitos de exploração iniciou a partir do momento da entrada em operação, com base no prazo remanescente dos contratos de autorização.
Custos financeiros
A atualização financeira estipulada em contrato foi capitalizada no intangível até o início das operações dos parques eólicos e, após esse exercício, está sendo reconhecida no resultado.
11 Empréstimos e financiamentos
Composição
Consolidado 31.12.2016 31.12.2015 BNDES - Principal 365.559 385.517 BNDES - Encargos 1.280-(-) Custo de captação do empréstimo (17.945) (11.538) 348.894 373.979
Circulante 24.094 23.660
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A composição dos empréstimos ocorreu da seguinte forma:
Consolidado
31.12.2016 31.12.2015 Circulante
Saldo no início do exercício 23.660 103.560
Transferência para o passivo circulante 23.266 23.660
Empréstimos obtidos - 119.000
Encargos 30.096 8.791
Amortização do custo de captação do empréstimo 1.196 -Amortizações (principal e encargos) (54.124) (231.351)
Saldo no final do exercício 24.094 23.660
Não circulante
Saldo no início do exercício 350.319
-Empréstimos obtidos - 376.609
Encargos 5.349 8.907
Transferência para o passivo circulante (23.266) (23.660) (-) Custo de captação do empréstimo (7.602) (11.537)
Saldo no final do exercício 324.800 350.319
348.894 373.979
Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possui no passivo não circulante o montante líquido de R$ 324.800, referente aos empréstimos obtidos com o BNDES.
Condições contratadas
Juros: TJLP + 2,18% a.a. (O montante correspondente à parcela da TJLP que exceder 6% a.a. é capitalizado, incorporando-se ao principal dos financiamentos).
Garantias
(a) Alienação fiduciária de bens e equipamentos.
(b) Totalidade das ações representativas do capital social das controladas. (c) Recebíveis e conta reserva.
Compromisso contratual (covenant)
O covenant do financiamento é exigido somente após o início do prazo de amortização e corresponderá à apuração de um “Índice de cobertura do serviço da dívida” ≥ 1,3 ao final do exercício, os quais não foram atendidos em 31 de dezembro de 2016. A Companhia solicitou waiver para o BNDES, o qual será respondido juntamente com a solicitação de renegociação da dívida.
O número de parcelas para amortização foi definido em 192, restando 180 em 31 de dezembro de 2016, com a última prevista para 15 de dezembro de 2031.
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As parcelas do financiamento vincendas seguem, atualmente, o seguinte cronograma de pagamento: Ano Valor (R$) 2018 24.396 2019 24.396 2020 24.396 Após 2020 268.360 341.548
12 Contas a pagar a fornecedores
Controladora Consolidado
31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Gamesa Eólica Brasil Ltda. - Contrato O&M - - 156 346
ABB Ltda. - - 2.940 1.067
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL - - 46
-Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 9 - 288 234
Adriano Bender Leal - - - 20
Ana Cristina Bender Leal - - - 20
A&T Adm, Engenharia, Assessoria e Consultoria 7 - 7 -Dressler & Associados Contab. e Finanças 35 33 35 33
KPMG Auditores Independentes 12 12 12 12
Delta Serviços e Investimentos em Energia Elétrica - 10 - 10
Fairfax Brasil Seguros - - - 9
Marcelo Vieira Soares - ME 10 9 10
-Fundação Educacional de Criciúma - UNESC - - - 74
Schimidt Gazzaffi Torres Ltda. 10 19 10 19
GBO Serviços de Portaria e Limpeza Ltda. - Me - 32 - 32
Pavsolo Construtora Ltda. - - 163
Banco Regional de Desenvolvimento Econômico
-BRDE - - 204
-Encargos de Uso da Rede Elétrica - TUSD - - 488 464
Provisão de compra de energia - - 253 493
Outros 8 21 89 633
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13 Provisões passivas
As provisões passivas referem-se a compromissos futuros assumidos e ainda não concluídos na data do início da operação comercial do empreendimento. Os referidos valores foram
capitalizados no início da operação comercial do empreendimento.
Consolidado 31.12.2016 31.12.2015
Meio ambiente 361 132
Gerenciamento 672 1.449
Estudos e projetos 409 430
Linha de transmissão e subestação - 9.865
Filtros harmônicos 8.797 8.797
Prestação - Fiança BNDES 2.613
-12.852 20.673
14 Ressarcimento por geração reduzida - Contrato CCEAR
A geração de energia dos parques eólicos que estavam em operação durante o trimestre foi inferior aos volumes previstos no contrato de venda de energia no ambiente regulado CCEAR, devido à ocorrência de ventos abaixo da média histórica prevista neste exercício. Devido ao fato supracitado, a Companhia constituiu uma provisão com base nas obrigações que esta possui com a CCEAR a ser liquidadas nos exercícios subsequentes. A variação entre a geração e a disponibilidade é registrada como redutora da receita e a diferença entre o preço do RFU e o PLD médio é registrada no custo.
a.
Cálculo do ressarcimento
31.12.2016 31.12.2015
Faturamento sazonal 73.140 32.411
Geração de energia 56.403 31.339
Ressarcimento líquido (a) 16.737 1.072
(+) Variação do PLD (b) 1.967 11.300
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b.
Movimentação
Circulante 31.12.2016 31.12.2015Saldo no início do exercício 6.997 -
Geração reduzida (abaixo de 10%) 9.405 6.997
Ressarcimento do ano anterior (c) (1.610) -
Variação do PLD médio sobre o saldo de provisão acumulado (d) (5.063) -
Saldo no final do exercício 9.729 6.997
Não circulante
Saldo no início do exercício 5.375
-Geração reduzida (acima de 10%) 9.299 5.375
Variação do PLD médio sobre o saldo de provisão acumulado (d) 1.671
-Saldo no final do exercício 16.345 5.375
(a) Diferença entre o contrato e a geração com o mesmo preço. Registrada no resultado como redutora da receita. (b) Diferença apontada no item (a) calculada pelo maior preço entre o RFU e o PLD.
(c) Montante descontado no faturamento de 2016 referente ao ressarcimento de curto prazo do ano anterior. (d) Ajuste do ressarcimento de 2015, conforme PLD quadrienal.
15 Patrimônio líquido
a.
Capital social
31.12.2016 e 31.12.2015
Ações % Valor
Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 75.684.175 49% 75.684 Brave Winds Geradora III S.A. 78.773.318 51% 78.773 154.457.493 100% 154.457
Em 31 de dezembro de 2016 e 31 de dezembro de 2015, as 154.457.493 ações ordinárias não possuem valor nominal, e a integralidade das ações pertence a acionistas domiciliados no País. Conforme Estatuto Social, o Capital autorizado da Companhia é de R$ 210.400 mil e o Conselho de Administração está autorizado a aumentar o capital social da Companhia até esse limite, mediante a correspondente emissão de ações.
b.
Capital subscrito
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16 Receita operacional líquida
Consolidado 31.12.2016 31.12.2015 Receita operacional bruta
Receita de venda de energia - Mercado livre - 4.429 Receita de venda de energia - Lastro de potência 20
-Receita de venda de energia 73.140 32.411
Energia Elétrica de curto prazo - CCEE 3.272 7.404
Receita de venda de energia - RN 595 - 32.669
(-) Ressarcimento por geração reduzida (Nota 14) (16.737) (1.073)
Penalidade contratual - Gamesa 43
-Deduções da receita bruta
PIS (480) (500)
COFINS (2.214) (2.309)
Taxa de fiscalização - ANEEL (558)
-56.486 73.031 (a) Os contratos de “Prestação de Serviços de Operação e Manutenção dos Aerogeradores e Sistema de Supervisão
Scada” que integram os parques eólicos de Santa Vitória do Palmar e Chuí firmados com a Gamesa Eólica do Brasil estabelecem em sua Cláusula 6ª - Bônus e Penalidades um crédito para a Contratante (SPEs), a ser pago pela Contratada (Gamesa) em caso de não atingimento dos valores da disponibilidade garantida na Cláusula 5ª desse mesmo contrato.
Da mesma forma a Contratada tem direito a um bônus, caso obtenha um superávit da garantia de disponibilidade mencionada. O cálculo é efetuado anualmente com uma compensação quadrienal. Caso haja superávit, a Contratada tem direito a um bônus referente a um percentual da receita líquida anual da venda da energia gerada pelo parque eólico (para cada SPE). Da mesma forma, será penalizada com um percentual da receita líquida anual da venda da energia gerada pelo parque eólico, caso não atinja os valores de disponibilidade garantida definida no contrato.
17 Custos de operação
Consolidado 31.12.2016 31.12.2015
Depreciação (34.027) (15.804)
Amortização (630) (2.418)
Encargos de uso da rede elétrica (5.576) (4.963)
Energia elétrica comprada para revenda (2.551) (62.434) Ressarc. por geração reduzida - CCEAR ( Nota 14) (1.967) (11.300) Penalidades contratuais - Gamesa (Nota 16.a) (276)
-Pessoal e administradores (746) -Serviços de terceiros (4.870) (2.939) Arrendamentos e aluguéis (1.183) (969) Ações trabalhistas (12) -Seguros (1.318) (764) Variação PLD (Nota 14.d) 3.392
-Perdas na desativação - Franquia (150)
-Outros (60) (31)
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18 Serviços de terceiros
Consolidado 31.12.2016 31.12.2015Serviços administrativos, contábeis e financeiros (463) (405)
Serviços de custódia (4) (4)
Despesas de viagem (22) (33)
Serviços advocatícios (a) (193) (166)
Serviços de auditoria (122) (365)
Assessoria de Energia Elétrica (20) (46)
Telefonia e Internet (34)
-Publicações (73) (28)
Despesas com cartório (44) (145)
Convênio de entidades (19)
-Passagens (39) (34)
Outros (105) (68)
(1.138) (1.294) (a) Serviços advocatícios referente aos processos com:
• Elaboração de parecer técnico regulatório sobre consequências de eventual descumprimento -Despacho ANEEL n° 1.701/2015.
• Assessoria legal para emissão de fiança bancária a ser utilizada nos financiamentos do BNDES. • Honorários advocatícios referente a debêntures de infraestrutura.
19 Receitas e despesas financeiras
Controladora Consolidado
31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015
Receita com multa de juros - - 88 9
Rendimentos de aplicação financeira - 6 5.918 262
Receitas financeiras - 6 6.006 271
Multa e Juros Contratual - - (1.280) (2.773)
Multa e Juros - Contrato Renobráx (1.476) - (1.476) Atualização monetária - Contrato Renobráx (570) - (570)
Encargos s/ financiamentos - - (35.446) (10.854)
Custo de captação do empréstimo - - (1.196)
-Serviços financeiros - (34) (390) (1.132)
Despesas bancárias (17) - (225) (471)
Tarifa - Prestação de fiança - - (645) (687)
Juros e multas de mora - (162) (94) (233)
IOF (45) (515) - (4.831)
Outros - (4) - (77)
Despesas financeiras (62) (2.761) (39.276) (23.104)