• Nenhum resultado encontrado

Nota sobre alguns gastrópodes terrestres fósseis das Ilhas da Madeira e Selvagens.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Nota sobre alguns gastrópodes terrestres fósseis das Ilhas da Madeira e Selvagens."

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos.

Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença.

Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra.

Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso.

Nota sobre alguns gastrópodes terrestres fósseis das Ilhas da Madeira e Selvagens Autor(es): Silva, G. Henriques

Publicado por: Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Universidade deCoimbra URL

persistente: http://hdl.handle.net/10316.2/42026 Accessed : 27-Jan-2019 12:59:25

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

(2)

N.º 44

Memórias

e Notícias

(3)

Nota sobre alguns gastrópodes terrestres

fósseis das Ilhas da Madeira e Selvagens

por

G. Henriquesda Silva

Naturalista do Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra

Bolseiro do Instituto de Alta Cultura

MADEIRA

A ilha da Madeira, que com as ilhas Desertas e de Porto Santo forma o Arquipélago da Madeira, está situada no Atlântico entre os meridianos 16° 39' 19" W e 17° 15' 54" W e entre os paralelos 32° 37' 52" N e 32° 52' 8" N, com o seu maior desenvol­ vimento orientado WNW-ESE.

O Arquipélago da Madeira está localizado no extremo SW da margem Norte, margem europeia, da baia de Espanha.

A baía de Espanha, que não é mais do que uma fossa com profundidades compreendidas entre 4 000 e 5 000 metros, tem a sua margem Norte ligada, na profundidade de 4 000 metros, às costas do Algarve, e a sua margem Sul, isto é, a margem afri­ cana, onde se situam os Arquipélagos das Selvagens e das Caná- rias, ligada à plataforma continental da África.

A ilha da Madeira, de natureza vulcânica como todas as Ilhas Atlântidas, apresenta relevo forte e acidentado, onde domi­ nam, na zona Este e central da ilha, entre outros, os picos Ruivo (1861m), das Torres (1851m), do Areeiro (1811m), do Cedro (1758m), do Canário (1593m), do Cidrão (1802m), Grande (1657m) e das Torrinhas (1609m), e na zona Oeste os picos Ruivo do Paul (1639 m), da Bica da Cana (1620 m) e da

(4)

Fonte do Juncai (1594 m). As altitudes acima de 1000 metros dominam cerca de um terço da superfície total da Madeira.

O litoral da ilha, bastante recortado, é quase totalmente domi­ nado por altas falésias.

Originada por sucessivas erupções vulcânicas, a constituição geológica da ilha ó dominantemente basáltica, do tipo alcalino- -sódico ou atlântico. Encontram-se também, como é natural, tufos, cinzas, escórias, lapili.

A distribuição das rochas é irregular, sendo grande a ocor­ rência de filões, O mais conhecido e de maior interesse petrográ­ fico é um filão essexítico da região de Porto da Cruz, estudado por Gagel, com uma possança de cerca de 80 metros, e que, dada a textura granitóide da rocha que o constitui, induziu alguns auto­ res a considerá-la como representando a base continental da ilha, quando significa apenas uma intrusão através das formações basál­ ticas da região.

A formações sedimentares da ilha, calcários e areias calcá­ rias, são de pequena importância.

Nos calcários cristalinos que ocorrem no vale da Ribeira de São Vicente, à cota aproximada de 400 metros, foi encontrada uma fauna fóssil, estudada por K. Mayer, que confere idade Vindoboniana à formação. Deste mesmo local foi estudado poste­ riormente, por Joksimowitsch, um Clypeaster.

Na Ribeira de S. Jorge, situada entre a Ponta de S. Jorge e a Ponta de Santana, foi reconhecido um depósito fossilífero, actualmente desaparecido, de que Heer estudou um coleóptero fóssil e uma série de fósseis vegetais. Hartung referiu posterior­ mente mais alguns restos vegetais do mesmo jazigo.

Heer reconheceu que a flora fóssil da Ribeira de S. Jorge pouco se diferencia da actual hora da ilha, o que lhe confere idade relativamente recente, não devendo ser anterior ao Qua­ ternário.

Também na zona do Paul da Serra foram encontrados restos vegetais fracamente lenhitificados, em formações cineríticas.

Na Prainha, situada no flanco Sul da Ponta de São Lourenço, e a cota aproximada de 100 metros, existem formações de arenitos calcários e areias calcárias do Quaternário, que apresen­ tam concreções com aspecto de «paus fósseis». K. Mayer estu­ dou, proveniente destas formações, uma fauna fóssil de moluscos marinhos.

(5)

Nos arenitos e areias calcárias da Prainha encontra-se grande quantidade e diversidade de conchas de gastrópodes terrestres, entre os quais formas já extintas, na grande maioria pertencentes ao grupo dos helicídeos.

Heer refere também a existência de moluscos terrestres nas areias calcárias quaternárias do Caniçal, aproximadamente a 2,5 Km a WSW da Prainha, e Girard apresenta uma lista de gastrópodes terrestres fósseis da Madeira, referindo a existência no Caniçal de algumas das formas que cita.

Os gastrópodes terrestres da ilha da Madeira foram principal­ mente estudados por Lowe, Albers, Wollaston, Castelo de Paiva

0 Nobre.

Existe grande diversidade de formas da família Helicidae nos arquipélagos dos Açores, da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde. As suas afinidades com as faunas europeias e completa independência das faunas da África Equatorial levaram Joleaud a considerar a existência de uma antiga união continental entre as ilhas daqueles arquipélagos e a região hispano-marroquina.

Ainda conforme Joleaud, o povoamento das ilhas pela sua fauna de helicídeos ter-se-ia efectuado a partir do domínio paleoár- tico, antes ou no início do Quaternário.

Do trabalho de Wollaston (1878) coligimos as seguintes espé­ cies de helicídios encontrados no estado fóssil nos depósitos qua­ ternários de areias calcárias da ilha da Madeira: H. undata Lowe,

H. membranacea Lowe, H. furva Lowe, H. erubescens Lowe, H. Boivdichiana Fér., H. vulgata Lowe var. α normalis, H. squa-

lida Lowe, H. paupercula Lowe, H. arcinella Lowe, H. fausta Lowe, H. pohjmorpha Lowe var. β salebrosa, H. delphinula Lowe var. α normalis e var. β planispira

,

H. tiarella W. e B., H. calva

Lowe, H. óbserata Lowe var. β bipartita Woll., H. actinophora Ijowq

var. α normalis, H. compacta Lowe var. α major e var. β nor­

malis, H. abjecta Lowe e H. spliaerula Lowe var. α normalis. Destas espécies são consideradas extintas, pois não foram ainda encontradas no estado vivo, as formas H. Boivdichiana Fér., H. arci­

nella Lowe, H. obserata Lowe var. β bipartita Woll., H. compacta Lowe var. α major Lowe, R. sphaerula Lowe var. α normalis e H. delphinula Lowe var. α normalis e var. β planispira Paiva.

No verão de 1938, o Prof. Custódio de Morais teve oportuni­ dade de colher nas formações quaternárias de areias calcárias da Prainha uma série de helicídeos fósseis, distribuídos por três

(6)

espécies, Geomitra (Helicomela) Boivdichiana Fér., Geomitra (Geo

mitra) delphinula Lowe e Leptaxis (Leptaxis) undata Lowe, que

vamos descrever.

Família Helicidae Subfamília Helicellinae

Género Geomitra Swainson 1840 Subgénero Plebecula Lowe 1852 Secção Helicomela Lowe 1854

Geomitra (Helicomela) Bowdichiana Férussac 1819

Est. i, fig. 1

Concha globosa, sólida, com umbigo coberto; espira convexa, um pouco curta, formada por cinco a seis voltas separadas por suturas profundas, descendo a última volta; superfície da concha coberta de pregas irregulares e oblíquas, mas de base quase lisa; abertura oblíqua, arredondada em forma de meia-lua; perístoma interiormente caloso, com as margens unidas por uma fina calosi­ dade, engrossado na margem columelar.

Dimensões: diâmetro maior 20-25 mm; diâmetro menor 19- -22 mm; altura total 20-25 mm.

Sinonímia: H. vargasiana Pfeiffer 1848, H. punctulata Sowerby var. ϒ Pfeiffer 1848.

Ocorrência: a espécie está assinalada como fóssil nos depósitos quaternários de areias calcárias das ilhas da Madeira e Porto Santo e no ilhéu de Baixo (ou da Cal).

G. (H.) Bowdichiana é muito próxima da G. (H.) punctulata Sow., diferenciando-se desta pelas suas maiores dimensões, ausên­ cia de coloração, concha mais globosa, mais espessa e de orna­ mentação mais grosseira.

Subgénero Geomitra s. s.

Geomitra (Geomitra) delphinula Lowe 1831

Est. i, figs. 2, 3, 4

Concha pouco sólida, deprimida, sublenticular, carenada, umbi­ licada; espira curta, com a zona apical achatada, formada por sete

(7)

a oito voltas fracamente convexas, ou mesmo aplanadas, providas de carena saliente, foliácea, de margem recortada e irregular: última volta, de base arqueada, abaixando bruscamente na frente; superfície da concha coberta por finas pregas oblíquas fraca­ mente granulosas, mostrando a base da última volta um reti­ culado granuloso devido ao cruzamento de uma série de estreitas caneluras paralelas à carena, por finas pregas dispostas radial ou transversalmente; cavidade umbilical infundibuliforme, profunda, atingindo o vértice, que por vezes é perfurado; abertura muito oblíqua, ovalada, angulada na zona terminal da carena; perístoma expandido e contínuo.

Dimensões: diâmetro maior 17-21 mm; diâmetro menor 15- -19 mm; altura total 7-11 mm.

Ocorrência: assinalada apenas como fóssil nos depósitos qua­ ternários de areias calcárias da ilha da Madeira.

37

Concha sólida, deprimida, imperfurada; espira baixa, com sutura bem vincada, formada por cinco a seis voltas arqueadas, lentamente crescentes, com excepção da última volta que cresce ràpidamente e é deflectida na frente; superfície da concha densa­ mente coberta por pregas irregulares, onduladas e dispostas obli­ quamente; abertura muito oblíqua, oval-arredondada; perístoma levemente expandido, com as margens unidas por uma fina calosi­ dade, sendo a margem columelar expandida e penetrante.

Dimensões: diâmetro maior 26-29 mm; diâmetro menor 23- -27 mm; altura total 17-21 mm.

Sinonímia: H. groviana Fér., H. scabra Wood.

Ocorrência: a espécie tem como único «habitat» a ilha da Madeira, onde foi encontrada fóssil e viva.

Esta espécie aproxima-se bastante da H. vulcania Lowe e da

H. leonina Lowe, formas características das ilhas Desertas.

Subfamília Leptaxinae Género Leptaxis Lowe 1852 Secção Leptaxis s. s.

Leptaxis (Leptaxis) undata Lowe 1831

(8)

0 Arquipélago das Ilhas Selvagens, situado no Atlântico entre os meridianos 15° 56' 15" W e 16° 3' 5" W e entre os parale­ los 30° 1 35" N e 30° 9' 10'' N, é constituído por dois agrupa­ mentos de pequenas ilhas e ilhéus. O alinhamento geral do conjunto é sensivelmente NE-SW, e os dois grupos estão afas­ tados um do outro cerca de 10 milhas marítimas, separados a meio por profundidades superiores a 500 metros.

O grupo situado a NE é formado peia Selvagem Grande e ilhéus Palheiro da Terra e Palheiro do Mar. O grupo situado a SAV é constituído pela Selvagem Pequena (ou Pitão Grande), Ilhéu de Fora (ou Pitão Pequeno) e ilhéus adjacentes.

Localizado na margem Sul, ou margem africana, da baía de Espanha, o Arquipélago das Selvagens situa-se no limite NW da plataforma submarina das Canárias, sobre que assenta.

A Selvagem Grande, a maior ilha do Arquipélago, apresenta uma forma quadrangular e e planáltica. O planalto, limitado por fortes escarpados, tem altitudes entre 70 e 100 metros, sobres­ saindo dele o Pico da Atalaia (153 m), o Pico dos Tornozelos (136 m) e o Pico do Inferno (107 m).

A Selvagem Pequena, de forma bastante irregular, é de muito pequena altitude e tem apenas um pico, o Pico do Veado (49 m).

O Ilhéu de Fora, de forma também irregular, não excede a altitude de 18 metros.

A origem vulcânica das ilhas do Arquipélago das Selvagens está perfeitamente comprovada pelos diversos tipos de rochas vulcânicas que ali se encontram, existindo também formações sedimentares.

O soclo das ilhas é constituído por fonólitos e nefelinitos, e sobre estas rochas formaram-se depósitos calcários, possivel­ mente originados por areias calcárias, e que foram posteriormente cobertos por cinzas, tufos e brechas vulcânicas. Erupções vulcâ­ nicas ulteriores ocasionaram um manto basáltico, sobre o qual se instalaram coberturas de areias calcárias.

Na costa Este da Selvagem Grande, na Enseada das Pedrei­ ras, a cota pouco superior a 70 metros, foram encontrados no depósito calcário os seguintes fósseis, classificados por Joksimo- witsch: Ccibralia Schmitzi Bohm, Gastrana Mayeri Joks., Oxystele

(9)

Bohmi Joks., Gibbida Schmitzi Joks., Gïbbula sp., Jcinthina Har- tungi Mayer, Nerita Martiniana Math., Nerita selva g ensis Bühm, Littorina neritoides L., Tectarius nodulosus? Gm., Cerithium rugo­ sum Wood., Purpura Sismondae Micht. e Fasciolaria sp.

Joksímowitsch aponta a ocorrência ainda actual das formas

Tectarius nodulosus Gm. e Cerithium rugosum Wood. nos oceanos

Pacifico e Indico. Depois de notar que apenas duas das espécies que estudou são formas miocénicas, supõe, por analogia com os estratos miocénicos da ilha Gran Canaria, que a formação cal­ cária da Enseada das Pedreiras possa pertencer ao segundo andar mediterrânico do Miocénico, portanto ao Vindoboniano.

Nos tufos das Selvagens foram também encontrados fósseis, que Berkeley Cotter estudou: Lucina Bellardiana Mayer, Nerita

connectons Pont,, Nerita aft. gallo-provincialis Math, e Nerita sp.

E. Jérémine refere a existência, em calcários da Selvagem Grande, de algas calcárias (principalmente Melobesias) e de abun­ dantes foraminíferos, como rotalídeos, anfisteginas, textularídeos, lepidocilinas, Bobulus, etc., caracterizando o Oligocénico ou o Miocénico inferior.

As areias calcárias quaternárias que cobrem grande parte da superfície da Selvagem Grande, Selvagem Pequena e Ilhéu de Fora, são, no nosso entender, muito possivelmente de origem dunar, à semelhança do que ocorre com coberturas análogas da Ilha de Porto Santo, que tivemos ocasião de percorrer em Agosto de 1955.

O maior depósito de areias calcárias está localizado no pla­ nalto da Selvagem Grande, entre a Ponta do Corgo da Areia e a Ponta Espinha.

Neste depósito de areias calcárias da Selvagem Grande e nos depósitos análogos da Selvagem Pequena e do Ilhéu de Fora encontra-se dispersa grande quantidade de conchas e fragmentos de conchas de um helicídeo, de que dispomos de grande número de exemplares colhidos, nos referidos depósitos, no verão de 1938, pelo Prof. Custódio de Morais.

Alguns dos nossos exemplares encontram-se aprisionados num bloco de arenito muito compacto, formado devido a perfeita con­ solidação da areia calcária.

Este helicídeo, a única forma de helicídeo até agora encon­ trada nas ilhas Selvagens, embora Watson refira, segundo infor­ mação recebida do Barão de Castelo de Paiva, a existência,

(10)

naquelas ilhas, de outra espécie, a H. coronula Lowe, o que ainda não foi comprovado, foi considerado forma privativa das Selva­ gens, e denominado H. macandrewiana por Pfeiffer e H. ustulata por Lowe.

Em trabalho publicado em 1878, Wollaston, ao estudar este heli­ cídeo, considerou-o simplesmente como representando a H. pisana Müller, espécie dotada de polimorfismo, que vive na Europa Meri­ dional, Inglaterra, Norte de África, Açores, Madeira, Canárias, Ásia Menor, África (Nobre, 1941).

Deixando de parte as considerações que Wollaston faz naquele trabalho acerca da coloração das conchas, pois os exemplares fósseis de que dispomos não apresentam, como é natural, o menor vestígio de coloração, verificámos que os nossos exemplares corres­ pondem muito bem à descrição da H. pisana, apesar de se mos­ trarem um pouco mais globosos e com a última volta mais cheia do que a forma considerada mais normal na espécie, pois H. pisana, como dissemos acima, varia muito de forma. Nos poucos exempla­ res jovens de que dispomos, vê-se uma carena, o que é normal para a H. pisana (Nobre, 1941).

Vamos seguidamente descrever a espécie.

Concha regularmente sólida, conóide-globosa; espira composta de quatro voltas arqueadas, ràpidamente crescentes, separadas por sulcos distintos; última volta cheia, descendo um pouco na frente; superfície da concha coberta por finas e leves pregas irregulares e oblíquas; cavidade umbilical pequena e quase totalmente enco­ berta pela dobra da columela; abertura oblíqua e ovalada; perís­ toma simples, cortante.

Dimensões: diâmetro maior 15-20 mm ; diâmetro menor 13- -17 mm; altura total 15-21 mm.

Família Helicidae Subfamília Helicinae Género Theba Risso 1826

Theba pisana Müller 1774

(11)

41

Sinonímia : H. macandreiciana Pfeiffer 1858, H. ustulata Lowe 1852.

Ocorrência: vive na Europa Meridional, Inglaterra, Norte de África, Açores, Madeira, Canárias, Ásia Menor, África (Nobre, 1941).

Até agora apenas tinha sido assinalada como fóssil para Euer- teventura (Arquipélago das Canárias) e para a ilha da Madeira.

Há portanto que registá-la também como fóssil para as Sel­ vagens.

Coimbra, Outubro de 1957.

R É S U M É

NOTE SUR QUELQUES GASTÉROPODES TERRESTRES FOSSILES DES ILES DE MADÈRE ET SELVAGENS

Après diverses considérations sur la géologie et la paléontologie des îles de Madère et Selvagens, sont décrits quelques gastéropodes terrestres fossiles des formations quaternaires de sables calcaires de ces îles.

(12)

Albers, J. C. (185t)— «Malacographia Maderensis sive enumeratio mollus- corum quae in insulis Maderae et Portus Sancti aut viva existant aut fossilia reperiuntur» — Berolini,

Cotter, J. C. B. (1888/92) — «Notícia de alguns fósseis terciários do Archi­ pelago da Madeira» — Comm. Comm. Trab. Geol. Portugal, tomo n. Lisboa.

Danois, E. (1938) — «L’Atlantique — Histoire et vie d'un océan» — Paris. Girard, A. A. (1892) — «Notícia de alguns molluscos terrestres fósseis do Archipelago da Madeira» — Com. Trab. Geol. Portugal, tom. ii, Lisboa.

Grabham, G. W. (1948) — «Esboço da formação geológica da Madeira» — Bol. Mus. Mun. Funchal, n.° iii, art. 8.

Hartung, G. (1864J— Geologische Beschreibung der Inseln Madeira und Porto Santo» — Leipzig.

Heer, 0. (1855)— «Uber die fossilen Pflanzen von St. Jorge in Madeira» — Zürich.

JÉRÉMiNE, E (1951) — «Contribution a la connaissance lithologique de la Grande Selvagem» — Rev. Fac. Ciên., 2ª Série, C, vol. i, fase. l.°, Lisboa.

JüKsimowitsch, Z. J. (1910) — «Die zweite Mediterranstufe von Porto Santo und Selvagem» — Zeitsch. Deutsch. Geologisch Gesellschaft, 62 band, I Heft.

Joleaud, L. (1939) — «Atlas de Paléobiogéographie» — Paris.

Lowe, R, T. (1851) - «Primitiae et Novitiae Faunae et Florae Madeirae et Portus Sancti » — London.

--- (1851) — Catalogus Molluscorum Pneumonatorum Insularum

Maderen-sium: or a list of all the land and freshwater shells, recent and fossil, of the Madeiran Islands» — Proc. Zool. Soc., London.

Mayer, K. (1861) — «Systematisches Verzeichniss der fossilen Reste von Madeira, Porto Santo und Santa Maria nebst Beschreibung der neuen Arten» — Leipzig.

Morais, J. C. (1940) — «Arquipélago das Selvagens — Uma missão geológica a bordo do navio hidrográfico Carvalho Araújo» — Mem. e Not. PubL

Mus. Min. Geol. Univ. Coimbra, n.° 11.

--- (1945) — «O Arquipélago da Madeira» — Mem. e Not. Publ. Mus. Min.

Geol. Univer. Coimbra, n.° 15.

---(1948) — «Os Arquipélagos da Madeira e Selvagens» — Bol. Soc. Geol.

Portugal, vol. vii. Porto.

Nobre, A. (1931)—«Moluscos terrestres, fluviais e das águas salobras do Arquipélago da Madeira» — lnst. Zool. Univ. Porto.

(13)

--- (1911) — «Fauna malacológica de Portugal. Moluscos terrestres e flu­ viais»— Mem. e Est. Mus. Zool. Univ. Coimbra, n.° 124.

Paiva, B. C. (1867) — «Monographia Molluscorum Terrestrium, Fluvialium,

Lacustrium Insularum Maderensium» — Olissipone.

Pfeiffer (1856) — «Monographia Heiiceorum Viventium» —vol. 3.°, Lipsiae.

Reeve, L. A. (1851) — «Conchologia Iconica» — vol. vu, London

Ribeiro, 0. (1919) — «L ile de Madère. Étude Géographique». Congr. Int.

Gèogr. Lisbonne.

Silva, G. H. (1956 «Gastrópodes terrestres fosseis do Quartenário da Ilha

de Porto Santo e descrição de uma nova espécie de Helicídeo» — Mem.

e Not., Publ. Mus. e Lab. Min. e Geol. Univ. Coimbra, n ° 41.

--- (1957) _ «Descrição de gastrópodes terrestres fósseis do Quaternário da

Ilha de Porto Santo» — Mem. e Not., Publ. Mus. e Lab. Min. e Geol. Univ.

Coimbra, n.° 44.

Teixeira, C. (1948) — ((Notas sobre a Geologia das lhas Atlântidas» — Anais

Fac. Cien. Porto, vol. xxxiii, n.os 3-4.

Tryon, G. W. (1887) — (Manual of Conchology» — Ser. ii, vol. iii, Philadelphia.

---(1888) — «Manual of Conchology» — Ser. ii, vol. iv, Philadelphia (1894) — «Manual of Conchology» — Ser. ii. vol. ix, Philadelphia.

Watson, R. B. (1873) — «On some Marine Mollusca from Madeira, including

a new genus of the Muricidae, a new Eulima, and the whole of the

Rissoae of the Group of Islands» — Proc. Zool. Soc., London.

Wollaston, T. V. (1878) — «Testacea Atlántica or the land and freshwater

shells of the Azores, Madeiras, Salvages, Caneries. Cape Verdes and Saint Helena» — London.

«Roteiro do Arquipélago da Madeira e Ilhas Selvagens» — Ministério da

Marinha - Direcção de Hidrografia — 1.a edição —1944 — Lisboa.

(14)
(15)

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho teve por objetivo caracterizar os sucos das novas variedades brasileiras de uvas plantadas no VSFe avaliar diferentes condições extração do suco no

A Parte III, “Implementando estratégias de marketing”, enfoca a execução da estratégia de marketing, especifi camente na gestão e na execução de progra- mas de marketing por

Na intenção de promover uma constante comunicação de parte da coleção do museu, Espíndola idealizou e realizou a mostra “Um panorama da história das artes plásticas

Placa de xisto gravada, tendo como motivo dominante três bandas de triângulos preenchidos com quadrícula com o vértice para cima. A altura da placa deveria ser muito

A two-way (eccentric versus concentric training) repeated measures (pre-training versus post-training) ANOVA, with a 5% significance level, was used to compare:

Avaliou-se o comportamento do trigo em sistema de plantio direto em sucessão com soja ou milho e trigo, sobre a eficiência de aproveitamento de quatro fontes

(B) uma testemunha que não tenha vínculo nenhum com o legislativo, designado pelo Presidente, e, depois de encerrado o inquérito, será encaminhado com o indiciado à