POLISSACARÍDEOS SULFATADOS DA ALGA Gracilaria caudata E SEUS EFEITOS SOBRE O RIM EM RATAS COM PERIODONTITE CRÔNICA INDUZIDA

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Revista Interdisciplinar de Ciências Médicas - Anais - Teresina-PI CNPJ:14.378.615/0001-60

Registro: ISSN 2594-522X

POLISSACARÍDEOS SULFATADOS DA ALGA Gracilaria caudata E SEUS EFEITOS SOBRE O RIM EM RATAS COM PERIODONTITE CRÔNICA

INDUZIDA

SILVA, A.K.F.¹; NASCIMENTO, M.L.L.B.¹; MARTINS, V.B.D; VASCONCELOS, D.F.P.

¹PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIENCIAS FARMACÊUTICAS – UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

²DOCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

RESUMO

Introdução: A periodontite é uma doença multifatorial causada pelo acúmulo de bactérias no sulco gengival com resposta inflamatória do organismo e progressiva agressão aos tecidos periodontais e comprometimento das estruturas do dente. Dentro deste contexto a pesquisa de plantas e algas com atividade anti-inflamatoria a família Gracilaria spp. demonstrou propriedades anti-inflamatórias. O trabalho traz como objetivo fazer uma avaliação histológica e bioquímica dos possíveis efeitos da alga Gracilaria

caudata sobre os rins de ratas com periodontite crônica induzida. Metodologia:

Foram utilizados 28 animais, wistar (fêmeas), projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal N° 061/2014. O extrato da alga G. caudata foi obtido na forma de pó solúvel. A periodontite foi induzida nos animais divididos em 5 grupos controle negativo, controle (periodontite), G1 (periodontite + G. caudata a 2,5µg/kg), G2 (periodontite + G. caudata a 5µg/kg) e G3 (periodontite + G.caudata a 10µg/kg). Após a indução da periodontite os animais receberam os polissacarídeos sulfatados. Em seguida, realizado as análises bioquímicas e histopatológicas. Resultados e Discussão: Avaliação histológica do rim não apresentou alterações, já em relação às dosagens bioquímicas, somente a dosagem de malonaldeído (MDA) obteve uma diferença estatisticamente significativa (p>0,05) quando comparamos o grupo controle com o grupo periodontite e periodontite tratado com Gracilaria, porém não foi observada uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos periodontite e periodontite tratado Conclusões: A utilização do extrato da alga vermelha

Gracilaria caudata não causou danos fisiológicos renais significativos nos

animais, nem provocou alterações bioquímicas significantes. Palavras-chave – bioquímica; histopatológica; periodonto.

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Introduction: Periodontitis is a multifactorial disease caused by the accumulation of bacteria in the gingival sulcus with inflammatory response of the organism and progressive aggression to the periodontal tissues and

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impairment of tooth structures. Within this context the research of plants and algae with anti-inflammatory activity the family Gracilaria spp. demonstrated anti-inflammatory properties. The objective of this work is to make a histological and biochemical evaluation of the possible effects of the Gracilaria caudata seaweed on the kidneys of rats with chronic induced periodontitis. Methodology: We used 28 animals, wistar (females), a project approved by the Committee of Ethics in Animal Experimentation N ° 061/2014. Extract of the G. caudata seaweed was obtained as soluble powder. (Periodontitis + G. caudata at 2.5μg / kg), G2 (periodonite + G. caudata at 5μg / kg) and G3 (periodontitis + G. caudata at 10μg / kg). After induction of periodontitis the animals received the sulphated polysaccharides. Then, the biochemical and histopathological analyzes were performed. Results and Discussion: Histological evaluation of the kidney showed no alterations, already in relation to the biochemical dosages, only the malonaldehyde dosage (MDA) obtained a statistically significant difference (p> 0.05) when we compared the control group with the group periodontitis and periodontitis treated with Gracilaria, but no statistically significant difference was observed between the groups periodontitis and treated periodontitis Conclusions: The use of the extract of the red algae Gracilaria caudata did not cause significant renal physiological damage in the animals, nor did it cause significant biochemical alterations.

Keywords - biochemistry; histopathological; periodontium.

_______________________________________________________________ INTRODUÇÃO

A periodontite é uma doença multifatorial causada pelo acúmulo de bactérias no sulco gengival com resposta inflamatória do organismo e progressiva agressão aos tecidos periodontais e consequente comprometimento das estruturas de suporte e proteção do dente (KALBURG et al., 2014). O desenvolvimento e progressão da doença caracterizam-se pela liberação de mediadores inflamatórios, bem como enzimas proteolíticas com consequente degradação do periodonto (KAUFMAN; LAMSTER, 2000).

A principal terapêutica não invasiva é a raspagem e alisamento radicular, podendo utilizar de medicamentos como coadjuvantes (JUIZ; ALVES; BARROS, 2010). Dentro deste contexto a pesquisa de plantas e algas com atividade anti-inflamatoria tem se tornado mais comum (TU et al., 2013), a família Gracilaria spp. duas espécies (Gracilaria verrucosa e Gracilaria textorii) demonstraram propriedades anti-inflamatórias (LEE et al., 2013).

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Por sua vez, estudos prévios mostraram que os polissacarídeos sulfatados da espécie G. caudata foram capazes de diminuir a inflamação gástrica induzida por etanol (SILVA et al., 2012), por estes motivos ela foi escolhida para ser utilizada na pesquisa, sendo necessário avaliações de efeitos colaterais que podem ser causados pela G. caudata, por se tratar de um fitoterápico que apresenta ação sobre rins e fígado (NICOLETTI, 2007). O trabalho traz como objetivo fazer uma avaliação histológica e bioquímica dos possíveis efeitos da alga Gracilaria caudata sobre os rins de ratas com periodontite crônica induzida.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foram utilizados 28 animais, wistar (fêmeas) mantidos em condições ideais para minimizar ao máximo possíveis estresses que as mesmas poderiam vim a sofrer, (aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal N° 061/2014). O extrato da alga G. caudata na forma de pó solúvel, foi obtido seguindo o método descrito em Silva et al. (2012). A solução purificada foi diluída. Para a indução da periodontite os animais foram anestesiados e um fio de nylon (3-0) foi inserido no sulco gengival ao redor do primeiro molar inferior direito, tendo o primeiro molar inferior esquerdo como controle contralateral do experimento (VASCONCELOS et al., 2013).

Os animais foram divididos 5 grupos: controle negativo, controle (periodonite), G1 (periodontite + G. caudata a 2,5µg/kg), G2 (periodonite + G.

caudata a 5µg/kg) e G3 (periodontite + G. caudata a 10µg/kg). Após a indução

da periodontite os animais receberam os polissacarídeos sulfatados por via intraperitoneal diariamente por 20 dias, ao fim deste período os animais foram sacrificados. Foram feitas avaliações bioquímicas através de sangue coletado, exames referentes especificamente ao fígado, dosagens de creatinina e ureia e dosagens de estresse oxidativo que podem ser mensuradas como de mieloperoxidase (MPO), glutationa (GSH) e malonaldeído (MDA). As avaliações histopatológicas dos órgãos seguiram o processamento histológico padrão.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a analises das lâminas de rim, não foram observadas alterações, contradizendo estudo de Norões (2014), que detectou alterações renais causadas pela utilização de polissacarídeos sulfatados de algas, em relação as dosagens feitas somente a dosagem de malonaldeído (MDA) obteve uma diferença estatisticamente significativa (p>0,05) quando comparamos o grupo controle com o grupo periodontite e periodontite tratado com Gracilaria, porém não foi observada uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos periodontite e periodontite tratado, ou seja, a alga não influenciou nem positivamente nem negativamente nesse caso, apesar de está presente uma diminuição no estresse oxidativo, sendo essa redução esperada, já que a alga em questão apresenta atividade antioxidante (LEE et al., 2013).

CONCLUSÃO

Conclui-se que a utilização do extrato da alga vermelha Gracilaria caudata não causou danos renais, como também não provocou alterações bioquímicas importantes e nem alterações nas massas dos órgãos avaliados neste modelo de periodontite induzida.

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