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PLANTAS MEDICINAIS PARA O SISTEMA CIRCULATÓRIO

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA FITOTERAPIA

Prof.ª DANIELLA KOCH DE CARVALHO

PLANTAS MEDICINAIS PARA O

SISTEMA CIRCULATÓRIO

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ALECRIM

Nome científico: Rosmarinus officinalis L.

Nomes populares: Alecrim, do-jardim,

alecrim-europeu, alecrim-da-horta, rosmarino, romero.

Fitogeografia: Originária do Mediterrâneo. Partes Utilizadas: Folhas sem ramos

Principais Constituintes Químicos:

Ácidos orgânicos (Ác. rosmarínico, clorogênico e cafeico). Saponinas. Alcalóides. Princípios amargos. Óleos essenciais (pineno, cineol, borneol, cânfora, eucaliptol,...), diterpeno (rosmaricina) e flavonóides.

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Ação/Aplicação:

A presença dos óleos essenciais atribuem ao alecrim propriedades cicatrizantes, antimicrobianas e estimulante do couro cabeludo, além das propriedades digestivas. (CORAZZA, 2002)

O alto teor de flavonóides, explica sua propriedade antiespasmódica e seu poder em diminuir a fragilidade e a permeabilidade dos capilares, além da ação antiinflamatória o que justifica seu emprego em reumatismo e dores articulares. (FETROW & AVILA, 2000)

A presença dos Ácidos fenólicos (rosmarínico, clorogênico e cafeico) são responsáveis por sua ação colerética e colagoga.

Conforme Brasil (2010), o alecrim pode ser usado para distúrbios circulatórios, como antiséptico e cicatrizante.

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Formas de Uso:

Infusão: 3-6 g (1-2 col sopa) das folhas em 1 xícara (150

ml) de água fervente. Tomar 1 a 2 xícaras ao dia (BRASIL 2010)

Contra-Indicação: Gravidez, em problemas de próstata

em pacientes com gastrenterites e dermatoses em geral. Diabéticos, e com histórico de convulsão.

Efeitos Colaterais: Efeitos contraceptivos ( o óleo pode

impedir a implantação, mas não parece interferir no desenvolvimento normal dos ovos fertilizados após sua implantação). Eritema (possível com preparações em banhos). Irritação gástrica e intestinal, lesão renal (com uso de grandes quantidades de óleo volátil e/ou em uso prolongado).

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Outras Propriedades:

O sabor das folhas e das sumidades floridas é intensamente aromático, canforáceo. As folhas, principalmente, são utilizadas como condimento em culinária. É utilizada em perfumaria e cosmética (sabonete, desodorante e tônico capilar). Desidratada e pulverizada, atua como incenso (odorizante ). É repelente de pragas caseiras, de moscas e borboletas. A planta é melífera.

Pontos Interessantes:

As autoridades da Alemanha aprovaram o Alecrim para uso interno no tratamento da indigestão e como coadjuvante dos distúrbios reumáticos. O alecrim também foi aprovado para uso externo em distúrbios circulatórios.

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CASTANHA-DA-ÍNDIA

Nome científico: Aesculus hippocastanum L. Nomes populares: castanha-da-índia,

Partes Utilizadas: sementes

Constituintes químicos: glicosídeos triterpênicos e flavonóides

(quercetina, caenferol, astralgalina, isso quercetina, rutina), cumarinas (aesculetina, fraxina, escopolina), alantoína, aminoácidos, ácido cítrico, colina, fitosterol e aescina.

Indicações científicas: foram documentados ações antiinflamatórias para

a aescina. A aescina reduz a filtração transcapilar de água e proteína e aumenta o tônus venoso.

Azevedo et. al. (2009) refere que a castanha da índia está indicada no tratamento da insuficiência venosa crônica, hemorróidas e veias varicosas.

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Indicações científicas: Os estudos

sugerem que a castanha-da-índia desempenhe alguma atividade nas veias varicosas. Em pacientes com veias varicosas tratados com 900 mg de extrato da castanha-da-índia, foi observado redução das enzimas responsáveis pelo metabolismo de substâncias que regulam a rigidez capilar. (FETROW & AVILA, 2000)

Posologia: doses de 100 a 150 mg do componente aescina VO,

administradas uma ou duas vezes ao dia, foram clinicamente testadas em seres humanos. Extrato seco 250 a 900mg/dia (30% de aescina).

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Reações colaterais: espasmo muscular, nefropatia,

prurido, reações de hipersensibilidade, vômitos. Sangramento grave e equimoses devido á atividade antitrombótica da aesculina, hepatotoxicidade.

Interações: anticoagulantes, hipoglicemiante, drogas nefrotóxicas.

Contra-indicações: gestantes, lactantes, menores

de 10 anos, pacientes com hipersensibilidade bem como para aqueles com distúrbios hemorrágicos conhecidos. Insuficiência renal, hepática e doenças do aparelho digestivo em atividade.

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CENTELA

Nome científico: Centella asiatica (L.) Urban

Nomes populares: Pata-de-mula, pata-de-cavalo, centela, centelha. Fitogeografia: Originária da Ásia. Encontrada espontaneamente na

América do Sul (principalmente Sul do Brasil).

Partes Utilizadas: Parte aérea.

Principais Constituintes Químicos: Alcalóides. Saponinas. Óleos

essenciais. Flavonóides (quercetina). Triterpenos (Ácido asiático, Ácido asiaticosídeo). Glicosídeos.

Ação/Aplicação: Os triterpênicos atuam normalizando a produção e o

restabelecimento de colágeno, auxiliam no “desencarceramento” das células adiposas, permitindo a liberação da gordura localizada, graças a possibilidade de penetração das enzimas lipolíticas.

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Ação/Aplicação: Promove a normalização das trocas

metabólicas entre a corrente sanguínea e os adipócitos. Esta função é ainda auxiliada pela melhora da circulação venosa de retorno e pela diminuição da fragilidade capilar (presença do flavonóide quercetina) que combate o processo degenerativo do tecido venoso.

Foi demonstrada uma atividade contraceptiva in vitro em espermatozóides humanos e de ratos. Verificou-se que o extrato de centela reduz significativamente a fertilidade nas fêmeas de camundongo.

Formas de Uso:

Pó: 600mg a 1,8 g/dia

Chá: 0,6 g das folhas secas 3x ao dia, em infusão. Extrato seco: 450 mg/dia

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Contra-Indicação: Gestantes, lactantes e usar com cautela em pacientes

com história de dermatite de contato, com hipercolesterolemia e hipertensos.

Efeitos Colaterais: Fotossensibilização cutânea. Sensação de queimação com o uso tópico, prurido e dermatite de contato. Em altas doses pode apresentar cefaléia, hipotensão, sedação leve.

Interações: Agentes hipoglicemiantes e hipocolesterolêmicos; o uso da erva em altas doses pode interferir nas ações desses agentes. Não devem ser utilizados concomitantes.

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GINKGO

Ginkgo biloba L.

Parte Utilizada: folhas

Princípio Ativo: Flavonóides totais, ginkgolides,

biflavonóides

Histórico/Curiosidades: Considerada a árvore da

vida. Foi a primeira manifestação de vida, após o desastre de Hiroshima, sem mutações.

Ação: vasoreguladora, antiagregante plaquetário,

antioxidante, antiinflamatória, inibidor da destruição de colágeno.

Aplicação Uso: Processos vasculares degenerativos, alterações circulatórias dos membros, vertigens, zumbidos e otimizar a memória.

Posologia: Extrato 120-240 mg diário, duração: 4 a

6 semanas.

Cuidados: Podem ocorrer distúrbios digestivos,

cefaléia. Gestantes, cças, lactantes. Nunca administrar junto com anticoagulantes.

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SETE SANGRIAS

Cuphea balsamona Cham.

Parte usada: parte aérea

Princípio ativo: Ácidos graxos, Flavonóides,

mucilagens, saponinas, taninos.

Aplicacão/Uso: Em estudos farmacológicos seu

extrato mostrou atividade hipotensora em animais, bem como uma significativa atividade estimulante da contração da musculatura lisa

Posologia: Infusão: 3 a 4 g de folhas em 150 ml de

água tomar 3 x ao dia.

Cuidados: Gestantes, Lactantes e cças. Embora

sua eficácia e a segurança do seu uso ainda não tenha sido comprovada cientificamente, sua utilização vem sendo feita apenas na tradição popular.

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HAMAMELIS

Hamamelis virginiana

L.

Parte usada: cascas e folhas

Princípio ativo: saponinas, flavonóides, hamamelitanino

Histórico/Curiosidades: A frutificação acontece ainda

quando a planta está florida (hama = ao mesmo tempo, melis = fruto)

Ação: vasoconstritor periférico, adstringente,

anti-hemorrágico capilar.

Aplicacão/Uso: enfermidades do sistema venoso

(varizes, hemorróidas).

Inflamações da pele e mucosas e hemorróidas. (BRASIL, 2010)

Posologia (uso externo): 2-6g/dia de planta dessecada e triturada; 2-4ml da tintura da casca

Cuidados: Pode ocorrer sedação leve e salivação

abundante, irritação gástrica e vômito se ingerido. Hepatotoxicidade.

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Parte usada: Bulbo fresco e óleo

Princípio ativo: Aliina (10-13%), alicina

Ação: vasodilatador, hipocolesterolêmico, hipoglicemiante, bacteriostática, bactericida, vermífugo leve, imunoestimulante, fluidifica secreções brônquicas.

Aplicacão/Uso: Devido sua ação vasodilatadora é

um poderoso hipotensor. Em um estudo (1993) o uso de altas doses de alicina reduziu significativamente a pressão arterial diastólica, porém produziu apenas uma pressão sistólica ligeiramente menor.

Posologia: 600 a 900 mg ao dia, ou em média 4 g

(alho fresco) ou 8 mg (óleo de alho) diariamente.

Cuidados: anticoagulantes, hipoglicemiante pessoas com gastrite, refluxo, gestantes, crianças,....

ALHO

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REFERÊNCIAS:

AZEVEDO, Glaucia. Et. al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 402p.

FETROW, Charles W.; AVILA, Juan R. Manual de Medicina Alternativa: para o

profissional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000. 743 p.

JUNIOR, Antonio A. S. Essêntia Herba: plantas bioativas. v. 2. Florianópolis: EPAGRI. 2006. 633 p.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas

cultivadas. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.

SAAD, Glaucia de A. Fitoterapia Contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 402p.

SCHULZ, Volker, et. al. Fitoterapia Racional: um guia de fitoterapia para as ciências da saúde. São Paulo: Manole. 2002. 386 p.

TESKE, M., TRENTINI, A. M. M. Compêndio de fitoterapia. 2ª ed. Curitiba : Herbarium 1997.

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