• Nenhum resultado encontrado

Contra-transferência Cultural e método clínico 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Contra-transferência Cultural e método clínico 1"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

Contra-transferência Cultural e método clínico1

Paulo Roberto Ceccarelli*

A posse de uma Weltanschauung situa-se entre os desejos ideais dos seres humanos. Acreditando-se nela, pode-se sentir segurança na vida, pode-se saber o que se procura alcançar e como se pode lidar com as emoções e interesses próprios da maneira mais apropriada.

Freud, 1932, 193

Introdução

Em trabalhos anteriores (Ceccarelli, 2007, 2012 & Ceccarelli; Lindenmeyer, 2006 & Ceccarelli; Travassos, 2016) procurei discutir questões ligadas às dificuldades que os profissionais da psicologia são confrontados quando lidam com sujeitos oriundos de outros horizontes culturais. Chamei este encontro, que pode produzir uma desorganização psíquica, de "choque mitológico" (Ceccarelli, 2007).

No presente texto, me apoiarei na noção de Contra-transferência Cultural e, em seguida, discutirei a viabilidade de aplicação do método clínico em sistemas simbólicos diferentes. Haveria o risco de utilizá-lo como uma espécie de referência universal de pesquisa? Algo semelhante ao que aconteceu como os primeiros estudos de etnologia e de antropologia, nos quais, narcisicamente, a cultura Ocidental era a referência de progresso da Humanidade, enquanto outros povos eram qualificados de "selvagens" (Godelier, 2007). Corremos o mesmo risco com o método clínico? 2

Sabemos que na busca de segurança e conhecimento, e na tentativa de lidar com os movimentos pulsionais, cada cultura cria a sua Weltanschauung (Freud, 1932). Graças a ela, construímos referências imaginário-simbólicas, que nos permitem decompor o mundo para em seguida recompô-lo segundo o sistema de valores da cultura em questão.

1 Trabalho apresentado no VII Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental e XIII Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. Tropical Hotel Tambaú - João Pessoa – PR, 08/09/2016. Este texto faz parte de um projeto de pesquisa que conta com uma Bolsa de Produtividade em Pesquisa do CNPq (processo nº: 312687/2013-3).

2 Em 2009 participei da fundação, juntamente com outros colegas da Univ. Paris 7 – Diderot, da criação da Associação Internacional de Pesquisa em Psicopatologia Transcultural cujo objeto, dentre outros, era pesquisar sobre os efeitos da globalização na compreensão do sofrimento psíquico.

(2)

Minhas pesquisas teórico-clínicas de muitos anos levaram-me à conclusão de que por mais que se estude uma cultura, seus mitos de origem, sua organização social, seu sistema econômico, suas crenças e outros tantos elementos que a constituem, jamais assimilaremos verdadeiramente os significados profundos de seu universo simbólico. Sem dúvida, após algum tempo de estudo ou, melhor ainda, de participar ativamente no cotidiano de outro agrupamento humano, somos capazes de compreender o que ele valoriza, o que para ele é proibido e permitido, de um ponto de vista teórico e até ético-moral. Mas, as referências identificatórias constitutivas do Eu e da cultura que estamos tentando assimilar não foram as que nos forneceram recursos para acalentar nossa condição antropológica fundamental de desamparo (Hilflosigkeit). Dito de outra forma, as identificações que sustentam o sistema discursivo do sujeito que estamos ouvindo, não fizeram parte de nosso processo de subjetivação. Podemos chegar a conhecer e a trabalhar essas referências, mas nunca as vivenciaremos de fato. Por isso, a perda dessas referências produz um "choque identitário", cujas consequências podem ser catastróficas tanto para o sujeito, quando para a cultura (Ceccarelli, 2007). Trata-se do mesmo "choque" que ocorre, embora de forma mais branda, em todos os encontros significativos com outros sujeitos; um fenômeno semelhante às resistências que vivenciamos quando encontramos com outras teorias que ameaçam as nossas (Ceccarelli, 2009). Igualmente, os fenômenos transferenciais e contra-transferências com os quais nos deparamos no cotidiano da clínica psicanalítica têm a mesma origem.

Evidentemente, entendemos outras referências significantes e tentamos assimilá-las, mas as compreendemos teoricamente e, inevitavelmente, temos recurso à nossa Weltanschauung para reinterpretar o que estamos tentando assimilar. Todos nós temos a nossa "Weltanschauung de bolso" a qual utilizamos quando lidamos com algo que suscita entendimento, explicação; com aquilo que a psicanálise lacaniana chama de Real: temos que simbolizá-lo sobre risco de sermos invadidos por pulsões sem representações. E mais ainda: utilizamos nossa Weltanschauung como uma chave de leitura: decompomos os fenômenos que não entendemos e tentamos decodifica-lo dentre de nossa leitura de mundo3.

3Na psicanálise, exemplos não faltam nos quais os psicanalistas ouvem algo e tentam explica-lo dizendo: "ah, não é isso que a psicanálise chama de...?" (e aqui vemos desfilar todos os conceitos da psicanálise).

(3)

Contra-transferência Cultural

O que estamos descrevendo encontra eco no que Patrick Fermi chama de "contra-transferência cultural" (Fermi, 1998). Expressão que designa o fenômeno provocado pelo encontro de elementos culturais diferentes. Nesse ponto, o significante cultura pode ser definido como “o conjunto de representações e de princípios que organizam conscientemente os diferentes domínios da vida social assim como os valores decorrentes dessas maneiras de agir e de pensar” (Godelier, 2007, p.96).

Entretanto, falar da contra-transferência cultural nunca é sem causar certas reações emocionais, devido ao confronto das formas de representação para se ler o mundo. Não há quem não tenha passado por alguma experiência, por mais simples que seja, que evoque esse tipo de contra-transferência. Por exemplo, e para nos limitarmos ao Brasil, a ideia generalizada que se criou, em um primeiro momento, sobre a população indígena e negra como selvagem, primitiva, sem moral, e, às vezes, canibais continua a assombrar o nosso imaginário cultural. Como, em um primeiro momento, ouvir esses sujeitos sem nos deixar influenciar pelas histórias que povoam nosso imaginário? Esses representantes culturais nos foram inculcados pelo discurso do colonizador e fazem retorno, produzindo ideias pré-formatadas que nada nos informam, de fato, sobre a realidade cultural desses sujeitos. Com raras exceções, e felizmente isso tem mudado nos últimos anos, quase todas representações dessas populações (no cinema, no teatro, feiras de rua...) as mostram de forma a reforçar o imaginário ocidental sobre esses povos: quase invariavelmente, os artefatos indígenas vendidos nas feiras populares das grandes cidades são apresentados por sujeitos que se vestem à maneira indígena para vende-los. Um exemplo de contra-transferência cultural foi uma experiência que tive oportunidade de participar recentemente no Pará: trata-se de um rito da etnia També chamado A Festa da moça: a passagem da menina para a puberdade, quando fica menstruada pela primeira vez. Dela participam os rapazes que se tornarão guerreiros. Os casais dançam o Kae Kae e, no final da dança, se houver interesse de um jovem pelo outro, se casam, e a moça vai para a casa do rapaz, formando um novo casal na aldeia, sem maiores formalidades. (Ceccarelli; Travassos, 2016). Entretanto, de algum tempo para cá tem havido um forte movimento repressivo no sentindo de acabar com tais rituais alegando que se trata de pedofilia. Ora, não podemos deixar de ver nessas posturas moralistas, assim como em outras ideias sobre os povos "selvagens", condensações de

(4)

representações inconscientes primitivas que nós, seguindo os ditames da moral sexual dita "civilizada", tivemos que recalcar e reprimir: as pulsões agressivas (os índios armados, prontos para atacar), e as libidinais (o corpo nu exposto dos indígenas), são algumas dessas representações pulsionais.

Embora as situações citadas acima não sejam oriundas da clínica, elas exemplificam bem a dimensão da contra-transferência cultural, na qual estão presentes aspectos, tanto individuais quanto coletivos, com seus desdobramentos sociológicos, históricos, religiosos e econômicos.

No que diz respeito ao sagrado, Ogandaga (2006) observa o quanto pesquisadores de outras culturas (no caso europeia) têm a tendência explicar os fenômenos que eles observam como ligados ao irracional, devido ao fato de que esses observadores jamais terem vivenciado o fenômeno estudado.

Nas últimas décadas, com a aceleração da globalização, as questões ligadas às particularidades culturais tomaram contornos mais dramáticos. Fez-se, então, necessário nos interrogarmos sobre as expressões culturais da psique e, concomitantemente, a questionarmos sobre os efeitos da aplicação da linguagem da psicopatologia, tal como compreendida no ocidente, em meios sociais, linguísticos e culturais diferentes. Tais posições reativam antigas querelas entre o universal e o particular mostrando, muitas vezes, a impossibilidade de tradução de conflitos em relação à identidade-alteridade4.

Quanto ao trabalho clínico, muitas vezes manter a neutralidade necessária nos encontros transculturais não é tarefa fácil, pois é necessário evitar que aspectos de nossa organização social – sistema de valores, vivência da sexualidade, dentre outros – atravessem nossa escuta. A contra-transferência cultural aparece de forma acentuada quando atinge questões constitutivas do sujeito, presentes em todas as culturas, tais como os modos de representação

4Em julho de 2009, um grupo de professores - da França e do Brasil - interessados em discutir a questão e as consequências da globalização, sobretudo no que diz respeito ao sofrimento psíquico, decidiu criar uma Rede Internacional de Pesquisa em Psicopatologia Transcultural. E em abril de 2010 ocorreu na UFPA, em Belém do Pará, o I Encontro Internacional de Psicopatologia Transcultural. Os trabalhos desse encontro foram publicados no livro Encontro Transcultural: Subjetividade e Psicopatologia no Mundo Globalizado (Conf. Pastori, S; Nicolau, R. (orgs.), Encontro Transcultural: Subjetividade e Psicopatologia no Mundo Globalizado. São Paulo: Escuta, 2012).

(5)

familiar, de filiação, as construções identitárias, sobretudo as ligadas à identidade sexual, às questões de gênero, ao sagrado, enfim, às modalidades de circulação pulsional.

Nossa experiência de atendimento clínico, mas, sobretudo de supervisão, com sujeitos oriundos de outros universos culturais corroboram as observações de Fermi (1998) quando o autor ressalta que a contra-transferência cultural é mais evidente quando o está em jogo os problemas psíquicos universais. Os profissionais que recebem sujeitos de outras culturas não estão imunes ao retorno do sistema de valores da cultura ocidental, sobretudo no que diz respeito aos mitos fundadores, o que pode causar dificuldades na escuta. Não é fácil trabalhar com a possibilidade

da existência de outras construções simbólicas,

às vezes em clara oposição à nossa, igualmente capazes de dar representações às pulsões.

É aí que entra a Weltanschauung própria a cada grupamento humano, cujas origens são tributárias dos mitos de origem da cultura. Embora os relatos mitológicos sejam diferentes, pois emergem da leitura do mundo que diverge segunda cada cultura, a função dos mitos se assemelham quando descrevem os fins últimos do homem e do universo (Lacarrière, 1998). Além disso, eles cumprem a função ideológica de assegurar que a ordem simbólica, que sustenta a social, seja percebida como algo inevitável, universal e sagrado, ao invés de uma construção historicamente datada (Sousa Filho, 2003).

As questões universais, singularizadas diferentemente por cada grupamento humano, são as que mais provocam a contra-transferência cultural, pois nos mostram que nossa leitura de mundo é uma construção como qualquer outra. Não há porque acharmos, a não ser por razões narcísicas, que a verdade que defendemos seja mais verdadeira que outra qualquer.

Um dos riscos clínicos da contra-transferência cultural é a presunção de tomar nossa singularidade por universal. Foi por esse caminho que seu deu o famoso debate sobre o culturalismo e o universalismo, após a publicação, por Freud, de Totem em Tabu (1912-13). Malinowski (1921), em suas pesquisas em sociedades matrilineares, não encontrou a famosa triangulação edipiana o que, para ele, invalidava as teses de Freud. Já Róheim (1967) um freudiano/kleiniano ao estudar aos melanésios, confirmou as teses freudianas salientando que a dinâmica edípica se singulariza diferentemente em cada cultura: dai nasceu a etnopsicanálise (Roudinesco, 2010). Temos também o clássico Édipo Africano, de Marie-Cecile e Edmond

(6)

Ortigues. A contra-transferência cultural deve ser usada não como resistência, mas como possibilidade de escuta e elaboração de outras formas de singularização dos universais da psicanálise, o que contribui para o aumento do seu campo de aplicação. Esforçarmos para compreender outras formas de circulação pulsional que diferem das que estamos acostumados, o que constitui um exercício de criatividade e respeito a uma construção de alteridade radicalmente diferente da nossa.

Não podemos nos esquecer que cada cultura tem seus meios particulares de sublimação, o que pode fazer com que o encontro com outros modos sublimatórios se transforme em confronto, a fim de evitar uma "reavaliação psíquica" das possibilidades de destinos pulsionais na nossa cultura. Quando isso acontece, ocorre um "recalcamento cultural" (Fremi, 1998), no qual as representações culturais que nos são estranhas, que nos ameaçam, são substituídas por conflitos entre representações, pois aquilo que é recalcado em uma da sociedade pode ser consciente em outra (Devereux, 1972). Não é fácil para o pesquisador, conceber modos de sublimação que não existem em nossa cultura ou, pior ainda, que são tidas como "perversas" na cultura ocidental.

Tal situação guarda semelhanças como o "desamparo psíquico" (Freud, 1926, 162), que ocorre quando o ego do indivíduo é prematuro, logo, incapaz de lidar psiquicamente com o pulsional.

Quer o ego esteja sofrendo de uma dor que não para ou experimentando um acúmulo de necessidades pulsionais que não podem obter satisfação, a situação econômica é a mesma, e o desamparo motor do ego encontra expressão no desamparo psíquico (Freud, 1926, 193).

Frente a sua situação nova e/ou desconhecida não raro os indivíduos envolvidos se sentem ameaçados, pois têm que lidar com diferentes Weltanschauung.

A contra-transferência cultural toca, enfim, um ponto sobre o qual raramente nos questionamos: a inquietante familiaridade. Somos de tal forma submergidos em nossa forma de organizar o mundo que raramente questionamos suas origens, isso é, como se construíram os elementos sobre os quais apoiamos nossas verdades. E nos mantemos nessa posição embora, há muito, saibamos, graças à antropologia, à história e à etnografia, que não existe algo como uma "essência eterna", de um grupo ou de um povo. A identidade de um grupo, assim como seu

(7)

universo simbólico, são sempre construções sócio-históricas e, como tal, susceptíveis à mudança e reorganizações.

O método clínico

A partir da definição primeira de psicopatologia - um discurso (logos) sobre as paixões, sobre o sofrimento, que guiam os humanos -, Berlinck define o método clinico como “o espaço percorrido a caminho da palavra representante desse sofrimento” (Berlinck, 2009, 441). Se a finalidade do método clínico é colocar em palavras o obscuro que nos habita transformando o sofrimento em experiência, tal procedimento será sempre singular, pois tributário da particularidade da dinâmica pulsional através da qual a verdade, ainda que provisória, do afeto que anima o sujeito se expressa. Transformar as vivências em experiências é criar representação que podem ser compartilhadas. Consequentemente, o método clínico “não pode ser regido por normas institucionalizadas” (Berlinck, 2009, 443).

Cabe, pois, perguntar como o método clínico pode ajudar-nos a criar representações passíveis de compartilhamento quando as experiências são produzidas por universos simbióticos radicalmente diferentes? Se "colocar em representação o pathos é produzir um conhecimento do humano" (Ibid., 442), podemos fazê-lo quando somos afetados pela contra-transferência cultural?

Contra-transferência Cultural e método clínico

O encontro entre o profissional e o sujeito oriundo de outra cultura nunca é sem risco, pois a "verdade" do outro expõe nossa fragilidade, nossa agressividade, e até mesmo nosso desamparo psíquico. E quando as pessoas que ouvimos não se acomodam no setting psicanalítico, sentimos de forma ainda mais aguda nosso desamparo. Como falar de psicanálise, e também de método clínico nessas circunstâncias? Temos condições percorrer, vai palavra, o caminho que nos levará ao representante do sofrimento?

Não é por acaso que, na maioria das vezes, o trabalho com populações autóctones tem se revelado sem sucesso. Igualmente, o índice de alcoolismo e de suicídio entre esses sujeito é assustador. O que se observa é que, com raras exceções, existe uma tendência de querer que esses sujeitos aceitem, se adaptem, as referências simbólicas de nosso cultura. Exportamos para essas culturas, o método clínico que nos é familiar, o que inclui modos de subjetivação e de

(8)

sublimação que lhes são totalmente desconhecidos. Ao fazermos isso, tiramos as bases identificatórias desses sujeitos, o que provoca o desamparo psíquico, posto que as identificações que os sustentam são desqualificadas.

Termino minhas reflexões com questões que estão longe de encontrarem uma resposta. Devemos repensar o método clinico? Ou adaptá-lo as outras dimensões da escuta para que a o sofrimento possa ser colocado em palavras e, consequentemente, transformado em experiência?

BIBLIOGRAFIA

BERLINCK, M. O método clínico. Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, v. 12, n. 3, p. 441-444, setembro 2009

DEVEREUX G. Ethnopsychanalyse complémentariste. Paris, Flammarion, 1972.

CECCARELLI, P. R. Mitologia e processos identificatórios, Tempo Psicanalítico. Rio de Janeiro, v. 39, p. 179-199, 2007.

CECCARELLI, P. R. Don Quixote e a transgressão do saber, Revista Mal-estar e Subjetividade. Fortaleza, v. IX, 3, p. 917-937, set /2009.

CECCARELLI, P. R. Mitologia e perversão. Pastori, S; Nicolau, R. (orgs.) In: Encontro Transcultural: Subjetividade e Psicopatologia no Mundo Globalizado. São Paulo: Escuta, 2012, p. 61-88.

CECCARELLI, P. R. e LINDENMEYER, C. Traumatisme et sexualité, Recherches en Psychanalyse, Paris, v. 5, p. 111-118, 2006.

CECCARELLI, P. R.; TRAVASSOS, M. R. Ritos de passagem: o lugar da adolescência nas sociedades indígenas Tembé Tenetehara e Kaxuyana, Reverso, Belo Horizonte, ano 38, v. 71, p. 15-24, set. 2016.

GODELIER, M. Au fondement des sociétés humaines : ce qui nous apprend d’anthropologie. Paris : Albin Michel, 2007.

FERMI, P. (1998). Le contre-transfert culturel. Communication orale donnée à Clinique entre

deux rives à l'Université de Bordeaux. Texto disponível em:

(9)

FREUD, S. (1912-13) Totem e Tabu. In: FREUD, S. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1974. vol. XIII.

FREUD, S. (1926 [1925]) Inibições, sintomas e ansiedade. In: FREUD, S. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976. vol. XX.

FREUD, S. (1933). A Questão de uma Weltanschauung: Conferência XXXV. In: FREUD, S. Obras completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976. vol. XXII.

LACARRIERE, Jacques. Au cœur des mythologies. Paris: Gallimard, 1998.

MALINOWSKI, B. (1921). La sexualité et sa répression dans les sociétés primitives. Paris: Payot, 2001.

OGANDAGA, G. R. (2006). Anthropologie du sacré: critique de la vision européocentriste.

In: http://www.hommes-et-faits.com/Dial/spip.php?article87. Consultado em 09/01/12.

RÓHEIM, G (1950). Psychanalyse et anthropologie. Paris: Gallimard, 1967. ROUDINESCO, E. Em defesa da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

SOUSA FILHO, Alípio. Cultura, ideologia e representações. Representações Sociais: teoria e pesquisa. CARVALHO, Maria R.; PASSEGI, Maria C.; SOBRINHO, Moisés, D. (org). Mossoró: Fundação Guimarães Duque/Fundação Vingt-un Rosado, v. 1376, p. 71-82, 2003.

*Psicólogo. Psicanalista. Doutor em Psicopatologia fundamental e Psicanálise - Paris 7 – Diderot; Pós-doutor - Paris 7 – Diderot; Chercheur associé à l'Université Paris 7 - Diderot; Membro da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental; Pesquisador Associado do LIPIS (PUC-RJ); Membro da "Société de Psychanalyse Freudienne" - Paris – França. Professor Adjunto IV do Instituto de Psicologia da PUC- MG. Professor e orientador de pesquisas na Pós-Graduação em Psicologia/UFPA; Professor e orientador de pesquisas do Mestrado de Promoção de Saúde e Prevenção da Violência/MP, da Faculdade de Medicina da UFMG. Diretor científico do Centro de Atenção à Saúde Mental (CESAME:

www.cesamebh.com.br). Coordenador do Instituto Mineiro de Sexualidade (IMSEX); Membro

Referências

Documentos relacionados

BÚõÀ CÁº P÷Íõ CuøÚ HØÖUöPõÒÍõ©À ¦ÓUPoUQß- ÓõºPÒ... Áͺ¢u÷£õx Aøu FÚ¨£kzxÁuØPõP¨

“Impacto da toxicologia em pro- dutos Cosméticos” e “Tratamento de efluentes líquidos e reúso” serão os temas dos próximos cursos desenvol- vidos pelas Comissões Técnicas

Cada vez mais, as farmácias e os locais de venda de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) são a primeira opção do cidadão quando este enfrenta

aos aspectos de desempenho do combustível através da avaliação do trabalho específico com utilização de motor ciclo Otto juntamente com a análise dos gases da

Ademais, cabe ressaltar que a análise dos efeitos marginais foi feita individualmente para cada variável explanatória, segundo cada modelo estimado (conjunto

Toolkit para organização de eventos Dia Mundial de Combate à Hepatite: 28 de julho www.worldhepatitisday.info.. Toolkit para organização de

Estudo descritivo retrospectivo que descreve o perfil de pacientes adultos, internados em um centro de terapia intensiva de um hospital universitário de Porto Alegre, Rio Grande do

Neste trabalho, objetiva-se relatar, com base nas vivências dos acadêmicos de enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande, o papel do PET-Fitoterapia no