C
TRABALHO ELABORADO PELO VICE-PRESIDENTE DE DESENVOLVIMENTO OPERACIONAL DO CFC
COORDENADOR DA COMISSÃO CFC/COAF CONTADOR ENORY LUIZ SPINELLI
DESENVOLVIMENTO
I - CONCEITO DE LAVAGEM DE DINHEIRO
II - CONTEXTO INTERNACIONAL E NO BRASIL
III - CONTEXTO DAS IMPLICAÇÕES DE ORDEM PROFISSIONAL
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE É UMA AUTARQUIA ESPECIAL DE CARÁTER CORPORATIVO, CRIADO PELO DECRETO-LEI N.º 9.295/46, QUE TEM POR FINALIDADE, ENTRE OUTRAS, DISCIPLINAR E REGULAR O
EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL POR INTERMÉDIO DOS CONSELHOS REGIONAIS DE CONTABILIDADE.
COMO ÓRGÃO REGULADOR DA PROFISSÃO, O CFC FOI NOTIFICADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, PARA NO PRAZO DE 20 (VINTE) DIAS, SE PRONUNCIAR QUANTO ÀS PROVIDÊNCIAS TOMADAS PARA A REGULAÇÃO E A APLICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS DA LEI N.º 12.683/12 POR PARTE DOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS.
DIANTE DA IMPOSIÇÃO DA LEI, NÃO RESTOU OUTRA ALTERNATIVA, SENÃO O CFC CUMPRIR O MANDAMENTO LEGAL E REGULAMENTAR ATRAVÉS DA RESOLUÇÃO CFC N.º 1445/13, RESULTADO DE UM LONGO TRABALHO QUE BUSCOU ADEQUAR A LEI E A RESOLUÇÃO COAF N.º 24/13, DE FORMA A ATENDER, EXCLUSIVAMENTE, AS ATIVIDADES E A PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DA PROFISSÃO CONTÁBIL.
I - Conceito de
O crime de lavagem de dinheiro
caracteriza-se por:
conjunto de operações comerciais ou
financeiras que buscam a incorporação
na economia de cada país;
ocorrer de modo transitório ou
permanente, de recursos, bens e
valores de origem ilícita;
desenvolver por meio de um processo
dinâmico que envolve, teoricamente,
três fases independentes: colocação,
ocultação e integração, que, com
frequência, ocorrem simultaneamente.
PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO
LAVAGEM DE DINHEIRO: O QUE É,
COMO E ONDE ACONTECE
?
►
Em termos mais comuns, lavar recursos
é fazer com que produtos de crime pareçam
ter sido adquiridos legalmente.
HISTÓRICO
A origem do termo “lavagem de dinheiro” faz
referência histórica do gângster norte americano
Al Capone.
Em 1928, ele comprou uma rede de lavanderias
em Chicago, que servia de fachada para legalizar
dinheiro originário de uma série de atividades
ilegais, como prostituição, extorsão e o comércio
de bebidas alcoólicas no período de lei seca.
(hoje pode ser comparado ao comércio da droga).
A fachada permitia fazer depósitos bancários de
notas de baixo valor , normais para uma
lavanderia, misturadas com aquelas resultantes
do comércio ilegal.
Laboratório Al Capone
.
Hei, Al Capone Vê se te emenda Já sabem do teu furo, nego No imposto de renda Hei, Al Capone Vê se te orienta Assim dessa maneira, nego Chicago não aguenta Raul SeixasPara disfarçar lucros ilícitos sem comprometer os
envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-se por
meio de um processo dinâmico que requer:
1º O distanciamento dos fundos de sua origem,
evitando uma associação direta deles com o
crime.
2º O disfarce de suas várias movimentações para
dificultar o rastreamento desses recursos.
3º A disponibilização do dinheiro novamente para
os criminosos, depois de ter sido suficientemente
movimentado no ciclo de lavagem, passa a ser
OS MECANISMOS MAIS UTILIZADOS NO PROCESSO QUE
ENVOLVEM TEORICAMENTE AS TRES ETAPAS
INDEPENDENTES, COM FREQUÊNCIA OCORREM
SIMULTANEAMENTE
1. COLOCAÇÃO -
a primeira etapa é da colocação do dinheiro no sistema econômico. Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com regras maispermissivas e que possuem um sistema financeiro mais liberal;
2. OCULTAÇÃO -
a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento CONTÁBIL dos recursos ilícitos. Oobjetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro;
3. INTEGRAÇÃO
- nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suasatividades, podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
SETORES MUITO VISADOS NO PROCESSO
DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Instituições financeiras - a globalização e a tecnologia facilitam a circulação rápida de dinheiro global.
Paraísos fiscais e Centros Off-Shore – oferecem oportunidades vantajosas para as movimentações financeiras.
Bolsas de valores – Facilita a compra e venda de ações. Cias. seguradoras - o poder dos acionistas para realizarem investimentos de lavagem de dinheiro.
Mercado imobiliário - compra e venda de imóveis, uma prática frequente.
Jogos e sorteios - uma prática muito conhecida para a lavagem de dinheiro.
Mercado de jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antiguidade - comércio de alto valor.
II - CONTEXTO
INTERNACIONAL
E NO BRASIL
CONTEXTO INTERNACIONAL E MARCOS
HISTÓRICOS PARA O BRASIL
1 - Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas - 20/12/1988.
2 - 40 recomendações sobre lavagem de dinheiro do Grupo de Ação Financeira – (GAFI) de 1990, revisadas em 1996.
3 - Elaboração pela Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD) e aprovação pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1992.
4 - O Comunicado Ministerial da Conferência da Cúpula das Américas sobre Lavagem de Dinheiro e Instrumentos Criminais em 1995 –
Buenos Aires.
5 - Declaração Política e o Plano de Ação contra a Lavagem de
Dinheiro, da Assembleia Geral da ONU, sobre o Problema Mundial em 1998.
LAVAGEM DE DINHEIRO
LEGISLAÇÃO NO BRASIL
► Lei n.º 9.613, de 3 de março de 1998 – Dispõe sobre crimes de
lavagem de dinheiro, ocultação de bens, direitos e valores. Prevenção da utilização do sistema financeiro para os ilícitos.
► Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001 – Dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e outras providências;
► Lei n.º 10.467, de 11 de junho de 2002 – Altera o Código Penal, incluindo os Crimes de Lavagem de Dinheiro à Lei n.º 9.613/98.
► Lei n.º 7.560/86 – Cria o Fundo Nacional Antidrogas e sobre bens apreendidos e adquiridos com produtos de tráfico.
► Decreto n.º 2.799, de 8 de outubro de 1998 – Aprova o Estatuto do Conselho de Controle de Atividades Financeiras – (COAF).
►
L
ei n.º 12.683, de 9 de junho de 2012 – Altera a Lei n.º 9.613/98, comALCANCE - LEI Nº. 12.683/12
– No Contexto de
Organismos Internacionais
• Primeiramente, é importante
consignar que a Lei n.º 12.683 alterou e ampliou o alcance da Lei n.º 9.613, de 1998. Não é uma novidade ou “modismo” criado no Brasil. Faz parte do contexto mundial cujas
legislações dos mais diversos países estão sendo adaptadas para atingir o objetivo de
coibir as atividades
criminosas que envolvem lavagem de dinheiro e outros ilícitos.
• No Contexto do Brasil
• Legislação Brasileira – Lei n.º 9.613/98 alterada pela Lei n.º 12.683/12. • A Lei n.º 12.683 foi editada em 9 de
julho de 2012. Ela modificou de forma relevante a Lei n.º 9.613/98, incluindo os de serviços de contadoria, onde se incluem os profissionais e
organizações contábeis nos serviços que compreendem a consultoria,
assessoria e auditoria, sujeitos a prestar informações sobre os crimes de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos previstos nessa Lei. Importante destacar que essa nova
responsabilidade dos profissionais da Contabilidade não foi criada pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e, sim, pela Lei.
III - CONTEXTO DAS
IMPLICAÇÕES DE
EMENTAS DAS RESOLUÇÕES:
COAF N.º 24 X CFC N.º 1.445/13
• COAF – Dispõe sobre os
procedimentos a serem
adotados pelas pessoas
físicas ou jurídicas não
submetidas à regulação de
órgão próprio regulador que
prestem, mesmo que
eventualmente, serviços de
assessoria, consultoria,
contadoria, auditoria,
aconselhamento ou
assistência, na forma do § 1º
do Art. 14 da Lei n.º 9.613, de
3.3.1998.
• Vigência 16-01-2013
• O Conselho Federal de
Contabilidade dispõe
sobre os procedimentos a
serem observados pelos
profissionais e
Organizações Contábeis,
quando no exercício de
suas funções, para
cumprimento das
obrigações previstas na
Lei n.º 9.613/98 e
alterações posteriores.
• Vigência: janeiro 2014
COAF - ATRIBUIÇÕES
CFC - REGULAR
• O PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES
FINANCEIRAS – COAF, no uso da
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 9º do Estatuto aprovado pelo Decreto n.° 2.799, de 8.10.1998, torna público que o Plenário do Conselho, com base no art. 7º,
incisos II, V e VI do referido Estatuto, em sessão realizada em 16.1.2013, deliberou e aprovou a Resolução a seguir, em conformidade com as normas constantes dos Arts. 9º, 10, 11 e 14, caput e § 1º, todos da Lei n.º 9.613, de 3.3.1998.
• Considerando a competência atribuída ao Conselho Federal de Contabilidade pelo
Decreto-Lei n.º 9295/1946 e suas alterações;
• Considerando a necessidade de
regulamentar o disposto nos Arts. 9, 10 e 11 da Lei n.º 9.613/1998 e suas alterações;
• Considerando que o profissional da Contabilidade não participa da gestão e das operações e transações praticadas pelas pessoas jurídicas e físicas;
• Considerando que os serviços profissionais contábeis devem estar previstos em contratos de acordo com a Resolução CFC n.º 987/2003;
• Considerando a diversidade dos serviços de contabilidade, que devem observar os
princípios e as normas profissionais e técnicas específicas;
• Considerando a amplitude de valores constantes nas demonstrações contábeis geradas pelas diversas entidades em decorrência de seu porte e volume de transações,
APLICAÇÃO DA LEI
• Resolução COAF n.º 24
• Dispõe sobre os
procedimentos a serem
adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas não submetidas à regulação de órgão próprio
regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, na forma do § 1º do Art. 14 da Lei n.º 9.613, de 3.3.1998.
• RESOLUÇÃO CFC n.º
1.445/13
• Dispor aos profissionais e
organizações contábeis
que estão sujeitos a
riscos de imagem e até
sanções penais previstos
em lei.
• A Resolução estabelece
as diretrizes para que o
profissional se proteja
desses riscos.
APLICAÇÃO DA LEI
• Art.1º § 2º As pessoas jurídicas de que trata este artigo devem observar as disposições desta
Resolução em todos os negócios e operações que realizarem,
inclusive naqueles que envolverem:
• I – a compra ou venda de outros bens ou a prestação de outros serviços não pertinentes nem vinculados à atividade principal desenvolvida; e
• II – a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem seu ativo.
Políticas de Prevenção
• Art. 2º III – à identificação do beneficiário final das operações que realizarem;
• V – à mitigação dos riscos de que novos produtos, serviços e
tecnologias possam ser utilizados para a lavagem de dinheiro e para o financiamento do terrorismo;
• VI – à verificação periódica da eficácia da política adequada.
• § 1º
• I – a seleção e o treinamento de empregados;
• IV – a prevenção de conflitos entre os interesses comerciais e
empresariais e os mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
• III – à identificação do beneficiário final dos serviços que prestarem;
• Excluído
• V – à revisão periódica da eficácia
da política implantada para sua melhoria visando atingir os
objetivos propostos.
• I – a seleção e o treinamento de
empregados em relação à política implantada;
• Excluído
Políticas de Prevenção
• Art. 3º
As pessoas de que
trata o Art. 1º
devem
avaliar a existência de
suspeição nas propostas
e/ou operações de seus
clientes, ...
• Art. 3º
Os profissionais e
Organizações Contábeis
devem avaliar a
existência de suspeição
nas propostas e/ou
operações de seus
clientes, ...
redação
ajustada
CADASTRO DE CLIENTES
Art. 4º
• d) endereço completo;
• e) identificação dos
sócios e dos demais
envolvidos, bem como
seu enquadramento em
qualquer das condições
previstas nos incisos I, II e
III do art. 1º da Resolução
COAF n.º 15, de 28.3.2007
ou na condição de pessoa
politicamente exposta,
nos termos da Resolução
COAF n.º 16, de 28.3.2007;
e
• EXCLUIDO
• e) nome completo,
número de inscrição no
Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) e número do
documento de
identificação e nome do
órgão expedidor ou, se
estrangeiro, dados do
passaporte ou carteira
civil, dos demais
CADASTRO DE CLIENTES
• e) identificação dos
beneficiários finais ou o
registro das medidas
adotadas com o objetivo
de identificá-los, nos
termos do art. 7º, bem
como seu enquadramento
em qualquer das
condições previstas nos
incisos I, II e III do art. 1º
da Resolução COAF n.º
15, de 28.3.2007 ou
na
condição de pessoa
politicamente exposta,
nos termos da Resolução
COAF n.º 16, de 28.3.2007.
• identificação dos
beneficiários finais ou o
registro das medidas
adotadas com o objetivo
de identificá-los, nos
termos do Art. 7º, bem
como seu enquadramento
na condição de pessoa
politicamente exposta,
nos termos da Resolução
Coaf n.º 16, de 28.3.2007.
CADASTRO DE CLIENTES
• V – as correspondências
impressas e eletrônicas
que
disponham sobre a
realização de operações.
• Art. 5º Para a prestação
dos serviços ou a
realização das operações
de que trata esta
Resolução, as pessoas de
que trata o Art. 1º deverão
assegurar-se de que as
informações cadastrais do
cliente estejam
atualizadas no momento
da realização do negócio.
• V – as correspondências
impressas e eletrônicas
que
suportem a
formalização e a
prestação do serviço.
• Art. 5º Para a realização
das operações de que
trata esta Resolução, as
pessoas de que trata o
Art. 1º deverão
assegurar-se de que as informações
cadastrais do cliente
estejam atualizadas no
momento
da contratação
do serviço.
NÃO. ENTRETANTO, OS PROFISSIONAIS E
ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS DEVERÃO
DOCUMENTAR AS MEDIDAS ADOTADAS NA
TENTATIVA DE IDENTIFICAÇÃO E DISPENSAR
ESPECIAL ATENÇÃO A ESSAS OPERAÇÕES,
CONFORME PREVISTO NO ART. 7º PARÁGRAFO
ÚNICO.
14 - É necessário comunicar ao COAF
operação que não foi possível identificar o
beneficiário final?
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
Art. 9º As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei n.º 9.613/1998 ou com eles relacionar-se, devendo ser analisadas com especial atenção e, se consideradas suspeitas,
comunicadas ao Coaf:
I – operação que aparente não ser resultante das atividades usuais do cliente ou do seu ramo de negócio;
II – operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não sejam claramente aferíveis;
III – operação incompatível com o patrimônio e com a capacidade econômica financeira do cliente;
IV – operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar;
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
V – operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI) de alto risco ou com deficiências de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências consideradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;
VI – operação ou proposta envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo GAFI de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências consideradas pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado;
VII – resistência, por parte do cliente ou demais envolvidos, ao fornecimento de informações ou prestação de informação falsa ou de difícil ou onerosa verificação, para a formalização do cadastro ou o registro da operação;
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
VIII – operação injustificadamente complexa ou com custos mais elevados que visem dificultar o rastreamento dos recursos ou a identificação do real objeto da operação;
IX – operação aparentemente fictícia ou com indícios de superfaturamento ou subfaturamento;
X – operação com cláusulas que estabeleçam condições incompatíveis com as praticadas no mercado;
XI – operação envolvendo Declaração de Comprovação de Rendimentos (Decore), incompatível com a capacidade financeira do cliente, conforme disposto em Resolução específica do CFC;
XII – qualquer tentativa de burlar os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, e
DAS COMUNICAÇÕES AO
COAF
• XI- qualquer tentativa de burlar
os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo, inclusive mediante: • fracionamento;
• pagamento em espécie;
• pagamento por meio de cheque
ao portador; ou
• outros meios;
• XII- outras situações
designadas em ato do Presidente do COAF; e
• XII – qualquer tentativa de
burlar os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; e • Excluído
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
XIII
– Quaisquer outras operações que, considerando as
partes e demais envolvidos, os valores, modo de
realização e meio de pagamento, ou a falta de fundamento
econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da
ocorrência dos crimes previstos na Lei n.° 9.613/1998 ou
com eles relacionar-se.
Art.10. As operações e propostas de operações nas
situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao
COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra
consideração:
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• I – qualquer operação que envolvao pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$
30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda, em espécie, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas de que trata art. 1º
;
• II – qualquer operação que envolva o pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$
30.000,00 (trinta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador,
inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas de que trata o art. 1º;
• I – prestação de serviço realizada
pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o
recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda;
• II – prestação de serviço realizada
pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o
recebimento, de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas de que trata o Art.1°;
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• III - qualquer das hipóteses
previstas na Resolução COAF n.º 15, de 28.3.2007; e
• IV – outras situações
designadas em ato do Presidente do COAF.
• III – constituição de empresa e/ou
aumento de capital social com
integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$
100.000,00 (cem mil reais); e
• IV – aquisição de ativos e
pagamentos a terceiros, em
espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais);
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Inclusão
• Art.11. No caso dos serviços de
auditoria das demonstrações contábeis, as operações e transações passíveis de informação de acordo com os critérios estabelecidos nos Art. 9º e 10º são
aquelas detectadas no curso normal de uma auditoria que leva em consideração a utilização de amostragem para seleção de operações ou transações a serem
testadas, cuja determinação da extensão dos testes depende da avaliação dos riscos e do controle interno da entidade para responder a esses riscos, assim como do valor da materialidade para
execução da auditoria, estabelecido para as demonstrações contábeis que estão sendo auditadas de acordo com as
normas técnicas (NBCs TA) aprovadas
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Art. 12. Nos casos de
serviços de assessoria,
em que um profissional
ou organização contábil
contratada por pessoa
física ou jurídica para
análise de riscos de outra
empresa ou organização
que não seja seu cliente,
não será objeto de
comunicação ao Coaf.
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Inclusão
• III – constituição de empresa
e/ou aumento de capital social com integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e
• IV – aquisição de ativos e
pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$
Exemplo: Ladrões roubam empresário e
abandonam carro com 150 mil em SP.
Pelo vidro, eu vi a sacola de dinheiro lá dentro. Eu fiquei doido! Os caras tiraram o dinheiro e levaram a mochila vazia contou a
vítima em entrevista à Rádio CBN, na manhã desta sexta-feira. 19/09/13
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Inclusão
• Art.13. As comunicações de que
tratam os Arts. 9º e 10, devem ser efetuadas no sítio eletrônico do COAF, de acordo com as
instruções ali definidas, no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas a contar do momento em que o responsável pelas
comunicações ao Coaf concluir que a operação ou a proposta de operação deva ser
comunicada, abstendo-se de dar ciência aos clientes de tal ato.
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Art.11. Caso não sejam
identificadas, durante o ano civil, operações ou
propostas a que se referem os Arts. 9° e 10°, as pessoas de que trata o art.1° devem declarar tal fato ao COAF até o dia 31 de janeiro do ano seguinte.
• Art. 14. Não havendo a
ocorrência, durante o ano civil, de operações ou propostas a que se referem os Arts. 9º e 10,
considerando o Art. 11, as pessoas de que trata o Art. 1º devem apresentar declaração nesses termos ao CFC por meio do sítio do Coaf até o dia 31 de janeiro do ano seguinte.
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Art. 12. As comunicações de
que tratam os Arts. 9º e 10,
bem como a declaração de que trata o Art. 11 devem ser
efetuadas em meio eletrônico no sítio do COAF, no endereço
WWW.coaf.fazenda.gov.br, de
acordo com as instruções ali definidas.
• Parágrafo único. As
informações fornecidas ao COAF serão protegidas por sigilo.
• Vide Art. 14.
• Vide parágrafo único do Art. 21 • Parágrafo único.
As comunicações previstas nesta Resolução serão
Da Guarda e Conservação de Registros
e Documentos
• Art. 13. As pessoas de
que trata o Art. 1º
devem conservar os
cadastros e registros de
que tratam os Arts. 4º e
8º, bem como as
correspondências de
que trata o Art. 4º, por
no mínimo 5 (cinco)
anos, contados do
encerramento da
relação contratual com
o cliente.
• Art. 15. Os profissionais
e Organizações
Contábeis devem
conservar os cadastros
e registros de que
tratam os Arts. 4º e 8º,
bem como as
correspondências de
que trata o Art. 4º por,
no mínimo, 5 (cinco)
anos, contados da data
de entrega do serviço
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Art. 14. Os procedimentos para
apuração de suspeição devem ser recorrentes, inclusive,
quando necessário, com a
realização de outras diligências além das expressamente
previstas nesta Resolução.
DAS COMUNICAÇÕES AO COAF
• Art. 20. As pessoas de que trata
o Art. 1º deverão atender às requisições formuladas pelo COAF na periodicidade, forma e condições por ele
estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações
prestadas.
• Art. 21. Fica o Presidente do
COAF autorizado a expedir instruções complementares para o cumprimento desta Resolução.
• Art. 21. Os profissionais e
Organizações Contábeis
deverão atender às requisições formuladas pelo Coaf na
periodicidade, forma e condições por ele
estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações
prestadas.
• Parágrafo único. As
comunicações previstas nesta Resolução serão protegidas por sigilo.
MEMBROS DA FAMÍLIA,
CONTADORES
E
FUNCIONÁRIOS FORAM PRESOS EM MACEIÓ E INTERIOR
ANA PAULA OMENA
15 AGOSTO DE 2013 - 12:58
FOTO: SANDRO LIMA
PF CONCEDEU COLETIVA A IMPRENSA NESTA MANHÃ DE
QUINTA-FEIRA
UMA OPERAÇÃO DENOMINADA “ABDALÔNIMO”
DESENCADEADA PELA POLÍCIA FEDERAL DE ALAGOAS
(PF/AL) E RECEITA FEDERAL DESBARATOU UMA
QUADRILHA QUE AGIA DESDE 2008 COM LAVAGEM DE
DINHEIRO RESULTANTE DE UMA MOVIMENTAÇÃO DE
CERCA DE R$ 300 MILHÕES.
Notícia: Empresário criou 20 empresas de
fachada para lavagem de dinheiro em
COMO PREPARAR OS ESCRITÓRIOS
?
PESADAS MULTAS – ATÉ 20% DO FATURAMENTO BRUTO, OU R$ 60 MILHÕES;
PERDA DE BENS, SUSPENSÃO DE ATIVIDADES, PROIBIÇÃO DE ACESSO A INCENTIVOS PÚBLICOS;
NO CASO DE CONDENAÇÃO, HÁ PREVISÃO DA DISSOLUÇÃO DA PESSOA JURÍDICA.
A PARTIR DE 2014, EMPRESAS FLAGRADAS EM ATOS DE CORRUPÇÃO E FRAUDES ESTARÃO EXPOSTAS A PUNIÇÕES.
NÃO PODEMOS ESQUECER DA LEI
ANTICORRUPÇÃO N.º 12.846/13.
Das Disposições Finais
• Art. 22. Esta
Resolução entrará em
vigor em 01.03.2013
• Art. 22. Esta
Resolução entrará em
vigor na data de sua
publicação,
produzindo efeitos a
partir de 1º de janeiro
de 2014
.
A DIFUSA CONTABILIDADE
CRIATIVA PERMITE:
a) Produzir informações gerenciais e financeiras com o fim de avaliar a entidade de forma enganosa. Demonstrar perspectivas
manipuladas extraídas da contabilidade com a clara intenção de enganar acionistas, o mercado (...).
b) Por um outro lado, utilizar a contabilidade criativa de forma a manipular ativos e esconder dinheiro ilícito representa uma transgressão à legislação específica – societária, fiscal, civil e penal.
Em ambos os casos, há a intenção de ocultar, de enganar. São as respostas das dificuldades financeiras de uma empresa.
Os auditores devem cumprir os requisitos de um plano de trabalho cuidadoso para uma empresa em marcha.
O que dispõem nossa Lei de
Regência
Decreto Lei n.º 9.295 – Art. 27 – Das
penalidades
– alínea f
“Cassação do exercício profissional quando comprovada incapacidade técnica de natureza grave, crime contra a ordem econômica e
tributária, produção de falsa prova de qualquer dos requisitos”
O que dispõe a Lei n.º 9.613/98?
“§ 1º. do Art. 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal: (...).
EDUCAÇÃO: PARADIGMA DE
MUDANÇA DE CULTURA
A TRANSPARENCY INTERNATIONAL (TI) É A ORGANIZAÇÃO GLOBAL DA SOCIEDADE CIVIL QUE ESTÁ LIDERANDO O COMBATE À
CORRUPÇÃO. COM MAIS DE 90 CAPÍTULOS EM TODO O MUNDO E UMA SECRETARIA INTERNACIONAL EM BERLIM, ALEMANHA, A TI PROMOVE UMA MAIOR CONSCIENTIZAÇÃO DOS EFEITOS
PREJUDICIAIS DA CORRUPÇÃO E TRABALHA COM PARCEIROS GOVERNAMENTAIS, EMPRESARIAIS E DA SOCIEDADE CIVIL NO DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS EFICAZES CONTRA ESSE FENÔMENO.
AGRADECIMENTOS
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ISBN: 978-3-935711-05-0