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Lição 12. Não concordo com a administração da Igreja: devo reter o dízimo ou entregar em outro lugar? Texto Bíblico: Malaquias 3.

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Academic year: 2021

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Lição 12

Não concordo com a administração da Igreja: devo reter o dízimo ou entregar em outro lugar?

Texto Bíblico: Malaquias 3.1-11 Introdução:

Dizimar é privilégio para o crente, e alegria por corresponder com os cuidados bondosos de Deus. Dizimamos por fé, fidelidade, amor e gratidão. Quando entregamos o dízimo durante o culto, aquele ato, expressa o nosso reconhecimento de que todas as coisas que chegam às nossas mãos são dádivas dos céus! Após o retorno de um grupo de Judeus do exílio, a reconstrução do segundo Templo e sua festiva e emocionante

inauguração, o povo começou a se descuidar, a entrar numa rotina de normalidade da vida, inclusive no aspecto religioso, e a se esquecer da fidelidade ao Senhor,

experimentando, assim, uma decadência moral, religiosa e social.

É exatamente nesse contexto que o Profeta Malaquias levanta a sua voz (Ml 2.7,8) e reafirma que as “janelas dos céus” se fecharam, porque o povo virou-se contra o Senhor, negligenciando a fidelidade: retendo os dízimos e as ofertas. Então, o profeta faz um notável desafio (Ml 3.10). Dizimar é entregar tudo o que deve ser entregue, sendo absolutamente verdadeiro (At 5.1-11), é ser parceiro de Deus no plano divino de sustento humano da obra. O não dizimar é desprezo ao projeto do Senhor. Daí, ordenar que todos os dízimos sejam levados à casa do tesouro, para que haja mantimento, ou seja, pra subtrair qualquer possibilidade de escassez de sustento do culto.

I – O dízimo não nos pertence

O dízimo “não é invenção do homem para sustentar a religião, mas uma

exigência de Deus para sustentar espiritualmente o homem”. Sua origem encontra-se em Deus. Sempre fez parte da economia divina, nunca foi produto do acaso; reflete o planejamento do Senhor para desenvolver a obra de redenção da humanidade. Ele deve ser empregado para cumprir essa finalidade, além de ser aplicado nas coisas de cunho espiritual ou sagrado, e em tudo deve glorificar o nome do Senhor (Sl 24).

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O dízimo é uma doutrina ensinada pelo próprio Deus (Gn 14.18-24; 28.18-22; Lv 27.30-32; Nm 18.20-32; Dt 14.22-29; 26.12-15) e o Novo Testamento não abandona essa exigência, ao lecionar que deve ser de forma mais ampla (Mt 23.23; Lc 11.42; Hb 7.1-10; 2Co 9.1-14); é entrega total da vida, é oferecer tudo (Mc 12.41-44); é

reconhecimento de que o dinheiro não pode ficar acima dos nossos princípios (Lc 19.8); é voluntariedade, expressão de amor e dependência de Deus (At 2.44,45; 4.32-37); é ter confiança no dono da prata e do ouro para entrar, se for o caso, nas raias do sacrifício (2Co 8.1-5).

A fidelidade e a gratidão devem ser ornamento da vida cristã, que expressamos na devoção, no amor pelas almas perdidas, entendendo que a salvação é de graça, mais a obra custa muito caro, então, não dá para abrir mão de devolver parte daquilo que o Senhor coloca em nossas mãos. É a obrigatoriedade rígida da Lei, sendo superada pela graciosidade do amor (2Co 9.7).

O dízimo é propriedade divina. Lançar mão dele é entrar em seara alheia, é viver exposto ao constrangimento quando lê a Bíblia, quando ouve mensagem sobre o assunto e a sentir-se incomodado e muito mal se tiver o temor de Deus. Quando a Igreja

experimenta uma realidade de fidelidade, de boa convivência, de investimento nas demandas do Reino, ela cresce (At 2.47), tem estabilidade espiritual (At 16.4,5) e se alegra (At 2.46), pois são expressivas as maravilhas de Deus: o devorador é repreendido (Ml 3.11), o fruto da sementeira é aumentado (2Co 9.10) e a sensibilidade para a gratidão torna-se encantadora (2Co 9.15).

II – Dízimo é expressão de amor e não de contenda

Os crentes devem apresentar-se ao Senhor e celebrar a Sua glória com alegria, por ser rebanho do seu pastoreio (Sl 100), sua propriedade exclusiva (Êx 19.5), comprados por um alto preço (1Co 6.20), para a glória do seu nome (Ef 1.12) e promoção do seu Reino (Rm 1.8).

A vida cristã não deve ser um fardo, precisa ser leve, de obediência, para não entrar em conflito entre o que se crê e o que se vive. Ela é de paz conosco, com os outros (Hb 12.14) e com Deus. Tudo o que fazemos precisa ser em amor (Cl 3.23), inclusive o dizimar. Não é saudável fazer reclamando, mal dizendo o trabalho, vigiando os demais e murmurando (Fl 2.14), como se tivéssemos fazendo um favor para Deus ou dando uma esmola para a Igreja. A bênção de entregar o dízimo deve ser dia de festa

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espiritual, de gratidão pela bondade de Deus e de alegria por fazer parte do plano financeiro de Deus para o avanço do seu Reino.

A nossa motivação para dizimar é interna e não propriamente externa, mas lanço mão de alguns fatos para provocar nossa reflexão: os pagãos dizimavam aos seus deuses, os judeus dizimavam e ofertavam empurrados pela Lei e, nós, servos de Jesus, não temos muito mais motivos do que eles? Não podemos ser mais liberais ou

generosos? Ir além deles é, realmente, questão de conversão e amor!

Dizimar por contenda é retrocesso na fé, é vivenciar um tempo de ignorância e de infantilidade espiritual (1Co 13.11), mas infelizmente acontece hoje como aconteceu na época do profeta. E a mesma palavra que ele utilizou para corrigir aqueles distúrbios serve para os da atualidade.

Sempre se ouviu de crentes querendo administrar o dízimo do Senhor, especialmente quando a vida espiritual não vai bem, sendo marcada por dissabores, pecado e fragilidade na fé. Quando as coisas não acontecem na Igreja conforme o gosto de algumas pessoas, elas começam a se distanciar do convívio eclesiástico, de Deus e da Bíblia. Reclamam e colocam defeito em tudo, retém o dízimo, depositam em sua conta bancária/poupança ou entregam em outra igreja. Essa atitude, geralmente, é para retaliar, pressionar ou forçar a saída do pastor, de algum líder ou para prevalecer sua vontade. Essas pessoas ainda não apreenderam que os problemas da Igreja se resolvem com Deus; que dizimar é atitude espiritual e que algo diferente desse procedimento é carnalidade e altamente conflitante com a ordem divina: “trazei todos os dízimos à casa do tesouro...” (Ml 3.10), obviamente lugar onde cultuamos a Deus, Igreja da qual somos membros.

É estranho o comportamento de querer usufruir, aproveitar e beneficiar-se de tudo quanto a Igreja oferece, às vezes criticando e exigindo com veemência, mas sem contribuir com nada, mesmo podendo. O pior é quando por teimosia, intransigência de opinião ou contenda administra o que pertence a Deus como se fosse seu, entregando o dízimo para ajudar programas desses ministérios midiáticos, casas filantrópicas, ofertas missionárias, projetos que cuidam de dependentes químicos e em Igrejas na qual não são membros. Se quiser contribuir com tudo isso, que o faça, mas não com o dízimo. Ele é do Senhor e não deve ser utilizado como objeto de contenda.

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Faz muito bem olhar a vida cristã como presente de Deus, em que os desejos da velha vida são gradativamente substituídos pela nova natureza (Ef 4.22-24), aceitando o desafio do Senhor (Ef 4.25-32) e refletindo no tempo as maravilhas que somente Deus opera. É graça divina confiar nas promessas do Senhor (1Pe 1.3,4); buscar, pensar e viver na esperança das coisas do alto (Cl 3.1-3); depositar a confiança no projeto divino mais do que no humano (2Co 9.6); e construir tesouros nos céus (Mt 6.20,21) sem prescindir de todos os esforços para melhorar a qualidade de vida na terra.

A consciência humana precisa ser aguçada pela Palavra para entender que tudo pertence a Deus (Sl 24.1), nós somos apenas mordomos, que devem zelar pelas coisas do Senhor, sendo-lhe fiéis e retribuindo, com gratidão, a sua bondade; daí, dizimar não por obrigação, mas por prazer em investir no Reino, tendo alegria espiritual (Rm 15.13).

Precisamos deixar nossas preocupações quanto o amanhã nas mãos de Deus (Mt 6.34), certos dos seus cuidados (Sl 55.22). Se refletirmos bem, concluiremos que: Deus não deixa ninguém na mão, as pessoas é que se tornam arredias; o que entregamos a Deus é, antes de tudo, fruto do que Ele nos dá (Dt 8.18); ninguém abrirá mão de nada, se antes não for trabalhado pela graça de Deus (Rm 7.18; Fl 2.13). Isso nos convida a dizimarmos e ofertarmos não por medo, fugindo da ira ou da maldição de Deus; e nem por obrigação, como quem paga uma prestação mensal, mas como privilégio, pois Deus ama ao que dá com alegria (2Co 9.7).

Abrir mão de algo para Deus não é sinônimo de muito recurso ou vida fácil. O exemplo é a Igreja da Macedônia, que tinha pouco, mas foi sensível, amorosa e ajudadora (2Co 8.2). Interessante como a obra de Deus nunca foi realizada com

dinheiro, mas com fé. Quando ela é exercida, as coisas acontecem. A obra também não é feita com o muito de poucos, mas com o pouco de muitos. Isso é graça!

O que entregamos a Deus precisa ser o retrato do culto que a Ele prestamos (Rm 12.1-3), é dar-se ao Senhor (2Co 8.5), é devoção, quebrantamento e vida no trono da graça, em refrigério pela presença gloriosa do Senhor (At 3.19).

Para Pensar e Agir

O dízimo não é doutrina só do Antigo Testamento; ele se encontra de maneira mais acentuada no Novo Testamento, onde Jesus exige tudo, inclusive a vida.

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Dizimar para cumprir programa, desencumbir-se da responsabilidade porque é líder ou membro atuante na Igreja não é a motivação certa. Essa prática independente das pessoas; dizimamos porque amamos, somos obedientes à Palavra e gratos ao Senhor por tudo o que recebemos de suas mãos.

Não dê atenção a quem deseja justificar sua infidelidade, falta de amor, dificuldade financeira ou até dureza de coração, alegando que dízimo é coisa da Lei e não da graça, que faz parte do ensino de Moisés e não de Jesus. O Santo de Israel foi contundente ao ensinar que a graça excede à Lei e dizimar encontra-se aliado à consciência de juízo, de misericórdia, de fé e de amor. Não dá para omitir esses preceitos da convivência cristã.

Leve o dízimo à Igreja onde você é membro. Não deixe de dizimar por discordar da liderança ou por qualquer outro motivo. Se deseja contribuir com outros segmentos, faça com os seus recursos, não com o dízimo, ele é do Senhor e não seu.

É certo o salvo agir motivado por contenda? Tudo na dinâmica da Igreja deve ser resolvido pela oração e não pela retaliação. Nossas ações precisam ser espirituais, refletindo harmonia com a Palavra de Deus.

Leitura diária: Segunda-feira: Hebreus 7.1-10 Terça-feira: Mateus 25.14-29 Quarta-feira: Levítico 27.28-32 Quinta-feira: Deuteronômio 14.22-29 Sexta-feira: Lucas 18.9-14 Sábado: Mateus 23.23-28 Domingo: Atos 4.32-37

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