• Nenhum resultado encontrado

V Seminário do Grupo de Pesquisa Deficiências Físicas e Sensoriais Faculdade de Filosofia e Ciências 18 e 19 de março de 2019 ISSN

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "V Seminário do Grupo de Pesquisa Deficiências Físicas e Sensoriais Faculdade de Filosofia e Ciências 18 e 19 de março de 2019 ISSN"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

EMPREGO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO

METATEXTUAL COM O USO DO RECURSO DA COMUNICAÇÃO

SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA

Flaviane Pelloso Molina Freitas¹; Marília Bazan Blanco²; Jáima Pinheiro de Oliveira³. fl avianefreitas@ymail.com

1Doutoranda do Programa de Pós – Graduação em Educação da UNESP, Campus Marília; 2Docente do

Co-legiado de Pedagogia da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP, Campus Cornélio e Pós-douto-randa do Programa de Pós Graduação em Educação da UNESP, Campus Marília; ³ Professora do Programa

de Pós Graduação em Educação da UNESP, Campus Marília e do Departamento de Educação Especial.

Introdução

O uso recursos para auxiliar o desenvolvimento da linguagem oral e escrita tem sido obje-to de estudo de pesquisas nos últimos anos (DEBINSKI, 2017; LOPES, 2017; MATEUS et al., 2013; SANTOS, FARAGO, 2015; SILVA, 2012) Assim, torna-se igualmente relevante a pesquisa de recursos voltados para alunos do público-alvo da educação especial.

Neste sentido, destaca-se a utilização do Programa de Intervenção Metatextual PRONAR-RAR para o desenvolvimento de habilidades metatextuais, que faz uso do gênero narrativo e apoio picto-gráfi co, elaborado e implementado por Oliveira e Braga (2012). O programa apresenta histórias, divididas em quatro fi guras, que formam os elementos de composição da história: cenário, tema, enredo, resolução. O Quadro 1 um abaixo traz a demonstração de uma história, exemplifi cando-a:

Quadro 1 – História “A lição de Totó”

Comprosição das Histórias no Programa PRONARRAR

Figuras

Elementos

Cenário Tema Enredo Resolução

Caracterização

Lugar que passa a his-tória, tempo e

persona-gens;

Problema a ser

resolvi-do; Ação ou conjunto de ações pra resolver o problema;

Solução do Problema com fechamento da

história.

Fonte: Adaptado de Oliveira e Braga (2012).

O referido programa PRONARRAR tem sido alvo de pesquisa e utilização com crianças do público-alvo da educação especial em geral (BLANCO et al., 2018), especifi camente com Surdos (MATA,

(2)

programa PRONARRAR com o uso de recursos de Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA). A CSA, que é recurso de Tecnologia Assistiva (TA), engloba adaptações, ferramentas e equipamentos, em diferentes áreas do desenvolvimento, que venham a beneficiar a inclusão social e escolar de indivíduos (DELIBERATO, 2007).

Objetivo

Seguindo esta vertente, o presente artigo tem como objetivo descrever a utilização do Progra-ma de Intervenção Metatextual – PRONARRAR, com o uso do recurso de CSA, em crianças do público -alvo da educação especial.

Método

Para efetivação deste objetivo, selecionou-se uma sala da Educação Infantil de uma Es-cola de Educação Básica na Modalidade de Educação Especial, de um município do norte do estado do Paraná, contendo cinco crianças com idade entre três e cinco anos, todas do público-alvo da edu-cação especial. Para a realização da pesquisa, os responsáveis pelas crianças assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), assim como houve autorização da equipe responsável pela escola e da Secretaria Municipal de Educação. O estudo foi realizado em cinco etapas: 1) Reco-nhecimento dos participantes; 2) Seleção da história; 3) Seleção de imagens; 4) Seleção de Materiais; 5) Contação da história.

Assim, primeiramente, se deu o reconhecimento dos participantes, realizado em dois en-contros de duas horas cada, nos quais foi possível brincar com as crianças na sala e no parque, para reconhecer bem suas características.

Em seguida, optou-se pela seleção de uma história de nível fácil, conforme classificação dada por Oliveira, Soriano e Freitas (2017), tendo em vista a característica diversificada das crianças. A história selecionada foi a intitulada “A Lição de Totó” (Quadro 1), pois apresenta uma compreensão fácil, com muito boa aceitação com crianças da Educação Infantil.

Num terceiro momento, iniciou-se a adaptação da história por meio da seleção de ima-gens do PECS (Picture Communication Symbols) do ARAASAC (Sistema Aragonês de Comunica-ção Aumentativa e Alternativa), com a construComunica-ção de cada um dos elementos das histórias.

Após a seleção das imagens, passou-se para a quarta etapa, que foi selecionar o uso de mate-riais: papel plastificado, imagens 4x4 cm, impressão em formato de livro, uso de velcro, adaptação de uma lousa, etc. E, para a quinta e última etapa, realizou-se a contação da história, com testagem dos materiais e identificação dos possíveis resultados.

Resultados e Discussão

O reconhecimento dos participantes revelou que a turma selecionada possuía cinco alunos matriculados, com idade entre três e cinco anos, todos do público-alvo da educação especial, conforme demonstra quadro dois:

(3)

Criança Sexo Idade Diagnóstico

C1 M Três anos Paralisia Cerebral

C2 M Quatro anos Paralisia Cerebral C4 M Três anos Transtorno do Espectro Autista

C5 M Três anos Síndrome de Down

C6 M Cinco anos Paralisia Cerebral

Fonte: elaboração própria

As crianças apresentavam características distintas, sendo duas cadeirantes, mas todas com uma caraterística comum: a não oralidade. Esse foi um dos indicativos para a utilização da CSA conjun-tamente com o PRONARRAR, bem como para a seleção da história de complexidade facial “A lição de Totó” (Quadro 1).

Para a seleção das imagens a serem utilizadas na CSA, utilizou-se o PECS (Picture

Communi-cation Symbols) selecionadas no ARAASAC (Sistema Aragonês de Comunicação Aumentativa e

Alterna-tiva) por conter acesso livre e gratuito (http://www.arasaac.org/index.php). Nesse momento, fez-se uma análise de cada uma das quatro fi guras da história, e para cada uma separou-se os elementos principais para sua contação. Posteriormente, selecionou-se uma imagem para cada elemento. O Quadro 3 abaixo traz o exemplo para a Figura 1 da história:

Quadro 3 - Exemplo de seleção de imagem para CSA

Cenário Elementos Básicos

Menino; cachorro; bola; gostar; brincar; cair, buraco, terra, pegar.

Exemplos de Imagens Selecionadas no ARAASAC

(4)

bordas arredondas e velcro colado no verso. Também foram providenciadas duas bases de apoio para a contação de história: 1) A primeira impressa em papel A4 e plastificada em formato de livro, com as figuras da história e espaço com velcro para se fixar as imagens da CSA; 2) A segunda por meio de uma adaptação de lousa, com um prendedor para se fixar a figura da história e um local abaixo, também com velcro, para se fixar as imagens da CSA. O Quadro 4 demonstra as bases de apoio preparadas:

Quadro 4 - Bases de apoio para a contação de história com uso da CSA

1) Formato de Livro 2) Adaptação de Quadro/lousa

Fonte: elaboração própria

A contação da história aconteceu de três formas e em três momentos distintos. A primeira se deu sem o uso do recurso de CSA, utilizando unicamente as quatro figuras da história (Quadro 1). Nesse dia, as crianças demonstraram muito interesse, mas duas delas se dispersaram rapidamente (C1 e C4), conseguindo manter a atenção por aproximadamente dois minutos apenas. As outras três mantiveram o foco até o final da contação, mas na hora do reconto com o auxílio da contadora, as crianças se desmoti-varam e dispersaram.

Durante a segunda contação, estavam ausentes duas crianças (C4 e C5), e se deu utilizando o quadro adaptado. Inicialmente, a contação da história utilizando somente as figuras (Quadro 1) transcor-reu bem, com uma criança se dispersando apenas na última figura, ou seja, no fim da história (C1). Logo em seguida, retornou-se a Figura 1 da história, apresentou-se as imagens do PECs e solicitou-se o reconto. Todas as três crianças se interessaram muito pelas figuras, por manuseá-las, colar e descolar da lousa. Foi preciso permitir esse explorar das imagens, consentindo que todas colassem e descolassem as mesmas, para que então, em seguida, pudesse acontecer o reconto. A própria contadora iniciou oralizando o reconto e proporcionando comandos para que as crianças pudessem participar pegando as figuras. A atenção das crianças foi mantida até o final, e foi preciso organizar uma sequência para as crianças, para que cada uma, na sua vez, pudesse participar do reconto. Em seguida, com a dispersão de duas crianças (C1 e C6), fez-se um novo reconto com a C3. A mesma manteve-fez-se atenta e realizou o reconto novamente, fez-seguindo os comandos da contadora.

(5)

de livro. Neste dia, ausentaram-se os participantes C5 e C4. Optou-se por fazer a contação de história individualmente. Enquanto as crianças brincavam no parque, foi chamada uma por vez, na sala, para interagir com a contadora. As três participaram ativamente, com grande interesse. C2 teve dificuldade de aguardar a contação da história, pois queria, já de início, manipular as imagens e ela mesma realizar a contação. Todas realizaram o reconto, seguindo os comandos da contadora para dar sequência a história, pegando as imagens.

O livro demonstrou ser mais apropriado para uma contação individual, pois a criança pode, assim, ir e vir e manuseá-lo com mais facilidade. Já o quadro adaptado proporcinou uma maior flexibili-dade para mudança da ordem das figuras pela criança, dando possibiliflexibili-dade de criação e imaginação. Por outro lado, como no quadro as figuras são apresentadas uma a uma, pareceu mais favorável para uma contação e reconto coletivo, por ser mais ordenado e gradativo.

Também, o uso do CSA apresentou a possibilidade de reconto para as crianças sem oralidade, com o favorecimento da comunicação com maior envolvimento dos alunos. (RODRIGUES et al., 2016)

Menciona-se que a plastificação das figuras da história bem como das imagens utilizadas na CSA, conforme sugerido por Oliveira et al. (2017), demonstrou uma boa adaptação para as características das crianças, sendo bem durável, podendo ser levada a boca, sem perigo de rasgar ou engolir.

Portanto, o apoio pictográfico, tanto das figuras das histórias como das imagens da CSA, reve-lou ser um bom recurso de favorecimento a linguagem oral (OLIVEIRA, 2011), principalmente quando associado às práticas de conversação, brincadeiras, narrativas, leitura e contação de história (SANTOS, FARAGO, 2015).

Por fim, evidenciou-se a necessidade de aprimorar a adaptação para uma das crianças (C6), uma vez que apresentando os movimentos dos membros superiores bem limitados, necessitaria de esta-bilizador de punho e abdutor de polegar com ponteira imantada (GALVÃO FILHO, DAMASCENO, 2002) para pegar as imagens da CSA, que também necessitariam de adaptação com colagem de imãs, proporcionando sua participação mais ativa no reconto, já que poderia, além de apenas apontar com as mãos, pegar as imagens como os demais.

Conclusão

No estudo aqui desenvolvido em cumprimento ao objetivo de descrever a utilização do Pro-grama de Intervenção Metatextual – PRONARRAR, com o uso do recurso de CSA, em crianças do pú-blico-alvo da educação especial, foi possível concluir que nas sessões de contação de história vivenciadas, percebe-se até o momento que o uso das figuras da história impressas, plastificas e com bordas arredondas foi um bom matéria de adaptação. O uso das imagens da CSA no mesmo padrão, também proporcionou um bom recurso para manuseio das crianças com segurança.

(6)

mas e a participação no reconto da história. Evidencia-se que apesar de três contações da mesma história, a mesma ainda não foi esgotada em interesse pelas crianças, possibilitando mais sessões de reconto e desen-volvimento da oralidade. Ou seja, uma mesma história, nessa faixa etária, pode ser recontada várias vezes. Por fim, tendo em vista alguma necessidade específica, será necessário ainda adaptações ex-tras, como o uso de imã nas figuras da CSA.

Referências

BLANCO, M. B.; FREITAS, F. P. M.; OLIVEIRA, E. K. S. S; OLIVEIRA, J. P. Implementação do PRONARRAR no desenvolvimento da oralidade de crianças com necessidades educacionais especiais.

In: Anais do 8º Congresso Brasileiro de Educação Especial, 2018, São Carlos. Anais Eletrônicos...

Campinas, Galoá, 2018. Disponível em: < https://proceedings.science/cbee-2018>. Acesso em: 27 fev 2019.

DELIBERATO, D. Comunicação Alternativa: recursos e procedimentos utilizados no processo de inclusão do aluno com severo distúrbio na comunicação. In: Pinho, S. Z; Saglietti, J. R. C. (org.).

Nú-cleos de Ensino. São Paulo: Cultura Acadêmica; 2007. Disponível em: <www.unesp.br/prograd/PDF-NE2005/artigos/.../comunicacaoalternativa.pdf> Acesso em: 27 fev 2019.

DEMBINSKI, A. D. A contação de histórias como estratégia pedagógica na estimulação da

lingua-gem oral e escrita de crianças com dificuldades de aprendizalingua-gem. Dissertação de Mestrado. Universi-dade de São Paulo: 2017.

GALVÃO FILHO, T.; DAMASCENO, L.L. As novas tecnologias e a Tecnologia Assistiva: utilizando os recursos de acessibilidade na educação especial. In: Anais do III Congresso Ibero americano de informá-tica na Educação especial. Fortaleza, MEC, 2002.

LAZARO, A.; SORIANO, K. R. Análise do uso de um programa de intervenção metatextual na lingua-gem oral e escrita de um estudante com deficiência intelectual. In: Anais da XIV Jornada de Educação Especial e II Congresso Internacional de Educação Especial e Inclusiva, 2018, Marília.Anais eletrôni-cos... Marília : Unesp, 2018. Disponível em: <http://ocs-jee.marilia.unesp.br/index.php/JEE> Acesso em: 27 fev.2019.

(7)

oral e escrita de crianças com dificuldades de aprendizagem. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo: 2017.

MATA, S. P.; SORIANO, K. R.; LUZ, M. S. Produção de narrativas escritas de alunos surdos: efeitos de um programa de intervenção metatextual. In: Anais do EDUCERE XII Congresso Nacional , 2015., Curitiba. Anais eletrônicos...Curitiba: PUCPRess - Editora Universitária Champagnat, 2015. Disponí-vel em: < https://educere.pucpr.br/p1/anais.html> Acesso em: 27 fev 2019.

OLIVEIRA, E. K et al. Adaptação de histórias de um programa metatextual para uso como suporte pedagógico. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v.4, n.2, p. 121-132, Jul.-Dez., 2017.

OLIVEIRA, E. K. S. S; FREITAS, F. P. M. O uso do PRONARRAR e adaptação com a Comunicação Suplementar e Alternativa em sujeitos com o Transtorno do Espectro Autista. In: Anais da XIV Jornada de Educação Especial e II Congresso Internacional de Educação Especial e Inclusiva, 2018, Marília.

Anais eletrônicos... Marília: Unesp, 2018. Disponível em: <http://ocs-jee.marilia.unesp.br/index.php/ JEE> Acesso em: 27 fev.2019.

OLIVEIRA, J. P.; BRAGA, T. M. S. PRONARRAR: Programa de intervenção metatextual: apoio para escolares com atraso no processo de alfabetização. Curitiba, CRV, 2012.

OLIVEIRA, J. P.; OLIVEIRA, E. K. S. S. Construção de histórias no contexto de uso de recursos de comunicação suplementar e alternativa e estratégias metatextuais com autistas. VII Congresso Brasileiro de Comunicação Alternativa ISAAC Brasil. Natal RN, 2017.

OLIVEIRA, J. P.; SORIANO, K. R.; FREITAS, F.P. M. . Complexidade de histórias de um programa de intervenção metatextual no contexto da Educação Especial e Inclusiva. In: 16ª Jornada do Núcleo de Ensino de Marília, 2017, Marília. Anais da 16ª Jornada do Núcleo de Ensino. Marília: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2017. v. 1. p. 1-9.

OLIVEIRA, S. A linguagem oral e as crianças: possibilidades de trabalho na educação infantil. Educação Infantil: diferentes formas de linguagem expressivas e comunicativas. Caderno de formação: didática dos conteúdos formação de professores. Universidade Estadual Paulista. Pró-Reitoria de Graduação.

(8)

Infantil. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro-SP, 2 (1): 112-133, 2015

SILVA, M. J. M. A literatura infantil como recurso para aquisição da linguagem da criança. In: Anais XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino - UNICAMP - Campinas – 2012 SORIANO, K. R. Efeitos de histórias adaptadas na produção de narrativas orais de uma criança

com baixa visão em idade pré-escolar. Dissertação de mestrado. UNESP: Marília. 2017.

Referências

Documentos relacionados

A pesquisa proposta estuda a evolução do conceito por meio de seus marcos principais, com o objetivo de obter a compreensão teórica das principais questões

2 Unidade II: Categorias de Análise: paisagem e território 2.1 Paisagem: aspectos conceituais; 17 e 24/09/10 4 Apresentação de Slides com auxilio de textos 2.2 Leitura

A atribuição de incentivos financeiros à equipa multiprofissional depende da concretização dos critérios para atribuição das unidades contratualizadas (UC) referentes às

Entretanto, algumas melhorias em rela¸c˜ao `as estrat´egias de compensa¸c˜ao de movimento do H.261 (como o uso de meio pixel de resolu¸c˜ao para a compensa¸c˜ao de movimento,

Professores Doutores Denise Morado Nascimento (Coordenadora), Fernanda Borges de Moraes 5.. (Subcoordenadora), André Guilherme Dornelles Dangelo e José dos Santos

Descárguese la aplicación para audio Ministry of Sound Audio Controller en la App Store de Apple o Descárguese la aplicación para audio Ministry of Sound Audio Controller en la

NOTA: Para obter mais informações sobre como ativar ou desativar a memória Intel Optane, consulte a seção Como ativar a memória Intel Optane ou Como desativar a memória

Os objetivos específi cos da pesquisa tiveram como fi nalidade: a) inves- tigar o conceito de territorialidade e sustentabilidade na cosmovisão Kaiowá e Guarani e suas abordagens