REVISTA
BRASILEIRA
DE
ANESTESIOLOGIA
PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologiawww.sba.com.br
ARTIGO
CIENTÍFICO
Estudo
cruzado
e
randômico
comparando
os
laringoscópios
Airtraq
®
NT,
McGrath
®
MAC
e
Macintosh
para
intubac
¸ão
nasotraqueal
em
simulac
¸ão
de
via
aérea
fácil
e
difícil
em
manequim
Manuel
Ángel
Gómez-Ríos
a,∗,
Stephan
Pinegger
a,
María
de
Carrillo
Mantilla
a,
Lucia
Vizcaino
a,
Purísima
Barreto-Calvo
a,
Michael
J.
Paech
b,
David
Gómez-Ríos
ae
Beatriz
López-Calvi˜
no
aaDepartamentodeAnestesiologiaeMedicinaPré-Operatória,ComplexoHospitalarUniversitáriodaCorunha,Corunha,Espanha bUnidadedeFarmacologia,FarmáciaeAnestesiologia,FaculdadedeMedicinaeFarmacologia,UniversidadedaAustrália
Ocidental,Perth,Austrália
Recebidoem25deagostode2014;aceitoem28deoutubrode2014
DisponívelnaInternetem15demarçode2016
PALAVRAS-CHAVE
Intubac¸ão; Laringoscópios; Manequim;
Estudorandômicoe controlado
Resumo
Objetivo: Váriosdispositivospodemajudaraintubac¸ãonasotraquealnomanejodeviaaérea difícil.OslaringoscópiosMcGrathMACeAirtraqNTforamcomparadoscomumlaringoscópio Macintoshemestudododesempenhodeanestesistascomdiferentesníveisdeexperiência,em manequimcomcenáriodeviaaéreafáciloudifícil.
Métodos: Foramrecrutados63anestesistasparaum estudorandômico,noqualcadaum fez intubac¸ãonasotraquealcomtodososlaringoscópios,emambososcenários.Odesfecho primá-riofoiotempodeintubac¸ão.Desfechosadicionaisincluíramvistalaringoscópica,sucessona intubac¸ão,númerodemanobrasdeaprimoramento,cliquesdentaisaudíveiseforc¸aaplicada nasviasaéreassuperiores.
Resultados: Otempode intubac¸ãofoisignificativamente menorcomousodolaringoscópio McGrathMACemambososcenáriosecomousodoAirtraqnocenáriodifícil,emcomparac¸ão comolaringoscópioMacintosh.Ambososdispositivosobtiverammaisgrau1ou2deCormack eLehaneparavisualizac¸ãodoqueoMacintoshemcenáriodifícil(p<0,001).OMcGrathMAC teveamelhortaxadesucessonaprimeiratentativa(98,4%vs.96,8%e95,8%,p<0,001,para oslaringoscópiosAirtraqNTeMacintosh,respectivamente).Onúmerodemanobrasde aprimo-ramento,oscliquesdentaisaudíveiseaavaliac¸ãosubjetivadograudeforc¸aaplicadaforam significativamentemenorespara oslaringoscópiosindiretosversusolaringoscópioMacintosh (p<0,001).
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:magoris@hotmail.com(M.Á.Gómez-Ríos). http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2016.02.014
Conclusão:Em ummanequim, oslaringoscópiosAirtraqe McGrathpareceram superiores ao laringoscópioMacintoshparalidarcomcenáriosdasviasaéreassimuladas.Ambososdispositivos foramassociadosamelhoresvisibilidades,temposdeintubac¸ãoetaxasdesucesso, especial-menteemsimulac¸ãode‘‘viaaéreadifícil’’.Asatisfac¸ãogeralfoimaiorcomolaringoscópio McGrath.Estudosclínicossimilaressãonecessários.
©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.
KEYWORDS
Intubation; Laryngoscopes; Manikin; Randomised controlledtrial
ArandomisedcrossovertrialcomparingtheAirtraq®NT,McGrath®MACand
Macintoshlaryngoscopesfornasotrachealintubationofsimulatedeasyanddifficult airwaysinamanikin
Abstract
Objective:Severaldevicescanaid nasotrachealintubationwhenmanagingdifficultairways. TheMcGrathMACandAirtraqNTwerecomparedwithaMacintoshlaryngoscopewhenstudying theperformanceofanaesthetistswithdifferentlevelsofexperience,inamanikinmodelof easyordifficultairwayscenarios.
Methods:Sixty-threeanaesthetistswererecruitedintoarandomisedtrialinwhicheach perfor-mednasotrachealintubationwithalllaryngoscopes,inbothscenarios.Themainendpointwas intubationtime.Additionalendpointsincludedlaryngoscopicview,intubationsuccess,number ofoptimisationmanoeuvres,audibledentalclicksandtheforceappliedtotheupperairway. Results:IntubationtimewassignificantlyshorterusingtheMcGrathMACinbothscenariosand usingtheAirtraqinthedifficultscenario,whencomparedwiththeMacintoshlaryngoscope. Bothdevices gavemore CormackandLehanegrade 1or2viewsthantheMacintosh inthe difficultscenario(p<0.001).TheMcGrathMAChadthebestfirst-attemptsuccessrate(98.4% vs.96.8%and95.8%,p<0.001fortheAirtraqNTandMacintosh laryngoscopesrespectively). Thenumberofoptimisationmanoeuvres,audibledentalclicksandsubjectiveassessmentofthe degreeofforceappliedweresignificantlylowerforindirectlaryngoscopesversustheMacintosh laryngoscope(p<0.001).
Conclusion:In a manikin, the Airtraqand the McGrath laryngoscopes appeared superior to theMacintoshlaryngoscopewhendealingwithsimulatedairwayscenarios.Bothdeviceswere associatedwithbetterviews,intubationtimesandratesofsuccess,especiallyinasimulated ‘‘difficult airway’’.Overallsatisfactionwas highestwiththe McGrath laryngoscope.Similar clinicalstudiesareneeded.
©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevier EditoraLtda.Allrights reserved.
Introduc
¸ão
O manejo das vias aéreas para cirurgia oral e maxilo-facial pode ser um grande desafio. A alta incidência de intubac¸ãodifícilnapopulac¸ãoemgeralédevidaavariac¸ões ouafecc¸ões congênitas da anatomia da cavidadebucal e das viasaéreas superiores secundárias a infecc¸ão, tumor, cirurgiaouradioterapia.1,2Aintubac¸ãonasotraqueal(INT)é
geralmentenecessáriaparapermitiroacessocirúrgico irres-tritoe,normalmente,éfeitacomousodeumlaringoscópio Macintoshe pinc¸a de Magill. A INT requer o alinhamento dos eixosoral, laríngeo e faríngeo paraa visualizac¸ão da gloteeintubac¸ãotraqueal3 epodefalharousermal
tole-radaporpacienteacordadocomviaaéreadifícileresultar em morbidade e atémortalidade.4 Ouso deum
broncos-cópiodefibraópticafoi recomendadonesse cenário,mas essedispositivomuitasvezesnãoestádisponível,atécnica émenosfamiliar,requerhabilidadeetreinamentoadicional
paraserusadaefetivamente5,6 etornaasopc¸ões
necessá-rias.
Os avanc¸os da tecnologia de vídeo e óptica levaram à produc¸ão de novos dispositivos de intubac¸ão, como o Airtraq® NT (Prodol Meditec S.A., Vizcaya, Espanha) e
o McGrath® MAC (Aircraft Medical Ltd, Edinburgh, Reino
Unido).Umacaracterísticadefinidoradesses dispositivosé quea visãodagloteé obtidadeformaindireta, enãode formadireta,melhoradessemodoavisãoereduzotempo deintubac¸ãoemcomparac¸ãocomoslaringoscópiosdiretos.7
Aeficáciaeaseguranc¸adessesdispositivosparaaINTtêm recebidopoucaatenc¸ão.
EstudocomparandooslaringoscópiosAirtraq NT,McGrath MACeMacintosh 291
envolveuomanejotantodeviaaéreanormalquantodevia aéreadifícil.Optamosporumestudoemmanequimdevia aérea porqueo McGrath MACé umdispositivo novo,cujo desempenhoaindanãofoiexaminadoemestudopublicado naliteraturacientificamenterevisada.
Anossahipótesefoiqueotempoparaacolocac¸ãocorreta dotuboendotraqueal(TET)atravésdonarizseriamaiscurto comosdispositivosAirtraqNTeMcGrath,em comparac¸ão com o laringoscópio Macintosh. O objetivo primário do estudofoiavaliarotempodeintubac¸ãobem-sucedidacom ousodessesdispositivosdiferentes.
Métodos
OComitêde Éticaem PesquisaClínicadaGalíciaaprovou o estudo (Ref: 2010/486), de acordo com as normas da Conferência Internacional sobre a Harmonizac¸ão de Boas Práticas Clínicas. O estudo (NCT01311284) foi registrado no clinicaltrials.gov antes da inclusão dos participantes. Os participantes eram elegíveis se fossem membros do DepartamentodeAnestesiologiadoComplexoHospitalarda Universidade da Corunha. A participac¸ão foi voluntária e todososparticipantesassinaramotermodeconsentimento informado.
Protocolodoestudo
EstudorandomizadotransversalfeitonoCentro deEstudo e Tecnologia do Complexo Hospitalar da Universidade da Corunha. Foram recrutados 63 anestesiologistas, 21 resi-dentes (grupo residente: exposic¸ão mínima à INT), 21 assistentes(grupotreinado:anestesiologistasfamiliarizados com a técnica de INT, mas que só a executavam ocasi-onalmente) e 21 assistentes especializados(grupo perito: anestesiologistasqueexecutavamatécnicaregularmente). Instruc¸õespadronizadassobrecadadispositivoforam forne-cidas,incluindoumademonstrac¸ãodométododeintubac¸ão e informac¸ão verbal. O uso de manobras de aprimora-mentoparafacilitaraintubac¸ãotambémfoidemonstrado, comooreajustedaposic¸ãodacabec¸a,aplicac¸ãodeforc¸a externa na laringe, uso de pinc¸a de Magill, uso de esti-lete oucateter paraintubac¸ão Frova(Cook Critical Care, Letchworth,ReinoUnido)eouso deumassistente.Antes doestudo, cada anestesiologista testou osdiferentes dis-positivos até conseguir uma intubac¸ão bem-sucedida do manequim.
O laringoscópio óptico Airtraq® NT, o
videolaringoscó-pioMcGrath® MACeolaringoscópioMacintosh,tamanho3,
foramtestadosnesteestudo(fig.1).
Todasasintubac¸õesforamfeitascomumtubotraqueal Portex Polar Performed (Smith Medical Ltd Internacional Hythe, Kent, ReinoUnido)com7mm dediâmetrointerno emummanequimpadrãoparatreinamento(AirsimAdvance, Trucorp,Belfast,IrlandadoNorte).CadaindivíduofezaINT em via aéreanormal edifícil,usou ostrês dispositivos. A via aérea difícilfoi obtida com a insuflac¸ão da língua do manequimcom25mLdear,quesimulouoacessolimitado àcavidadeorofaríngea.
Aordemdeselec¸ãododispositivoeocenáriodeviaaérea em cadatentativa foramrandomizados combaseem uma
Figura1 OlaringoscópioópticoAirtraq® NT,olaringoscópio
MacintosheonovovideolaringoscópioMcGrath®MAC.
listacriadacomoprogramaEpidatversão3.1.Alémdisso, osparticipantesdesconheciamoníveldedificuldadedavia aéreaatéomomentodetentaraintubac¸ão.
Trêstentativasdeintubac¸ãoforampermitidascomcada laringoscópioem cadacenário.INTmalsucedida,remoc¸ão dodispositivodacavidadeoraldevidoàmávisibilidadeou INTcommaisde120segundos(s)foramconsideradasfalha deintubac¸ão.Alocalizac¸ão corretadoTETfoiconfirmada poruminvestigadoremtodasastentativasdeintubac¸ão.
Odesfechoprimário foiotemponecessáriopara obter umaINTbem-sucedida.Ossecundáriosadicionaisincluíram otempoatéavisão dagloteeo graude visão(graus1-4 deCormacke Lehane),aincidênciadeINTbem-sucedida; o número de tentativas, de manobras de aprimoramento duranteaINTedecliquesdentaisaudíveisdevidoaotoque nosdentes;a gravidadedaforc¸aaplicadaàvia aéreae o tempodeventilac¸ãodospulmões.
Osintervalos detempoparatodasasintubac¸õesforam medidospelo mesmoinvestigador, que usou um cronôme-tro.A contagem do tempocomec¸ou quando a lâmina do dispositivo de intubac¸ão foi inserida entre os dentes, os tempos intermédios comec¸aram quando as cordas vocais foramvisualizadasequandootuboendotraquealfoiinserido natraqueiaea contagemdotempoterminouna primeira ventilac¸ãodospulmões.Otempoatéavisãodaglotepara olaringoscópio McGrathMACfoiquandooinvestigadorviu aglote nodispositivo e para oslaringoscópios Airtraq NT eMacintoshfoi pormeiodenotificac¸ão verbaldo partici-pante.Otempodeintubac¸ãotraquealfoidefinidocomoo tempodesdeainserc¸ãodalâminaentreosdentesatéque oTETfoiconsiderado paraser posicionadocorretamente. Otempopara ainflac¸ão dos pulmõesfoi definidocomo o tempodesde a inserc¸ão da lâmina entreos dentes até o momentoemqueotuboendotraquealfoiconectadoao dis-positivodeventilac¸ãomanual(LaerdalMedical,Stavanger, Noruega) e a ventilac¸ão bem-sucedida foi verificada pelo investigador.
Tabela1 Característicaseexperiênciaemintubac¸ãodosparticipantes.Osvaloresnuméricosestãoexpressosemmediana
Residentes Assistentes Peritos
Número 21 21 21
Relac¸ãohomem:mulher 9:12 5:16 6:15
Experiência(anos) 2,5±1,2 16,7±7,1 11,6±5,5
NúmerodeINTanteriorcomMacintosh 2 15 All>50
NúmerodeINTanteriorcomAirtraq®NT 0 0 0
NúmerodeINTanteriorcomMcGrath®MAC 0 0 0
Análiseestatística
Odesfechoprimáriofoiotemponecessárioparaobteruma INTbem-sucedidaemcenáriodeviaaéreadifícil.Por expe-riência,consideramosqueotempoestimadoparaumaINT emummanequimseriade12-70s,adependerda experiên-ciadooperadoredadificuldadedocenário.Consideramos que uma reduc¸ão de 7s com um dos laringoscópios seria significativaem um estudo simulado. Os 63 participantes proporcionariam,pelomenos,umpoderde80%para detec-taressa diferenc¸aemumníveldesignificânciade0,05.A análiseestatísticafoifeitacomoprogramaSPSS20.0(SPSS Inc.,Chicago,IL,EUA).Osdadosforamexpressosemmédia edesviopadrão(DP)paraasvariáveiscontínuasoudiscretas eemfrequênciaepercentualparaasvariáveiscategóricas. Adistribuic¸ãonormaldasvariáveisquantitativasfoiavaliada comotestedeKolmogorov-Smirnov.Ascomparac¸ões intra-grupos foramfeitas como teste UdeMann-Whitney para asvariáveisnãoparamétricaseotestetindependentede Studentparaasvariáveisparamétricas.Asanálisesde vari-ânciacomostestesdecomparac¸õesmúltiplasdeFriedman eKruskal-Wallisforamaplicadasparacomparac¸ãoentreos grupos.OtestedeWilcoxonfoiusadoparacomparac¸õespost hoc. Valores-p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos.
Resultados
Característicasdosparticipantes
Foram recrutados 63 anestesiologistas (21 residentes, 21 assistentese21peritos)commédiade37anosforam recru-tados,dosquais20eramdosexomasculinoe43dofeminino; não houve desistências. Nenhum dos participantes tinha experiênciapréviacomoslaringoscópiosindiretostestados. Aexperiênciacomalaringoscopiadiretaeraem médiade 10,2(DP7,8)anos.Ascaracterísticasdosparticipantesestão apresentadasnatabela1.
Cenáriodeviaaéreafácil
Os valores das diferentes variáveis para os dois cenários estãoapresentadosnatabela 2.Houveumadiferenc¸a sig-nificativa no tempo de intubac¸ão entre os laringoscópios McGrathMAC,AirtraqNTeMacintosh(p=0.002).Nãohouve diferenc¸a entre os laringoscópiosMacintosh e Airtraq NT, masotempodeintubac¸ãofoisignificativamentemenorcom
olaringoscópioMcGrathMACemcomparac¸ãocomos larin-goscópiosAirtraqNT(p=0,001)eosMacintosh(p=0,016).
Osresultadosdotempoparavisualizaraspregasvocais edotempodeintubac¸ãoemambososcenáriosforam grafi-camenterepresentados(fig.2).
Diferenc¸as estatisticamente significativas foram obser-vadas entre os dispositivos para os vários desfechos secundários (p<0,001); dentre elas, o número de cliques dentais audíveis, a intensidade da forc¸a aplicada às vias aéreas superiores, o grau de visibilidade de Cormack e Lehane e o número demanobras de aprimoramento para auxiliar na INT, tais como reajuste da posic¸ão da cabec¸a (p<0,001),aplicac¸ãodeforc¸aexternanalaringe(p=0,011) eusodapinc¸adeMagill(p<0,001).Essesdesfechosforam significativamentereduzidosnosgruposMcGrathMACe Air-traqemcomparac¸ãocomogrupoMacintosh.Umadiferenc¸a significativaentreosdispositivosfoiobservadaparaotempo atéavisualizac¸ãodaspregasvocaisparacorrigiracolocac¸ão doTET(fig.3A).
Nãohouvediferenc¸asignificativaentreosgruposparao tempoatéavisualizac¸ãodaspregasvocais,aincidênciade colocac¸ãobem-sucedidadoTETnatraqueiaouonúmerode tentativasdeintubac¸ão.
Cenáriodeviaaéreadifícil
Uma diferenc¸a significativa entre os três dispositivos de intubac¸ão(p<0,001)foiobservadaparaosdesfechostempo atéavisualizac¸ãodaspregasvocaiseotempodeintubac¸ão (fig.2).Noentanto,nãohouvediferenc¸asignificativaentreo McGrathMACeoAirtraqNT(p=0,082).Porém,otempocom ambos osdispositivos foisignificativamente maiscurtodo quecomoMacintosh(p=0,001ep<0,001,respectivamente ----fig.2).
Aanáliseposthocdotempodeintubac¸ãomostrouuma diferenc¸asignificativaentreoMcGrathMACeoAirtraqNT emcomparac¸ãocomoMacintosh(p<0,001),masnãohouve diferenc¸asignificativaentreoMcGrathMACeoAirtraqNT (p=0,125).
Houveumadiferenc¸asignificativanotempodeintubac¸ão relacionadoàexperiênciadooperadorcomousodo larin-goscópioMacintosh(p=0,004).
EstudocomparandooslaringoscópiosAirtraq NT,McGrath MACeMacintosh 293
Tabela2 Taxasdeintubac¸ãobem-sucedidaevariáveis.Osvaloresestãoexpressosemmédia±DPounúmero(porcentagem) ouporcentagem
Cenáriodeviaaérea Fácil Difícil
ML ANT McG ML ANT McG
INTbem-sucedida(n) 63(100) 61(96,8) 63(100) 58(92) 59(93,6) 62(98,4)
Tempos
Visãodaglote(s) 15,1±7,5 15,4±10,0 13,1±6,5 30,6±12,0 22,9±14,8 18,1±9,7 Intubac¸ão(s) 31,3±14,2 34,7±19,2 25,4±14,4 51,7±17,2 41,0±21,7 37,4±21,8 Ventilac¸ão(s) 45,6±17,3 45,8±20,3 37,4±16,4 71,4±62,9 53,6±24,3 50,7±22,4
Manobras
Cabec¸a 76,2 38,1 49,2 90,3 51,6 53,2
Burp 19,0 3,2 9,5 61,3 8,1 14,5
Pinc¸a 60,3 12,7 19,0 79,0 16,1 7,7
Estilete 0 0 3,2 1,6 3,2 1,6
Auxílio 7,9 1,6 7,9 32,3 4,8 11,3
Cliquesdentais(%)
0 44,4 73,0 76,2 9,5 61,9 60,3
1 38,1 19,0 20,6 46,0 33,3 38,1
2 14,3 7,9 3,2 30,2 1,6 1,6
>2 3,2 0 0 12,7 3,2 0
Pressãoaplicadaásviasaéreas(%)
Nenhuma 9,5 36,5 52,4 0 23,8 15,9
Leve 41,3 57,1 44,4 1,6 68,3 60,3
Moderada 46,0 6,3 3,2 17,5 4,8 22,2
Grave 3,2 0 0 81,0 3,2 1,6
Graudevisibilidadedaglote(%)
1 68,3 96,8 93,7 0 87,1 87,1
2 31,7 3,2 6,3 19,4 12,9 11,3
3 0 0 0 77,4 0 1,6
4 0 0 0 3,2 0 0
MLT,Macintosh;ANT,AirtraqNT;McG,McGrathMAC;INT,intubac¸ãonasotraqueal;Burp,pressãoparatrás,paracimaeparaadireita. Visualizac¸ãodaglotecombasenaclassificac¸ãodeCormackeLehane.
a maior taxa de intubac¸ão bem-sucedida (98,4%) em comparac¸ão comos outroslaringoscópios (96,8%e 95,8%,
p<0,001paraoAirtraqNTeMacintosh,respectivamente), embora a intubac¸ão bem-sucedida na primeira tentativa tenha sido superior a 90% para todos os participantes com todos os dispositivos. O número de manobras de aprimoramento, incluindo o uso de pinc¸a de Magill, foi significativamentereduzidonosgruposMcGrathMACe Air-traqNTemcomparac¸ãocomogrupoMacintosh(p<0,001). Houve significativamente mais cliques dentais com o uso doMacintoshemcomparac¸ãocomoMcGrathMACeAirtraq NT (p<0,001) (tabela 2). Os laringoscópios McGrath MAC e Airtraq NT pareceram exigir menosforc¸a sobre as vias aéreassuperioresdoqueoMacintosh(p<0,001).
Nocenáriodeviaaéreadifícil,oMcGrathMACeoAirtraq NTforammaispropensosaproporcionargraudevisibilidade 1ou2doqueo Macintosh(p<0,001),comquasenenhum graudevisibilidade3ou4.Aanáliseposthocmostrou visibi-lidadessignificativamentemelhoresparaoMcGrathMACdo queparaoAirtraqNT(p=0,013).Nãohouvediferenc¸a signi-ficativaentreosdispositivosparaotempoatéavisualizac¸ão daspregasvocaisparacorrigiracolocac¸ãodoTET(fig.3B). Houve várias tentativasmalsucedidas deintubac¸ão como Macintosh(cinco),AirtraqNT(quatro)eMcGrathMAC(uma).
O escore EVA para a facilidade de uso do laringoscó-pioMacintosh foisignificativamente maiordoquepara os videolaringoscópiosAirtraq NT eMcGrath MAC(p<0,001). Osparticipantesavaliarambemoslaringoscópiosindiretos, comoseu laringoscópio hipoteticamente preferido em um cenáriodeemergência,masaanáliseposthocmostrounão haverdiferenc¸asignificativaentreosgrupos(fig.4).
Discussão
Emboramuitosestudostenhamcomparadoalaringoscopia indiretaeaconvencional,8---10 nenhumestudocomparouos
Macintosh Airtraq NT McGrath MAC
p = 0,300 0
20 40 60 80 100
A
Tempo para visualizar as pregas vocais (s)
Macintosh Airtraq NT McGrath MAC
p = 0,002 0
20 40 60 80 100
Tempo de intubação (s)
Tempo de intubação (s)
Macintosh Airtraq NT McGrath MAC Macintosh Airtraq NT McGrath MAC
p < 0,001 0 p < 0,001
20 40 60 80 100
0 20 40 60 80 100
Tempo para visualizar as pregas vocais (s)
B
D
C
Figura2 Gráficosquemostramotempoparavisualizaraspregasvocaiseotempodeintubac¸ãoemsimulac¸ãodeviaaéreafácil (AeB)edifícil(CeD).
Macintosh Airtraq NT McGrath MAC
p = 0,018 p = 0,510
McGrath MaC Macintosh Airtraq NT
–20 0 20 40 60 80 100
–20 0 20 40 60 80 100
A
B
∆
t (S) ∆
t (S)
Figura3 Gráficosquemostramotempodesdeavisualizac¸ãodaspregasvocaisatéacolocac¸ãodotuboendotraqueal(TET)na traqueiaemsimulac¸ãodeviaaéreafácil(A)edifícil(B).
o risco de lesão dentária e de intensidade da forc¸a nas vias aéreas superiores. Essas vantagens foram mais evi-dentes em ‘‘cavidade orofaríngea limitada’’ ou cenário difícil.
O tempo reduzido de intubac¸ão observado no grupo McGrath MACcorrobora umestudo clínico preliminar que comparou o Macintosh com o McGrath Série 5.11 No
entanto,osresultadosobtidosem estudosanteriores para intubac¸ãooralcomoMcGrathSérie5contrastamcomnossos resultados.12---14Essadiferenc¸apoderefletirofatodequea
versãoatualdoMcGrathincorporaumalâminaMacintosh,15
EstudocomparandooslaringoscópiosAirtraq NT,McGrath MACeMacintosh 295
A
B
C
10
9
8
7
6
10
9
8
7
6 10
9
8
7
6
Airtraq NT McGrath MAC Macintosh
Airtraq NT McGrath MAC Macintosh
Airtraq NT McGrath MAC Macintosh
Campo de visão (EVA)
Fácil de usar (EVA)
Uso em emergência (EVA)
p < 0,001
p = 0,009 p < 0,001
Figura4 Gráficosquerepresentamosescoresdaescalavisualanalógica(EVA)nasavaliac¸õessubjetivas dosparticipantesdos dispositivos.
OAirtraqNTproporcionoumaisvisualizac¸ões laringoscó-picas degrau 1doqueosoutrosdois dispositivos,masos temposdeintubac¸ãoforammaislongoseforamnecessárias maistentativasparaintubaremcomparac¸ãocomoMcGrath MAC.Emcontraste,otempodeintubac¸ãooralcomoAirtraq padrãofoimaisrápidodoquecomoutrosdispositivos.16,17
IssopodeserdevidoaocanallateralqueguiaoTETatravés daglote.7,18 OAirtraq NT nãotem umcanal paraguiar o
TET,preservaalâmina angulada,masporissoavisãocom oAirtraqNTnãocorrespondenecessariamenteaocaminho seguidopeloTET,tornamaisdifícilapassagemdotubo endo-traqueal.Manobras adicionaispodemser necessárias e as quatrointubac¸õesmalsucedidasqueobservamosocorreram porqueosparticipantesencontraramdificuldadepara colo-caroTETnaglote.Essafoiconsideradaumalimitac¸ãogeral doslaringoscópiosindiretos.19
Durante a INT, em contraste com a intubac¸ão oral, o tempode intubac¸ão dependemenosdo temponecessário paraexporagloteemaisdotemponecessárioparafazero tuboendotraquealavanc¸ardanasofaringeatéaglote.20 O
tempotranscorridoentreavisualizac¸ãodaspregasvocaise ainserc¸ãodoTETfoimenorcomoMcGrathMACdoquecom oAirtraqNTeoMacintoshemambososcenários, provavel-mente porque poucas manobras deaprimoramento foram necessárias.
OAirtraqNTeoMcGrathMACpareceramreduzirasforc¸as eoriscodelesãodentáriaemcomparac¸ãocomoMacintosh, oqueéconsistentecomestudosanterioresqueusaram larin-goscópios indiretos.21---24 Em laringoscopia convencional, é
preciso umaforc¸a significativapara alinhar oseixos oral, laríngeoefaríngeo,25 masissonãoénecessárioquandose
usaumlaringoscópioindireto.7,19 Aliteraturanãodescreve
lesão dentária ou das vias aéreas superiores causada por essesdispositivos.
A familiaridade com o laringoscópio Macintosh para intubac¸ãotraquealderotinapodeterintroduzidoviésneste estudo.Contudo,nãohouverelac¸ãoentreaexperiênciado operadoreotemponecessárioparaaINTcomos laringoscó-piosindiretos.Issocorroboraestudosanteriores.Indicaque osnovoslaringoscópiosópticos e comvídeo são fáceisde usare apresentamumacurva deaprendizado semelhante tanto para osanestesiologistas residentes quanto para os quecompõemaequipemédicadainstituic¸ão.14,18,26
Os resultados deste estudo indicam que os laringoscó-piosindiretospodemoferecervantagensnomanejodevia aérea difícil secundária à reduc¸ão do espac¸o orofaríngeo (presenc¸a de tumor,infecc¸ão ouretalho demúsculo após cirurgiareconstrutora).Poucaspublicac¸õesabordaramesse tópico,27---29 embora doisestudos clínicosrecentes tenham
Macintosh.20,30Esseestudodifereemváriospontosefornece
informac¸õesadicionais.
Nossoestudotemlimitac¸ões.A principaléque usamos ummanequimem vez depacientes. Umsimulador davia aéreanãoreproduzcomexatidão ascondic¸õesclínicasde intubac¸ão,comdiferenc¸asqueincluemosurgimentodegás umedecido,secrec¸õesousangue,oqueaumentaa dificul-dade.Contudo,estudoscommanequinspermitemcondic¸ões bemcontroladasereprodutíveis,especialmenteparaos dis-positivos médicos ainda nãotestados. Essa conduta evita danosaospacientesemantémapadronizac¸ãorigorosadas condic¸õesdoestudo, em comparac¸ão coma variabilidade dasdiferentesanatomiasdasviasaéreasdopaciente.Além disso,usamossomenteumaabordagemparaocenáriodevia aéreadifícileoutroscenáriospodemresultarem desempe-nhoopcionalpelodispositivo.Noentanto,estudosclínicos recentesapoiamasprincipaisdescobertasnessemodelode simulac¸ão.11,20,30 Em um estudo com esse desenho não é
possível‘‘cegar’’osparticipanteseinvestigadoresparaos dispositivos,oquetambémpodeintroduzirviés.Tentamos controlaressepossívelviésaopredeterminardesfechos cla-roseconsistenteseusarumdesenhodeestudorandômico ecruzado. Otamanhodaamostrafoi calculadocom base notempo de intubac¸ão, por isso o poder das análises de nossosdesfechossecundáriosedossubgrupospodetersido subestimado.Aestimativadaforc¸aaplicadaàsviasaéreas foiumaopiniãosubjetivaquenãoenvolveuumsistemade mensurac¸ão e pode não ser válida no que diz respeito à reprodutibilidade.Finalmente,háváriosoutros laringoscó-piosdisponíveis;portanto,onossoestudosócontribuipara acompreensãogeralnessaárea.
Emconclusão,nesteestudocommanequinsos laringos-cópiosAirtraq McGrathpareceramsermaisúteisdoqueo laringoscópio Macintoshconvencional sob condic¸ões simu-ladas.Ambos osdispositivosforamassociadosaumtempo menordeintubac¸ãoeamenostentativasemaiorsatisfac¸ão, possivelmenteporcausadamelhorvisualizac¸ãoqueparece resultar de menos manobras adicionais para melhorar a visão.Arelevânciaclínicaédesconhecidaatéqueestudos clínicoscomparativos semelhantes sejam conduzidos para estabelecerosbenefícioseasdesvantagensdesses disposi-tivosduranteaintubac¸ãonasotraqueal.
Financiamento
Esteestudofoiapoiadosomenteporfundosdepartamentais einstitucionais.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Agradecimentos
Atodososmembros doDepartamentodeAnestesiae Tra-tamentoIntensivodoComplexoHospitalarUniversitáriode Corunhapor suas participac¸õesno estudo e aosmembros doCentrodeEnsinoeTecnologiaporseuinestimávelapoio logístico.
Referências
1.AyusoMA,SalaX,LuisM,etal.Predictingdifficultorotracheal intubationinpharyngo-laryngealdisease:preliminaryresultsof acompositeindex.CanJAnaesth.2003;50:81---5.
2.MayhewJF.Airwaymanagementfororalandmaxillofacial sur-gery.IntAnesthesiolClin.2003;41:57---65.
3.HallCE,ShuttLE.Nasotrachealintubationforheadandneck surgery.Anaesthesia.2003;58:249---56.
4.Gómez-Ríos MA, Serradilla LN. Use of the Airtraq® optical
laryngoscope for nasotracheal intubation in predicted dif-ficult airway management in oral surgery. Can J Anaesth. 2010;57:1136---7.
5.KristensenMS,MøllerJ.Airwaymanagementbehaviour, expe-rienceandknowledgeamongDanishanaesthesiologists---room forimprovement.ActaAnaesthesiolScand.2001;45:1181---5. 6.Mason RA. Learning fibreoptic intubation: fundamental
pro-blems.Anaesthesia.1992;47:729---31.
7.Niforopoulou P, Pantazopoulos I, Demestiha T, et al. Video--laryngoscopes in the adult airway management: a topi-cal review of the literature. Acta Anaesthesiol Scand. 2010;54:1050---61.
8.MaassenR,LeeR,HermansB,etal.Acomparisonofthree vide-olaryngoscopes:theMacintoshlaryngoscopebladereduces,but doesnotreplace,routinestyletuseforintubationinmorbidly obesepatients.AnesthAnalg.2009;109:1560---5.
9.EnomotoY,AsaiT,AraiT,etal.Pentax-AWS,anew videolaryn-goscope,ismoreeffectivethantheMacintoshlaryngoscopefor trachealintubationinpatientswithrestrictedneckmovements: arandomizedcomparativestudy.BrJAnaesth.2008;100:544---8. 10.McElwainJ,MalikMA,HarteBH,etal.ComparisonoftheC-MAC videolaryngoscopewiththeMacintoshGlidescope,andAirtraq laryngoscopes ineasyand difficultlaryngoscopy scenarios in manikins.Anaesthesia.2010;65:483---9.
11.BamgbadeOA,OnaolapoMH,ZuokumorPA.Nasotracheal intu-bation withthe McGrathvideolaryngoscope in patientswith difficultairway.EurJAnaesthesiol.2011;28:673---4.
12.NgI,HillAL, WilliamsDL,etal.Randomizedcontrolledtrial comparing the McGrath videolaryngoscope with the C-MAC videolaryngoscopeinintubatingadultpatientswithpotential difficultairways.BrJAnaesth.2012;109:439---43.
13.RayDC,BillingtonC,KearnsPK,etal.AcomparisonofMcGrath andMacintoshlaryngoscopesinnoviceusers:amanikinstudy. Anaesthesia.2009;64:1207---10.
14.Savoldelli GL, Schiffer E, Abegg C, et al. Comparison of the Glidescope, the McGrath, the Airtraq and the Macin-toshlaryngoscopesinsimulateddifficultairways*.Anaesthesia. 2008;63:1358---64.
15.HyugaS,SekiguchiT,IshidaT,etal.Successfultracheal intuba-tionwiththeMcGrath(®)MACvideolaryngoscopeafterfailure
withthePentax-AWSTMinapatientwithcervicalspine
immo-bilization.CanJAnaesth.2012;59:1154---5.
16.Lu Y, Jiang H, Zhu YS. Airtraq laryngoscope versus con-ventional Macintosh laryngoscope: a systematic review and meta-analysis.Anaesthesia.2011;66:1160---7.
17.McElwain J,LaffeyJG. Comparison oftheC-MAC® Airtraq®,
and Macintoshlaryngoscopes in patientsundergoingtracheal intubation withcervical spineimmobilization. Br J Anaesth. 2011;107:258---64.
18.Savoldelli GL,SchifferE,Abegg C,et al. Learningcurves of theGlidescope,theMcGrathandtheAirtraqlaryngoscopes:a manikinstudy.EurJAnaesthesiol.2009;26:554---8.
19.PottLM,MurrayWB.Reviewofvideolaryngoscopyandrigid fibe-ropticlaryngoscopy.CurrOpinAnaesthesiol.2008;21:750---8. 20.StMontG,BieslerI,PförtnerR,etal.Easyanddifficultnasal
intubation---arandomisedcomparisonofMacintoshvsAirtraq®
EstudocomparandooslaringoscópiosAirtraq NT,McGrath MACeMacintosh 297
21.Malik MA, Hassett P, Carney J, et al. A comparison of the Glidescope Pentax AWS, and Macintosh laryngoscopes when usedby novice personnel: a manikin study. Can J Anaesth. 2009;56:802---11.
22.Liu L, Tanigawa K, Kusunoki S, et al. Tracheal intu-bation of a difficult airway using Airway Scope Air-traq, and Macintosh laryngoscope: a comparative manikin study of inexperienced personnel. Anesth Analg. 2010;110: 1049---55.
23.CarassitiM,ZanzonicoR,CecchiniS,etal.Forceandpressure distributionusingMacintosh andGlideScope laryngoscopes in normaland difficult airways:a manikinstudy. Br JAnaesth. 2012;108:146---51.
24.Maharaj CH, Higgins BD, Harte BH, et al. Evaluation of intubationusingtheAirtraqorMacintoshlaryngoscopeby ana-esthetists in easy and simulated difficult laryngoscopy --- a manikinstudy.Anaesthesia.2006;61:469---77.
25.El-OrbanyM,WoehlckH,SalemMR.Headandneckpositionfor directlaryngoscopy.AnesthAnalg.2011;113:103---9.
26.Maharaj CH, Costello JF, Higgins BD, et al. Learning and performanceoftrachealintubationbynovicepersonnel:a com-parisonoftheAirtraqandMacintoshlaryngoscope.Anaesthesia. 2006;61:671---7.
27.Nicholas TA, Bernhagen MA, Boedeker BH. Nasotracheal intubation in a difficult airway using the Storz C-MAC Vide-olaryngoscope,theBoedekerBougieendotrachealintroducer, andtheBoedekercurvedforceps.StudHealthTechnolInform. 2012;173:310---2.
28.JonesPM,ArmstrongKP,ArmstrongPM,etal.Acomparisonof glidescopevideolaryngoscopytodirectlaryngoscopyfor naso-trachealintubation.AnesthAnalg.2008;107:144---8.
29.SuzukiA, OnoderaY, MitamuraSM,etal. Comparisonofthe Pentax-AWSAirwayScopewiththeMacintoshlaryngoscopefor nasotracheal intubation:a randomized, prospective study.J ClinAnesth.2012;24:561---5.