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Níveis nutricionais de lisina, de metionina+cistina e de treonina digestíveis para galinhas poedeiras no 2º ciclo de produção

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MARLENE SCHMIDT

NÍVEIS NUTRICIONAIS DE LISINA, DE METIONINA+CISTINA E DE TREONINA DIGESTÍVEIS PARA GALINHAS POEDEIRAS NO 2º CICLO DE

PRODUÇÃO

Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de “Doctor Scientiae”

VIÇOSA

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MARLENE SCHMIDT

NÍVEIS NUTRICIONAIS DE LISINA, DE METIONINA+CISTINA E DE TREONINA DIGESTÍVEIS PARA GALINHAS POEDEIRAS NO 2º CICLO DE

PRODUÇÃO

Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, para obtenção do título de “Doctor Scientiae”

APROVADA: 03 de abril de 2006

________________________________ Prof. Luiz Fernando Teixeira Albino

(Conselheiro)

______________________________ Prof. Horácio Santiago Rostagno

(Conselheiro)

________________________________ Prof. Ricardo Vianna Nunes

____________________________ Dr. Júlio Maria Ribeiro Pupa

_______________________________ Prof. Paulo Cezar Gomes

(3)

À Deus, pelo dom da vida,

À toda minha família, pelo amor, carinho, incentivo e apoio,

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AGRADECIMENTO

À Universidade Federal de Viçosa, por intermédio do Departamento de Zootecnia (DZO), e à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, pela oportunidade de realização deste curso.

À Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CNPq), pela concessão da bolsa de estudo.

Ao professor orientador Paulo Cezar Gomes, pelo valioso ensinamento, acompanhamento e exemplo de competência.

Aos professores conselheiros, Horácio Santiago Rostagno e Luiz Fernando Teixeira Albino pelo auxílio e sugestões nos momentos necessários.

Aos professores, Ricardo Vianna Nunes e Júlio Maria Ribeiro Pupa pelo auxílio, atenção e sugestões na realização deste trabalho.

Aos funcionários da Avicultura-DZO, da Universidade Federal de Viçosa, pela amizade, carinho e auxílio para com todas as atividades durante a fase experimental.

Aos funcionários do Departamento de Zootecnia, pela ajuda, descontração e amizade durante todo o período do curso.

Aos colegas do curso, em especial, Marcos Antônio Bomfim, Edwiney Sebastião Cupertino, Gladstone Brumano e Luciano Morais Sá pela ajuda, incentivo constante e leal amizade.

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BIOGRAFIA

MARLENE SCHMIDT, filha de Cacildo Schmidt e Hilde Engelsing Schmidt, nasceu em Toledo, estado do Paraná, no dia 07 de setembro de 1976.

Em março de 1996 iniciou o curso de graduação em Agronomia, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, na cidade de Marechal Cândido do Rondon, colando grau em dezembro de 2000.

Em fevereiro de 2003, submetendo-se a defesa de tese para obtenção do título de “Magister Scientiae”.

(6)

ÍNDICE

RESUMO... vii

ABSTRACT... ix

CAPÍTULO 1... 01

NÍVEIS NUTRICIONAIS DE LISINA DIGESTÍVEL PARA GALINHAS POEDEIRAS NO 2º CICLO DE PRODUÇÃO... 01

RESUMO... 02

ABSTRACT... 04

1. INTRODUÇÃO... 06

2. MATERIAL E MÉTODOS... 10

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 15

4. CONCLUSÕES... 29

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 30

CAPÍTULO 2... 33

NÍVEIS NUTRICIONAIS DE METIONINA+CISTINA DIGESTÍVEL PARA GALINHAS POEDEIRAS NO 2º CICLO DE PRODUÇÃO... 33 RESUMO... 34

ABSTRACT... 36

1. INTRODUÇÃO... 38

2. MATERIAL E MÉTODOS... 41

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 46

4. CONCLUSÕES... 58

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 59

CAPÍTULO 3... 62

(7)

RESUMO... 63

ABSTRACT... 65

1. INTRODUÇÃO... 66

2. MATERIAL E MÉTODOS... 69

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 74

4. CONCLUSÕES... 88

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 89

(8)

RESUMO

SCHMIDT, Marlene D.S. Universidade Federal de Viçosa, abril de 2006. Níveis nutricionais de lisina, de metionina+cistina e de treonina digestíveis para galinhas poedeiras no 2º ciclo de produção. Orientador: Paulo Cezar Gomes. Conselheiros: Horácio Santiago Rostagno e Luiz Fernando Teixeira Albino.

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ABSTRACT

SCHMIDT, Marlene D. S. Universidade Federal de Viçosa, april, 2006. Levels nutritionales of digestible lysine, methionine+cystine and threonine to laying hens on the 2nd cycle of production. Advisor: Paulo Cezar Gomes. Committee members: Horácio Santiago Rostagno and Luiz Fernando Teixeira Albino.

(11)
(12)

CAPÍTULO 1

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RESUMO

SCHMIDT, Marlene D.S. Universidade Federal de Viçosa, abril de 2006. Níveis nutricionais de lisina digestível para poedeiras leves e semipesadas no 2º ciclo de produção. Orientador: Paulo Cezar Gomes. Conselheiros: Horácio Santiago Rostagno e Luiz Fernando Teixeira Albino.

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ABSTRACT

SCHMIDT, Marlene D. S. Universidade Federal de Viçosa, april, 2006. Requirement nutritional of digestible lysine to white-egg and brown-egg laying hens on the 2nd cycle of production. Advisor: Paulo Cezar Gomes. Committee members: Horácio Santiago Rostagno and Luiz Fernando Teixeira Albino.

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of digestible lysine for the white-egg laying hens, through linear effect was higher or equal to 0.755%, corresponding to an intake of at least 885 mg of digestible lysine/bird/day. For the brown-egg strain the required value of digestible lysine established through quadratic effect was 0.681% of lysine, what corresponds to an intake of 783 mg of digestible lysine/bird/day.

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1. INTRODUÇÃO

Entre os diversos nutrientes presentes nas dietas de aves, a proteína é considerada um dos principais, possui elevado custo e é importante no desempenho dos animais. Segundo Dale (1994) a proteína dietética influência no desempenho dos animais e sua eficiência de utilização é dependente da quantidade, da composição e da digestibilidade de seus aminoácidos, sendo estes exigidos em níveis específicos pelas aves.

O imbalanço dos aminoácidos pode reduzir a eficiência de utilização da proteína dietética e diminuir o consumo de alimento pelas aves (Pack, 1995; Rodrigueiro, 2000). Além disso, a digestão e o metabolismo de aminoácidos em excesso, geram incremento calórico corporal desnecessário, provocando maior demanda energética para a excreção do nitrogênio, podendo resultar em fezes mais aquosas com conseqüentes problemas de manejo.

Assim como o excesso, a deficiência também é prejudicial. Klasing (1998) afirma que em aves adultas, a deficiência de aminoácidos resulta no catabolismo da proteína corporal, principalmente daquelas presentes no músculo esquelético. Em se tratando de poedeiras, em fase de produção, o problema se torna mais agravante, em função da grande demanda de proteína (13 – 14%) para síntese do ovo (USDA National Organic Program, 2001).

(18)

e a preços compatíveis, têm permitido aos nutricionistas formulações de dietas mais próximas da exigência animal, resultando em melhor aproveitamento da proteína dietética, com menores custos e produção de resíduos menos nocivos ao meio ambiente. Outra grande vantagem do uso de aminoácidos sintéticos, é a possibilidade de se estabelecer uma relação ideal entre todos os aminoácidos na dieta, através do conceito de proteína ideal, tendo como resultado imediato a redução dos níveis protéicos da ração. Segundo Parsons & Baker (1994), quando se trabalha com base na proteína ideal está se trabalhando com uma mistura adequada de aminoácidos, de forma a atender sem excesso ou deficiência, a exigência de aminoácidos para mantença, crescimento e produção.

O uso do conceito de proteína ideal consiste em selecionar um aminoácido como aminoácido referência e basear as exigências dos outros aminoácidos como uma proporção desse aminoácido referência. De acordo Pack (1996) a lisina é utilizada como aminoácido de referência, embora seja o segundo aminoácido limitante depois da metionina em dietas de aves. Isso se justifica pelo fato de que a análise de lisina seja mais fácil de ser realizada que a de metionina e de cistina, sendo a lisina utilizada exclusivamente para a produção de proteína.

A dieta deve garantir os aminoácidos essenciais em um nível adequado de proteína bruta para assegurar um satisfatório “pool” de nitrogênio para síntese de aminoácidos (NRC, 1994). No entanto, em condições brasileiras de temperaturas elevadas, devemos sempre elevar a quantidade de aminoácidos sintéticos (metionina, lisina e treonina) com o mínimo incremento de proteína para não ocorrer aumento na produção de calor endógeno gerado pela digestão protéica (Garcia, 2004).

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ração é suficiente para um adequado desempenho, desde que mantida a quantidade de aminoácidos essenciais e o balanço aminoacídico.

Schutte & Swink (1998) conduziram um experimento para determinar o requerimento de lisina para poedeiras leves de 24 a 36 semanas de idade. A exigência de lisina total baseado nos dados de conversão alimentar e massa de ovo de 57g/ave/dia, foi estimado em 900 mg/ave/dia. Segundo estes autores, na prática, os níveis de lisina utilizados são mais baixos do que neste estudo e o requerimento de lisina foi determinado para maximizar a eficiência de utilização da ração pelas aves.

Jordão Filho et al. (2003) determinaram a exigência nutricional de lisina para poedeiras semipesadas com 30 semanas de idade utilizando níveis variando de 0,64 a 0,88%. Os autores observaram efeito significativo dos níveis de lisina sobre a produção de ovos e sobre a conversão por dúzias de ovos, com exigências estimadas em 0,766 e 0,753%, respectivamente, sendo que recomendaram a exigência de 0,760% ou 822 mg de lisina/ave/dia. Rostagno et al. (2000) recomendam 0,702 e 0,718% de lisina digestível para poedeiras leves e semipesadas em fase de produção, respectivamente e Rostagno et al. (2005) sugerem 0,727 e 0,750% de lisina digestível para linhagem leve e semipesada, respectivamente.

Jardim Filho et al. (2004b) trabalhando com níveis de 0,600 a 0,900% de lisina digestível, determinaram em função do índice de conversão uma exigência de 0,900% de lisina digestível na dieta de poedeiras Hy-Line W-36 de 28 a 44 semanas. Magalhães Araújo et al. (2005) sugerem em função da conversão por massa de ovos produzidos a exigência de 0,720% de lisina digestível para linhagem leve e semipesada durante o pico de postura.

Pesquisas sobre níveis nutricionais de lisina específicos para poedeiras comerciais no segundo ciclo de produção são escassos. As recomendações do NRC (1994) não fazem referência à poedeiras de 2º ciclo e a maioria dos manuais de linhagens também são omissos.

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(21)

2. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi conduzido nas instalações da Seção de Avicultura, do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa-MG, no período de março a agosto de 2004.

Foram utilizadas 360 aves, sendo 180 da linhagem comercial Lohmann LSL e 180 da linhagem comercial Lohmann Brown, distribuídas em um esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco níveis do aminoácido em estudo e duas linhagens, (leves e semipesadas) num delineamento inteiramente casualizado com seis repetições e seis aves por unidade experimental.

Nas fases de cria, recria e produção, as aves foram manejadas conforme descrito nos respectivos manuais das linhagens, porém, seguindo-se as recomendações de Rostagno et al. (2000) na elaboração das dietas. Na fase de produção, as aves foram alojadas aos pares, em gaiolas de 25 x 40 x 45 cm, num galpão de postura de 60 x 9 m, fechado com tela nas laterias e coberto com telha de barro.

As aves foram submetidas à muda-forçada com 72 semanas, quando a postura caiu para 75 e 70%, linhagem leve e semipesada, respectivamente. Para realização da muda- forçada, foi utilizado o método adaptado de Cotta (2002).

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50% de postura, o que correspondeu a uma idade de 79 semanas, as aves receberam as dietas experimentais.

Para determinação da exigência em lisina digestível, foram formuladas rações isoprotéicas, variando em cinco níveis de suplementação de lisina digestível. Os níveis foram obtidos a partir de uma dieta basal (Tabela 1) deficiente em lisina (0,555%), suplementada com 0,00; 0,066; 0,132; 0,198; e 0,263% de L-Lis HCl (78%), de forma a proporcionar 0,555; 0,605; 0,655; 0,705; e 0,755% de lisina digestível nas rações. Para cada nível de suplementação, foi mantida a relação dos aminoácidos essenciais em relação a lisina. As suplementações com L-Lis HCl (78%) foram feitas em substituição ao aminoácido não essencial L-glutâmico. Os demais nutrientes contidos nas rações, exceto proteína bruta, atenderam as recomendações preconizadas por Rostagno et al. (2000).

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Tabela 1. Composição percentual e valor nutricional das dietas para as poedeiras leves e semipesadas

T1 T2 T3 T4 T5

Ingredientes % % % % %

Milho 46,770 46,770 46,770 46,770 46,770

Sorgo 23,180 23,180 23,180 23,180 23,180

Farelo de Soja (45%) 16,020 16,020 16,020 16,020 16,020

Glúten de Milho (60%) 1,466 1,466 1,466 1,466 1,466

Óleo Vegetal 0,217 0,217 0,217 0,217 0,217

Fosfato Bicálcico 1,350 1,350 1,350 1,350 1,350

Calcário 8,875 8,875 8,875 8,875 8,875

Cloreto de Colina (60%) 0,020 0,020 0,020 0,020 0,020

Sal Comum 0,497 0,497 0,497 0,497 0,497

Premix Vitamínico1 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Premix Mineral2 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050

BHT3 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

Carbonato de Potássio 0,059 0,059 0,059 0,059 0,059

Amido 0,413 0,444 0,481 0,534 0,610

L-Glutâmico 0,904 0,756 0,588 0,339 0,010

L-Lisina HCL 0 0,066 0,132 0,198 0,263

DL-Metionina 0,069 0,115 0,161 0,207 0,253

L-Treonina 0 0 0 0,010 0,048

L-Triptofano 0 0,005 0,018 0,030 0,043

L-Isoleucina 0 0 0,006 0,050 0,095

L-Valina 0 0 0 0,018 0,064

Total 100 100 100 100 100

Composição Calculada4

Proteína bruta (%) 14,25 14,25 14,25 14,25 14,25

EM (Mcal/kg) 2800 2800 2802 2806 2810

Cálcio (%) 3,818 3,818 3,818 3,818 3,818

Fósforo Disponível (%) 0,341 0,341 0,341 0,341 0,341

Sódio (%) 0,227 0,227 0,227 0,227 0,227

Potássio (%) 0,545 0,545 0,545 0,545 0,545

Lisina Digestível (%) 0,555 0,605 0,655 0,705 0,755

Metionina Digestível (%) 0,289 0,334 0,379 0,424 0,469

Met + cis Digestível (%) 0,498 0,543 0,588 0,633 0,678

Treonina Digestível (%) 0,471 0,471 0,471 0,480 0,513

Triptofano Digestível (%) 0,141 0,146 0,158 0,169 0,181

Valina Digestível (%) 0,609 0,609 0,609 0,627 0,672

Arginina Digestível (%) 0,845 0,845 0,845 0,845 0,845

Leucina Digestível (%) 1,408 1,408 1,408 1,408 1,408

Isoleucina Digestível (%) 0,550 0,550 0,556 0,598 0,642

Histidina Digestível (%) 0,348 0,348 0,348 0,348 0,348

Fenilananina Digest (%) 0,672 0,672 0,672 0,672 0,672

1

Rovimix matrizes (Roche) – Composição/kg: vit. A 12.000.000 U.I., vit D3 3.600.000 U.I., vit. E 3.500 U.I., vit B1 2.500 mg, vit B2 8.000 mg, vit B6 3.000 mg, ác. pantotênico 12.000 mg, biotina 200 mg, vit. K 3.000 mg, ác. fólico 3.500mg, ác. nicotínico 40.000 mg, vit. B12 20.000mcg, selênio 130 mg, veículo q.s.p. 1.000g.

2

Roligomix Aves (Roche) – Composição/kg: manganês -160g, ferro -100g, zinco -100g, cobre - 20g, cobalto -2g, iodo –2g, excipiente q.s.p. – 1000g.

3

Butil-hidróxi-tolueno (antioxidante). 4

(24)

A partir da 79ª semana de idade, as poedeiras foram submetidas aos tratamentos, iniciando-se o período experimental, que teve a duração de 16 semanas, subdivididos em 4 períodos de 28 dias cada. As rações foram fornecidas, diariamente, em dois horários, às 7:00 e às 17:00 horas, garantido às aves consumo de alimento e água, à vontade, durante todo o período experimental.

O programa de luz utilizado foi o mesmo adotado pelo Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da UFV. A temperatura do galpão foi monitorada duas vezes ao dia, por quatro termômetros de máxima e mínima, que estavam distribuídos por todo o galpão, posicionados à altura das aves.

Os parâmetros avaliados a cada período de 28 dias foram: consumo de ração, consumo de lisina, conversão alimentar/dúzia de ovos, conversão alimentar/massa de ovos, taxa de postura, peso de ovos, massa de ovos, porcentagem dos componentes dos ovos (casca, albúmen e gema) e qualidade interna dos ovos (unidade Haugh, índice de gema e índice de albúmen). O ganho de peso foi avaliado somente no final do período experimental.

O consumo de ração foi determinado ao final de cada período. Com base neste consumo e na porcentagem de lisina em cada tratamento, determinou-se o consumo de lisina em mg/ave/dia.

A coleta de ovos foi realizada diariamente e o cálculo da taxa de postura baseou-se no número de ovos/ave/dia. Os ovos foram pesados nos quatro últimos dias de cada período experimental para a determinação do peso e da massa de ovos, esta última obtida através do produto do número de ovos produzidos em cada período pelo peso médio dos ovos.

A conversão alimentar foi calculada pela divisão do consumo de ração pela produção em dúzias de ovos (kg/dz) e pela massa de ovos (g/g), em cada um dos 4 períodos.

Para determinação da porcentagem dos componentes dos ovos e da qualidade interna, foram coletados 4 ovos/unidade experimental nos três últimos dias de cada período, dois para determinação da porcentagem de casca, albúmen e gema e dois para determinação da unidade Haugh, índice de gema e de albúmen.

(25)

peso do albúmen foi obtido pela diferença entre o peso total do ovo menos o peso da casca e da gema.

Para determinação da unidade Haugh, procedeu-se a quebra dos ovos para a medição da altura de albúmen por meio do micrômetro tipo AMES S-6428 e em seguida determinou-se a unidade Haugh utilizando a fórmula desenvolvida por Haugh (1937): UH = 100 log (H + 7,57 – 1,7 W 0,37) em que H = altura do albúmen (mm); W = peso do ovo (g); 7,57 = fator de correção para altura do albúmen; e 1,7 = fator de correção para peso do ovo. Também foram medidos os diâmetros de albúmem e de gema, com paquímetro e a altura de albúmen e de gema por meio do micrômetro tipo AMES S-6428, para determinação dos índices de albúmem e de gema, utilizando as seguintes fórmulas: Índice de albúmen = altura de albúmen/média dos diâmetros do albúmen; Índice de gema = altura de gema/média dos diâmetros de gema.

(26)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A média dos resultados obtidos dos quatro períodos em função dos níveis de lisina para o consumo de ração, o consumo de lisina, a conversão alimentar por dúzia de ovos e a conversão alimentar por massa de ovos, para a linhagem leve e semipesada são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Efeito dos diferentes níveis de lisina (LIS) sobre o consumo de ração, consumo de lisina, conversão alimentar por dúzia de ovos (CADZ) e conversão alimentar por massa de ovos (CAMO) de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

1As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05).

2 Efeito quadrático

3 Efeito linear

** (P<0,01); * (P<0,05) e ns (P>0,05)

Níveis de LIS

Consumo de ração (g/ave/dia)

Consumo de lisina (mg/ave/dia)

CADZ (kg ração/dúzia

de ovos)

CAMO (g ração/g massa de ovos)

(%) L2 SP L3 SP3 L3 SP L2 SP2

0,555 106,25 113,94 589,67 632,36 1,80 1,90 2,39 2,43 0,605 113,94 114,21 689,34 690,99 1,79 1,85 2,23 2,28 0,655 115,63 114,77 757,39 751,73 1,70 1,84 2,11 2,24 0,705 115,66 116,99 815,39 824,79 1,63 1,77 2,06 2,14 0,755 116,07 114,23 876,35 862,43 1,64 1,85 2,07 2,29

** Ns ** ** ** ns * **

Média1 113,51 a 114,83 b 745,63 a 752,46 b 1,71 a 1,84 b 2,17 a 2,28 b

(27)

Obteve-se efeito quadrático dos níveis de lisina (P<0,01) sobre o consumo de ração e sobre a conversão alimentar por massa de ovos (P<0,05) para a linhagem leve. Para o consumo de lisina e para a conversão alimentar por dúzia de ovos obteve-se efeito linear dos níveis de lisina (P<0,01) considerando-se a mesma linhagem. As exigências de lisina para a linhagem leve foram estimadas em 0,701 e 0,727%, o corresponde ao consumo de 810 e 846 mg de lisina/ave/dia para as variáveis consumo de ração e conversão alimentar por massa de ovos, respectivamente.

Carvalho et al. (2004) trabalhando com poedeiras leves no período final de postura (44 a 55 semanas) submetidas ao estresse térmico e alimentadas com dietas contendo níveis crescentes de lisina total (0,541;0,621; 0,701; 0,781 e 0, 861%), observaram efeito linear (P<0,05) para consumo de ração e conversão alimentar (g/g), diferindo do observado neste experimento. Estes autores concluíram que a exigência de lisina total para aves submetidas à estresse térmico é igual ou superior a 0,861%, correspondendo a um consumo médio equivalente à 786 mg de lisina total/ave/dia.

Para as variáveis, consumo de ração e a conversão alimentar por dúzia de ovos, os resultados encontrados concordam com os observados por Jardim Filho et al. (2004b). Estes autores avaliaram níveis de 0,6 a 0,9% de lisina digestível em dietas de poedeiras leves e obtiveram efeito linear (P<0,05) para conversão alimentar por dúzia de ovos (kg/dz) e efeito quadrático (P<0,05) para consumo de ração aos 28 semanas de idade. No entanto, diferente do observado neste experimento, obtiveram efeito linear também para a variável conversão alimentar por massa de ovos (g/g) e sugeriram 0,900% de lisina digestível para melhor resultado dos índices de conversão.

O consumo de ração e a conversão alimentar por dúzia de ovos não foram influenciados pelos níveis de lisina na ração (P>0,05) para a linhagem semipesada. Para o consumo de lisina observou-se efeito linear positivo (P<0,01) e para a conversão alimentar por massa de ovos obteve-se efeito quadrático (P<0,01) dos níveis de lisina na ração. Estes resultados corroboram em parte com os encontrados por Sá (2005). Este autor trabalhando com níveis de lisina digestível (0,584; 0,634; 0,684; 0,734 e 0,784%) em dietas de poedeiras semipesadas de 34 a 50 semanas de idade, também não observou efeito dos níveis de lisina (P>0,05) sobre o consumo de ração. Por outro lado, observou efeito quadrático (P<0,05) sobre a conversão alimentar (kg/dz) e estimou a exigência de lisina digestível em 0,692%, correspondendo a um consumo diário de 778 mg/ave/dia.

(28)

mg/ave/dia de lisina; valor próximo ao encontrado por Sá (2005) e Bertechini et al. (1995), que foram de 778 e 789 mg de lisina/ave/dia, respectivamente, para melhor resposta de conversão alimentar por dúzia de ovos.

Jordão Filho et al. (2003) avaliaram as exigências nutricionais de lisina para poedeiras semipesadas de 30 semanas de idade. Trabalharam com níveis de lisina total de 0,640; 0,680; 0,720; 0,760; 0,800; 0,840 e 0,880%. Os autores não observaram efeito significativo dos níveis de lisina sobre o consumo de ração, massa de ovos, conversão por massa de ovos, e gravidade específica. Por outro lado, obtiveram efeito sobre a produção de ovos e sobre a conversão alimentar por dúzias de ovos com exigências estimadas em 0,766 e 0,753% de lisina, respectivamente. Recomendaram a exigência de 0,760% ou 822 mg de lisina/ave/dia.

O consumo de ração foi significativamente maior (P<0,05) para a linhagem semipesada (em média 1,32 g/ave/dia) em relação à linhagem leve. Este resultado não corrobora com o encontrado por Sá (2005) que observou consumo maior para a linhagem leve em relação à linhagem semipesada (122,0 g “versus” 112,5 g), contrariando dados de literatura e os recomendados pelos manuais das linhagens.

A conversão alimentar por dúzia e por massa de ovos diferiu (P<0,05) entre as linhagens e observou-se melhores resultados em ambas variáveis para a linhagem leve. Para a linhagem leve os valores de conversão para dúzias de ovos produzidos variaram entre 1,63 a 1,80 kg de ração/dúzia de ovos contra 1,77 a 1,90 kg de ração/dúzia de ovos para a linhagem semipesada. Os valores de conversão para massa de ovos variaram entre 2,06 a 2,39 g de ração/g massa de ovo para a linhagem leve contra 2,14 a 2,43 g de ração/g massa de ovo para a linhagem semipesada.

A média dos resultados obtidos dos quatro períodos em função dos níveis de lisina para taxa de postura, peso e massa de ovos, para as linhagens leve e semipesada, são apresentados na Tabela 3.

(29)

Tabela 3. Efeito dos diferentes níveis lisina (LIS)sobre a taxa de postura, peso de ovos e massa de ovos de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

Níveis de LIS

Taxa de postura (%)

Peso dos ovos (g)

Massa de ovos (g/ave/dia)

(%) L2 SP L3 SP3 L3 SP3

0,555 71,15 74,33 62,84 63,76 44,73 47,36

0,605 77,42 76,10 66,46 66,26 51,43 50,42

0,655 82,45 76,46 66,57 67,32 54,80 51,43

0,705 83,27 80,47 67,53 68,03 56,16 54,75

0,755 85,27 76,45 66,17 65,26 56,43 49,94

** ns ** ** ** **

Média1 79,91 a 76,76 b 65,91 a 66,13 a 52,71 a 50,78 b

CV (%) 5,43 1,72 5,35

1As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05). 2

Efeito linear 3

Efeito quadrático

** (P<0,01) e ns (P>0,05)

Os resultados das variáveis observadas para a linhagem semipesada não concordam com os encontrados por Jordão Filho et al. (2003). Estes autores quando trabalharam com níveis de lisina variando de 0,640 a 0,880% na dieta, não encontraram efeito (P>0,05) sobre o peso e massa de ovos e sobre a taxa de postura observaram efeito (P<0,05) quadrático, estimando a exigência em 0,766% de lisina. Sá (2005) também obteve efeito quadrático (P<0,05) dos níveis de lisina digestível na dieta sobre a taxa de postura, tanto para a linhagem leve como semipesada e estimou a exigência de 0,706% o que corresponde ao consumo de 861 mg de lisina digestível/ave/dia para a linhagem leve e de 0,714% equivalendo ao consumo de 803 mg de lisina digestível/ave/dia para a linhagem semipesada.

(30)

Considerando a variável taxa de postura para a linhagem leve, os resultados são condizentes com os de Carvalho et al. (2004). Estes autores utilizaram níveis de lisina variando de 0,541 a 0, 861% na dieta das poedeiras no final de postura (44 a 55 semanas) e também observaram efeito linear (P<0,05) sobre a taxa de postura. Por outro lado, para peso de ovos não observaram efeito (P>0,05) e para massa de ovos obtiveram efeito linear (P<0,05) dos níveis de lisina na ração. Jardim Filho et al. (2004b) não observaram efeito dos níveis de lisina na dieta sobre a taxa de postura de poedeiras Hy-Line W 36, no período de 28 a 44 semanas de idade.

As exigências de lisina estimadas para o peso e para a massa de ovos foram de 0,685 e 0,721% o que corresponde ao consumo de 788 mg/ave/dia e 838 mg/ave/dia, respectivamente, para a linhagem leve. Já para a linhagem semipesada a exigência de lisina para o peso e a massa de ovos foi estimada em 0,670 e 0,680% o que corresponde a um consumo de 770 e 782 mg/ave/dia, respectivamente.

Schutte & Swink (1998) conduziram um experimento para determinar o requerimento de lisina para poedeiras leves. A exigência de lisina total baseado nos dados de conversão alimentar e massa de ovo de 57g/ave/dia, foi estimado em 900 mg/ave/dia. Segundo os pesquisadores, na prática, os níveis de lisina utilizados são mais baixos do encontrado acima, mas que o requerimento de lisina foi determinado para maximizar a eficiência de utilização da ração pelas aves. Por outro lado, a exigência encontrada neste experimento para poedeiras leves, para melhor resultado de massa de ovos de 56,7 g/ave/dia (valor próximo de 57 g/ave/dia), foi de 838 mg de lisina digestível/ave/dia. Sendo assim, a exigência de 900 mg/ave/dia, para massa de ovos de 57 g/ave/dia, está muito próximo a exigência estimada neste experimento que foi de 0,823 mg de lisina digestível para massa de ovos de 56,7 g/ave/dia, uma vez que 900 mg/ave/dia refere-se a lisina total.

Faria et al. (2003) reavaliaram a exigência de lisina total para poedeiras comerciais realizando dois experimentos onde foram suplementados todos os aminoácidos e deixada a lisina como limitante. De acordo com a regressão broken-line, a exigência diária de lisina foi de 633,1 e 642,9 mg/ave/dia no experimento I e de 606,6 mg/ave/dia, no experimento II, para produção e massa de ovos, respectivamente, valores bastante inferiores aos encontrados neste experimento.

(31)

linhagem leve em relação à linhagem semipesada. O peso de ovos, embora não diferindo estatisticamente, foram em média mais pesados para a linhagem semipesada (66,13 g “versus” 65,91 g).

Sá (2005) também observou diferença entre linhagens (P<0,05) para a variável taxa de postura, porém a postura foi melhor em apenas 1,41 % para a linhagem leve em relação à linhagem semipesada. Conseqüentemente, para a variável massa de ovos este mesmo autor não obteve efeito (P>0,05) de linhagem.

O efeito dos diferentes níveis de lisina na ração sobre a unidade Haugh, índice de gema e índice de albúmen, para as linhagens, leve e semipesada, são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4. Efeito dos níveis de lisina sobre a unidade Haugh e sobre os índices de gema e de albúmem de ovos de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

Níveis de Lisina

Unidade Haugh Índice de gema Índice de albúmen

(%) L SP L SP2 L SP

0,555 90,69 86,14 0,488 0,508 0,117 0,109

0,605 91,35 85,80 0,487 0,519 0,119 0,100

0,655 91,42 86,48 0,489 0,519 0,119 0,105

0,705 92,52 88,17 0,502 0,508 0,119 0,110

0,755 89,20 82,44 0,490 0,489 0,118 0,094

ns ns ns * ns ns

Média1 91,04 a 85,80 b 0,491 a 0,508 b 0,118 a 0,104 b

CV (%) 3,68 3,72 6,54

1As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05).

2 Efeito quadrático

* (P<0,05) e ns (P>0,05)

Os níveis de lisina não influenciaram (P>0,05) as variáveis em questão para ambas as linhagens, com exceção do índice de gema (P<0,05) para a linhagem semipesada, a qual obteve-se efeito quadrático. A exigência estimada para melhor índice de gema para a linhagem semipesada foi de 0,633% de lisina o que corresponde a um consumo de 726 mg/ave/dia.

(32)

níveis de lisina sobre estes parâmetros. Prochasca et al. (1996) avaliando a influência da ingestão de três níveis de lisina (677; 1154 e 1613 mg/ave/dia), sobre os componentes dos ovos (sólidos do albúmen, sólidos de gema, proteína do albúmen e proteína da gema) de poedeiras de 42 a 64 semanas de idade, detectaram efeito significativo nas variáveis avaliadas, sendo que o maior nível de ingestão de lisina proporcionou maior resposta destes componentes.

Houve diferença significativa (P<0,05) entre as linhagens para as variáveis, unidade Haugh, índice de gema e de albúmen. Em média observou-se melhores resultados de unidade Haugh e de índice de albúmen para a linhagem leve em relação a linhagem semipesada, ou seja, 91,04 “versus” 85,80 e 0,118 “versus” 0,104, respectivamente. A melhor resposta de índice de gema foi obtida com a linhagem semipesada (0,508 “versus” 0,491).

A média dos resultados obtidos dos quatro períodos em função dos níveis de lisina na ração para a porcentagem de casca, de albúmen e de gema, para a linhagem leve e semipesada, são apresentados na Tabela 5. As variáveis em questão não foram influenciadas (P>0,05) pelos níveis de lisina na ração para ambas as linhagens, com exceção da porcentagem de casca a qual obteve-se efeito linear negativo (P<0,01) para a linhagem leve. Estes resultados estão de acordo com Rombola et al. (2004), que ao avaliarem diferentes níveis de proteína e dois níveis de lisina (0,850 e 1,000%) em dietas de poedeiras leves (49 a 56 semanas de idade), não observaram efeito dos níveis de lisina sobre a porcentagem de gema e de albúmen e concluíram que de modo geral a qualidade interna dos ovos são levemente alteradas pelos níveis de proteína ou de lisina na dieta. Por outro lado, Novak et al. (2000) obtiveram melhores resultados de porcentagem de albúmen e de gema quando trabalharam com 0,900% de lisina na ração de poedeiras comerciais.

(33)

Tabela 5. Efeito dos níveis de lisina sobre a percentagem de casca, de albúmen e de gema em poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

Níveis de Lisina

% de Casca % de Albúmen % de Gema

(%) L2 SP L SP L SP

0,555 9,99 9,80 64,31 65,67 25,70 24,52

0,605 9,72 9,67 64,63 65,16 25,66 25,17

0,655 9,78 9,63 64,02 64,96 26,20 25,41

0,705 9,78 9,71 64,50 64,94 25,72 25,35

0,755 9,37 9,74 64,51 64,88 26,11 25,38

** ns ns ns ns ns

Média1 9,73 a 9,71 a 64,39 a 65,12 b 25,88 a 25,16 b

CV (%) 2,54 1,22 2,75

1As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05).

2 Efeito linear

** (P<0,01) e ns (P>0,05)

Os resultados médios obtidos dos quatro períodos para ganho de peso são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6. Efeito dos níveis de lisina sobre o ganho de peso (GP) de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

Níveis de Lisina

Peso Inicial (g/ave) Peso Final (g/ave) GP (g/ave)

(%) L SP L2 SP L3 SP

0,555 1558 1833 1487 1857 -71 24

0,605 1565 1829 1482 1865 -83 36

0,655 1563 1829 1545 1896 -18 67

0,705 1558 1831 1563 1889 -5 58

0,755 1558 1832 1573 1883 -15 51

ns ns ** ns * ns

Média1 1561 a 1831 b 1530 a 1878 b -38,4 a 47,2 b

CV (%) 0,82 3,41 - 178,79

1As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05).

2 Efeito linear

3 Efeito Quadrático

** (P<0,01); * (P<0,05) e ns (P>0,05)

(34)

resultado em partes pode estar relacionada ao menor consumo de ração da ave leve e maior taxa de postura e massa de ovos em relação à ave semipesada. Os níveis deficientes de lisina na dieta (0,555 e 0,605 %) promoveram maior perda de peso na linhagem leve. Já os níveis de 0,655 e 0,705% de lisina na dieta contribuíram para maior ganho de peso para a linhagem semipesada.

As equações de resposta aos níveis de lisina estimados por meio de regressão linear e quadrática para a linhagem leve e as equações de resposta aos níveis de lisina estimados por meio de regressão quadrática para a linhagem semipesada estão contidos nas Tabelas 7 e 8, respectivamente.

Tabela 7. Estimativas da exigência de lisina, em porcentagem, para poedeiras leves no período de 79 a 95 semanas de idade, considerando as variáveis, consumo de ração (CR), conversão alimentar por dúzia de ovos (CADZ), conversão alimentar por massa de ovos (CAMO), taxa de postura, peso e massa de ovos, unidade Haugh, índice de gema e de albúmen, porcentagem de casca, albúmen e de gema e ganho de peso ajustadas por modelos de regressão (Linear e Quadrático)

Modelo Equação de regressão Pmáx/ Pmín

Exigência Lisina (%)

R2 SQD

Linear e Quadrático

CR Ŷ= - 111,026 + 649,939x – 463,507x2 116,81 0,701 0,94** 112,790 CADZ Ŷ = 2,33715 – 0,953333x - ≥ 0,755 0,89** 0,136 CAMO Ŷ = 8,09600 – 16,6162x + 11,4321x2 2,06 0,727 0,99* 0,068 Taxa de postura Ŷ = 35,2777 + 68,1438x - ≥ 0,755 0,90** 696,537 Peso de ovos Ŷ = - 54,6159 + 356,552x – 260,379x2 67,44 0,685 0,93** 35,593 Massa de ovos Ŷ = -164,439 + 613,261x – 425,179 x2 56,70 0,721 0,99** 94,907

Unidade Haugh Ŷ = 91,045 - - - -

Índice de gema Ŷ = 0,491 - - - -

Índice de albúmen Ŷ = 0,118 - - - -

% de casca Ŷ = 11,2770 – 2,36550x - ≤ 0,555 0,69** 0,839

% de albúmen Ŷ = 64,394 - - - -

% de gema Ŷ = 25,881 - - - -

Ganho de Peso Ŷ = -868,82 + 2176,6x – 1371,4 x2 - 5,18 0,793 0,74* 0,036 **(P≤ 0,01), * (P≤ 0,05)

(35)

Tabela 8. Estimativas da exigência de lisina, em percentagem, para poedeiras semipesadas no período de 79 a 95 semanas de idade, considerando as variáveis, consumo de ração (CR), conversão alimentar por dúzia de ovos (CADZ), conversão alimentar por massa de ovos (CAMO), taxa de postura, peso e massa de ovos, unidade Haugh, índice de gema e de albúmen, porcentagem de casca, albúmen e de gema e ganho de peso ajustadas por modelos de regressão (Linear e Quadrático)

Modelo Equação de Regressão Pmáx/ Pmín

Exigência Lisina (%)

R2 SQD

Linear e Quadrático

- - -

CR Ŷ = 114,828 - - - -

CADZ Ŷ = 1,843 - - - -

CAMO Ŷ = 9,28398 – 20,8250x + 15,2845x2 2,19 0,681 0,87** 0,122

Taxa de postura Ŷ = 76,762 - - - -

Peso de ovos Ŷ = - 71,8378 + 416,446x – 310,602x2 67,75 0,670 0,94** 50,648

Massa de ovos Ŷ = -124,244 + 521,302x –383,455x2 52,93 0,680 0,76** 77,194

Unidade Haugh Ŷ = 85,806 - - - -

Índice de gema Ŷ = - 0,248132 + 2,42174x – 1,91310x2 0,518 0,633 0,97* 0,0019

Índice de albúmen Ŷ = 0,104 - - - -

% de casca Ŷ = 9,710 - - - -

% de albúmen Ŷ = 65,122 - - - -

% de gema Ŷ = 25,166 - - - -

Ganho de peso Ŷ = 47,20 - - - -

**(P≤ 0,01), * (P≤ 0,05)

Pmáx (Ponto de máxima) e Pmín (ponto de mínima) SQD – Soma de quadrados dos desvios

Os valores de exigência de lisina digestível considerando as principais variáveis estudadas variaram de 0,685 a ≥ 0,755 % para as poedeiras leves (Tabela 9).

Tabela 9. Exigências nutricionais de lisina digestível e consumo de lisina/ave/dia para taxa de postura, massa de ovos, peso de ovos, conversão alimentar por dúzia de ovos (CADZ) e conversão alimentar por massa de ovos (CAMO) para poedeiras leves e semipesadas no período de 79 a 95 semanas de idade

Leves Semipesadas

% lisina

digestível mg de lisina /ave/dia % lisina digestível mg de lisina /ave/dia

Taxa de Postura (%) 0,755 885 - -

Massa de Ovos (g/ave/dia) 0,721 838 0,680 782

Peso de Ovos (g) 0,685 788 0,670 770

CADZ (kg ração/dúzia ovos) 0,755 885 - -

(36)

Embora se tenha obtido efeito quadrático para as variáveis, massa de ovos e conversão alimentar por massa de ovos, não foram utilizados estes parâmetros para determinar a exigência de lisina digestível para as aves leves, visto que estes parâmetros não atenderiam a exigência de lisina encontrada para os demais parâmetros que também apresentam grande importância econômica (taxa de postura e conversão alimentar por dúzia de ovos produzidos). Deste modo, a exigência estimada de lisina digestível para as poedeiras leves foi de ≥ 0,755 % (Figuras 1 e 2). Isto corresponde ao consumo de pelo menos 885 mg de lisina digestível/ave/dia para a linhagem leve.

y = 35,2777+ 68,1438x R2 = 0,90

70 74 78 82 86 90

0,54 0,58 0,62 0,66 0,7 0,74 0,78

Lisina Digestível (%)

T

axa

d

e P

o

st

u

ra (

%

)

Observações Linear

(37)

y = 2,33715 -0,953333x R2 = 0,89

1,60 1,65 1,70 1,75 1,80 1,85

0,54 0,58 0,62 0,66 0,7 0,74 0,78

Lisina Digestível (%)

C

o

n

ver

o

A

li

m

en

ta

r (kg

/d

z

)

Observações Linear

Figura 2 – Efeito dos níveis de lisina digestível na dieta sobre a conversão alimentar (kg de ração/dúzia de ovos) de poedeiras leves no período de 79 a 95 semanas de idade.

(38)

y = -124,244 + 521,302x - 383,455x2 R2 = 0,76

46 47 48 49 50 51 52 53 54 55

0,54 0,58 0,62 0,66 0,7 0,74 0,78

Lisina Digestível (% )

M a s s a d e O v o s ( g /a v e /d ia ) Observações Quadrática

Figura 3 – Efeito dos níveis de lisina digestível na dieta sobre a massa de ovos (g/ave/dia) de poedeiras semipesadas no período de 79 a 95 semanas de idade.

y = 9,28398 - 20,8250x + 15,2845x2 R2 = 0,87

2,01 2,08 2,15 2,22 2,29 2,36 2,43

0,54 0,59 0,64 0,69 0,74

Lisina Digestível (%)

C onv e rs ã o A li m e nt a r ( g/ g) Observações Quadrática

Figura 4 – Efeito dos níveis de lisina digestível na dieta sobre a conversão alimentar (g de ração/g massa de ovo) de poedeiras semipesadas no período de 79 a 95 semanas de idade.

52,93

(39)

O valor de exigência de lisina estimado para as poedeiras leves está próximo ao sugerido por Schutte & Swink (1998), que determinaram o requerimento de lisina para poedeiras leves em 900 mg/ave/dia e muito próximo ao valor sugerido por Sá (2005), que recomendou 0,732 % equivalendo ao consumo de 893 mg de lisina digestível/ave/dia para linhagem leve. Por outro lado, o requerimento de lisina digestível determinado neste experimento é superior ao estabelecido por Rostagno et al. (2000) e (2005) para poedeiras leves.

(40)

4. CONCLUSÕES

(41)

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(42)

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CAPÍTULO 2

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RESUMO

SCHMIDT, Marlene D.S. Universidade Federal de Viçosa, abril de 2006. Níveis nutricionais de metionina+cistina digestível para poedeiras leves e semipesadas no 2º ciclo de produção. Orientador: Paulo Cezar Gomes. Conselheiros: Horacio Santiago Rostagno e Luiz Fernando Teixeira Albino.

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ABSTRACT

SCHMIDT, Marlene D. S. Universidade Federal de Viçosa, april, 2006. Levels nutritionales of digestible methionine+cystine to white-egg and brown-egg laying hens on the 2nd cycle of production. Advisor: Paulo Cezar Gomes. Committee members: Horácio Santiago Rostagno and Luiz Fernando Teixeira Albino.

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(49)

1. INTRODUÇÃO

A maior eficiência da utilização da proteína e de aminoácidos dietéticos pelas aves pode proporcionar o suprimento adequado às suas exigências nutricionais, podendo regular o tamanho dos ovos e reduzir os efeitos da poluição ambiental pela redução da excreção de nitrogênio, além da possibilidade de redução nos custos de produção. Ainda, a partir da manipulação dos níveis protéicos e de aminoácidos da dieta, pode-se alterar o tamanho dos ovos para possivelmente reduzir os problemas de qualidade de casca verificados no final do primeiro e do segundo ciclo de produção e, conseqüentemente, reduzir proporcionalmente o número de ovos tipo jumbo e extra-grandes, que apresentam maior incidência de problemas de casca e maior índice de quebras (Pavan et al., 2005).

A utilização de aminoácidos sintéticos tem permitido a adequação das rações às exigências nutricionais das aves. A metionina é considerada o primeiro aminoácido limitante para aves e sua forma sintética vem sendo utilizada comumente nas formulações de rações para aves à base de milho e farelo de soja.

(50)

Sendo os sólidos do albúmen do ovo quase inteiramente protéicos, a demanda de proteína e aminoácidos é grande, ou seja, uma carência de proteína resultaria num decréscimo da quantidade de albúmen e conseqüentemente do tamanho do ovo, de forma similar afetaria a quantidade de gema. Estudos prévios evidenciam o aumento dos sólidos totais dos componentes dos ovos quando utilizados níveis mais altos dos aminoácidos, lisina e metionina (Shafer et al., 1998; Prochaska et al., 1996).

O aumento da proteína e do conteúdo de aminoácidos na dieta exercem efeito marcante no tamanho dos ovos, particularmente quando os ovos são pequenos (Coon, 2002). A metionina é um importante fator no controle do conteúdo de ovo, pois a poedeira consome energia para sustentar o número de ovos, mas o peso dos ovos depende dos níveis de aminoácidos da dieta (Harms, 1999).

Estudos desenvolvidos no início da década de 80, até início da década de 90, com poedeiras mudadas, em geral, envolvem exigência de proteína e de aminoácidos. Petersen et al. (1983) analisaram ingestões diárias de 300, 285, 270 e 255 mg de metionina total nas rações com 0,52% de aminoácidos sulfurados e concluíram que poedeiras alimentadas com dieta contendo o menor nível de metionina apresentaram redução no peso dos ovos e melhoria na qualidade da casca sem afetar a produção de ovos por ave alojada. Em 1992, encontram-se citações de Carey & Shafer (1992) e Shafer et al. (1992), evidenciando que, além do peso, detalhes de componentes do ovo, como os sólidos e a proteína do albúmem, são melhorados com o uso de níveis mais elevados de metionina total (0,330 g a 0,530 g). Brake (1993) já recomendou níveis mais altos de aminoácidos sulfurados, 0,68% para a fase de 5% até 50% de postura e 0,61% após 50% de postura.

Rodrigues et al. (1996) procurando determinar a exigência de aminoácidos sulforosos para poedeiras leves no segundo ciclo de produção utilizaram dietas suplementadas com quatro níveis (0,526; 0,546; 0,566 e 0,586%) de aminoácidos sulforosos. Observaram efeitos lineares dos níveis dos aminoácidos em estudo sobre o peso de ovos e a conversão alimentar por massa de ovos produzidos. Os autores concluíram que para poedeiras de segundo ciclo de produção, níveis de 0,586% de aminoácidos sulforosos foram necessários para ótimo desempenho.

(51)

realizado por Harms et al. (2000), com 2799 Kcal/kg de energia, foi de 0,254; 0,312; 0,276 e 0,260, respectivamente, para Hy-Line Brown, Hy-Line W36, Hy-Line W98 e DeKalb White. Sohail et al. (2002) observaram que as galinhas poedeiras responderam à inclusão de aminoácidos sulfurados (0,650 a 0,810%), dentro do período de uma semana. O melhor peso e a melhor produção de ovos foi observado mediante a inclusão de 0,810%.

Vila da Silva et al. (2005) avaliaram diferentes relações metionina:lisina digestível para poedeiras semipesadas com 44 semanas de idade. Recomendaram a relação de 0,77 de metionina:lisina (ou 0,825% de lisina e 0,640% de metionina) para condições de maiores preços dos ovos e a relação de 0,81 de metionina:lisina (ou 0,740% de lisina e 0,600% de metionina) para condições de menores preços dos ovos.

Rostagno et al. (2000) sugerem para poedeiras leves em fase de produção exigência de 0,611% de metionina+cistina digestível, com relação metionina+cistina:lisina de 0,87; enquanto que para poedeiras semipesadas recomendam exigência de 0,630% de metionina+cistina digestível, com relação metionina+cistina:lisina de 0,88. Relações superiores de metionina+cistina:lisina são sugeridas por Rostagno et al. (2005), 0,91 e 0,90 para linhagem leve e semipesada, respectivamente. A exigência de metionina+cistina sugerida pelos mesmos autores para massa de ovos de 50g/ave/dia é de 0,662 e 0,683% para aves leves e semipesadas, respectivamente.

(52)

2. MATERIAL E MÉTODOS

Foi conduzido um experimento no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa-MG, no período de março a agosto de 2004.

No experimento foram utilizadas 180 poedeiras da linhagem comercial LOHMANN LSL e 180 poedeiras da linhagem comercial LOHMANN BROWN, leves e semipesadas, respectivamente. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 2, sendo cinco níveis do aminoácido em estudo e duas linhagens. Nas fases de cria, recria e produção, as aves foram manejadas conforme descrito nos respectivos manuais das linhagens, porém, seguindo-se as recomendações de Rostagno et al. (2000) na elaboração das dietas. Na fase de produção, as aves foram alojadas aos pares, em gaiolas de 25 x 40 x 45 cm, num galpão de postura de 60 x 9 m, fechado com tela nas laterias e coberto com telha de barro.

As aves foram submetidas à muda-forçada com 72 semanas, quando a postura caiu para 75 e 70%, linhagem leve e semipesada, respectivamente. Para realização da muda-forçada, foi utilizado o método adaptado de Cotta (2002). Após completado o período de jejum, as aves receberam ração para frangas, seguindo-se as recomendações de Rostagno et al. (2000) e somente quando atingiram 50% de postura, (o que correspondeu a uma idade de 79 semanas) as aves receberam as dietas experimentais.

(53)
(54)

Tabela 1. Composição percentual e valor nutricional das dietas para as poedeiras leves e semipesadas

T1 T2 T3 T4 T5

Ingredientes % % % % %

Milho 40,412 40,412 40,412 40,412 40,412

Sorgo 17,900 17,900 17,900 17,900 17,900

Farelo de Soja (45%) 19,800 19,800 19,800 19,800 19,800

Farelo de Trigo 7,800 7,800 7,800 7,800 7,800

Óleo Vegetal 2,990 2,990 2,990 2,990 2,990

Fosfato Bicálcico 1,255 1,255 1,255 1,255 1,255

Calcário 8,890 8,890 8,890 8,890 8,890

Cloreto de Colina (60%) 0,020 0,020 0,020 0,020 0,020

Sal Comum 0,491 0,491 0,491 0,491 0,491

Premix Vitamínico1 0,100 0,100 0,100 0,100 0,100

Premix Mineral2 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050

BHT3 0,010 0,010 0,010 0,010 0,010

L-Glutâmico 0,224 0,171 0,116 0,063 0,010

DL-Metionina 0,058 0,111 0,166 0,219 0,272

Total 100 100 100 100 100

Composição Calculada4

Proteína bruta (%) 15,06 15,06 15,06 15,06 15,06

EM (Mcal/kg) 2802 2803 2804 2805 2806

Cálcio (%) 3,818 3,818 3,818 3,818 3,818

Fósforo Disponível (%) 0,341 0,341 0,341 0,341 0,341

Sódio (%) 0,227 0,227 0,227 0,227 0,227

Potássio (%) 0,609 0,609 0,609 0,609 0,609

Lisina Digestível (%) 0,653 0,653 0,653 0,653 0,653

Metionina Digestível (%) 0,275 0,327 0,379 0,431 0,483

Met + Cis Digestível (%) 0,490 0,542 0,594 0,646 0,698

Treonina Digestível (%) 0,498 0,498 0,498 0,498 0,498

Triptofano Digestível (%) 0,172 0,172 0,172 0,172 0,172

Valina Digestível (%) 0,636 0,636 0,636 0,636 0,636

Arginina Digestível (%) 0,960 0,960 0,960 0,960 0,960

Leucina Digestível (%) 1,309 1,309 1,309 1,309 1,309

Isoleucina Digestível (%) 0,584 0,584 0,584 0,584 0,584

Histidina Digestível (%) 0,372 0,372 0,372 0,372 0,372

Fenilananina Digest (%) 0,686 0,686 0,686 0,686 0,686

1

Rovimix matrizes (Roche) – Composição/kg: vit. A 12.000.000 U.I., vit D3 3.600.000 U.I., vit. E 3.500 U.I., vit B1 2.500 mg, vit B2 8.000 mg, vit B6 3.000 mg, ác. pantotênico 12.000 mg, biotina 200 mg, vit. K 3.000 mg, ác. fólico 3.500mg, ác. nicotínico 40.000 mg, vit. B12 20.000mcg, selênio 130 mg, veículo q.s.p. 1.000g.

2

Roligomix Aves (Roche) – Composição/kg: manganês -160g, ferro -100g, zinco -100g, cobre - 20g, cobalto -2g, iodo –2g, excipiente q.s.p. – 1000g.

3

Butil-hidróxi-tolueno (antioxidante). 4

(55)

Completando 79ª semana de idade, as poedeiras foram submetidas aos tratamentos, iniciando-se o período experimental, que teve a duração de 16 semanas, subdivididos em 4 períodos de 28 dias cada. As rações foram fornecidas, diariamente, em dois horários, às 7:00 e às 17:00 horas, garantido às aves consumo de alimento e água, à vontade, durante todo o período experimental.

Os parâmetros avaliados a cada período de 28 dias foram: consumo de ração, consumo de metionina+cistina, conversão alimentar/dúzia de ovos, conversão alimentar/massa de ovos, taxa de postura, peso de ovos, massa de ovos, porcentagem dos componentes dos ovos, (casca, albúmen e gema) e qualidade interna dos ovos (unidade Haugh, índice de gema e índice de albúmen). O ganho de peso foi avaliado somente no final do período experimental.

A coleta de ovos foi realizada diariamente e o cálculo da taxa de postura baseou-se no número de ovos/ave/dia. Os ovos foram pesados nos quatro últimos dias de cada período experimental para a determinação do peso e da massa de ovos, esta última obtida através do produto do número de ovos produzidos em cada período pelo peso médio dos ovos.

O consumo de ração foi determinado ao final de cada período. Com base neste consumo e na porcentagem de metionina+cistina em cada tratamento, determinou-se o consumo de metionina+cistina em mg/ave/dia. A conversão alimentar foi calculada pela divisão do consumo de ração pela produção em dúzias de ovos (kg/dz) e pela massa de ovos(g/g), em cada um dos 4 períodos.

Para determinação da porcentagem dos componentes dos ovos e da qualidade interna, foram coletados 4 ovos/unidade experimental nos três últimos dias de cada período, dois para determinação da porcentagem de casca, albúmen e gema e dois para determinação da unidade Haugh, índice de gema e de albúmen.

Para obtenção da porcentagem dos componentes dos ovos, obteve-se primeiramente o peso total do ovo e em seguida procedeu-se a quebra do mesmo para a pesagem da gema e da casca. Utilizou-se um equipamento próprio para separação do albúmen da gema. As cascas foram pesadas após de secas em temperatura ambiente. O peso do albúmen foi obtido pela diferença entre o peso total do ovo menos o peso da casca e da gema.

(56)

UH = 100 log (H + 7,57 – 1,7 W 0,37) em que H = altura do albúmen (mm); W = peso do ovo (g); 7,57 = fator de correção para altura do albúmen; e 1,7 = fator de correção para peso do ovo. Também foram medidos os diâmetros de albúmem e de gema, com paquímetro e a altura de albúmen e de gema por meio do micrômetro tipo AMES S-6428, para determinação dos índices de albúmem e de gema, utilizando as seguintes fórmulas: Índice de albúmen = altura de albúmen/média dos diâmetros do albúmen; Índice de gema = altura de gema/média do diâmetro de gema.

O programa de luz utilizado foi o mesmo adotado pelo Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia da UFV, considerando a época de nascimento das aves, o tipo da instalação (galpão convencional) e a posição geográfica onde se encontra a cidade de Viçosa (20º 45’ 26’’ S e 42º 52’ 40’’ W). A temperatura do galpão foi monitorada duas vezes ao dia, por quatro termômetros de máxima e mínima, que estavam distribuídos por todo o galpão, posicionados à altura das aves.

(57)

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A média dos resultados obtidos dos quatro períodos em função dos níveis de metionina+cistina para o consumo de ração, o consumo de metionina+cistina, a conversão alimentar por dúzia de ovos e a conversão alimentar por massa de ovos, para as linhagens, leve e semipesada, são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2. Efeito dos diferentes níveis de Metionina+Cistina (M+C) sobre o consumo de ração, consumo de metionina+cistina, conversão alimentar por dúzia de ovos (CADZ) e conversão alimentar por massa de ovos (CAMO) de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

Níveis de M+C

Consumo de ração (g/ave/dia)

Consumo de M+C (mg/ave/dia)

CADZ (kg ração/dúzia

de ovos)

CAMO (g ração/g massa

de ovos)

(%) L SP2 L3 SP3 L3 SP3 L3 SP2

0,490 111,55 108,94 546,60 533,79 1,71 1,94 2,15 2,4 0,542 113,78 112,46 616,70 609,54 1,68 1,87 2,05 2,26 0,594 113,80 112,59 675,95 668,78 1,63 1,80 2,01 2,16 0,646 113,54 113,21 735,76 733,61 1,63 1,76 1,97 2,11 0,698 113,78 112,68 794,22 786,51 1,59 1,73 1,97 2,18 ns ** ** ** ** ** ** * Média1 113,29 a 111,98 b 673,85 a 666,45 b 1,65 a 1,82 b 2,03 a 2,22 b

CV (%) 1,28 1,15 6,10 5,54

1 As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05).

2 Efeito quadrático

3 Efeito linear

(58)

A conversão alimentar por dúzia e por massa de ovos foram influenciados pelos níveis de metionina+cistina na ração para a linhagem leve, enquanto que o consumo de ração não foi influenciado (P>0,05). Para a conversão por dúzia e por massa de ovos obteve-se efeito linear (P<0,01) dos níveis de metionina+cistina na ração.

Sohail et al. (2002), trabalhando com níveis superiores de aminoácidos sulforosos totais, variando de 0,650 a 0,810%, também não obtiveram efeito (P>0,05) dos níveis estudados sobre o consumo de ração para poedeiras leves. Semelhantemente, Sá (2005) trabalhando com níveis de metionina+cistina digestíveis, variando de 0,517 a 0,734%, em dietas de poedeiras leves de 34 a 50 semanas, não constatou efeito (P>0,05) sobre o consumo de ração. Por outro lado, para conversão alimentar por dúzia de ovos este autor observou efeito quadrático (P<0,05) dos níveis de metionina+cistina, estimando a exigência em 0,667%, o que equivale a um consumo diário de 794 mg de metionina+cistina/ave/dia. Narváez Solarte (1996) recomendou 0,622% de metionina+cistina na ração para otimizar a conversão alimentar de poedeiras leves da 21ª a 35ª semana de idade, valor inferior ao recomendado por Sá (2005).

Para a linhagem semipesada obteve-se efeito (P<0,01) quadrático dos níveis de metionina+cistina para o consumo de ração, assim como também efeito quadrático (P<0,05) para a conversão por massa de ovos. Para a variável conversão alimentar por dúzia de ovos obteve-se efeito linear (P<0,01) dos níveis de metionina+cistina. Estes resultados não corroboram com os encontrados por Pavan et al. (2005), que trabalhando com diferentes níveis de proteína e aminoácidos sulfurosos totais, (proteína variando de 14 a 17%; aminoácidos sulforosos totais variando de 0,57 a 0,71%) em dietas de poedeiras semipesadas de 52 semanas de idade, não observaram diferença significativa dos tratamentos sobre o consumo de ração e conversão alimentar por dúzia e por massa de ovos. Por outro lado, semelhantemente ao encontrado neste experimento, Togashi et al. (2002) observaram efeito quadrático (P<0,05) dos níveis de metionina+cistina (0,45; 0,50; 0,55; 0,60 e 0,65%) na ração de poedeiras semipesadas sobre o consumo de ração e conversão alimentar por massa de ovos. Os mesmos resultados foram observados por Rodrigues et al. (1996).

(59)

As exigências de metionina+cistina para a linhagem semipesada foram estimadas em 0,633 e 0,641%, o que corresponde a um consumo de 713 e 723 mg de metionina+cistina/ave/dia para as variáveis consumo de ração e conversão alimentar por massa de ovos, respectivamente.

Para maximização do consumo de ração e da conversão alimentar por massa de ovos, Togashi et al. (2002), estimaram a exigência de 0,569 e 0,566% de metionina+cistina, respectivamente. Sá (2005) observou efeito quadrático (P<0,05) dos níveis de metionina+cistina sobre a conversão alimentar por dúzia de ovos e estimou a exigência em 0,679% equivalendo a um consumo de 778 mg de metionina+cistina/ave/dia

Observou-se diferença significativa (P<0,05) entre as linhagens para as variáveis consumo de ração e conversão alimentar por dúzia como por massa de ovos (Tabela 2). Numericamente observou-se em média melhor conversão alimentar por dúzia e por massa de ovos para a linhagem leve em relação linhagem semipesada, ou seja, 1,65 “versus” 1,82 e 2,03 “versus” 2,22, respectivamente. Já o consumo de ração foi em média superior para a linhagem leve em 1,31 g/ave/dia.

O efeito dos níveis de metionina + cistina na ração, média dos quatro períodos, sobre a taxa de postura, peso e massa de ovos, para a linhagem leve e semipesada, estão contidos na Tabela 3.

(60)

Tabela 3. Efeito dos diferentes níveis de Metionina+Cistina (M+C) sobre a taxa de postura, peso de ovos e massa de ovos de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade

Níveis de M+C

Taxa de Postura (%)

Peso de ovos (g)

Massa de ovos (g/ave/dia)

(%) L2 SP2 L3 SP3 L2 SP3

0,490 79,92 67,96 65,32 67,03 52,18 45,59

0,542 82,28 72,98 67,75 68,31 55,71 49,83

0,594 84,11 75,99 67,82 68,67 57,03 52,13

0,646 84,13 76,97 68,90 69,74 57,93 53,67

0,698 87,12 78,50 66,82 65,88 58,22 51,68

** ** ** ** ** **

Média1 83,51 a 74,48 b 67,32 a 67,93 a 56,21 a 50,58 b

CV (%) 5,34 1,81 4,85

1As médias seguidas pela mesma letra dentro de cada variável não diferem entre si pelo teste F

(P>0,05). 2 Efeito linear 3 Efeito quadrático ** (P<0,01)

Sohail et al. (2002), ao estudarem os efeitos de dietas formuladas com três níveis de aminoácidos sulfurados totais e de proteína (0,81 e 18,05; 0,72 e 16,66 e 0,65 e 15,55% de aminoácidos sulfurados totais e proteína, respectivamente), em poedeiras da linhagem Hy-Line com 21 semanas de idade sobre o peso dos ovos, observaram avanço linear deste parâmetro à medida que se aumentava a porcentagem de aminoácidos sulfurados totais da dieta.

Por outro lado, Togashi et al. (2002) trabalhando com níveis de 0,45 a 0,65% de aminoácidos sulforosos obtiveram o mesmo efeito (P<0,05) observado neste experimento para peso de ovos, ou seja, a medida que aumentavam os níveis de metionina+cistina na ração, aumentava-se os valores de peso dos ovos, até a obtenção de um valor máximo, a partir do qual ocorria posterior declínio dos valores.

Para a variável taxa de postura os resultados encontrados não corroboram com os observados por Sá (2005). Este autor avaliando níveis de aminoácidos sulforosos (0,517 a 0,734%) observou efeito quadrático (P<0,05) dos níveis estudados sobre a taxa de postura, tanto para a linhagem leve como semipesada, determinando um consumo mínimo diário de 733 e 767 mg de metionina+cistina/ave/dia, respectivamente. Shafer et al. (1998) observaram melhor taxa de postura com um consumo de 507 mg de metionina/ave/dia.

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Tabela 1. Composição percentual e valor nutricional das dietas para as poedeiras leves e  semipesadas  T1 T2 T3 T4 T5  Ingredientes %  %  % %  %  Milho  46,770 46,770 46,770 46,770 46,770  Sorgo  23,180 23,180 23,180 23,180 23,180  Farelo de Soja (45%)  16
Tabela 3. Efeito dos diferentes níveis lisina (LIS)sobre a taxa de postura, peso de ovos   e massa de ovos de poedeiras leves (L) e semipesadas (SP), no período de  79 a 95 semanas de idade
Tabela 6. Efeito dos níveis de lisina sobre o ganho de peso (GP) de poedeiras leves (L)  e semipesadas (SP), no período de 79 a 95 semanas de idade
Figura 3 – Efeito dos níveis de lisina digestível na dieta sobre a massa de ovos  (g/ave/dia) de poedeiras semipesadas no período de 79 a 95 semanas de  idade
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Referências

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