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Controle de infecção relacionada a cateter venoso central impregnado com antissépticos: revisão integrativa.

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RESUmo

O uso de cateter venoso central é aponta-do como um aponta-dos principais fatores para

in-fecção da corrente sanguínea. Objeiva-se, neste estudo, buscar evidências cieníicas

sobre o controle de infecção relacionada ao cateter venoso central impregnado com

anissépicos uilizado em pacientes adultos hospitalizados. Para seleção dos estudos, foram uilizadas as bases de dados LILACS, CINAHL e MEDLINE. Totalizaram-se nove arigos por meio da revisão integraiva da li

-teratura. As publicações acerca da uilização de cateteres impregnados com anissépi

-cos mostraram diferença estaisicamente signiicante quanto à redução da coloniza

-ção microbiana. Entretanto, apenas um es

-tudo demonstrou redução na ocorrência da infecção. Diante das análises dos estudos, há necessidade de pesquisas adicionais em diferentes populações de pacientes com a inalidade de efetuar generalizações.

dESCRitoRES Infecção hospitalar Controle de infecções Cateterismo venoso central

Bacteremia

Medicina baseada em evidências

Controle de infecção relacionada a

cateter venoso central impregnado

com antissépticos: revisão integrativa

*

A

r

tigo

de

r

evisão

AbStRACt

The use of central venous catheter is poin -ted out as a risk factor to blood stream

infecion. The objecive of this study was to reach scieniic evidence on infecion

control related to central venous catheter

impregnated with anisepics, used in hos

-pitalized adult paients. Studies were selec

-ted from the LILACS, CINAHL and MEDLINE databases. Nine aricles were selected by means of integraive literature review. The publicaions on the use of catheters im

-pregnated with anisepics showed stais

-ically signiicant diferences regarding the reducion of microbial colonizaion; howe

-ver, only one study showed reducion in the occurrence of infecion. The analysis of the

studies revealed there is a need for further

research in diferent paient populaions in

order to obtain general conclusions.

dESCRiPtoRS Cross infecion Infecion control

Catheterizaion, central venous

Bacteremia

Evidence-based medicine

RESUmEn

El uso de catéter venoso central es señalado

como uno de los principales factores de

in-fección de la corriente sanguínea. El estudio objeiva buscar evidencias cieníicas sobre

control de infección relacionada con catéter

venoso central impregnado con anisépicos uilizado en pacientes adultos hospitaliza

-dos. Para seleccionar estudios se uilizaron las bases de datos LILACS, CINAHL y ME

-DLINE. Se totalizaron 9 arículos mediante revisión integradora de literatura. Las publi

-caciones referidas a uilización de catéteres impregnados con anisépicos mostraron diferencias estadísicamente signiicantes en lo referente a reducción de colonización microbiana, mientras apenas un estudio

demostró reducción de ocurrencia de

infec-ción. Ante el análisis de los estudios, existe necesidad de invesigaciones adicionales en

diferentes poblaciones de pacientes con la

inalidad de efectuar generalizaciones.

dESCRiPtoRES Infección hospitalaria Control de infecciones Cateterismo venoso central

Bacteriemia

Medicina basada en evidencia

maria Verônica Ferrareze Ferreira1, denise de Andrade2, Adriano menis Ferreira3

InfectIon control related to central venous catheter Impregnated wIth antIseptIcs: an IntegratIve revIew

control de InfeccIón relacIonada con catéter venoso central Impregnado con antIséptIcos: revIsIón Integradora

* extraído da dissertação “revisão Integrativa do controle de infecção relacionada a cateter venoso central: bases para a prática baseada em evidências”, escola de enfermagem de ribeirão preto, universidade de são paulo, 2007. 1 enfermeira. mestre em enfermagem fundamental pela escola de enfermagem

de ribeirão preto da universidade de são paulo. ribeirão preto, sp, Brasil. mvgferrareze@yahoo.com.br 2 professora livre docente do departamento de

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Rev Esc Enferm USP

2011; 45(4):1002-6 www.ee.usp.br/reeusp/ Controle de infecção relacionada a cateter venoso central

impregnado com antissépticos: revisão integrativa Ferreira MVF, Andrade D, Ferreira AM

intRodUção

A infecção associada ao cuidado à saúde é uma séria problemáica e um desaio em âmbito mundial ainda mais diante da variabilidade de procedimentos diagnósicos e terapêuicos.

Especiicamente, a infecção relacionada ao cateter vascular é preocupante face a sua gravidade e

letalida-de(1-2). Tem eiologia complexa e mulifatorial. Estudos

destacam a situação clínica do paciente, o ipo de cate -ter, sua composição, a técnica de inserção, a localização, a frequên cia de manipulação do sistema e a duração da cateterização aspectos que merecem atenção.

O uso de anissépicos tem sido invesigado como uma das possibilidades de modiicar as propriedades da super -ície do disposiivo, e diminuir a colonização microbiana do cateter. O reconhecimento dessa possibilidade tem implementado nas úlimas décadas o uso de cateteres im -pregnados com anissépicos(1-3).

Diante do exposto, o presente estudo uilizou a Práica Baseada em Evidências (PBE), uma vez que sua abordagem pro -porciona a aplicação sistemáica da melhor evidência disponível para a avaliação de op -ções e tomada de decisão no cuidado inte -gral do paciente(4).

Nesse senido, estabeleceu-se como objeivo principal desse estudo buscar evi -dências sobre a associação entre o uso de Cateter Venoso Central (CVC) impregnado com anissépicos e a redução da Infecção da Corrente Sanguínea (ICS).

mÉtodo

Trata-se de um estudo de revisão integraiva da litera -tura que permite que pesquisas anteriores sejam suma -rizadas e conclusões estabelecidas a parir da análise cri -teriosa do delineamento metodológico e dos resultados acerca do tema invesigado(5-6).

Para guiar o estudo formulou-se a seguinte questão:

Quais são as evidências disponíveis na literatura sobre o controle da infecção relacionada a cateter venoso central sem cuf, não tunelizado, de curta permanência,

impreg-nado com anissépicos, uilizado em pacientes adultos

hospitalizados?

Na busca das publicações, uilizaram-se as bases de dados Literatura Laino-Americana e do Caribe em Ciên -cias da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (MEDLINE) e Cumulaive Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) por meio das palavras-chave: controle de infecções e cateterismo venoso central.

Os critérios de inclusão foram: arigos disponíveis na in -tegra; o uso de cateter venoso central sem cuf, não tuneli -zado, de curta permanência, impregnado com anissépicos uilizado em pacientes adultos hospitalizados; indexados nas bases supracitadas; publicados em inglês, espanhol e portu -guês, no período de 1996 a 2006, com Níveis de evidência I e II, de acordo Ganong(5), e com classiicação de Steller(6).

RESULtAdoS E diSCUSSão

Totalizou-se nove publicações acerca do CVC impreg -nado com anissépicos, das quais sete (77,8%) correspon -deram a ensaios clínicos randomizados controlados (nível II de evidência), e duas (22,2%) à meta-nálises (nível I de evidência). Todas as publicações pertenceram ao idioma inglês. O Quadro 1 representou uma sinopse dos princi -pais aspectos analisados nas publicações.

Os pesquisadores dos ensaios clínicos randomizados avaliaram a eicácia da uilização de CVC impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata na super -ície externa quanto à redução de infecções relacionadas a cateteres(7-12).

Os estudos demonstraram que a maioria dos pacientes esteve sob elevado risco de in-fecção relacionada a cateter. Quanto ao núme -ro de lumens, a maioria correspondeu a duplo e triplo-lúmen. Nesse contexto, uma meta --análise demonstrou que aqueles com múli -plos lumens iveram maior possibilidade de in -fecção em comparação aos de lúmen único(13).

Em relação à média de permanência com o cateter, o período variou de 7,8 a 8,4 dias e 14,3 a 16,6 dias. Nesse paricular, alguns au -tores relataram eicácia desses cateteres so -mente se uilizados por aproximada-mente 10 dias; e que, após esse período, a infecção é predominantemente intraluminal. Acresce-se que o efeito bactericida dos disposiivos esteve restrito à superície do cateter, e não se estendeu para os lumens(14-15).

O uso de io-guia para troca de cateteres em um mes -mo síio de inserção foi referido em apenas um estudo. Vale destacar que alguns estudiosos não recomendaram trocar roineiramente o CVC com o propósito de reduzir a incidência de infecção e aceitaram a uilização do io-guia somente nos casos de mau funcionamento e se não hou-ver evidência de infecção(16-17).

Quatro estudos recomendaram a uilização de técnica assépica na inserção do CVC enquanto que duas publi -cações não especiicaram a uilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI), mas relataram o rigor de assep -sia na inserção do disposiivo. A despeito da paramenta -ção na inser-ção de CVC (uso de avental, luvas e campos estéreis, gorro e máscara), está bem documentada nos estudos e apoiada por especialistas(18-21).

...estabeleceu-se com objetivo principal desse estudo, buscar evidencias sobre a

associação entre o uso de cateter venoso central (cvc) impregnado

com antissépticos e a redução da Infecção da corrente

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Ponderando sobre o ipo de solução anissépica, ob -servou-se variabilidade de produtos e indicação, ou seja, solução à base de iodo em concentração a 10% com 1% de iodo livre, álcool a 70% ou a 75% e clorexidine aquosa a 2%. Nesse aspecto, pesquisadores avaliaram o uso de gluconato de clorexidine 2% na inserção de CVC compara -do com solução à base de io-do na concentração de 10%, e comprovaram redução de ICSRC de 11,3 por 1000 CVC/ dia para 3,7 por 1000 cateteres/dia. A literatura é vasta no que tange à avaliação da aividade animicrobiana dos an -issépicos e tem demonstrado a eicácia da uilização de

gluconato de clorexidine 2% quando comparada com pre -parações à base de intura de iodo 10% ou álcool 70%(20-23).

Em relação ao local de inserção do CVC, observou-se que as veias subclávias são as mais uilizadas, sendo úlima opção as jugulares e femurais. Cateteres inseridos na veia jugular interna possuem maior risco de infecção quando comparados a inserção na veia subclávia, considerando sua proximidade com secreções da orofaringe. Acresce-se a di -iculdade de imobilização do cateter. A inserção pela veia femural deve ser evitada, considerando

Quadro 1 - Sinopse das publicações relacionadas ao cateter venoso central sem cuff, não tunelizado, de curta permanência, impregnado

com antisséptico, utilizado em paciente adulto hospitalizado segundo autoria, objetivo, delineamento e principais resultados.

Pemberton, L. B. et al.(13)

George, S. J.; Vuddamalay, P.; Boscoe, M. J.(14)

Veenstra, D. L.; Saint, S.; Saha, S.; Lumley, T.; Sullivan, S.(36)

Sheng, W. H.; et al.(15)

Stoiser, B. et al.(16)

Geffers, C.; Zuschneid, I.; Eckmanns, T.; Rüden, H.; Gastmeier, P.(37)

Richards, B.; Chaboyer, W.; Bladen, T.; Schluter, P. J.(17)

Jaeger, K. et al.(18)

Ostendorf, T. et al.(19)

Autoria Objetivo do Estudo Delineamento Resultados

Determinar a eficácia de CVC impregnados com e sem antissépticos, na redução da infecção no local de inserção e de sepse relacionada ao cateter.

Comparar a incidência de colonização bacteriana de cateteres impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata com cateteres sem cobertura de antissépticos.

Avaliar a eficácia de CVC impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata na prevenção de colonização do cateter e ICSRC.

Comparar a efetividade entre CVC com e sem antissépticos na prevenção da infecção relacionada ao cateter (IRC) e da colonização.

Estabelecer possíveis benefícios de CVC impregnados com íons de prata.

Analisar a qualidade metodológica de ensaios clínicos randomizados controlados individuais sobre cateteres impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata e os efeitos sobre IRC.

Estabelecer a eficácia de CVC impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata.

Estabelecer a eficácia de CVC impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata.

Investigar cateteres impregnados com clorexidine e sulfadiazina de prata.

Ensaio clínico randomizado.

Ensaio clínico randomizado.

Meta-análise.

Ensaio clínico randomizado.

Ensaio clínico randomizado.

Meta-análise

Ensaio clínico randomizado.

Ensaio clínico randomizado.

Ensaio clínico randomizado.

A taxa de sepse relacionada ao cateter foi de 2 (6%) no grupo experimental e 3 (8%) no grupo controle; e a infecção do sítio de inserção foi detectada em 4 cateteres (10%) no grupo experimental e 4 (12%) no grupo controle. Não houve diferença

estatisticamente significante entre a incidência de sepse relacionada ao cateter.

Os resultados da cultura da ponta dos cateteres evidenciaram que dos 35 pacientes pertencentes ao grupo controle, 25 (71%) apresentaram resultado positivo, e dos 44 pacientes do grupo experimental, apenas 10 (23%), p<0.002 para p<0.05. O uso de cateteres impregnados com antissépticos reduziu a colonização da ponta do cateter.

O sumário de razão de chances para colonização foi 0.44 (P<.001), indicando uma diminuição significativa da colonização associada a cateteres impregnados com antissépticos. Os estudos que examinaram ICSRC demonstraram um sumário de razões de chances de 0.56 (P=.005). Os CVC impregnados com antissépticos parecem ser efetivos na redução da incidência de colonização do cateter .

Nenhum paciente apresentou hipersensibilidade, toxicidade local ou sistêmica. O cateter impregnado com antissépticos reduziu a ocorrência de infecção, mas o resultado não foi estatisticamente significante. Em relação à colonização do cateter do grupo experimental, 09 deles estavam colonizados e do grupo controle 25 (p=0.006 para p<0.05). Quanto à ICSRC, grupo experimental (1 cateter) e grupo controle (2 cateteres), p=0.53. Pacientes utilizando cateteres impregnados com antissépticos apresentaram menor risco de colonização bacteriana.

Os episódios de contaminação ocorreram em 10 pacientes do grupo experimental e 14 do grupo controle. No grupo experimental 6 (12%) pacientes apresentaram sinais de infecção, 3 delas relacionadas ao cateter, e no grupo controle, 10 pacientes (21%), sendo 3 delas relacionadas ao cateter. A taxa de infecção sistêmica relacionada a cateter não diferenciou em ambos os grupos. O estudo não revelou benefícios estatisticamente significantes do uso de cateteres impregnados com íons prata.

O sumário de razões de chances das informações dos 11 estudos não conduziu a resultado estatisticamente significante. No entanto, parece haver uma tendência de benefícios de cateteres impregnados na prevenção da infecção relacionada a cateter. A qualidade dos estudos não influenciou os resultados; informações como tempo de permanência e uso de antibióticos deveriam ser incluídas nos estudos e falhas metodológicas poderiam ser evitadas.

Os episódios de colonização ocorreram em 14 (5,9%) pacientes do grupo com cateteres impregnados com antissépticos e 30 (13,5%) do grupo de cateteres sem antissépticos (p<0.01 para p=0.05). Entretanto, em relação à taxa de bacteremia por 1000 cateteres-dia não houve diferenças entre os grupos (0,98 grupo com cateteres impregnados e 3,38 para cateteres sem antissépticos). A colonização dos cateteres foi significativamente menor no grupo com cateteres impregnados.

Os episódios de colonização ocorreram em 05 (9,8%) pacientes do grupo experimental e 09 (16,4%) do grupo controle (p=0.035 para p=0.05). No grupo experimental, 1 paciente apresentou ICSRC, e no grupo controle, 08 pacientes (p=0.02). Cateteres impregnados com antissépticos reduzem colonização.

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2011; 45(4):1002-6 www.ee.usp.br/reeusp/ Controle de infecção relacionada a cateter venoso central

impregnado com antissépticos: revisão integrativa Ferreira MVF, Andrade D, Ferreira AM

complicações como trombose venosa profunda e infecção, principalmente em adultos inconinentes(24-25).

No que concerne ao ipo de curaivo, dois estudos apontaram o uso de coberturas transparentes na manuten-ção dos CVC, enquanto que dois curaivos, gaze estéril e ita adesiva. É importante destacar que aspectos relacionados a curaivos são complexos e controversos. E, nos casos em que houver drenagem (sangue ou luido corporal) e de pa -cientes sudoreicos, o curaivo com gaze é preferido(26-27).

Quanto aos eventos adversos citados nos estudos, ob -servou-se, na maioria deles, a ausência de avaliação dos eventos adversos. Embora o uso desses cateteres tenha sido um avanço para a medicina, alguns fatores como hi -persensibilidade ou reações anailáicas, bem como indu -ção à resistência bacteriana e custos, têm limitado a sua efeiva aplicabilidade(28-29).

A maioria dos estudos evidenciou diferença estaisi -camente signiicante quanto à redução nas taxas de colo -nização dos cateteres impregnados com anissépicos. No entanto, em relação às taxas de ICSRC, apenas um estudo demonstrou diferença estaisicamente signiicante. Segun -do os autores da meta-análise(30), os cateteres impregnados

com clorexidine a sulfadiazina de prata são efeivos na re -dução da colonização e na ICSRC quando comparados com disposiivos sem anissépicos, em grupos de pacientes sob elevado risco de tais infecções, submeidos à cateterização de curta permanência. Porém, os pesquisadores enfaiza -ram que a decisão de uilização desses disposiivos deve considerar potencial redução na morbidade e mortalidade, economia de custos e risco de efeitos adversos.

Na outra meta-análise(31), não foi encontrada razão de

chances signiicante na avaliação individual. Porém 9 es -tudos avaliados iveram tendência para taxas menores de infecções relacionadas a cateter no grupo experimental.

Explicaram que o fato dos cateteres serem impregnados com anissépicos somente na superície externa e terem sido uilizados por um curto período de tempo, pode jus -iicar os resultados. Assim, recomendaram a elaboração de estudos adicionais que avaliem técnicas apropriadas de cultura, não inluenciáveis pela ação dos anissépicos. Embora nenhum método laboratorial tenha sido ideal pa -ra o diagnósico de infecção relacionada a cateter, deve haver cautela quanto à superesimação dos resultados, bem como, na explicitação das variáveis, alocação e mas -caramento dos envolvidos.

Cabe destacar que em 2002 o protocolo do CDC reco -mendou a uilização de CVC impregnados com animicro -bianos para pacientes adultos que necessitem de catete -rização por duração superior a 5 dias, ou em insituições com altas incidências de complicações infecciosas(25).

Em adição, outros autores discuiram os efeitos po -tenciais das substâncias anissépicas uilizadas para ela -boração desses cateteres, sobre as técnicas de rolamento ou sonicação; destacando a possibilidade de inibição de crescimento microbiano, recomendando a uilização de agentes neutralizadores na realização da análise micro -biológica, para evitar falsos resultados(32).

ConCLUSão

A parir da análise dos estudos, conclui-se que a uiliza -ção de cateter venoso central impregnado com anissép -icos reduziu a colonização microbiana em seis dos nove estudos. Entretanto, pesquisas adicionais são necessárias para invesigar a eicácia da uilização desses cateteres, em outras populações de pacientes e outros ipos de cate -teres, considerando que os estudos da revisão integraiva analisados, em sua maioria, não sinalizaram diferenças es -taisicamente signiicantes em relação às taxas de ICSRC.

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