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Leishmaniose tegumentar americana na Ilha Grande, Rio de Janeiro: I. investigação epidemiolôgica clínica e laboratorial.

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Academic year: 2017

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PALAVRAS DO EDITOR

C o m p le ta a R evista da S ocie da de B rasileira de M e d ic in a T ro p ic a l, neste an o de 1 9 8 1 , q u a to rze anos in in te rru p to s de e xis tê nc ia .

N asceu este p e rió d ic o da fir m e d e te rm in a ç ã o de nosso M e s tre , P ro f. José R odrigues da S ilv a , invu lgar pe rs o na lid ad e , q u e desejava m a rc ar de m an eira d e fin itiv a a e x istên cia d a S ociedade B rasileira de M e d ic in a T ro p ic a l, fu n d a d a e m R ib e irã o P re to no an o de 1 9 6 2 p o r u m gru po de em ine nte s e co n­ sagrados pesquisadores e d e jovens entusiastas, d o q ua l fa z fa m o s p a rte .

D esde o p rim e iro n ú m e ro da R e vista, p ub lic a d o sob o t í t u lo de J o rn a l B ra sile iro de M e d ic in a T ro p ic a l e logo a seguir passando a d e no m ina r-s e R evista da S ocied ade B rasileira de M ed ic in a T r o p i­ c a l, tiv e m o s a m issão, q u e nos fo i c o n fia d a p e lo Professor R od rigue s, d e , m esm o sem p rá tic a de e d ito ­ raçã o, assum irm os p le n a m e n te a res ponsabilidade d o p e rió d ic o ; missão d if íc il, tra b a lh o s a , p o ré m a lta­ m e n te e n riq u e c e d o ra e g ra tific a n te . Passamos, e n tã o , a co nh e c er os m isté rios da a rte g rá fic a ; convive­ m os c o m aquisição de p a p e l, lin o tip o s , fo to lito s , " b o n e c a s ", provas para inúm era s revisões e p rin c ip a l­ m e n te , c o m os responsáveis p e la e xe cu çã o da o b ra , desde o d o n o da g ráf ica, H a d d a d , q ue se to rn o u a m ig o q u e rid o e sem pre p ro n to a a c e ita r as nossas desculpas pelas d ific u ld a d e s no p ag am en to d e n tro dos prazo s estabelecidos, a té A b u d , nosso lin o tip is ta fa v o rito , dispo sto, c o m u m sorriso a b e rto , a c o rrig ir, e n o v a m e n te c o rrig ir, erros o u im p e rfe iç õ e s q u e nosso desejo de fa z e r o m e lh o r p o rv en tu ra a p o n ta v a m .

D u ra n te vários anos tiv e m o s o a p o io , e m b o ra d is c re to , da in d ú s tria fa rm a c ê u tic a ; nossos sócios, e m n ú m e ro crescente a cada a n o , c o m fre q ü ê n c ia d e ix a v a m de saldar seus com prom issos c o m a S ocie­ da de B ras ile ira de M e d ic in a T ro p ic a l e, d u ra n te os Congressos, era destacada a nossa presença pelo fa to de, ju n to a u m a p e qu e n a mesa im p ro v is a d a , te n ta rm o s receb er as anuidades dos p a rtic ip a n te s — ta re fa das m ais penosas . . . Passados alguns anos, c o m a re tra ç ã o da in d ú s tria fa rm a c ê u tic a e co m os parcos recursos p ro v e nie n te s das anuida des , to rn o u-s e cada vez m ais d ifíc il m a n te r a nossa Revista c o m a p e rio d ic id a d e desejada; assim , a p a rtir de 1 9 7 9 , os n úm ero s co m e ç ara m a ser publicad os com m a io r atra so ; e m 1 9 8 1 , conseguim os p u b lic a r dois únicos n úm ero s d o v o lu m e X I V e , para 1 9 8 2 , é nossa in te n ç ã o , co ns id era n do o elev ad o cu sto da p u b lic a ç ã o , e d itá -la e m u m ú nic o v o lu m e .

P ode pa re c e r, aos m enos avisados, q u e a R evista da S oc ie da de B rasileira de M ed ic in a T ro p ic a l te n h a , ao longo destes ú ltim o s anos, fracassado; n o e n ta n to , para o C onse lho D ir e to r , q u e vem ac om ­ p a n h a n d o os percalços d o d ia a d ia desde p e rió d ic o , m a n tê -lo viv o fo i u m e x tra o d in á rio sucesso e um real legado à nossa S ocie da de.

D e m in h a p a rte , em p re s te i à R evista da S oc ie da de B rasileira de M e d ic in a T ro p ic a l o m elh o r de m im ao longo destes anos; vi-a nascer, crescer e a tin g ir a adolescência e a ela d e d iq u e i-m e co m to d o o c a rin h o e de svelo, a e la , filh a m u ito a m a d a , herança de m e u e s tim a d o M estre. S in to -m e p le na m e nte re alizad a p o r saber q u e , e m 1 9 8 3 , estará a R evista da S o cie d ad e B rasileira d e M e d ic in a T ro p ic a l nas m ãos seguras d o Professor A lu iz io P ra ta , c o n ta n d o , q u a n d o se v is lu m b ra u m a nova p o lític a c ie n tí- fic o -te c n o ló g ic a d o pa ís, co m o a p o io integ ral d o C onselho N a c io n a l de D e s e n v o lv im e n to C ie n tífic o e T e c n o ló g ic o , p o d e n d o , p o r ta n to , c a m in h a r tra n q ü ila , sem a necessidade d e re c o rre r à am iza de de m u ito s e aos apelos aos sócios para re g u la rizare m sua situaçã o ju n to à S oc ie da de.

M a n te r esta R e vista, q u e sairá e m 1 9 8 2 a in d a sob m in h a E d ito ra ç ã o , fo i m a n te r o sonho de

Jgé

R odrigues da S ilva e s ig n ific o u , para m im , a m a io r p ro v a de de dic aç ão e de a m o r à S ociedade B rasileira d e M e d ic in a T ro p ic a l, a q ua l m e o rg u lh o de te r fu n d a d o e de p e rte n c e r.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

NA ILHA GRANDE, RIO DE JANEIRO.

I. INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÔGICA CLÍNICA E LABORATORIAL (* )

Ne ls o n A . A r a ú jo F i lh o ( * * ) e J . R o d r ig u e s C o u r a ( * * * )

O s a u t o r e s d e s c r e v e m p e la p r i m e i r a v e z a o c o r r ê n c ia d e u m a e p id e m ia d e L e is h m a n io s e T e g u m e n ta r A m e r ic a n a ( L T A I n a lo c a lid a d e d e P ra ia V e r m e lh a , I l h a G r a n d e , m u n i c í p i o d e A n g r a d o s R e is , R i o d e J a n e ir o , s it u a d a a 1 7 K m d o c o n t in e n t e .

E m u m a p o p u la ç ã o d e 4 5 3 p e s s o a s e x a m i n a d a s , f o r a m e n c o n tr a d o s 3 3 c a sos d e L T A , s e n d o 1 3 le s õ e s e m a t i v i d a d e e 2 0 c ic a tr iz e s . E n t r e o s 3 3 c a s o s , 3 0 e r a m a u t ó c t o n e s d a á r e a d e e s tu d o . A d o e n ç a o c o r r ia h á m a is d e 1 0 a n o s n a P r a ia V e r m e l h a , e , n a I l h a G r a n d e , h á m a is d e 3 0 a n o s , s o b a f o r m a d e c a s o s e s p o r á d ic o s . N a P r a ia V e r m e lh a , n o p e r í o d o d e 1 9 7 4 a 1 9 7 6 , o c o r r e u u m a e p id e m ia c o m 2 7 c a s o s d a d o e n ç a .

A L T A , n a P r a ia V e r m e l h a , a s s u m e c a r a c te r ís t ic a s d e tr a n s m is s ã o e m a m b i e n t e d o m i c i lia r , a t in g in d o i n d iv í d u o s in d is t in t a m e n t e , s e m r e la ç ã o c o m s e x o , id a d e o u p r o fis s ã o . P r e d o m in o u a f o r m a u lc e r a d a , e m e x t r e m id a d e s d o c o r p o c o m o c o r r ê n c ia d e c u r a e s p o n tâ n e a d a s le s õ e s e n ã o c o m p r o m e t i m e n t o d a s m u c o s a s ; u m h a m s t e r e n t r e 1 0 in o c u la d o s c o m m a t e r i a l d e le s ã o d e c a s o h u m a n o d e s e n v o lv e u , a p ó s 4 m e s e s , le s ã o d e f o c in h o c o m r e s u lta d o s p o s it iv o s p a r a L T A .

IN T R O D U Ç Ã O

N o E stado d o R io de J a n e iro , desde o in í­ cio d o século, a Leishm aniose T e g u m e n ta r A m e ric a n a ( L T A ) vem se m a n te n d o sob a f o r ­ m a e p id ê m ic a ou de casos esporádicos (R a - b e llo , 7 / l 8 ; M a r in h o 1 2 ; T e r r a 2 1 ; D 'u tra e S il­ va4 ' 5 ; C e rq u e ira & V a sc onc elos 3 ; A ra g ã o 1.

A p a rtir de 1 9 4 7 a L T A desperta a aten çã o das a u to rid a d e s sanitárias e G u im arã e s 8 des­ creve u m fo c o na V ila S u r u í, e m M agé (R J ). J u n q u e ira 9 re fe re u m caso possivelm ente a u tó c to n e em Jacarepaguá; em 1 9 7 0 surgem

m ic ro e pid e m ia s da L T A em vários m u n ic íp io s d o E sta do (M ene ze s & c o ls .1 4 ' 1 s ).

A doença assume propo rçõ es assustadoras q u a n d o d o su rg im e n to da e p id e m ia , em

1 9 7 3 /1 9 7 4 , em Jacarepaguá, c o m 1 4 0 casos, em plena c ida de d o R io de Ja n e iro (S ab ro za £: co ls1 9 ). A in d a em áreas suburbanas d o R io de

J a n eiro , a S U C A M 20 registra, e m 1 9 7 5 , 2 6 casos e em 1 9 7 6 , 3 3 casos; P adilha & cols16 descrevem , ta m b é m em 1 9 7 6 , 1 7 casos a u tó c ­ tones de L T A .

E m 1 9 7 5 surgiu um novo surto de L T A na P raia V e rm e lh a , Ilh a G ra nd e , m u n ic íp io de A n g ra dos Reis, R io de Ja n e iro (A ra ú jo F ilh o & cols2 ). E m 1 9 7 6 , fez-se u m tra b a lh o mais a p ro fu n d a d o nesta área,' d is ta n te d o c o n tin e n ­ te 17 q u ilô m e tro s , decid ind o-se estudar, com o u m dos o bje tivo s , a m o rb id a d e da doença na­ quela loc alidade.

A Á R E A DE ESTUDO

A área de estu do. Praia V e rm e lh a , locali- za-se a noroeste da Ilh a G rand e (2 3 ° 0 9 ' 4 2 " lat S e 4 4 ° 2 1 ' 0 0 " long W G r .), m u n i­ c íp io de A n g ra dos Reis, E stado do R io de J a n eiro <Fig. 1, 2 e 3 ).

* T r a b a l h o d o D e p a r t a m e n t o d e M e d i c i n a P r e v e n t iv a d a F a c u l d a d e d e M e d i c i n a d a U n iv e r s id a d e F e d e r a l d o R i o d e J a n e ir o , r e a liz a d o c o m o a u x í l i o f i n a n c e ir o d o C N P q .

* ' D o c e n t e d a U n iv e r s id a d e d o A m a z o n a s . M e s t r e e m D o e n ç a s In fe c c io s a s e P a r a s it á ria s p e la U n iv e r s id a d e F e d e r a l d o R i o d e J a n e ir o .

* * ' P r o f e s s o r T i t u l a r d o D e p a r t a m e n t o d e M e d ic i n a P r e v e n t iv a d a U n iv e r s id a d e F e d e r a l d o R i o d e J a n e ir o .

(3)

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

Vol. XIV - N?s 4 - 6

•i «•

BAI A DA I LHA

••

GRANDE

44

«»

41 41

t ST A DO p o RI O

or

J A N EI RO

1

O L o

(4)

J u lh o -D eze m b ro , 1981

R ev. S o c. Bra.i. M ed. Trop.

137

Dis ta n te 1 7 K m d o c o n tin e n te (A n gra dos Reis) a Praia V e rm e lh a te m cara cte rís tic as ru ­ rais, c o m um a po p u la çã o de 4 5 3 pessoas resi­ dentes, 8 0 d o m ic ílio s , 1 escola p rim á ria , 2 igrejas evangélicas, 1 fá b ric a de conserva de pescado e 3 pe quenos esta be lecim e nto s co­ m erciais.

O te rre n o é m o n ta n h o so , c o m um a vegeta­ ção fo rm a d a de árvores fr u tífe r a s e m atas se­ cundárias; os d e s m a ta m e n to s presentes são an­ tigos.

O c lim a é d o tip o chuvoso (2 0 0 0 m m an ua is ), sem estação seca, c o m te m p e ra tu ra

F i g u r a 2V is ta p a r c i a l d a P r a ia V e r m e l h a — Il h a G r a n d e .

(5)

138

Rev. S o c. Bras. M ed. T rop.

V o l. X IV - N ? s 4 - 6

média acim a de 22 °C , e um idade rela tiva de 81 %.

A população se d is trib u i no povoado p rin ­ c ipal, Praia V erm elha, e em pequenas sub-áre- as denom inadas Cuiabá, Ponta dos M icos, Pon­ ta do A caiá e Chapada.

Os p ro d u to s econôm icos da área são o pei­ xe e a banana.

A população m asculina é fo rm a d a , na sua m aioria, de pescadores que se ausentam da área a p ro xim a d a m e n te 20 dias cada mês, para realizar seu tra b a lh o ; pequena parcela trabalha na a g ricu ltu ra .

O acesso à localidade é realizado exclusiva­ m ente pelo m ar, p artindo-se de A ngra dos Reis.

Os d o m ic ílio s fo ra m dedetizados a p ro x im a ­ dam ente há 10 anos; a assistência m édica é prestada em A ngra dos Reis.

M E T O D O L O G IA

F o i realizado um estudo ce n sitá rio da área cadastrando-se a população e a a ltitu d e e si­ tuação geográfica dos d o m ic ílio s .

F oram considerados casos c lín ic o s de L T A aqueles que apresentassem : a) C icatrizes de le­ são com um p e río d o de duração igual ou supe­ rio r a 3 meses m ais in tra d e rm o rre a ç ã o de M ontenegro (IR M ) p o s itiv a ; b) Lesões suspei­ tas de L T A em a tivid a de com IR M p o sitiva ou

presença de fo rm a s am astigotas, consideran­ do-se suspeitas as lesões únicas ou m ú ltip la s , papulosas, pápulo-crostosas, ulceradas ou de form as mais raras, com o e c tm ó id e , fagedênica, vegetante, liq u e n ó id e ou aquelas com c o m p ro ­ m e tim e n to das mucosas.

No exame dos casos de lesões suspeitas fo i adotado o seguinte p ro c e d im e n to : registros em fic h a c lín ic a , fo to g ra fia , IR M , biópsia ou raspado de borda de lesão com pesquisa do parasita, inoculação em ham ster e tra ta m e n to com a n tim o n ia l pentavalente, em alguns casos. Nos que apresentaram IR M negativa, com pes­ quisa de am astigotas positiva, o teste da IR M fo i re p e tid o após 6 meses.

D iante de lesões suspeitas ativas realizou-se raspado de borda de lesão com b is tu ri, ou biópsia com " p u n c h " de 4 m m de d iâ m e tro . O fra g m e n to biop sia d o sofreu o seguinte proces­ so la b o ra to ria l: aposição em lâm ina que em seguida era fix a d a e corada pelo Giem sa, histo- patologia do fra g m e n to com coloração pelos m étodos de PAS, Giemsa e H e m a to xilin a -e o si- na e inoculação de tr itu ra d o de fra g m e n to de

lesão em hamsters, segundo a técnica u tiliz a d a por Lainson & S h a w 1 ° .

O an tíg e n o u tiliz a d o para a IR M fo i o do In s titu to de Ciências B iológicas da U niversida­ de Federal de Minas Gerais (40 ug de n itro g ê ­ n io p o r m l, te n d o co m o líq u id o conservador a solução de m e rtio la te a 1 :1 0 0 0 0 ). Inoculou-se 0,1 m l da solução na derm e da face ve n tra l do a ntebraço esquerdo, com le itu ra após 72 ho ­ ras. O c rité rio de resultados a d o ta d o fo i o da convenção estabelecida p o r M enezes1 3 : pápu- la in fe rio r a 5 m m — negativa; pápula igual ou superior a 5m m e in fe rio r a 8 m m — duvidosa; pápula igual ou su p e rio r a 8 m m — positiva.

R E S U L T A D O S

O estudo nosológico dos casos de L T A na Praia V erm elha (Ilh a G rande) teve in íc io em o u tu b ro de 1975, a p a rtir de caso ín d ice in te r­ nado no S erviço de Doenças Infecciosas e Pa­ rasitárias da U F R J (A ra ú jo F ilh o & c o ls )2 .

A p a rtir de ja n e iro de 1976, iniciou-se um in q u é rito e p id e m io ló g ic o sistem ático in c lu in ­ do to d a a população residente na área. E n tre 4 5 3 in d iv íd u o s residentes fo ra m diag no stica ­ dos 33 (7,28% ) casos com lesões cutâneas su­ p e rfic ia is de L T A . Desses 33 in d iv íd u o s , 20 (60,60% ) apresentavam cica trize s típ ic a s da doença, e 13 (39,39% ) apresentavam lesões em atividade.

Na tabela I encontram -se d is trib u íd o s os casos c lín ic o s p o r sexo e qrupos etários.

T A B E L A I

D is trib u iç ã o segundo o sexo e grupos etá­ rios nos casos de Leishm aniose T egum entar A m ericana em h a b ita n te s da localidade de Praia V erm elha, Ilha G rande, m u n ic íp io de A n g ra dos Reis, R io de J aneiro — 1976.

G R U P O S D E I D A D E S S E X O

M A S C U L I N O F E M I N I N O T O T A L

M e n os de 2 anos - -

-2 - 5 3 1 4

6 - 10 - 1 1

11 15 2 4 6

16 - 2 0 - 2 2

21 - 30 2 2

31 - 4 0 2 2 4

41 50 5 1 6

Mais de 50 4 4 8

T O T A L 18 15 33

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Ju lh o P iv m ib r o , l l)X l

Rev. S o c.

Bras.

M ed. Trop.

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T A B E L A II

D is trib u iç ã o dos casos de Leishm aniose Te- g u m e n ta r A m e rica n a segundo o tip o de a tiv i­ dade dos h a bitantes da localidade de Praia V erm elha, Ilh a G rande, m u n ic íp io de Angra dos Reis, R io de Janeiro — 1976.

A T IV ID A D E S N Ú M E R O D E C A SO S %

D o m é s tic a 10 3 0 ,3 0

L a v ra d o r 6 1 8 ,1 8

Pescador de c e rc o * 5 1 5 ,1 5

Pescador d e la rg o * * 4 1 2 ,1 2

E s tu d a n te 4 1 2 ,1 2

M e n o r 3 9 ,0 9

O p e rá rio 1 3 ,0 3

T O T A L 33 1 0 0 ,0 0

* aquele que pesca p ró x im o à área, dela não se ausentando

* * aquele que pesca em train e ira s, em a lto m ar, ausentando-se da área a p ro x im a d a m e n te 20 dias em cada mês.

Nos 33 casos c lín ic o s , 10 nasceram fo ra da ilha e 2 3 nasceram na ilha. D os 23 naturais da ilha, 16 nasceram na área de estudo. O in d iv í­ d u o que apresentava m enor te m p o de perm a­ nência na área a í residia há 4 anos.

A Tabela III de m o n stra a in cid ê n cia dos casos de L T A associados ao local de residência e ao ano de o co rrê n cia da doença.

A penas 1 caso o co rre u fo ra da ilha no ano de 1957; o paciente residia, na época, no m u­ n ic íp io de Parati (R J). Dos 32 casos restantes, 2 deles o co rre ra m na Ilha G rande, em um p o ­

voado d e n o m in a d o Freguesia de Santana, dis­ ta n te 1 7 K m da Praia V erm elha. Esses dois in d iv íd u o s eram im igrantes (1 japonês e 1 pau­ lista), sendo que desses, um caso ocorreu em 1945

(

í o o u tro em 1965. Os 30 casos restan­

tes fo ra m to d o s autó cto n e s. Os casos mais antigos o co rre ra m em 1965; um deles era um hom em de 42 anos que sempre residiu na área; o o u tro , era uma m u lh e r de 23 anos que resi­ dia há 16 anos, sendo, porém , natural do Ba­ nana! (Ilh a G rande).

N o p e río d o de 1971 até 1976 ocorreram na área 28 casos, sendo 18 deles em 1975 (Fig. 4).

Nos 33 casos exam inados fo ra m encontra­ das 52 lesões exclusivam ente cutâneas. A lesão única p re d o m in o u sobre as dem ais ocorrendo em 23 (69,69% ) casos.

As áreas expostas do co rp o , p rin cip a lm e n te face, m em bros superiores e inferiores, foram aquelas onde se lo c a lizo u o m aior núm ero de lesões, sendo os m em bros infe rio re s os mais a tingidos, com 21 (40,38% ).

O p e río d o m édio de evolução da doença fo i de 4 meses, sendo a m enor evolução de 15 dias, e a m a io r de 10 meses.

Nos 13 casos c lín ic o s de L T A com lesões em a tivid a de fo ra m encontradas 24 lesões, p re d o m in a n d o a fo rm a ulcerada rasa, com bordas in filtra d a s (20 lesões), e rite m a to -in fil- trada com descam ação central (2 lesões), placa e ritem ato-crostosa co m bordas in filtra d a s (1 lesão) 2 p á pulo-tuberosa (1 lesão).

Em 20 casos com lesões cicatrizadas e te m ­ po r i; evolução de 3 meses, a reação intradér- mica fo i se m D re positiva.

T A B E L A III

IN C ID Ê N C IA DOS CASO S DE L E IS H M A N IO S E T E G U M E N T A R A M E R IC A N A S E G U N D O O L O C A L DE R E S ID Ê N C IA E O A N O DE O C O R R Ê N C IA EM H A B IT A N T E S D A P R A IA V E R M E L H A , IL H A G R A N O E ,

M U N IC ÍP IO DE A N G R A DOS R E IS , R IO DE J A N E IR O - 1976.

L O C A L D E R E S ID Ê N C IA A N O S N O S Q U A IS O C O R R E R A M O S C A S O S T O T A L 4 5 /5 0 5 1 /6 0 6 1 /7 0 71 72 73 74 75 76

F O R A D A IL H A G R A N D E

Parati — 1 _ _ _ _ _ _ _ -|

N A IL H A G R A N D E

Freguesia de Santana 1 — 2

Praia V erm elha — — 2 — 1 — 5 1 8 4 30

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Rev. S o c . Bras. M ed. T rop.

V o l. X IV - N ? s 4 - 6

D I S T R I B U I Ç Ã O A N U A L D O S C A S O S D E

L E I S H M A N I O S E T E G U M E N T A R , N O P E R Í O D O D E 1 9 7 1 A < 9 7 6 , N A L O C A L I D A D E D E P R A I A V E R M E L H A , I L H A G R A N D E , M U N I C Í P I O

D E A N G R A D O S R E I S , R I O D E J A N E I R O .

F ig u r a 4

O diagnóstico la b o ra to ria l dos 13 casos de L T A com lesões ativas fo i c o n firm a d o , em 4 deles, exclusivam ente pela reação in tra d é rm ica positiva, e em 1 caso pelo e n c o n tro de fo rm a s amastigotas em esfregaços de bordas da lesão (Fig. 5 e 6). Nos 8 casos restantes fo i c o n fir ­ m ado sempre pela presença das fo rm a s am asti­ gotas nos exames h is to p a to ló g ic o s, ond e f o ­ ram encontradas as seguintes alterações: na

e p id e r m e , hiperplasia pseudo-epiteliom atosa

em 6 casos; ulceração em 1 caso; hiperceratose com acantose regular em 1 caso. Na d e r m e , em to d o s os 8 casos o co rre u sem pre in filtr a ­ do granu lo m a to so c o n s titu íd o p o r lin fó c ito s .

F ig u r a S — L e s ã o ú lc e r o -c r o s to s a e m c a s o h u m a n o .

F i g u r a 6 — A p o s iç ã o e m l i m i n a d e ies So ú lc e r o -c r o s ­ to s a h u m a n a c o m p r e s e n ç a d e fo r m a s

a m a s t ig o ta s (G ie m s a 1 0 0 0 X ) .

p lasm ó cito s, h is tió c ito s e células e p ite lió id e s m u ltin u cle a d a s; a presença de n e u tró filo s fo i constatada em 6 casos, e n q u a n to os e o sin ófi- los o c o rre ra m em 2 casos. O para sitism o fo i sempre d é rm ic o , e o co rre u d e n tro e fo ra de h is tió c ito s e de células e p ite lió id e s , co m p o ­ breza parasitária.

Os fra g m e n to s de biópsia de 5 casos de le­ sões ativas fo ra m in o cu la d o s em 10 ham sters, p orém , apenas 1 ham ster veio apresentar, aos 4 meses de observação, um a pequena área de pelada, com edema e fo rm a çã o crostosa, no fo c in h o , p o sitiva para L T A ao exam e histopa- to ló g ic o (F ig. 7 e 8). O fíg a d o e baço desses ham sters fo ra m negativos para L T A , assim c o ­ m o um a segunda passagem em o u tro s ham s­ ters.

Dos 33 casos de L T A , diagnosticados na área de estudo, em 5 casos fo i realizado tra ta ­ m e n to esp e cífico , e em 2 8 casos as lesões cica­ triz a ra m com te ra p ê u tic a inespecífica.

D IS C U S S Ã O

(8)

ocor-J u llio -D e /e n ib r o , 1981

Rev. S o c. Bras. Med. Trop.

141

F i g u r a 7L e s ã o c r o s to s a c o m 4 m e s a s d e e v o lu ç ã o e m f o c i n h o d e H a m s t e r e x p e r im e n t a l­

m e n t e in f e c t a d o c o m f r a g m e n t o d e le s ã o h u m a n a .

F i g u r a 8 — H is t o p a t o l o g ia d a le s ã o c r o s to s a d o h a m s ­ t e r d a F i g u r a 7 c o m p r e s e n ç a d e fo rm a s

a m a s t ig o ta s d e n t r o e fo r a d e hist iócit os (H . E . 1 0 0 0 X ) .

rência de um elevado n ú m e ro de casos no Es­ ta d o , época esta, que c o in c id e co m o s u rto da Praia V erm elha.

F o ra ttin i & O liv e ira 6 e F o ra ttin i 8: c o ls 7, descreveram surtos no lito ra l sul de São Paulo, que apresenta as mesmas características geocli- m áticas da Ilha G rande.

D os 33 casos de L T A da Praia V erm elha, apenas 1 caso fo i a d q u irid o fo ra da Ilh a G ran­ de. Os 32 casos restantes são a u tó cto n e s, sen­ d o que e n tre esses, 2 fo ra m a d q u irid o s fo ra da área de estudo em o u tro povoado da Ilha G rande. A presença desses 2 casos, sugere a o co rrê n c ia dessa zoonose há m ais de 30 anos na Ilh a G rande, onde se presum e que a doença deva o c o rre r sob a fo rm a de casos esporádicos ou de m icro -su rto s.

Os 30 casos de L T A , d e n tre os 33 casos exam inados, são to d o s a u tó c to n e s da Praia V erm elha. A doença vinha se m a n ife sta n d o naquela localidade há m ais de 10 anos, sob a fo rm a de casos esporádicos, p rin c ip a lm e n te no p e río d o de 1961 a 1973. N o p e río d o de 1974 a 197 6 fic o u co n fig u ra d a um a real epidem ia de L T A na área; a p a rtir de 197 4 teve in íc io a epidem ia co m a o c o rrê n cia de 5 casos, e, em 1975, a curva epidêm ica chega ao seu ápice, com 18 casos. A p a rtir de 197 6 a L T A e n tro u em d e c lín io , perm anecendo na co n d ição a n te ­ rio r de casos esporádicos, v isto que nenhum a m edida p ro filá tic a fo i adotada.

O u tro aspecto que reforça o surto epidêm i­ co é o a c o m e tim e n to da doença em 16 pessoas naturais da área que ali sempre residiram , jus­ ta m e n te co m as pessoas não naturais mas com te m p o de residência superior a 5 anos, fatos estes, que ta m b é m dem o n stra m a estabilidade da população.

O bservou-se ta m b é m , naquela localidade, a ausência de grandes desm atam entos, assim co­ m o a presença de casos de L T A em d o m ic ílio s 3 a 5 m etros p ró x im o s ao mar.

Chama-se atenção para o tip o de vegetação a b u n d a n te na área fo rm a d a de imensos bana­ nais, aspecto este co m u m em o u tro s focos de L T A no Estado (M enezes13 , Sabroza & co ls1 9 ).

A o c o rrê n cia de L T A em am bos os sexos, baixa idade e tip o de ocupação sem relação d ire ta co m as matas ou desm atam entos fo ra m elem entos evidentes d u ra n te o estudo dessa epidem ia. Estes dados fazem supor que a transm issão deva o c o rre r em am biente peri ou in tra d o m ic ilia r, sem elhante às observações de o u tro s autores que estudaram essa protozoose no sudeste b ra sile iro (F o ra ttin i & co ls7, Maga­ lhães1 1, A ra g ã o 1, G uim arães*, Menezes & c o ls 1 9 ).

(9)

142

Rev. S o c. Bras. Med. T rop.

V o l. X IV - N ? s 4 - 6

com pobreza parasitária nos exam es realiza­ dos. A pobreza parasitária nas lesões é um as­ pecto co n cordante com o tra b a lh o de Menezes & cols15 que a d m ite m ser a L T A , no Estado do R io de Janeiro, pauciparasitária com in te n ­ sa reação te cid u a l.

E ntre os 10 ham sters in o cu la d o s o correu lesão em apenas um , p orém esse dado isolado não fornece elem ento s u fic ie n te para in c lu í-lo na classificação de Lainson & S h a w 1 ° .

A cura espontânea de 28 casos da doença c o n firm a as observações de o u tro s autores, que en co n tra m lesões cicatrizadas sem tra ta ­ m ento específico (G uim arães8 , Menezes & cols' 5, Sabroza & co ls19 ).

F in a lm e n te, pode-se a d m itir, que a cura es­ pontânea das lesões cutâneas, associada a au­ sência de lesões mucosas, fala a fa v o r do tip o benigno da L T A na Praia V erm elha. Esses as­ pectos de benignidade podem ser decorrentes da pobreza parasitária, resistência do hospe­ deiro hum ano ou uma característica atenuada da cepa da área.

C O N C L U S Õ E S

1. F oram diagnosticados 33 casos de Leish- maniose Tegum entar A m e ric a n a (L T A ) na área de estudo e, entre esses, 30 casos au­ tócto n e s, d u ra n te o p e río d o de 1961 a 1976.

2. A L T A o c o rria há mais de 30 anos na Ilha Grande e há mais de 10 anos, sob a fo rm a de casos esporádicos, na Praia V erm elha; d u ra n te o p e río d o de 1974 a 1976 surgi­ ram 27 casos da doença, configurando-se uma epidem ia.

3. A fase epidêm ica da L T A , na Praia V e rm e ­ lha, o correu d u ra n te um p e río d o de ascen­ são da doença em o u tra s áreas do Estado do R io de Janeiro.

4. A p a rtir de 1976, a epidem ia e n tro u em fase de d e c lín io , sem que fossem tom adas m edidas p ro filá tic a s.

5. A L T A , na Praia V erm elha, assume caracte­ rísticas de transm issão peri ou in tra d o m ic i- liar, a tin g in d o igualm ente os in d iv íd u o s re­ sidentes na área, sem d is tin ç ã o de idade, sexo e profissão.

6. E ntre os 33 casos de L T A diagnosticados na área fo ra m encontradas 20 cicatrizes e 13 lesões em atividade.

7. A p a rtir de lesões hum anas fo i possível iso­ lar o parasita da L T A , em 1 ham ster, após 4 meses da inoculação.

A G R A D E C IM E N T O

Os autores agradecem á estagiária d o Museu N acional na área de A n tro p o lo g ia B io ló g ica , M aria Luiza Dam asceno de A ra ú jo , pelo a u x í­ lio e e s tím u lo prestados d u ra n te a execução deste tra b a lh o .

S U M M A R Y

Th e a u t h o r s d e s c r ib e d f o r t h e f i r s t t i m e th e

a p p e a r a n c e o f a n e p id e m ic o f C u ta n e o u s

L e is h m a n ia s is in th e s m a ll v illa g e o f P ra ia V e r ­

m e lh a , I l h a G r a n d e ( C r e a t I s la n d ) , c o u n t y o f

A n g r a d o s R e is , S ta te o f R io d e J a n e ir o , s it u

-a t e d -a t 1 7 K m f r o m t h e c o n t i n e n t .

4 5 3 p e r s o n s w e re e x a m in e d a n d 3 3 C3ses o f

C u ta n e o u s L e is h m a n ia s is w e r e f o u n d o f w h ic h

1 3 w e r e cases o f a c t iv e ie s io n s a n d 2 0 o f scars.

O f t h e 3 3 cases, 3 0 w e re is s u e d f r o m t h e a re a

u n d e r e x a m in a t io n . T h e d is e a s e h a s e x is t e d in

P ra ia V e r m e lh a f o r m o r e t h a n 1 0 y e a r s a n d in

t h e I lh a G r a n d e f o r m o r e th a n 3 0 as s p o r a d ic

cases. I n P ra ia V e r m e lh a b e t w e e n 1 9 7 4 a n d

1 9 7 6 , a n e p id e m ic o c c u r e d w h e n 2 7 cases o f

t h e d is e a s e w e r e r e g is te r e d .

T h e C u ta n e o u s L e is h m a n ia s is in P ra ia V e r ­

m e lh a h a s c h a r a c t e r is t ic s o f h o m e tr a n s m is

-s io n a f f e c t i n g p e o p le w i t h o u t d i -s c r im in a t io n

o f s e x , a ge o r o c c u p a t io n . T h e u lc e r a t e d f o r m

a p p e a r e d m o r e f r e q u e n t l y in t h e e x t r e m i t i e s

o f t h e b o d y , w i t h s p o n ta n e o u s c u r e o f th e le

-s io n a n d n o h a r m t o t h e m u c o -s a ; o n e h a m -s t e r

in 1 0 i n o c u la t e d w i t h t h e m a t e r i a l o f t h e h u

m a n le s io n d e v e lo p p e d a f t e r f o u r m o n t h s a le

-s io n in it -s m u z z le w i t h p o -s it iv e r e -s u lt-s f o r

C u ta n e o u s L e is h m a n ia s is .

R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S

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(10)

Julho-Dezembro, 1981

R ev. S o c. Bras. M ed. Trop.

143

3. C E R Q U E IRA , A . C. & V A S C O N C E L O S ,

A.

- A

leishmaniose nesta

c a p ita l. B o i.

Sa n i

t . Ri o de Janeir o, 1 :

3 5 -4 7 , 1 9 2 2 .

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Referências

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