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Estudos sobre a nutrição mineral do arroz: IX. marcha de absorção de macronutrientes na variedade IAC-47.

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Academic year: 2017

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(1)

E S T U D O S SOBRE A N U T R I Ç Ã O M I N E R A L DO A R R O Z .

I X . MARCHA DE ABSORÇÃO DE M A C R O N U T R I E N T E S NA V A R I E D A D E I A C - 4 7 *

E. MALAVOLTA**

J.C.A. SILVA***, A.P. C R U Z * * * ,

T.E. R O D R I G U E S * * * ,

J.C. S A B I N O * * * , I.A. GOMES***,

F.A. O L I V E I R A * * * ,

C. D A G H L I A N * * * ,

I.A. G U E R R I N I * * * , J.A.MAZZA***

L.S. C O R R E A * * * ,

M.A. S C H I A V U Z Z O * * * ,

M.P. C O S T A * * * ,

C.P. CABRAL****,

L.H.S. PAVAN*****, L.A. DARIO*****

F . C . ANTONIOLLI*****

RESUMO

Foram estudadas, em condições controladas,

a acumulação de matéria seca e a de macro¬

nutrientes na variedade de arroz IAC-47.

* Com ajuda da FAPESP e do CNPq. Entregue para publicação

em 14/12/1981.

** Departamento de Química, E.S.A. "Luiz de Queiroz", USP.

*** Estudantes de pós-graduaçio.

**** Auxiliar de Laboratório, CENA-USP.

(2)

Ambos os processos em geral são descritos

por sigmóides típicas; picos para os

valo-res totais de produção de matéria seca e de

acumulação de elementos entre: 100 e 140

dias depois da germinação.

INTRODUÇÃO

Os virios estádios de desenvolvimento da planta do

ar-roz reunem-se em duas fases, vegetativa e reprodutiva,

des-critas por MALAVOLTA (1979).

Germinação - em solos arejados a radfcula se desenvolve

antes do coleoptilo q u e , entretanto, o faz mais rapidamente

que a primeira quando a germinação se dã na agua, raízes e

parte aérea se desenvolvem de modo mais ou menos proporcional

até o final do perfi1hamento, quando o sistema radicular é má

xi mo.

Perfilhamento - inicia-se pouco depois das raízes secun

darias (em geral 3 semanas após a germinação), dos quais

de-pende em parte o numero de panículas; o final da fase

vegeta-tiva se dã com a diferenciação da panícula (o internódio

su-perior se alonga completamente, cerca de k semanas antes do

esp i gamento; água, temperatura, luz e nutrientes são essen

ciais agora para altas produções.

Emborrachamento - é o inchamento notado no internódio su

perior (desenvolviment da panícula dentro da baínha da folha

mais a l t a ) ; o espigamento que se segue é a emergência da

pa-nícula da baínha.

.Florescimento e granação - o florescimento começa na par

te terminal da panícula e um dia após a polinização o grao

de arroz já começa a aumentar de volume (desenvolvimento máxi

mo 2 4

- 2 8

dias do florescimento); a acumulação de matéria seca

(3)

A acumulação de matéria seca (m.s.) ê variável nos

di-versos órgãos durante o desenvolvimento da planta e TANAKA

et

alii,

(1966), entre outros autores, descrevem essa dinâmica: a

taxa inicial é baixa, aumenta gradativamente, atinge um mãxi

mo, decrescendo em seguida; acompanha o desenvolvimento, e a

curva ê geralmente uma sigmóide, o que acontece com outras cul

turas. De acordo com MALAVOLTA (1979): até o perf

\ 1

hamento,

cresce pouco a m . s . , mas a partir desse período, a produção

se intensifica de modo quase linear em função do tempo até o

florescimento, quando começa a mostrar tendência assintõtica;

no fim do ciclo os grãos correspondem a quase metade da m . s .

acumulada e que isso deve refletir em grande parte no

trans-porte do material das folhas e dos colmos.

GARGANTINI & BLANCO (1965), em estudos em vasos com o

cultivar "Dourado precoce", verificaram que o máximo de produ

ção da m.s. foi atingida aos 110 dias (ciclo de 150);

Para VELASCO

et ali-i

(1965) a absorção mineral pelo

ar-roz é maior aos 30 dias de idade do que no período

subsequen-te e as quantidades em que cada elemento é absorvido depende

consideravelmente das condições ambientais e que aos 33 dias,

a absorção de macronutrientes, em g/dia, é 0,46 N, 0,2^ K,

0,18 Mg, 0,06 Ca e 0,05 P.

No presente trabalho procurou-se estudar a acumulação de

matéria seca e de N , P, K, C a , Mg e S pela variedade IAC

- kl

cultivada em solução nutritiva.

MATERIAL E MÉTODOS

As sementes foram postas a germinar em vermiculita

umi-decida com uma solução de CaSO^ 2H2O 10"^M. As plantinhas com

5 - 1 0 c m d e altura foram depois transplantadas para bandejas de

30 1 de capacidade contendo a solução n? 2 de HOAGLAND & ARNON

( I 9 5 O ) diluída 5 vezes. 10 dias depois foram transplantadas pa

ra vasos plásticos de 1 1 contendo a mesma solução sem d i

-luir. Aos

kS

dias passaram para vasos de 2,5 1 de capacidade.

(4)

Foram feitas

5

amostragens, com

2

repetições:

2 1 , 5 0 ,

70, 91

e

140

dias (fim do ciclo). Nas

3

primeiras separam

-se

apenas raiz e parte aérea. Nas demais, os órgãos todos

fo-ram separados, pesados e analisados por métodos de rotina.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Tabela

1

dã a variaçio na quantidade de matéria seca

produzida em função dos dias transcorridos após a germinação

(DAG). A Figura

1

permite observar que a dinâmica de

acumula-ção de m . s . descrita por TANAKA

et alii

( 1 9 6 6 )

foi obedecida

pela var. I A C

- 4 7 ,

descrevendo a sigmóide usual. Dada a aparen

t e

linearidade no período de

70

a

140

DAG, pode-se estimar pa

ra uma população de

250

mil plantas uma produção diária de

m.s. de cerca de

85

kg por ha.

A variação no teor dos elementos ê dada na Tabela

2 .

Vê-se que os teores dos elementos na planta, entre

2 1

-50

dias após a germinação (DAG) são relativamente altos,

re-duzi ndo-se nos períodos subsequentes, o que é explicado por

GARGANTINI

s

BLANCO

( 1 9 6 5 ) ,

como sendo efeito de diluição.

0

N apresentou absorção alta até o florescimento, havendo daí

por diante jã translocação para a formação do grão. Houve gran

translocação de P da parte vegetativa para os grãos.

A maior percentagem da absorção de K ocorreu na fase de

emborrachamento (formação da panícula). Absorção de C a , Mg e

S ocorreu mais ou menos paralela a acumulação de m . s . , e m a c o r

do com MALAVOLTA

( 1 9 7 9 ) ,

durante todo o ciclo dos cultivares,

sendo praticamente iguais, para os dois cultivares.

As Figuras

2

e

3

apresentam as curvas que descrevem a

dinâmica dos elementos dentro da planta.

0

contido em cada ór

gão ou parte está representado, em função do tempo com % da

acumulação total. Os dados mostram boa concordância com os

obtidos por MIKKELSEN S PATRICK JR.

( 1 9 6 8 ,

pãgs.

4 1 5 - 4 1 9 ) ,

su

gerindo redistribuição das folhas para os grãos de N , P e K

e necessidade de suprimento constante dos três outros macronu

(5)
(6)
(7)
(8)
(9)
(10)

RESUMO E CONCLUSÕES

Plantas de arroz, var. IAC-47, foram cultivadas em solu¬

ção nutritiva de HOAGLAND & ARNON (1950) nº 2 até o fim do

ciclo. Em estádios fisiológicos determinados foram colhidas

amostras para determinação de matéria seca e de

macronutrien-tes. Apresentaram tendência assintótica no fim do ciclo as cur¬

vas que descrevem a acumulação de N, K. e Ca. As velocidades

maiores de absorção foram geralmente notadas entre 50 e 100

dias após a germinação. Houve aparente redistribuição das

folhas para os grãos de N, P e K.

SUMMARY

STUDIES ON THE MINERAL NUTRITION OF THE RICE PLANT.

IX. TIME COURSE ON THE UPTAKE OF MACRONUTRIENTS BY

THE VARIETY IAC-47.

Rice plants, variety IAC-47, were grown in the nº 2

nutrient solution of HOAGLAND & ARNON (1950) until the end

of the life cycle. Plants were sampled at well defined physi¬

ological periods for analyses. It was verified that trends

for levvelling off occurred in the case of accumulation of N,

K and Ca. Translocation from leaves to grain was observed with

respect to N , P and K. Maximum rates of uptake of all elements

took place from 50 to 100 days after germination.

Co-autores: estudantes de pós-graduação A. Flórido, A.

Pena Orellana, A.A. Frenhani, A. Tosta Silva, B.N. Rodrigues,

C. Nóbrega, D.F. Azeredo, E.M. Paulo, A.H.G. Pereira, I. F.

Carneiro, N.A. Costa, P.N.A. Berto, P.S. Katayama, P.

Maria-no Santos, R.A. Arevalo, R.L. RufiMaria-no, R.V. Naves, J.S.

Teixei-ra Leite, S.R.C. Stipp, W. AmaTeixei-ral.

LITERATURA CITADA

(11)

HOAGLAND, D.R.; ARNON, D.I.,

1 9 5 0 .

The water culture method

fro growing plants without soil. Calif. Agr. Exp. Sta.

Circ.

3 4 7 .

MALAVOLTA, E . ,

1 9 7 9 . Nutrição mineral e adubação do arroz de

sequeiro,

Ed. Franciscana, S.Paulo,

3 7 p .

MlKKELSEN, D.S.; PATRICK, W . H . ,

1 9 6 8 .

Fertilizer use on rice.

Em:

Chanching patterns in fertilizer use. Edit. por R. C.

Dinauer, Soil Sci. Soc. America, Madison.

TANAKA, A.A.; KAWANO, K.; YAMAGUCHI, J . ,

1966.

Photosynthesis,

respiration, and plant type of the tropical rice plant. I.

R.R. I. Tec. Bull.

7 ,

Philippines.

VELASCO, J.R.; CABRERAm T.E.; VEGA, M.R.; RAMOS, F.T.,

1 9 6 5 .

(12)

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