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Tratamento das lesões instáveis do anel pélvico com fixador supra-acetabular e parafusos sacroilíacos: resultados preliminares em 20 pacientes.

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w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

original

Tratamento

das

lesões

instáveis

do

anel

pélvico

com

fixador

supra-acetabular

e

parafusos

sacroilíacos:

resultados

preliminares

em

20

pacientes

Rodrigo

Pereira

Guimarães

,

Arthur

de

Góes

Ribeiro,

Oliver

Ulson,

Ricardo

Bertozzi

de

Ávila,

Nelson

Keiske

Ono

e

Giancarlo

Cavalli

Polesello

FaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo(FCMSCSP),SãoPaulo,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem30desetembrode2014 Aceitoem6deabrilde2015 On-lineem28dejaneirode2016

Palavras-chave:

Procedimentoscirúrgicos minimamenteinvasivos Fixadoresexternos Fixac¸ãointernadefraturas Estudosretrospectivos

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Avaliarosresultadosdotratamentode20pacientesqueusaramcomotratamento definitivoummétododeosteossínteseopcionalparafraturasdoanelpélvico.

Métodos:Foifeitaumaanáliseretrospectivadasériede20casosdepacientescomfratura doanelpélvicotipoCdeTile,portadoresdealtoriscodeinfecc¸ãopós-operatória,tratados naSantaCasadeMisericórdiadeSãoPauloentreagostode2004edezembrode2012, sub-metidosafixac¸ãoexternasupra-acetabularpercutâneaassociadacomparafusoscanulados iliossacraisde70mm.

Resultados:Amédiadeidadedospacientesfoide40anos(mínimode22;máximode77)e otempomédiodeseguimentofoide18,5meses(mínimodetrês;máximode69).Apóso términodotratamentodezpacientes(50%)foramclassificadoscombonsresultados,nove (45%)tiveramdesfechoregulareum(5%)nãoapresentoumelhoriaalguma.Seis apresenta-ramcomplicac¸ões.Aparestesiadonervocutâneofemorallateralfoiamaisfrequente(dois pacientes).

Conclusão:Afixac¸ãoexternasupra-acetabularassociadaaosteossíntesepercutânea iliossa-craléumbommétododetratamentodefinitivoparaospacientescomaltoriscodeinfecc¸ão pós-operatória.

©2015SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

TrabalhodesenvolvidonoGrupodeQuadril,FaculdadedeCiênciasMédicasdaSantaCasadeSãoPaulo(FCMSCSP),Departamento deOrtopediaeTraumatologiadaIrmandadedeSantaCasadeMisericórdiadeSãoPaulo(ISCMSP),PavilhãoFernandinhoSimonsen,São Paulo,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:clinicaguimaraes@gmail.com(R.P.Guimarães).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2015.04.026

(2)

Supra-acetabular

fixation

and

sacroiliac

screws

for

treating

unstable

pelvic

ring

injuries:

preliminary

results

from

20

patients

Keywords:

Surgicalprocedures,minimally invasive

Externalfixators Fracturefixation,internal Retrospectivestudies

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: Toanalyzethetreatmentresultsfrom20patientswhounderwentanalternative osteosynthesismethodasdefinitivetreatmentforpelvicringfractures.

Methods: Aretrospectiveanalysiswasconductedonaseriesof20patientswithpelvicring fractures(TiletypeC)andahighriskofpostoperativeinfection,whoweretreatedatSanta CasadeMisericórdiadeSãoPaulobetweenAugust2004andDecember2012.Thepatients underwentpercutaneoussupra-acetabularexternalfixationinassociationwithcannulated 7.0mmiliosacralscrews.

Results: Thepatients’meanagewas40 years(range22-77years)andthemean length offollow-upwas18.5months(range3-69months).Attheendofthetreatment,ten pati-ents(50%)wereclassifiedashavinggoodresults,ninepatients(45%)hadfairresultsand one patient(5%)didnot haveanyimprovement.Sixpatientspresentedcomplications, andparesthesiaofthelateralfemoralcutaneousnervewasthemostfrequentofthese (twopatients).

Conclusion: Supra-acetabularexternalfixationinassociationwithiliosacralpercutaneous osteosynthesisisagooddefinitivetreatmentmethodforpatientswithahighriskof posto-perativeinfection.

©2015SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

Asfraturas doanel pélvicofazem parte da rotinada trau-matologia.Aocorrênciadostraumascommaiorenergiaeo envolvimentodos jovensnesses acidentes é preocupante.1

Aslesõestraumáticasassociadasmuitasvezesexigem neu-rocirurgias,cirurgiasabdominais,colostomias,cistostomias, drenosenecessidadedeinternac¸ãoprolongadanoscentros deterapiaintensiva2-4edificultamotratamentoortopédico.

Comoaosteossíntesenopacientecríticodevesereficaz

eminimamenteinvasiva,umaopc¸ãoparaotratamentodas

fraturaspélvicasnessesdoentespodeserafixac¸ãoexterna supra-acetabularassociadacomafixac¸ãopercutânea sacroi-líaca.

O objetivo deste estudo é avaliar o resultado do trata-mentode20pacientescomfraturasinstáveisdoanelpélvico, submetidosacirurgiacomfixac¸ãoexternasupra-acetabular associadacomfixac¸ãopercutâneasacroilíaca,tratadosentre agostode2004edezembrode2012.

Metodologia

Foifeitaanáliseretrospectivade20prontuáriosdepacientes com fraturado anelpélvico, tratadosentreagosto de 2004 edezembro de 2012, submetidos àfixac¸ão da região ante-riordoanelpélvicocompinossupra-acetabularesetambém sacroilíacaportécnicapercutâneacomparafusoscanulados de7mm(fig.1AeB).Asfixac¸õescirúrgicasforamfeitasno

mesmotempooperatório.

Os critérios de inclusão foram pacientes adultos, entre

18 e 80 anos, com fraturas do tipo C classificadas por

Tile,5portadoresderiscoparacomplicac¸õespós-operatórias

comosteossínteseinterna.Internac¸ãohospitalarprolongada, doenc¸as clínicas descompensadas, diagnósticos cirúrgicos simultâneos (cirurgias abdominais e/ou pélvicas),presenc¸a

de estomias, drenos e sondas foram considerados os

fatoresderiscoparaareduc¸ãoabertaefixac¸ãointernacom placas.Oscritériosdeexclusãoforamprontuáriosmal preen-chidos,pacientesmenoresde18anos,pacientescomlesões classificadascomotipoAeBdeTile,pacientestratadossem cirurgiaousubmetidosaosteossíntesecomplacaseoscasos deóbitonoperíodopré-operatório.

Os dados epidemiológicos descritos foram sexo, idade,

mecanismo detrauma, lesõesassociadaseoresultadodos

tratamentoscomatécnicacirúrgicausada.Aslesõesnoanel

pélvico foramdescritas como sendo fraturanos ramos(R),

disjunc¸ãodasínfise(S),combinac¸ãodeambos(S+R)elesão docomplexosacroilíaco(SI).Consideramoscomolesão bila-teralquandoafraturaestavapresentenosdoisladosdoanel pélvico.

As fraturas foram avaliadas com imagens radiográficas

e tomográficas, antes e depois do tratamento cirúrgico,

sempre por três médicos ortopedistas. Após a cirurgia

as reduc¸ões foram estratificadas em anatômicas, desvio

de um a cinco milímetros e desvio maior do que cinco

milímetros.

Os fixadoresexternos foram retirados após 16 semanas

detratamento,excetonumcasoquenecessitoudeantecipar essadata.Nenhumparafusoiliossacralfoiretiradoduranteo estudo.

O resultado clínico dos tratamentos foi classificado em bom(retornoplenoàssuasatividadespréviassemqueixas),

regular (retorno às suas atividades com queixas) ou ruim

(3)

Figura1–(A)ImagemdapelveemOutletcomfraturadosramospúbicosedosacroàesquerda.(B)Imagemcoronal pós-operatóriadapelvecomdoisparafusossacroilíacosnocorpodeS1efixadorexternosupra-acetabular.

Tambémcomparamos esses resultadoscom asradiografias

pós-operatórias.

Resultados

Vinte pacientes foram acompanhadospor umperíodo que

variouentretrêse69meseseotempomédiodeseguimento foide18,5meses(desviopadrão[DP]19,99meses).

Amédiadeidadefoide40anos(mínimade22emáxima

de77;DP14,7). Onzepacientes(55%)eram dosexo

mascu-lino.Aprincipalcausaencontradafoioatropelamento(dez; 50%), seguidaporqueda de altura(cinco; 25%),colisõesde automóvel(três;15%)eacidentescommotocicleta(dois;10%). Todosos 20casos foramdotipo Cde Tile.Em18casos (90%)haviafraturanosramospúbicoseadisjunc¸ãoda sín-fiseocorreuemcinco(25%)pacientes.Encontramos15casos (75%)R+SI;trêscasos(15%)S+R+SIedoiscasos(10%)S+SI. Alesãofoibilateralemdez(50%)casos.Doiscasos(10%) ocorreramexclusivamentenoladodireitoeoitocasos(40%) noladoesquerdo.

Quatorze pacientes (70%) apresentaram alguma lesão

traumática associada: um (5%) sofreu traumatismo crânio

encefálicograveexclusivo,um(5%)sofreutraumatismo

crâ-nio encefálico grave e fraturas em extremidades, um (5%)

apresentou lesão da uretra, um (5%) teve trauma

abdo-minal que necessitou de laparotomia e embolizac¸ão, um

(5%) foi submetido à cistostomia, três (15%) apresentaram

escoriac¸õesabdominais,pélvicasehemorragiacom perma-nênciaprolongadanaunidadedeterapiaintensivaeseis(30%) apresentaramoutras fraturas associadas exclusivas (fig. 2). Osdemais(30%)tiveramodiagnóstico exclusivodefratura

pélvica,porémapresentavamcomocontraindicac¸õesparaa

ostessínteseinterna:três(15%)laparotomiasprévias,um(5%) cirurgiaabdominaleinfecc¸ãodotratourinário,um(5%) coa-gulopatiadebaseeum(5%)infecc¸ãoprofundanospinosde trac¸ãoesquelética.

Areduc¸ãoanatômicafoiatingidaem14casos(70%).Dois casos(10%)permaneceramcomdesviodeumatécinco milí-metrosapósareduc¸ão,emtrêscasos(15%)amelhorreduc¸ão obtidafoimaiordoquecincomilímetros.

Ascomplicac¸õesocorreramemseiscasos(30%):dois(10%)

apresentaram neuropraxia donervo cutâneo femoral

late-ral,um(5%)apresentouconsolidac¸ãoviciosaeevoluiucom

dor lombossacra e sacroilíaca, um (5%) permaneceu com

dor sacroilíaca exclusivaeventual. Houveum caso (5%) de

pseudoartrose dos ramos púbicos associado com infecc¸ão

pós-operatória.Opacientefoitratadocomantibióticos intra-venososearetiradadosmateriaisdesínteseeevoluiucom perdadareduc¸ão.Umpaciente(5%)permaneceucom

discre-pâncianocomprimentodosmembrosinferiores.Nãohouve

óbitoapósascirurgiaseosdemaispacientes(14,70%)não apresentaramcomplicac¸ões.

Noseguimento clínicoambulatorial dezpacientes (50%)

retornaram àssuasatividades enão relatavamqueixasou

limitac¸ões. Eles foram classificados como bons resultados.

Nove (45%) mantiveram queixas eventuais, caracterizadas

principalmente por dordifusa naregiãoposterior, eforam

classificados como resultados regulares. Um paciente (5%)

negouqualquertipodemelhoria,permaneceucom

lombal-gia,dormusculareencurtamentodomembroefoiclassificado

comoruim.

Discussão

Hámuitotempoasfraturasdoanelpélvicointrigamos médi-cos.SegundoPerryetal.,6cercade2%detodasasfraturasdo

corposelocalizamnoanelpélvico,masnospolitraumatizados esse percentual pode chegar a 25%.7,8 Os pacientes

porta-dores de fratura pélvicaapresentamdiversas lesões graves associadas,7têmmaiormortalidade9eossobreviventestêm

alta chancede convivercomalgumasequelapermanente.4

Otratamentocirúrgicodessaslesõesnafaseagudapromove

30 30

5 5

10

5

15

TCE grave

TCE com fraturas de extremidade

Trauma genito-urinário

Trauma abdominal

Múltiplas escoriações

Fraturas de extremidades

Sem lesões traumáticas associadas

Lesões associadas

(4)

os melhores resultados1-3,10 e permite reabilitac¸ão com

retornoavidacomunitária.

Afixac¸ãopélvicapodeserfeitacom placasoufixadores externos.11AsfraturasclassificadascomoBouCporTilesão

preferencialmentetratadascomfixac¸ãointernarígida,12mas

areduc¸ãodiretacausamaiortraumaoperatório,perda san-guíneaeriscodeinfecc¸ão13 eporissodeveserconsiderada

individualmente.11,12 Porissoospacientesmaisgravese/ou

colonizadospormicrorganismosresistentesdasUnidadesde TerapiaIntensivapodemserbeneficiadoscomumtratamento

ortopédicominimamenteinvasivo.

O uso dos fixadores externos na pelve data da década

de1950.14Atualmenteváriostrabalhostentamestabelecera

construc¸ãomaisversátil,seguraeresistente,14-16masainda

não existe um consenso.17 As montagens anterossuperior

(sobreacristailíaca)eaanteroinferior(supra-acetabular)são asmaisusadas.14

O método supra-acetabular é mais estável e duradouro

e precisa de poucas incisões. A técnica exige auxílio da

radioscopia. Cada pino de Schanz é posicionado cranial à

articulac¸ãodoquadril,ligeiramentelateral àespinhailíaca anteroinferior, orientado no sentido da incisura isquiática maior.3 Aestabilizac¸ãoéfinalizadaanteriormenteporuma

ouduasbarras.Devehavercuidadoparanãolesar onervo

cutâneo femoral lateral, não posicionar o pino dentro da

articulac¸ão enão invadir a incisura isquiática maior. Uma zonadeseguranc¸aparaacolocac¸ãodospinosfoidescritapor algunsautores.14-16 Os pequenoscortesnapeleea menor

manipulac¸ãodafraturafazemdesseummétodovantajosose comparadoàsviasdeacessotradicionaisparafixac¸ãointerna. Aosteossíntesesacroilíacaémandatórianoscasos classi-ficadoscomTiletipoC12ediversostiposdeimplantesfazem

partedoarsenalterapêutico.18,19

Asuafixac¸ãopercutâneaésimpleseeficaz,éométodo

de escolha na maioria dos casos.20,21 Um único parafuso

canulado de 7,0mm é suficiente na maioria das vezes,

mas dois parafusos podem ser usados quando há maior

instabilidade.18,20 Na técnica operatória é fundamental o

posicionamento correto do implante com a extremidade

rosqueada dentro do corpo de S1.18 Alguns trabalhos

demonstraramdificuldadesintraoperatóriasquandoexistem

variac¸õesanatômicasdosacroeasimagensfluoroscópicas sãoinadequadas.22,23

Amédiade40anosencontradanosnossosresultadosé

semelhanteàdaliteratura1,8eafrequênciadeocorrênciaspor

sexotambém(55%masculino).Nanossacasuísticaos aciden-tescomveículosdetransporterepresentaram75%doscasos queforamtratadospelométodoescolhido,masosacidentes

commotonãorepresentaramamaioria.

Apesardeseremlesõesdiferentes,asluxac¸õessacroilíacas, asfraturasdosacroeasfraturasemcrescenteforam

consi-deradasemconjuntonomesmogrupo(SI),afimdemelhor

agrupamentoparacompreensãoestatística.Nãotraria

vanta-gemsepará-lasdeacordocomasuanatureza,umavezque

todaspertenciamafraturasverticalmenteinstáveiseexigiam osteossíntesedaregiãoposterior.

Verificamosaté 50%deassociac¸ãocomoutraslesõesno momentodachegadadopacienteaohospital,oquerefletea gravidadedoscasosecorroboraanecessidadedeum aten-dimentodiferenciado.Esse valorvaiaoencontrodosdados

jáconhecidosnaliteratura.1,3,8Contudo,apesardagravidade

dospacientesnenhumdelesevoluiucomóbitoapósacirurgia ortopédica.

Emseiscasos(30%)areduc¸ãoobtidanãofoianatômica. Essenúmeroeraesperadoporsetratardefraturasgravese instáveis,quecolaboramparaaincongruência.Noentanto, esseresultadonãonosdeixatranqüilos,porqueadorcrônica

costuma serumproblemanessespacientes.Emumestudo

com102pacientessubmetidosàfixac¸ãocomparafuso

sacroi-líaco,88%apresentaramreduc¸ãoanatômicaoupróxima da

anatômica,12%apresentaramincongruênciaresidualdeum

centímetrooumaiseoitoapresentaramdesvioda reduc¸ão

obtidaduranteoseguimento.21McLarenetal.24evidenciaram

quedoisterc¸osdospacientestêmdornoscasoscom

incon-gruência finalmaiordoqueumcentímetroe88% têmdor

mínimaquandoaincongruênciapermanecemenordoqueum

centímetro,oquedemonstrandoanecessidadedesebuscar

areduc¸ãoanatômica.

Nonossoestudoosresultadosfuncionaisobtidos foram semelhantesàstécnicasaceitascomopadrão-ouro,8,12,17com

50%debonsresultados.Novepacientes(45%)apresentaram

resultadosregularesapesardaconsolidac¸ãodasfraturasedo retornoàsatividadesdetrabalho.Somenteum(5%)tevemau

resultado,permaneceucomdiscrepânciade5cmdos

mem-brosinferioresesemmelhoriadossintomas.Foitratadocom palmilhasecalc¸adoscomsaltoscompensatórios.Hoje man-témaqueixadedor,masjáconseguetrabalhar.Acomparac¸ão clínico/radiológicademonstroucorrelac¸ãodiretadaqualidade dareduc¸ãoeapresenc¸adesintomasnoseguimento ambula-torial.

Oíndicedecomplicac¸ãodaslesõescomométodo apre-sentadochegouaseiscasos(30%),asmaisfrequentesforama parestesiadonervocutâneofemorallateral(doispacientes) eadorsacroilíaca (dois).Osdois pacientes comparestesia

apresentarammelhoriacompletadoquadro.Aapraxiapode

ocorrer durante a dissecc¸ão ou a introduc¸ão dospinos de Schanzetemincidênciade2%duranteafixac¸ãoexterna.25

Nenhum dos nossos pacientes apresentou neuropraxia da

raiz de L5.A taxa de lesão neurovascular durante o

posi-cionamento doparafuso iliossacral varia de dois a15% na

literatura.26 Rysav ´y et al.21 relataram 6% de lesão L5, com

remissão completa do déficit em todos os casos. Moed e

Whiting19 não apresentaram lesões neurológicas em seu

estudocomdezcasosapósotratamentooperatóriodalesão posteriordoanelpélvico.Gaoetal.27nãoencontraramcasos

delesõesneurológicas,vascularesouurológicasentreos17 pacientessubmetidosaosteossíntesesacroilíaca.

AquelesquetiveramTCEevoluírambem,semdéficits neu-rológicosecomretornoàssuasatividadespré-acidente.

O paciente queapresentou lesão da uretra permaneceu

comdisfunc¸ãosexual,necessitadedilatac¸õesuretraisefaz acompanhamentoperiódicocomurologista.Jáoquefoi

sub-metido a cistostomia evoluiu satisfatoriamente durante o

seguimentoenãotevecomplicac¸ões.

(5)

Permanecercomafixac¸ãoexternanoambientedomiciliaré trabalhoso,pois as atividadesde vidadiária ficam prejudi-cadaseo pacientenecessitaconstantementedoauxíliode terceiros.

Esteestudoapresentalimitac¸ões:éretrospectivo,osdados foramcoletadosdeprontuárioseapesardeter critériosde inclusãobemclarosonúmerode20pacientespodeser insu-ficientepararetratararealidade.Aavaliac¸ãodosdoentesé subjetivaenãocaracterizadaporescores.Todavia,as quei-xas,ograudesatisfac¸ãodospacienteseoretornoounãoàs suasatividadesdetrabalhosãoevidentesnosregistros médi-cos.Oestudocarecededadosestatísticosmaisrobustos,mas issonãoinvalidaasuaimportânciaemdestacaroutra possi-bilidadedetratamentodefinitivoparaasfraturaspélvicas.

São pontos positivos a publicac¸ão de uma série de

20casostratadosdefinitivamentecomummétodoopcional,

barato,derápidaexecuc¸ão,eficienteedisponívelnamaioria doshospitais.Demonstrouresultadosclínicoseradiográficos semelhantesàstécnicasabertasdefixac¸ãointernaepodeser facilmentereproduzidoemoutrosservic¸os.

Conclusão

Afixac¸ãoexternasupra-acetabularassociadaaosteossíntese

sacroilíacapercutâneacom parafusoscanulados de7,0mm

paraasfraturasclassificadascomoCporTileéumaboaopc¸ão paraserusadacomotratamentodefinitivonospacientescom altoriscodeinfecc¸ãopós-operatória.

Estudosprospectivos,randomizados,multicêntricosecom maiornúmerodepacientessãonecessáriosparamelhor com-preensãoetratamentodessesdoentes.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AgradecemosprofundamenteaosProfessoresDoutores

Emer-sonKiyoshiHonda,WalterRicioliJúnioreMarceloCavalheiro

de Queiroz pelo apoio, incentivo e dedicac¸ão com afinco

duranteotrabalho.

r

e

f

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c

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a

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Referências

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