SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
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Artigo
Original
Aplicac¸ão
da
terapia
por
pressão
negativa
no
tratamento
de
feridas
infectadas.
Estudo
de
casos
夽
Daniel
de
Alcântara
Jones
∗,
Wilson
Vasconcelos
Neves
Filho,
Janice
de
Souza
Guimarães,
Daniel
de
Araújo
Castro
e
Antonio
Marcos
Ferracini
HospitalSãoRafael,Servic¸odeOrtopediaeTraumatologia,Salvador,BA,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem7demarçode2016 Aceitoem4deabrilde2016 On-lineem30dejulhode2016
Palavras-chave:
Tratamentodeferimentos compressãonegativa Cicatrizac¸ão
Ferimentoselesões Infecc¸ão
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Avaliarosresultadosebenefíciostrazidospelaaplicac¸ãotópicadaterapiapor pressãonegativa(TPN)empacientescomferidasinfectadas.
Métodos:Estudoretrospectivodesériedecasoscompostapor20pacientes(17homense trêsmulheresemédiade42anos)comferidasinfectadastratadaspelaTPN.Asferidas infectadasemsuamaioriaforamdecausatraumática.Osistemadepressãoavácuousado foioVAC®(VacuumAssistedClosure,KCI,SanAntonio,EstadosUnidos),aplicadoàferida emmodocontínuonaordemde100a125mmHg.Nacasuística,osparâmetrosrelacionados àferida(localizac¸ão,quantidadedetrocasdoVAC,tamanhosdosdefeitosdepartesmoles, evoluc¸ãodograudaferida),otempodeinternamento,otempodeantibioticoterapiavenosa eascomplicac¸õesrelacionadasaousodaterapiaforamavaliados.
Resultados:Otempomédiodeinternamento,usodaterapiaavácuoeantibioticoterapia foi,respectivamente,de41,22,5e20dias.OusodoVACpromoveuumareduc¸ãomédia daáreadasferidasde29%(95,65cm2 para68,1cm2;p<0,05).Apenasumpacientenão obtevemelhoriadoaspectofinaldaferida,comerradicac¸ãocompletadainfecc¸ão.Nenhuma complicac¸ãoatribuídadiretamenteaousodaTPNfoiobservada.
Conclusão:A terapia por pressão negativa, por facilitar a formac¸ão de um tecido de cicatrizac¸ãoausentedeinfecc¸ãolocalnumcurtointervalodetempo,representaumaopc¸ão rápidaeconfortávelaosmétodosconvencionaisnotratamentodeferidasinfectadas.
©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
夽
TrabalhodesenvolvidonoHospitalSãoRafael,Salvador,BA,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:danieljonesorto@gmail.com(D.A.Jones).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.04.002
The
use
of
negative
pressure
wound
therapy
in
the
treatment
of
infected
wounds.
Case
studies
Keywords:
Negative-pressurewound therapy
Woundhealing Woundsandinjuries Infection
a
b
s
t
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t
Objective: Toevaluatetheresultsandbenefitsobtainedfromthetopicaluseofnegative pressurewoundtherapy(NPWT)inpatientswithinfectedwounds.
Methods: Thiswasaretrospectivestudyof20patients(17malesandthreefemales,mean age42years)withinfectedwoundstreatedusingNPWT.Theinfectedwoundswere cau-sedbytrauma.ThetreatmentsystemusedwasVAC.®(VacuumAssistedClosure,KCI,San Antonio,UnitedStates)appliedtothewoundincontinuousmodefrom100to125mmHg. Theparametersrelatedtothewounds(location,numberofVACchanges,thesizeofthe defectsinthesoftparts,andtheevolutionofthestateofthewound),lengthofhospital stay,lengthofintravenousantibiotictherapy,andcomplicationsrelatedtotheuseofthis therapywereevaluated.
Results: Themeanlengthofthehospitalstay,useofNPWT,andantibacterialtherapywere 41days,22.5days,and20daysrespectively.TheuseoftheVAC.ledtoameanreduction of29%inthewoundarea(95.65cm2to68.1cm2;p<0.05).Onlyonepatientdidnotshow anyimprovementinthefinalappearanceofthewoundwithcompleteeradicationofthe infection.NocomplicationdirectlycausedbyNPWTwasobserved.
Conclusion: NPWTstimulatesinfection-freescartissueformationinashorttime,andisa quickandcomfortablealternativetoconventionalinfectedwoundstreatmentmethods.
©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
Introduc¸ão
A associac¸ão de infecc¸ão com a perda de partes moles, complicac¸ãodasmaiscomplexasnascirurgiasde extremi-dade, levaa problemas de difícil soluc¸ão, como exposic¸ão de material de síntese e estruturas nobres, como tendão, nervo e osso.1,2 Opc¸ões cirúrgicas para tal problema são encontradasna literatura: rotac¸ãode retalhos, enxertiade pele,usodecoloides, transferênciasdeflap, dentre outros. Todos feitos após o debridamento dos tecidos desvitali-zados e a irrigac¸ão copiosa da área lesada.3 A durac¸ão dessestratamentosnormalmenteéprolongada,alémde cau-saremmuitoscasosalgumascomplicac¸ões,umadas mais comuns é a dor severa do paciente durante as trocas do curativo.4
Um método de opc¸ão terapêutica, o sistema de tera-pia por pressão negativa (TPN), conhecido também como curativo a vácuo (VAC), traz como benefícios: o controle de drenagem das secrec¸ões, a reduc¸ão do edema local, a reduc¸ão da carga bacteriana e o desenvolvimento precoce deumtecidodegranulac¸ãopelaestimulac¸ãoangiogênica.5–7 InicialmentedescritoporArgentaeMorykwas,8essa terapêu-tica tornou-se ferramenta importante eeficaz no combate àinfecc¸ão de feridas complexas, age deforma tópica com baixoíndice de complicac¸ões,além de proporcionar maior confortoàequipemédica eaopaciente ereduzir otempo de hospitalizac¸ão, o uso de antibióticos e as trocas de curativos.8–11
Apropostadesteestudoéavaliarosresultadosebenefícios trazidospelaaplicac¸ãotópicadaterapiaporpressãonegativa (TPN)empacientescomferidasinfectadas.
Material
e
métodos
Entrejaneirode2012edezembrode2013,27pacientescom feridascirúrgicasinfectadasforamtratadosemumhospitalde altacomplexidadeemSalvador(BA)pelatécnicadecurativo avácuo(VAC,®VacuumAssistedClosure,KCI,SanAntonio, Estados Unidos). Consideramos como critériosde inclusão: presenc¸adeculturapositiva,usodedrenagemavácuoacima decincodias,presenc¸adesecrec¸ãolocalpurulentaenecrose tecidual.Foiretidaparaoestudoumaamostragemcomposta por20pacientes(tabela1),avaliadosdeformaretrospectiva porumacoletadedadosemprontuários,apósautorizac¸ãodo comitêdeéticadohospital.
Tabela1–Serieclínica:20pacientesedetalhesantesedepoisdaaplicac¸ãodocurativoavácuo
Paciente Idade Etiologia Local Graudepois Área
antes
Área depois
pcDiasde usodoVAC
Procedimento adicional
1 42 Pédiabético Pé 1 5 2 18 Não
2 58 Pédiabético Pé 1 33 25 22 Não
3 76 Úlceravascular Pé x 300 294 5 Amputac¸ão
4 63 Úlceravascular Pé 1 28 22 18 Não
5 59 Pédiabético Pé 1 25 19 13 Não
6 61 Pédiabético Pé 1 6 4 19 Não
7 40 Acidentemotociclístico Pé 1 29 18 13 Não
8 52 Acidenteautomobilístico Antebrac¸o 2 261 163 22 Enxertodepele
9 43 Úlceraporpressão Sacro 1 173 121 26 Retalhov-y
10 55 Úlceravascular Tornozelo 2 68 44 49 Retalhov-y
11 35 Acidentemotociclístico Tornozelo 3 6 4 11 Rotac¸ãomuscular+
enxertodepele
12 32 Acidentemotociclístico Perna 1 222 153 19 Enxertodepele
13 38 Acidentemotociclístico Pé 2 157 109 50 Enxertodepele
14 48 Osteomielite Tornozelo 1 32 17 35 Não
15 57 Úlceravascular Tornozelo 1 112 83 26 Enxertodepele
16 28 Acidentemotociclístico Perna 1 332 204 20 Enxertodepele
17 49 Úlceraporpressão Sacro 1 38 25 32 Enxertodepele
18 25 Acidentemotociclístico Tornozelo 1 29 19 28 Enxertodepele
19 37 Infecc¸ãopós-operatória Tornozelo 1 15 8 9 Não
20 55 Queda Pé 1 42 28 20 Enxertodepele
Figura1–Pacientevítimadeacidentemotociclístico.A,presenc¸adefraturaexpostadetornozelo;B,fixac¸ãoexternado tornozeloepresenc¸adeinfecc¸ãolocal;C,aspectoapós28diasdeterapiaaVAC;D,enxertiadepele.
oStaphylococcusaureus(tabela2).Todosospacientes,apóso diagnóstico,foramsubmetidosatratamentocirúrgico (debri-damentoeirrigac¸ãolocaldeferida),seguidodotratamento tópicodalesãopelocurativoporpressãonegativa.
Técnica
Tabela2–Distribuic¸ãodasbactériascausadoras dainfecc¸ão
Agenteetiológico Númerodepacientes %
Staphylococcusaureus 9 45
Pseudomonasaeruginosa 3 15
Escherichiacoli 3 15
Acinetobacterbaumannii 2 10
Outros 3 15
umabombadevácuoeumaesponjamultiporosa de poliu-retano.Emcondic¸ões estéreis,aesponjafoirecortadapara cobrirexatamenteaextensãodaferida,aplicadadiretamente nela(cobriutodaaextensão)eseladacomumfilmeaderente transparenteepermeávelaovapor.Esseconjuntofoi conec-tadoaoreservatóriodabombaporumtuboaspirativo,oque permitiuocontroledaquantidadedesecrec¸ãoaspiradaeuma pressãolocalnegativaemmodocontínuonaordemde100a 125mmHg(fig.2).OsistemadeTPNfoitrocadoacada3-4dias, aprimeirainstalac¸ãofoinocentrocirúrgicoeasdemais,em suamaioria,àbeiradoleito.Conformeaevoluc¸ão,quando necessário,ocurativofoitrocadoemsalacirúrgicaapós debri-damentoformal.Ousodocurativofoidescontinuadodepois deseconfirmaraformac¸ãodetecidodegranulac¸ãosaudável. Procedimentosadicionais,comoenxertiadepeleerotac¸ãode retalho,porvezesforamnecessáriosparacoberturafinal.
Foram analisados parâmetros relacionados à ferida: localizac¸ão, quantidade de debridamentos, quantidade de trocasdoVAC,tamanhosdosdefeitosdepartesmoles (afe-ridoscomauxíliodepapelquadriculado)(fig.2)anteseapós aplicac¸ãodoscurativos.Avaliamosaindaaevoluc¸ão compa-rativadograu da ferida no inícioe nofim da terapêutica,
Figura2–Pacientecomquadrodeinfecc¸ãoemperna. A,aferic¸ãodaevoluc¸ãodeáreadelesãodurantetrocado curativo;B,montagemdoVAC(compostoporespuma, filmetransparente,reservatório,bombaetubodesucc¸ão).
Tabela3–Escoreusadoparaclassificac¸ãodograu daferida
Escore(grau) Statusdaferida
0 Feridafechada
1 Defeitodepele
2 Exposic¸ãodeosso,tendãoouimplante (apenasuma)
3 Exposic¸ãodeosso,tendãoouimplante (combinac¸ãodeduasoumais)
4 Infecc¸ãolocalpresente
divididaemcincogruposcombasenograudeexposic¸ãoena presenc¸adeinfecc¸ãoconformeatabela3.12Observamos tam-bémotempodeinternamento,otempodeantibioticoterapia venosaeascomplicac¸õesrelacionadasaousodaterapia.Os dadosrecolhidosforamcolineadossobreoExcel(Microsoft)e analisadoscomaajudadosoftwareStatview®.
Resultados
Ospacientesdenossasériepermaneceraminternadosna uni-dadeporumperíodomédiode41dias(17-75),porémcomum tempomédiodeantibioticoterapiavenosade20dias(8-42).A durac¸ãomédiadaterapiafoide22,5dias(5-50),foifeitaem médiaumatrocaacada3,4dias.Essespacientesforam leva-dospor82vezes aocentrocirúrgicopara debridamentoda ferida(médiadequatrovezesporpaciente),133foionúmero totaldetrocasfeitas,emsuamaioria,por72vezes,àbeirado leito.
A quase totalidade dos pacientes obteve melhoria do aspectofinaldaferida,comerradicac¸ãolocaldainfecc¸ão.Um paciente,portadordeúlceravaricosainfectada,teveevoluc¸ão desfavorável,umavezqueevoluiuparasepseefoisubmetido aamputac¸ãononíveldatíbiaproximal.Haviafeitoapenasum curativopelaterapiaemestudo.
Houveumareduc¸ãomédiadeáreadasferidasde29%, ini-cialmentede95,65cm2(5-332)eapósaaplicac¸ãodoVACde
68cm2(2-294)(p<0,05)(tabela1).Agraduac¸ãodaferida,
ini-cialmente quatro em todos os casos, reduziu para o grau 2em15pacientes(75%).Nessegrupoapenassetepacientes necessitaramdeumprocedimentoadicionalparafechamento da ferida (enxerto de pele). Nogrupo total, procedimentos complexos (retalhosmusculares ou avanc¸o de pele) foram necessáriosemapenastrêscasos.
Não ocorreu complicac¸ão que possa ser atribuída dire-tamente ao uso da TPN, tais como hemorragia profunda oupioriadequadroinfecciosolocal.Trêspacientestiveram queixa de prurido local leve, tratado com medicac¸ão oral commelhoria,oquepermitiuamanutenc¸ãodotratamento. Umpacientesubmetidoaenxertiadepelenaperna apresen-toucontraturacicatricialdaáreaenxertadaeobtevemelhoria apósliberac¸ãocirúrgica.
Discussão
aefetividade dessa terapêutica no tratamento de ferimen-tos superficiais.11,13,14 Os benefícios de tal terapêutica em feridas complexas graves, com extensas perdas de partes molesassociadasainfecc¸õeslocais,têmsidorelatadosnos últimos anos.15,16 A implantac¸ão localizada da terapia por pressão negativa em feridas infectadas oferece vantagens como:drenagemdaferida,estímuloàangiogênese,excrec¸ão de proteinases e diminuic¸ão da carga bacteriana local e sistêmica.6 EmnossasérieotempomédiodeusodoVAC®
foide22,5diaseousodeantibioticoterapiavenosade20dias, contraosdadosencontradosnaliteraturaqueindicamouso deantibióticovenosoporseissemanasparapacientescom feridasinfectadas.17,18NesseperíododetratamentooVACfoi trocadoacada3,4dias,conferiumaiorconfortoaopaciente eàequipedeenfermagempelamanutenc¸ãodeumcurativo limposemnecessidadedetrocasdiárias.
Emnossasérie,umtecidodegranulac¸ãosaudáveleisento de infecc¸ão foi obtido em 19 pacientes, assim como uma retrac¸ão significativano tamanho da lesão. Tais dados são semelhantesàquelesobtidosporGregoretal.,19queapartir deumarevisãosistemática,comoobjetivodeavaliara efe-tividade eseguranc¸adoVAC emcomparac¸ãocomterapias convencionaisparaferidas complexas,observaramreduc¸ão significativadaáreadalesãoparaaquelestratadoscomoVAC, semefeitosadversossignificativos.Nãotivemoscomplicac¸ões maiores,comohemorragia,complicac¸ãoessabemconhecida, quepodereativarumsangramentoinicialimportante. Reco-mendamos,assim,descontinuarotratamentonapresenc¸ade sangramentolocal,sobretudoemcrianc¸as.
Damianietal.,20emumarevisãosistemática,compararam ouso doVACacurativosusuais notratamento de pacien-tescom feridasinfectadas emcirurgias cardíacas.Nosseis estudosqueavaliaramo tempodepermanênciahospitalar dospacientescominfecc¸ãoesternal,houvereduc¸ãomédiade 7,2dias(ICS95%3,54-10,82),semimpacto,porém,nareduc¸ão demortalidade.Aprincipallimitac¸ãodenossoestudo,alémde umapequenaamostragem,éafaltadegrupocontrole,quenão permitiuumacomparac¸ãodiretacompacientestratadosnum mesmocentrosubmetidosaométodoconvencionaleàTPN.
Consideramosqueaaplicac¸ãodaterapiaporpressão nega-tiva pode serconstituída por métodos convencionais ede baixocusto(pormeio daredede vácuo),comodescritono estudode Ollatet al.21 Esse apresenta resultados similares aosnossos, porémrefereinconvenientes,como impossibili-dadedecontrolepreciso dapressão aplicadaaoferimento, impossibilidadedeumaalternâncianaaplicac¸ãodapressão enecessidadedetrocadoscurativosacada2-3dias,afimde evitarproblemas,comoobstruc¸ãodaesponjaporsecrec¸õesda ferida.
Conclusão
Nossosresultadosadicionamaevidênciacrescentedos bene-fíciosqueaterapiaporpressãonegativatrazcomoadjuvante notratamentodeferidascomplexasinfectadas,sobretudopor facilitaraformac¸ãodeumtecidodecicatrizac¸ãoausentede infecc¸ãolocalnumcurtointervalodetempo,oquediminui anecessidadedeprocedimentoscirúrgicos complexospara coberturafinaldeestruturasnobres.Representa,assim,uma
opc¸ãorápidaeconfortávelaosmétodosconvencionaisno tra-tamentodeferidasinfectadas.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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