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Pessoas que vivem sozinhas em cidades Brasileiras.

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o&s - v. 1 5 - n . 4 7 - Ou t u b r o / D ezem b r o - 2 0 0 8 Pe ssoa s qu e V iv e m Soz in h a s e m Cida de s Br a sile ir a s

O

T

* Pr ofª da Univer sidade Pr esbit er iana Mackenzie * * Pr of. da USP

* * * Pr of. da USP

P

ESSOAS

QUE

V

IVEM

S

OZINHAS

EM

C

IDADES

B

RASILEIRAS

A d r i a n a Be a t r i z M a d e i r a * Jo sé A u g u st o Gi e sb r e ch t d a Si l v e i r a * *

Ge r a l d o Lu ci a n o T o l e d o * * *

R

ESUMO

obj et iv o do t r abalho consist e no est udo do gr upo de pessoas que v iv em sozinhas n as oit o m ais p op u losas cap it ais b r asileir as. Ut iliza- se com o b ase d e d ad os os Censos de 1970, 1980, 1991 e 2000 ( I BGE) e analisam - se as var iáveis de segm en-t ação dem ogr áf icas e sócio- econ ôm icas, sex o, f aix a een-t ár ia, r en da, alf abeen-t ização, aposen t ador ia e posse do dom icílio. Ver if icou - se u m cr escim en t o su per ior desse est r at o social em com par ação com a população t ot al e a ex ist ência de t endências ger ais, com o a par t icipação cr escent e de pessoas nas faix as et ár ias super ior es a sessent a anos, aposen-t ad os e p r ed om in ân cia d e m u lh er es. Além d isso, p er ceb er am - se d if er en ças acen aposen-t u ad as ent r e as cidades. Acr edit a- se que a sist em at ização desses dados poder á ser v ir de subsídio par a div er sos set or es de at iv idades com o indúst r ia, v ar ej o, ser v iços e, t am bém , par a as quest ões r elacionadas ao planej am ent o ur bano, ar quit et ur a, adm inist r ação pública e ges-t ão do m eio am bienges-t e.

A

BSTRACT

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Adr ia n a Be a t r iz M a de ir a , José Au gu st o Gie sbr e ch t da Silv e ir a & Ge r a ldo Lu cia n o Tole do

Introdução

á alguns anos, poucas pessoas m or avam sozinhas. As fam ílias, nor m alm en-t e, er am num er osas e en-t inham por hábien-t o agr egar par enen-t es pr óxim os. Aen-t ual-m ent e, há uual-m a t endência de r edução do t aual-m anho ual-m édio das faual-m ílias, devi-do a um a m ult iplicidade de m ot iv os: os casam ent os são m ais t ar dios, o núm er o de div ór cios é cr escent e e os hom ossex uais passar am a lev ar um a v ida in d ep en d en t e.

Dados do I BGE r evelam que, em 1991, 5,7% dos dom icílios br asileir os er am habit ados por apenas um único m or ador ; cer ca de dez anos depois, o índice at in-gia 9,1% ( NI GRO, 2001; PACHECO, 2003; MARI Z, BOCCI A, 2003) . No m esm o ano, exist iam quat r o m ilhões de dom icílios habit ados por um a única pessoa ( FERREI RA, 2002) . Regist r e- se, ainda, o fat o de que m ais de 4,6 m ilhões de dom icílios sur gi-r am ent gi-r e 1991 e 2000, em conseqüência da gi-r edução do núm egi-r o de indivíduos pogi-r dom icílio. O núm er o de habit ações vem aum ent ando subst ancialm ent e a um a t axa super ior a do cr escim ent o dem ogr áfico. At ender as necessidades e exigências do est r at o social com post o por pessoas que vivem sozinhas é t r abalhar com cer ca de dez por cent o dos dom icílios br asileir os.

Cont udo, est at íst icas podem m ascar ar alt er ações significat iv as no núm er o de m or ador es por unidade habit acional e os efeit os decor r ent es desse fenôm eno. Essa dinâm ica influencia o consum o per capit a ( LI U et al, 2003) . Nesse sent ido, duas quest ões im põem - se. A pr im eir a diz r espeit o ao im pact o da t endência no am bient e econôm ico e sociocult ur al. A segunda quest ão r elaciona- se às car act e-r íst icas desce-r it ivas do ge-r upo que podem int ee-r fee-r ie-r nos seus hábit os de consum o.

O Br asil faz par t e dos dez países que ost ent am as m aior es t axas de par t ici-pação de indivíduos que vivem sós em r elação ao t ot al da população ( LI U et al, 2003) . Por ém , o est udo do fenôm eno é r ecent e, e a bibliogr afia sobr e ele ofer ece in f or m ações escassas, disper sas e in com plet as. Sob essa per spect iv a, abr e- se um a opor t unidade par a invest igar o fenôm eno com m aior pr ofundidade, a fim de sist em at izar infor m ações e or ganizá- las de m odo a t or ná- las út eis par a a análise e t om ada de decisão em diver sos set or es de at ividades econôm icas e sociais.

O int uit o do est udo é for necer dados socioeconôm icos e dest acar as t ax as de cr escim ent o dos difer ent es segm ent os que com põem o est r at o populacional for m ado por indivíduos que vivem sozinhos nas oit o m ais populosas cidades br a-sileiras: São Paulo, Rio de Janeir o, Salvador, Belo Hor izont e, For t aleza, Cur it iba, Recife e Por t o Alegr e. Acr edit a se que a sist em at ização desses dados poder á ser -v ir de subsídio par a a-v aliação das im plicações do cr escim ent o e com posição do gr upo de pessoas que v iv em sozinhas em div er sos set or es de at iv idades, com o indúst r ia, v ar ej o, ser v iços, e t am bém par a as quest ões r elacionadas ao planej a-m ent o ur bano, ar quit et ur a, ada-m inist r ação pública e gest ão do a-m eio aa-m bient e.

O pr esen t e t r abalh o est á or gan izado em t r ês seções. I n icialm en t e, apr e-sen t a- se u m a f u n d am en t ação t eór ica f ocan d o o p r ocesso d e seg m en t ação d e m ercados, com o int uit o de perm it ir ent ender a fragm ent ação do grupo de pessoas que m or am sozinhas em segm ent os. Dessa m aneir a, pr ocur a- se ident ificar o per fil de segm ent os que int er essam a div er sos set or es de at iv idade. Em seguida, são or ganizados os dados colet ados de font es secundár ias, com o ar t igos e r egist r os n a in t er n et , qu e abor dam qu est ões sobr e a popu lação qu e v iv e só. A t er ceir a seção com pr een de o r egist r o dos r esu lt ados da an álise dos dados r elat iv os ao t em a obj et o do est udo, a indicação das t endências ident ificadas e as consider a-ções finais, incluindo consider aa-ções sobr e os lim it es de t al t ipo de análise e suges-t ões par a ou suges-t r as pesqu isas.

Fundamentação Teórica

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efet ivo par a a descr ição das car act er íst icas dos indivíduos que vivem sozinhos em det er m in adas m et r ópoles br asileir as.

O conceit o de segm ent ação de m er cado é im por t ant e por que infor m a que o m er cado não é um t odo hom ogêneo; ele se com põe de vár ios gr upos de pessoas, as quais apr esent am car act er íst icas e per fis difer ent es. Sendo assim , um segm en-t o de m er cado consen-t ien-t ui- se de um agr upam enen-t o de indivíduos que possuem car ac-t er ísac-t icas sim ilar es enac-t r e si. Weinsac-t ein ( 1995) com pleac-t a o conceiac-t o:

A segm en t ação é o pr ocesso de div idir m er cados em gr u pos de con su m idor es pot enciais com necessidades e/ ou car act er íst icas sim ilar es, que, pr ov av elm ent e, exibirão com port am ent o de com pra sim ilar. O obj et ivo da pesquisa de segm ent ação é analisar m er cados, encont r ar nichos e opor t unidades e capit alizar por m eio de um a posição com pet it iva super ior. I st o pode ser conseguido pela seleção de um ou m ais grupos de usuários com o alvos da at ividade de m arket ing e pelo desen-v oldesen-v im ent o de pr ogr am as de m ar k et ing únicos par a at ingir esses consum idor es pot enciais ( segm ent os de m er cado) ( WEI NSTEI N, 1995, p. 18) .

Ex ist em qu at r o ben efícios pr in cipais qu e se podem at in gir pela an álise e pela aplicação da est r at égia de segm en t ação de m er cado ( WEI NSTEI N, 1 9 9 5 ) : pr oj et ar pr odut os que at endam eficazm ent e às necessidades do m er cado; elabo-r aelabo-r est elabo-r at égias de com unicação eficazes; avaliaelabo-r a concoelabo-r elabo-r ência em elabo-r elação à sua posição de m er cado; e for necer subsídios par a a definição de est r at égias com pe-t ipe-t ivas e de m ar kepe-t ing.

Ao descr ever os diver sos segm ent os, pr ocur a- se ident ificar o m aior gr au de het er ogeneidade ent r e eles e algo pr óxim o da hom ogeneidade int er na ( CZI NKOTA, KOTABE, MERCER, 1997) .

A segm ent ação de m er cado foi, pr im eir am ent e, abor dada em ar t igo publica-do em 1956 por Wendell Sm it h. Hist or icam ent e, div er sos t ipos de segm ent ação f or am adot ados. O pr im eir o r ef er e- se à segm en t ação geogr áf ica. Nos Est ados Unidos, pequenas m anufat ur as que desej av am lim it ar seus inv est im ent os esco-lher am segm ent ar ou dividir o m er cado e vender seus pr odut os em apenas algu-m as ár eas geogr áficas específicas. Esse t ipo de segalgu-m ent ação se t or nou popular ent r e em pr esas m anufat ur eir as, v ar ej ist as, bancos e pr est ador es de ser v iços. O segundo t ipo de segm ent ação, a segm ent ação dem ogr áfica, sur giu da necessida-d e necessida-d e se at en necessida-d er em m er canecessida-d os n acion ais e, t am b ém , m er canecessida-d os necessida-d isp er sos. Na segm ent ação dem ogr áfica são ut ilizadas v ar iáv eis com o idade, sex o, r enda, ocu-pação, r aça, ent r e out r as, as quais podem ser út eis par a dim ensionar o pot encial de m er cado e definir os obj et ivos gerais de um a em pr esa ( TOLEDO, 1972; HALEY, 1985; WEI NSTEI N, 1995; KOTLER, 1995; KOTLER, ARMSTRONG, 1999; CZI NKOTA, KOTABE, MERCER, 1997; BOONE, KURTZ, 1998; LAMBI N, 1989, 2000) . O t er ceir o t ipo a ser ut ilizado foi a segm ent ação com base com por t am ent al; e, por fim , a segm en t ação psicogr áfica.

O est u do da dem ogr afia est abelece u m a apr ox im ação com det er m in adas caract er íst icas descr it ivas do com por t am ent o do consum idor, ident ificadas por m eio de um conj unt o de var iáveis associadas a aspect os obj et ivos e fact uais. A análise de t endências dem ogr áficas decor r ent es de car act er íst icas econôm icas, com o r enda ou capacidade de com pr a, pode ser em pr egada, por ex em plo, n a pr ev isão de dem anda e consum o ao longo do t em po, por ser baseada em dados obj et ivos. O em pr ego de v ar iáv eis dem ogr áficas aux ilia a análise par a subsidiar os pr ocessos de decisão r elacionados com desenvolvim ent o de pr odut os, est r at égia de m ar cas, escolha e pr ogr am ação de m ídia, pr ecificação e pr ocessos de com unicação.

A análise geodem ogr áfica, por sua vez, agr ega aos est udos dem ogr áficos a avaliação do local em que vivem os indivíduos, quant o ganham e com o gast am os seus r ecur sos. Um a est r ut ur a base par a essa av aliação é a cidade ( BLACKWELL, MI NI ARD, ENGEL, 2001) .

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Adr ia n a Be a t r iz M a de ir a , José Au gu st o Gie sbr e ch t da Silv e ir a & Ge r a ldo Lu cia n o Tole do

O m acr o- segm ent o da população que vive sozinha r esult a de um m ovim en-t o que se iniciou há alguns anos, em conseqüência das alen-t er ações das esen-t r uen-t ur as sociais, as quais t êm pr ovocado, com o efeit o colat er al, o cr escim ent o dessa popu-lação. É nas m et r ópoles que o fenôm eno se ver ifica m ais int ensam ent e ( LI U et al. 2003) . O est udo desses aut or es foi o pr im eir o a dest acar com m aior gr au de pr o-fundidade o im pact o do com por t am ent o das pessoas que m or am sozinhas sobr e o am bient e em que elas v iv em ( BORGES, 2003) . No est udo, r ev elou- se que 76 países do m undo apr esent avam as m aior es t axas de par t icipação desse gr upo em r elação à população t ot al, e que o Br asil int egr ava os dez pr im eir os países.

Segundo Liu et al. ( 2003) , o t am anho e a t axa de cr escim ent o da população são sem pr e consider ados im por t ant es det er m inant es dos im pact os negat ivos cau-sados ao m eio am bient e. Ent r et ant o, a dinâm ica dom iciliar é usualm ent e negli-genciada. As est at íst icas dem ogr áficas podem m ascar ar m udanças su bst anciais no t am anho e no núm er o dos dom icílios e os seus efeit os. Mesm o quando o t am a-nho da população declina, pr esencia- se um a t endência de aum ent o do núm er o de dom icílios, o qual t ende a pr ovocar m aior consum o de r ecur sos. A difer ença ent r e as t axas de cr escim ent o da população e do núm er o de dom icílios suger e at enção especial par a o im pact o dessa últ im a t endência ( MADEI RA, 2005) .

As causas at r ibuídas par a a r edução do núm er o de indivíduos por dom icílio podem est ar associadas a um a m ult iplicidade de fat or es sim ult âneos: r edução da t axa de fer t ilidade, aum ent o da r enda per capit a, aum ent o das t axas de divór cio, env elhecim ent o da população e declínio da incidência de fam ílias com post as por par ent es de vár ias ger ações ( BORGES, 2003) .

Segundo o I PEA, I nst it ut o de Pesquisas Econôm icas Aplicadas ( apud BORGES, 2 0 0 3 ) , est u dos apon t am u m f en ôm en o m u n dial de au m en t o do in div idu alism o habit acional, com início no final da Segunda Guer r a, e int ensificação a par t ir dos anos 80, devido ao sur gim ent o de um a espécie de ideologia individualist a. Obser -va- se um novo est ilo de vida que se inst aur a de for m a cr escent e e associa- se a nov as configur ações de fam ília: aum ent o de separ ações, dim inuição do núm er o de casam ent os e o fat o de pessoas com r elações m ar it ais est áv eis v iv er em em casas separ adas ( BORGES, 2003) .

Vive- se hoj e um a t r ansição de valor es fam iliar es que é m ar cada pelo enco-lhim ent o das est r ut ur as fam iliar es e o cr escim ent o de um gr upo com post o por indivíduos que vivem sozinhos. Desde 1960, as t axas de divór cio vêm aum ent an-do e a t ax a de n at alidade decr escen an-do. As m u dan ças são obser v adas desde a Revolução I ndust r ial, ocor r ida há m ais de duzent os anos. Na er a pr é- indust r ial, a fam ília num er osa er a a nor m a. Ela ger av a est abilidade econôm ica, o que r epr e-sent ava um a sit uação de bem - est ar. O dom icílio era a unidade pr im ár ia de pr odu-ção. Trabalho e vida fam iliar int egravam - se de for m a indissociável. Trabalhador es dom ést icos, j unt am ent e com am igos e par ent es, com punham a unidade dom iciliar ( WI LKI NSON, 1999; MARI Z, BOCCI A, 2003) . Com o advent o da sociedade indust r ial e o cr escim ent o dos gr andes aglom er ados populacionais, a fam ília se t r ansfor -m a e t or na- se cada vez -m enor. A fa-m ília ext ensa cede lugar para o núcleo fa-m iliar, e os papéis desem penhados por cada sex o passam a ser r igor osam ent e dem ar -cados, ou sej a, os hom ens t r abalham for a e as m ulher es ficam em casa e cuidam dos f ilh os. Esse padr ão f am iliar r epr esen t ou a base par a o m odelo qu e su r giu após 1945, caract er izado pelo pat er nalism o do em pr egador, cr escim ent o dos ní-veis de vida e t r abalho e de segur ança.

Panorama da Ocupação Domiciliar no Brasil

e o Recorte Metodológico do Objeto

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m ar k et ing de algum as indúst r ias int egr ant es de r am os específicos de at iv idade, com o de alim ent os, bebidas, pr odut os de higiene pessoal e de lim peza dom ést ica. No m esm o censo do I BGE, r evelou- se que as pessoas est ão se casando m enos e o fazem com m ais idade, pr incipalm ent e no ext r at o da população com m aior r en-da, enquant o as separ ações for m ais ( div ór cios) est ão acont ecendo m ais cedo e em núm er o m aior a cada ano pesquisado ( apud FERREI RA, 2002) .

O Brasil dispõe de poucos e incom plet os est udos sobre as pessoas que vivem sós. Com base nos dados censit ários disponíveis, é possível gerar um conj unt o de dados e de inform ações que podem ser ut ilizados por vários set ores: no set or pú-blico, para facilit ar o processo de gest ão e nort ear a definição de polít icas volt adas para ur banism o e bem - est ar, e para quest ões r elacionadas com a pr eser vação e m elhoria do m eio am bient e; nos set ores indust rial e t erciário ( com ércio e serviços) , fornecendo inform ações para form ulação de est rat égias de crescim ent o e com pet i-t ivas e de prái-t icas com erciais, com o desenvolvim eni-t o de novos produi-t os e serviços, desenvolvim ent o de novos m ercados e posicionam ent o de m ercado.

Do pont o de vist a m et odológico est e est udo obj et ivou ident ificar os difer en-t es segm enen-t os que com põem o m acr o- segm enen-t o for m ado por indiv íduos que v i-v em sozinhos, t endo por base dados de lei-v ant am ent os censit ár ios do I BGE. Es-pecialm ent e par a elabor ar a pesquisa, r ecor r eu- se à análise em pr ofundidade de d ad os p r ov en ien t es d os Cen sos b r asileir os r elat iv os aos an os d e 1 9 7 0 , 1 9 8 0 , 1 9 9 1 e 2 0 0 0 , abr an gen do oit o capit ais de Est ados: São Pau lo, Rio de Jan eir o, Salvador, Belo Hor izont e, For t aleza, Cur it iba, Recife e Por t o Alegr e. As var iáveis de segm ent ação inv est igadas for am sex o, idade, r enda, alfabet ização, aposent ado-r ia ( aposent ado ou não) e condição do dom icílio de ado-r esidência ( pado-r ópado-r io ou não) .

Nesse sent ido, Cur r y ( 1 9 9 3 , p. 1 9 9 / 2 0 2 ) r efor ça a r elev ância dos est udos com base em Censos, pois par a ele os

Censos são pesquisas de car át er geodem ogr áfico que, por esse m ot iv o, se com -põem de dados agr egados de bases dem ogr áficas r efer en t es aos lar es in v est i-gados, inser idos em um a unidade geogr áfica. A m ensur ação agr egada de dados geodem ogr áficos t em por obj et iv o ident ificar os gr upos ou segm ent os ( clust er s) qu e apr esen t am descr ição par ecida.

Segundo o aut or, pessoas que v ivem em ár eas com caract er íst icas sociais, econôm icas e dem ogr áficas sem elhant es t endem a apr esent ar hábit os sim ilar es de com pr a, de pr efer ências de m ídia e de pr odut os.

Em confor m idade com os obj et ivos do est udo, os dados cont em plados r efe-r em - se a infoefe-r m ações de caefe-r át eefe-r geodem ogefe-r áfico e socioeconôm ico a efe-r espeit o dos indiv íduos habit ant es dos dom icílios pesquisados pelos Censos br asileir os. Esses d ad os f ig u r ar am com o a b ase sob r e a q u al se assen t ou a an álise acer ca d as car act er íst icas classificador as e descr it iv as do com por t am ent o dos indiv íduos que v iv em sozinhos, sob as per spect iv as geodem ogr áfica, econôm ica e sociocult ur al.

Pr elim inar m ent e, foi r ealizada um a avaliação m inuciosa da or ganização dos bancos de dados censit ár ios cor r espondent es aos per íodos abr angidos pela pes-quisa. Esses bancos de dados for am colet ados pelo I BGE por m eio de um pr oces-so de am ost r agem pr obabilíst ica sist em át ica, com pr eendendo 25% da população t ot al d e cad a cid ad e. Os d ad os e seu s esq u em as d e or g an ização ap r esen t am m uit a het er ogeneidade, t ant o na quant idade de v ar iáv eis quant o nas cat egor ias que as com põem e nos cr it ér ios ( conceit os) de classificação adot ados. Além disso, há v ar iações na m et odologia adot ada par a ent r ev ist ar os indiv íduos r ecenseados e par a a const r ução das var iáveis. Por esse m ot ivo, a com par ação im ediat a ent r e os bancos de dados se t or na inviável 1.

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Adr ia n a Be a t r iz M a de ir a , José Au gu st o Gie sbr e ch t da Silv e ir a & Ge r a ldo Lu cia n o Tole do

A fim de at ender os obj et ivos do est udo, fez- se necessária à const rução de um novo banco de dados, com post o som ent e pelas variáveis que pudessem ser com pa-ráveis ao longo do período cobert o pelos quat ro Censos. As variáveis result ant es da seleção foram aj ust adas e uniform izadas, at endendo a um m esm o padrão.

A análise com pr eendeu o cálculo das fr eqüências e das m edidas de posição, t endo sido ut ilizada, ainda, a t écnica Cr osst abs de análise cr uzada dos dados de duas var iáveis, infor m ando a quant idade de casos e o seu per cent ual de par t ici-pação por cat egor ia de um a var iável em r elação à det er m inada cat egor ia da out r a v ar iáv el. A análise conj unt a dos r esult ados or iundos desses t r at am ent os t or nou possível ident ificar as var iáveis r elevant es par a a car act er ização das pessoas que v iv em sozinhas.

Aplicou- se, t am bém , a t écnica de Análise de Conglom er ados às var iáveis de car act er ização dos indivíduos que vivem sós, com o obj et ivo de segm ent á- los em gr u pos m u t u am en t e ex clu siv os, h om ogên eos in t er n am en t e e h et er ogên eos en -t r e si. Os -t r a-t am en-t os for am r ealizados por cidade e por Censo.

Com o r esult ado, ident ificar am - se os segm ent os que com põem o m acr o- seg-m en t o de in div ídu os qu e v iv eseg-m sozin h os e su as car act er íst icas deseg-m ogr áficas e socioeconôm icas. Os r esult ados obt idos for am av aliados e or ganizados de m odo a dest acar as sim ilar idades e diver gências ao longo do t em po.

O Perfil das Pessoas que Vivem Sós

Ar t igos e out r as font es r elacionadas ao t em a apont av am par a a ex ist ência de cer t a sem elhança na com posição do m acr o- segm ent o dos que m or am sozinhos no Br asil. Ou sej a, que o m acr o- segm ent o t er ia car act er íst icas sem elhant es inde-pendent em ent e da localização geogr áfica dos cent r os ur banos em foco. No en-t an en-t o, a pr im eir a descober en-t a desen-t e esen-t u do apon en-t a par a dif er en ças acen en-t u adas ent r e as cidades. Out r a descober t a do est udo é o fat o de as m aior es t ax as de cr escim ent o do gr upo não se r elacionar em dir et am ent e com as cidades que apr e-sent am as m aior es par t icipações de dom icílios habit ados por um a única pessoa. I sso suger e que poder á haver m udanças na classificação das m aior es cidades por núm er o r elat ivo de dom icílios habit ados por um único m orador, fut uram ent e.

A t abela 1 m ost r a os dados r efer ent es aos t ot ais de dom icílios habit ados por um a única pessoa, sua part icipação percent ual em relação ao t ot al de pessoas, lev an do em con t a os qu at r o Cen sos e as oit o cidades con sider adas 2. Pode- se per ceber a t endência par a o aum ent o da par t icipação de pessoas que vivem sozi-n h as sozi-n o t ot al da popu lação. I desozi-n t ifica- se sozi-n as oit o cidades u m a t ax a m édia de par t icipação cor r espondent e a 1,34% , em 1970; 1,79% , em 1980; 2,27% , em 1991 e 3,24% , em 2000. A t axa de cr escim ent o anual do núm er o de dom icílios, no per ío-do com pr eendiío-do ent r e 1970 e 2000, cor r esponde a 2,94% . É nít iío-do o aum ent o da par t icipação per cent ual de indivíduos que vivem sós em r elação à população t ot al, confor m e pode ser visualizado no gr áfico 1.

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Ta be la 1 – Tot a l de Pe ssoa s e m D om icílios Pa r t icu la r e s Pe r m a n e n t e s

Fon t e: elab or ad o p elos au t or es, com b ase n os d ad os d o I BGE.

Gr á fico 1 – Popu la çã o de V iv e Soz in h a e m Re la çã o a o Tot a l da Popu la çã o

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

1970 1980 1991 2000

São Pualo Rio de Janeiro

Salvador

Belo Horizonte Fortaleza

Curitiba Recife

Porto Alegre

Font e: elabor ado pelos aut or es, com base nos dados do I BGE.

Ao se com par ar em os t ot ais de dom icílios habit ados por um a única pessoa, em r elação ao t ot al de dom icílios, const at a se as seguint es t axas m édias de par -t icipação: 5,97% , em 1970; 7,43% , em 1980; 8,60% em 1991; 11,22% , em 2000. Os dados r ev elam um gr upo ex pr essiv o de pessoas nest a condição, confor m e a Tabela 2.

População - Total de pessoas em domicílios particulares permanentes - IBGE

Municípios 1970 1980

uma pessoa % total uma pessoa % total

São Paulo 64674 1,18 5498631 140910 1,70 8306388

Rio de Janeiro 75823 1,93 3931993 124115 2,48 4996785

Salvador 11537 1,23 936721 20890 1,42 1473844

Belo Horizonte 12599 1,08 1170741 23073 1,31 1756827

Fortaleza 5410 0,68 800883 11187 0,86 1296683

Curitiba 4642 0,82 564569 12955 1,29 1004451

Recife 11148 1,13 987992 16614 1,40 1187172

Porto Alegre 11177 1,39 805799 28322 2,57 1099967

Municípios 1991 2000

uma pessoa % total uma pessoa % total

São Paulo 203077 2,13 9528774 308121 2,98 10340047

Rio de Janeiro 164657 3,03 5429554 242000 4,17 5807228

Salvador 38656 1,88 2058336 69707 2,87 2428487

Belo Horizonte 37909 1,89 2004265 67975 3,05 2226076

Fortaleza 17786 1,01 1760074 34047 1,60 2132078

Curitiba 27274 2,10 1301669 52515 3,33 1576199

Recife 21226 1,64 1291133 33806 2,39 1413351

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Adr ia n a Be a t r iz M a de ir a , José Au gu st o Gie sbr e ch t da Silv e ir a & Ge r a ldo Lu cia n o Tole do

Ta be la 2 – D om icílios com u m a Pe ssoa e m Re la çã o a o Tot a l de D om icílios

Fon t e: elab or ad o p elos au t or es, com b ase n os d ad os d o I BGE e d o I PEA.

Gr á fico 2 - D om icílios com u m a Pe ssoa e m Re la çã o a o Tot a l de D om icílios

Fon t e: elab or ad o p elos au t or es, com b ase n os d ad os d o I BGE e d o I PEA

Const at a- se a dim inuição do núm er o de pessoas por dom icílios pela r edu-ção da m édia de pessoas por dom icílio, confor m e apr esent ado na t abela 3. A t axa de cr escim ent o anual da população que vive sozinha r epr esent a 5,13% , no per ío-do ent re 1970 e 2000.

Domicilios com uma pessoa X total de domicílios - IBGE/ IPEA Municípios 1970 1980

uma pessoa % total uma pessoa % total São Paulo 64674 5,08 1272279 140910 6,83 2062196

Rio de Janeiro 75823 7,95 953883 124115 9,54 1301073

Salvador 11537 6,45 178881 20890 6,99 299025

Belo Horizonte 12599 5,49 229571 23073 6,01 383973

Fortaleza 5410 3,66 147640 11187 4,39 255088

Curitiba 4642 3,69 125653 12955 5,38 240932

Recife 11148 5,76 193609 16614 6,73 246727

Porto Alegre 11177 5,65 197728 28322 9,46 299368

Municípios 1991 2000

uma pessoa % total uma pessoa % total São Paulo 203077 7,99 2540656 308121 10,32 2985977

Rio de Janeiro 164657 10,55 1560691 242000 13,43 1802347

Salvador 38656 8,08 478128 69707 10,70 651293

Belo Horizonte 37909 7,58 500062 67975 10,82 628447

Fortaleza 17786 4,61 386053 34047 6,47 526079

Curitiba 27274 7,78 350699 52515 11,15 471163

Recife 21226 6,93 306071 33806 8,99 376022

Porto Alegre 48644 12,81 379855 76253 17,31 440557

0,00 5,00 10,00 15,00 20,00

1970 1980 1991 2000

São Pualo

Rio de Janeiro

Salvador

Belo Horizonte

Fortaleza

Curitiba

Recife

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Ta be la 3 – M é dia de Pe ssoa s por D om icílio

Municípios Média de pessoas por domicílio - IPEA

1970 1980 1991 2000

São Paulo 4,65 4,11 3,80 3,49

Rio de Janeiro 4,46 3,91 3,51 3,25

Salvador 5,74 5,02 4,34 3,75

Belo Horizonte 5,46 4,63 4,03 3,56

Fortaleza 5,91 5,12 4,58 4,07

Curitiba 4,97 4,25 3,74 3,37

Recife 5,60 4,88 4,24 3,78

Porto Alegre 4,57 3,76 3,33 3,09

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00

1970 1980 1991 2000

São Paulo

Rio de Janeiro

Salvador

Belo Horizonte

F ortaleza

Curitiba

Recife

Porto Alegre Fon t e: elabor ado pelos au t or es, com base n os d ados do I PEA

Gr á fico 3 - M é dia de Pe ssoa s por D om icílio

Fon t e: elab or ad o p elos au t or es, com b ase n os d ad os d o I PEA

Nas oit o capit ais est udadas, enquant o a população t ot al cresceu a um t axa anual de 1,85% , o m acro- segm ent o de pessoas que vivem sozinhas aum ent ou a um a t axa anual igual a 5,13% ( 1970 at é 2000) . Regist re- se, ainda, o fat o de que o núm ero de dom icílios t em crescido a um a t axa anual de 2,94% , o que represent a um a redução do núm ero de indivíduos por dom icílio. Em sínt ese, a população t ot al cresce a t axas inferiores ao crescim ent o do m acro- segm ent o que vive sozinho, re-forçando a pert inência e relevância dest e est udo. Os dados fornecem inform ações út eis para a avaliação das diversas im plicações do fenôm eno e propiciam um supor-t e consissupor-t ensupor-t e para a supor-t om ada de decisão nos sesupor-t ores de varej o, serviço, indússupor-t ria, urbanism o, arquit et ura, adm inist ração pública e gest ão do m eio am - bient e.

Por out r o lado, o est udo r ev elou a ex ist ência de for t e het er ogeneidade na com posição do m acr o- segm ent o dos indivíduos que vivem sozinhos, quando ele é decom post o em segm ent os de acor do com as diver sas possíveis com binações das v ar iáv eis de segm ent ação pr esent es no est udo ( sex o, idade, r enda, alfabet iza-ção, aposent ador ia, condição de dom icílio) . Em seqüência, são apr esent ados r e-sult ados par a cada cidade, t endo com o pr im eir a par t ição a quebr a do m acr o- seg-m ent o ent r e aposent ados e não aposent ados. Sobr e essa pr iseg-m eir a div isão, são apr esent adas out r as v ar iáv eis que se dest acam , confor m e a cidade.

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Adr ia n a Be a t r iz M a de ir a , José Au gu st o Gie sbr e ch t da Silv e ir a & Ge r a ldo Lu cia n o Tole do

que eram alfabet izadas e apresent avam rendim ent o nas faixas sit uadas ent re um quart o e 10 salários m ínim os. Já os indivíduos que m oravam sozinhos e não est a-v am aposent ados er am , pr incipalm ent e, do sex o m asculino, apr esent ando idade que variava ent re 30 e 49 anos; eram alfabet izados e com rendim ent o nas faixas de renda com preendidas ent re cinco e 20 salários m ínim os, no período considerado.

Na cidade do Rio de Janeir o, as pessoas aposent adas e que m or avam sozi-nhas er am , pr incipalm ent e, do sexo fem inino, com 60 anos ou m ais, alfabet izadas e est av am dist r ibuídas nas faix as de r enda desde um quar t o at é super ior a 20 salár ios m ínim os, de 1970 a 2000. Ent r e 1970 e 1991, os indivíduos não aposen-t ados são pr incipalm enaposen-t e do sexo m asculino. Já enaposen-t r e 1991 e 2000, havia pr esen-ça equilibr ada dos dois sexos no gr upo dos não aposent ados. A par cela fem inina desse gr upo t inha idade super ior a 50 anos; er am pessoas alfabet izadas e com r en da em du as faix as: r en da de at é 2 salár ios m ín im os e ou t r a su per ior a 2 0 salár ios m ínim os. A par cela m asculina de não aposent ados com põe- se de indiv í-duos alfabet izados, com idade ent r e 30 e 49 anos, e com par t icipação em t r ês faixas de r enda: pr im eir a, at é 2 salár ios m ínim os; segunda, ent r e cinco e 10 salá-r ios m ínim os e a t esalá-r ceisalá-r a, ent salá-r e 10 e 15 salásalá-r ios m ínim os.

Na cidade de Salvador, os dados de 1970 r evelam que a população aposen-t ada com punha- se m aj or iaposen-t ar iam enaposen-t e de hom ens, siaposen-t uação r ever aposen-t ida em favor das m ulher es a par t ir de 1980 e at é 2000. Em 1980, 48,19% das m ulher es er am anal-fabet as, com idade igual ou super ior a 60 anos, possuindo r enda ent r e m eio e um salár io m ínim o. A par t ir de 1991, apr esent avam a m esm a faixa et ár ia, m as er am alfabet izadas. Em 2000, essas m ulher es com idade de 60 anos ou m ais e alfabe-t izadas apr esenalfabe-t avam r enda em duas faixas: um a, enalfabe-t r e alfabe-t r ês e cinco salár ios m í-nim os, e out r a, super ior a 20 salár ios m íí-nim os. Já a população que vivia só e não er a aposent ada apr esent av a pr edom ínio de hom ens, e dist r ibuía- se em div er sas faix as et ár ias e de r enda, ao longo do per íodo est udado.

Belo Hor izont e car act er izav se pela pr edom inância de m ulher es aposent a-das, no per íodo com pr eendido ent r e 1970 e 2000. Elas r evelavam idade igual ou su per ior a 6 0 an os, er am alf abet izadas e apr esen t av am r en das dist in t as, com con cen t r ação n as faix as de at é dois salár ios m ín im os e en t r e 1 5 e 2 0 salár ios m ínim os. Os indiv íduos não aposent ados concent r am - se no sex o m asculino em t odo o per íodo abr angido pelo est udo. Quant o à idade, a m aior fr eqüência est á sit uada na faixa ent r e 30 e 39 anos, são alfabet izados e apr esent am r enda de at é dois salár ios m ínim os, ou ent r e cinco e 10 salár ios m ínim os ou, ainda, super ior a 20 salár ios m ínim os.

Na cidade de For t aleza, as pessoas que viviam sozinhas e er am aposent a-das concent r avam - se na população m asculina com 60 anos ou m ais, em 1970. A par t ir de 1980 e at é 2000, essa com posição se alt er a, com pr edom ínio da popula-ção fem inina, com 60 anos ou m ais, alfabet izada e dist r ibuída em faixas de r enda de at é 3 salár ios m ínim os e ent r e 5 e 10 salár ios m ínim os. Já as pessoas não aposent adas, ent r e 1970 e 2000, er am m aj or it ar iam ent e do sexo m asculino, com idade ent r e 30 e 39 anos; er am alfabet izadas e t inham r enda de at é dois salár ios m ínim os ou ent r e cinco e 10 salár ios m ínim os.

Na cidade de Cur it iba, os indivíduos que viviam sozinhos e er am aposent a-dos car act er izavam - se pela pr edom inância fem inina em t odo o per íodo est udado; er am pessoas sit uadas na faix a et ár ia de 60 anos ou m ais, alfabet izadas e pos-suíam r enda de at é cinco salár ios m ínim os, ou super ior a 20 salár ios m ínim os. Ent r e os indiv íduos que v iv iam sozinhos e não er am aposent ados, v er ifica- se a pr edom inância de m ulher es alfabet izadas, em 1970, 1980 e 2000. Em 1991, a pr edom inância dos indivíduos vivendo só e não aposent ados, er a do sexo m ascu-lino. Em 2000, as m ulher es que viviam sozinhas e não er am aposent adas dist r ibu-íam - se n as f aix as et ár ias com pr een didas en t r e 2 0 at é 5 9 an os, apr esen t an do r endim ent o sit uado nas faixas de r enda de at é 5 salár ios m ínim os ou super ior a 20 salár ios m ínim os.

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m ais, alfabet izada e com r enda nas faixas de at é 2 salár ios m ínim os e ent r e 5 e 10 salár ios m ínim os. Ver ifica- se, ent r e 1970 e 1980, a pr edom inância de m ulher es não aposent adas e, ent r e 1991 e 2000, a população de hom ens não aposent a-dos er a m aior ia n a com posição do m acr o- segm en t o. En t r e 1 9 9 1 e 2 0 0 0 , essa popu lação m ascu lin a e n ão aposen t ada t in h a, pr edom in an t em en t e, idade en t r e 30 e 39 anos, er a alfabet izada e possuía r enda de at é dois salár ios m ínim os, ou super ior a 20 salár ios m ínim os.

Ent r e 1970 e 2000, os indiv íduos que v iv em sozinhos e são aposent ados, n a cidade de Por t o Alegr e, car act er izam - se pela dom in ân cia do sex o fem in in o, fundam ent alm ent e com m ais de 50 anos, alfabet izados e apr esent am pr edom ínio de r enda sit uada nas faixas at é 2 salár ios m ínim os ou ent r e 5 e 10 salár ios m íni-m os. Eíni-m 1970, 1980 e 2000, há íni-m ais íni-m ulher es ent r e os indiv íduos que íni-m or aíni-m sozinhos e não são aposent ados. Apenas em 1991, a pr edom inância é m asculina. Eles dist r ibuem - se em diver sas faixas et ár ias e de r enda de m aneir a unifor m e.

Apesar de São Paulo e Rio de Janeiro serem as duas cidades com os m aiores núm eros de pessoas que vivem sozinhas em t erm os absolut os, não apresent am as m aiores t axas de crescim ent o para o grupo. Já Curit iba m ost ra alt as t axas de cres-cim ent o anual, t ant o para a parcela de aposent ados quant o para a de não- aposen-t ados. Salvador aparece com o a cam peã em crescim enaposen-t o da parcela dos m oradores solit ários aposent ados. A capit al a exibir a segunda m aior t axa de part icipação de não- aposent ados, em 2000, é Fort aleza, que, porém , aparece em penúlt im o lugar quando se avalia a part icipação de dom icílios com um a só pessoa em relação ao t ot al. Port o Alegre figura com o a cidade com m aior part icipação de dom icílios com apenas um a pessoa em relação ao t ot al de dom icílios, com 17,31% em 2000.

Ao r ealizar a análise de um a out r a for m a, ou sej a, consider ando cada var iá-v el de segm ent ação isoladam ent e e par a a t ot alidade das cidades, em conj unt o, podem - se obser v ar out r os aspect os ex pr essiv os no t ocant e ao m acr o- segm ent o da população que m or a sozinha no Br asil.

A an álise da v ar iáv el qu e descr ev e a con dição de aposen t ador ia ou n ão aposent ador ia dos indiv íduos que m or am sozinhos indica um a par t icipação cr es-cent e de aposent ados dur ant e o per íodo com pr eendido ent r e 1970 e 1991. Em 1 9 9 1 , a par cela de aposen t ados r epr esen t av a 3 9 , 3 3 % do t ot al dos in div ídu os que viviam sós. A par t ir de ent ão decr esce at é a par t icipação de 29,74% do t ot al do gr upo ( em 2000) . Em 2000, as cidades de Salv ador e For t aleza ex ibiam os m aior es índices per cent uais de não aposent ados ent r e a população que vive sozi-nha, com por cent agens de 79,13% e 77,75% , r espect ivam ent e.

Ao av aliar - se a v ar iáv el sex o, ident ifica- se, em 2000, a pr edom inância de pessoas do sexo fem inino, apr esent ando cifr a super ior a 55% do t ot al dos indiví-duos que m or av am sozinhos, com ex ceção das cidades de Salv ador e For t aleza. Em For t aleza, em 2000, hav ia par t icipação pr at icam ent e igual de hom ens e de m ulher es. Na cidade de Salvador, o sexo m asculino pr edom inava não só em 2000, m as em t odo o per íodo com pr eendido ent r e 1970 e 2000.

Nas faixas et árias, not a- se que a faixa sit uada ent re 20 e 29 anos apresent a t ax a declinant e, chegando, em 2000, a 12,61% do t ot al do gr upo com post o por pessoas que m oram sozinhas, cont ra 18,07% , em 1970. A faixa et ária com idade igual ou superior a 60 anos apresent a- se com t axa crescent e, considerando- se o período com preendido ent re 1970 e 2000, correspondendo a 36,73% do grupo, em 2000; no m esm o ano, as faixas et árias sit uadas ent re 30 e 59 anos represent avam cerca de m et ade do m acro- segm ent o, com part icipação percent ual de 49,68% .

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Adr ia n a Be a t r iz M a de ir a , José Au gu st o Gie sbr e ch t da Silv e ir a & Ge r a ldo Lu cia n o Tole do

A dist ribuição de renda no grupo acont ece com part icipação decrescent e, en-t re 1970 e 2000, nas faixas de renda enen-t re um quaren-t o e 10 salários m ínim os. Con-t udo, as faix as de r enda super ior es ( de 10at é 15, 15 at é 20 e de m ais de 20 salários m ínim os) apont avam part icipação crescent e no m esm o int ervalo de t em po. Em 2000, as cidades de Salvador, For t aleza e Recife apr esent am os m aior es per cent uais de pessoas sem r enda no t ot al do gr upo ( r espect iv am ent e 11,59% , 10,35% e 10,58% ) . As cidades de Belo Hor izont e, Cur it iba e Por t o Alegr e r evelam as m enor es cifr as dessa cat egor ia na com posição da população de indivíduos que viviam sozinhos; r espect ivam ent e, 4,80% , 5,27% e 3,89% .

A condição de pr opr iedade dos dom icílios dos indiv íduos que v iv iam sozi-n h os ap r esesozi-n t a p ar t icip ação cosozi-n st asozi-n t e, em m at ér ia d e d om icílios p r óp r ios, e declinant e em r elação aos dom icílios alugados. Por fim , em 2000, na avaliação da condição dos dom icílios, ver ifica- se que, em sua m aior ia, os indivíduos que viviam so zi n h o s p o ssu ía m i m ó v ei s p r ó p r i o s ( m éd i a g er a l d e 6 6 , 9 5 % ) o u a l u g a d o s ( 24,99% ) .

Considerações Finais

At en der as n ecessidades e ex igên cias do m acr o- segm en t o com post o por indivíduos que vivem sozinhos é pot encialm ent e t r abalhar com cer ca de 10% do t ot al de dom icílios das cidades est u dadas. Ver if ica- se qu e a com posição desse est r at o populacional var ia em função de sexo, idade, r enda, condição de aposen-t ador ia ou não, do nível de escolar idade ( alfabeaposen-t izados ou analfabeaposen-t os) e da con-dição de pr opr iedade e posse de seus dom icílios de r esidência.

Em bor a se per ceba div er sidade, é possív el ident ificar linhas condut or as e t endências. A com posição do conj unt o de pessoas v iv endo sozinhas apr esent ou par t icipação cr escent e de aposent ados, at é 1991, at ingindo m édia ger al m áx im a de 39,33% , consider ando o t ot al de cidades est udadas. Em 2000, ver ifica- se que-da par a o nível de 29,74% . Com o possíveis j ust ificat ivas desse fenôm eno, apon-t am - se os seguinapon-t es m oapon-t ivos de naapon-t ur eza sócio- econôm ica: aum enapon-t o da expecapon-t a-t iv a de v ida, inicialm ena-t e, e, depois, necessidade de cona-t inuar a-t r abalhando par a v iabilizar a subsist ência.

Em 1970, a par t icipação m asculina r epr esent av a m enos da m et ade da po-pulação, apenas nas cidades de Cur it iba, Recife e Por t o Alegr e. Som ent e Salvador com punha- se de m aior ia m asculina em t odo o per íodo est udado. A par t ir de 2000, apenas For t aleza apr esent av a com posição eqüit at iv a ent r e hom ens e m ulher es. Nas dem ais cidades, a população fem inina er a dom inant e e super ava os 55% do t ot al, per cent ual que é condizent e com m aior longevidade da população fem inina em com par ação à m asculina.

As pessoas que viviam sozinhas se concent r avam , pr edom inant em ent e, nas faixas et ár ias super ior es a 30 anos e t inham m aior pr esença na faixa et ár ia acim a de 60 anos, lim it e a par t ir do qual sit ua- se m ais de um t er ço dessa população. As pessoas nas faixas et ár ias de 30 a 39, de 40 a 49 e de 50 a 59 anos per faziam , j unt as, m et ade do gr upo e se encont r av am r epr esent adas de m aneir a m uit o se-m elhant e. A faixa et ár ia de 20 a 29 anos apr esent ou t axa de var iação declinant e, t endo at ingido 12,61% do t ot al em 2000, cont r a 18,07% em 1970.

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o&s - v. 1 5 - n . 4 7 - Ou t u b r o / D ezem b r o - 2 0 0 8 Pe ssoa s qu e V iv e m Soz in h a s e m Cida de s Br a sile ir a s

I dent ifica- se um a polar ização da par t icipação das faixas de r enda dom inan-t es – de um lado, a baixa r enda; de ouinan-t r o, a m ais elevada. Ainda hoj e, há signifi-cat iva par t icipação de in div ídu os sem r en dim en t o, caben do dest acar Salvador, For t aleza e Recife. As m enor es par t icipações ocor r em em Belo Hor izont e, Cur it iba e Por t o Alegr e. Há dois gr upos dist int os de consum idor es que vivem sós e apr e-sen t am dist in t as possibilidades e in clin ações par a con su m o e par a o acesso a ser v iços. Assim , clar am en t e eles r equ er er ão est r at égias específ icas de at en di-m ent o por par t e das edi-m pr esas.

Por fim , quando se avalia a condição dos dom icílios habit ados pelo m acr o-segm ent o, em 2000, ver ifica- se que, em sua m aior ia, se t r at a de im óveis pr ópr ios ou alugados. Trat a- se de out r o desdobram ent o de var iável que ex igir á est rat égi-as específicégi-as dégi-as em pr eségi-as e do gov er no.

O panor am a descr it o suger e a r elev ância de se consider ar o aum ent o da população que vive sozinha e sua com posição sócio- dem ogr áfica, quando se anlisam as im plicações do fenôm eno sob as seguint es per spect ivas: per fil quant it a-t ivo e qualia-t aa-t ivo de consum o, pr odução de bens e ser viços, or ganização do espa-ço ur bano e polít ica e gest ão do m eio am bient e.

Nesse sent ido, o est udo apr esent ado nest e ar t igo pr ocur a dest acar im por -t an-t es v ar iáv eis descr i-t iv as do pr oblem a, car ac-t er ís-t icas socioeconôm icas e -t ax as de cr escim ent o. Tor na disponível um a consolidação de dados r evelador es da di-ver sidade de com posição do m acr o- segm ent o dos consum idor es que vivem sós e qu e são im por t an t es par a a gest ão est r at égica de em pr esas e de or gan ism os g ov er n am en t ais.

Con t u do, o t r abalh o ger ou ou t r as in dagações, decor r en t es da an álise do f en ôm en o abor dado, da m et odologia de pesqu isa em pr egada e dos r esu lt ados encont r ados, as quais podem suger ir quest ões com plem ent ar es e suplem ent ar es par a est udos fut ur os. Suger e- se invest igar o com por t am ent o do m acr o- segm en-t o das pessoas que v iv em sozinhas par a ouen-t r as m een-t r ópoles br asileir as; elabor ar est udo longit udinal focando um per íodo m ais dilat ado e Censos ant er ior es a 1970 ou, ainda, fazer pesquisa com am ost r as significat iv as est at ist icam ent e par a inv est igação das car act er íst icas dessa população em r elação a seus inv alor es, per -cepções e est ilo de vida, hábit os de consum o e uso, em confor m idade com difer en-t es segm en en-t os socioecon ôm icos. Essas são apen as algu m as das possibilidades de est udos que o t em a descor t ina. A int er pr et ação e a análise dos dados e os r esu lt ados r egist r ados podem , ain da, pr odu zir ou t r as t an t as qu est ões, su posi-ções e possibilidades de pesquisas e t r abalhos que per m it ir ão am pliar a com pr e-ensão das especificidades do m acr o- segm ent o com post o por indiv íduos que v i-v em sozinhos.

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I BGE, 1983. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1980 – Am ost r a: CE, RN, PB e AL.

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CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: RN, PB, PE e AL.

I BGE, 1996. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: MA, PI e CE. I BGE,

1996. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: MG e ES. I BGE,

1996. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: RS. I BGE, 1996.

CD-ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: SE e BA. I BGE,

1996. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: PR e SC. I BGE,

1996. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: Região Nor dest e 1 –

MA, PI , CE, RN e PB. I BGE, 2003. CD- ROM.

CENSO DEMOGRÁFI CO BRASI L - Micr odados 1991 – Am ost r a: Região Nor dest e 3 –

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