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Modelos matemáticos para estimativa do consumo máximo de oxigênio pela ventilometria de esforço em indivíduos saudáveis

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Academic year: 2017

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(10)

The relation between metabolic demand and maximal oxygen consumption during exercise have been investigated in different areas of knowledge. In the health field, the determination of maximal oxygen consumption (VO2max) is considered a method to classify the level of physical fitness or the risk of cardiocirculatory diseases. The accuracy to obtain data provides a better evaluation of functional

responses and allows a reduction in the error margin at the moment of risk

classification, as well as, at the moment of determination of aerobic exercise work load. In Brasil, the use of respirometry associated to ergometric test became an opition in the cardiorespiratory evaluation. This equipment allows predictions concerning the oxyredutase process, making it possible to identify physiological responses to physical effort as the respiratory threshold. This thesis focused in the development of mathematical models developed by multiple regression validated by

the stepwise method, aiming to predict the VO2maxbased on respiratory responses to

physical effort. The sample was composed of a ramdom sample of 181 healthy individuals, men and women, that were randomized to two groups: regression group

and cross validation group (GV). The voluntiars were submitted to a incremental

treadmill test; objetiving to determinate of the second respiratory threshold (LVII) and the Peak VO2max. Using the método forward addition method 11 models of VO2max prediction in trendmill were developded. No significative differences were found

between the VO2max meansured and the predicted by models when they were

compared using ANOVA and the Post Hoc test of Turkey. We concluded

that the developed mathematical models allow a prediction of the VO2maxof healthy

young individuals based on the LVII.

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consumption

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máximo

This thesis presents a relation of multidiciplinar interface and its content has an application in Physical Education, Medicine, Physical Therapy and Biochemics.

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Resumo v!i Abstract viii

Lista de Abreviaturas ix

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(13)

cidadão é uma habilidade e incumbência do profissional de Educação Física que

dependerá da mensuração das qualidades físicas como força e resistência

neuromuscular, flexibilidade, resistência cardiovascular e composição corporal1,2.

A adequação do treinamento às debilidades físicas observadas

deve servir como estímulo no processo de mudança nos hábitos de vida3 de tal

forma que sirva como um processo de prevenção de doenças degenerativas não

infecciosas ou hipocinéticas. Deve(se ressaltar que a prática regular de exercícios

físicos permitirá tanto a manutenção do quadro de saúde, como também favorecerá

o processo de reabilitação/estabilização de doenças crônico(degenerativas não

infecciosas2,4.

Em termos epidemiológicos, no Brasil, os estudos5(8 demonstram

que o número de sedentários vem aumentando, observando(se maior incidência de

sedentarismo entre crianças e adolescentes, o que pode estar relacionado à falta de

uma política que incentive a participação da população em programas de exercícios

físicos6,9(11.

O contraponto é o aumento da expectativa de vida, o que se deve

pela aplicação de políticas públicas de saneamento básico e pela evolução

tecnológica, que propiciaram mudanças no estilo de vida da população, acarretando,

no entanto, uma maior incidência de infartos do miocárdio em virtude das

comodidades modernas. Os dados do Ministério da Saúde (MS)12 mostram que a

(14)

ocorria em 10% da população, passando a 32% em 1998, representando a principal

causa da mortalidade no Brasil e no mundo13.

Talvez o conceito de atividade física, descrito na literatura como

“todo e qualquer movimento realizado acima das taxas metabólicas de repouso”, não

seja suficiente para proporcionar o aumento no dispêndio calórico diário para a

prevenção das doenças hipocinéticas14. O que pode explicar tal comportamento é o

principio da adaptação, o qual é evocado como principal fator para que as atividades

laborais deixem de proporcionar ao indivíduo aumentos no gasto calórico cotidiano,

mesmo que ele exerça tarefas extenuantes2.

A fundamentação para tal observação está diretamente pautada

nos princípios científicos do treinamento, em que a alternância nos estímulos

proporciona adaptações ao organismo, o que favorece melhorias nas qualidades

físicas, como também na demanda energética, permitindo ganhos na aptidão física

relacionada à saúde como as envolvidas no alto rendimento. Dessa forma, o

conceito de exercício físico “programa de movimentos físicos sistematizados, onde

são observadas: freqüência, duração e intensidade”, passa a ser de melhor

aplicabilidade quando pensamos nos benefícios e manutenção das qualidades

físicas2,15,16, diminuindo os riscos e procurando aumentar a segurança daqueles que

estejam engajados em programas de treinamento.

Segundo Mendonça et al8, uma parcela significativa da população

pratica exercícios físicos de forma indiscriminada, desconhecendo os riscos dessa

prática sem orientação, tendo como conseqüências: a) ocorrência de lesões,

principalmente osteoarticulares dos membros inferiores; b) arritmias cardíacas que

podem ser graves levando o indivíduo a óbito, devido a altas intensidades

(15)

treinamento principalmente nos três primeiros meses acarretará na evasão do

programa de exercício físico17(20.

Em muitos casos as lesões estão diretamente relacionadas ao

completo desconhecimento da condição física pela falta de uma avaliação

diagnóstica adequada. Segundo Fernandes Filho21; os programas de exercício físico

devem estar embasados na avaliação, o que permitirá determinar as intensidades do

treinamento de forma adequada. A avaliação do nível de aptidão física é de suma

importância na elaboração e na planificação do treinamento que estabelece as

intensidades, freqüência e duração de cada seção, buscando desta forma atenuar

as debilidades físicas diagnosticadas.

Dos três princípios que irão nortear a prescrição do treinamento

pode(se destacar a intensidade22 que teria influência direta sobre as outras. A

determinação das intensidades busca fundamentação em parâmetros funcionais de

fácil mensuração, uma vez que o treinamento aeróbico baseia(se na utilização dos

parâmetros fisiológicos do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e da freqüência

cardíaca máxima (FCmáx). Muitos profissionais fazem essa opção em razão da

linearidade observada entre o consumo de oxigênio, freqüência cardíaca com as

cargas de trabalho23(26.

Quando se opta por prescrever as intensidades pelos percentuais

do VO2máx, é necessário uma precisão maior no momento da sua obtenção,

significando a necessidade de equipamentos e profissionais habilitados para

realização de testes de esforço submáximo ou máximo com ou sem análise direta de

gases.

A escolha do tipo de teste depende do objetivo, população a ser

(16)

preferencialmente que o teste seja de forma direta com análise dos gases. Os testes

indiretos (submáximos) de ergometria demonstram uma tendência em subestimar

em aproximadamente 20% o VO2máx22,27. Uma opção para levantamentos

epidemiológicos apontada por Maranhão Neto, Farinatti28 e Maranhão Neto,

Lourenço, Farinatti29 seria a utilização de equações de predição do VO2máx, que

apresentam um erro padrão de estimativa (EPE) médio de 4 a 6 ml/kg.min(1.

Policarpo et al30, verificando a aplicabilidade de duas das equações de estimativa do

VO2máx citadas por Maranhão Neto, Farinatti28 em universitários brasileiros,

constataram uma tendência em subestimar o consumo máximo de oxigênio. O

problema dessas equações é que elas não podem ser utilizadas na determinação

das intensidades do treinamento aeróbico.

Um dos pressupostos mais importantes no tocante a avaliação é a

aplicação de um método que apresente confiabilidade e fidedignidade no momento

da obtenção dos resultados. A medida direta do consumo de oxigênio por meio de

analisadores metabólicos de gases é onerosa e necessita de um profissional

qualificado. Nos últimos anos algumas indústrias brasileiras da área biomédica

desenvolveram equipamentos de baixo custo que permitem a mensuração do

volume de ar expirado, através da espirometria de esforço.

O princípio da espirometria de esforço é pautado no conceito

descrito por Wasserman et al31através do qual se observou aumento exponencial da

ventilação no momento em que a pressão de CO2 arterial (PaCO2) é detectada pelos

centros de controle da respiração localizados no bulbo, estimulando o aumento

volume ventilatório (VE)25, 27.

A aplicação do método descrito por Wasserman et al31 passou a

(17)

individualização do treinamento aeróbico, respeitando o primeiro principio da

preparação física, a individualidade biológica2. Um dos pontos para a utilização do

LV é que seria uma forma de minimizar as diferenças observadas quando se aplica

métodos indiretos para determinar as intensidades de treinamento. Outro ponto

importante, ao se optar por esse método, é poder observar os efeitos das cargas de

treinamento sobre as adaptações induzidas pelo programa16,32(34, bem como obter

mais de um parâmetro funcional para analisar essas adaptações.

Embora a ventilometria seja um método através do qual se

analisa o fluxo de ar obtido durante o teste de esforço, a determinação do VO2máx

ainda é feita por meio de equações de estimativa que procuram correlacionar as

cargas de esforço com o consumo de oxigênio (VO2)35; o que não é nada lógico, em

razão de se ter em mãos uma ferramenta que permite analisar as respostas

funcionais e não estimá(las. O uso da ventilometria pode ser uma ferramenta

importante se considerar que o LV de indivíduos sedentários se encontra em torno

de 70% do VO2máx36 e não em 80% como descrito pelo Colégio Americano de

Medicina do Esporte (ACMS). Isso se deve pelo estilo de vida sedentário observado

na população. Com a queda do LV ocorrerá acidose metabólica em cargas

consideradas moderadas, aumentando assim, o risco de acidentes vasculares

induzidos pelo esforço.

O objetivo desta tese centra(se no desenvolvimento e validação

de modelos matemáticos para estimativa do consumo máximo de oxigênio (VO2máx)

com a aplicação do teste cardiorrespiratório de esforço, utilizando(se como

ferramenta estatística a regressão linear múltipla, tendo como referência o VO2máx

mensurado em teste esforço máximo ergoespirométrico de circuito aberto realizado

(18)

ventilatório (LV), velocidade, inclinação, freqüência cardíaca, volume de ar expirado

e as variáveis antropométricas de voluntários ativos e sedentários saudáveis e de

ambos os sexos.

Os resultados obtidos no presente projeto possibilitaram recortes

de nossa tese que deram origem aos artigos:

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Brasileira Vol 20 (supl 1): 82(7, 2005.

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-Publicado em agosto de 2007; na Revista digital Efdeportes de Buenos

Aires.

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Bogotá, Colômbia.

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(19)

O processo de desenvolvimento dos modelos matemáticos

permitiu o aprimoramento de nossos estudos no campo da estatística, além do

aprimoramento de métodos que apresentem baixo custo no processo de avaliação

(20)

2

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O desenvolvimento motor no ser humano está diretamente

relacionado aos estímulos provenientes do meio, favorecendo distintas vivências que

por sua vez permitem o aprimoramento das qualidades físicas37.

Na contemporaneidade esse desenvolvimento se encontra

comprometido devido ao estilo de vida moderno, em que se observa uma redução

drástica dessas vivências motoras, resultando em um balanço calórico positivo tanto

em crianças, quanto adolescentes e adultos, explicitado pelo uso exacerbado da

tecnologia em consórcio com as condições sociais implicando no aumento da

hipocinesia da população38, 39. Levantamentos epidemiológicos realizados tanto no

Brasil como no Mundo, apontam para esse fenômeno comportamental38, 41,42.

Estudos realizados por Fisberg, Stella, Latorre42e Rabelo, Viana,

Fisberg39, na cidade de São Paulo, destacam que os fatores de risco para o

desenvolvimento das doenças cardiovasculares vêm aumentando principalmente

pela inatividade física e por dietas hipercalóricas. Em contrapartida, os mesmos

estudos revelam que a prática regular de exercícios físicos é de fundamental

importância na prevenção primária das doenças crônico(degenerativas não

infecciosas.

Essa relação não era reconhecida até a década de cinqüenta,

quando Morris et al (1953)43relataram uma maior incidência de infarto do miocárdio

em profissionais do transporte público (motoristas) na cidade de Londres em relação

aos seus pares (cobradores). Segundo o estudo, os motoristas apresentavam estilo

de vida sedentário em relação ao dos cobradores. Tal fenômeno foi posteriormente

(21)

sedentarismo e o acometimento de doenças diretamente relacionadas à hipocinesia.

Em 1996 o reconhece o sedentarismo como fator de

risco primário para doenças crônico(degenerativas não infecciosas e, o que até

então era secundário passa a ter influência em até 1.6 vezes no acometimento de

doenças do sistema cardiovascular43.

Com o índice de sedentários elevado, há necessidade da

realização de uma avaliação diagnóstica eficaz que possa ofertar diretrizes para a

planificação e elaboração das atividades que irão compor o programa de

treinamento11, 17. A escolha do protocolo a ser adotado pode ser apontada como o

ponto de relevância, pois se o protocolo não apresentar confiabilidade e

fidedignidade no que se propõe a mensurar, perderá a sua aplicabilidade13, 21. Ao

adotar um protocolo se deve observar antes pressupostos relativos à população,

faixa etária, sexo e equipamento utilizado na mensuração dos componentes

relacionados à aptidão física.

Um bom exemplo da escolha inadequada do protocolo seria a

utilização das determinações das concentrações de lactato para identificação das

intensidades de treinamento em indivíduos sedentários ou ativos. Alguns estudos

demonstram que seria recomendada a aplicação desse método de avaliação ao

invés de utilizar protocolos não invasivos convencionais na determinação das

capacidades aeróbicas e anaeróbicas44, 45. A recomendação do uso do lactímetro

como instrumento se tornou possível devido ao desenvolvimento de equipamentos

portáteis para a mensuração das concentrações sangüíneas de lactato. Cabe

ressaltar que é necessário adotar uma série de procedimentos logísticos, como

estocagem e recolhimento dos dejetos contendo resíduos sangüíneos, necessitando

(22)

extrema necessidade de colaboração por parte do avaliado, já que o mesmo será

submetido a perfurações no lobo da orelha ou na porção distal dos dedos46. Esse

método não se aplicaria na avaliação de indivíduos que participem de programas

voltados para a manutenção ou aprimoramento da saúde e sim para uma faixa

mínima da população que tem como objetivo o auto(rendimento.

A simples mensuração de algumas das qualidades físicas, como o

VO2máx e a composição corporal, não seria adequada e suficiente para certas

atividades desenvolvidas em academias, principalmente pela falta da especificidade

dos testes. O que é muito comum hoje nas academias é a realização da anamnese

seguida da determinação do percentual de gordura.

Conforme consenso entre os freqüentadores e profissionais, a

rotina de avaliação nas academias não fornece informações necessárias, tendo essa

como ampliação do rendimento para os empresários. No entanto, todos

componentes da aptidão física relacionados à saúde, como a composição corporal,

são considerados de suma importância47; devido à relação significativa encontrada

entre a forma corporal e o acometimento de doenças crônico(degenerativas não

infecciosas.

Seria evidente relatar que indivíduos que apresentam aumentos

no componente livre de gordura, quando submetidos a teste de esforço ergométrico

apresentariam resultados superiores aos de outros indivíduos que apresentam

concentrações adiposas acima dos limites desejados para o sexo e idade. No

entanto, como o VO2máx apresenta um componente genotípico, poderão ocorrer

resultados surpreendentes1. Segundo Åstrand et al48, a composição corporal não

(23)

existente entre os baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória com uma composição

corporal inadequada, aumentando as taxas de mortalidade.

Os outros componentes relacionados à saúde seriam flexibilidade,

força, resistência anaeróbica e aeróbica. O ponto interessante é que o VO2máx é

relacionado à capacidade de resistência apresentada pelo indivíduo, o que se deve

ao fato do próprio conceito dessa valência física corresponder a capacidade que o

organismo tem em captar, transportar e proporcionar adenosina trifosfato (ATP) pela

via oxidativa. A avaliação da potência aeróbica, contudo, em intensidades

submáximas, o que acontece antes do limiar ventilatório (LV) descrito por

Wasserman et al31 em 1965. Após esse ponto se estaria avaliando a resistência

anaeróbica. Para Astrand et al48 a aptidão cardiorrespiratória deve ser avaliada em

testes de intensidade submáximo constante e não com incremento das cargas, o

que otimizaria a produção da energia demandada durante o trabalho pela integração

das principais vias metabólicas.

A determinação das intensidades do treinamento aeróbico está

relacionada com os marcadores fisiológicos observados durante o teste

cardiorrespiratório, em que os limiares identificam em momentos distintos o

metabolismo energético durante o teste. O primeiro limiar denominado como limiar

ventilatório (LVI) relaciona(se com a capacidade do organismo em gerir a oferta

de energia pela β(oxidação. O segundo limiar conhecido como limiar ventilatório

(LVII), indica o predomínio do metabolismo glicolítico na produção de energia, esses

correspondem aproximadamente a 50% e 85% do VO2máx respectivamente. O

intervalo entre os percentuais pode ser caracterizado pela produção da energia pela

(24)

A relação entre o metabolismo energético e os percentuais do

VO2máx é considerada como referência para determinar as intensidades do

treinamento aeróbico50,51, embora os percentuais sejam questionados para tais fins,

onde se aponta maior acurácia à prescrição pelos limiares52. O questionamento

sobre a acurácia dos percentuais do VO2máx como ponto de referência para a

prescrição dos exercícios aeróbicos pode servir de base para questionarmos os

protocolos indiretos de ergometria usados na estimativa do VO2máx. Sabe(se que os

protocolos de ergometria têm como referência para calcular o VO2máx a linearidade

do consumo de oxigênio com a freqüência cardíaca e as cargas de trabalho26,31,48, o

que na realidade não seria um comportamento fisiológico natural ( essa linearidade

esperada pelos protocolos de ergometria ( havendo necessidade de ajustes das

variáveis, como consumo de O2, ventilação em relação às cargas de trabalho53,54, o

que permitiria uma maior fidedignidade na determinação da potência aeróbica.

Todavia, o ajuste citado necessitaria de equipamentos que

permitam a análise tanto das trocas de gases expirados ocorridas quanto do fluxo de

ar expirado durante o teste, inviabilizando o acesso devido ao alto custo da

avaliação36. Uma alternativa para se atenuar o preço da avaliação cardiorrespiratória

seria a utilização de equipamentos que representem um investimento inferior aos

observados para os analisadores metabólicos de gases e que ao mesmo tempo

tenham um baixo custo em sua manutenção. Nos últimos anos foram desenvolvidos

equipamentos com essas características, nos quais se pode mensurar o volume de

ar expirado permitindo analisar as respostas ventilatórias durante o esforço

progressivo como descrito por Wasserman et al31.

A teoria para a aplicação da ventilometria busca se alicerçar na

(25)

ergométrico acarreta aumentos nas concentrações íons de H+, caso o sistema de

oxidase de função mista (oxigenase), que corresponde a enzimas, em geral

(flavoproteínas) que empregam o oxigênio molecular para catalisar simultaneamente

a oxidação de substratos e de um co(substrato (em geral o FADH e NADH)55,56.

Caso essas lançadeiras dos íons de H+ não forem eficientes, será observada a

acidose. O organismo será obrigado a utilizar outras reações que permitam a

reoxidução do NADH a NAD+. Nesse caso a redução do piruvato a lactato é

catalisada pela lactato desitrogenase, permitindo formar o isômero L do ácido

láctico55, 56. O aumento da acidose metabólica terá como conseqüência a elevação

da pressão arterial de CO2 (PaCO2), o que caracterizaria a contribuição da via

glicolítica na demanda energética. Segundo Garrett JR, Kirkendall57, os centros

respiratórios localizados no corpo carotídeo em conjunto com os receptores no troco

encefálico na região do bulbo, ao detectar o aumento na PaCO2 e nas

concentrações de H+, passam a estimular a musculatura respiratória promovendo

aumento exponencial na ventilação (VE).

A perda da linearidade da VE evidencia que o teste está em

condições submáximas, o que é extremamente pertinente para a interrupção do

mesmo, evitando assim a utilização de parâmetros estimados, como por exemplo, a

freqüência cardíaca máxima (FCmáx) como critério para a interrupção, aumentando a

margem de segurança na avaliação cardiorrespiratória. O uso do percentual de 80 a

85% da FCmáx como parâmetro de interrupção e estimativa do VO2máxcomo proposto

em alguns protocolos submáximos é questionável, em razão da influência direta

tanto do sistema nervo autônomo como da ação das catecolaminas sobre as

respostas do sistema cardiovascular, o que pode levar a erros na estimativa do

(26)

Nas diretrizes do ACMS para prescrição e avaliação,

recomendam(se protocolos em que as variáveis que compõem os modelos

matemáticos de estimativa não são fisiológicos, mantendo(se o mesmo padrão

observado nos protocolos clássicos de ergometria35, tendo como critério da

interrupção do teste 80% da FCmáx estimada pela equação 220(idade, equação esta

que nos últimos anos vem recebendo criticas58,59. Com a conservação dos

parâmetros de predição da aptidão cardiorrespiratória, como velocidade final,

inclinação, Watts, rotações por minutos (rpm) e a massa corporal, vê(se que o

paradigma não foi modificado, permanecendo lacunas no conhecimento que

necessitam ser preenchidas.

Com o advento da aplicação dos espirômetros na avaliação da

aptidão cardiorrespiratória, pode(se pensar na inclusão de variáveis fisiológicas que

não sejam apenas a freqüência cardíaca como parâmetro de predição do VO2máxem

indivíduos saudáveis. Conceitualmente o aumento do fluxo ventilatório pode ser

relacionado de forma linear com as demandas metabólicas, o que está diretamente

interligado à produção e eliminação do CO2 e com o aumento no consumo de O2em

intensidades de leve a moderadas57. Segundo Garrett JR, Kirkendall57 nas

intensidades superiores a 60% da capacidade aeróbica máxima, os aumentos na VE

estariam mais em função da eliminação do CO2. Essa observação é um ponto

importante, se for utilizado o conceito de Åstrand et al48 de potência aeróbica, e se

veria que a potência aeróbica se concentra aproximadamente em 70% do consumo

de oxigênio de pico para um indivíduo sedentário36. Entenda(se como consumo de

oxigênio de pico o ponto observado no momento em que o avaliado solicita para

parar o teste, seja por fadiga muscular ou por insuficiência funcional. No caso de

(27)

superiores a 80% do consumo de oxigênio de pico3660. A incorporação de variáveis

fisiológicas relacionadas com o LV em modelos matemáticos de predição passa a

ser uma linha de estudo no campo da ergometria a ser explorado, de maneira que o

uso da ventilometria de esforço possa diminuir a margem de erro observada nos

protocolos convencionais de ergometria22,27.

Se for levada em consideração a questão da segurança, além da

fidedignidade, ao se comparar as respostas da VE obtidas pela ventilometria com as

observadas na ergoespirometria, ter(se(ia uma forte argumentação para o emprego

desse método na obtenção da aptidão cardiorrespiratória. Pode(se dizer que são

raros os episódios em que houve complicações durante a avaliação cardiovascular.

Segundo o AMCS20e Florecher et al60, a ocorrência de óbitos é na ordem 1/10.000

testes nos Estados Unidos. No Brasil não há relatos do número de óbitos ocorridos

durante testes ergométricos. Uma das formas de se manter número inferior de

ocorrências de acidentes é manter sobre observação durante o teste todas as

(28)

5

.6&

. &

7

-& 7 - , 04 &

-ARTIGO 1 ( !

! "# $ %

(29)
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)
(35)

ARTIGO 2 (& ' ( ! ! "# ) *#

$ ( ! + , ' $

(36)
(37)
(38)
(39)
(40)
(41)
(42)
(43)
(44)
(45)
(46)

8 &

7 - . 3 &

-ARTIGO 1 ( ( ' ' '1"

+$ 1 +

Periódico: Revista de Salud Publica.2007.

' 9 ( ' ' '1" +$

1 +

( : ' ' + ' " ; + : ; + < : ++

) , ' 0 8

Doutorando pelo Programa de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.fernando@ucb.br

/ ) ) ':

Prof PhD. da Universidade Castelo Branco do Rio de Janeiro – UCB. Coordenador do Programa de Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco, UCB(RJ ( Laboratório de Biociências da Motricidade Humana – LABIMH.jff@cobrase.org.br

, ' )

Prof. PhD da Universidade UNIGRANRIO. Laboratório de Biociências da Motricidade Humana – LABIMH.prf@cobrase.org.br

( ; = >+

Prof PhD do Programa de Pós(Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. mik@ufrnet.br

& ' ' #

Fernando Policarpo Barbosa

Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília – UCB. QS 07 lote 01 EPCT Águas

(47)

( ' ' '1" +$ 1

+

Resumo

8% : O presente estudo teve como objetivo desenvolver modelos de estimativa da aptidão

cardiopulmonar sem a realização de teste de esforço, visando levantamento epidemiológico em

jovens brasileiros. Para tanto, foram avaliados 243 voluntários, sendo 137 homens (25,40±6,39 anos)

e 106 mulheres (23,68±5,23 anos).

(? : Os voluntários foram randomizados em dois grupos (Grupo 1, controle com 81 homens e 58

mulheres) e (Grupo 2, de validação cruzada com 56 homens e 48 mulheres), submetidos a testes de

esforço cardiopulmonar com análise direta de gases. Os modelos foram desenvolvidos através de

regressão múltipla, aplicando(se método , seguida pela análise ( ANOVA, como

de para comparação das médias.

' : a média do consumo máximo de oxigênio de esforço do Grupo 1 foi 48,45±11,91

ml/kg.min(1e para o Grupo 2 46,54±9,89 ml/kg.min(1. As retas de regressão múltipla descreveram dois

modelos de estimativa do consumo máximo de oxigênio, com valores médios de (modelo 1 =

48,46±11,41 e modelo 2 = 46,83±11,11) ml/kg.min(1, não sendo observada diferença significativa para

o valor de esforço. Os resultados médios do consumo máximo de oxigênio estimado para o Grupo 2,

modelo 1 = 48,14±10,74 ml/kg.min(1e modelo 2 = 46,±10,36 ml/kg.min(1, não apresentaram alterações

expressivas dos valores obtidos no teste de esforço.

' : os modelos para a estimativa do consumo máximo de oxigênio demonstraram uma boa

aplicabilidade no levantamento epidemiológico para jovens brasileiros.

(48)

( ' ' '1" 1

+ @

8% 9Desarrollar modelos para prevenir la capacidad cardiopulmonar sin la realización del teste

de esfuerzo viendo el levantamiento epidemiológico en jovenes brasileros. Para esto, fueron

evaluados 243 voluntários 137 hombres (25,40±6,39 años) y 106 mujeres (23,68±5,23 años).

( ' ; (? : Los voluntários fueron colocados en dos grupos (Grupo de control1 con 81

hombres y 58 mujeres) y (Grupo 2 de evaluación cruzada con 56 hombres y 48 mujeres), sometidos a

testes de esfuerzo cardiopulmonar con análisis directa de gases. Los modelos fueron desarrollados a

través de regresión múltipla aplicandose método , seguido por analisis ( ANOVA

como de para comparaçión de las médias.

' : La média del consumo máximo de oxigeno y esfuerzo del Grupo 1 fue de 48,45±11,91

ml/kg.min(1 y para el Grupo 2: 46,54±9,89 ml/kg.min(1. Las rectas de regresión múltipla describieron

dos modelos de prevención del consumo máximo de oxigeno con valores médios de (modelo 1 =

48,46±11,41 y modelo 2 = 46,83±11,11) ml/kg.min(1, no siendo observada diferencia significativa para

el valor de esfuerzo. Los resultados médios del consumo máximo de oxigeno estimado para el Grupo

2 modelo 1 = 48,14±10,74 ml/kg.min(1 y modelo 2 = 46,±10,36 ml/kg.min(1 no fueron

significativamente diferentes los valores obtenidos en el teste de esfuerzo.

' 1 : Los modelos para la prevención del consumo máximo de oxigeno demonstraron una

buena aplicación en el levantamiento epidemiológico para jovenes brasileros.

(49)

( : ' ' + ' " ; + : ; + < : ++

Abstract

8% 9to develop models to estimate the cardiopulmonary fitness without the accomplishment of

effort test, focusing on epidemiologic survey in young Brazilians. For that purpose, 243 volunteers

were evaluated: 137 men (25.40±6.39 years old) and 106 women (23.68±5.23 years old).

( : 9 The volunteers were randomized in two groups (Group 1: control ( with 81 men and 58

women; and Group 2: cross(validation ( with 56 men and 48 women), submitted to cardiopulmonary

effort tests with direct gas analysis. The models were developed through multiple regression, applying

the stepwise method, followed by the One(Way ANOVA analysis as Tukey’s Post Hoc test to compare

the averages.

' 9the average of the maximum oxygen consumption in Group 1 was 48.45±11.91 ml/kg.min(1,

and in Group 2 it was 46.54±9.89 ml/kg.min(1. The multiple regression lines had described two models

to estimate the maximum oxygen consumption with the following average values: model 1 =

48.46±11.41 and model 2 = 46.83±11.11 ml/kg.min(1. No significant difference was observed for the

effort value. The average results of the maximum oxygen consumption estimated for Group 2 model 1

= 48.14±10.74 ml/kg.min(1and model 2 = 46 ±10.36 ml/kg.min(1were not significantly different from

the values observed in the effort test.

' 9 the models for estimating the maximum oxygen consumption demonstrated good

applicability in the epidemiologic survey for young Brazilians.

(50)

Introdução

A baixa capacidade do organismo em utilizar o metabolismo oxidativo na

produção de energia, na realização das atividades cotidianas está relacionada com o

desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas não infecciosas. A avaliação da aptidão

aeróbica é reconhecida como uma forma de prognóstico e diagnóstico de doenças relacionadas com

o sedentarismo (1).

Os protocolos indiretos para a mensuração do consumo de oxigênio (VO2) são

ferramentas, permitem classificar a aptidão cardiovascular em relação aos estágios atingidos durante

a prova de esforço (2,3). A análise direta de gases é um método indispensável quando se procura

uma maior acurácia na mensuração do VO2, principalmente na avaliação de atletas ou no diagnóstico

da sintomatologia de cardiopatias para a prescrição das intensidades do programa de exercício físico

ou de reabilitação cardíaca (4).

Esses métodos, no entanto, requerem investimentos na capacitação de

pessoal para executá(los e equipamentos sofisticados e de altos custos, impossibilitando sua

aplicação no levantamento epidemiológico em um grupo populacional maior (2). Ambos os métodos

de testes diretos e indiretos perdem poder no momento do prognóstico de doenças hiposinéticas,

quando o objetivo do estudo é epidemiológico (5). Jackson et al. (6) propuseram a utilização de

modelos de estimativa do consumo máximo de oxigênio sem a realização do teste de esforço como

uma maneira de realizar esse levantamento, tendo como base medidas antropométricas simples e o

nível de atividades físicas cotidianas. O presente estudo tem por objetivo desenvolver modelos

matemáticos de estimativa do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) sem a realização de teste de

esforço para jovens brasileiros.

(& . &4 . (A

-Este estudo apresenta uma característica transversal correlacionada, com uma

proposta de desenvolvimento de modelos de predição do consumo máximo de oxigênio para

indivíduos brasileiros de ambos os sexos, com idade entre 17 e 45 anos.

A amostra foi composta por 243 voluntários: 137 homens e 106 mulheres

saudáveis. Os voluntários foram randomizados em dois grupos: G1 controle com 58 = mulheres e 81

(51)

dos riscos e benefícios relativos aos testes e convidados a assinar o termo de consentimento livre e

esclarecido. Os procedimentos adotados na coleta de dados respeitaram as recomendações da

legislação em vigor (196/96) do Ministério da Saúde. O estudo foi submetido e aprovado pelo comitê

de ética da Universidade Católica de Brasília – UCB.

Após a assinatura do termo de consentimento, os voluntários responderam a

uma anamnese, mensuração da pressão arterial de repouso pelo método auscultatório, utilizando o

esfigmomanômetro da marca ®,seguida do exame eletrocardiográfico de repouso

pelo equipamento da marca Marquette Hellige© da Medical Sistems, modelo CardioSmart, versão 3.0

CS(MI. Para a determinação da massa corporal foi utilizada a balança digital com acuidade de 100g,

da marca Filizo® Brasil; a estatura foi mensurada pelo estadiômetro da Country Tecnology INC

(modelo 67034), Gays Mills, Wl – USA, com escala em centímetros. Para a estimativa do percentual

de gordura, adotou(se o método das dobras cutâneas, medidas pelo plicômetro da marca Lange©

USA. O protocolo de estimativa adotado foi o de três dobras, de Jackson et al e de Jackson e Pollock,

para homens e para mulheres,respectivamente (7).

Após o exame clínico e a mensuração antropométrica, os voluntários foram

liberados pelo médico para o teste cardiopulmonar em esteira rolante da marca Inbramed Ind. Brasil,

modelo Super ATL, com análise direta dos gases de circuito aberto. O analisador utilizado nos testes

foi da marca Aerosport Medgraphics (USA), modelo VO2000. Os testes foram precedidos pela

calibração do analisador, conforme as especificações do fabricante, com um gás de composição de

17% de O2 e 5% de CO2, com balanço de nitrogênio. O protocolo teve uma característica incremental

com intervalo de um minuto entre as cargas, sendo a velocidade inicial de 4 km/h, com inclinação de

0% e com velocidade e inclinação finais de 16 km/h e 6,5%, respectivamente.

Desenho Estatístico

Para a elaboração do modelo matemático, foram adotados os seguintes

tratamentos estatísticos: a) verificação da curva de distribuição dos dados pelo teste

; b) ! visando agrupar os voluntários por nível de aptidão física; c) regressão

múltipla pelo método "com “ #$ % ”,para a inclusão das variáveis independentes; d)

(52)

Pearson. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. O tratamento foi realizado no Pacote

Estatístico SPSS, versão 14.0.

.- 4 &

-Quando indagados, os voluntários não relataram problemas óstio(articulares

que os impedissem de participar do estudo. No exame ECG repouso, não foram observadas

quaisquer anomalias no traçado, caracterizando um grupo assintomático. A curva de distribuição dos

dados foi normal, no entanto, foram observados nas variáveis independentes IMC, massa

gorda, massa magra e freqüência cardíaca de repouso. Os não foram removidos, em virtude

de serem casos observados com freqüência maior que um na população, como exemplo podendo(se

destacar a variável IMC, que teve valores maiores que 30kg/m2, caracterizando quadros de

obesidade.

Os voluntários foram agrupados em um quadro por nível de aptidão aeróbica:

1) sedentários > 32,00 ml/kg.min(1; 2) moderadamente ativos = 32,00 a 43,00 ml/kg.min(1; 3) ativos =

43,00 a 53,00 ml/kg.min(1 e; 4) muito ativos = 53,00 a 65,00 ml/kg.min(1. Os intervalos foram

estabelecidos tendo com parâmetro a variável dependente (VO2máx), tratada no ! . Os

valores ordinais de 1 a 4 foram adotados na determinação da reta de regressão. Os valores médios e

o desvio padrão (média±DP) para as variáveis antropométricas encontram(se na Tabela 1.

8 ' 9 $ +$ ' 8 ! B C 2DEF 8

Para a descrição da reta de regressão foram analisadas as seguintes variáveis

independentes: sexo, idade, estatura, massa corporal, massa gorda, massa magra, percentual de

gordura, índice de massa corporal (IMC), freqüência cardíaca de repouso e níveis de aptidão física

determinados pelo consumo máximo de oxigênio. O critério observado para a seleção das variáveis

independentes teve como base os apontamentos literários, onde é descrita a influência das principais

variáveis genotípicas e fenotípica sobre o consumo de oxigênio. O coeficiente de colinearidade foi

superior a 0,9 para as variáveis idade, estatura, massa magra, massa gorda, percentual de gordura e

freqüência cardíaca de repouso. As variáveis que passaram a compor as retas foram sexo, nível de

(53)

Os resultados da reta de regressão foram significativos, tanto para o modelo 1,

com F(3;505.060) = 5990.816, p = 0,001, como para o modelo 2, que obteve um valor para

F(3;503.515) = 5989.312, p = 0,001, sendo obtidos valores para R= 0,96 para os dois modelos e

coeficientes de determinação R2= 0,92, para os respectivos modelos. Os valores para o coeficiente

de ajuste de determinação obtiveram valores significativos (R2ajustado = 0,90), com um erro padrão

de estimativa (EPE) para os modelos de 3,44 ml/kg.min(1. Os dois modelos estatísticos de predição

desenvolvidos descritos estão na Tabela 2.

8 ' 29 . " G' ' ! ! "#

' @ + 8 ' % H 8 ! B C 5IF

A comparação dos valores médios para o VO2máx, mensurados em prova de

esforço com análise de gases, e os calculados pelos modelos 1 e 2, apresenta resultados

correlacionais fortes (r = 0,96), demonstrando um bom poder de predição da aptidão aeróbica. A

comparação da média do VO2máxestimado e medido, não apresentou diferenças significativas para o

grupo 1 – controle, para um F(2;0.928)=122.327; p = 0,39. O grupo 2 – validação cruzada, obteve

uma correlação significativa (r = 0,95), confirmando o forte poder dos modelos, os resultados para

análise multivarida não sofreram diferenças significativas F(2;0.802)=85.707; p = 0,45. Os valores

médios estimados pelos modelos e medidos para o VO2máx,para o grupo 1 e para o grupo 2, são

apresentados na Tabela 3.

8 ' 59 3 ' ? J B ,F ! ! "# B3 2 !F

8 " ? H ' H ' H

' @ + 8 ' %

-

--Embora o VO2máxseja apontada como uma variável importante no prognóstico

e diagnóstico de algumas doenças cardiovasculares ou para a determinação das cargas do

treinamento aeróbico, sua mensuração passa a ser restrita a uma pequena faixa da população.

(54)

forem com análise direta de gases, o que impossibilita a aplicação desse método na avaliação; o

mesmo pode(se dizer dos métodos indiretos, seja de laboratório ou de campo, podendo ser citado

como exemplo o teste de campo, o teste de 12 minutos (6; 8; 9).

Não apenas os custos dos equipamentos seriam apontados como pontos inviabilizantes

desse levantamento, mas também a qualificação profissional e outros fatores como tempo,

impossibilitam a aplicabilidade desse método de avaliação para tal fim. O levantamento por meio de

equações de estimativa passa a ser uma forma prática e eficiente, sendo necessária a mensuração

da massa corporal, freqüência cardíaca de repouso, dos níveis de atividade física da população a ser

estuda.

No presente estudo, a determinação das variáveis para estimativa do VO2máxfoi

baseada na influência de cada uma sobre o consumo de oxigênio. Tendo como exemplo a idade,

segundo Tebexreni et al. (2), o consumo de oxigênio tem um decréscimo de 8 a 10% por década de

vida. Maranhão Neto & Farinatti (5) procuraram analisar as equações de estimativa seguindo o

mesmo critério, evitando assim as possíveis interpretações matemáticas sem o devido embasamento

fisiológico.

Policarpo el al. (9) comparam a aplicabilidade das equações de Jackson et al.

(6) e de Mathews et al. (10) para estimar o VO2máx em universitários brasileiros. As equações

apresentaram tendência em subestimar o VO2máxda amostra, embora o erro padrão de estimativa

para as equações seja baixo ( 0,41 e 0,30, respectivamente. Segundo Maranhão Neto, Lounço,

Farinatti (8), as equações revisadas apresentaram um erro padrão de estimativa (EPE) do VO2máx

entre 4,0 e 5,6 ml/kg.min(1. No presente estudo, o EPE foi inferior, tanto para o grupo 1, controle,

como para o grupo 2, validação, permanecendo dentro do desvio esperado para o consumo de

oxigênio (8), o que demonstra que as equações permitem uma boa predição do VO2máx.

Deve ser lembrado que o consumo de oxigênio dependerá de outras variáveis

(11). Basset, Jr. & Howley (12) descrevem que os mecanismos envolvidos no consumo de oxigênio

estariam diretamente relacionados com a duração do esforço. Sobre este prisma, procuou(se

classificar a amostra pelo nível de aptidão física observado no teste de esforço, onde os voluntários

apresentaram níveis de sedentários a muito ativos.

As novas teorias propostas por Noakes (13) e contestadas por Berg, Ekblom e

(55)

transporte como o consumo de oxigênio. A literatura aponta que o consumo de oxigênio é

dependente de variáveis que não podem ser mensuradas com a devida acuidade necessária (14). Os

modelos de predição permitem realizar o prognóstico e classificar, possibilitando estabelecer os

possíveis riscos epidemiológicos para doenças cardiovasculares (15). Fazer um levantamento é de

suma importância, já que no Brasil a taxa de mortalidade advinda deste tipo de problema foi de 33%

nos últimos anos (16).

Os modelos preditivos não são destinados para determinar o VO2max para

prescrição de treinamento aeróbico, mas poderão auxiliar os profissionais no momento da tomada de

decisões quanto ao programa a ser adotado, reduzindo os possíveis riscos de acidentes

cardiovasculares envolvidos na prática de exercícios físicos.

Mediante os resultados obtidos no presente estudo, infere(se que os modelos

de predição desenvolvidos para estimativa do consumo máximo de oxigênio, sem teste de esforço

para jovens brasileiros, podem ser aplicados como forma de levantamento epidemiológico na

população brasileira. No entanto, há a necessidade da validação dos modelos para faixas etárias

acima dos 45 anos. É importante ressaltar que o modelo não deve ser empregado para estimar o

VO2máxcom o objetivo de prescrição de treinamento aeróbico.

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16. Ministerio da Saúde – Secretaria de Políticas de Saúde. Programa Nalcional de Promoção da

Atividade Física – Agita Brasil: Atividade física e sua contribuição para qualidade de vida.&

(57)

8 ' 9 $ +$ ' 8 ! B C 2DEF 8

Grupo 1 (controle) Homens (n=81) Mulheres (n=58)

Mín Máx Média±DP Mín Máx Média±DP

Idade (anos) 18 45 26,33±6,68 17 36 23,57±5,24

Estatura (cm) 161,50 190,00 174,70±6,26 148,30 176,90 162,72±6,14

Massa corporal (kg) 53,50 99,30 72,21±9,85 40,30 92,20 60,49±12,86

IMC (kg/m2) 19,00 34,00 23,72 16,00 36,10 22,70±4,04

Massa gorda 2,32 33,00 10,10±6,07 1,73 38,98 15,07±8,39

Massa magra (kg) 41,24 77,94 62,92 34,57 77,94 62,16±7,06

Percentual de gordura 3,92 33,23 13,41±6,58 2,85 42,28 23,31±8,59

FCmáx de esforço (bpm) 155 209 190,97±10,04 160 206 187,64±9,69

Grupo 2 (validação) Homens (n=56) Mulheres (n=48)

Mín Máx Média±DP Mín Máx Média±DP

Idade (anos) 17 45 26,11±6,62 18 36 24,21±5,66

Estatura (cm) 163,00 190,00 175,02 148,60 174,5 161,73±9,71

Massa corporal (kg) 55,70 96,00 75,11±9,70 45,90 91,60 59,79±9,71

IMC (kg/m2) 18,8 32,4 24,52±2,88 18,4 36,1 22,83±3,43

Massa gorda (kg) 2,61 29,02 10,90±5,67 4,20 32,06 15,12±5,74

Massa magra (kg) 50,10 81,44 64,23±6,76 35,18 62,69 44,63±5,61

Percentual de gordura 9,11 38,03 24,71±6,15 4,10 33,54 13,99±5,88

(58)

8 ' 29 . " G' ' ! ! "#

' @ + 8 ' % H 8 ! B C 5IF

Equações

Modelo 1 VO2máx= 25.04 + (sexo x 2,68) + (Ap.física x 10,00) – (IMC x 0,27)

Modelo 2 VO2máx= 23,01 + (sexo x 2,25) + (Ap.física x 10,07) – (M.C x 0,08)

VO2máx = consumo máximo de oxigênio; Sexo (1 = mulheres; 2 Homens); %G = percentual

de gordura estimado pelo protocolo de três dobras de Jackson & Pollock (1978 e 1980)7; FC r

= freqüência cardíaca de repouso; M.C = massa corporal; FCmáx = Freqüência cardíaca

máxima estimada pela equação 208 – (0,7 x idade).

8 ' 59 3 ' ? J B ,F ! ! "# B3 2 !F

8 " ? H ' H ' H

' @ + 8 ' %

Grupo 1 (controle) Homens (n=81) Mulheres (n=58)

Mín Máx Média±DP Mín Máx Média±DP

VO2máx(ml/kg.min(1) 32,4 76,0 54,36±10,06 18.7 59,5 40,21±9,09

Modelo1(ml/kg.min(1) 31,90 65,27 54,36±9,40 27,97 61,35 40,21±8,50

Modelo2(ml/kg.min( 1

) 30,20 63,25 52,32±9,39 27,95 60,68 39,17±8,54

Grupo 2 (validação) Homens (n=56) Mulheres (n=48)

Mín Máx Média±DP Mín Máx Média±DP

VO2máx(ml/kg.min(1) 34,4 66,7 52,63±7,73 24,7 53,6 39,44±6,99

Modelo1(ml/kg.min( 1

) 32,98 65,32 54,85±8,27 27,97 52,54 40,31±7,51

(59)

ARTIGO 2 ( ' ' !

! "# ' ' ' 1

Periódico: Revista Brasileira de Medicina do Esporte.2007.

.-. 3 43 (. . ( .4 - ,& & & .- (& 3& - ( (K6 ( .

6 7L ,.4 4 ( & 3. 4& M

& " $+ " '

Fernando Policarpo Barbosa1,4; Rogério Peters4; Paula Roquetti Fernandes2,4; José

Fernandes Filho3,4; Maria Irany Knackfuss1.

1Laboratório de Biociências da Motricidade Humana –LABIMH da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte – UFRN.

2

Universidade UNIGRANRIO.

3Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

4

Centro de Excelência de Avaliação Física – CEAF.

Endereço para correspondência9 Laboratório de Biociências da Motricidade Humana –

LABIMH, Departamento de Educação Física, Campus Universitário ( Br 101 s/nº, Lagoa

Nova; Natal – RN; CEP 59072970 e(mail:fpolicarpo@uol.com.br

(60)

.- (

O presente estudo tem por objetivo desenvolver e validar modelos de estimativa do

consumo máximo de oxigênio (VO2máx), tendo como instrumento as respostas ventilatórias

obtidas em teste de esforço cardiorrespiratório. Foram selecionados 181 voluntários que, em

seguida, foram randomizados em dois grupos: grupo de regressão (GR; n = 122), com 68

mulheres e 54 homens com 24,7±6,0 e 21,5±3,9 anos, respectivamente, e o grupo de

validação cruzada (GV), com 29 mulheres com idade média de 23,8±4,7 anos e 30 homens

com 23,1±4,4 anos. Os voluntários foram submetidos a teste cardiopulmonar em esteira

rolante com velocidade inicial de 4 km/h e incremento de 1 km/h a cada minuto, até a fadiga,

visando determinar o limiar ventilatório II (LVII) e o VO2máx de pico. Para o desenvolvimento

dos modelos matemáticos, utilizou(se a regressão linear múltipla, como validação pelo

método e pela validação cruzada. A comparação dos resultados foi pela análise de

variância ANOVA com Post Hoc de Tukey. O VO2máx médio para as mulheres do

GV foi de 36,4±7,0 ml/kg.min(1 e para os homens 56,4±8.8 ml/kg.min(1. Os valores médios

para o VO2máx GR foi de 39,9±6,9 ml/kg.min (1

para as mulheres e de 56,4±8,8 ml/kg.min(1

para os homens. Os modelos desenvolvidos para a estimativa do VO2máxnão apresentaram

diferenças significativas (p>0,05) quando comparados aos valores médios para o GV, assim

como, para o GR. Conclui(se que os modelos matemáticos desenvolvidos pela regressão

linear múltipla permitem estimar o VO2máxde indivíduos jovens e hígidos, tendo como ponto

de referência o LVII.

(61)

.3.4 ,(. ) ( .4- ) .- (& 7 O. (&6 ( ( 6P7.

- (, 0P O. 3. 4& P O .-O 4

&0- &

The objective of this study was to develop and to validate models for estimating the

maximum oxygen consumption (VO2max), using the ventilatory responses obtained in

cardiorespiratory effort test, as instrument. 181 volunteers were selected and randomized in

two groups: the regression group (GR.; n = 122), with 68 women and 54 men with 24,7±6,0

and 21,5±3,9 years old, respectively, and the cross(validation group (GV), with 29 women

with average age of 23.8±4.7 years old and 30 men with 23.1±4.4 years old. The volunteers

were submitted to a cardiopulmonary test in treadmill with initial speed of 4 km/h, and

increment of 1 km/h to each minute, until reaching fatigue, aiming to determine the

ventilatory threshold II (LVII) and the VO2maxpeak. We used the multiple linear regression as

a validation by the stepwise method and by the cross(validation. The comparison of the

results was made by the analysis of variance ANOVA One(Way with Tukey Post Hoc. The

average VO2max for the women of the GV was 36.4±7.0 ml/kg.min(1 and for the men

56.4±8.8 ml/kg.min(1. The average values for the VO2max in the GR were of 39.9±6.9

ml/kg.min(1 for women, and 56.4±8.8 ml/kg.min(1 for men. The models developed for

estimating the VO2max did not present significant differences (p>0.05) compared to the

average values for the GV, as well as for the GR. In conclusion, the mathematical models

developed by the multiple linear regression allow to estimate the VO2max of young and

healthy individuals, with the LVII as a starting point.

(62)

A aptidão cardiorrepiratória é considerada como um dos componentes

relacionados à saúde que permite estabelecer prognósticos, tanto para a performance

aeróbica como para a morbidade1, 2. Sua avaliação permite a tomada de decisões quanto às

intensidades na periodização do treinamento aeróbico3, 4. No entanto, a mensuração do

consumo máximo de oxigênio (VO2máx) de maneira indireta, pode ser considerada limitada

quando o objetivo do teste é a obtenção de dados para a tais fins, seja em esteira rolante ou

em cicloergômetro, em razão de tenderem a subestimar o VO2máx 5,6,7. A solução para esse

problema seria a mensuração pelo método direto, que permite a análise das trocas gasosas,

no entanto, esse método apresenta uma série de empecilhos tais como custos elevados e a

necessidade de pessoal qualificado6, o que inviabiliza sua aplicação em alguns centros.

Buscando atender a um nicho de mercado, foram disponibilizados

equipamentos de menor complexidade para a mensuração dos volumes ventilatórios, mas

que ainda necessitam de profissionais devidamente qualificados. Esses equipamentos têm

fundamentação no conceito do limiar ventilatório descrito por Wassermann et al8, permitindo

ao profissional optar por este critério para a determinação de interrupção ou não do teste

submáximo ao invés da utilização do percentual da freqüência cardíaca máxima estimada, já

que indivíduos sedentários freqüentemente têm o limiar ventilatório II (LVII) inferior a 80% do

VO2máx6. Com a utilização do LVII como critério para a interrupção do teste, diminui(se a

margem de erro, ou seja, de subestimar a capacidade aeróbica do avaliado. Também ocorre

um ganho em segurança evitando testes máximos. Porém, se este ponto for utilizado para

cálculo do VO2máx, continuaremos a subestimar a aptidão física do avaliado. Sendo assim,

surge a necessidade de um modelo matemático que permita estimar o VO2máx para a

população brasileira, tendo como critérios as variáveis relacionadas com o LVII. Desta feita,

o presente estudo tem por objetivo desenvolver e validar modelos matemáticos de

estimativa do VO2máx para indivíduos jovens e hígidos tendo como critério a análise das

(63)

(& A &- (A -9

A amostra foi constituída por 181 voluntários saudáveis de ambos os

sexos (mulheres = 96 e homens 85) com idade entre 17 e 36 anos, que foram randomizados

em dois grupos GR = grupo regressão (mulheres = 68 e homens = 54) e GV = grupo de

validação cruzada (mulheres = 29 e homens = 30). Todos foram informados e esclarecidos

sobre os objetivos do estudo, assim como dos possíveis riscos e benefícios envolvidos e,

em seguida, foram convidados a assinar o termo de consentimento livre esclarecido. Após a

assinatura, todos os voluntários foram submetidos ao eletrocardiograma de repouso (ECG)

pelo equipamento (Marquette Hellige ©, Medical Systems; modelo: CardioSmart, versão 3.0

CS(MI) seguido de exame clínico, visando verificar possíveis alterações que impedissem a

realização do teste de esforço. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da

Universidade Católica de Brasília – UCB, protocolo 045/2005, em conformidade com a

resolução 196/96.

Após a liberação do médico, os voluntários foram submetidos à

avaliação antropométrica da massa corporal por meio de balança digital (Filizola – Brasil)

com a acuidade de 100g. A estatura foi mensurada pelo estadiômetro (Country Technology

INC, Gays Mills, Wl; modelo 67034) com escala em centímetros. A composição corporal foi

determinada por meio do método de dobras cutâneas, para tanto, foi utilizado o compasso

(Lange® ( USA). O protocolo empregado para estimativa do percentual de gordura corporal

foi o de Jackson e Pollock e de Jackson et al9de três dobras, para homens e para mulheres,

respectivamente.

Em seguida, os voluntários foram submetidos ao teste de esforço

cardiopulmonar em esteira rolante da (Inbramed, modelo Super(ATL® do Brasil). Com

análise direta das trocas ventilatórias por meio do analisador de gases VO2000 (Aerosport

Medgraphics – USA), as coletas e análises dos gases expirados foram realizadas no

intervalo de tempo de 20 segundos. Antes dos testes, o analisador foi devidamente

calibrado, conforme especificação do fabricante, com um gás composto de 17% de oxigênio,

(64)

rampa, com velocidade inicial de 4 km/h para uma inclinação igual 0% e com velocidade

final de 16 km/h para uma inclinação igual a 6,5% ( o incremento na velocidade foi de 1

Km/h a cada minuto. Para o monitoramento da freqüência cardíaca, foi utilizado o

eletrocardiograma da (Micromed® ( Brasil), para tanto foi utilizada a derivação CM5 em um

canal. A esteira rolante, o eletrocardiograma e o analisador de gases estavam acoplados e

controlados pelo sistema Ergo(PC Elite da (Micromed® ( Brasil).

O LVII foi determinado respeitando(se os seguintes critérios: a) aumento

abrupto da ventilação ≥ oito litros; b) aumento dos equivalentes ventilatórios de oxigênio

(VE/VO2) com queda ou estabilização dos equivalentes ventilatórios de gás carbônico

(VE/VCO2); e c) aumento e queda das frações expiradas de oxigênio (FeO2) e de gás

carbônico (FeCO2), respectivamente10,11.

Para o desenvolvimento e validação dos modelos matemáticos, foram

aplicados os seguintes tratamentos estatísticos: a) análise da distribuição dos dados pelo

; b) regressão linear múltipla pelo método (adotou(se

“ #$ % ” para a inclusão das variáveis independentes); c) teste de análise de

variância ANOVA com o " para comparação das possíveis

diferenças entre as médias do VO2máxmesuradas e calculadas pelos modelos matemáticos

desenvolvidos; d) correlação de Pearson; e f) análise dos escores individuais pelo método

de Bland & Altman 12, sendo o nível de significância adotado de . /"/0. Os resultados

serão apresentados utilizando(se a estatística de tendência central média e pela dispersão

(65)

.- 4 & -9

Os voluntários, quando argüidos sobre o estado de saúde no exame

clínico, não relataram problemas musculares, articulares ou quaisquer outros que

impedissem a participação no estudo. No exame eletrocardiográfico de repouso não foram

observadas anomalias no traçado, caracterizando um estado saudável. Os voluntários

apresentaram valores para o Índice de Massa Corporal (IMC) com uma variação de 16,0

kg/m2a 32 kg/m2, caracterizando uma heterogeneidade do grupo. O mesmo comportamento

é observado para o percentual de gordura que oscilou 4,1 a 27,2% nos homens e de 10,9 a

39,0% nas mulheres, demonstrando que no grupo encontram(se indivíduos ativos e

sedentários. A classificação pelo VO2máx confirma a heterogeneidade, já que o VO2máx do

grupo masculino encontra(se entre 36,9 a 72,2 ml/kg.min(1e o do grupo feminino de 18,7 a

55,5 ml/kg.min(1, tabela 1.

8 ' 9 $ ? $ %

Os resultados obtidos pela regressão linear múltipla, resultaram no

desenvolvimento de modelos matemáticos de estimativa do VO2máx, tendo o LVII como

variável de referência. As variáveis independentes que apresentaram coeficiente de

colinearidade significativo na determinação das retas pelo método para a predição

do VO2máx foram: ventilação no ponto de deflexão do limiar (VElim = 53,4±15,7 l/min);

freqüência cardíaca no ponto de deflexão do limiar (FClim = 172,6±13,5 bpm); velocidade no

ponto de deflexão do limiar (Velolim = 10,6±4,9 km/h); tempo do teste onde ocorreu o ponto

de deflexão do limiar (Tmplim= 6’50’’±1’97’’ min/seg); massa corporal (MC) em kg; índice de

massa corporal (IMC) em quilograma por metro quadrado (kg/m2); percentual de gordura

(%G); idade em anos; sexo (1 = feminino e 2 = masculino) e velocidade final do teste

(Velofinal = 12,5±2,2 km/h). As outras variáveis antropométricas e de esforço apresentaram

coeficiente de correlação igual a 1, sendo descartadas pelo método , e com o

Imagem

Tabela 1: Características antropométricas de indivíduos jovens saudáveis. G R (n = 122) G V (n = 59) Homens (n = 54) Mulheres(n = 68) Homens(n =30) Mulheres(n = 29) Idade (anos) 21,5±3,9 24,7±6,0 23,1±4,4 23,8±4,7 Estatura (cm) 175,2±6,2 162,6±6,8 175,0±6,
Tabela 2: Resultados Médios±DP do VO 2máx (ml/kg.min (1 ) obtido em teste de esforço
Tabela 3: Resultado para o VO 2máx (ml/kg.min (1 ) obtido em teste de esforço
Figura 1: Resultados dos escores residuais para a predição do VO 2máx pelo modelo matemático 9 de 122 voluntários saudáveis de ambos os sexos.

Referências

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