CURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
A
DIVERSIEICAÇÃO
COMO
ESTRATÉGIA
DE
CRESCIMENTO
DA
EMPRESA
EUGÊNIO RAULINO
KOERICH
S/A.
Monografia
submetida-
ao
Departamento
de
Ciências
Econômicas
para
obtenção de
carga horária
na
disciplinaCNM
5420
-Monografia.
-i
Por
:Andreia
PatriciaKeil
Koerich
Orientador
: Prof.José
Antônio Nicolau
`
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
A
banca examinadora
resolveu
atribuira
nota
É/O,a aluna
Andreia
PatriciaKeil
Koerich
na
disciplinaCNM
5420
-monografia,
pela
apresentação
deste
trabalho.' Prof.
Presidente
Banca
examinadora:
~`
E/\_/
IBanca
examinadora
:~^@
6-\/Ip¿;vl§%f'
/WI/Vl/*L Ê'gÁU`/7
Membro
Banca
examinadora
:w
,Ã
Prof.
Õ”
AGRADECIMENTOS
Aos meus
pais, pela dedicação dispensada ao longo deminha
vida.Ao
professor José Nicolau,meu
orientador, pela orientação destamonografia.
Ao
meu
maridoRonaldo
Koerich, pelo apoio e dedicação ao longo deste trabalho.A
todos aqueles que, deforma
diretaou
indireta, colaboraram na elaboraçãodo
presentetrabalho. ,
SUMÁRIO
Resumo
... .. viLista de anexos ... ..48
CAPÍTULO
1 -Introdução ... ..o11.1. Problemática ... ..01 1.2. Objetivos a) Objetivo Geral ... ..02 b) Objetivo Específico ... ..02 1.3.
Metodologia
... ..O3 1.4. Estruturado
trabalho ... .. O3CAPÍTULO
2 - Aspectos Teóricos sobre a Diversificação de Atividades ... .. O52.1.
A
diversificação segundo a teoria da organização industrial ... ..062.2. Diversificação e padrão de concorrência segundo Guimarães ... ..09
2.3.
O
crescimentoda
finna
e a diversificação segundo Penrose ... _. 132.4. Diversificação segundo Porter e
Ansoff
... .L ... _. 152.4.1. Posicionamento
da
firrna segundo a estratégia competitiva de Porter 152.4.2.
A
diversificação segundo Porter ... .. 162.4.3.
A
diversificação segundoAnsoff
... _. 192.5. Conclusão
do
capítulo ... ..21CAPÍTULO
3 - História Evolutivado
Grupo
Koerichem
Santa Catarina ... ..24CAPÍTULO
4 - Políticas, concorrência e a evoluçãodo
grupoconforme
a conjunturanacional e local ... ..í ... ..31
4.1. Política intema
do
grupo ... ..3l4.2. Política de recursos
humanos
... ..324.3.
fomecedores.
Política comercial ... ..33
4.3.1. Política comercial adotada pela empresa
com
relação aos seus... ..33
4.3.2. Política comercial adotada pela empresa
com
relação aos seusclientes ... ..34
4.4.Política financeira ... ..35
4.5. Conjuntura nacional e local, ambiente competitivo e atuação
do
grupo....394.5.1.
A
conjuntura nacional e a atuaçãodo
grupo ... ..394.5.2.
A
conjuntura local, ambiente competitivoe atuaçãodo
grupo ...~41CAPÍTULO
5 - Conclusão erecomendações
... . .46REFERÊNCIAS
BIBLIQGRÁFICAS.
... ..4sRESUMO
O
presente trabalhotem
como
objetivo descrever a trajetóriado
grupoEugênio
Raulino Koerich S.A. por se tratar deuma
empresaque
conseguiu setransformar
em
um
grandegrupo
catarinense,mesmo
diante das dificuldadesque
éadministrar
uma
empresa
no
Brasil, face a instabilidade que é a nossa- economia.O
trabalho adotacomo
base teórica, na área deeconomia
industrial, ascontribuições de Guimarães, Porter e Ansofi`, principalmente,
em
temas relacionados adiversificação de atividades
como
forma
de crescimento da firma, pois foi esta aestratégia
que
maismarcou
a trajetóriado
grupo.Este trabalho
também
apresenta a descriçãoda
história evolutivada
empresa, desde
como
esta surgiu até a sua posição atual.Foram
utilizados alguns dados,para enriquecer aspectos relevantes a sua posição na
economia
catarinense e nacional.As
motivaçõesque
levaram a empresa a utilizar a estratégia dediversificação foram: a capacidade de recursos extras para ampliação
em
novas áreas, ademanda
de mercado,em
todas as áreas de ingresso da empresa, estavamem
expansão etambém
para evitar os riscos e incertezas associados as flutuações da demanda.Além
da
diversificação das atividades, aempresa
também
utilizou-seda
diferenciação dos serviços e
o
enfoque deum
mercado
geográficocomo
estratégia decrescimento.
Também
foi feitauma
análise das políticas de recursoshumanos,
financeira e social adotadas pelos acionistas
do
gmpo,
no
decorrer de sua trajetória, paraatingir a posição atual, além de mostrar
como
foi aproveitada as oportunidadesdo
mercado
a cadamomento
no que
diz respeito ao ambienteeconômico
nacional e local.Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
Anexo
1-
2 _ 3 _4
_5-
6-
7-
3-
9-
10-
ll-l 2 _LISTA
DE
ANEXOS
Pesquisa Dirigida ... ..49Movimento
estatístico S.P.C.no
ano 1996 ... ..50Os
100 maiores grupos privados de Santa Catarinaem
1995 ... _. SlRelação Geral das empresas por
ordem
de ReceitaOperacional
no
setor de comércio varejistano
ano de 1984 ... .. 54_ ú
Relação geral das empresas por
ordem
do
ativo operacionalno
setordo
comércio varejistano
ano de 1984 ...-55
Relação geral das empresas por
ordem
do
Patrimônio Líquidono
setordo
comércio varejistano
ano de 1984 ... .. 56Relação geral das empresas por
ordem
de Capital SocialIntegralizado
no
setor de comércio varejistaem
1984
... .. 57Relação geral das empresas por
ordem
de Receita Operacionalna Região de Florianópolis
no
ano de 1984 ... ..58Relação geral das empresas por
ordem
de Patrimônio Líquidona região de Florianópolis
no
ano de1984
... ..59Relação geral das empresas por
ordem
denúmeros
deempregados
na região de Florianópolisem
1984
... ..6O1
Relação geral das empresas por
ordem
de Capital SocialIntegralizado na região de Florianópolis
em
1984 ... ..6lAs
10 maiores empresas privadas da região de FlorianópolisCAPÍTULO
1INTRODUÇÃO
1 . 1 .Problemática
O
comércio catarinense, segmento mais importantedo
setor terciário denosso estado,
tem
posição destacadano
conjunto da econornia, quer pelamovimentação
das utilidades e riquezas produzidas,
como
fator de desenvolvimento e progresso,com
repercussões sensíveis
na
área social, quer pela abundânciada
mão-de-obra alocada.Afastada a insipiência das técnicas, se assim poderiam ser chamadas,
adotadas
em
décadas passadas, o comércio modernizou-se, eem
seu conjunto,pode
hojepropiciar ao
consumidor
as maiores facilidades quanto aos seus desejos, condições enecessidades,
tomando-se mola
propulsora da produção dos bens de imediatoou
longoconsumo.
Nao
só nos grandes centros urbanos,como
também,
nasmenores
comunidades, hoje, percebe-se a existência de
uma
atividade comercial crescente, nãomais necessitando
o
deslocamentodo
consumidor, para a aquisição das utilidadesdemandadas, e muito menos, a procura nas grandes metrópoles nacionais, para
suprimento das nossas necessidades.
Contribuindo
com
parcela das mais expressivasna
renda estadual atravésda
tributação própria referente à circulação de mercadorias, é, por sua vezo
setorcomercial, aquele
que
pela sua variedade e diversificação,promove
a absorção de maiormão-de-obra, hoje destacado
no
aspecto social,em
razãodo
processo recessivo evidenteem
nosso país.Com
suas ramificaçõesno
setor de serviços,também
estratificados nasociedade
modema
e integrado ao setor comercial, é destacadamente importante suaparticipação na conjuntura de nosso estado, permitindo
um
crescimento sócio-econômico, de
forma
harmônica e progressista.Uma
empresa que
se destaca nesse setor é aEugênio
Raulino KoerichS/A
comércio e indústria.Com
seus40
anos de existência,o
grupo Koerich,que
começou
as sua atividadescom
um
pequeno
annazém
na Colônia Santana, hoje`
desponta
como
um
dos expoentesdo
comércio varejistaem
Santa Catarina.Vem
participando, portanto, ativamente
da
expansãodo
setor.A
atividade principalda empresa
é a comercialização de móveis eeletrodomésticos.
As
demais atividades desenvolvidas pela empresa compreende,uma
concessionária
da
Volkswagem,
a Koesa; a Koerich administradora de consórcios Ltda; aEmpreendimentos
Imobiliários Zita Ltda.,uma
loja de departamento, a Dular; aKimoto
Camping
e veículos Ltda. euma
participaçãona
KobrasolEmpreendimentos
imobiliários,
na
Macedo
Koerich Ltda. eno
Beiramar Shopping.Manter
sempreuma
boa
imagem
peranteo
público consumidor éuma
preocupação constante das
Empresas
Koerich, pode-se dizerque
a razão prioritáriada
empresa
é fazercom
quem
a ela se dirijam sejam semprebem
atendidos,mantendo
portanto,
um
antigo Sloganque
éo de
servir melhor para servir sempre.Nesse
contexto, é relevanteque
se identifique a trajetória e as políticas decrescimento
de que
se valeuo
grupo Koerich para atingir a posição atual.As
questões principaisque
motivaram esse trabalho são as seguintes:Por
que o grupo
Koerichbuscou
a diversificação e não a expansão, talvez a nível nacional,de apenas
uma
de
sua atividades,como
por exemplo, a de merceafias e supermercados,como
forma
de competir e crescer?Como
foi travada amudança
paranovos ramos
deatividade?
O
que
fez aempresa
para sobreviverem
um
ambiente cada vez maiscompetitivo?
1 .2.0bjetivos
a) Objetivo Geral
Descrever a trajetória de crescimento das Organizações Koerich. «
b) Objetivos específicos
* Descrever
o
surgimento e evoluçãoda
empresaEugênio
RaulinoKoerich
Comércio
e indústria;* Identificar elementos explicativos para a trajetória de crescimento
1. 3.Metodolog1'a
O
primeiro objetivo,ou
seja, a análise específicado grupo
Koerich foirealizada observando-se
o
históricodo
mesmo
e sua peculiaridades, através de artigos dejomais e revistas e da pesquisa direta (aplicação de questionário) (ver anexo l).
Para constituição de
um
arcabouço teórico, a pesquisa tevecomo
referencial, os conceitos sobre estratégia de crescimento, diversificação, diferenciação e
estrutura
de
mercado, envolvendo, os seguintes autores: Guimarães, Penrose, Porter,Ansoff
e Britto.Os
estudosde Guimarães
e Porterforam
as fontes utilizadas para o estudode estrutura
de
mercado. 'Buscou-se atingir
o
segundo objetivo, percorrendo o tempo, paraidentificar quais
foram
as estratégias e as políticas de crescimento adotadas pelaempresa
durante a sua trajetória e investigou-se paralelamente os condicionantes
que
em
cadamomento
poderiam
ter influenciadoo
quadro objeto de estudo a adotar determinadatrajetória de crescimento.
1.4.Estrutura
do
trabalhoO
trabalho écomposto
de cinco capítulos sendoque o
primeiro capítulofoi destinado à introdução.
O
segundo capítulo é reservado ao referencial teón`coque
envolveo
tema.O
terceiro capítulo éuma
descrição da história evolutivada
empresa,desde
como
esta surgiu até a sua situação atual.Passou-se então,
no
quarto capítulo, para a descrição e análise daspolíticas de crescimento, adotadas pelos diretores da empresa durante a sua trajetória,
este capitulo
também
irá mostrarcomo
foram aproveitadas as oportunidadesdo
por
fim
será feitauma
análisedo
grupo segundo a classificação das estruturas demercado
deGuimarães
e Porter, mencionadasno
corpo teóricodo
trabalho.E, finalmente, teremos
o
quinto capítuloque
é a conclusãodo
trabalho.Seguem-se, posteriormente, alguns anexos para enriquecer aspectos relevantes a situação
CAPÍTULO
2AsPEcTos TEÓR1cos SOBRE
A
DIVERSIFICAÇÃD
DE
ATIVIDADES
A
forte concorrência existente entre as empresas da atualidade fazcom
que
estas estejamem uma
constante busca de novas formas de competir e crescer parasobreviverem
no mercado
.Na
buscado
constante crescimento as empresasadotam
estratégias.A
estratégia adotada por
uma
empresa éuma
combinação
dos objetivosque
a empresabusca e dos meios pelos quais ela procura alcançá-los. Através
da
estratégia a empresairá procurar se posicionar
da
melhor maneira dentrodo mercado
em
que
atua.A
estratégia adotada por
uma
empresa
pode
ser a diversificação, a diferenciação, aexpansão
da
capacidade entre outras.O
conteúdo deste trabalho irá enfocar a diversificação enquantoinstrumento viabilizador
do
crescimento da finna.Muitos
autores acreditam ser adiversificação
uma
políticaadequada
para afinna
em
crescimento,uma
vez queuma
firma
diversificada apresentauma
maior flexibilidade frente as flutuações cíclicasou
sazonais da
demanda
e aameaça da
entrada denovos
concorrentes, diminuindo os riscose incertezas associados à operação
em
um
únicomercado da
firma
especializada.Dentro
desse contexto pretende-se fazeruma
pequena abordagem
sobreos trabalhos de Penrose, Guimarães, Porter e
Ansoff
relacionados ao processo dediversificação
como
forma
de superar a restrição imposta pelo ritmo de crescimento deseu
mercado
corrente.Deve-se ressaltar que, ao se estudar as diferentes abordagens acerca
do
processo de diversificação, verificou-se
que
estas são mais voltadas para acompreensão
dos padrões competitivos voltados para o setor industrial.
Dessa
forma,o
presentetrabalho, buscará ,
sempre que
possível, identificar variáveis causais decomportamento
2. 1 .A diversificação segundo a teoria
da
organização industrialA
teoria da organização industriall, encontradaem
autorescomo
Penrose,Marris e Guimarães, desenvolve a sua
abordagem no
processo de crescimento da firma,suas características e seus limites, partindo
do
pressuposto deque
afirma
teráque
reinvestir produtivamente os lucros gerados .
“Nesse processo, a
fimia
se esforça continuamente para encontrar escoadourospara sua produção potencial, de forma a realizar o potencial de crescimento
definido a partir do montante de lucros que ela dispõe para investir “. ( Brito,
1991, p.11) -
Segundo
essa teoria, afirma
é dotada deuma
estrutura administrativacomplexa
enão homogênea,
diversificada, por estar presenteem
váriosmercados
ediversificante, capaz de se expandir para novas atividades, de acordo
com
as perspectivasde realização
do
seu potencial de acumulação nosmercados
de origem ecom
arentabilidade esperada
em
novas áreas de atuação.A
teoriatem
como
objetivo identificaras direções possiveis
que
afirma
pode
tomar.Esta
abordagem
diverge da teoria marginalista tradicionalquando
estacoloca a firrna apenas
como
uma
definidora de preços e quantidades de equilíbrio,como
salienta Possas
na
obra de Penrose, afirma
Y“deixa de ser
uma
unidade decisória de preços e produção, representadaconvenientemente por curvas estáticas de receitas e de custos, para ser tuna
imidade autônoma de planejamento administrativo; cujas atividades estão
relacionadas e coordenadas”. (1985, p. 71)
Com
basena
dimensão e orientação dos gastoscom
desenvolvimento,Marris (1971)
define
dois tipos de firma:a) Firmas imanentes-
que não
atribuem maior importância às atividades dedesenvolvimento; para esse tipo de
firma
as possibilidades decrescimento apresentam-se limitadas pelo crescimento
autônomo
dademanda
nosmercados
em
que ela se contentaem
atuar.1
Utiliza-se
a
palavra teorianessa expressão
para
finsde
destaques, porém,
ainda
não
existeum
corpo
teóricoconsolodado
e sim
uma
sériede
fragmentos
b) Firmas transcendentes-
atuam no
sentido de criar suas própriascondiçoes de expansão e crescer acima
do
ritmo de seusmercados
correntes.
Existem quatro direções possíveis ao processo de diversificação (Brito,
1991 p 57)
a) Diversificação horizontal - corresponde à introdução de produtos que
de
alguma
forma, estejam relacionados aos produtos originaisda
firma
em
termosdo mercado
atingido, eque possam
ser vendidos atravésdos canais
de
distribuição já estabelecidosou
a partir da extensão dosmesmos.
Essa direção corresponde auma
ampliação natural da áreade
especialização de empresa, seja
no que
diz respeito à base tecnológica,seja
no que
diz respeito à área de comercialização, deforma
a propiciara entrada
em
novos
ramos
de atividade.b Diversificação vertical - nesse caso a
firma
em
questãoassume
ocontrole sobre os diferentes estágios (ou etapas) associados à
progressiva transformação de insumos
em
produtos finais colocadosjunto ao
mercado
consumidor.As
firmas buscam
a integração pormaior segurança nas relações de mercado, maior eficiência nessas
relações e maior poder de mercado.
c) Diversificação concêntrica - esse tipo de diversificação envolve
justamente a identificação dos níveis de sinergia entre as atividades
originais
da
firma
e oportunidades potencialmente rentáveis, níveisesses associados a fatores mercadológicos, tecnológicos
ou
a ambos.A
diversificação concêntrica
pouco
se diferencia das estratégias dediversificação horizontal, envolvendo apenas
um
maior afastamentoem
relação a área de especialização da firrna
em
questão,ou
seja,o que
ad) Diversificação
em
conglomerado
- a esse tipo de estratégiapodem
seassociar
firmas
diversificantescom
caracteristicas e lógicas decomportamento
distintas entre si.É
tão fraco os níveisde
sinergia entreas atividades
da
firma
que
esta poderia ser vistacomo
um
conjunto deatividades
não
correlacionadas entre si. Essa falta de sinergiapode
acarretar problemas para a consolidação
do
nível de competência dafirma
nos diferentesmercados
em
que atua.f `
-Esse último tipo de estratégia
pode
serum
ótimomeio da
firma
elevar asua lucratividade e flexibilidade operacional , através
da
sua entradaem
indústriascom
um
maior potencialque
o de suas atividades originais.É
provávelque
a ampliaçãodo
tamanho da
firrna, a partirda
diversificaçãoem
conglomerado,tome
possível a ela terum
acesso privilegiado aomercado
de capitais e ao sistema de crédito,o que
lhepermitiria alavancar seu crescimento e dar continuidade ao processo de diversificação.
Pode-se dizer
que
os elementos impulsionadoresdo
processo dediversificação estão,
de
alguma
forma, presentesno
interior da própria firma, seja através~
da experiência acumulada, seja através de sua área de especializaçao,
ou
ainda dosserviços ociosos
que
mantém
disponíveis.No
entanto,também
existem condicionantesdo
processo de diversificaçãoque
estão relacionadascom
a estrutura demercado na
quala
firma
está inserida (Brito, 1991, p.41):a) Diversificação reativa
ou
preventiva,que
refere-se ao esgotamentoda
demanda
nosmercados
correntes da firma, podendo-se dizerque
adiversificação neste caso não é vista apenas
como
forma
dafirma
crescer,
mas
étambém
um
condicionante da sobrevivênciada
firma;b) Diversificação induzida
que
diz respeito a produção denovos
produtosque de alguma forma complementassem
as necessidades satisfeitaspelos já produzidos, de forma a se aproveitar e reforçar a clientela
da
firma
diversificada;c) Diversificação
autônoma
nesse caso o processo de diversificaçãoocorrendo a possibilidade de entrada
em
indústrias tecnológicasou
mercadologicamente promissoras,
mesmo
que
essasnão
secoadunem
perfeitamente
com
a área de especialização eo
padrão de competiçãodas atividades originais da firrna.
A
finna,segundo
este modelo, possuiuma
taxa de crescimento ótima, queestá sujeita a duas restrições básicas:
a) Esta primeira está relacionada a capacidade da equipe gerencial
envolvida expandir
não
apenas a oferta de seus produtoscomo
também
a
demanda
pelos seus produtos; ›b)
A
segunda seria a restrição financeira, imposta pelo desejo desegurança
da
gerência.2.2. Diversificação e padrão de concorrência segundo Guimarães
Guimarães
(1982) analisa a indústriacomo
um
todo, objetivandoexaminar os padrões
de
competiçãoem
diferentes estruturas industriais.É
importante,inicialmente definir os conceitos
de
firma, indústria e mercado, antes de caracterizar asestruturas de mercado.
Define
afinna
como
um
“locus“de acumulação de capital, e conceituamercado
como
sendo ademanda
porum
grupo de mercadorias substitutas próximasentre si.
Segundo
ele, a indústria se constituinum
grupo defirmas
engajadas na~
produçao
de produtos e mercadorias substitutas próximas, fomecidas ao mercado.Introduzidas as definições de
mercado
e indústria, cabe distinguir duasformas de
modificações da
lista de produtos deuma
firma.A
primeira forma édenominada
de diferenciação de produto e“corresponde à introdução
em
sua linha de produtos deuma
nova mercadoria queé substituta próxima de alguma outra previamente produzida pela
fimra
e queportanto, será vendida
em
um
dos mercados por ela supridos” (Guimarães,1982, p.36).
/
A
empresa que
se utiliza da estratégia de diferenciaçãonão
ignora custos,como
forma
de disputaruma
maior participaçãono
total das vendasdo
grupo, incorreparalelamente
num
aumento
dos custos de venda.As
empresas de maior porte são as quemais se
valem
dessa política, pois asfirmas
marginais sãomenos
capacitadas para fazerfrente a ações desta natureza.
“A
segunda maneira de modificar a linha de produtos dafirma
corresponde àinclusão de
uma
mercadoria que será vendidaem
um
mercadono
qual afirma
ainda não participa. Esse movimento, pelo qual a
fimia
vai além de seu mercadocorrente para investir
em uma
nova indústria, constituiuma
diversificação dasatividades da firma”. (Guimarães, 1982, p.37)
É
relevante salientarque
todoo
estudo de Guimarães é praticamentevoltado para a
compreensão
dos padrões competitivos industriais.O
autor considera as seguintes formas de competição: competição porpreço, por diferenciação de produto e através de diversificação.
Pode-se dizer
que
a trajetória de crescimento dafirma
está limitada aocrescimento
do
mercado. Destaforma
passaremos a analisar as tipologias demercado
existentes
segundo Guimarães
( indústria competitivahomogênea,
indústria competitivadiferenciada, oligopólio
homogêneo,
oligopólio diferenciado) (Guimarães, 1982, p.52) eposteriormente,
no
capítulo 4, será definido qual deles melhor representa os diversossegmentos
do grupo
Koerich.a)
Indústria competitivahomogênea
Uma
indústria competitivahomogênea
caracteriza-se por: não existênciade barreiras à entrada de
pequenos
produtores; produtohomogêneo;
margem
de lucropequena,
uma
vezque
muitas empresascompetem; firmas
marginaisrespondem
poruma
parcela significativa de
mercado
epossuem
uma
taxa de lucro quase nula; existência deum
grandenúmero
de firrnas e a livre mobilidade destas; competição exclusivamente porpreço.
Como
as variações dos preçoscausam
flutuações imediatas nademanda,
pode-seassegurar
o
equilíbrio a longo prazo entre a expansão da capacidade produtiva eo
b ) Indústria competitiva diferenciada
Esta indústria caracteriza-se pela existência de competição por preço e
por diferenciação
do
produto.A
estratégia dasfirmas
maiores se dá pelo corte depreços,
aumento
do
esforço devenda
e diferenciaçãodo
produto.Quando
ademanda
émaior
do que o
potencial de crescimento ocorreum
aumento de
preços e,conseqüentemente,
um
aumento
da taxa de lucro e, posteriormente,no número
defirmas.
A
pesquisa eo
desenvolvimento por parte das grandesfirmas
gera possívelaumento da
suademanda
em
detrimento dos concorrentesmenos
capacitados aacompanharem
o
processo de diferenciação.As
indústrias competitivasnão
sãocompelidas a diversificar (ingressar
em
novos
mercados) visto quetêm
a possibilidadede realizar
o
seu potencial de crescimento dentrodo
seu próprio setor. Isto porque éimprovável
que o
potencial de crescimento da indústria exceda sistematicamente o ritmode expansão
da demanda.
No
entanto, se este fato ocorrer, haveráuma
diminuição dospreços dos produtos e
do
número
de empresas, além deuma
redução da taxa de lucro.Assim, as indústrias competitivas somente diversificam seus produtos e/ou
atividades, diante
da
perspectiva de obtenção de lucros mais elevados.c) Oligopólio
homogêneo
No
oligopóliohomogêneo
não existe competição por preçonem
pordiferenciação
de
produtos; existem barreiras à entrada de pequenas indústrias enão há
livre mobilidade.
Se
o
aumento da
demanda
for maiordo que
o seu potencial decrescimento, as
firmas
transferem recursos de outros mercados, para nãoperderem
a suaposição.
No
entanto, seo
potencial de crescimento for maiordo que
a expansão dademanda,
haverá transferência de recursos para outros mercados.d)
Oliggpólio diferenciadoExiste competição por diferenciação
do
produto e por diversificação. Essetipo de indústria
da
muita importância à pesquisa e desenvolvimentocomo
fonna
degarantir a sua participação
no
mercado.Além
disso existem barreiras à entrada deexpansão
da demanda,
afirma
aumentará os seus gastoscom P
&
D,
para desta formaaumentar a sua
demanda
e a sua participaçãono
mercado.Para
Guimarães
(1982),o ritmode
expansão dademanda
no mercado
corrente
da
firma
pode
ser insuficiente para permitir a realizaçãodo
seu potencial decrescimento,
de forma que
estatem que
lutar constantemente por escoadouros para suaacumulação
interna.A
finna
pode
superar este limite de três formas: através daaceleração
da
taxa de expansão de seumercado
corrente,do aumento
de suaparticipação
em
talmercado
eda
modificação
de sua linha de produtos e conseqüenteampliação
do
seumercado
corrente. Esse movimento, pelo qual afirma
vai além de seumercado
corrente, para investirem
uma
nova
indústria, constituiuma
diversificação dasatividades
da
firma.Para
o
referido autor o processo de diversificação deve suprir duascondições fiindamentais: a realização
da
produção aum
custo competitivono novo
mercado, e a superação das preferências dos consumidores nesse
mercado
por produtose
firmas
preexistentes.Em
princípio, »firmas
diversificadas, atuando simultaneamenteem
mercados
competitivos e oligopolistas,podem
sempre realizar seu potencial decrescimento, transferindo
o
excesso defimdos
gerado nas indústrias oligopolistas parasuas quase-finnas
em
indústrias competitivas. Entretanto, pode-se dizerque
o processode crescimento da firma via diversificação, é mais
comum
nos oligopólios,uma
vez quepara crescer, as
firmas
competitivasnão
precisam ir além de seumercado
corrente.Para o autor, ao se analisar o processo de diversificação de
uma
firma,toma-se relevante,
também,
estudar a história passada desta,uma
vezque
asexperiências passadas condicionam
o
padrão e a direção de sua diversificação futura.Deve-se
também
considerar que a taxa deretomo
esperadano novo
investimento sejatambém
um
importante fator que leve afimia
a se diversificar.A
fusãopode
seruma
estratégia de crescimento bastante atrativa para asorganizações
que tem
uma
certa urgênciaem
se expandir.A
fusão permite afinna
adquirente
uma
forma
lucrativa de diversificação (economias de escala,complementaridade, velocidade de concorrência, monopólio, poder de
mercado
entreoutros).
As
estratégias baseadasem
fusõesou
aquisições denomina-se genericamente“crescimento extemo”,
que
também
podem
ser direcionadas para a elevaçãodo
“marketSegundo
o referido autor, existem dois tipos de fiisão:a)
A
fusão interna -que
corresponde à aquisição de outro produtorem
uma
das indústriasem
que afirma
já opera e cujo único objetivo épromover
a reduçãoou
evitarum
acréscimo da capacidade instaladada
indústria.
b)
A
fusão diversificante - que corresponde aoaumento da
basetecnológica e
da
área de comercialização da firma, além de dotá-la dequadros técnicos e de
uma
equipe gerencialcom
a especializaçãorequerida pela
nova
atividade.A
firma
diversificada devido ao fato de competirem
váriosmercados
tem
que
fazer face a diferentes grupos de competidoresem
cadaum
de seus mercados.2.3.0 crescimento
da
firma
e a diversificação segundoPemose
Para Penrose (1979) a
firma
éuma
entidadecomplexa
orientada para ocrescimento, e
não
apenasuma
definidora de preços e quantidades de equilíbrio.Segundo
ela a diversificação éuma
das principais características dasfirmas no
ramo
deindústria e comércio.
~ ~
As
decisoes operacionais diárias saotomadas
de maneira maisou
menos
automática pelos estratos inferiores
da
estrutura organizacional, se resguardando a altagerência algumas atividades chave,
como
a definiçãoda
própria estrutura administrativada
firma, as decisões financeiras e de investimento, a escolha de pessoal para altos postosde hierarquia e a orientação
do
planejamento a longo prazo da empresa.»
“A
diversificação da produçãocom
base nas assim chamadas imperfeições domercado, repousa amplamente na tendência para o declínio da lucratividade dos
mercados existentes, à medida que a produção se expande, no entanto, não é
apenas necessário que os mercados existentes se
tomem
menos lucrativosem
simesmos,
mas
apenas que setomem
relativamente menos lucrativos para qualquernovo investimento que a
firma
deseje realizar. Isto pode ocorrer devido aosurgimento de novas oportunidades de investimento,
como
em
razão do declíniodas velhas oportunidades, ou ainda, devido ao fato de que os mercados para os
produtos existentes não cresçam
com
suficiente rapidez, proporcionandocampo
que satisfaça a capacidade intema de crescimento da fimia.”
~
Penrose supoe
que
um
dos motores de crescimento dafirma
é a buscade
uma
maiormassa
de lucro capaz de ser reinvestida produtivamente, eque
isso geraum
certo” trade ofl` ” entre os interesses da
firma
enquanto entidade abstrata e o dosproprietários das ações
que
lhedão
sustentação, esses últimos interessadosem uma
política mais generosa de dividendos.
9
O
processode
crescimento da firma encontra dois limites, para a autora(Britto, 1991, p.l8).
O
primeiro limite estaria relacionado a fatoresextemos
à finna,no
que
diz respeito aosmercados
com
os quais ela se relaciona e as expectativas a elesassociadas.
No
entanto, esse limitenão
é aprofundado por Penrose,que
prefere atribuirmaior ênfase aos limites relacionados
com
os fatores intemos à finna, envolvendo acapacidade empresarial “vis-à-vis” os níveis de riscos e incerteza atribuídos às
expectativas
de
crescimento.A
presença de obstáculos associados a elementos de riscose incertezas se relaciona tanto à probabilidade de se sofrer perdas a partir
da tomada
dedecisões incorretas,
como
ao montante provável destas e a incerteza inerente amargem
de segurança utilizada
na
estimação das mesmas.No
que
diz respeito a diversificação induzida, Penrose faz a seguinteafirmação:
“essas são empresas solidamente estabelecidas, que possuem recursos diretivos
eficientes e
uma
estrutura administrativa razoavelmentebem
constituída, e quedesejam aumentar seus ganhos a
um
ritmo mais rápido do que pennitem osprodutos que ela elabora”. (1959, p. 160)
Sua
teoria ignora os efeitos da estrutura e condutado mercado
sobreo
processo
de
crescimento e destaca a capacidade gerencial de superar os obstáculosextemos
ao crescimentoda
firrna.Uma
deficiência de sua análise,que
é criticada por2.4.A diversificação
segundo
Porter e Ansoff2. 4.1.Posicionamento
da
firma
segundo a Estratégia competitiva de PorterPara Porter (1991), existem cinco forças competitivas
no
mercado, sãoelas:
ameaça
de novas empresasque
queiram entrarno mercado
(entrante potencial),rivalidade entre os concorrentes existentes
no
mercado,ameaça
de produtos substitutos,poder de barganha dos clientes e poder de barganha dos fomecedores. Desta forma,
pode-se concluir
que
a concorrênciaem
uma
indústrianão
está limitada aos participantesestabelecidos,
mas
depende
também
dos clientes, fomecedores, substitutos e entrantespotenciais. Para
o
referido autor, serão todas essas forçasem
conjuntoque
irãodetenninar a intensidade da concorrência na indústria, assim
como
a rentabilidade:“Uma
vez diagnosticadas as forças competitivas que afetam a concorrênciaem
uma
indústria e suas causas básicas, a empresa estáem
posição para identificarseus pontos fortes e fracos
em
relação à indústria. “ (Porter, 1991, p. 45)Três estratégias básicas
podem
ser utilizadasem
conjuntoou
sozinhas,para dar à
empresa
uma
defesa contra os seus concorrentes.São
elas, liderançado
custototal, diferenciação e enfoque.
Porter classificou a estratégia competitiva de cada tipo de indústria
em
~
funçao de três critérios:
-
o
grau de concentraçãoda
indústria;-
o
estado de maturidade;-
a exposição à concorrência intemacional.Desta forma, Porter (1991), classifica a estrutura de mercado,
em
cincomeios industriais genéricos:
a) Indústria fragmentada
Caracteriza-se pela existência de
um
grandenúmero
de empresas depequeno
emédio
porte, sendoque
nenhuma
delaspode
influenciar fortementeo
resultado da indústria, ausência de líderes de mercado; seu produto é
homogêneo
ou
bl Indústria emergentes
Estas indústrias são recentes e caracterizam-se por serem criadas através
de inovações tecnológicas, pelas alterações nas relações de custos relativos, pelo
surgimento de novas necessidades
ou
requerimento pela sociedade deum
novo
produtoou
serviços e pelanão
existência de regras parao
jogo de mercado.9) Indústria
em
transição para a maturidadeCaracteriza-se por
um
período de crescimento moderado, elevando aconcorrência por parcela
do
mercado.As
empresas estãovendendo
cada vez mais paracompradores
repetidos e experientes e passa-se a dar maior ênfase ao custo e ao serviço.As
dificuldadesde
obtenção denovos
produtos,o aumento
da concorrênciaintemacional, a
queda de
lucrosno
período, são fatoresque
marcam
as indústriasem
transição para a maturidade _
d) Indústrias
em
declínioSão
indústriasque
sofreramum
declínio absolutoem
vendas unitáriasno
decorrer
de
um
detenninado período,ou
seja, são indústriasque
quasenão
semodernizaram
ou não
tiveram inovações tecnológicas.e) Indústrias globais
~ ~
Sao
aquelas indústriasem
que as posiçoes estratégicas dos concorrentesem
mercados
nacionaisou
geográficos são fundamentalmente afetados pelas suasposições globais.
2. 4.
2.A
diversificação segundo PorterA
diversificaçãopode
ser vistacomo uma
mudança
estratégica, queenvolve
modificações no mix
de produtosou
serviços ofertados pelafinna
e/oumercados
para as quais osmesmos
se destinam. Essamudança, não
éum
eventoinstantâneo,
consumindo tempo
e esforço dafirma
e estando associado aum
custoUma
das causasdo
processo de diversificação está baseadano
fato deque
os objetivosda
firma
não
podem
ser alcançadosno
interiordo
escopo de produtos emercados
associados às sua atividades correntes.No
que
refere-se aos objetivos decurto e longo prazo
em
termos de rentabilidade, essa causaspodem
envolver a saturaçãodo
mercado,um
decréscimo generalizadoda
demanda, pressõesda
concorrência,ou
aobsolência
da
lir1ha de produtos, queacabam
por pressionar negativamente a taxa deretomo
sobre os investimento nas atividades correntes. Jáno que
se refere ao objetivo deflexibilidade, as causas
podem
estar associadas à existência deuma
parceladesproporcionalmente grande
do
faturamento total compreendido aum
único clienteou
com
um
mercado
muito limitado, à presença deuma
base tecnológica muito estreita,ou
ao afluxo de
novas tecnologiasno
âmbito das combinações de produtos emercados da
empresa.
A
firma
poderá ser induzida a se diversificarquando
osfluxos
de caixa retidosforem
superiores às exigências totais para a expansãoda
produçãoem
seusmercados
correntes. Parte-se da suposição
de que
a taxa deretomo
associada às aplicaçõescom
liquidez garantida ( títulos
do
govemo,
ações de primeira linha, etc...) é inferior a que sepode
ser obtida a partir dos investimentos produtivos associados à diversificação. Talhipótese,
depende
das expectativas empresariais,em
especial nos aspectos relacionados àaversão
ao
risco e à preferência pela liquidez desses agentes.Dentre a expansão
ou
a diversificação ,como
formas altemativas dealocar os recursos disponíveis para investimento
da
empresa, aadoção
deuma
posiçãomais favorável à diversificação dependerá
da
própria cultura empresarial e,em
particular,da maneira
como
a aversão ao risco é incorporada àmesma.
As
firmas
conservadorastendem
restringir a diversificação ao contexto de saturação dos seusmercados
correntes.Por
outro lado, asempresas
oportunistas tenderiam a considerar as várias razões para adiversificação
em
conjunto,o que
favoreceria a entradaem
novos
mercados.A
meta da
finna
é maximizar o lucrocom
o mínimo
risco, apesarda
incompatibilidade dessas posições. Para isso o economista necessita ter
uma
visão deáguia para poder enxergar as melhores oportunidades de investimento a longo prazo
sem,
no
entanto, desprezar a visãodo
loboque
enxerga as armadilhasdo
caminho,ou
seja, os problemas de liquidez a curto prazo que é
o
que leva as empresas a falência.Três perguntas básicas
devem
ser respondidas para traçannos os destinosOnde
estamos - oque somos?
Onde
queremos
chegar -o
que desejamos vir a ser?I
O
que
épreciso fazer para chegar lá?
A
definição deuma
estratégia de diversificação pela firma, envolve apercepção de elementos
que
lhe permitam obter vantagens sobre concorrentes efetivos epotenciais nos diversos
mercados
em
que
atua.Assim, a maioria das empresas de grandes dimensões tenderiam, para
Porter, a enfatizar crescentemente
um
movimento
de diversificação relacionada,em
que
se procura aproveitar
ao
máximo
as oportunidades oferecidas pelas inter-relações entreunidades,
como
forma
de elevar os níveis dedesempenho
da empresa.Nesse
sentido, seria necessárioque
fosse realizadoum
ajusteno
Portfóliode negócios detido por cada empresa,
no
sentido de expulsar as atividades que, devidoao nível insatisfatório de inter-relações
que
estabelecemcom
outros negócios maisrentáveis,
pouco
teriam a acrescentarem
termosdo desempenho da
empresacomo
um
todo. Esse
movimento
poderiapromover
a venda de determinadas unidades empresariaise a
montagem
deuma
estrutura mais enxuta, na qual as diferentes atividades da empresadiversificada,
mesmo
dotada de significativo grau de autonomia,têm
seudesempenho
fortalecido
com
baseno
efeito sinergético gerado a partir daquelas inter-relações.A
estratégia de diversificação deve ser explicitamente orientada para a busca de inter-
relações e de
uma
coordenação maisampla
entre as diferentes atividadescom
as quaisestá envolvida. Esse processo relaciona aquilo
que
Porterdenomina
“estratégiahorizontal “, compreendida
como
um
conjunto coordenado de metas e políticas entreunidades empresariais,
que
toma
a estratégia corporativaou do
grupo maisdo que
uma
soma
das estratégia das unidades empresariais individuais. Para Porter é essa estratégiahorizontal
que
forneceuma
base lógica convincente para a existência deuma
finna
diversificada,
na
existência de tal estratégiauma
firrna desse tipo se converteem
um
fundo
de
investimento geridos poruma
ótica particularizada, baseada apenas narentabilidade
que
pode
ser obtida a partir das diversas atividadestomadas
isoladamente.2. 4.
3.A
diversificação segundoAnsoff
Ansoíf
também
fazuma
crítica a microeconomia tradicional, poissegundo o
autor a teoriada
maximização de lucros é incapaz de explicar as complexasinterações
que
se estabelecem entre a firrna e seu ambiente competitivo,compreendendo
que
afirma
é algo maisdo que
uma
mera
alocadora de recursos.Propõe que
anoção
demaximização de
lucro seja substituída pela tentativa de se maximizar op retorno (ou arentabilidade) sobre
o
patrimôniono
longo prazo.As
várias altemativas de investimentosão analisadas
conforme
a sua contribuição para atingir os objetivos perseguidos, atravésdo
estabelecimentode
pisos e metas.Dessa forma
a implementação deuma
determinada estratégia implica napriorização
de
tais objetivos.A
estratégia é vista nessa concepção,como
um
processoou
um
meio
atravésdo
qual aempresa
busca atingirou
se aproximar nos diferentesmercados
em
que
já operaou
nosnovos mercados
para os quais se diversifica, dosobjetivos
ou
metas anteriormente formulados.A
estratégia empresarialpode
sercompreendida
como
a formulação deuma
respostada
firma
aum
ambiente dinâmico deincerteza,
que
implicaem
decisões específicas acerca da alocação dos recursosprodutivos, e
que
vai procurar superar algumas das deficiências damicroeconomia
tradicional.
Segundo Ansoff
a diversificaçãopode
ser vistacomo
uma
“mudança
estratégica” inserida dentro de estratégias empresariais (ou competitivas) mais amplas,
que procuram
posicionar afirma
dinamicamente frente à evoluçãodo
ambiente. Essaabordagem
procura identificar os vários elementos que induzem, condicionam esancionam os processos
de
diversificaçãono
interior das estratégias empresariais.“A
caracterização dafirma
nos modelos orientados a análise de estratégiasempresariais procura incorporar a complexidade inerente a sua estrutura intema,
que irá condicionar fortemente a definição dos seus objetivos e da própria
estratégia.” (Britto, 1991).
Ansoff,
propõe
um
aprofundamento da análise dosfenômenos
intemos àfirma,
o que
implicariana
realização deuma
espécie de “auto - crítica“pela unidadeempresarial.
O
objetivo desse diagnóstico intemo é identificar-se pontos fortes e fracosque
condicionam a inserçãoda
empresano
processo competitivoem
seusmercados
possibilidades de diversificação para
novos
mercados. Para Ansofl` o incremento dessesníveis de sinergia é extremamente importante pois:
“Uma
empresa que tem o cuidado de selecionar os seus produtos e mercados demaneira a otimizar o efeito tem maior flexibilidade na escolha de sua postura
competitiva. Pode conquistar
uma
parcela maior do mercadocom
preços mais baixos,pode optar por
um
investirnento maiorem
pesquisa e desenvolvimento do que seusconconmtes, ou pode maximizar seu retome sobre o investimento e atrair capital
para e›q:›ansão“ (1988, p.75.).
Para Ansoff, antes
da
finna
formular a sua estratégia, ela deve especificaras características de suas áreas fimcionais e confi^ontá-las a
um
quadro referencialque
especifique as habilidades e competências a
um
nível desejado dedesempenho
em
suasatividades correntes, permitindo desta
forma
a identificação de pontos fortes e fracos e acaracterização
do
perfil de potencialidades da firma, que expressa a sua competitividadeefetiva frente aos outros produtores
da
indústria.Por
outro lado,quando comparada
aum
quadro referencial associado auma
nova
oportunidade produtiva, ela permite aidentificação dos níveis de sinergia potencial entre as duas atividades,
que
poderiamapontar para a viabilidade
do
processo de diversificação.Quando
uma
firrna possui a perspectiva de se diversificar ela deve possuirtodo conhecimento necessário acerca
de
sua real capacitação econômico-tecnológica einformações sobre as perspectivas de evolução dos diferentes
mercados
para os quaispoderia orientar as suas atividades.
A
noção
de descobertaacompanha
todo o processode diversificação. Trata-se
da
utilizaçãodo
nível de capacitação previamenteacumulado
com
base para a definição denovos
produtosou
mercados.Existem três elementos, para Ansoff,
que
condicionam o processo dediversificação:
a)
A
sinergia, compreendidacomo
a afinidade entre as novasoportunidades e a
produção
corrente da firma, seja atravésdo
usocomum
de recursos e infira-estrutura, seja através dacomplementariedade entre os níveis de capacitação exigidos dos
produtores nessas atividades.
b)
A
concentração de esforçosda
finna
para identificação deoportunidades sobre áreas específicas.
c)
A
massa
crítica entendidacomo
o investimentomínimo
exigido pordeterminado
mercado
paraque
a entradano
mesmo
seja factível.Quando
comparado
com
as limitações de recursos da firma, essecritério
pode
levar a exclusão “a priori “de várias oportunidadespotencialmente interessantes.
As
várias oportunidades de diversificação são, por sua vez, avaliadascom
a)
o
atendimento aos objetivosda
empresa deuma
maneiramenos
dispendiosa;
b) a existência de
um
custo de entrada que seja razoávelem
vista doslucros futuros
que
a empresa será capaz de obterno novo
negócio;c) a possibilidade de aproveitamento de sinergias tanto a nível gerencial
quanto ao nível funcional;
d) a exigência de
um
investimentominimo
factível, dentro dos limites dosrecursos disponíveis a empresa a diversificação.
Quando
afirma
decide pela diversificação, ela deverá analisar as váriasoportunidades
com
baseem
quatro critérios filndamentais: objetivos a curto prazo,objetivos a longo prazo, flexibilidade e sinergia.
É
possívelque
se manifestem trade offsentre esses critérios,
como
em
situaçõesonde
a obtenção deum
maior crescimentopode
implicar
numa
menor
rentabilidade a curto prazo,ou
nas quaiso
aproveitamento deníveis de sinergia
pode comprometer
grande parte dos recursosda empresa
com
atividades relacionadas, limitando a sua flexibilidade operacional.
É
possivelque
a análiseseja refinada, através
da
atribuição de pesos e ponderações aos critériosque
permitirãoidentificar 'as atividades potencialmente mais interessantes para a diversificação.
A
dicotomiaque
se estabelece paraAnsoff
entre flexibilidade e sinergiaenquanto critérios orientadores
do
processo, se reflete na visualização das possibilidadese limites das estratégias de diversificação sinergística (ou concêntrica) e de diversificação
em
conglomerado.Os
defensores da diversificaçãoem
conglomerado, por exemplo,enfatizam
que
a diversificação sinergística freqüentemente limita aempresa
auma
tecnologia e a
um
ambiente econômico-sócio-políticocomum,
tomando-a
vulnerável asurpresas e descontinuidades.
Como
contra argumento, os defensores da diversificaçãosinergística enfatizam
que
os conglomeradospassam
por maiores dificuldadesdo que
asempresas sinergísticas
quando o
ambiente setoma
turbulento e a concorrência seintensifica.
Além
disso, osmesmos
teriamum
efeito negativoem
termosda
alocação derecursos para a sociedade,
na medida
em
que
não oferecem vantagens sinergísticasque
possam
se traduzirem
preços mais baixos eque
tende a isolar as unidadesque
oscompõem
das pressões da concorrência.2.5.Conclusão
do
capítuloAo
se estudaro
processo de diversificação das atividades sob diferentesdiversificação dentro
do
setor comercial, tendoem
vista que essesmodelos
foramformulados para o setor industrial.
A
firma
e a sua tentativa de crescer acimado
ritmo de expansão de seusmercados
correntes, é vistacomo
o
agente central responsável pelo processo dediversificação.
Nesse
caso a diversificação seria a solução encontrada pelafinna
parasuperar
o
conflito entre o potencial de acumulaçãoda
firma
em
seusmercados
correntese a taxa de crescimento das vendas nos
mesmos.
É
importante considerar queem
algunscasos a diversificação não é apenas
uma
forma
dafinna
crescer sendotambém
um
condicionante
da
própria sobrevivência da firma.Pode-se dizer
também
que o
crescimentoda
firma
está vinculado a suaprópria capacidade de financiar sua expansão e pela existência de
mercado
para suaprodução
corrente.Nesse
contexto,o
exame
da
natureza desses limites eda
possibilidade de superá-los deve ser colocado
no
centroda
análisedo
crescimento.Enquanto
paraGuimarães
a diversificação está relacionada ascaracterísticas das estruturas de
mercado
nas quais a empresa está inserida( principalmente
no que
diz respeito ao seu padrão de competição), vias-à-vis aquelasque vigoram
nas atividades potencialmente incorporáveisem
um
projeto dediversificação, Penrose ignora a estrutura e a conduta de
mercado
sobreo
processo dediversificação e
o
crescimento dafirma
e dá ênfase a capacidade gerencial a superar osobstáculos
extemos
ao crescimentoda
firma.As
principais direçõesque pode
assumiro
processo de diversificaçãoprodutiva são a diversificação horizontal, a integração vertical, a diversificação
em
conglomerado
e a diversificação concêntrica.Há
um
“ trade off “entre a taxa de diversificaçãoda
finna
e a taxa decrescimento das vendas nos
mercados
em
que ela opera, pois a diversificaçãocompromete
recursosda
empresacom
investimentos associados à entradaem
novos
mercados.
As
análises de Porter poderiam agregar-se as proposiçõesde Ansofl`
acerca
da
lógicaque
conduziria à formulação dos objetivos dafinna
como
os fins aserem alcançados e a estratégia
como
omeio
para atingi-los.Além
disso,ambas
asteorias
defendem
a posição deque
afirma
deva procurarum
movimento de
diversificação relacionada para desta
forma
elevar os níveis dedesempenho
da empresa.com
as demais atividadesda
firma
deveriam ser expulsas dos negócios e seria esta inter-relações das atividades
que
dariauma
base lógica para explicar a existência deuma
firma
diversificada. _
Todos
os autores citadosno
textofazem
uma
crítica amicroeconomia
tradicional quanto esta coloca a firrna apenas
como uma
definidora de preços equantidades
de
equilíbrio cujo objetivo é a maximizaçãodo
lucro.Segundo
estes autoresa
firma
pode
ter outros objetivoscomo:
maximizar o crescimento, maximizar vendas,CAPÍTULO
3HISTÓRIA
EvoLUTIvA
E
FORMAÇÃQ
Do
GRUPO
KOERICH
EM
SANTA CATARINA
A
situação atualda empresa
Eugênio Raulino Koerich S/A. com. e ind.,teve
como
ponto de partidaem
seu desenvolvimento a sua transformação definna
individual “
Eugênio
Raulino Koerich “que
nos idos de 1923 dava início às suasatividades.
No
ano de 1923, aos22
anos de idade, Eugênio Raulino Koerich,fundador das organizações Koerich, casou-se
com
Zita Altofl` emudou-se
paraRancho
de Tábuas, interior
do
município de Angelina, na grande Florianópolis. Lá, construiuuma
casa humilde ecomeçou
suas atividades comerciaisque
consistiamem
carregarmercadorias para
São Pedro de
Alcântara eSão
José a cadasemana
ou
quinzena,numa
viagem de
maisde
60
quilômetros, cuja trajetória era feita de carroça.Num
puxado
ao ladoda
casa construídaem
Rancho
de Tábuas,com
tijolos feitos
do
próprio barro disponívelno
local,Eugênio
Raulinoum
dia pôsum
balcão e abriu duas portas. Estava inaugurada a sua primeira
venda
tantode
produtoslocais quanto
do que
trazia de viagens .O
local deonde
ele tirava o barro para os tijolos, atrásda
casa,ficou
cheio de poças, aproveitadas para a criação de patos e marrecos.
O
primeiro filho, OsliKoerich, aos cinco anos, já
costumava
colher os ovos de marreco naquelas águas.Um
dia, por
algum
descuido, a criança caiu emorreu
afogado.Eugênio
Raulino voltoucom
Zita para Colônia Santana
onde
foi reanimado pela família. Lá, construíramuma
casanova
e instalaramum
annazém
dentro deum
grandecômodo
com
três portas de acessoao público,
um
grande balcão e muitas prateleirasque
guardavam
desde cames,mantimentos e bebidas até agulhas e linhas.
Nas
mesinhas existentes, os colonospassaram a se reunir diariamente
em
tomo
daboa
cachaça da região, para jogar conversafora.
Os
negóciosno
armazém
de secos emolhados
montado
em
ColôniaSantana
em
meados
da
décadade 20
prosperavam desafiando o espíritoempreendedor
de