Gabarito dos Exerc´ıcios - Bloco II
Fl´
avio Alexandre da Cunha Rodrigues
Pablo da Silva Moreira
Macroeconomia 1 - PIMES/UFPE
8 de Novembro de 2018
1
Incerteza
1. Considere uma economia que produz duas commodities f´ısicas, em dois per´ıodos de tempo, com dois poss´ıveis estados da natureza, numa economia de troca pura. Os estados da natureza s˜ao z ∈ {g, b}; os bens s˜ao indexados por n = 1, 2. H´a apenas dois tipos de agentes, cada um com um continuum de medida 1, uniformemente distribu´ıdo no c´ırculo unit´ario denotado por i = A, B.
Dota¸c˜oes: as dota¸c˜oes dos dois bens f´ısicos no primeiro per´ıodo s˜ao determin´ısticas. As dota¸c˜oes dos dois bens f´ısicos no segundo per´ıodo s˜ao vari´aveis aleat´orias. Isto ´e, as dota¸c˜oes do agente do tipo i no segundo per´ıodo depende do estado da natureza. Denotaremos a dota¸c˜ao do agente do tipo i, do bem n, no per´ıodo t = 2, ao estado da natureza z como sendo ωi
ntz ≥ 0
As probabilidades individuais do consumidor do tipo i no estado da natureza bom (g), e no estado da natureza ruim (b) s˜ao respectivamente πi e 1 − πi. A utilidade do
consumidor do tipo i em cada per´ıodo ´e dada por log(ci1t) + φ log(ci2t). Cada agente desconta o futuro a uma taxa βi.
(a) Defina o Equil´ıbrio Competitivo desta economia ao estilo Debreu.
Seja ci
jt(z) o consumo do bem j no per´ıodo t, do agente i condicionado ao estado
da natureza z. O problema do consumidor i ent˜ao ´e dado por max log(ci11) + φlog(ci21) + πilog(ci12(g)) + φlog(ci22(g))
+(1 − πi)log(ci12(b)) + φlog(ci22(b)) s.t. ci11+ p21ci21+ X z 2 X j=1 pj2(z)cij2(z) ≤ w i 11+ p21wi21+ X z 2 X j=1 pj2(z)wij2(z) cijt(z) ≥ 0, ci11 ≥ 0, ci21≥ 0
Defini¸c˜ao: O equil´ıbrio competitivo consiste em um vetor de aloca¸c˜oes para cada tipo {ci
11, ci21, ci12(g), ci22(g), ci12(b), ci22(b)}i=A,B, e pre¸cos {p21, p12(g), p22(g), p12(b), p22(b)}
tais que
i. Para cada tipo de consumidor, a aloca¸c˜ao {ci
11, ci21, ci12(g), ci22(g), ci12(b), ci22(b)}
resolve o problema de maximiza¸c˜ao das fam´ılias, para dado vetor de pre¸cos. ii. As condi¸c˜oes de equil´ıbrio de mercado s˜ao
cAj1+ cBj1 = wj1A + wBj1, j = 1, 2
cAj2(z) + cBj2(z) = wAj2(z) + wBj2(z), j = 1, 2, z ∈ {g, b}
(b) Especialize esta economia tal que no per´ıodo 1, o agente do tipo A possui 1 unidade do bem 1 e 0 unidades do bem 2, e o agente do tipo B possui 0 unidades do bem 1 e 1 unidade do bem 2. No per´ıodo 2, no estado da natureza bom, o agente do tipo A recebe 1 unidade do bem f´ısico 1 e 1 unidade do bem f´ısico 2, enquanto o agente B recebe 0 unidades de ambos os bens. No estado na natureza ruim, o agente do tipo A recebe 0 unidades de cada bem, enquanto o agente do tipo B recebe 1 unidade de cada bem. Suponha que os estados da natureza bom e ruim s˜ao igualmente prov´aveis de maneira que πi = 0.5 para i = A, B. Encontre
as quantidades e pre¸cos para o Equil´ıbrio Competitivo.
Podemos representar essa economia atrav´es das seguintes dota¸c˜oes (wA11, wA21, w12A(g), wA22(g), wA12(b), wA22(b)) = (1, 0, 1, 1, 0, 0)
(wB11, wB21, w12B(g), wB22(g), wB12(b), wB22(b)) = (0, 1, 0, 0, 1, 1)
Resolvendo o problema de maximiza¸c˜ao atrav´es do lagrangiano, podemos encon-trar as seguintes aloca¸c˜oes e pre¸cos do equil´ıbrio competitivo
p21 = σ, p12(g) = p12(b) = 0.5, p22(g) = p22(b) = (0.5)σ
cA11 = cA21= cA12(g) = cA12(b) = cA22(g) = cA22(b) = cA
cA= 1.5 + 0.5σ 2 + 2σ Podemos encontrar cB de forma an´aloga.
(c) Introduza as Arrow Securities e defina o equil´ıbrio competitivo sequencial associ-ado.
Defini¸c˜ao: O equil´ıbrio competitivo sequencial consiste em um vetor de aloca¸c˜oes {ci
11, ci21, ci12(g), ci22(g), ci12(b), ci22(b), bi(g), bi(b)}i=A,Be pre¸cos {p21, p12(g), p22(g), p12(b), p22(b), q(g), q(b)}
tais que
i. Dados os pre¸cos {p21, p12(g), p22(g), p12(b), p22(b), q(g), q(b)}, o vetor de aloca¸c˜oes
{ci
11, ci21, ci12(g), ci22(g), ci12(b), ci22(b), bi(g), bi(b)} resolve para cada tipo de agente
max log(ci11) + φlog(ci21) + X z∈{g,b} 0.5log(ci12(z) + φlog(ci22(z) s.t. ci11+ p21ci21+ q(g)b i(g) + q(b)bi(b) ≤ wi 11+ p21w21i ci12(z) + p22(z)ci22(z) ≤ b i (z) + w12i + p22(z)wi22(z), z ∈ {g, b} cin1 ≥ 0, ci n2(z) ≥ 0, n = 1, 2, z ∈ {g, b}
ii. As condi¸c˜oes de equil´ıbrio de mercado s˜ao X i=A,B cin1 = X i=A,B wn1i , n = 1, 2 X i=A,B bi(z) = 0, z ∈ {g, b} X i=A,B cin2(z) = X i=A,B win2(z), n = 1, 2, z ∈ {g, b}
2
Heterogeneidade
1. Considere o modelo estudado por Chatterjee (1994). O problema de maximiza¸c˜ao da fam´ılia do tipo i consiste em escolher uma sequˆencia de consumo infinita tal que
max ct ∞ X t=0 βtu(ct) s.a. ∞ X t=0 ptct≤ ai0
Esta ´e a representa¸c˜ao date-0 do modelo. Verifique que este problema pode ser obtido atrav´es da formula¸c˜ao sequencial, em que a fam´ılia pode comprar ou vender t´ıtulos de um per´ıodo e a¸c˜oes. Ao comprar a a¸c˜ao no per´ıodo t (isto ´e, uma fra¸c˜ao da firma), a fam´ılia tem direitos sobre uma fra¸c˜ao dos dividendos da firma no pr´oximo per´ıodo.
Considere o modelo descrito anteriormente, a restri¸c˜ao or¸cament´aria do problema ´e definida por ∞ X t=0 ptct ≤ ai0 Em que ai 0 = si0 P∞
t=0pt[f (kt) − kt+1+ (1 − δ)kt]. Vamos supor agora que cada fam´ılia
´e dona de uma a¸c˜ao si
te que pode comprar e vender a¸c˜oes. Cada a¸c˜ao paga dtno per´ıodo
t, no qual dt = f (kt) − kt+1+ (1 − δ)kt. Portanto, a restri¸c˜ao or¸cament´aria no per´ıodo
t ´e dada por
cit+ bit+1+ qtsit+1 ≤ (1 + rt)bit+ (qt+ dt)sit
O objetivo da quest˜ao ´e mostrar que a partir da restri¸c˜ao or¸cament´aria consolidada na formula¸c˜ao sequencial ´e equivalente a restri¸c˜ao or¸cament´aria atrav´es da representa¸c˜ao em date-0. Atrav´es das itera¸c˜oes das restri¸c˜oes or¸cament´aria, ´e poss´ıvel obter a seguinte express˜ao T X t=0 Πts=1 1 1 + rs cit+ qTsT +1ΠTs=1 1 1 + rs + biT +1ΠTs=1 1 1 + rs ≤ si 0(d0+ q0)
Tirando o limite de T → ∞, podemos ver que a condi¸c˜ao de transversalidade ´e satisfeita e, portanto lim T →∞qTsT +1Π T s=1 1 1 + rs = 0 Al´em disso, lembre da condi¸c˜ao de No Ponzi Games, isto ´e
lim T →∞Π T s=1 1 1 + rs biT +1 ≥ 0 Sendo assim, obtemos
∞ X t=0 Πts=1 1 1 + rs cit≤ so 0(d0+ q0)
2. Considere o modelo de Chatterjee (1994) descrito anteriormente, entretanto, assuma que a fam´ılia oferta trabalho inelasticamente e ´e detentora do capital. A heterogenei-dade das fam´ılias ´e com respeito a quantidade de capital que eles possuem no primeiro per´ıodo. Derive a fun¸c˜ao de consumo das fam´ılias como uma fun¸c˜ao de sua riqueza e verifique que esta fun¸c˜ao permite agrega¸c˜ao.
O problema de maximiza¸c˜ao das fam´ılias consiste em
max {ci t,bit+1,kit+1} ∞ t=0 ∞ X t=0 βtu(ct) s.t. cti + bit+1+ kt+1i ≤ Rtkti+ wt+ (1 − δ)kti+ (1 + rt)bit cit≥ 0, ki t+1 ≥ 0 NPG bi0 = 0, ki0 ≥ 0 dado
Resolvendo o problema de maximiza¸c˜ao das fam´ılias e utilizando a restri¸c˜ao or¸cament´aria consolidada com a condi¸c˜ao de transversalidade e NPG, podemos obter
ci 0 1 − β = Ω(c, 1 + r) + X t=0 ptwt+ (1 + Rt− δ)k0i ⇒ ci 0 = bΩ(c, 1 + r) + (1 − β)W i Em que Wi =X t=0 ptwt+ (1 + Rt− δ)ki0
Note que Wi representa a riqueza total em valor presente. Substituindo novamente na
restri¸c˜ao or¸cament´aria, podemos obter cit = βt(1 + rt) . . . (1 + r1)
h b
Ω(c, 1 + r) + (1 − β)Wii+ Ωt(c, 1 + r1, . . . , 1 + rt)
Por ser uma fun¸c˜ao linear na riqueza, a fun¸c˜ao de consumo das fam´ılias permite agrega¸c˜ao.
3. Considere a seguinte economia de trocas puras com dois tipos de fam´ılias (i = 1, 2) com medida 1 de cada tipo. As fam´ılias s˜ao iguais em todos os aspectos exceto que um tipo desconta o futuro a uma taxa maior, isto ´e, β1 > β2.
As preferˆencias s˜ao dadas por PT
t=0(β i)tln(ci t) Dota¸c˜oes {ω1 t, ωt2} T t=0
(a) A partir do problema do planejador social benevolente, encontre, para cada agente, sua sequˆencia de consumo como uma fun¸c˜ao dos pesos de Pareto e das dota¸c˜oes totais.
Vamos definir ωt= ω1t + ω2t. O problema do planejador social benevolente ´e dado por max c1 t,c2t α1 T X t=0 (β1)tln(c1t) + α2 T X t=0 (β2)tln(c2t) s.t. c1t + c2t = ω1t + ωt2 = ωt c1t ≥ 0, c2 t ≥ 0
Resolvendo o problema do planejador social benevolente, ´e poss´ıvel obter as sequˆencias de consumo, definidas por
c1t = α
1(β1)t
α1(β1)t+ α2(β2)t ωt
Podemos obter c2t de forma an´aloga.
(b) Suponha que T = ∞ e assuma que a dota¸c˜ao agregada ´e constante a cada per´ıodo. Verifique que o consumo no equil´ıbrio competitivo da fam´ılia menos paciente tende a zero, no limite, e que a taxa de crescimento dos pre¸cos de Arrow-Debreu se iguala ao fator de desconto da fam´ılia mais paciente.
Por suposi¸c˜ao, temos que β2 β1 < 1 ⇒ limt→∞ α2 α1 β2 β1 t = 0
Utilizando esse resultado nas sequˆencias de consumo obtidas anteriormente, temos que lim t→∞c 1 t = ωt lim t→∞c 2 t = 0
Por fim, lembre que no equil´ıbrio competitivo, cada agente resolve
max ci t ( X t=0 βi)tln(cit) s.t. ∞ X t=0 ptcit≤ ∞ X t=0 ptwti
Das condi¸c˜oes de primeira ordem do problema, podemos obter a seguinte rela¸c˜ao 1 β ci t+1 ci t = pt pt+1 Utilizando os valores de ci
tobtidos anteriormente para algum i, ´e poss´ıvel encontrar
pt+1
pt
= α
1(β1)t+1+ α2(β2)t+1
Sabemos que o lim t→∞ α2 α1 β2 β1 t
= 0, portanto, temos que pt+1
pt
= β1
(c) Assuma agora que o modelo possui apenas dois per´ıodos, ou seja, T = 1. Use o algoritmo de Negishi para encontrar as aloca¸c˜oes do equil´ıbrio competitivo e os pre¸cos no caso em que o tipo 1 ´e dotado de {0, ω} e no caso em que o tipo 1 ´e dotado de {ω, 0}. Verifique que a distribui¸c˜ao da riqueza afeta os pre¸cos.
Sem perda de generalidade, assuma que p0 = 1, ent˜ao
p1 =
α1β1+ α2β2
α1+ α2
Para o caso em que o agente tipo 1 ´e dotado de {0, ω}, pela restri¸c˜ao or¸cament´aria do agente do tipo 2, podemos encontrar os pesos de Pareto como sendo
α2 = 1
1 + β2
α1 = β
2
1 + β2
Substituindo esses valores na fun¸c˜ao de pre¸cos e do consumo do agente tipo 1, podemos obter p1 = α1β1 + α2β2 = β2(1 + β1) 1 + β2 c10 = β 2 1 + β2 ω c11 = α 1β1 α1β1+ α2β2 ω = (1 + β 1 )ω
Podemos obter c20 e c21 de forma an´aloga. Para o caso em que o agente do tipo 1 ´e dotado de {ω, 0}, utilizando o mesmo racioc´ınio, ´e poss´ıvel obter
α1 = 1
1 + β1
α2 = β
1
1 + β1
Novamente, para encontrar as aloca¸c˜oes do equil´ıbrio competitivo, basta substituir os pesos de Pareto encontrados nas fun¸c˜oes de consumo e pre¸co.
3
Competi¸
c˜
ao Monopol´ıstica
1. Considere uma economia com fun¸c˜ao de utilidade: U =
n
X
i=1
Xiα
em que Xi representa o bem de consumo i, ou a variedade i, e α ∈ (0, 1). O n´umero
de bens produzidos na economia ser´a end´ogeno e representado por n. O trabalho ´e o ´
unico fator de produ¸c˜ao e a dota¸c˜ao inicial de trabalho ´e dada por L. Assuma que o trabalho ´e o numer´ario, ou seja, os sal´arios s˜ao iguais a 1 (w = 1).
(a) Monte o problema do consumidor e encontre as demandas por cada bem i como fun¸c˜ao de L, pi e do ´ındice de pre¸cos P =
Pn j=1p
− α 1−α
j
Resolvendo o problema de maximiza¸c˜ao do consumidor, podemos encontrar as demandas por cada variedade i, descrita pela seguinte equa¸c˜ao
Xi = L p 1 1−α i P Defina σ = 1/(1 − α), portanto Xi = L pσ iP , ∀i
(b) Assuma que o ´ındice de pre¸cos n˜ao ´e afetado pelas varia¸c˜oes do bem i especifica-mente e encontre a elasticidade pre¸co-demanda para o bem i.
Por defini¸c˜ao, temos que
i = dXi dpi pi Xi Sabemos que dXi dpi = −σLp −(σ+1) i P Portanto, podemos encontrar que
i = σ, ∀i
(c) Suponha que a produ¸c˜ao de cada bem i segue a fun¸c˜ao de custo total CTi =
F + CMi × Xi, na qual F se refere ao custo fixo e CMi ao custo marginal. A
partir do problema de maximiza¸c˜ao de lucro das firmas, encontre uma express˜ao para o pre¸co ´otimo do bem i.
Resolvendo a partir do problema de maximiza¸c˜ao das firmas, podemos encontrar a seguinte express˜ao para o pre¸co ´otimo de i
pi =
σ
1 − σCMi, ∀i
Lembre que σ = 1/(1 − α), portanto pi =
1
αCMi, ∀i
Note que, como α ∈ (0, 1), ent˜ao 1/α representa o mark-up, exatamente por possuir um certo grau de monop´olio.
(d) Assumindo entrada livre de firmas, encontre o n´ıvel de produ¸c˜ao de equil´ıbrio desse modelo e mostre (atrav´es da express˜ao de custo total) que o n´umero de variedades depende de L
Dado a condi¸c˜ao de livre entrada, o lucro de cada firma vai convergir para zero, portanto, o pre¸co de cada bem i vai se igualar ao custo m´edio de produ¸c˜ao do bem i. Utilizando tamb´em a express˜ao do custo total, podemos expressar o n´umero de variedades como sendo
n = (1 − α)L F
2. Suponha que existe um continuum de fam´ılias idˆenticas vivendo para sempre, com measure 1. Essas fam´ılias s˜ao dotadas com k0 unidades de capital na data 0. A cada
per´ıodo, contam com uma unidade de tempo dispon´ıvel. Preferˆencias s˜ao dadas por
∞
X
t=0
βtln(ct)
O setor de bens finais ´e perfeitamente competitivo e est´a sujeito a seguinte tecnologia
Yt= Ktθ
Z
v∈Vt
x(σ−1)/σvt dv (1−θ)σσ−1
Como de costume, esse bem final pode ser usado tanto para consumo, como investi-mento. O capital se deprecia a taxa δ.
No setor de bens intermedi´arios, h´a um custo fixo de opera¸c˜ao para os produtores. A tecnologia de produ¸c˜ao ´e dada por xvt = A [Lvt− α] onde Lvt ´e o trabalho e α o custo
fixo em termos de unidade de trabalho.
(a) Considere o bem final como seu numer´ario. Defina o equil´ıbrio sequencial dessa economia. Al´em das condi¸c˜oes habituais de maximiza¸c˜ao de cada problema (seja do consumidor, bens finais ou intermedi´arios) lembre-se de adicionar a condi¸c˜ao de lucro igual a zero.
Vamos explicitar cada um dos problemas. O problema das fam´ılias consiste em max ct,kt+1 ∞ X t=0 βtln(ct) s.t. ct+ kt+1 ≤ wt+ rtkt+ (1 − δ)kt ct≥ 0, kt+1≥ 0, k0dado
Por sua vez, as firmas que pertencem ao setor de bens finais devem resolver o seguinte problema de maximiza¸c˜ao
max Kt(xvt)v∈Vt ( Ktθ Z v∈Vt x(σ−1)/σvt dv (1−θ)σσ−1 − rtkt− Z v∈Vt pvtxvtdv )
Por fim, para as firmas do setor de bens intermedi´arios, dados wt e as demandas
b
xvt do setor de bens finais, ent˜ao o problema consiste em maximizar
max pvt pvtbxvt(pvt, Yt) − wt 1 Axbvt(pvt, Yt) + α
Defini¸c˜ao: O equil´ıbrio competitivo sequencial consiste de uma sequˆencia de escolhas para as fam´ılias c∗t, k∗t+1 ∞t=0, uma sequˆencia de demandas do setor de bens finais {(x∗vt)v∈Vt, K
∗ t}
∞
t=0, uma sequˆencia de escolhas para o setor de bens
intermedi´arios {p∗vt, L∗vt}∞t=0 e pre¸cos {wt∗, rt∗}∞t=0 tais que
i. Dados {wt∗, r∗t}t=0∞ , para cada per´ıodo,c∗t, kt+1∗ resolve o problema de max-imiza¸c˜ao das fam´ılias descrito anteriormente.
ii. Dados {Vt∗, p∗vt, wt∗, rt∗}∞t=0, {x∗vt, Kt∗} resolve o problema das firmas do setor de bens finais.
iii. Dados wt∗ e as demandas ´otimas x∗vt, p∗vt resolve o problema das firmas do setor de bens intermedi´arios.
iv. As condi¸c˜oes de equil´ıbrio de mercado s˜ao kt∗ = Kt∗ ct+ kt+1= Ktθ Z v∈Vt x(σ−1)/σvt dv (1−θ)σσ−1 + (1 − δ)Kt Z v∈Vt 1 Ax ∗ vt+ α dv = 1 v. Lucro zero.
(b) A partir das condi¸c˜oes de primeira ordem da maximiza¸c˜ao de lucro no setor de pro-dutos finais, derive a demanda por bens intermedi´arios (Dica: N˜ao se assuste com a integral, lembre da defini¸c˜ao da mesma e sua rela¸c˜ao com a primeira derivada). Encontre uma express˜ao de pvt como fun¸c˜ao dos parˆametros, de Yt e xvt
O problema de maximiza¸c˜ao das firmas do setor de bens finais ´e dado por max Kt(xvt)v∈Vt ( Ktθ Z v∈Vt x(σ−1)/σvt dv (1−θ)σσ−1 − rtkt− Z v∈Vt pvtxvtdv )
Tirando a derivada parcial em rela¸c˜ao a xvt, obtemos
(1 − θ)σ σ − 1 K θ t Z v∈Vt x(σ−1)/σvt dv (1−θ)σσ−1 −1 σ − 1 σ x σ−1 σ −1 vt − pvt = 0 ⇒ pvt= (1 − θ)Ktθ Z v∈Vt x(σ−1)/σvt dv (1−θ)σσ−1 1 R v∈Vtx (σ−1)/σ vt dv x σ−1 σ −1 vt
Utilizando a defini¸c˜ao de Yt, obtemos
pvt = (1 − θ)Yt R v∈Vtx (σ−1)/σ vt dv x−1/σvt