Ana Filipa Brazão Santos
Nº 2012084
Junho 2018
Relatório Final
ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE 6º ANO
NOVA MEDICAL SCHOOL | FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
ÍNDICE Introdução ... 1 Atividades Desenvolvidas ... 1. Estágios Parcelares ... 1.1 Medicina Interna ... 1.2 Cirurgia ... 1.3 Medicina Geral e Familiar ... 1.4 Pediatria ... 1.5 Ginecologia e Obstetrícia ... 1.6 Saúde Mental ... 2. Atividades extracurriculares ... 2 2 2 2 3 4 4 5 6 Reflexão Crítica ... 6 Anexos ...
1. Participação no curso “Trauma Evaluation and Management (TEAM)” ... 2. Participação nas “5as Jornadas do Departamento de Cirurgia: Doença Inflamatória
do Intestino e Obesidade” ...
3. Participação nos “Encontros com a Endocrinologia 2017” ... 4. Conferência: “O Cérebro e a Mente – Neurociências para MGF” ... 5. Formação: “À conversa com a Fisiatria e o Desenvolvimento” ...
6. Participação no curso “Formação de Formadores SBV-DAE”, credita pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ... 7. Declaração dos cursos realizados na qualidade de Formadora, no Centro Garcia de Orta, no Hospital Garcia de Orta ...
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1- Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa - (2005). “O Licenciado Médico em Portugal” 1
INTRODUÇÃO
O exercício da medicina tem sofrido profundas alterações, de modo a adequar-se às necessidades dos sistemas de saúde, o que implica uma constante preocupação com o profissionalismo médico, promovendo as dimensões científicas e mecanismos de aprendizagem ao longo da vida.
O Estágio Profissionalizante (EP), enquadrado no plano de estudos do 6.º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM), da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas (NMS|FCM), da Universidade Nova de Lisboa, está organizado em estágios parcelares, que decorreram de 11 de setembro de 2017 a 18 de maio de 2018, num sistema de rotação por várias áreas clínicas e inclui uma prova pública de discussão do relatório final.
O presente relatório pretende descrever e analisar de forma crítica e reflexiva o meu percurso de aprendizagem. Desde modo, será feita a identificação dos objetivos delineados, uma descrição sumária das atividades desenvolvidas ao longo dos estágios parcelares, e por fim uma análise crítica do contributo para a minha formação. Em anexo, encontram-se elementos valorativos desenvolvidos durante o 6º ano que considero relevantes para o meu desenvolvimento.
Considero que o objetivo central passa pela aquisição de conhecimentos e competências, associada a um conjunto de valores e atitudes, com vista à aquisição de autonomia crescente e confiança para o exercício da medicina, num processo de crescimento pessoal e profissional. Com base no documento “O Licenciado Médico em Portugal”1 defini como principais objetivos: (1)
adquirir uma base de conhecimento sólida, através de formação cientifica; (2) consolidar na prática clínica conhecimentos e competências adquiridas ao longo do MIM; (3) desenvolver o raciocínio clínico sistematizado; (4) desenvolver autonomia crescente e capacidade de decisão, utilizando uma abordagem biopsicossocial; (5) desenvolver competências de comunicação com os doentes, suas famílias e equipa multidisciplinar; (6) demostrar aptidões de autoaprendizagem e atualização constante do conhecimento em medicina, explorando diferentes oportunidades para adquirir experiência e formação; (7) desenvolver a compreensão do que significa ser Médico, da identidade, responsabilidade, dos valores e princípios éticos inerentes à prática clínica;
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 1. Estágios Parcelares
1.1 Medicina Interna (11 de Setembro a 3 de Novembro 2017)
O estágio de Medicina Interna, sob regência do Prof. Dr. Fernando Nolasco, decorreu no Centro Hospitalar Lisboa Central - Hospital Santo António dos Capuchos, no serviço de Medicina 2.3, sob orientação da Dra. Cristina Poole da Costa. Este estágio teve como objetivos: (1) identificar, diagnosticar e orientar as patologias mais prevalentes; (2) identificar e hierarquizar situações clínicas emergentes; (3) treinar a observação sistematizada de doentes, desenvolvendo o raciocínio clínico; (4) desenvolver a capacidade de comunicação com doentes e seus familiares; (5) adquirir as capacidades necessárias ao trabalho de equipe. Foi possível contactar com diversas patologias, nas diferentes áreas de abordagem, como a Enfermaria, Consulta Externa e Urgência Geral. Estive integrada nas atividades diárias da enfermaria, ficando responsável em média por 3 doentes, onde pude efetuar o exame objetivo, discutir hipóteses de diagnóstico, solicitar exames complementares de diagnóstico, desenvolver propostas terapêuticas e desenvolver técnicas de comunicação com os doentes e familiares, bem como elaborar diários clínicos, notas de entrada e alta. Foi possível o trabalho interdisciplinar com outras especialidades e o desenvolvimento de capacidades necessárias para o trabalho de equipa. Todas as semanas participei na visita médica, onde apresentei os doentes que acompanhei e pude ainda, observar e realizar diversos procedimentos técnicos. Tive também a oportunidade de participar em atividades formativas, como seminários ministrados na NMS|FCM e sessões clínicas organizadas pela equipa do serviço. Desenvolvi, ainda, uma comunicação oral sobre o tema “Diagnóstico Diferencial de Diarreias”.
1.2 Cirurgia (6 de Novembro de 2017 a 12 de Janeiro de 2018)
O estágio de Cirurgia Geral, sob regência do Prof. Dr. Rui Maio, teve lugar no Hospital Beatriz Ângelo, sob orientação da Dra. Susana Ourô. Defini como objetivos: (1) reconhecer as principais síndromes cirúrgicas; (2) identificar critérios de gravidade, saber determinar prioridades e identificar procedimentos essenciais para a sua resolução; (3) saber comunicar com os doentes e seus familiares; (4) desenvolver capacidades de comunicação e integração em equipa multidisciplinar. O estágio foi dividido em quatro momentos, uma semana de sessões teórico-práticas, uma semana
no serviço de urgência (SU), duas semanas no serviço de Gastrenterologia e quatro semanas no serviço de Cirurgia. Uma semana foi então destinada a Sessões Teórico-Práticas e à realização do curso Trauma Evaluation and Management (TEAM) (anexo 1). Durante uma semana passei pelas diferentes valências do SU, onde foi possível observar diferentes patologias, realizar exame objetivo e discutir propostas diagnósticas e terapêuticas, sendo possível uma abordagem integrada ao doente crítico e urgente. A especialidade de Gastrenterologia foi a minha escolha dos estágios opcionais, uma vez que é uma especialidade que trabalha lado a lado com a Cirurgia Geral, e assim entender o percurso que, muitas vezes, o doente cirúrgico faz. Tive oportunidade de participar nas atividades do serviço, como na consulta (Hepatologia, Gastrenterologia Geral e Proctologia), nas técnicas e na enfermaria, bem como numa sessão de formação sobre “Hepatites Virais: o que todos os Médicos devem saber”. Durante quatro semanas fui integrada no Serviço de Cirurgia, onde
participei nas atividades diárias, nomeadamente nas consultas, onde contactei com diferentes patologias e aprofundei manobras semiológicas; no bloco operatório, onde passei grande parte do tempo e tive oportunidade de participar como ajudante e praticar técnicas de assepsia; na enfermaria, onde acompanhei o pré e pós-operatório dos doentes internados; e na urgência interna. Tive também oportunidade de assistir à reunião multidisciplinar da Doença Inflamatória do Intestino e às reuniões de serviço, onde eram apresentados e discutidos os doentes, bem como temas pertinentes para o funcionamento do serviço. No final do estágio, participei no Mini-congresso, onde os alunos apresentaram seminários baseados em casos clínicos que acompanharam durante o estágio. O caso clínico que apresentei em grupo foi “TaTME – o reto ao contrário!”, referente à abordagem de um doente com neoplasia do reto – cT3a N+M1.
1.3 Medicina Geral e Familiar (22 de Janeiro a 16 de Fevereiro de 2018)
O estágio de Medicina Geral e Familiar (MGF), sob regência da Prof. Dra. Isabel Santos, decorreu na Unidade de Saúde Familiar Cova da Piedade, sob orientação da Dra. Luísa Rocha. Estabeleci como objetivos: (1) identificar e estabelecer um plano terapêutico para os problemas de saúde mais frequentes na comunidade; (2) adotar uma abordagem centrada na pessoa; (3) identificar os diferentes tipos de tomada de decisão e raciocínio clínico nos diferentes níveis de prevenção; Durante as quatro semanas, foi possível identificar e gerir problemas de saúde agudos e crónicos,
frequentes na comunidade e nas diferentes faixas etárias, bem como definir estratégias de educação para a saúde, em diferentes áreas como Saúde de Adultos, Saúde Materna, Planeamento Familiar, Saúde Infantil e Juvenil, e também em consultas de vigilância de Diabetes e Hipertensão. Foi possível também, avaliar a diversidade de cuidados prestados, tanto no contexto de centro de saúde, como nas visitas domiciliárias. Tive oportunidade de participar numa reunião multidisciplinar com um médico endocrinologista do Hospital Garcia de Orta, onde se discutiu casos clínicos e planos de cuidados. Pude ainda apresentar à equipa multidisciplinar a norma referente ao “Processo Assistencial Integrado da Febre de Curta Duração em Idade Pediátrica”. Por fim,
realizei e discuti o Diário de Exercício Orientado, que constituiu o momento final de avaliação.
1.4 Pediatria (19 de Fevereiro a 16 de Março de 2018)
O estágio de Pediatria, sob regência do Prof. Dr. Luís Varandas, decorreu no Hospital Dona Estefânia, sob orientação da Dra. Leonor Sassetti. Delineei como objetivos: (1) reconhecer, diagnosticar e orientar as principais patologias da idade pediátrica; (2) identificar critérios de gravidade e determinar prioridades; (3) desenvolver técnicas de comunicação adaptadas a cada faixa etária da criança e família; (4) desenvolver capacidades de comunicação e integração na equipa multidisciplinar. O estágio foi dividido pela Unidade de Adolescentes, Consulta de Medicina do Adolescente e Urgência Pediátrica, onde observei múltipla patologia e uma diversidade de idades, bem como na Consulta de Imunoalergologia. Diariamente, assisti às Reuniões Clínicas onde as diferentes unidades funcionais da Pediatria Médica apresentavam as crianças admitidas em cada serviço. Semanalmente, participei tanto nas Sessões Clínicas organizadas pelas diferentes unidades funcionais, como nas sessões de formação para internos e alunos denominada “SOFIA”, onde são apresentados temas relevantes para a prática clínica. No final do estágio,
apresentei em grupo um seminário intitulado “Tromboembolismo Venoso. Uma questão na Pediatria?”, referente a um caso clínico, onde se abordou epidemiologia, fatores de risco,
prevenção primária, abordagem e tratamento.
1.5 Ginecologia e Obstetrícia (19 de Março a 20 de Abril de 2018)
O estágio de Ginecologia e Obstetrícia (GO), sob regência da Prof. Dra. Teresa Ventura, teve lugar no Hospital dos Lusíadas, sob orientação do Dr. Luís Vicente. Como objetivos do estágio defini: (1)
identificar as principais patologias ginecológicas e obstétricas; (2) consolidar conhecimentos sobre planeamento familiar, rastreios ginecológicos, aconselhamento pré-conceptional e vigilância da gravidez; (3) desenvolver competências necessárias para a realização de exame ginecológico, mamário e obstétrico; (4) desenvolver capacidades de comunicação. Durante o estágio pude participar nas consultas de Procriação Medicamente Assistida, e aos procedimentos médicos aqui inerentes. Assisti também a consultas de Ginecologia e Obstetrícia, a exames Ginecológicos como histerossalpingografia e histeroscopia, ecografias obstétricas e passei pelo Bloco operatório, onde pude observar e participar em cirurgias como terceiro ajudante. Durante a permanência no SU, frequentei o bloco de partos, onde acompanhei a evolução do trabalho de parto. Tive também a oportunidade de participar na reunião multidisciplinar de Endometriose. No final do estágio, apresentei um Journal Club com o título “Amniotic fluid embolism: diagnosis and management” - in
American Journal Obstetric & Gynecology, 2016.
1.6 Saúde Mental (23 de Abril a 18 de Maio de 2018)
O estágio de Saúde Mental, sob regência do Prof. Dr. Miguel Talina, teve lugar no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa – Hospital Júlio de Matos, sob orientação da Dra. Helena Máximo. Delineei
como objetivos: (1) identificar sintomas de perturbação psiquiátrica; (2) desenvolver conhecimentos, capacidades de diagnóstico e intervenção clínica em Psiquiatria, nos diferentes contextos de internamento, urgência e consulta; (3) saber aplicar as regras básicas de referenciação de indivíduos com problemas de saúde mental; (4) desenvolver técnicas de comunicação com o doente e família, aperfeiçoando a entrevista clínica. Nos dois primeiros dias decorreram sessões teórico-práticas, na NMS|FCM, onde se discutiu casos clínicos e temas como “O Estigma na Doença Mental” e “Programas para Pessoas com Doença Mental Grave”. Posteriormente, o estágio foi dividido pelo Serviço de Reabilitação Psicossocial – Residentes e pela
Unidade de Alcoologia e Novas Dependências, este último sob orientação da Dra. Joana Teixeira. Para além disso, assisti a consultas de Patologia do Álcool e de Psiquiatria de Reabilitação, bem como passei pelo SU, no Hospital de São José, onde pude observar diferentes perturbações psiquiátricas, a maioria com necessidade de internamento. No internamento, pude colher histórias
clínicas, elaborar resumos clínicos, e ainda realizei uma reflexão crítica sobre o Estigma na Doença Mental. Participei também, nas sessões clínicas do Internato Médico.
2. Atividades extracurriculares
Ao longo do MIM procurei explorar diferentes oportunidades que contribuíssem para a minha experiência e formação pessoal e profissional. Mais especificamente ao longo do 6.º ano participei em congressos e seminários que enriqueceram os diferentes estágios parcelares. Destaco as “5as
Jornadas do departamento de Cirurgia” (anexo 2), com os temas: doença inflamatória do intestino
e Obesidade; o “Encontro com a Endocrinologia 2017” (anexo 3), onde foram abordados temas de extrema importância nos dias de hoje, como a Diabetes e a Obesidade; o seminário “O cérebro e
a Mente – Neurociências para MGF” (anexo 4), com os temas: opções terapêuticas na depressão
e ansiedade, insónia, delirium, estimulação cerebral profunda e aspetos éticos; a sessão de formação organizada pela Unidade Coordenadora Funcional do Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Central (anexo 5), com os temas: Desvios estáticos da coluna, Plagiocefalia Posicional, Malformações congénitas dos membros e Aplicação do M-Chat - a formação nesta área resulta da relevância para a correta identificação, referenciação e intervenção precoce em situações clínicas na infância, mostrando a importância da articulação entre os centros de saúde e os hospitais. Para além disto, pude desenvolver uma área que gosto muito, que é a formação em Suporte Básico de Vida (SBV)/Desfibrilhação Automática Externa (DAE), com o curso de “Formação de Formadores SBV/DAE” creditada pelo INEM” (anexo 6), onde pude aperfeiçoar e treinar técnicas
pedagógicas essenciais para a formação, que tenho vindo a ministrar no Centro Garcia de Orta, no Hospital Garcia de Orta (anexo 7).
REFLEXÃO CRÍTICA
Chegando ao fim desta grande etapa e refletindo sobre as atividades desenvolvidas ao longo do 6.º ano, considero que globalmente alcancei os objetivos estabelecidos, bem como os objetivos específicos de cada estágio parcelar, na medida em que desenvolvi ferramentas essenciais para o meu desenvolvimento profissional e pessoal.
Os estágios nas diferentes especialidades foram de extrema importância para a preparação da prática clínica, com a aquisição e consolidação de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de um raciocínio clínico, só possível graças a um ensino tutelado, onde a constante discussão de hipóteses de diagnóstico e abordagens terapêuticas contribuíram para o meu crescimento e aquisição gradual de autonomia e responsabilidade. Destaco o estágio de Medicina Interna e MGF pela crescente autonomia e confiança estabelecida, que estimulou o raciocínio clínico e espírito crítico e uma maior capacidade de intervenção. Relativamente às competências de comunicação com os doentes, famílias e equipa, de uma forma geral, todos os estágios contribuíram para o desenvolvimento de técnicas de comunicação, destaco o estágio de Pediatria e MGF pela variedade de idades e pela presença constante dos familiares; o estágio de Saúde Mental pela variedade de perturbações psiquiátricas; e o estágio de Medicina Interna pelo trabalho interdisciplinar. Referente às oportunidades de formação contínua em todos os estágios houve uma grande aposta nas sessões de carácter formativo, ora em sessões organizadas pelos serviços, ora por seminários organizados pelos alunos, onde foi possível a partilha de conhecimento e desenvolvimento de competências de pesquisa e comunicação científica, cruciais para a vida profissional futura. Realço, ainda a participação em congressos, conferências e cursos extracurriculares que contribuíram para a atualização constante de conhecimentos. Quanto ao desenvolvimento do que significa ser Médico, responsabilidade, valores e princípios éticos, todos os estágios tiveram, de maneiras diferentes, o seu contributo. Foi possível identificar a importância de uma abordagem biopsicossocial, que leve em consideração os valores e crenças dos utentes, para o estabelecimento de uma relação empática e imprescindível à adesão terapêutica. Problemas que se colocam na prática clínica, como os cuidados em fim de vida, falta de apoio familiar, a doença crónica na pediatria, a infertilidade, o estigma na doença mental, foram possíveis de ser discutidos nos diferentes estágios.
Relativamente a cada um dos estágios, considero que o estágio de Medicina Interna foi aquele que me senti mais integrada na equipa multidisciplinar, permitindo desenvolver o meu sentido de responsabilidade e aquisição progressiva de autonomia, reconhecendo desde modo as necessidades de aprofundar determinados conhecimentos. A possibilidade de contactar com
doentes em fim de vida, com múltiplas comorbilidades e fragilidades, muitas vezes sem apoio familiar ou social, permitiu-me desenvolver uma sensibilidade particular na abordagem a estes doentes e suas famílias. O estágio de Cirurgia pela sua organização, permitiu uma visão integradora do processo que envolve a patologia cirúrgica, embora considere que o número de horas com o tutor e de contacto direto com a especialidade seja reduzido, limitando a realização de técnicas cirúrgicas previstas. O estágio de MGF possibilitou um contacto próximo com a comunidade e permitiu identificar o papel crucial que o Médico tem na promoção da saúde e prevenção da doença. A diversidade de consultas e entidades clínicas permitiu desenvolver competências cruciais ao raciocínio clínico na identificação e exploração de problemas de saúde, bem como na elaboração de planos terapêuticos centrados na pessoa, onde desenvolvi e aperfeiçoei competências de comunicação, escuta ativa e entrevista motivacional. O estágio de
Pediatria obrigou a uma adaptação às especificidades da criança e adolescente, permitiu
consolidar conhecimentos e desenvolver competências de comunicação, tanto com os familiares, como com a criança/adolescente. No estágio de GO foi possível passar pelas diferentes valências da especialidade, o que se tornou-se uma experiência bastante enriquecedora, em particular na área da infertilidade, onde passei grande parte do tempo, percebendo a importância da relação do Médico com a dinâmica do casal. Por fim, no estágio de Saúde Mental, a minha integração tanto num serviço de internamento de agudos, como de crónicos e a passagem pelo SU, possibilitou um contacto com doentes com psicopatologia grave e perceber as diferentes abordagens.
O EP permitiu o contacto com uma diversidade de situações clínicas e idades, e a observação em diferentes contextos, como Enfermaria, SU, Consulta Externa e Comunidade contribuíram para a minha aprendizagem e desenvolvimento pessoal e profissional. Desenvolvi competências úteis, integradoras e de extrema importância a qualquer especialidade que possa vir a escolher.
Foi uma etapa de exigência e dedicação, que termino com um sentimento de completude por ter consigo concretizar os objetivos traçados inicialmente. Concluo com consciência das minhas limitações e de que muito trabalho ainda precisa ser desenvolvido, para dar resposta aos novos desafios que se seguem. Deixo o meu agradecimento a todos os que me motivaram e acompanharam nesta trajetória e me deixaram crescer como pessoa e futura médica.
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ANEXOS
1. Participação no curso “Trauma Evaluation and Management (TEAM)”
2. Participação nas “5as Jornadas do Departamento de Cirurgia: Doença Inflamatória do Intestino
e Obesidade”
3. Participação nos “Encontros com a Endocrinologia 2017”
4. Conferência: “O Cérebro e a Mente – Neurociências para MGF”
5. Formação: “À conversa com a Fisiatria e o Desenvolvimento”
6. Participação no curso “Formação de Formadores SBV-DAE”, credita pelo Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM)
7. Declaração dos cursos realizados na qualidade de Formadora, no Centro Garcia de Orta, no
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ANEXO 2 - Participação nas “5as Jornadas do Departamento de Cirurgia: Doença Inflamatória do
Intestino e Obesidade”
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ANEXO 6 - Participação no curso “Formação de Formadores SBV-DAE”, credita pelo Instituto
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ANEXO 7 - Declaração dos cursos realizados na qualidade de Formadora, no Centro Garcia de
