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Sinistralidade e perigosidade rodoviária nos concelhos de Santo Tirso e Trofa

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Academic year: 2021

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(1)

Dominic Royé

José Antonio Aldrey Vázquez Marcos Valcárcel Díaz

Miguel Pazos Otón María José Piñeira Mantiñán

2012

XIII Coloquio Ibérico de Geografía

Respuestas de la Geografía Ibérica a la crisis actual

Santiago de Compostela

(2)
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XIII Coloquio Ibérico de Geografía

Respuestas de la Geografía Ibérica a la crisis actual

SANTIAGO DE COMPOSTELA

24 – 27 de octubre 2012

COORDINADORES

Dominic Royé

José Antonio Aldrey Vázquez

Miguel Pazos Otón

María José Piñeira Mantiñán

(4)

Portada:

©

Dominic Royé

Logotipo:

©

Marcos Valcárcel Díaz

Mapa:

©

Jesús Horacio

Producción: Unidixital

© Meubook

ISBN: 978-84-940469-7-1

D.L.: C 2129-2012

(5)

SINISTRALIDADE E PERIGOSIDADE RODOVIÁRIA NOS

CONCELHOS DE SANTO TIRSO E TROFA

MATOS, F.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal fatimarmmatos@gmail.com

MARTINS, L.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal DyNat/CEGOT - Natural Processes Assessment, Modelling and Mapping |Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território, Porto, Portugal

SANTOS, M.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal DyNat/CEGOT - Natural Processes Assessment, Modelling and Mapping |Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território, Porto, Portugal

BATEIRA, C.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal DyNat/CEGOT - Natural Processes Assessment, Modelling and Mapping |Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território, Porto, Portugal

TEIXEIRA, M.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal

MOREIRA, S.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal

COSTA, A.

Departamento de Geografia, Faculdade de Letras, Universidade do Porto, Portugal

Resumo

A análise da sinistralidade rodoviária no âmbito dos Planos Municipais de Emergência e Proteção Civil é fundamental na prevenção e mitigação da segurança rodoviária. Este artigo apresenta as metodologias e os resultados da elaboração de cartografia de sinistralidade e perigosidade rodoviária e a identificação dos pontos negros, recorrendo aos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), tendo como caso de estudo os concelhos de Santo Tirso e Trofa, no distrito do Porto. Foram utilizados os dados dos acidentes rodoviários no período de 2000 a 2009. Os resultados alcançados evidenciam a existência de 47 pontos negros no concelho de Santo Tirso e 7 pontos negros na Trofa.

Palavras-chave: Sinistralidade rodoviária, perigosidade rodoviária, pontos negros,

indicador de gravidade.

Abstract

The analysis of road accidents within the Municipal Emergency Plans and Civil Protection is critical for the prevention and mitigation of road accidents. This article presents the methodology and results of mapping accidents and dangerous road, using the Geographic Information System (GIS). The case study are the municipalities of

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Santo Tirso and Trofa, within the Oporto district and the data of road accidents are included in the period 2000 to 2009. The results show the existence of 47 black spots in the municipality of Santo Tirso and 7 black spots of Trofa.

Keywords: Road accident, road hazard, black spots, indicator of severity.

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, a sinistralidade rodoviária constituiu uma das principais causas de morte em Portugal. O recurso cada vez mais frequente do transporte individual justifica, em grande medida, o aumento progressivo do número de acidentes rodoviários. Neste sentido, a análise da sinistralidade rodoviária no âmbito dos Planos Municipais de Emergência e Proteção Civil é fundamental na prevenção e mitigação da segurança rodoviária.

Os concelhos de Santo Tirso e Trofa, integrados na Área Metropolitana do Porto e no distrito do Porto, no noroeste de Portugal (Figura 1), são atravessados por vias de comunicação importantes na Região Norte, consideradas como uma das mais perigosas do país, designadamente a A3, a EN104 e a EN105 no primeiro caso, e a EN14 no segundo, circulando diariamente um número considerável de automóveis e veículos pesados. De referir que vários lanços foram considerados pontos negros de acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Figura 1 – Localização da área de estudo.

Assim sendo, são apresentadas as cartas de sinistralidade rodoviária e de perigosidade rodoviária dos concelhos de Santo Tirso e Trofa e a identificação dos pontos negros, os quais serão objeto de tratamento e de análise.

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2. METODOLOGIA

Na elaboração da cartografia da sinistralidade rodoviária, foram utilizadas as bases de dados referentes à informação dos acidentes rodoviários fornecida pelas respetivas Câmaras Municipais, prosseguindo com a georreferenciação dos mesmos e o tratamento estatístico. No caso da cartografia da perigosidade rodoviária, foi utilizado o indicador de gravidade, atualmente em vigor, criado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, e considerada a definição de “pontos negros” também definido pela mesma Entidade. Ou seja, “um ponto negro consiste num lanço de estrada com o máximo de 200 metros de extensão, no qual se registaram, pelo menos 5 acidentes com vítimas, no ano em análise, e cuja soma de indicadores de gravidade do período em análise é superior a 20” (SECO, 2008: 6). O indicador de gravidade1, segundo a mesma fonte, traduz se na seguinte forma:

IG = [3 x Feridos Ligeiros] + [10 x Feridos Graves] + [100 x Mortos]

Para identificar os pontos negros, foram elaboradas fichas de caracterização individual de cada um, tendo como suporte o trabalho de campo efetuado. Neste sentido, foram enumerados alguns aspetos que os caracterizam, as possíveis causas da sinistralidade, bem como a evolução da sinistralidade e a delimitação do setor crítico. Para uma visão espacial da localização dos mesmos, esta informação foi organizada numa base de dados online, com recurso à linguagem XML/HTLM, que posteriormente foi transposta para a plataforma de servidor web de código aberto Google Maps ©. Associado a cada ponto negro, georreferenciado no sistema de coordenadas WGS84, está a informação sobre a localização, número de acidentes, número de feridos graves, feridos ligeiros e o número de mortos, fotos e características das estradas, como demonstra a Figura 2.

1

O indicador de gravidade pode ser elevado (de 20 a 100) ou muito elevado (superior a 100).

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Figura 2 – Linguagem programação XML/HTML / Exemplo user Display / Pontos Negros dos acidentes rodoviários.

3. RESULTADOS

A sinistralidade rodoviária no concelho de Santo Tirso concentra-se particularmente nas freguesias de Santo Tirso, Vila das Aves, Reguenga, Areias, Rebordões, Refojos de Riba de Ave, São Tomé de Negrelos, Vilarinho e Lama e ao longo dos principais eixos rodoviários, designadamente a EN105, EN104 e Estrada Intermunicipal (Figura 3).

(9)

Figura 3 - Sinistralidade rodoviária no concelho de Santo Tirso.

Fonte: Guarda Nacional Republicana, Polícia Segurança Pública, Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Bombeiros Voluntários da Vila das Aves e Bombeiros Voluntários Tirsenses.

Figura 4 – Sinistralidade rodoviária no concelho da Trofa.

Fonte: Guarda

Nacional Republicana.

No concelho da Trofa, os acidentes coincidem essencialmente com a localização das EN14 e EN104, que atravessam as freguesias de Santiago de Bougado e as freguesias de Muro, Santiago de Bougado e ainda S. Martinho de Bougado

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respetivamente. De referir a existência de outros locais embora não tenham grande expressão quando comparados com os acidentes registados na EN14 e na EN104 (Figura 4).

Da análise da evolução dos acidentes rodoviários no concelho de Santo Tirso, verifica-se um aumento expressivo entre 2000 a 2002 (Figura 5). Entre 2002 e 2007 oscila entre 1000 e aproximadamente 1200, sendo que em 2008 e 2009 regista um significativo decréscimo.

Figura 5 - Número de acidentes rodoviários de 2000 a 2009 no concelho de Santo Tirso.

Fonte: Guarda Nacional Republicana, Polícia Segurança Pública, Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Bombeiros Voluntários da Vila das Aves e Bombeiros Voluntários Tirsenses.

Em relação ao concelho da Trofa, registaram-se 4793 feridos ligeiros e 354 feridos graves, sendo que a sua maioria ocorreu principalmente na EN105, embora outras ruas ou estradas têm um peso significativo. O número de mortos foi de 87, dos quais 36 registaram-se na EN105. Pela análise da evolução dos acidentes rodoviários, houve um decréscimo progressivo desde 2004 (Figura 6).

No período em análise, registaram-se 858 feridos ligeiros e 22 feridos graves, sendo que ocorreram na sua maioria na EN14 e EN104, enquanto outras ruas têm um menor destaque. Durante o mesmo período, foram registados 8 mortos.

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Figura 6 – Número de acidentes rodoviários de 2004 a 2009 no concelho da Trofa.

Fonte: Guarda

Nacional

Republicana.

Relativamente à perigosidade rodoviária, identificaram-se 47 pontos negros e 18 potenciais pontos negros, no concelho de Santo Tirso (Figura 7). As freguesias de Santo Tirso, Santa Cristina de Couto e Vila das Aves são as freguesias que possuem um maior registo de pontos negros, com 9, 7 e 5 respetivamente. As freguesias (Areias, Lama, Burgães, Rebordões, S. Tomé de Negrelos, Roriz, S. Martinho do Campo, Monte Córdova, Carreira, Lamelas, Agrela e Água Longa) têm igualmente pontos negros, embora em número reduzido, variando este entre 1 a 3 pontos negros. No caso dos potenciais pontos negros, Santo Tirso é a freguesia com maior registo (4), seguem-se as freguesias de S. Miguel do Couto, Santa Cristina do Couto e Carreira com dois potenciais pontos negros. As freguesias de Areias, Sequeiró, Aves, São Tomé de Negrelos, Burgães, Agrela e Guimarei possuem cada um potencial ponto negro.

No caso do concelho de Trofa, foram identificados 7 pontos negros e 4 potenciais pontos negros (Figura 8). Dos sete pontos negros, 2 deles situam-se na freguesia de Santiago de Bougado e outros 2 em S. Martinho de Bougado. As freguesias de S. Romão do Coronado, S. Mamede do Coronado e Muro têm, cada uma, um ponto negro. Relativamente aos potenciais pontos negros, dois localizam-se em S. Martinho de Bougado e os outros dois em S. Mamede do Coronado.

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Figura 7 – Perigosidade rodoviária do concelho de Santo Tirso.

Fonte: Guarda Nacional Republicana, Polícia Segurança Pública, Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Bombeiros Voluntários da Vila das Aves e Bombeiros Voluntários Tirsenses.

Figura 8 – Perigosidade rodoviária no concelho da Trofa.

Fonte: Guarda Nacional Republicana.

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Os fatores prováveis da perigosidade rodoviária identificados prendem-se com os comportamentos inadequados dos condutores (o estacionamento abusivo, o desrespeito pela sinalização rodoviária existente, a distância da segurança entre veículos), as deficiências das infraestruturas rodoviárias, nomeadamente as lacunas ao nível do projeto visíveis pelas más condições de visibilidade nas intersecções e a conservação e manutenção dos pavimentos e de equipamentos de segurança.

4. CONCLUSÕES

A cartografia e a base de dados dos pontos negros elaboradas neste estudo são fundamentais na prevenção e mitigação da segurança rodoviária, sendo valiosos instrumentos no âmbito dos Planos Municipais de Emergência e Proteção Civil. Por um lado, a cartografia da sinistralidade e perigosidade rodoviária nos possibilita identificar e conhecer as áreas problemáticas onde ocorreram os acidentes rodoviários e, por outro, a base de dados nos permite analisar os pontos negros existentes e as suas características, a fim de identificar os locais possíveis de intervenção que possam minimizar o risco associado. Neste sentido, é possível definir e implementar medidas em termos de ordenamento do território a desenvolver pelos diferentes organismos competentes, tendo em vista, fundamentalmente, a prevenção e mitigação da segurança rodoviária.

BIBLIOGRAFIA

ANSR (2008 a 2010): Sinistralidade Rodoviária, Autoridade Nacional Segurança Rodoviária, Lisboa.

COSTA, A.; MACEDO, J. (2008): Manual do planeamento de acessibilidades e transportes - Engenharia de tráfego: conceitos básicos, Porto, CCDRN, 32 p.

Decreto-Lei nº 203/2006, de 27 de Outubro – Lei Orgânica do Ministério da Administração.

DGV (2001 a 2007): Sinistralidade Rodoviária – Elementos de Estatística, Ministério da Administração Interna – Direcção Geral de Viação.

SECO, Á.; FERREIRA, S.; SILVA, A.; & COSTA, A. (2008): Manual do planeamento de acessibilidades e transportes - Segurança rodoviária, Porto, CCDRN, 53 p.

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