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Reparação de compósitos: revisão narrativa

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Academic year: 2021

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Medicina Dentária

Reparação de Compósitos

Revisão Narrativa

Melanie Veiga

Orientador: Dra. Raquel Eira

Dissertação

Mestrado Integrado em Medicina Dentária

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Universidade de Lisboa

Faculdade de Medicina Dentária

Reparação de Compósitos

Revisão Narrativa

Melanie Veiga

Orientador: Dra. Raquel Eira

Dissertação

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Agradecimentos

À minha orientadora, Dra Raquel Eira, a quem devo a concretização desta tese de mestrado, agradeço imenso pela disponibilidade, ajuda prestada, paciência e compreensão.

Aos meus pais a quem devo muito, pelo amor e apoio incondicional nos bons momentos e nos momentos mais difíceis nesta jornada em busca da realização de um grande sonho que me fez atravessar fronteiras.

À minha irmã Melina, ao meu sobrinho Tomás, meu primo Sérgio que sempre apoiaram e estiverem presentes nesta jornada mesmo estando longe.

Às minhas tias Elsa e Elisabeth, ao meu tio Tony e ao meu avô que ao longo da minha vida brilharam com cada conquista.

Às minhas amigas de longa data, Ana, Jéssica, Sofia e Yara que brilharam com cada conquista e me animaram em momentos menos bons.

Ao José, pelo cuidado, companheirismo e apoio nos momentos em que mais precisei . Às amigas que a faculdade me deu, Ana, Cátia, Catarina, Diana, Inês e Luciana, por todos os obstáculos que ultrapassámos juntas, pelas gargalhadas mesmo em momentos de stress e sobretudo pela amizade que construímos e que sempre levarei comigo.

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Resumo e palavras-chave

Objetivo: avaliar a eficácia dos diferentes métodos de reparação de compósito

descritos na literatura.

Materiais e métodos: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados PubMed e

Cochrane até Setembro de 2018, com inclusão de artigos em inglês e português e de artigos identificados manualmente por serem referenciados na bibliografia dos artigos consultados.

Resultados: A realização de uma reparação requer a adesão de um substrato novo a um

substrato envelhecido o que pressupõe a remoção da camada superficial e criação de rugosidades na superfície do compósito envelhecido. Para isso, pode-se recorrer a métodos físicos como condicionamento com ácido hidrofluoridrico ou ácido fosfórico, jateamento com óxido de alumínio, com particulas modificadas com sílica ou com partículas de bicarbonato de sódio, tratamento com brocas diamantadas ou laser. Entre os métodos físicos, jateamento com partículas de óxido de alumínio e/ou com partículas modificadas com sílica apresentaram maior rugosidade superficial e valores positivos de resistência adesiva das reparações nos artigos analisados. Em contraste, o tratamento com ácido fosfórico e hidrofluoridrico apresentaram efeitos irrelevantes e em alguns casos negativos. Após a produção de rugosidades, a área de superfície aumenta e é imperativo a utilização de um adesivo de baixa viscosidade de forma a ser possível a sua difusão e permitir a adesão química dos substractos.

Conclusões: Não existe um método considerado ideal para vários tipos de compósito.

Palavras-chave: “Tratamento de superfície na reparação de compósito”, “reparação de resina

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Abstract and key-words

Aim: to evaluate the effectiveness of the different composite repair methods described

in the literature.

Materials and methods: Until September 2018, a research on PubMed and Cochrane

databases which included both English and Portuguese articles which were manually identified for being referenced in the bibliography of the accessed articles was conducted.

Results: The performance of a repair requires the adhesion of a new substrate to na

aged substrate, which presuppose the removal of the surface layer and creation of roughness on the surface of the aged composite. For this, one can resort to physical methods such as conditioning with hydrofluoric acid, phosphoric acid, sandblasting with aluminum oxide particle, particle modified with sílica or sodium bicarbonate particles, diamond bur or laser. Among the physical methods, sandblasting with aluminum oxide particles and/or sílica modified particles presented higher surface roughness and positive values of adhesive strength of the repairs in the articles analyzed. In constrast, treatment with phosphoric acid and hydrofluoric acid had irrelevante and in some cases negative effects. After the roughness is produced, the surface area increases and it is imperative to use a low viscosity adhesive in order to be able to diffuse and allow the chemical adhesion of the substrates

Conclusion: There is no method considered ideal for various types of composites.

Key-words: “surface treatment on repair of composite”, “resin composite repair”, “repair

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Índice

Agradecimentos ... iii

Abstract and key-words ... vii

Índice de Figuras ... xi

Lista de Abreviaturas ... xiii

1. Introdução ... 1

1.1. Compósitos ... 1

1.2. Reparação versus Substituição ... 2

1.3. Indicações clínicas de reparação ... 2

1.3.1. Cárie Secundária ... 3

1.3.2. Defeitos e pigmentações marginais ... 3

1.3.3. Correção da cor superficial ... 4

1.3.4. Desgaste... 4

1.3.5. Fractura dente/restauração ... 4

1.4. Reparação ... 4

1.5. Métodos de tratamento de superfície ... 5

1.5.1. Ácido hidrofluorídrico ... 5

1.5.2. Ácido fosfórico ... 6

1.5.3. Jateamento com partículas de óxido de alumínio ... 6

1.5.4. Jateamento com partículas revestidas com sílica ... 6

1.5.5. Jateamento com partículas de bicarbonato de sódio ... 6

1.5.6. Brocas diamantadas ... 7 1.5.7. Laser ... 7 2. Objectivo ... 8 3. Materiais e métodos ... 9 4. Resultados ... 10 4.1. Métodos físicos... 11 4.1.1. Ácido hidroflurídrico ... 12 4.1.2. Acido fosfórico ... 13

4.1.3. Jateamento com partículas de óxido de alumínio ... 14

4.1.4. Jateamento com partículas de óxido de alumínio modificadas com sílica ... 16

4.1.5. Jateamento com partículas de bicarbonato de sódio ... 17

4.1.6. Brocas diamantadas ... 17

4.1.7. Laser ... 19

4.2. Métodos químicos ... 21

4.2.1. Adesivos ... 21

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5. Conclusões ... 24

6. Referências Bibliográficas ... 26 7. Anexos ... 29

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Índice de Figuras

Figura 1- Superficie de compósito tratada com ácido hidrofluoridrico 13

Figura 2- Superficie de compósito tratada com ácido hidrofluoridrico 13

Figura 3-Superficie tratada com ácido fosfórico 14

Figura 4: Superficie tratada com ácido fosfórico 14

Figura 5: Superficie tratada com óxido de alumínio 15

Figura 6: Superficie tratada com óxido de alumínio 15

Figura 7: Superficie tratada particulas modificadas com sílica 16

Figura 8: Superficie tratada com partículas modificadas com sílica 16

Figura 9: Superficie tratada com partículas de bicarbonato de sódio 17

Figura 10: Superficie tratada com broca diamantada de grão grosso 18

Figura 11: Superficie tratada com broca diamantada de grão fino 18

Figura 12- Superfície tratada com laser 20

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Lista de Abreviaturas

HF Ácido hidrofluoridrico A Ácido fosfórico

SB Bicarbonato de sódio

AT Partículas de trióxido de alumínio

Cojet Partículas de óxido de alumínio modificado com silica SEM Microscópio electrónico de varrimento

SBS Teste de resistência adesiva ao cisalhamento µSBS Teste de resistência ao microcisalhamento μTBS Teste de resistência adesiva à microtração SE.1 Sistema adesivo self etch de 1 passo SE.2 Sistema adesivo self-etch de 2 passos TE Total Etch

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1. Introdução

1.1. Compósitos

Os compósitos são materiais amplamente utilizados, hoje em dia, na dentisteria estética, devido ao aprimoramento das suas propriedades estéticas e mecânicas, e ao desenvolvimento/evolução de sistemas adesivos que permitem aumentar a longevidade da restauração (Özcan & Pekkan, 2013).

Os compósitos utilizados, actualmente, em Medicina Dentária integram essencialmente três componentes: matriz orgânica, partículas de carga e agentes de união (Zimmerli et al, 2010). A matriz orgânica consiste num monómero, geralmente Bis-GMA(bisfenol-A glicidilodimetacrilato) ao qual é, por vezes, adicionado UDM (Uretano Dimetacrilato) ou TEGDMA (Trietilenoglicoldimetacrilato) (Zimmerli et al, 2010; Portugal et al,2002).

Estes monómeros apresentam nas suas extremidades ligações duplas de carbono que permitem estabelecer ligações cruzadas (Portugal et al,2002).

Além da componente orgânica, existem partículas de carga inorgânicas como sílica ou quartzo que se ligam através do agente de união (silano) à componente orgânica (Zimmerli et al, 2010).

Apesar do aperfeiçoamento das propriedades dos compósitos, alguns factores, como por exemplo desgaste, alteração de cor, contração de polimerização e microfiltração, ainda condicionam a longevidade das restaurações (Özcan et al, 2007).

Essas limitações estão relacionadas com o processo de envelhecimento do compósito, e traduzem-se na degradação físico-mecânica causada pelo desgaste, abrasão, fadiga e/ou na degradação química devido à ação enzimática, hidrolítica, ácida, ou determinada por fatores associados a variações de temperatura, todos relacionados com as condições da cavidade oral (Özcan & Pekkan, 2013; Özcan &Dundar 2014).

Perante falhas ou fraturas das restaurações, existem duas abordagens possíveis que são a reparação ou a substituição das mesmas (Ribeiro&Pazinatto, 2016). A substituição da restauração é o procedimento mais comumente utilizado na prática clínica diária (Da Costa el al,2012; Özcan et al,2007; Bradna et al, 2015; Özcan &Dundar 2014).

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1.2. Reparação versus Substituição

A substituição da restauração consiste na remoção total da restauração defeituosa e na realização de uma nova (Da Costa el al,2012; Özcan et al,2007).

Este procedimento apresenta algumas limitações/desvantagens, decorrentes da dificil identificação da interface entre a estrutura dentária e o compósito, o que aumenta a probabilidade de remoção de tecido dentário são e pode aumentar as dimensões da cavidade inicial (Özcan et al,2007; Portugal et al,2002; Da costa et al, 2012; Kashi et al, 2011). Tem ainda, a desvantagem de ser um método mais dispendioso, apresentar o risco de causar lesões pulpares, causar sensibilidade e, por aumentar a dimensão da cavidade dentária, enfraquecer o dente (Özcan et al,2007; Portugal et al, 2002; Da costa et al, 2012; Kashi et al, 2011).

Pelo facto da substituição apresentar as limitações acima referidas, tem sido sugerida, como alternativa, a reparação da restauração.(Cavalcante et al, 2010; Özcan et al, 2012).

A reparação é um procedimento que visa a reconstituição da restauração, pela adição de material na porção com defeito ou danificada, preservando a parte intacta/sadia da restauração. Trata-se de um procedimento conservador, pois restringe-se apenas à região afectada (Loomans & Özcan, 2016; Bacchi et al,2010; Ribeiro&Pazinato, 2016; Da Costa et al,2012; Bradna et al, 2015; Kashi et al, 2011; Andrade et al, 2017).

Esta técnica reduz o risco de complicações a nível pulpar, diminui o risco de lesão iatrogénica aos dentes adjacentes e o tempo do tratamento, reduz a dor, pois muitas vezes dispensa a utilização de anestesia, é melhor aceite pelos pacientes e o seu custo é inferior (Lemos et al., 2016; Loomans & Özcan, 2016; Ribeiro &Pazinatto, 2016; Hickel et al, 2013; De Alencar et al, 2007; Bacchi et al,2010; Özcan et al, 2012; Andrade et al , 2017; Özcan &Dundar 2014).

1.3. Indicações clínicas de reparação

Na tomada de decisão quanto à utilização dos procedimentos de reparação ou substituição da restauração, é preciso ter em conta dois tipos de critérios: os critérios centrados no paciente e os critérios específicos do dente (Blum et al, 2014).

No que concerne aos critérios centrados no paciente, um fator de grande importância é o risco de cárie, o qual influência sobremaneira na eleição dos materiais e técnicas utilizadas, na longevidade da restauração e na cooperação dos pacientes (Ribeiro et al., 2016).

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Existem casos de pacientes que podem ser bons candidatos à realização da reparação, quando necessária e possível, nomeadamente pacientes com uma boa higiene oral e que frequentam regularmente as consultas. Também pacientes que apresentam história médica complexa, capacidade limitada para cooperar, são bons candidatos à realização da reparação, devido à necessidade de a intervenção ser limitada em termos de tempo e de complexidade (Blum et al, 2014).

Quanto aos critérios específicos dos dentes é necessária a realização de inspecção visual e interpretação de radiografias, de modo a obter avaliações clinicas fidedignas (Blum et al, 2014). As falhas mais comuns das restaurações são cárie secundária, fractura, pigmentação marginal, cor da restauração e desgaste (Blum et al, 2014).

1.3.1. Cárie Secundária

Lesões activas de cárie localizadas numa área precisa, adjacente à restauração, podem ser removidas limitando-se a remoção apenas à porção da restauração que apresenta cárie. Preserva-se a porção da restauração que não apresenta evidências clínicas ou radiográficas de cárie (Blum et al., 2014).

Caso a lesão de cárie seja profunda ou a dentina exposta não esteja “acessível” para ser reparada, recorre-se à substituição (De Alencar, 2007).

1.3.2. Defeitos e pigmentações marginais

Defeitos e pigmentações marginais podem surgir devido à acumulação de placa e/ou estagnação de alimentos. Pigmentações marginais podem também estar relacionadas com a degradação do adesivo existente na interface entre o dente e a restauração, causada pela penetração de saliva(fluido oral) (Ribeiro et al., 2016). Por isso, é importante perceber que a presença de pigmentações e defeitos marginais nem sempre indiciam a existência de cáries secundárias (Blum et al., 2014).

As pequenas pigmentações nas superfícies oclusais de restaurações posteriores devem ser monitorizadas a cada consulta e apenas intervir quando existirem evidências de acumulação de placa, de alimento ou de pigmentações que podem ser indícios de cáries activas(Blum et al.,

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aparência estética. Sempre que possível pode-se proceder ao repolimento ou desgaste superficial da resina pigmentada (Blum et al., 2014).

Caso a pigmentação seja profunda, a substituição total pode ser necessária para obter um bom resultado estético (De Alencar et al., 2007; Blum et al., 2014).

1.3.3. Correção da cor superficial

Para a correção da cor superficial pode-se recorrer ao desgaste superficial da restauração e inserção de uma nova resina com a coloração desejada (Blum et al., 2014).

1.3.4. Desgaste

Se o desgaste for limitado à superfície oclusal, é possível a reparação caso haja espaço para tal. Se o desgaste for excessivo e generalizado ou envolver um espaço proximal que não permite repor a forma anatómica da restauração, a reparação torna-se inviável (De Alencar et al., 2007; Blum et al, 2014).

1.3.5. Fractura dente/restauração

Uma fractura pode ter várias causas, e, para minimizar o risco de fracturas recorrentes, deve-se, primeiramente, identificar a sua origem com precisão e avaliar a sua extensão(Blum et al, 2014). Se abranger menos de metade da restauração, a reparação pode ser aconselhada. No entanto, é imperativo avaliar a integridade da porção da restauração que não sofreu fractura (Blum et al, 2014).

1.4. Reparação

O sucesso de uma reparação depende de uma adesão efectiva entre a resina envelhecida e a nova (Loomans & Özcan, 2016). Uma adequada adesão entre os dois substractos é condicionada por vários factores, nomeadamente a composição química da superfície da resina composta, dos agentes de união química, os métodos de condicionamento de superfície e o material a ser utilizado na reparação ( Loomans & Özcan, 2016; Özcan & Pekkan, 2013).

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Durante a realização de uma restauração nova, os materiais são expostos ao oxigênio atmosférico, que cria uma camada superficial que permanece não-polimerizada e que contém ligações duplas de carbono livres, permitindo a ligação de monómeros da nova camada de resina composta. (Özcan & Pekkan, 2013; Yesilyurt et al, 2009; Kashi et al, 2011; Kiomarsi et al, 2017; Ozcan et al, 2012).

Porém, compósitos polimerizados envelhecidos são desprovidos da camada não polimerizada, pelo facto de os grupos metacrilato não reactivos reduzirem com o passar do tempo, dificultando a adesão (Yesilyurt et al, 2009; Bacchi,2010; Kiomarsi et al, 2017; Ozcan et al 2012 ).

1.5. Métodos de tratamento de superfície

Na tentativa de melhorar a adesão, têm sido propostos e avaliados diferentes métodos de condicionamento de superfície. Estes métodos têm o intuito de remover a camada superficial do compósito, aumentar a energia de superfície (pela criação de irregularidades na superfície) e, consequentemente, reforçar a união entre a porção envelhecida da restauração e a porção nova (Da Costa et al, 2012 ; Bacchi et al, 2010; Da Costa et al, 2012; kashi et al, 2011; Özcan & Pekkan, 2013; Rathke et al, 2009; Karaarslan et al 2015). Os métodos de tratamento de superfície que existem são os seguintes: ataque com ácido hidrofluoridrico, ataque com ácido fosfórico, jateamento com partículas de óxido de alumínio, jateamento com partículas revestidas com sílica, jateamento com partículas de bicarbonato de sódio, brocas diamantadas e laser (Yesilyurt et al, 2009; Özcan & Pekkan, 2013; Hickel et al, 2013; Ozcan et al, 2012).

1.5.1. Ácido hidrofluorídrico

O condicionamento com ácido hidrofluoridrico é um tratamento eficaz de superfície, cria rugosidades na superfície dos compósitos através da dissolução das partículas de carga, mas encerra o risco de queimar os tecidos moles, o que requer muito cuidado durante a sua aplicação (Yesilyurt at al, 2009). O seu efeito varia de acordo com o compósito a que é aplicado, e a sua eficácia depende da percentagem, tamanho e tipo de partículas de carga que constituem o compósito. Porém, não é recomendada a utilização de HF como rotina, especialmente se a composição do compósito envelhecido for desconhecida (Yesilyurt at al,

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1.5.2. Ácido fosfórico

O condicionamento com ácido fosfórico é utilizado, sobretudo, quando a, intervenção além de envolver a restauração envolve também o esmalte e/ou a dentina (Karaarslan et al., 2016). Este método não aumenta nem diminui a resistência adesiva do reparo, e, em vários estudos, verificou-se que a nível microscópico não existiram alterações na superfície do compósito (Yesilyurt at al, 2009, kashi et al,2011). Além disso, outros estudos consideram que apenas promove uma limpeza eficaz e remoção de detritos (kashi et al,2011).

1.5.3. Jateamento com partículas de óxido de alumínio

Na literatura existe evidência de que a utilização de partículas de 50 μm óxido de alumínio permite produzir rugosidades mais profundas no compósito (15 μm) (Yesilyurt at al, 2009; Rathke et al., 2009; Karaarslan et al., 2016). Consequentemente, verificar-se-á uma maior resistência adesiva (Rathke et al., 2009, Karaarslan et al., 2016).

1.5.4. Jateamento com partículas revestidas com sílica

São partículas menores(30μm) quando comparadas com as de óxido de alumínio e produzem uma rugosidade menos profunda (10 μm) no compósito quando comparadas com as partículas de óxido de alumínio (Rathke et al., 2009).

Este, tal como os outros métodos de abrasão, jateamento com partículas de bicarbonato de sódio e partículas de óxido de alumínio permite obter valores médios elevados de resistência adesiva (Karaarslan et al., 2016).

1.5.5. Jateamento com partículas de bicarbonato de sódio

Tem sido utilizado para tratamento de superfície de compósitos e estudos demostraram eficácia relativamente à produção de rugosidades, o que permite uma boa resistência adesiva da reparação sobretudo quando comparado com as superfícies em que foram utilizados condicionamentos com ácido fosfórico e hidrofluoridrico (Yesilyurt et al, 2009; Karaarslan et al., 2016)

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1.5.6. Brocas diamantadas

Existem opiniões divergentes relativamente à eficácia deste método. Alguns estudos demonstram que a rugosidade superficial causada pela broca é muito irregular, situação que interfere com a adesão (Junior et al, 2009).

1.5.7. Laser

O tratamento de compósitos com laser pode ser um método alternativo de tratamento de superfície na reparação das resinas compostas (Karaarslan et al 2015; Bektas et al. 2012). É capaz de remover materiais restauradores sem a formação de smear layer. Esta iria dificultar a ligação das resinas compostas e consequentemente comprometer a reparação (Karaarslan et al 2015; Kimyai et al. 2010). Além disso, não liberta aerossóis contrariamente ao que acontece com o jateamento de partículas (Kimyai et al., 2010).

Pode ser utilizado em tratamento da superfície da estrutura dentária e foi relatado que o laser tende a produzir efeitos parecidos ao condicionamento ácido das superfícies do esmalte e da dentina(Kimyai et al., 2010).

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2. Objectivo

Esta revisão de literatura tem como objectivos avaliar vários métodos de reparação de compósitos, nomeadamente no que diz respeito a vários tratamentos de superfície:

1-Métodos físicos

• Condicionamento com ácido hidrofluoridrico • Condicionamento com ácido fosfórico

• Jateamento com partículas com partículas de óxido de alumínio • Jateamento com partículas de óxido de alumio modificadas com sílica • Jateamento com partículas de bicarbonato de sódio

• Broca diamantada • Laser

2-Métodos químicos

• Sistemas adesivos • Silano

Deste modo, pretendemos avaliar qual o melhor método a ser aplicado na prática clínica.

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3. Materiais e métodos

No âmbito desta dissertação foi realizada uma pesquisa electrónica até Outubro de 2018 nas bases de dados Pubmed (www.pubmed.com) e Cochrane library (www.cochranelibrary.com).

Na pesquisa, foram considerados artigos em língua inglesa e portuguesa, sem limite temporal e foram seleccionados pelo título e pelo resumo. Foram também incluídos artigos científicos identificados manualmente por serem referenciados na bibliografia dos artigos consultados e disponíveis online no motor de busca Google (www.google.com)

Foram utilizadas as palavras-chave: “surface treatment on repair of composite”, “resin composite repair”, “repair bond strength”, “laser on repair of composite”, “silane on composite repair”.

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4. Resultados

Os avanços das técnicas adesivas influenciaram a abordagem clínica actual na medicina dentária, a qual se baseia no princípio de tratamentos minimamente invasivos com intuito de preservar os tecidos dentários, enfatizando, deste modo, a importância da reparação em vez da substituição da restauração, quando possível (Karaarslan et al, 2015; Rinastiti et al, 2011; Loomans & Özcan, 2016; Andrade et al , 2017).

O procedimento de reparação é considerado um desafio, pois é necessária a adesão de um substracto novo de compósito a um substrato de compósito antigo que apresenta a sua superfície alterada devido à exposição às condições adversas na cavidade oral (Özcan & Pekkan, 2013; Bacchi et al, 2010; Bektas et al, 2012; Fawzy et al, 2008; Bayram et al, 2011).

Adesão entre duas camadas de compósito é conseguida na presença de uma camada de resina não polimerizada que contém ligações duplas de carbono livres. Porém, com o passar do tempo a quantidade de monómeros livres, responsáveis por essa ligação com novos monómeros, diminui, o que dificulta a adesão (Özcan & Dundar, 2014; Yesilyurt et al, 2009; Bacchi,2010; Karaarslan et al, 2015; Fawzy et al, 2008; Wendler et al. 2016; Bayram et al, 2011; Arantes et al,2005).

O facto de a superfície do compósito se alterar conduziu ao desenvolvimento de vários protocolos com o intuito de alterar a superfície do compósito e facilitar a adesão (Andrade et al , 2017; Karaarslan et al, 2015, Rathke et al, 2009; Özcan & Dundar, 2014).

Apesar de na literatura existir uma panóplia de métodos de tratamento de superfície, e de sistemas adesivo passiveis de serem utilizados aquando da reparação, até então não existe um protocolo universal eficaz nos diferentes tipos de compósitos (Rathke et al, 2009; Andrade et al, 2017).

Há três mecanismos susceptiveis de explicar a união de dois substratos de compósitos, nomeadamente através de uma ligação química com a matriz orgânica, através de uma ligação química com as partículas de carga expostas e através de retenção micromecânica pela penetração de novos monómeros nas irregularidades causadas pelos tratamentos de superfície (Karaarslan et al 2015; Yesilyurt at al, 2009; Bacchi,2010; Brosh et al 1997; Wendler et al. 2016).

Na prática clínica, a reparação pode ser realizada com compósitos iguais ou diferentes do originalmente utilizado. Porém, nem sempre é possível identificar o tipo do compósito

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original (Kimyai et al., 2010;Portugal et al, 2002; Loomans & Özcan, 2016).

Em alguns estudos, considera-se imperativo realizar a reparação com o mesmo tipo de compósito (Portugal et al, 2002). Outros estudos chegam a conclusões discordantes e demostram não haver diferença na resistência adesiva da reparação, quando se utiliza compósito diferente do original. (Portugal et al, 2002; Lemos et al., 2016; Yesilyurt at al, 2009).

A quantificação das forças de adesão da reparação tem sido amplamente utilizada na literatura como um factor de sucesso do processo de reparo (Wendler et al., 2016).

Estudos anteriores consideram que valores de SBS de 18 ou 20 a 25 MPa são clinicamente satisfatórios, ainda que não tenham sido feitas avaliações in vivo (kashi et al,2011).

Num compósito envelhecido, a adesão de um novo substracto de compósito diminui de 25% a 80% em relação à força coesiva do material original e, por isso, foram desenvolvidos métodos que tendem a aumentar a resistência adesiva da reparação (Ahmadizenouz et al., 2016).

Podem ser utilizados métodos físicos/mecânicos, que têm por objectivo criar rugosidade e micro-retenções, e métodos químicos que promovem a ligação química entre os substractos à base de resina (Valente et al, 2016).

4.1. Métodos físicos

Normalmente, o procedimento inicia-se com o tratamento de superfície, que permite remover partes da restauração antiga, criar rugosidades, retenções micromecânicas e, consequentemente, aumentar a resistência da reparação (Rathke et al, 2009; Loomans & Özcan, 2016; Brosh et al, 1997; Da Costa et al., 2012).

Sabendo que a rugosidade superficial é conhecida por melhorar a adesão do material, tem sido sugerido que os diferentes métodos podem criar padrões diferentes de rugosidade superficial (Kimyai et al., 2010; Da Costa et al., 2012).

Métodos físicos/mecânicos incluem a utilização de brocas diamantadas, jateamento com partículas de óxido de alumínio, com partículas modificadas com sílica, e com partículas

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e químicos (silano e ou resinas adesiva) (Loomans & Özcan, 2016; Hickel et al, 2013; Yesilyurt at al, 2009).

Os métodos de tratamento de superfície podem produzir diferentes efeitos na superfície do compósito, sendo que os métodos de jateamento com partículas de bicarbonato de sódio e óxifo de alumínio tendem a causar micro-retenções e as brocas diamantadas tendem a causar micro e macro-retenções (Brosh et al, 1997; Yesilyurt at al, 2009; Kimyai et al, 2010).

4.1.1. Ácido hidroflurídrico

O condicionamento com ácido hidrofluoridrico (HF) tem a capacidade de dissolver as partículas de carga presentes nos compósitos, porém, a sua eficácia depende do tipo de partículas de carga do compósito utilizado (Loomans & Özcan, 2016; Junior et al, 2009; Ahmadizenouz et al., 2016).

Estudos sugerem que a acção também depende da microestrutura, já que no estudo de Junior et al os efeitos nos dois compósitos (nanoparticulados e nanohibridos) utilizados foram diferentes, apesar de terem o mesmo tipo de partículas de carga na sua constituição (Junior et al, 2009).

Alguns estudos consideram que este método não é eficaz, que pode provocar a diminuição da resistência adesiva e que poderá resultar eventualmente na dissolução da matriz pelo ácido (Portugal et al, 2002; Bacchi,2010).

Após a dissolução, permanecem espaços deixados pela acção do ácido onde a água poderá penetrar e desorganizar a camada de silano responsável pela união entre a matriz e as partículas de carga (Bacchi et al ,2010; Junior et al, 2009). Este processo poderá enfraquecer e acelerar a degradação do material (Bacchi,2010; Junior et al, 2009).

De forma a provar isso, vários estudos foram efectuados, apresentando valores de resistência adesiva baixos. No estudo de Junior et al, HF produziu o menor valor médio de μTBS (Junior et al, 2009 Brosh et al 1997; Bacchi,2010).

No estudo de Brosh et al, o grupo tratado com HF apresentou menor valor de SBS, quando comparado com os outros métodos utilizados no estudo como as brocas diamantadas e pedras verdes (Brosh et al 1997). O estudo de Yesilyurt et al por seu lado igualmente apresentou valores baixos de SBS (Yesilyurt et al, 2009).

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Contudo, no estudo de Bayram et al, a utilização deste método levou a um aumento de SBS (Bayram et al, 2011)

Até à data não existe um consenso relativamente à concentração ideal e à duração mais efetiva do condicionamento (Loomans & Özcan, 2016).

A contaminação da pele ou mucosa é indolor, porém, pode causar necrose nos tecidos (Loomans & Özcan, 2016; Ahmadizenouz et al., 2016; Bayram et al, 2011). Portanto, quando utilizado na cavidade oral, é imperativo evitar o contacto com a pele e/ou mucosa (Loomans & Özcan, 2016; Ahmadizenouz et al., 2016; Bayram et al, 2011).

De forma a comprovar o efeito do HF, nota-se nas figuras 1 e 2 cujos espécimes foram tratados com HF, a presença de poros nas imagens SEM que resultam da dissolução das partículas de carga (Ahmadizenouz et al, 2016; Yesilyurt et al, 2009)

Figura 1: Superficie tratada com ácido hidrofluoridrico. Adaptada de Yesilyurt et al, 2009

Figura 2: Superficie tratada com ácido hidrofluoridrico Adaptada de Ahmadizenouz et al, 2016

4.1.2. Acido fosfórico

O condicionamento com ácido fosfórico (PA), por sua vez, é eficaz no esmalte e na dentina, por isso é utilizado durante o protocolo de reparação, especialmente quando o defeito envolve esmalte e /ou dentina para além da restauração (Karaarslan et al 2015; Loomans & Özcan, 2016; Yesilyurt at al, 2009; Fawzy et al, 2008; Wendler et al. 2016).

Apesar de não ser eficaz na produção de retenções na superfície do compósito, a sua utilização permite limpeza superficial através da remoção de detritos (Karaarslan et al 2015;

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adesiva da reparação (Wendler et al. 2016).

As figuras SEM 3 e 4 do estudo Yesilyurt et al, 2009 e de Wendler et al demostram um padrão liso, sem rugosidades, nos espécimes tratados com PA

Figura 3: Superficie tratada com ácido fosfórico. Adaptada de Bayram et al, 2011

Figura 4: Superficie tratada com ácido fosfórico. Adaptada de Wendler et al, 2016

Em conformidade com a informação anterior, no estudo de Yesilyurt et al demostrou-se que não houve diferença significativa SBS entre o grupo tratado com PA e o grupo de controlo (sem tratamento de superfície), apresentando ambos valores baixos de SBS (Yesilyurt at al, 2009).

No estudo de Karaarslan et al, comparou-se o efeito de PA 37% , laser de Er: YAG e jateamento com AT de 50 μm por 20 seg nos valores de μTBS, e conclui-se que o grupo tratado com PA apresentou significativamente menor valor (Karaarslan et al 2015).

Relativamente à concentração e tempo de aplicação do PA, existe uma certa diversidade na literatura, com valores que se situam num intervalo que vai de 35% a 40% (Yesilyurt et al, 2009; kashi et al,2011 ; Karaarslan et al., 2016; Bacchi et al,2010; Da Costa et al., 2012; Fawzy et al, 2008; Wendler et al. 2016).

4.1.3. Jateamento com partículas de óxido de alumínio

É um método que permite criar microretenções, aumentar a área de superfície e aumentar a resistência adesiva da reparação (Özcan & Dundar, 2014; Brendeke & Ozcan, 2007; Junior et al., 2009; Cho et al, 2013; Wendler et al. 2016; Barcellos et al., 2015).

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Nota-se nas figuras SEM 4 e 5 que as superfícies tratadas com AT apresentaram um padrão rugoso bem marcado

Figura 5: Superficie tratada com óxido de alumínio Adaptada de Ahmadizenouz et al, 2016

Figura 6: Superficie tratada com óxido de alumínio. Adaptada de Yesilyurt et al, 2009

Quanto realizado com particulas de 50 μm este método permite obter superfícies rugosas, irregulares, com profundidade média de 15 μm e tem sido relacionada com o aumento da resistência adesiva (Rathke et al,2009).

O tratamento de superfície com jateamento de partículas de AT demostrou, em vários estudos, ser eficaz no aumento da resistência adesiva das reparações (Karaarslan et al 2015; Junior et al., 2009; Bradna et al, 2015; Da Costa et al., 2012; Kimyai et al., 2010; Brendeke & Ozcan, 2007; Junior et al., 2009; Cho et al, 2013; Wendler et al. 2016).

Para comprovar esses resultados foram realizados estudos cujos valores de μTBS foram maiores do que no grupo de tratamento com AT (Karaarslan et al 2015). Além disso, no estudo de Yesilyurt at al, não se verificou diferenciação nos valores de resistência adesiva entre os grupos tratados através do jateamento com partículas de AT e SB (Yesilyurt at al, 2009).

O grupo tratado com jateamento apresentou um valor de resistência adesiva superior ao do grupo tratado com DB apesar de existirem estudos em que se obtiveram resultados contrários (Kimyai et al, 2010).

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4.1.4. Jateamento com partículas de óxido de alumínio modificadas com sílica

O jateamento com partículas de óxido de alumínio modificadas com sílica (Cojet) apresenta mecanismos adicionais de retenção, pelo facto de depositar partículas de sílica e de alumina sobre a superfície do material o que permite, aumentar a área de superfície e obter uma ligação química adicional quando for utilizado o sistema adesivo (Junior et al., 2009; Ozcan et al 2007; Wendler et al ,2016).

Apesar de se esperar uma maior resistência adesiva, em alguns estudos, não houve diferença significativa nos valores de resistência adesiva, nem a nível da rugosidade de superfície causada pelos dois métodos (Junior et al., 2009; Wendler et al ,2016; Cho et al, 2013). Porém, no estudo de Rathke et al o jateamento com AT resultou em rugosidades mais profundas do que Cojet. Porém, sugere-se que a diferença dos valores de SBS, com maior expressão no grupo tratado com AT, ficou a dever-se à diferença de tamanho das partículas utilizadas (Ranthke et al, 2009)

O jateamento com partículas de AT e com partículas modificadas com silica resulta no aumento dos valores médios de SBS, independentemente do método adesivo utilizado posteriormente (Bacchi et al,2010).

Na figuras SEM 6 e 7 verificou-se que os espécimes tratados com Cojet apresentaram um padrão rugoso acentuado porém, não foi possível observar incorporações das partículas de sílica (Rathke et al, 2009)

Figura 7: Superfície tratada partículas modificadas com sílica. Adaptada de Rathke et al, 2009

Figura 8: Superfície tratada com partículas modificadas com sílica. Adaptada de Junior et al, 2008

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4.1.5. Jateamento com partículas de bicarbonato de sódio

À semelhança do jateamento com particulas de AT e Cojet, este método permite criar rugosidade micro-retentivas nas superficies dos compósitos (Brosh et al ,1997; Bayram et al, 2011).

Na figura SEM 8, nota-se que grupo tratado com SB apresentou um padrão de rugosidade acentuado e quando foi feita a comparação no estudo, levou á conclusão de que o padrão era próximo do causado pela AT (Yesilyurt et al, 2009)

Figura 9: Superfície tratada com partículas de bicarbonato de sódio Adaptada de Yesilyurt et al, 2009

Estudos realizados concluiram, que este método é mais eficaz na produção de rugosidades e de aumento dos valores de resistência adesiva do que os métodos de condicionamento com PA e HF (Yesilyurt at al, 2009; Brosh et al ,1997; Bayram et al, 2011).

Além disso, este método não apresentou diferenças significativas relativamente a valores de SBS quando comparado com o tratamento com partículas de AT (Yesilyurt at al, 2009).

4.1.6. Brocas diamantadas

A utilização de brocas diamantadas (DB) leva à remoção da camada superficial de compósito e expões as partículas de carga. Alguns estudos defendem que isso poderá danificar as características da superfície do compósito assim como os demais métodos físicos(Bayram et al, 2011).

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diferentes tamanhos de grão, tende a originar macroretenções, miroretenções e sulcos de diferentes profundidades (Yesilyurt at al, 2009; Valente et al., 2015; Nagem-Filho et al, 2003; Bayram et al, 2011).

A sua acção depende do tamanho dos grãos, da pressão com que são utilizados e do tipo de compósito utilizado (Nagem-Filho et al, 2003). No entanto, no estudo de Costa et al a não se obteve diferenças significativas de resistência adesiva à tracção com a utilização de diferentes tamanhos de brocas diamantadas e verificou-se que mesmo obtendo perfil ou forma de rugosidade diferente (figuras 10 e 11), o padrão de microretenção obtido foi similar (Costa et al. 2012).

Figura 10: Superfície tratada com broca diamantada de grão grosso. Adaptada de Costa et al,2012

Figura 11: Superfície tratada com broca diamantada de grão fino. Adaptada de Costa et al,2012

Porém, existe uma certa divergência relativamente aos efeitos das DB nas superfícies dos compósitos (Junior et al., 2009).

A utilização de DB pode comprometer a adesão devido à formação de smear layear (Da Costa et al, 2012; Lemos et al., 2016; Kimyai et al., 2010). Nalguns estudos, o condicionamento com PA é realizado de forma a promover a limpeza da superfície após a utilização de DB (Ranthke et al, 2009)

No estudo de Da Costa et al, as imagens SEM demostram que as superfícies tratadas com brocas de grão grosso e as tratadas com AT apresentaram maior rugosidade do que as tratadas com brocas finas e médias (Da Costa et al., 2012). Porém, o aumento da rugosidade não significa necessariamente maior área de superfície para adesão, já que no estudo de Da Costa et al o que aumentou os resultados de resistência adesiva foi o padrão irregular causado

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pelo AT mais do que o padrão regular que foi conseguido com a broca de grão grosso (Da Costa et al., 2012).

Alguns estudos atestam o efeito positivo das brocas diamantadas nos valores de SBS (Yesilyurt at al, 2009; Bektas et al, 2012; Lemos et al., 2016; Bayram et al, 2011).

Quando comparado com outros métodos de tratamento de superfície, o tratamento com brocas diamantadas tem apresentado valores elevados de resistência à adesão, valores menores que o AT e valores maiores que a superfície que não sofrera tratamento (Costa et al, 2010). Igualmente, o estudo de Yesilyurt at al, apresentou valores elevados de SBS e próximos do grupo tratado com AT (Yesilyurt at al, 2009).

4.1.7. Laser

Tem sido utilizado como método alterativo, por não levar a formação de smear layer e por não libertar aerossóis aquando da remoção da camada superficial do compósito (Karaarslan et al 2015). Porém a sua eficácia depende da composição do compósito e de parâmetros do próprio laser (Karaarslan et al 2015; Ghavam et al, 2018). No entanto, este método exige equipamento especiais e clínicos com alguma experiência (Ghavam et al, 2018).

O uso de lasers Er: YAG e o laser Er, Cr: YSGG, tem-se revelado eficaz no tratamento superficial da estrutura dentária e foi relatado que o laser Er, Cr: YSGG é capaz de produzir rugosidade superficial próximas das produzidas pelos outros métodos de tratamento de superfície (Kimyai et al , 2010; Ahmadizenouz et al., 2016)

Nas figuras SEM 12 e 13 nota-se que o tratamento com laser causou um padrão com exposição das partículas de carga (Ahmadizenouz et al., 2016; de Karaarslan et al, 2015)

No estudo de Kimyai et al verificaram-se valores de resistência adesiva próximos dos valores do grupo tratado com óxido de alumínio e maior do que os registados no grupo tratado com broca diamantada (Kimyai et al , 2010). A justificação do valor de resistência adesiva maior do que os decorrentes da utilização de broca diamantada deve-se ao facto do laser não promover a formação de smear layer que tende a dificultar a acção dos adesivos (Kimyai et al , 2010; Fornazari et al, 2017).

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Figura 12- Superfície tratada com laser. Adaptada de Karaarslan et al, 2015

Figura 13- Superfície tratada com laser. Adaptada de Ahmadizenouz et al, 2016

No estudo de Ghavam et al, a utilização de laser como tratamento de superfície levou ao aumento de valores μTBS quando comparados com os grupos condicionados com ácido (Ghavam et al, 2018).

No estudo de Ghavam, o laser utilizado obteve valores mais elevados de resistência adesiva do que na maioria dos grupo porém esta diminui para um tipo de compósito utilizado (Ghavam et al, 2018)

As imagens SEM do estudo Ahmadizenouz et al revelaram que o tratamento com laser resultou na formação de um padrão micro-retentivo, ainda que menos proeminente do que nos outros métodos utilizados, sem formação de smear layer, e verificaram-se valores elevados de resistência adesiva (Ahmadizenouz et al., 2016).

No estudo de Bektas et al também não se verificou diferença significativa entre o grupo tratado com laser e o tratado com broca diamantada (Bektas et al., 2012).

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4.2. Métodos químicos

O recurso a métodos químicos pode consistir na aplicação de um adesivo, na aplicação de silano ou, então, na combinação dos dois (Bacchi et al ,2010; Rathke et al, 2009; Brendeke & Ozcan, 2007).

4.2.1. Adesivos

Em estudos anteriores, a retenção mecânica foi considerada o factor principal na reparação (Brosh et al, 1997; Kashi et al, 2011; Brendeke & Ozcan, 2007; Wendler et al., 2016).

Porém, após o tratamento de superfície, impõe-se a utilização de adesivos para a adesão de dois substratos de compósito através do contacto intimo dos substractos , com o intuído de se obter o aumento da resistência adesiva das reparações (Portugal et al, 2002; Yesilyurt at al, 2009; Pavel Bradna, 2015; Özcan et al , 2012; Da Costa et al., 2012; Lemos et al., 201; Fornazari et al, 2017).

Estudos realizados atestam o efeito sinérgico resultante da combinação entre tratamentos de superfície e agentes adesivos, que se traduz no aumento da resistência adesiva da reparação (Yesilyurt at al, 2009; Rathke et al, 2009; Fornazari et al, 2017; Fornazari et al, 2017; Staxrud & Dahl, 2011; Arantes et al., 2005) .

Portanto, após o tratamento pelos métodos físicos, a utilização de um adesivo é indispensável para que os valores de resistência adesiva sejam semelhantes aos valores do compósito quando não tratado (Arantes et al., 2005).

Actualmente, existe uma panóplia de adesivos que promovem a união do compósito ao esmalte e/ou dentina, não obstante o facto de ainda não ter sido desenvolvido um sistema específico para as reparações de compósito (Bradna, 2015; Loomans & Özcan, 2016).

O aspecto positivo ou a vantagem da utilização de adesivos deve-se ao facto de permitir a ligação química entre a matriz e as partículas de cargas expostas dado que o novo compósito apresenta capacidade de difusão limitada pelas microrugosidades devido à sua elevada viscosidade (Wendler et al. 2016; Arantes et al., 2005).

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pelos métodos fisicos, o que permite consequentemente obter uma adesão adequada entre os dois substractos (Wendler et al. 2016; Rathke et al, 2009; Portugal et al, 2002; Hickel et al, 2013; Valente et al., 2015).

Além disso, devido à penetração de monómeros, formar-se-á uma camada não polimerizada na superficie rugosa do compósito facilitando a adesão ao novo substracto (Wendler et al. 2016; Özcan et al. 2007).

Estudos anteriormente realizados comprovaram diferenças significativas de resistência adesiva entre os tipos de sistema adesivo. No entanto, no estudo de Karaaslan et al, não se verificaram diferenças significativas de resistência adesiva, usando dois sistemas adesivos diferentes (Self-etch de 1 passo e de 2 passos) (Karaarslan et al 2015). O mesmo aconteceu em outros estudos cuja utilização de diferentes adesivos não resultou em valores significativamente diferentes de resistência adesiva (Portugal et al, 2002; Wendler et al. 2016; Arantes et al., 2005).

Igualmente, no estudo de Rathke et al todos os grupos a que foram adicionados adesivos, apresentaram aumento dos valores de resistência adesiva apesar do aumento não ter sido significativo para todos os grupos (Rathke et al, 2009). No mesmo estudo foi utilizado primer porém este não aumentou a resistência adesiva pelo que se considera que o primer pode ser utilizado apenas quando o defeito envolve a dentina (Rathke et al, 2009).

4.2.2. Silano

O Silano é uma molécula bifuncional constituida por duas extremidades funcionais: a extremidade com o grupo silanol (Si-OH) e na outra extremidade o grupo metacrilato que contém ligações duplas de carbono(C=C) (Brendeke & Ozcan, 2007; Brosh et al, 1997; Loomans & Özcan, 2016; Kashi et al, 2011; Ahmadizenouz et al., 2016; Cho et al, 2013; Cavalcante et al., 2014).

O grupo silanol estabelece ligações covalentes com as particulas de carga expostas e, na outra extremidade , o grupo de metacrilato liga-se ao grupo metracrilato da matriz da resina (Brendeke & Ozcan, 2007; Brosh et al, 1997; Loomans & Özcan, 2016; Kashi et al, 2011; Ahmadizenouz et al., 2016; Cho et al, 2013; Cavalcante et al., 2014).

A aplicação de silano tem-se mostrado eficaz a nível de aumento de resistência de união. Aumenta o molhamento das superfícies o que facilita a difusão do agente adesivo

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(Wendler et al. 2016; Staxrud & Dahl, 2015; Barcellos et al., 2015).

Estudos anteriores referem que a adição de silano não interfere significativamente com a resistência adesiva (Kashi et al, 2011; Da Costa et al., 2012; Cho et al, 2013).

Os resultados do estudo de Brendeke & Ozcan estão em conformidade com os estudos anteriores, pois o recurso à associação silano e adesivo não se traduziu no aumento da resistência da reparação quando comparado com o grupo tratado apenas com silano(Brendeke & Ozcan, 2007).

Contrariamente, no estudo de Staxrud & Dahl os grupos tratados com silano ou cujo sistema adesivo incluía o silano apresentaram valores significativamente maiores de resistência (Staxrud & Dahl, 2015). Igualmente em outros estudos , notou-se ser vantajoso a utilização de silano após o tratamento de superficie (Ahmadizenouz et al., 2016; Wendler et al. 2016 ).

Em outros estudos, a aplicação de silano seguida de resina adesiva resultou em valores altos de SBS (Kashi et al, 2011; Brosh et al, 1997; Rinastiti et al., 2011).

Estudos sugerem que a utilização de silano aumenta o molhamento da superfície por facilitar a difusão do agente adesivo e promover a ligação química entre a matriz do compósito e as partículas de carga de vidro e (Fawzy et al, 2008; Ahmadizenouz et al., 2016; Fornazari et al, 2017; Wendler et al. 2016).

No estudo de Fornazari et al, os valores de SBS obtidos foram maiores nos grupos em que foram utilizados silano ou adesivo MDP que contém silano antes da aplicação do adesivo hidrofóbico (Fornazari et al, 2017).

Entretanto, a aplicação de silano tem sido associada a aumento de resistência adesiva, mas apenas quando é seguido da aplicação de um adesivo (Da Costa et al, 2012). O aumento da resistência adesiva quando se aplica silano e adesivo não é significativamente superior à que resulta da aplicação apenas adesivo, o que permite concluir que a aplicação de silano pode ser suprimida (Da Costa et al, 2012).

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5. Conclusões

✓ Os tratamentos que envolvam reparação de compósitos devem sempre iniciar-se com os métodos físicos de forma a eliminar a camada superficial de compósito que se encontra alterada com o envelhecimento.

✓ O ácido hidrofluoridrico não deve ser utilizado como rotina na prática clínica devido aos riscos de necrose dos tecidos.

✓ A utilização de ácido fosfórico, apesar de não apresentar valores elevados de resistência adesiva, torna-se vantajosa após o tratamento com broca diamantada devido à sua capacidade de limpeza da superfície o que permite aumentar a área de superfície. ✓ O jateamento com partículas de óxido de alumínio e de óxido de alumínio modificado

com sílica têm apresentado elevados valores de resistência adesiva o que demostra ser mais eficaz do que os outros métodos.

✓ A utilização de broca diamantada, além de ser um instrumento de fácil acesso numa clinica dentária, também permite obter valores altos de resistência adesiva sobretudo quando é seguida de utilização de ácido fosfórico

✓ A utilização de laser demostrou ser vantajoso por permitir remover a camada superficial do compósito sem a produção de aerossóis e de smear layer porém, necessita de equipamentos especializados

✓ A utilização de adesivo é obrigatória após a utilização dos métodos físicos de forma a permitir uma ligação duradoura e eficaz entre os dois substractos de compósito

✓ A aplicação de silano pode ser suprimida

✓ Os inúmeros estudos que comparam os efeitos de cada método na reparação de compósito, ainda não permitiram definir um método considerado universal para vários tipos de compósito

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6. Referências Bibliográficas

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(46)
(47)

Artigo Compósito Processo de envelhecimento

Tratamento de superficie

Sistema adesivo Compósito reparador SBS

Portugal et al, 2002 ( IN VITRO) 80 discos de compósito híbrido (Tetric, Ivoclar-Vicadent) Após a polimerização, foi realizado polimento com lixas de carbureto de silício de grão 220,320, 200 e 1000 Armazenamento em água destilada durante 2 anos a 37ºC

Após a reparação, foram armazenados em água destilada a 37ºC por 7 dias

Depois foi realizada termociclagem com 500 ciclos, temperatura entre 5 e 55ºC com tempo de imersão de 20 seg e de transferência 6 seg Os espécimes foram novamente sujeitos à acção abrasiva de uma lixa de carbureto de silício e condicionada com ácido fosfórico 35% por 30 seg Espécimes divididos em 4 grupos : Grupo 1=Scotchbond 1 Grupo 2= One-Step Grupo 3=SYntac Sprint Grupo 4=adesivo do sistema Scotchbond Multi-Purpose Plus(controlo)

Cada grupo foi dividido em dois subgrupos:

Subrupo 1= compósito Tetric ( Ivoclar Vivadent)

Subgrugo 2= Z100 (3M Dental Products)

Todos os adesivos foram aplicados aquando da reparação dos dois tipos de compósitos

Os valores médios de SBS foram os seguintes:

Grupo 1 de adesivo+compósito reparador Tetric= 10.97

Grupo 2 de adesivo+compósito reparador Tetric=13.40

Grupo 3 de adesivo+compósito reparador Tetric=9.88

Grupo4 de adesivo + compósito reparador Tetric=10.29

Grupo 1 de adesivo+ compósito reparados Z100=10.97

Grupo 2 de adesivo+ compósito reparador Z100=12.12

Grupo 3 de adesivo+ compósito reparador Z100=12.58

Grupo 4 de adesivo+ compósito reparador Z100=10.33

Os valores médios mais baixos foram nos grupos reparados com o mesmo compósito e sistemas adesivos syntatic Sprint e

Scotchbond 1 e o grupo com valor mais elevado foi o grupo tratado com o mesmo tipo de compósito mas com o adesivo One-Step.

(48)

Artigo Compósito Processo de envelhecimento

Tratamento de superficie

Sistema adesivo Compósito

reparador Análise SEM μTBS Junior et al, 2008 (IN VITRO) 40 blocos de compósito microhibrido Filtek Z250TM e nanoparticulados Filtek SupremeTM Os espécimes foram armazenados em água destilada por 9 dias a 37ºC Após o envelhecimento foram divididos em grupos: Grupo 1= ataque ácido com HF a 9.5% por 2 minutos Grupo 2= tratado DB de 100 µm Grupo 3= tratado com partículas de óxido de alumínio de 25 µm por 20 seg Grupo 4= jateamento com partículas de partículas de alumínio modificado com sílica de de 30 µm(Cojet) Foram adicionados Silano e/ou sistema adesivo (AdperTM Single Bond Plus, 3M / ESPE) Os compósitos foram reparados com o mesmo tipo de compósito DB criou um padrão de rugosidade semelhante para ambos os compósitos As superfícies tratadas com HF revelou que as partículas expostas foram totalmente removidas da superfície do compósito de

nanopartículas, mas isso não se verificou nos microhibridos. As superfícies tratadas com AT e Cojet apresentaram padrão de rugosidade semelhante Valores médios de μTBS: HA resultou em menor valor nos dois tipos de compósitos utilizados

O maior valor médio foi dos grupos tratados com AT e Cojet, independente do método adesivo utilizado

Os grupos tratados com DB apresentaram valores intermédios

Os grupos de compósito

nanoparticulado apresentou valores altos quando tratado com AT ou Cojet excepto quando tratado Cojet e silano

Tabela 2- Resumo do artigo Junior et al, 2008

(49)

Artigo Compósito Processo de envelhecimento

Tratamento de superficie

Sistema adesivo Compósito

reparador SBS Beckas et al 2011 (IN VITRO) 90 blocos de compósito hibrido (Esthet·X, Dentsply) Foram divididos em 4 grupos de acordo com :

Grupo 1-grupo de controlo(armazenameto em água destilada a 37ºC por 24 h) Grupo 2-exposto a 1000 termociclos Grupo 3-exposto a 5000 termociclos Grupo 4-exposto a 10000 termociclos

Cada termociclo foi realizado a temperada de 5 e 55º C com tempo de imersão de 30 seg Divididos em 2 grupos de tratamento de superfície: subgrupo 1- Tratado com DB subgrupo 2- tratado com laser Er:YAG Todas as superfícies foram tratas com ácido fosfórico 37% por 15 seg

Adesivo TE (Prime & Bond NT, Dentsply, DeTrey, Konsta nz, Germany) Compósito microhibrido TEGDMA (Filtek Z250, 3 M ESPE)

Não houve diferença significativa entre os valores de SBS dos dois tratamentos de superfície

No subgrupo tratado com DB que fora exposto anteriormente a 5000 e 10000 termociclos apresentou diminuição de valores SBS mais acentuados

No subgrupo tratado com laser que fora exposto anteriormente a 10000 termociclos houve uma diminuição acentuada de SBS quando comparado com o grupo controlo

Tabela 3- Resumo do artigo Becktas et al, 2011

Objectivo do artigo:Avaliar o efeito de tratamento de superfície com broca diamantada e laser e o efeito de três métodos de envelhecimento na resistência adesiva ao microcisalhamento

(50)

Artigo Compósito Processo de envelhecimento

Tratamento de superficie Sistema adesivo ou

silano Compósito reparador SBS Brosh et al,1997 (IN VITRO) 360 espécimes de compósitos Pertac híbridos (Espe, Seefeld, Alemanha) e Silux Plus (3M, St. Paul, Minn.) Colocados em água destilada, e armazenado numa estufa a 37 ° C por 14 dias Após a reparação, foram colocados em água destilada e armazenados numa estufa a 37 ° C por 14 dias Aseguir foram expostos a 300 termociclos a 5 ° e 55 ° C, com um tempo de imersão de 30 seg

Foram divididos em 6 grupos de 60 espécimes cada:

Group 1- Grupo controlo (sem tratamento de superfície)

Group 2- tratado com DB

Group 3 - jateamento com partículas de AT de 50 µm por 10 seg

Grupo 4- jateamento com partículas de SB por 5 seg

Grupo5-tratado com pedra verde

Grupo 6- ataque ácido com HF 9.5% por 60 seg

Cada grupo foi dividido em 3 subgrupos de 20 espécimes cada e submetidos a um agente de ligação diferente:

Grupo 1- Grupo de controlo (sem agente de ligação)

Grupo 2-resina bis-GMA sem partículas de carga (Enamel Bond, Ultradent Products) Grupo 3- silano Compósito microparticulado (Silux Plus, 3M Dental Products) Valores médios de SBS:

Grupo 2(DB) e 5(pedra verde) produziram valores maiores de SBS 7,90 e 7,93 MPa, respetivamente, apesar da diferença não ter sido significativa.

Grupo 6 (HF) com silano ou resina bis-GMA sem partículas de carga apresentou valores de SBS mais baixos

Quando foram aplicados silano ou resina bis-GMA, o SBS melhorou em todos os grupos de tratamento de superfície e não apresentaram valores significativamente diferentes entre eles

.

Tabela 4- Resumo do artigo de Brosh et al,1997

(51)

Artigo Compósito Processo de envelhecime

nto

Tratamento de superficie Sistema adesivo Compósito

reparador

Análise SEM Rugosidade, profundidade média

de superfície e resistência adesiva

Costa et al 2011 (IN VITRO) 50 blocos de compósito (Opallis, FGM Dental) Os blocos foram polidos Os espécimes foram armazenados em água a 37ºC por uma semana Os espécimes foram divididos aleatoriamente em 5 grupos: Grupo 1-grupo controlo(sem tratamento

Grupo 2- tratado com DB de grão fino (tamanho médio de 46 μm)

Grupo 3- tratado com DB de grão médio (tamanho médio de 91 μm)

Grupo 4- tratado com DB de grão grosso (tamanho médio de 151 μm)

Grupo 5- Jateamento com partículas de AT de 50 μm Todos os grupos foram tratados com ácido

fosfórico a 35% por 30 seg

Cada grupo foi dividido em 2 subgrupos:

Subgrupo 1-Adesivo hidrofóbico (Adper Scotchbond Multi Purpose Plus, 3M ESPE Adper) Subgrupo 2- Adesivo hidrofílico (Adper Single Bond 2, 3M ESPE) Compósito Opallis, FGM Dental O padrão de rugosidade conseguido pelas DB apresenta picos e vales com dimensões semelhantes

O padrão conseguido pelo tratamento com AT apresenta

rugosidades com picos e vales de dimensões diferentes e padrão irregular

Maior rugosidade foi obtida pelo grupo DB de grão grosso seguido do grupo AT. O que apresentou menor rugosidade foi o grupo tratado com DB de grão fino

Maior profundidade de superfície foi obtida pelos grupos tratados com AT e DB de grão grosso

O grupo tratado com AT

apresentou valores superiores de AT, seguido do grupo tratado com DB de grão grosso,

independentemente do adesivo

O grupo sem tratamento foi o que apresentou menor resistência adesiva

Imagem

Figura  1:  Superficie  tratada  com  ácido  hidrofluoridrico. Adaptada de Yesilyurt et al,  2009
Figura  4:  Superficie  tratada  com  ácido  fosfórico. Adaptada de Wendler et al, 2016
Figura 5: Superficie tratada com óxido de  alumínio  Adaptada  de  Ahmadizenouz  et  al, 2016
Figura  7:  Superfície  tratada  partículas  modificadas  com  sílica.  Adaptada  de  Rathke et al, 2009
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Referências

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