. Í
I
FABRICIO
DE
OLIVEIRA
FERREIRA
_RESULTADO
DO TRATAMENTO
ENDOVASCULAR
DA
1)1ssEcÇÃo
AÓRTIÇA
TIPO
111
coM
ENDQPRÓTESE
A1>oLo®
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde
Santa Catarina,para
a conclusãodo
Curso
-
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis'
Universidade Federal de Santa Catarina
RESULTADO
DO TRATAMENTO
ENDOVASCULAR
DA
D1ssEcÇÃO
AÓRTICA
TIPO
111
COM
ENDOPRÓTESE
A1>OLO®
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde
Santa Catarina,para
a conclusãodo Curso
de
Graduação
em
Medicina.Coordenador
do Curso:
Prof.
Dr.
Edson
José
Cardoso
Orientador:
Prof.
Dr. Gilberto
do
Nascimento
Galego
Co-Orientador:
Prof.
Dr. Pierre
Galvagni
SilveiraFlorianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal de
Santa Catarina - Curso de Graduação
em
Medicina.1.Dissecção aórtica tipo III. 2. Endoprótese. 3. Tratamento
Ao
meu
orientador, Prof. Dr. Gilberto do Nascimento Galego, Professor de TécnicaOperatória e Cirurgia Experimental da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC),
peloapoio e incentivo na realização deste trabalho,
mas
principalmente, por sua deterrninação eprofissionalismo tanto
como
médico
quantocomo
docente daUFSC.
Ao
Prof. Dr. Pierre Galvagni Silveira, co-orientador deste trabalho, cuja experiência edeterminação
com
relação à pesquisa científica foram imprescindíveis na realização deste estudo.Ao
Prof. Dr.Edson
José Cardoso, coordenadordo
curso de Medicina daUFSC,
por seuempenho
na qualidade e ética dos médicos formadosem
nossa universidade.Aos
pacientes-
cuja cura e obem
estar sempre foram os maiores objetivos deste estudo.Aos
doutores Gilbertodo
Nascimento Galego, Pierre Galvagni Silveira, AntônioKambara, Marco
Antônio Lourenço, Ronei Antônio Sandrini e PatrickCandemil
pelofomecimento dos dados relativos aos implantes das endopróteses e aos
acompanhamentos
dospacientes que fizeram parte do estudo.
Aos
colegas Gabriel El-Kouba Júnior,Marco
Aurélio Schmitz, Juliana StradiottoSteckert, Antônio Krieger, Elisa Alberton Hass, Luísa
Guedes
de Oliveira, Clarissa AlbertonHass, Gustavo Pelandré, Bruna Serpa e Henrique Sandrini Cascaes
também
bolsistas daNano
Endoluminal e que compartilharam
comigo
váriosmomentos
importantes na empresa, nauniversidade e nos eventos dos quais participamosjuntos.. '
^
4
À
funcionária Nívea Salvador daNano
Endoluminal, pela simpatia e boa vontadeem
todos os
momentos
que precisei de seu auxílio. _Aos meus
colegas de graduação pelos inesquecíveis seis anos de faculdadeonde temos
passado, seguramente, mais horas juntos do que passamos
com
nossos próprios familiares.A
todaminha
família, pela confiançaem
mim
depositada e pelo incentivo nosmomentos
RESUMO
... .. ¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢¢nSUMARY
... ..1.INTRODUÇAO
... ..2.0BJETIVO
... ..3.MÉTODo
... ..4.REsULTAD0s
... ..s.D1sCUssAo
... ..ó.CoNCLUsÃ0
... ..REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..APÊNDICE
... .. ooooooooooooooooooooooooo ao øøøøøøøøøøøøøøøøøøøøøøøøø eo ... Q. uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu uz ooooooooooooooooooooooooo ou ... 1. ›››››››››››››››››››››››››› nz ...n ... ó. ... z. ... zz ... .- ...zzO
objetivo deste estudo é avaliar a eficácia do tratamento endovascular das dissecçõesaórticas tipo III através do
emprego
da endoprótese Apolo®.Realizou-se
um
estudo prospectivo, descritivo e multicêntricocom
pacientes submetidosao implante da endoprótese
Apolo®
para o tratamento de dissecção aórtica tipo III durante operíodo de outubro de 1999 a setembro de 2002.
Os
procedimentos foram realizados porcirurgiões vasculares e radiologistas intervencionistas das seguintes instituições: Clínica
Imagem
-
Florianópolis / SC, ClínicaSOS
Cardio-
Florianópolis / SC, Santa Casa de Misericórdia-
Curitiba/ PR, Hospital do Cecor
-
Curitiba/PR
e Hospital Santa Isabel- Blumenau/
SC.Foram
incluídos neste estudo os pacientes cujas comorbidades contra-indicavam o tratamento
convencional, os pacientes que apresentavam sinais de expansão nos
exames
deimagem
eaqueles que apesar da terapia medicamentosa, persistiram
com
quadro álgicoem
região dorsal oufator de risco de difícil controle,
como
hipertensão arterial sistêmica refratária ao tratamentoclínico.
Dos
onze pacientes avaliados, três apresentaram vazamento cujoemprego
deuma
segunda prótese
promoveu
resolução completa desta complicação. Dois pacientesabandonaram
oacompanhamento
clínico eum
paciente foi a óbito por causa não definida.Os
demais pacientesvêm
realizando osacompanhamentos
cujo período varia de 15 a 45 meses.O
tratamento endovascular da dissecção aórtica tipo III atravésdo
emprego
daendoprótese
Apolo®
mostrou--se eficaz.The
objective of this study is to evaluate the effectiveness of the endovascular treatmentof type III aortic dissection by the use of the
Apolo®
stent-graft.From
October 1999 to September2002
a prospective, descriptive and multicentric studywas
developed with patients submitted to the implantation of theApolo®
stent-grafl for thetreatment of type III aortic dissection.
The
procedureswere
made
by vascular surgeons andinterventional radiologists from the following institutions: Clínica
Imagem «
Florianópolis / SC,Clínica
SOS
Cárdio-
Florianópolis / SC, SantaCasa
de Misericórdia-
Curitiba/ PR, Hospitaldo
Cecor
-
Curitiba /PR
and Hospital Santa Isabel-
Blumenau
/ SC. Symptomatic andassymptomatic patients
whose
imageexams
presented expansionwere
included in this study.Patients that presented expansion
on
imagingexams
and those that, despite therapy, hadpersistent dorsal pain or hard to control risk factors, like non-responsive arterial hypertension,
were also included.
From
the eleven patients evaluated, three presented leaking inwhich
a secondgraft implant
was
necessary to solve the complication.Two
patientswere
not followedup
andone died of an
unknown
cause.The
other patients are being followedup
without anycomplications. -
. Endovascular treatment of type Ill aortic dissection is a minimally invasive method, safe,
effective and with a small rate of complications, so, it can beconsidered an altemative to
conventional treatment.
The
application of theApolo®
stent-graftseemed
effective for type IIIaoitic dissection in this study. '_
Morgagni,
em
1761, provavelmente foi o primeiro a providenciaruma
descrição clarasobre três pacientes
com
dissecção aórtica.' Manouir,em
1802, aplicou o termo “dissecção” eapropriadamente o associou
com “uma
alteração através da circunferência da aorta” e o francêsRené
Laennec utilizou o termo “aneurisma dissecante” pela primeira vezem
1819.2O
evento inicial na dissecção aórtica é a ocorrência deuma
ruptura da parede, a qualresulta na separação das
camadas
dessa artéria.O
sangue contidono
falso lúmenpode
retomar àluz verdadeira através de .outra abertura ao logo da árvore arterial.
A
dissecçãopode
surgirem
qualquer sítio, sendo que, o mais
comum
deles está localizado na aorta ascendente, a algunscentímetros da válvula aórtica. Outro local
comum
de dissecção é a aorta torácica descendente,distalmente a origem da artéria subclávia esquerda? '
A
dissecção aguda é caracterizada poruma
evolução inferior a 2 semanas, sendo definidacomo
crônica após este período.O
sintoma maiscomum
de dissecção aguda é a dor, que é descritacomo
de início súbito e de forte intensidade, principalmente no começo.A
localização dador pode ser na região anterior do tórax, na região interescapular ou
em
ambos
os locais.Manifestações vasovagais
podem
ocorrer,como
sudorese, náuseas, vômitos e síncope.M5
A
classificação de Stanford proposta por Daily et alô divide as dissecções aórticasem
2tipos: tipo A, envolvendo a aorta ascendente, independente
do
tamanho
do acometimento intimalou
da extensão distal da dissecção; e tipo B, dissecção que não envolve a aorta ascendente. Pelaclassificação de
DeBakey
a dissecção tipo I envolve a aorta ascendente, arco aórtico e aortadescendente; a dissecção tipo II é restrita, à aorta ascendente; e a tipo III atinge a aorta
descendente distalmente à artéria subclávia.
Em
grande parte dos pacientes o processo dedissecção está limitado a aorta torácica descendente, aplicando-se a este subgrupo o termo tipo
llla. Outras vezes a dissecção ultrapassa o diafragma, envolvendo a aorta abdominal e
em
K ifyfi ¬ - ' 1 í :'›*"“""- rt « M 24.. ' .1>ê›~ffšf *'"iÍ`“f"I f 5;. ~
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Ç 31 1 A 'H `›'í rf “ fi . ¡ ,Y ~' J . -- :_ - › -',,›_ ii , 'g' r: Q' .-* -_ .¡ x _ - .‹ _-,- š _ e .¿â ‹‹ z f 5 Í z*É
_ .xz¿_#f.`~ -z .¡_ë'ív"f ƒfzfe' t i ' "59 1 - . I 9 , 5' = * , _ _ . ,e~',Í×Í"ri*, _ ;-.*,&,›”w*?§ç_ .=<,›*f'%**>‹8'.- . - » _ ‹ .~°í` _ ¬Fig.l: Classificação de DeBakey das dissecções aórticas
Caracteristicamente, o paciente
com
dissecção aguda da aorta apresenta sinais clínicos dechoque periférico (sudorese, agitação, inquietude, palidez cutaneomucosa) e, contudo, a
medida
da pressão arterial revela hipertensão arterial sistêmica
como
regra, principalmenteno
tipo B.Os
pacientes que se apresentam inicialmente
com
síndrome de choque periférico e queconseguem
sobreviver até o atendimento médico são, na grande maioria, do tipo
A
e o choque é cardiogênicodevido ao
tamponamento
cardíaco ou infarto agudodo
miocárdiofAs
complicações agudas das dissecções incluem oclusão de ramos aórticos resultandoem
infartos
do
miocárdio, acidentes vasculares cerebrais(AVC),
isquemias viscerais e dasextremidades, obstrução e ruptura aórtica.
M5
O
primeiro diagnóstico clínico correto de dissecção foi feito por Swain e Lathropem
1855, tendo sido, na verdade o primeiro diagnóstico antemortem de dissecção aórtica.
Krukenberg
em
1920 confirma a ruptura de vasavasorum
-
e não só a laceração da íntima-
como
fator precipitante da dissecção aórtica.”Os
pioneiros da terapêutica cirúrgica da dissecção aórtica foramDeBakey,
Cooley eCreech que propuseram,
em
1955, a excisão do segmento da laceração da íntima e reanastomoseApós
a publicaçao dos resultados deDeBakey, houve
um
enorme
entusiasmo pelaabordagem
cirúrgica imediata da dissecção aguda da aorta, fosse ela
do
tipo I, ll ou lll, complicadaou
nãofHirst et al. apud Anacleto' encontraram
uma
relação deuma
dissecçãoem
cada 363autópsias no período de 1933 a 1954
-
uma
incidência de aproximadamente 0,27%. Outrosestudos sobre incidência de dissecção aórtica realizados na
Dinamarca
em
1964 revelam que adissecção aórtica é
50%
mais freqüente que a ruptura deum
aneurisma abdominal e 4 vezes maisfreqüente que a ruptura de
um
aneurisma torácico.'Segundo
Sabiston apud Anacleto', as dissecções aórticas são três vezes mais freqüentesno
sexo masculino e
50%
das dissecções observadasem
mulherescom
menos
de40
anos ocorremdurante a gestação.
A
dissecção apresentauma
faixa de ocorrência principal para o sexomasculino entre 45 e 70 anos. Existe
uma
história de hipertensão arterialem
80 a90%
dospacientes e esses valores
chegam
a95%
se as dissecções são de aorta descendente.A
dissecçãodo
tipoA
de Stanford (proximal) é quatro vezes maiscomum
que ado
tipoB
(distal).A
incidência
também
é maiorem
pacientes que apresentam oschamados
fatores de risco taiscomo,
doença cardíaca congênita,
como
doençaivalvular aórtica bicúspide ou Sindrome deMarfan
eoutros defeitos do tecido conectivo. Síndrome de
Tumer,
aortite sifilítica e principalmentearteriosclerose são fatores etiológicos controversos."3
A
ruptura da íntima, que marca o início da dissecção, está localizada na aorta ascendenteem
aproximadamente62%
dos casos;em
25%
no
istmo aórtico, logo após a emergência daartéria subclávia esquerda;
em 10%
no
arco aórtico eem
tomo
de3%
na aorta abdominal.Uma
vez iniciado o processo de ruptura, a dissecção progride proximal e/ou distalmente, fato este que
vai determinar a morbimortalidade da doença.”
A
dissecção pode se estender proximalmenteem
direção à válvula aórtica,bem como
distalmente ao longo da aorta por distâncias variáveis, algumas vezes alcançando e obliterando as
artérias ilíacas e femorais.
Na
regiãordistal da dissecção aórtica pode havermptura
da adventíciapara as cavidades torácica ou abdominal e,
menos
comumente, pode
haver perfuração e desvio defluxo
sangüíneo novamente para a luz verdadeira.A
ruptura para a luz geralmente determinareendotelização do canal ou trombose do sítio de reentrada através de organização e obliteração
frbrótica
do
canal.A
ruptura para cavidades possuiuma
alta incidência de morte porchoque
do
trajeto parauma
víscera qualquer -tal ocorreno tamponamento
pericárdicoquando
a primeiraporção da aorta é envolvida?
A
ruptura da dissecção para qualquer cavidade orgânica éuma
complicação fatal e é aprincipal causa de morte nesses pacientes. Outras complicações incluem a extensão da dissecção
para as grandes artérias
do
pescoçoou
para as artérias coronárias, renais e mesentéricas,causando oclusão arterial aguda.
A
dissecção retrógrada pode determinar lesõesno
aparelhovalvar aórtico, evoluindo
com
insuficiência aórticafHematomas
aórticos intramurais ou úlceras aórticas são conhecidoscomo
uma
variantedas dissecções e
tem
como
característica a ausência da laceração intimal e ausência decomunicação direta entre a luz verdadeira e a falsa.
A
história natural doshematomas
murais nãoestá claramente definida,
permanecendo
em
estudo o impactohemodinâmico
e o seu cursoclínico. Estudos iniciais concluíram que os
hematomas
murais são precursores ou representamumestágio
inicial das dissecções, tendo altas taxas de progressão para dissecções extensas e que,portanto, as
mesmas
estratégias de tratamentodevem
ser aplicadas? Contudo, alguns autoressustentam que o tratamento clínico deve ser adotado naqueles pacientes
em
que está demonstradacompleta trombose da luz
do
aneurisma e nos pacientescom
hematomas
da aorta ascendente,reservando a cirurgia somente
em
casos de complicações.”A
maioria dos pacientes(90%)
com
dissecções agudas tipoA
de aorta não tratadasmorrem
por complicações nas primeiras duas semanas, sendo maiscomum
naquelesem
que osítio de reentrada é ausente ou não identificado.
As
taxas de mortalidade nestes pacientes são de20%
nas primeiras 24 horas,50%
em
48 horas, totalizando aproximadamente70%
na primeirasemana.
A
dissecção aórtica distal não tratada é associadacom
taxas de mortalidade de40%
no
primeiro mês, seguida de
20%
ao anoem
pacientescom
dissecção crônica.Assim
como
osaneurismas degenerativos, as mortes usualmente ocorrem por ruptura.5
A
estratégia terapêutica da dissecção da aorta é baseada na localizaçãoou
classificação.As
dissecçõesdo
tipoA
de Stanford apresentam indicação cirúrgica, exceto nos pacientes muitoidosos cujas comorbidades detemrinam mal prognóstico à realização do procedimento cirúrgico.
Nas
dissecções da aorta descendente (tipoB
de Stanford ou tipo Ill deDeBakey) que
apresentemisquemia de órgãos, sinais de ruptura, dor persistente
ou
rápida expansão, envolvimentodo
arcode aneurisma sacular, estreitamento progressivo da luz verdadeira
com
oclusão de ramos da aortae incapacidade
em
controlar a pressão arterial, situações estas que perfazemuma
média
de30%
dos pacientes acometidos, existe a necessidade de reparo cirúrgico imediato.“>'2 Porém,
em
dissecção aguda de aorta descendente
sem
complicações associadas, não hácomprovação
de queo tratamento cirúrgico seja superior ao clínico, portanto, a terapêutica clínica,
com
controlerigoroso da pressão arterial e contração
do
miocárdio étambém
recomendada
por algunsserviços.”
i
O
International Registryof
Acute Aortíc Dissectíon relata mortalidade intra-hospitalar de31,4%
para pacientescom
dissecção tipoB
ou
Ill submetidos ao tratamento cirúrgico e10,7%
para os submetidos ao tratamento clínico. Estes resultados baseiam-se na análise conjunta de
centros de referência para tratamento de doenças da aorta. Por outro lado, cabe ressaltar que 14 a
20%
destes indivíduos tratados clinicamente desenvolverão dissecções crônicas e, nestesubgrupo, as taxas de mortalidade
podem
chegar a65%.”
Devido
à alta taxa de mortalidadedo
reparo cirúrgico, estaabordagem
terapêuticapermanece
um
desafio.Além
disso, as taxas atuais de sobrevida para pacientes operados são de70 a
79%
após 5 anos e40
a49%
após 10 anos. As.mortes tardias estão relacionadascom
doenças cardiovasculares. Apesar da maior sobrevida
em
séries recentes, ,a incidência decomplicaçoes maiores
mudou
pouco
em
comparação aos primeiros relatos, -particularmenteno
que diz respeito aos déficits neurológicos e à falência renal.”
Com
relação à terapêutica da dissecção aguda da aorta, três etapasdevem
ser consideradas: (1) tratamento inicialou
de emergência; (2) tratamento subseqüenteou
definitivo;(3) tratamento de manutenção ou de longo prazo.
Os
pontos fundamentais do tratamento inicial ou de emergência são: eliminação da dor;redução da pressão arterial sistêmica e redução da força de contração e da velocidade de ejeção
do ventrículo esquerdo, o que constitui a base
do
tratamento farmacológico intensivo, proposto porWheat
e Palmer (associação de agentes anti-hipertensivos potentes e drogas inotrópicasnegativas).'
Uma
vez instituída a terapêutica farmacológica intensiva e estabilizados os sinais vitais,deve-se tomar
uma
decisão sobre qual tipo de tratamento subseqüente ou definitivo deve serdefinitiva, o que vai depender, fundamentalmente,
do
tipo de dissecção, da idade e das condiçõesgerais do paciente, das complicações existentes, das condições de infra-estrutura e da equipe
médica
do
hospital.' Genoni et al ressaltam que os pacientes na fase aguda da dissecção aórticado
tipo III que não apresentem complicaçõescomo
ruptura, choque ou isquemia de órgãos,devem
ser tratadoscom
drogas hipotensivas durante a fase aguda.A
sobrevida destes pacienteséampliada significativamente através
do
emprego, a longo prazo, de drogas beta-bloqueadoras.”O
tratamento cirúrgico definitivo da dissecção aguda da aorta tipoA
é de consenso, salvose houver contra-indicação formal
como
nos pacientes muito idosos cujocomprometimento
prévio dos sistemas vascular, renal e pulmonar determina mortalidade hospitalar cirúrgica da
ordem
de40
a60%,
mesmo
em
mãos
experientes eem
centroscom
infra-estrutura adequada'O
tratamento definitivo da dissecção aguda da aorta tipoB
dispõe de duas vertentesno
que diz respeito à
abordagem
cirúrgica dos pacientes acometidos de tal doença: as técnicasconvencionais e a técnica endovascular. '
As
altemativas técnicas convencionais são as seguintes: (l) ressecçaodo
segmento daaorta descendente, que deve incluir a laceração da íntima para que o tratamento seja eficaz, além de sutura das camadas da aorta
com
obliteração da falsa luz e reanastomosecom
interposição deprótese tubular de Dacron® ou pericárdio bovino, para substituir o segmento aórtico ressecado.
(2) implante de prótese intraluminal
com
anel proximal e distal.A
prótese intraluminal, quepode
ser de
Dacron®
ou de pericárdio bovino, é fornecidaem
diversos diâmetros e comprimentos,apresentando dois “carretéis” unidos por
um
tubo. (3) “tromba de elefante”: técnicaque
necessitade circulação extracorpórea
(CEC)
total pormeio
de estemotomia mediana, hipotermia profunda(18°C) e parada circulatória. Através de incisão longitudinal
no
arco aórtico,em
direção àsubclávia esquerda, sutura-se, por dentro da luz verdadeira,
um
tubo deDacron®
de diâmetrocompatível
com
o da aorta, deixando-se a sua extremidade distal livre no interior da luzverdadeira na aorta descendente.
Após
a sutura da aortotomia, reinicia-se aCEC
pela cânulaarterial localizada na aorta ascendente, reaquecendo-se o paciente.
A
prótese adere às paredes daaorta e redireciona o
fluxo
dentro da luz verdadeira, colapsando a falsa luz. (4) Implantação deprótese intravascular (stent revestido
com
material sintético) por cirurgia a céu aberto. Consisteem
implantarem
vez da “tromba de elefante”,um
stent revestido que ocluirá a entrada da falsaO
conceitodo
reparo de aneurismas através da inserçao percutânea deuma
próteseendovascular foi sugerida primeiramente por Dotter
em
1969.No
entanto, foi Parodi que,em
1990, obteve, de forma pioneira, sucesso
no
tratamento de aneurismas da aorta abdominal atravésdo emprego
de próteses endovasculares. Estes investigadores utilizaramuma
próteseendovascular expandida por balão e mostraram que o procedimento era factível e possuía
menor
risco.”
A
técnica endovascular consiste na introdução de endoprótese através deum
acessoarterial (geralmente a artéria femoral
menos
tortuosaou
de maior calibre).Após
a identificaçãoda luz verdadeira através da melhor posição angiográfica o sistema de liberação é inserido pelo
acesso arterial e a endoprótese é implantada de forma a interromper o sítio de entrada para a falsa
iuzfi-H
Fig.2: Desenho esquemático de inserção de uma endoprótese
O
tratamento demanutenção ou
de longo prazo consiste de terapêutica farmacológica,indefinidamente, para controlar a pressão arterial e a freqüência cardíaca, seja
como
continuidadedo
tratamento clínico, seja nos pacientes que receberam tratamento cirúrgico.Além
disso, os2.
OBJETIVO
Avaliar a eñcácia do tratamento endovascular das dissecções aórticas tipo III através
do
3.
MÉTODO
3.1
-
Delineamento
do Estudo
Estudo clínico, prospectivo, descritivo e multicêntrico
em
pacientes submetidos aoimplante da endoprótese
Apolo®
para o tratamento de dissecção aórtica tipo III durante o períodode outubro de 1999 a setembro de 2002.
Os
procedimentos foram realizados por cirurgiõesvasculares e radiologistas intewencionistas das seguintes instituições: Clínica
Imagem
_
Florianópolis / SC, ClínicaSOS
Cárdio-
Florianópolis / SC, Santa Casa de Misericórdia-
Curitiba/ PR, Hospital do
Cecor-
Curitiba/PR
e Hospital Santa Isabel-
Blumenau
/ SC.3.2
-
EndoprótesesA
endopróteseApolo®
utilizada foi do tipo auto-expansível, construída a partir deuma
estrutura de arames de NiTi (liga de níquel-titânio) superelástico recobelta por tecido de
politetrafluoroetileno expandido (PTFEe®).
3.2.1
-
Aspectos Geraisda
Estrutura das EndoprótesesA
estrutura da endoprótese é confeccionada através de “Z” stents de NiTi unidas entre sipor fios de polipropileno 5-0. Estas gaiolas são recobertas por tecido de
PTFEe®
ultrafinocom
espessura variando de 0,1 a
0,l5mm.
O
primeiro stent, gaiola proximal, não apresenta coberturade
PTFEe®.
O
PTFEe®
é fixado na estrutura de NiTi pormeio
de suturascom
fios depolipropileno 6-0. São colocadas marcas radiopacas de ouro nos limites proximal e distal
do
tecido
com
a finalidade de orientar a implantação da endoprótese.”Os
dispositivos de introdução são confeccionados a partir deum
cateter disparador de l6FSATURNO®). Na
primeira etapa, ocorre a liberação parcial da endoprótese quepermanece
fixana extremidade proximal
do
sistema introdutor e, após a verificação de controle da implantação,acontece a liberação proximal.”
Este sistema de disparo permite
uma
maior distribuição das forças de arrasto daendoprótese sobre as paredes do cateter, diminuindo o atrito e possibilitando a
acomodação
deuma
endoprótese de calibre maiornum
sistema de baixoperfilfw
Fig.3 - Apolo® expandida mostrando os stents sem cobertura de PTFE® na porção proximal
3.2.2
-
Aspectos Gerais dos Materiais dasEndopróteses
O
NiTi éuma
liga metálica que apresentacomo
principais características amemória
deforma, ótima biocompatibilidade e boa resistência à corrosão. Possui
também
excelentebiocompatibilidade, excelente resistência à fadiga e capacidade de amortecimento, aliadas à
memória
de forma e superelasticidade.O
tipo de ligaçãodo
níquelcom
o titâniotoma
o risco dereação,
mesmo
em
pacientescom
sensibilidade ao níquel, extremamentebaixofw
Devido
às suascaracterísticas, o NiTi é largamente utilizado
em
dispositivos médicos, principalmentena
fabricaçao de stents.
O
material polimérico politetrafluoroetileno expandido(PTFEe®)
foi sintetizado pelaprimeira vez
em
1938 através da compressãodo
gás freon pelo Dr.Roy
J. Plunkett dacompanhia
Du
Pont.Em
1954, foidenominado
comercialmente de teflon®.Em
relação às propriedadesestabilidade às intempéries evita que seja afetado pela ação do sol,
umidade
ou frio intenso,além
de ser totalmente não inflamável.”
Quanto
às propriedades químicas, oPTFEe®
resiste a praticamente todos os produtosquímicos nas condições de temperatura
em
que é estável, exceto aos metais alcalinos fundidos e aalguns compostos fluorados a altas temperaturas.
Não
sofre ação denenhum
solvente,mesmo
fervendo-se
em
éter e álcool.Pode
ser mergulhadoem
líquidosem
ebuliçãocomo
ácidos nítrico esulfúrico
sem
sofrer qualquer ataque.Não
possui,nem
transmite calor e odor aos corposcom
osquais entra
em
contato e não sofrefenômenos
de envelhecimento, sejaem
contatocom
o ar, sejacom
qualquer outro produto.”Sobre as propriedades mecânicas, possui o mais baixo coeficiente de atrito de todos os
sólidos conhecidos. Assim, usando-se 0
PTFEe®
sobreuma
superfície metálica haveráum
baixocoeficiente de atrito e após
um
certotempo
de fricção entre os dois materiais, ficará depositadana
superfície metálica
uma
fina camada
dePTFEe®,
estabelecendo-se assim,um
deslizamento dePTFEe®
sobrePTFEe®
eliminando-se o perigo de engripamento.”ESTRUTURA
DA
ENDOPRÓTESE
g a io I as
I iv r es
| I
Estrutura de gaiolas de NiTirevcstida
em
cPTFE
"””'*' . . ,â " ‹««›»~‹z*á~‹fi*X zz~»~zf‹~««-z‹évâ« __š,. , . u .~ . . í 1 ,. .§.,.z.;1:.z. , zw `. .`M_
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I
m
arcas radiopacas
em
ouro| _
SISTEMA
INTRODUTOR
Disparador do Tracionador Bainha introdutória
Axial (com endoprótese acondicionada)
. ff‹~v-9;-~‹~‹›~›. z ~».« - . Í , M ,W _... ..,.., It .ss _ V va »«-«~~
M
_ I d Trava de Manípulo de isaro in eriorFig.5:Desenho esquemático do introdutor
SATURNO®
3.3
-
População
deEstudo
A
população de estudo foi composta por ll pacientes acometidos de dissecção aórticatipo III que se
enquadravam
nos critérios de inclusão.A
todos os pacientes foi explicado efornecido
um
texto de esclarecimento sobre 0 procedimento convencional e 0 endovascularressaltando as limitações e as complicações de cada
uma
destas opções terapêuticas.A
pesquisa foi regida pelas normas e diretrizes regulamentadoras de pesquisa envolvendoseres
humanos
conforme resolução n° 196, de 10 denovembro
de 1996, do Conselho Nacional de Saúde.”3.4
-
Avaliação ClínicaPré-Procedimento
Todos
os pacientes foram submetidos a avaliações cardiológica e pré-anestésicacom
detem1inação
do
risco cirúrgico, assimcomo,
avaliações laboratoriais que consistiamem
hemograma,
uréia, creatinina, glicemia, eletrólitos, transamina glutâmico-oxalacética(TGO),
transamina glutâmico-pirúvica
(TGP)
e coagulograma.Exames
específicos para condiçõesparticulares de determinados pacientes foram realizados de acordo
com
cada caso.3.5
-
Critériosde
InclusãoForam
incluídos neste estudo pacientescom
dissecção da aorta torácicado
tipo III(segundo a classificação de
DeBakey)
cujas comorbidades (doença pulmonar obstrutiva crônica,diabetes, hipertensão arterial sistêmica, etc) contra-indicavam o tratamento convencional.
Foram
incluídos
também
os pacientes que apresentavam sinais de expansão nosexames
deimagem
eaqueles que apesar da terapia medicamentosa, persistiram
com
quadro álgicoem
região dorsal oufator de risco de difícil controle
como
hipertensao arterial sistêmica refratária ao tratamentoclínico.
3.6
-
Critériosde
ExclusãoForam
excluídos os pacientes assintomáticos cuja terapia medicamentosa e seguimentoforam as condutas de escolha.
3.7
-
Estudos de
Imagem
Pré-Procedimento
Os
pacientes foram submetidos àTCH
(tomografia computadorizada helicoidal)com
~/ Cortes de 5
mm
de espessuracom
intervalos de 2,5mm;
\/ Cortes realizados durante a administração de 120
ml
de contraste iodado (velocidade deinjeção: 3 ml/segundo);
Í
Aquisição de imagens iniciada após 30 segundos da administração do contraste.O
protocolo da angiografia digital consistia em:f
Aortografia digital retrógrada por punção femoralcom
cateter pigtail centimetradoSF
-CooK®.
Este cateter apresentava marcas radiopacas proximais a cada lcm
e distais a cada 5 cm.\/ Avaliação de toda a extensão da aorta (torácica e abdominal) incluindo estudo das artérias
ilíacas e femorais;
\/ Injeções de 35
ml
de contraste iodado, fluxo de injeção de 16 ml/scom
pressão de600
PSI (pressure
per
square inches).A
anatomia da aorta torácica foi avaliadacom
detalhes.Também
foi realizada avaliaçãodetalhada do eixo iliaco para determinar possíveis dificuldades na progressão
do
dispositivointrodutor.
3.8
-
Procedimentos
Os
procedimentos foram realizadosem
sala dehemodinâmica
sob condições deantissepsia.
Os
pacientes foram posicionadosem
decúbito dorsal sobremesa
radiotransparente.A
monitorização foi realizada através de eletrodos cardíacos, cateter para avaliação de pressão
venosa central (PVC), de pressão arterial
média
(PAM)
e de diurese.Os
tipos de anestesiaempregados foram geral, peridural e intradural.
Em
alguns casos, foi utilizadauma
réguaradiopaca junto ao dorso do paciente para referência durante 0 procedimento. Foi realizada
antibioticoterapia profilática no pré-operatório através da administração de Cefalotina 2 gramas
No
preparo das regiões inguinais foi realizada antissepsiacom
polivinil povidona iodo(PVPI).
Uma
pequena incisão foi feita sobre a bifurcação da artéria femoralcomum,
que foidissecada até a porção distal da artéria ilíaca externa.
O
lado da dissecção foi determinadoconforme as características anatômicas dos eixos ilíacos, dando-se preferência ao lado direito.
3.8.1
-
Avaliação Pré-ImplanteAtravés de
uma
punção da artéria femoralcomum
foi progredido até a alturado
arcoaórtico
um
guia 0,035”J-
260 cm.Um
cateter pígtaíl milimetrado5F
foi introduzido atravésdo
fio guia, sendo posicionado dentro
do lúmen
no arco aórtico. Foi realizadauma
injeção de 35ml
de contraste (fluxo de 16 ml/s
com
pressão de600
PSI).A
aortografia trans-operatória permitiudeterminar o local de implantação da endoprótese.
3.8.2
-
Implanteda Endoprótese
Após
a administração de5000
unidades de heparina sódica endovenosa realizou-se aintrodução da endoprótese utilizando-se
como
orientaçãoum
guia metálico extra-stzfi" de 0,035”ou 0,038”, 260
cm
daCooK®
a partir da punção ou medianteuma
arteriotomia da femoralcomum.
Confirmado o localdo
implante, o sistema introdutor Saturno® era introduzido, suaporção distal era tracionada
no
sentido caudal permitindo o início da abertura da endoprótese.Após
a tração inicial da bainha e certificação do correto posicionamento, realizou-se a tração daporção distal do introdutor
promovendo
assim, a liberação da endoprótese.O
dispositivointrodutor foi então retirado e realizado controle angiográfico final do procedimento através da
infusão de
35ml
de contraste. Confirmado o correto posicionamento da endoprótese, era realizada a neutralização da ação da heparina e efetuada a arteriorrafiacom
pontos simples de Prolene® 5-0.
No
fechamento do subcutâneo utilizaram-se pontos simplescom
Vicryl® 3-0 e da pele, pontos3.9
-
Monitorização Pós-OperatóriaApós
realização dos implantes das endopróteses, os pacientes eram encaminhados àunidade de terapia intensiva (UTI).
A
alta daUTI
e a alta hospitalareram
programadas de acordocom
as condições clínicas de cada paciente.3.10
-
Avaliaçãodo Procedimento
Após
Alta HospitalarOs
pacientes foram controlados ambulatorialmentecom
avaliações clínicas periódicas.Além
da angiografia digital logo após o implante, controles seriadoscom
tomografiacomputadorizada helicoidal foram realizados
no
1°, 3° e 6°mês
e posteriormente a cada ano, ondeeram
avaliados a perviedade, a presença de vazamento (endoleak), a migração da endoprótese e a4.
RESULTADOS
Dos
onze pacientes estudados, oito eramdo
sexo masculino e trêsdo
sexo feminino.As
idades variaram entre 31 e 77 anos.
Com
relação à indicação do procedimento,em
3 pacientes dor persistente foi o principal fator,em
outros 3 pacientes a expansão,em
4 a dor e a expansão eem
1 paciente realizou-se o procedimento por dor associada a hipertensão refratária ao tratamentoclínico. Sete pacientes
eram
portadores de dissecção aórticado
tipo llla e quatro pacienteseram
portadores de dissecção aórtica do tipo Illb segundo a classificação de DeBakey.
O
tempo médio
dos procedimentos foi de 93 minutos (variando de 30 a 180 minutos)sendo utilizado
um
volume médio
de 170ml de contraste iodado (variando de 100 a 250ml) sendoa perda sangüínea média de 133ml (variando de 100 a 200ml).
No
item condições associadas, hipertensão arterial sistêmica foi observadaem
todos ospacientes. Quatro pacientes tinham história prévia de coronariopatia.
O
pacientenúmero
10mostrou-se
como
sendo o de mais difícil manuseio levandoem
consideraçãouma
DPOC
severa ea realização prévia de clampeamento de aneurisma cerebral.
No
pacientenúmero
3 realizou-se a correção concomitante de dissecção aórtica e pseudo-aneurisma de aorta torácica.
Ambos
os procedimentos foram efetuadossem
intercorrências.No
paciente
número
6 utilizou-seuma
prótese na aorta torácica euma
prótese na aorta abdominalinfra-renal
com
o objetivo de obliterar o sítio de reentrada.No
pós-implante imediato foram observou-se três casos de endoleak.O
pacientenúmero
8foi submetido ao implante de
uma
outra endoprótese nomesmo
ato operatóriocom
resoluçãodo
quadro.
Os
outros dois pacientes foram tratados posteriormente devido à falta de dispositivoadequado.
O
caso 9 foi tratado 5 dias após o primeiro procedimento,com
resolução completado
endoleak.
O
casol0 foi submetido ao segundo implante 23 dias após o primeiro procedimento,também
com
resoluçãodo
endoleak.Nenhum
paciente apresentou descompensação de doençasde base que necessitassem de intervenções nas salas de
hemodinâmica
ou nas unidades de terapiaintensiva.
O
único óbitono
acompanhamento
foi do pacientenúmero
10 de causa desconhecida, 8assintomático e
sem
evidências tomográficas de expansao da dissecção.O
mesmo
havia sidointemado
em
duas oportunidadesem
unidade de terapia intensiva devido àpneumonias
bacterianas agravadas pelo quadro crônico de doença pulmonar obstrutiva. Por decisão da família
não foi realizada necropsia para definição da causa mortís.
Houve
dois casos deabandono do
acompanhamento.
O
pacientenúmero
3 só retornou para o 1° controle no primeiromês
pós-implante e o paciente
número
ll retornou somente até o 6° mês.Os
demais pacientesvêm
realizando os
acompanhamentos
cujo período varia de 15 a 45 meses.Quadro
I-
Distribuição dos pacientesconforme
sexo, idade, indicaçãodo procedimento
e classificaçãode DeBakey.
Pacientes
Sexo
Idade
Indicação ClassificaçãoCaso
Ol F 31a Expansão lIIaCaso
02M
57aExpansão
IIIaCaso
03š
59aDor
IIIbCaso 04
š
55aDor
+
Expansão
IIIaCaso
05 'TJ 68aDor
+
HAS
refratária IIIbCaso 06
š
49aDor
IIIbCaso
07š
50aExpansão
IIIaCaso
08 *T1 77aDor
+
expansão IIIaCaso 09
š
58aDor
+
expansão IllaCaso
10š
55aDor +
expansão lIIbCaso
l lM
60aDor
IIIaPacientes
Método
DiagnósticoComorbidades
AnestesiaASA
Caso
OITCH
HAS
Loco-regional l\)Caso
02TCH
+
AiteriografiaHAS
Loco-regional l\)Caso
03TCH
HAS
+
Tabagismo
+
PAT
Loco-regional l\JCaso
04TCH
+
ArteriografiaHAS
+
Tabagismo
Loco-regional l\)Caso
05TCH
+
ArteriografiaHAS
+
Ico Loco-regional DJCaso
06TCH
+
Arterio+ Eco
HAS
+
Ico Geral DJCaso
07TCH
HAS
Geral I\)Caso
08TCH
+
Eco
HAS
+
Ico Geral Lo.)Caso
09TCH
+
Arterio+
Eco
HAS
+
Tabagismo
Geral l\JCaso
10TCH
+
ArteriografiaHAS
+
DPOC +AVE
+Ico Geral -läCaso
1 lTCH
+
AiteriografiaHAS
Loco-regional 2Fonte: Protocolo Nano Endoluminal.
TCH
- Tomografia Computadorizada Helicoidal. Eco - EcocardiogramaTransesofágico.
HAS
- Hipertensão Arterial Sistêmica.PAT
- Pseudoaneurisma de Aorta Torácica.DPOC
- DoençaPulmonar Obstrutiva Crônica.
AVE
~ Acidente Vascular Encefálico. Ico - Insuficiência Coronariana.Quadro
III- Número
de
endopróteses utilizadaspor
paciente emedidas
das endoprótesesPacientes
Número
de EndoprótesesMedidas
dasEndopróteses
Caso
OI I endopróteseAT-30
X
ll5mm
Caso
02 I endopróteseAT-30
X
Illmm
Caso
03 2 endoprótesesAT-30
X
95mm
/AT-26
X
95mm
Caso
04 1 endopróteseAT-34
X
ll5mm
Caso
05 I endopróteseAT-34
X
115mm
Caso
06 2 endoprótesesAT-34
X
l15mm
/AA-34
X
85mm
Caso
07 I endopróteseAT-30
X
ll5mm
Caso
08 2 endoprótesesAT-34
X
85mm
/AT-34
X
85mm
Caso
09 2 endoprótesesAT-34
X
115mm
/AT-34
X
85mm
Caso
10 2 endoprótesesAT-31
X
85mm/AT-34
X
115mm
Caso
I l I endopróteseAT-31
X
85mm
(F abrício de Oliveira Ferreira, Gilberto
do
Nascimento Galego, Pierre Galvagni Silveira)O
objetivo deste estudo é avaliar a eficaciado
tratamento endovascular das dissecçõesaórticas tipo 111 através
do
emprego
da endoprótese Apolo®.Realizou-se
um
estudo prospectivo, descritivo e multicêntricocom
pacientes submetidosao implante da endoprótese
Apolo®
para o tratamento de dissecção aórtica tipo HI durante operíodo de outubro de 1999 a setembro de 2002.
Os
procedimentos foram realizados porcirurgiões vasculares e radiologistas intervencionistas das seguintes instituições: Clínica
Imagem
-
Florianópolis / SC, ClínicaSOS
Cárdio-
Florianópolis / SC, SantaCasa
de Misericórdia-
Curitiba / PR, Hospital
do Cecor
-
Curitiba/PR
e HospitalSama
Isabel-
Blumenau
/ SC.Foram
incluídos neste estudo os pacientes cujas comorbidades contra-indicavam o tratamento
convencional, os pacientes que apresentavam sinais de expansão nos
exames
deimagem
eaqueles
que
apesar da terapia medicamentosa, persistiramcom
quadro álgicoem
região dorsal oufator de risco de dificil controle,
como
hipertensão arterial sistêmica refratária ao tratamentoclínico.
Dos
onze pacientes avaliados, três apresentaramvazamento
cujoemprego
deuma
segunda prótese
promoveu
resolução completa desta complicação. Dois pacientesabandonaram
oacompanhamento
clínico eum
paciente foi a óbito por causa não definida.Os
demais pacientesvêm
realizando osacompanhamentos
cujo período varia de 15 a45
meses.O
tratamento endovascular da dissecção aórtica tipo III através doemprego
daCaso
01 45 meses ExclusãoCaso
O240
meses ExclusãoCaso
03 01mês
Abandono
Caso O4
36 meses ExclusãoCaso
05 24meses
ExclusãoCaso
06 18 meses ExclusãoCaso
07 17 meses ExclusãoCaso
08 Endoleak 28 prótese 17 meses ExclusãoCaso 09
Endoleak 2” prótese 15 meses ExclusãoCaso
10 Endoleak 2” prótese 08 meses ÓbitoCaso
1 1 06 mesesAbandono
Fonte: Protocolo Nano Endoluminal.
Fig.7 (Tomografia Computadorizada com reconstrução 3D): Caso 1 ~ Acompanhamento de 6 meses
5.
DISCUSSÃO
O
tratamento endovascular atravésdo emprego
de endopróteses tem por objetivo impediro
fluxo
através da ruptura dacamada
interna, redirecionando ofluxo
sangüíneo, exclusivamente,através da luz verdadeira. Desta forma, é possível restabelecer a perfusão dos troncos aórticos
afetados pela expansão da dissecçãof'
A
aplicação clínica de endoprótesesno
tratamento dadissecção aguda da aorta foi relatada primeiramente por
Dake
et al 22 e Nienaber et al.” Estes doisestudos demonstraram os resultados preliminares desta terapêutica e obtiveram resultados
favoráveis, representando
um
grande passono
tratamento desta doença potencialmente letal.O
fechamentodo
local de entrada leva à coagulaçao do sangue na falsa luz, fato este queocorre na maioria dos pacientes e que
promove
progressiva tromboseno
falso lúmen.O
tempo
para que tal evento ocorra depende
do tamanho do
falso lúmen, da presença defluxo
residualatravés de áreas não cobertas pela prótese ao longo da dissecção,
do
fluxo
retrógrado através decolaterais e da perfusão retrógrada pelo falso lúmen
em
toda a aorta.”Com
relação ao diagnóstico, Pamler et al afirma que é de fundamental importância a exatadetecção do sítio de entrada.
A
angiografia não é suficiente para documentar o local de entrada e,dessa forma, atomografia computadorizada
em
3-D
torna-se indispensável, Segundo este autor.Tal
exame
permite a exata mensuraçãodo
diâmetro e comprimentodo
colo,bem
como,
permiteabusca por sítios de entrada adicionais
ao
longo da aorta torácica.”Dos
ll pacientes avaliados, 6pacientes foram submetidos à tomografia computadorizada helicoidal
(TCH)
e arteriografia,sendo que, 2 destes
também
foram submetidos à realização concomitante de ecocardiogramatransesofágico.
Em
3 pacientes aTCH
foi escolhidacomo
únicométodo
diagnóstico deimagem
eem
l paciente foi realizadaTCH
e ecocardiograma transesofágico.As
técnicas cirúrgicas padrão citam a substituição do local acometido por próteseou
oreparo
do
sítio de entrada.Em
casos agudos, a terapia cirúrgica convencional das dissecçõesdo
tipo III é associada a substancial morbidade e mortalidade, especialmente relacionadas a
sangramento, falência renal e ou cardíaca.
A
mortalidade nestes grupos pode variar de'29
aHá
na literatura médica muitos relatos de eventos adversos relacionados à terapêuticaendovascular. Essas complicações
podem
estar relacionadas ao material empregado, ao local deacesso, a fatores anatômicos
(como
angulação maior que 20° ou colo proximal e distalmenor
que20mm)
e às condições pré-operatóriasdo
paciente. Destacam-se pela incidência os “endoleaks” eos déficits neurológicos.19'25›26'27
Dake
atribui aos dispositivos de disparo das endopróteses a ocorrência das principais lesoes das artérias iliofemorais,bem
como,
de todo o trajeto aórtico.Segundo
o autor, afreqüência destes eventos é responsável pelo grande
número
de relatos de quadros isquêmicosocasionados pela manipulação de tais artérias por dispositivos grandes, volumosos e semi-rígidos
tornando-se, assim, necessário o desenvolvimento de dispositivos menores e
menos
traumáticosf'Palma
et al citam que os acidentes vasculares cerebrais são complicações potenciais e quepodem
estar associados aos traumatismos aórticos durante a inserção das endopróteses.
Os
autoressugerem que haja
uma
reduçãona
manipulação dos cateteres para que ocorraum
menor
índice decomplicações.” -
A
seleção dométodo
mais adequado para determinar o diâmetro e ocomprimento
daprótese
impõe
.uma discussão bastantecomum.
Levando
em
conta que a luz verdadeira éuma
fração de todo o diâmetro aórtico e que raramente possui
um
formato cilíndrico, a escolha dadimensão “exata” da endoprótese toma-se
um
problema. Muitos médicos baseiam suas seleçoesem
mais de.uma
medida. Talvez o mais importante seja o diâmetro da área sadia, imediatamenteproximal ao orifício de entrada. Esta medida, associada a
um
acréscimo de20%,
possibilita aconfecção de
uma
endoprótese adequada ecom uma
ancoragem segura. 2Í*Os
endoleaks são complicaçoes sérias quepodem
levar a ruptura de aneurismas.Numa
revisão sobre as complicações relacionadas ao reparo endovascular de dissecções
do
tipo B,Pamler et al observaram que o fator mais importante para a ocorrência de “endoleaks” foi a
existência de colos curtos. Para evitar tais complicações, Pamler et al passou a obliterar o óstio da
artéria subclávia esquerda sempre que não existisse
um
mínimo
de20mm
de colo entre tal artériae o sítio de entrada da dissecçao.
Em
7 pacientes (de 9 que foram submetidos à obliteração daartéria subclávia esquerda) não foram observados sinais clínicos de
má
perfusãono
membro
Nos
dois casos de endoleak, o sítio de entrada estava a aproximadamentel0mm
da artériasubclávia esquerda e a primeira endoprótese foi posicionada muito próxima à origem da artéria
carótida
comum
esquerda.Após
a detecçao do endoleak,houve
a necessidade de ocluir a artériacarótida
comum
esquerda após realização de bypass carótido-carotídeo que assegurasse adequadaperfusão cerebral.
Em
ambos
os casos, os endoleaks foram adequadamente tratadoscom
esteprocedimento combinado.”
Dos
11 pacientes estudados, foram observados 3 casos de endoleakscujo
emprego
deuma
segunda endoprótese (sem envolvimentodo
óstio da subclávia),promoveu
completa exclusão do local de vazamento. -
Segundo Dake, a realização profilática de
um
bypass da artéria carótidacomum
esquerdapara a artéria subclávia esquerda
em
pacientescom
colo proximal insuficientevem
dando
espaçoa
uma
tendênciaem
manejar de forma expectante tais pacientes. Se após a oclusão da artériasubclávia esquerda o paciente passar a manifestar sintomas de
má
perfusão, então arevascularização cirúrgica da artéria subclávia deve ser realizada. Resultados precoces sugerem
que tal conduta é segura na maioria dos pacientes.”
Dos
onze pacientes observados,em
nenhum
deles houve a necessidade de obliteração da artéria carótida
comum
esquerda.Hausegger et al
propõem
que a realização profilática de bypass da artéria carótidacomum
esquerda para a artéria subclávia esquerda não deve ser realizada se a patência das artérias
carótidas e das artérias vertebrais forem provadas pelo ultra-som.
Da mesma
forma, o autorquestiona a obliteração da artéria subclávia esquerda se a ultrassonografia mostrar estenose
significativa das artérias vertebrais e carótidas.3' .
`
Uma
das vantagens do tratamento endovascularem
relação ao tratamento convencional éo fato de,
no
tratamento endovascular,nãohaver clampeamento
aórtico que pode contribuir paracomplicações
como
falênciado
ventrículo esquerdoou
paraplegia.Ainda
permaneceem
discussão se o período de
clampeamento
aórtico, por si só,pode
ser consideradoum
fatorpreditivo
no
que diz respeito ao risco de paraplegia.Não
há dúvida,no
entanto, que oclampeamento aórtico contribui no
aumento
do risco de paraplegia. 35'O
efeito direto da intervenção endoluminal no suprimento vascular damedula
espinhal édesconhecido e ainda não foi avaliado.
Dake
afirma que extensões longas que abranjam todo oterço distal da aorta torácica
devem
ser evitadas devido aum
risco aumentado de isquemia daobservaram que as artérias intercostais ao longo da região da endoprótese mantinham-se patentes através de perfusão retrógada, revelando a perfusão colateral das artérias intercostais entre si.
Dessa forma, associado ao fato da ausência de dano local, estes eventos permitem
um
bom
fluxosangüíneo residual para a
medula
espinhal na regiãoonde
háuma
endoprótese. 25Hutschala et al observaram
um
caso deum
pacientecom
severa paraparesia bilateralcom
déficit motor e sensorial afetando completamente o
membro
inferior direito e parcialmente omembro
inferior esquerdo.A
drenagem do líquido cerebroespinhal foi iniciada 8 horas após oinício dos sintomas através de
um
cateterem
região lombarcom
um
total de800ml
de líquidodrenado
num
período de 96 horas.Com
essamedida
foi obtida remissão completado
quadro.A
explicação
do
autor é que a paraparesia foi o resultadodo aumento
da pressão liquórica sobre amedula
espinhal, conseqüênciado
edema
de reperfusão resultante da obliteração de três pares deartérias intercostais pela endoprótese empregada na porção distal da aorta torácica.
A
drenagem
do líquido cerebroespinhal pemiitiu a descompressão
do
compartimento medular e restauração daperfusão da
medula
espinhal.” zCom
relação ao pós-operatório do tratamento endovascular,Shim
et al observou que 9(64%)
pacientes apresentaram achamada
Sindrome Pós-Implante, cursandocom
febre,leucocitose e elevação da proteina C-reativa.
Todos
os pacientes tiveram melhorado
quadromediante tratamento conservador. Hemoculturas e uroculturas não mostraram crescimento de
bactérias durante a investigação do quadro.
A
causa para esta sindrome é desconhecida,mas
estareação inflamatória inespecífica pode ser justificada pelo
emprego
deum
.material estranho aoorganismo.”
Palma
et al relataram boa resposta à terapiacom
antiinflamatórios não esteroidais epropôs que o uso de antibióticos deve ser judicioso neste grupo de pacientes.”
Não
houve,em
nenhum
dos onze pacientes, indicaçãoem
realizar-se hemoculturas eou
uroculturasno
sentido de6.
CONCLUSÃO
O
tratamento endovascular da dissecção aórtica tipo III atravésdo
emprego
daREFERÊNCIAS
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FHA,
Lastória S,Yoshida
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