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Considerações sobre a regulação iônica em híbridos resultantes do cruzamento de Saratherodon hornorum e Sarathero rodon niloticus

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A REGULAÇ.F0 INICA EM HIBRIDOS RESULTANTES DO CRUZAMENTO DE Sarotherodon hornorum e Sarothero radon niloticus.

Ana Katia Cavalcante Feitosa.

Dissertação apresentada ao Departamento de Enaenharia de Pesca do Centro de Ci encias Agrarias da Universidade Federal do Ceira, como parte das exig6ncias pa 'ra a obtenção do título de Engenheiro

de Pesca. FORTALEZA - CEAR

(2)

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

F336c Feitosa, Ana Kátia Cavalcante.

Considerações sobre a regulação iônica em híbridos resultantes do cruzamento de Saratherodon hornorum e Sarathero rodon niloticus / Ana Kátia Cavalcante Feitosa. – 2019.

18 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2019.

Orientação: Profa. Ma. Maria Ivone Mota Alves. 1. Tilápia (Peixe). I. Título.

CDD 639.2

1982.

(3)

Prof. Adj. Maria Ivone Mota Alves - Orientador -

COMISSÃO EXAMINADORA:

Prof. Ast. Vera Lficia Mota Klein, Presidente -

Prof. Ast, José Jarhas Studart Gurgel

VISTO:

Prof.' Ast. mois6s Almeida de Oliveira Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Ast, Francisca Pinheiro Joventino Coordenadora do Curso de Engenharia de Pesca

(4)

A Dra. Maria Ivone Mota Alves que foi a dedicada orien tadora deste trabalho s

Ao meu marido Aristogiton Luiz Ludovice Moura sem qual este trabalho no se realizaria.

Aos meus amiaos Leonardo Dell'Orto, Danilo Dreyfus e Olivardo Aguiar pela ajuda prestada.

Ao amigo Aaeu Barros pelos trabalhos datilográficos. Ao Departamento de Patologia e Medicina Legal do CCS UFC, nas pessoas do Dr. Geraldo Souza Tome por permitir acesso as instalacsOes e equipamentos assim como a Dra. Ireuda da Rocha Tome>, e a auxiliar D. Hercilia pelas preparagOes histolOgicas.

Ao Departamento. Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), por ceder os alevinos.

Enfim a todas as pessoas que contribuíram neste traba lho.

(5)

a salinidade da agua,

organismos aquáticos, sendo

um

CONSIDERAÇÕES SOBRE A REGULAÇÃO IONICA EM HÍBRIDOS RESULTANTES DO CRU ZAMENTO DE SAROTHERODON HORNORUM E SAROTHERODON NILOTICUS

Ana Kátia Cavalcante Feitosa

1. INTRODUÇÃO

Das especies ttilizadas na piscicultura, as tilapias apresentam um lugar de destaque por possuirem Carne de boa qualidade, serem de fácil manipulação, terem um ciclo biolégico curto, So riasti cos, suportam baixos teores de 02 e sobrevivem longo tempo fora d'água. Além disso, são plenamente aceitos pelo mercado consumidor.

Entretanto estes peixes, por serem muito prolíferos, inclusive em ambientes confinados, tern apresentado problemas de super população, indesejável particularmente

a

piscicultura intensiva. Com a finalidade - de evitar esta reprodução incontrolada, em viveiros, foi iniciado um trabalho com híbridos 100% machos, obtidos pelo cruzamen to de macho de Sarotherodon hornorum e fêmea de Sarotherodon niloti cus. Ensaios realizados pelo DNOCS, produziram rendimentos em torno de 10.000 kg/ha/ano.

Contudo as investigaçaes sobre a biologia do híbrido nHo 'foram levados na devida conta.

Assim, considerando-se ser dos fatores ambientais mais estudados nos

fator limitante a sobrevivência de muitas espécies, alem de possuir influencia direta na taxa de conversão alimentar de muitos peixes, pretende-se verificar a influencia da salinidade no

tes peixes.

Segundo Black (1957) & Marshall (1965), os peixes são animais homeosmetidos e as funçaes de excreção e osmorregulagão são exercidas pelas guelras e rins. Comumente as espécies de água doce absorvem aqua por osmose, em virtude dos liquidas do corpo terem maio res concentraçOes salinas do que o ambiente, cujo excesso 4 eliminado por difusão através da superfície dos tecidos, pela urina e fezes; em consequencia, estes peixes apresentam altas press6es sanguíneas nos capilares dos glomerulos dos rins que são sempre bem desenvolvidos, comportamento des

(6)

permitindo, deste modo, eliminar o excesso d'água absorvido.

Já as espécies marinhas perdem agua em consequência da desidratação dos tecidos, devido ao grande grandiente salino externo. Tais perdas se verificam através das superfícies do corpo, como a le e as guelras e em menor escala por meio dostrins, uma vez que es tes necessitam produzir urina em quantidade suficiente, para eliminar os resíduos do metabolismo (Conte, 1969).

0 híbrido em estudo tem apresentado excepcional resis tncia no que conserne a condigSes ambientais adversas, sendo objeti vo deste trabalho estudar aspectos de sua regulago iónica através de testes laboratoriais e de analises histológicas dá pele, rins e bran quias.

2. MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados, no estudo, 60 alevinos de híbrido de tilapia 100% machos, resultantes do cruzamento de Sarotherodon horno rum macho e Sarotherodon niloticus femea, provenientes do Centro de Pesquisas IctiolOgicas do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) em Pentecoste, Ceara.

ApOs a captura, os animais foram transportados em re cipientes metálicos, arejados, contendo agua do local da coleta.

Para aclimatação em laboratório, os alevinos foram co locados em tanque de amianto com capacidade de 250 litros de agua e arejados com auxilio de bombas, onde permaneceram-durante um m&s. Lo go após foram submetidos as provas de choque e de adaptação gradual, com exceçao dos indivíduos que seriam utilizados para retirada de fragmentos da pele, branquias

A alimentagHo durante o experimento foi aveia em fio cos, numa proporção de aproximadamente 4% do peso vivo, sendo minis trada diariamente.

Prova de Choque

Apôs a tomada do comprimento. total de cada indivíduo, aleatoriamente escolhido, foram colocados em quatro baldes de plasti co, cada um com bomba de aeração contendo 12 litros de agua. Cada re cipiente recebdu 10 peixes. A proporção de agua do mar em relação a agua deco foi 0; 25; 50 e 70% respectivamente.

(7)

Esta prova teve duração maxima de 30 dias, onde era observada constantemente para retirada dos indivíduos mortos, e a cada 24 horas era feita renovação d'agua mantendo os mesmos níveis de salinidade.

Prova Gradual

Em um balde plastic° contendo 12 litros de agua e devi damente aerado por bomba, foram colocados 10 .alevinos previamente me didos.

A concentração inicial de aqua do mar foi de 0% e a cada 48 horas os peixes eram submetidos a mais 10% at atingir 100% desta agua.

Analise Histolegica

Para retirada de pele, rim e branquias foram escolhi dos três peixes ao

acaso.

0 material

coletado foi fixado em formal a 5% durante

24 horas.

No "Histotécnico OMA" o material foi colocado em for moi a 10% durante 1 hora, apOs o recorte do mesmo, a fim de dar conti nuidade

a

fase de fixação; logo apOs o material foi incluído em para fina pelo método usual via xilol, para cortes microtOmicasde 5 micra

Nas coloragOes usou-se a hematoxilina de Delafield e eosina a 1%.

Nas microfotos usou-se equipamento Carl Zeiss Jena, com ocular K 6,3 e objetivas 10 X; 16X e 40X.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Analizando-se os resultados da prova de choque (Tabela 1), observa-se que os alevinos sci resistiram at 25% de agua do mar, apenas um peixe sobreviveu a 50% e os demais morreram entre 18 e 68 horas. Em 75% no houveram sobreviventes, os indivíduos começaram a morrer com apenas 7 horas de permanência nesta concentração salina e antes de atingir 15

horas, todos

ja

haviam morrido.

Entretanto na prova de adaptação gradual (Tabela II)os peixes suportaram at agua do mar pura, sendo que somente 30% dos exemplares morreram antes de 48 horas na

referida

concentração.

(8)

Os testes realizados para verificar a tolerancia do hi. brido obtido do cruzamento de S. hornorum com S. niloticus a diferen tes níveis de salinidade, mostra atraves dos resultados (Tabelas I e II) que o híbrido suporta grandes variaçaes de salinidade, sobreviven do em condig6es de at 100% de agua do mar.

Algumas espécies requerem uma adaptação para mudarem sua condição osmética, mas outras são capazes de um ajuste metab6lico muito rapido.

Testes realizados por Mota Alves & Pinho (1982) em Sarotherodon niloticua evidenciaram características de "stress" a partir de 75% de agua do mar.

,I.acimento (1980) e Maia (1980) obtiveram resultados

mais ou menos semelhantes, estudando a mesma espécie.

Lotan (1980), tendo feito experimentos semelhantes em tilapias, levantou a possibilidade de que em aguas naturais ou em grandes viveiros, maiores níveis de salinidade seriam suportados.

Os estudos ora realizados mostram uma maior resistén cia do híbrido a modificaçOes salinas do meio que aquela apresentada por S. niloticus.

De acordo com Black (1957) a capacidade de peixes de agua doce sobreviverem em altas concentrag5es salinas depende: da his tologia e extensão das branquias, da quantidade do consumo de 02 e da tolerancia dos tecidos aos sais. Por outro lado, o controle da per meabilidade é resultante de uma ação neurosecretora, da reação hormo nal e das -superfícies celulares.

Por sua vez a aqua absorvida osmoticamente'e resultan-te do metabolismo carregada pelo sangue e filtrada nos glomérulos. Assim, o estudo das branquias, pele e rim, informam sobre a regulação iOnica das espécies.

Segue-se uma descrição dessas estruturas, analizadas S eparadamente:

a) Brânquias

0 principal local de intercambio dos gases respiratO rios entre o sangue e a agua é a brânquia, embora a superfície geral do corpo, tambe'm possa permitir a passagem de oxigenio e dióxido de carbono. As branquias, alem de sua função respiratéria são também 6r gãos secretores e excretores (Fry, 1957).

(9)

05 As branquias do híbrido aqui estudado, no diferem da quela descrigao- feita por Mota Alves & Pinho (1982) para Sarotherodon niloticus (Linnaeus). Consistem de uma s6rie de pregas, os filamentos branquiais, que se situam em posição dorso-lateral radiada. para ven

tro-lateral das extremidades das

fendas farIngeas. Esses filamentos su

portam em cada lado, uma s6rie de estruturas transversais, as lamelas

secundarias (Figura 1).

As lamelas nos lados adjacentes de dois filamentos vi zinhos interdigitam e assim apresentam uma s6rie de miniisculos canais, atrav6s dos quais a .crua flui numa diregO perpendicular as três extre midades do filamento. Assim, a 'aqua proveniente da

cavidade

farIngea, passa diretamente para o espaço epibranquial através de inli'Meros ori ficioS diminutos.

0.revestimento dos filamentos branquiais 6 constituído por um epit6lio simples pavimentoso, contendo uma camada de conjuntivo por onde penetram as arterIolas aferentes e eferentes (Figura 2).

Tambem foram encontradas as celulas acid6filas referi das por Mota Alves & Pinho (1982) para Sarotherodon niloticus e Da assinaladas por Keys Wilmer (1932), Liu (1942), Copeland (1948) confor

me

refere

Bertin, (1958), como estruturas relacionadas ao processo- de

regulaçao osmOtica (Figura 2) o que leva a supor terem as branquias dos indivíduos em estudo, um papel na osmorregulagao.

Na base dos filamentos existe um tecido cavernoso cons tituído pelas pilastras branquiais cartilaginosas que conferem rigidez aos filamentos (Figura 3).

b) Rim

0 rim dos vertebrados constituído do glomerulo de Malpighi e porq6es tubulares.

Warsmann et alii (1971) descrevendo as porg6es tubula .res do nefron dos teleOsteos de agua doce, afirma ser este constituído

de colo, thu10 contornado proximal, segment() intermediario e contornado distal.

A literatura científica que trata da unidade renal nos. peixes teleasteos, informa acerca da variedade dos componentes do n6 fron, na depend6-ncia do meio e da esp6cie considerada.

Black (1957) informa que a capacidade dos peixes de agua doce sobreviverem

a

ação de maiores concentraçaes salinas depende

(10)

também do controle de permeabilidade tubular, além do papel exercido pelas branquias e pele.

A absorção ou secreção de Ions tem lugar nos rins (Hi

ckman &

Trurript 1966; Dobbs & Devries, 1975). Nada se pode afirmar sobre o processo de reabsorção de ions no híbrido em estudo, vez que não se determinou a concentração de sais na urina. Todavia, os estudos de Oikari (1977 e 1978) em peixes de estuaria, evidenciaram esse mecanis mo de reabsorção.

0 rim do híbrido resultante do cruzamento de S.hornorum com S. niloticus caracteriza-se por possuir glomérulos pequenos e em numero reduzido (Figura 4) ficando alguns deles agrupados em grupos de dois ou tras sem todavia formar os "cachos" apresentados por S. niloti cus estudados por Mota Alves & Pinho (1982) e Tila-pia melanopleura con forme referência de Worsmann et alii (1971).

O parenquima renal está constituído por tübulos, na

Sua

maioria proximais.

Os tübulos possuem células de nücleo esférico e

central e luz. ampla (Figura 5).

A grande resistancia apresentada pelos indivíduos a altas salinidades pode estar relacionada a estrutura apresentada pelo rim de glomérulos pequenos, no entanto, reservamos para investigagZes futuras o estudo do mecanismo de regulação

osmOtica,

ampliando-se as observaq3es,- caracterizando-se as concentragaes de sais do sangue e urina, permitindo uma correta identificação do mecanismo de reabsorção de ions.

Pele

A pele pode ser encarada como um tecido divisor que de termina a parte individual como uma entidade separada entre outros or ganismos e dentro do meio ambiente.

Com suas estruturas derivativas e acessOrias, a pele forma um envoi-L(51-i° externo do corpo do peixe, através do qual 6 feita a maioria dos contatos com o mundo exterior (Oosten, 1957).

Os vertebrados

terrestres tem

um envoltério da superfT cie, o estrato c6rneo, que

6

constituído de células mortas contendo queratina. Nos ciclOstomos a epiderme secreta um fino filamento de ot ticula morta extracelular, que cobre o corpo. Nos peixes, entretanto, essa cornificaç'ão não ocorre, exacta em algumas

regi6es

especificas dc algumas espécies. Toda a epiderme 6 viva, exceto na camada superficia3

(11)

07 das células mortas que completam o seu percurso e são continuamente substituldas.

No híbrido em estudo, existem numerosas células mucosas (Figura 6) esparsas na epiderme. Estas células muito provavelmente,to-mam parte no processo ou regulação osmética.

Segundo o que refere Oosten (1957), o muco exerce bém uma função primordial na cicatrização dos danos na superfície ajuda nos processos osmóticos que regulam o conteüdo da água e a

tam e con centração de sais nos

te e precipitadora em perimentam uma tensão das.

fluidos do corpo. Também por sua aço lubrifican alguns peixes, pode alivia-los quando estes

sufocante em aguas altamente türbidas OU

ex polui

Como o híbrido emereferancia resiste a altas concentra ç3es de salinidade, suportando at mesmo aqua do mar ere adaptação gra dativa (Tabela é de se supor que o muco tenha alguma influancia no processo- de regulação osm6tica, mesmo porque, conforme o trabalho de Nascimento (1980) e Mota Alves & Pinho (1982), a tilapia Sarothe- rodon niloticus apresentou características de um regulador osm6tico, sendo que a presença de células mucosas na epiderme, ô também referi da.

Outra função primordial da pele a regeneração aos da nos da superfície. Danos nos quais as camadas superficiais do epitélio perd±das, são prontamente restauradas pelas células das camadas infe riores. Seguindo-se imediatamente ao'dano, elas fecham a ferida, secre tando uma massa de muco que misturada com numerosos linfOcitos.

A presença de linfécitos também merece destaque na epi derme do híbrido de S. hornorum com S. niloticus, conforme pode ser verificado na figura 6.

A derme do híbrido aqui estudado não difere dos peixes em geral, de acordo com a bibliografia especializada no assunto (Oos ten, 1957 Mota Alves & Pinho, 1982).

Consiste de uma camada superior, relativamente fina de tecidos desprendidos, o estrato vascular ou .esponjoso, e de uma cama da inferior densa e grossa, o estrato compacto. O tecido conjuntivo, liga a derme aos masculos adjacentes.

°A espessura do tegumento depende do niimero de camada

(12)

derme. Esta tambem varia com as espécies. Aqui ela se apresenta cons titulda de 6 a 8 camadas, ria parte de inserção da nadadeira dorsal,na porção mediana do corpo, diferindo do riGmero exibido por Sarotherodon niloticus (Mota Alves & Pinho, 1982).

A pele definitivamente exerce um papel na osmorregula cao dos peixes, embora variaçoes consideráveis existem na sua permea bilidade. A pele 6 geralmente permeavel

a

aqua, mas em vários graus, ela tem pouca ou nenhuma permeabilidade a substâncias orqanicas ou Ions.

Outro aspecto que deve ser levado em consideração a presença de cromatOforos que so células demais modificadas (Figura 6) que contem pigmento. Quando- as células do pigmento tornam-se mais abundantes quando os individuos passaram para aguas de concentrag6es-mais elevadas, a partir de 75% de 5qua do mar.

4. CONCLUSÕES GERAIS

Os testes realizados para observação da tolerância dos individuos a diferentes níveis salinos evidenciaram que op espEcimens so mais tolerantes a uma adaptação gradual que a uma prova de choque salino.

Nas provas de choque os individuos at 75% de agua do mar com sobrevivencia de menos de 24 horas. Na prova de adaptação gra dual houve tolerancia at 160% de iiqua do mar, observando-se dos indi vIduos at 5 dias de experimento.

A estrutura exibida pela nele, branquias e rim sugere que estas estruturas t6m um papel de regulação osm6tica do híbrido de S. hornorum e S. niloticus.

(13)

09

5. SUMARIO

As tirapias

apresentam um lugar de destaque na pisci

cultura, entretanto

tem apresentado problemas de superpopulação que

a fim de evita-los tem-se cultivado hibridos 100% machos resultantes do cruzamento de macho de Sarotherodon hornoruM com fêmeas de Sarothe rodon niloticus.

O híbrido assim obtido tem apresentado grande resisten cia no que conserne'as condig6es ambientais adversas, sendo objetivo deste trabalho estudar aspectos de sua regulação ienica através de testes laboratoriais e de analises histol6gicas da pele, rim e bran guias.

.Foram realizados provas de choque saline e testes de adaptação gradual, utilizando-se proporgEes de 10, 20, 30, 40, 50, 60 70, 80, 90 e 100% de aqua do mar.

Para analise histol5gica foram utilizadas amostras rle pele, rim e branquias para cortes em parafina de 5 micra, sendo as laminas coradas pela hematoxilina de Delafiel e eosina a 1%.

Baseando-se nos resultados obtiveram-se as seguintes conelusaes gerais.

- Os esp6cimens so mais tolerantes a uma adaptação gradual que a uma prova de choque salino.

- Nas provas de choque, os individuos, ata!': 75% agua do mar sobreviveram menos que 24 horas. Entretanto na prova de adap tação gradual houve tolerância at 100% de aqua do mar observando-se sobrevivencia dos peixes aaa a dias de experimento.

- A estrutura exibida pela pele, branquias e rim sucie re que estas estruturas tem um papel de regulagao osm6tica do hlbrido de S. hornorum e S. niloticus.

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6. BIBLIOGRAFIA

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(16)

Sobrevivência do híbrido resultante do cruzamento de S. hornorum e S. niloticus a provas de cho que salino nas proporg6es de 2 0,.25, 50 e,75% de agua do mar.

Porcentagem de aqua do mar em relação a aqua doce (%)

0 25 50 75

Comp. Horas de Dias de Comp. Horas de Dias de Comp. Floras de Dias Comp. Horas Dias de

total total total de total de

(cm) sobrev. sobrev. (cm) sobrev. sobrev. (cm) sobrev. sobrev. (cm) sobrev. sobrev. 10,05 720 30 9,50 720 30 12,20 39 1,63 11,75 11 0,46 10,05 720 30 10,00 720 30 12,55 18 0,75 12,05 11 0,46 10,15 720 30 10,20 720 30 12,75 25 1,04 12,25 07 0,29 10,30 720 30 10,20 720 30 12,95 41 1,71 12,55 09 0,38 10,60 720 30 10,25 720 30 13,00 42 ' 1,75 12.,60 .12 0,50 10,75 720 30 10,30 720 30 13,25 26 1,08 13,10 07 0,29 11,85 720 30 10,40 720 30 13,33 63 2,63 13,15 13 0,54 ' 11,90 720 30 10,45 720 30 13,40 68 2,83 13,30 13 0,54 11,90 720 30 10,45 720 30 13,40 720 30,00 13,60 14 0,58 12,05 720 30 11,00 720 30 13,55 67 2,79 13,75 14 0,58

(17)

TABELA - II

Sobrevivência do híbrido resultante do cruzamento de S. hornorum e S. niloticus em 22 dias de expe rimentagão em prova de adaptação gradual a diferentes porcentagens de agua do mar. Mudanças feitas cada 48 horas. N9 de ordem Comp. total (cm) Sobrevivência em 48 horas Porcentagem de aqua do mar (%)

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 3. 3 10,40 10,40 10,50 4. 4 10,70 -F 5 10,80 + + 6 11,20 -F 7 11,30 + + -1- + , 8 11,30 + 9 11,80 10 11,80 + + sobreviv5z.cia mortalidade

(18)

cus. Destaca-se um filamento branquial com suas la melas secundaras. (Formol

a

10; Coloraçao H.E.; Oc. K6,3; Obj. 16).

Figura 2 - Detalhe em maior aumento da figura an tenor destacando as lamelas branquiais, onde percebido o revestimento constituído de epit61io simples pavimentoso e algumas calulas acid6fi las. (1Yormol

a

10%; Colorac7).o H.E.; Oc. 1<6,3; Obj. 40).

(19)

_

Figura 3 - Pilastras branquiais cartilaqinosas si tuadas na base dos filamentos. (Formol a 10%; co loracEo H.F.; Oc, K6,3; Obj 40),

Figura 4 - Corte transversal de rim do híbrido re sultante do cruzamento de S. hornorum e S. niloti cus, cortes de tiibulo convoluto proximal e dis tal, A16m de um coletor. (Formol a 10%, Coloraqao H.E.; Cc. 1<6,3; Obj.-16).

(20)

los proximais de células com núcleo esf5rico e oen trai com luz ampla. (Formol g 10%; Coloraçao H.E.; Oc. K6,3; Obj. 40).

, Figura 6 - Corte histolOgico de pele do híbrido re sultante do cruzamento de S. hornorum e S. niloti cus. Observam-se a camada de epiderme e derme onde so vistas c61ulas secretoras de muco, as cEilulas acid6filas além de alauns linfócitos esparsos en tre as fibras de tecido conjuntivo da derme. (For moi a 10%; Coloracao H.E.; Oc. K6, Obj. 40).

Referências

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