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Análise das demonstrações contábeis básicas de uma cooperativa de crédito

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ANALISE DAS DEMONSTRAÇOES CONTÁBEIS BÁSICAS DE UMA

COOPERATIVA DE CRÉDITO

REGIS LUIS BRUXEL

IJUI (RS)

(2)

REGIS LUIS BRUXEL

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BÁSICAS DE UMA

COOPERATIVA DE CRÉDITO

Prof. Orientador: Irani Paulo Basso

IJUI (RS), Julho/2014

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para a obtenção do Titulo de Bacharel em Ciências Contábeis.

(3)

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Índice de Liquidez Imediata ... 17

Figura 2: Índice de Liquidez Seca ... 17

Figura 3: Índice de Liquidez Corrente ... 18

Figura 4: Índice de Liquidez Geral ... 18

Figura 5: Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais ... 19

Figura 6: Índice de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios ... 20

Figura 7: Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo ... 20

Figura 8: Índice de Margem de Lucro Bruto ... 21

Figura 9: Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido ... 21

Figura 10: Índice de Margem de Lucro Líquido do Exercício ... 22

Figura 11: Índice de Rentabilidade do Capital Social ... 22

Figura 12: Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido ... 23

Figura 13: Índice de Remuneração do Ativo Total ... 23

Figura 14: Índice de Retorno do Investimento Operacional... 24

Figura 15: Coeficiente de Overtrating ... 25

Figura 16: Índice de Rotatividade do Ativo ... 26

Figura 17: Índice de Recebimento de Contas a Receber ... 26

Figura 18: Índice Médio de Pagamento de Contas a Receber ... 26

Figura 19: Índice do Grau de Imobilização do patrimônio Líquido ... 27

Figura 20: Índice de Disponibilidade Financeira Imediata ... 28

Figura 21: Índice de Capital de Giro Próprio ... 28

Figura 22: Índice de Margem Líquida ... 29

Figura 23: Índice de Independência Financeira ... 29

Figura 24: Índice de Leverage ... 29

Figura 25: Índice de Relação do Capital/Depositantes ... 29

Figura 26: Índice de Empréstimos e depósitos ... 30

Figura 27: Índice de Capital de Giro Próprio ... 30

Figura 28: Composição do Ativo – em valores absolutos atualizados ... 37

Figura 29: Composição das Fontes – em valores absolutos atualizados ... 38

Figura 30: Demonstração das Sobras ou Perdas – em valores absolutos atualizados ... 40

Figura 31: Demonstração das Sobras ou Perdas – em valores absolutos atualizados ... 41

Figura 32: Evolução do Ativo – em valores relativos ... 42

Figura 33: Evolução das Fontes – em valores relativos ... 43

Figura 34: Evolução das Sobras ou Perdas ... 44

Figura 35: Evolução das Sobras ou Perdas – em valores relativos ... 45

Figura 36: Composição Percentual do Ativo ... 46

Figura 37: Composição Percentual das Fontes ... 47

Figura 38: Representação Percentual das Sobras ou Perdas ... 48

Figura 39: Representação Percentual das Sobras ou Perdas ... 49

Figura 40: Índice de Liquidez Imediata ... 51

Figura 41: Índice de Liquidez Corrente ... 52

(4)

Figura 43: Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais ... 54

Figura 44: Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios ... 55

Figura 45: Índice de Participação de Dívidas de Curto Prazo ... 56

Figura 46: Índice de Margem de Lucro Bruto ... 57

Figura 47: Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido ... 58

Figura 48: Índice de Margem de Lucro Líquido do Exercício ... 59

Figura 49: Índice de Rentabilidade do Capital Social ... 60

Figura 50: Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido ... 61

Figura 51: Índice de Remuneração do Ativo Total ... 62

Figura 52: Índice de Retorno do Investimento Operacional... 63

Figura 53: Índice de Overtrading ... 64

Figura 54: Índice de Giro do Ativo ... 66

Figura 55: Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido... 67

Figura 56: Índice de Disponibilidade Financeira Imediata ... 68

Figura 57: Capital de Giro Próprio ... 69

Figura 58: Índice de Margem Líquida ... 70

Figura 59: Índice de Independência Financeira ... 71

Figura 60: Índice de Leverage ... 72

Figura 61: Índice de Relação entre Capital/Depositantes ... 73

Figura 62: Índice de Empréstimos e Depósitos ... 74

(5)

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Imediata ... 50

Quadro 2: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Corrente ... 51

Quadro 3: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Seca ... 52

Quadro 4: Análise Comparativa do Índice de Liquidez Geral ... 52

Quadro 5: Análise Comparativa do Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais ... 54

Quadro 6: Análise Comparativa do Índice de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios . 55 Quadro 7: Análise Comparativa do Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo ... 56

Quadro 8: Análise Comparativa do Índice de Margem de Lucro Bruto ... 57

Quadro 9: Análise Comparativa do Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido ... 58

Quadro 10: Análise Comparativa do Índice de Margem de Lucro Líquido do Exercício... 59

Quadro 11: Análise Comparativa do Índice de Rentabilidade do Capital Social ... 60

Quadro 12: Análise Comparativa do Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido ... 61

Quadro 13: Análise Comparativa do Índice de Remuneração do Ativo Total ... 62

Quadro 14: Análise Comparativa do Índice de Retorno do Investimento Operacional ... 63

Quadro 15: Análise Comparativa do Índice de Overtrading ... 64

Quadro 16: Análise Comparativa do Índice do Termômetro de Kanitz ... 65

Quadro 17: Análise Comparativa do Índice de Giro do Ativo ... 65

Quadro 18: Análise Comparativa do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 67

Quadro 19: Análise Comparativa do Índice de Disponibilidade Financeira Imediata ... 68

Quadro 20: Análise Comparativa do Capital de Giro Próprio... 69

Quadro 21: Análise Comparativa do Índice de Margem Líquida ... 70

Quadro 22: Análise Comparativa do Índice de Independência Financeira ... 70

Quadro 23: Análise Comparativa do Índice de Leverage ... 71

Quadro 24: Análise Comparativa do Índice de Relação entre Capital/Depositantes ... 72

Quadro 25: Análise Comparativa do Índice Empréstimos e Depósitos ... 73

(6)

LISTA DE ABREVIATURAS

AC Ativo Circulante

AGO Assembleia Geral Ordinária AO Ativo Operacional

AP Ativo Permanente

APL Aplicações Interfinanceiras de Liquidez ARLP Ativo Realizável a Longo Prazo

AT Ativo Total

CCL Capital Circulante Líquido CF Centralização Financeira

CFC Conselho Federal de Contabilidade CS Capital Social

DEP Depósitos DISP Disponibilidades DO Despesas Operacionais LL Lucro Líquido

LLE Lucro Líquido do Exercício LOB Lucro Operacional Bruto LOL Lucro Operacional Líquido LP Longo Prazo

OC Operações de Crédito PC Passivo Circulante

PELP Passível Exigível a Longo Prazo PL Patrimônio Líquido

PT Passivo Total

RIF Receita de Intermediação Financeira RLP Realizável a Longo Prazo

ROB Receita Operacional Bruta ROL Receita Operacional Líquida

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SUMARIO

SUMARIO ... 7

INTRODUÇÃO ... 10

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 6

1.1 Área do Conhecimento Contemplada ... 6

1.2 Caracterização da Organização ... 6 1.3 Problematização do tema ... 7 1.4 Objetivos ... 7 1.4.1 Objetivo geral ... 8 1.4.2 Objetivos Específicos ... 8 1.5 Justificativa ... 8 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 10

2.1 Caracterização Geral de Contabilidade ... 10

2.1.1 Conceituação, objeto, funções e objetivos. ... 10

2.1.2 Princípios e Normas de Contabilidade ... 12

2.1.3 Técnicas Contábeis Básicas ... 12

2.1.4 Demonstrações Contábeis ... 13

2.2 Análise de balanços ... 14

2.2.1 Reestruturação de Demonstrações Contábeis para Análise de Balanços ... 14

2.2.2 Atualização de Demonstrações Contábeis para Análise Comparativa de Balanços... 15

2.2.3 Análise de Balanços em Valores Absolutos ... 15

2.2.4 Análise de Balanços em Valores Relativos - Vertical e Horizontal ... 15

2.2.5 Análise de Balanços por Indicadores ... 16

2.2.5.1 Indicadores de Liquidez ... 16 2.2.5.2 Indicadores de Endividamento ... 19 2.2.5.3 Indicadores de Lucratividade ... 20 2.2.6Indicadores de Solvência ... 24 2.2.6.1 Coeficiente de Overtrading ... 24 2.2.6.2 Termômetro de Kanitz ... 25

2.2.7Indicadores de Atividade, Giro ou Ciclometria ... 25

2.2.7.1 Indicadores de Giro do Ativo ... 26

(8)

2.2.7.3Indicador de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 27

2.2.7.4Outros Indicadores Econômicos e Financeiros ... 27

3.1. Classificação da Pesquisa ... 31

3.1.1 Quanto a Natureza ... 31

3.1.2 Quanto aos Objetivos ... 32

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ... 32

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 33

3.2. Plano de coleta de dados ... 34

3.2.1 Instrumentos utilizados na coleta de dados ... 34

3.3. Plano de Análise e Interpretação de dados ... 35

4. PARTE PRÁTICA – ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS BÁSICAS DA COOPERATIVA DE CRÉDITO X ... 36

4.1 Reestruturação das Demonstrações Contábeis para Fins da Análise ... 36

4.2 Atualização de Valores das Demonstrações para Fins de Analise Comparativa ... 36

4.3 Análises das Demonstrações Contábeis da Cooperativa de Crédito X ... 36

4.3.1 Análise de Balanços em Valores Absolutos Atualizados ... 37

4.3.1.1 Análise dos Valores Absolutos Atualizados do Balanço Patrimonial ... 37

4.3.1.2 Análise dos Valores Absolutos Atualizados da Demonstração de Sobras ou Perdas.... 39

4.3.2 Análise de Demonstrações Contábeis em Valores Relativos – Vertical e Horizontal ... 42

4.3.2.1 Análise em Valores Relativos - Horizontal do Balanço Patrimonial ... 42

4.3.3 Análise em Valores Relativos – Vertical ... 46

4.3.3.1 Análise em Valores Relativos – Vertical do Balanço Patrimonial ... 46

4.3.3.2 Análise em Valores Relativos – Vertical da Demonstração de Sobras ou Perdas... 48

4.4 Análise por Indicadores Econômicos e Financeiros ... 50

4.4.1 Indicadores de Liquidez ... 50

4.4.1.1 Índice de Liquidez Imediata ... 50

4.4.1.2 Índice de Liquidez Corrente (ou Circulante) ... 51

4.4.1.3 Índice de Liquidez Seca ... 52

4.4.1.4 Índice de Liquidez Geral ... 52

4.4.2 Indicadores de Endividamento ... 53

4.4.2.1 Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais... 54

4.4.2.2 Índice de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios ... 55

4.4.2.3 Índice da Participação das Dívidas de Curto Prazo ... 56

(9)

4.4.3.1 Índice de Margem de Lucro Bruto ... 57

4.4.3.2 Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido ... 58

4.4.3.3 Índice de Margem de Lucro Líquido do Exercício ... 59

4.4.4 Indicadores de Rentabilidade ... 60

4.4.4.1 Índice de Rentabilidade do Capital Social ... 60

4.4.4.2 Índice de Rentabilidade de Patrimônio Líquido ... 61

4.4.4.3 Índice de Remuneração do Ativo Total ... 62

4.4.4.4 Índice de Retorno do Investimento Operacional ... 63

4.4.5 Indicadores de Solvência ... 64

4.4.5.1 Coeficiente de Overtrading ... 64

4.4.5.2 Termômetro de Kanitz ... 65

4.4.6 Indicadores de Atividades, Giro ou Ciclometria ... 65

4.4.6.1 Indicador de Giro do Ativo ... 65

4.4.6.2 Indicadores de Giro de Duplicatas ... 66

4.4.6.3 Indicador de Imobilização do Patrimônio Líquido ... 67

4.4.7 Outros Indicadores Econômicos e Financeiros ... 67

4.4.7.1 Índice de Disponibilidade Financeira Imediata ... 68

4.4.7.2 Capital de Giro Próprio ... 69

4.4.7.3 Índice de Margem Líquida ... 70

4.4.7.4 Índice de Independência Financeira ... 70

4.4.7.5 Índice de Leverage ... 71

4.4.7.6 Relação do Capital/Depositantes ... 72

4.4.7.7 Índice de Empréstimos e Depósitos ... 73

4.4.7.8 Índice de Eficiência Operacional ... 74

4.5 Conclusões da Análise Econômica e Financeira ... 75

CONCLUSÃO ... 77

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ... 79

(10)

INTRODUÇÃO

No cenário atual, está em evidencia o crescimento dos desafios impostos pela globalização da economia e a forte competitividade entre as empresas, sendo que o conhecimento da situação financeira da empresa se torna de suma importância, visto que os gestores e administradores precisam de informações para auxiliar na tomada de decisões para sobrevivência e crescimento do negócio em um mercado que está em constante mudança e os usuários externos querem saber aonde investir seus recursos com maior segurança e liquidez. Sem dúvida, a contabilidade financeira e gerencial, são importantes ferramentas que produzem informações para os gestores da empresa e para seus acionistas, as quais irão ajudar nas atividades decisórias, resolução de problemas, como geradoras de informações.

Desta forma, as empresas buscam informações que as auxiliem no aumento de seus resultados e minimizem os riscos em suas atividades para a sobrevivência do negócio, diante deste mercado que conta com pessoas e organizações cada vez mais exigentes.

Neste sentido, este de trabalho de conclusão de curso foi projetado e aplicado sobre a realidade de uma Cooperativa de Crédito, visando fazer um estudo econômico-financeiro, através de indicadores e índices que pudessem apresentar dados que auxiliassem no gerenciamento da organização e na prestação de informações para os associados, de como está financeiramente à organização da qual são interessados na condição de operadores e ao mesmo tempo de proprietários do empreendimento.

Na fase inicial, este estudo apresenta a contextualização dos estudos, envolvendo a caracterização da área contábil enfocada, a descrição do problema a ser trabalhado, os objetivos a serem alcançados e a justificativa do autor com a realização do mesmo. Complementa esta primeira etapa, a apresentação da metodologia do trabalho e a revisão bibliográfica, como embasamento do proponente para a elaboração da parte prática do trabalho de conclusão de curso.

Na parte prática, está relatado o produto dos estudos realizados sobre o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, que na entidade cooperativa é denominada de Demonstração de Sobras ou Perdas, dos últimos cinco anos da Cooperativa de Crédito X, trazendo os principais indicadores da situação financeira e econômica da entidade em estudo, com a finalidade de atingir os objetivos e as justificativas propostas pelo proponente na fase de projeto da tarefa de conclusão de curso.

(11)

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Esta parte do trabalho de conclusão de curso aborda aspectos que caracterizam a proposta de trabalho do proponente, envolvendo desde a definição do tema até os aspectos metodológicos que nortearão a sua realização.

1.1 Área do Conhecimento Contemplada

As áreas em que a Contabilidade atua são bastante abrangentes, sendo que se escolheu a área de análise de balanços aplicada em uma cooperativa de crédito, onde é feita uma análise de seus principais indicadores para poder contribuir na tomada de decisões gerenciais e ao mesmo tempo contribuir com sua administração na transparência da sua situação econômico-financeira para com seus clientes e em especial para com seus associados.

1.2 Caracterização da Organização

As organizações cooperativas, basicamente, são associações de pessoas com interesses comuns, economicamente organizadas de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando os direitos e deveres de cada um dos cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.

Devido ao sigilo profissional, a organização está caracterizada como uma Cooperativa de Crédito X, que é uma instituição financeira atuante na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, constituída como uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica sem fins lucrativos e com o objetivo de propiciar crédito de modo mais simples e vantajoso para seus associados, contribuindo para o desenvolvimento local. Por se tratar de uma cooperativa de crédito, o equilíbrio financeiro se dá com a participação dos associados, os quais contribuem na gestão dos recursos administrados.

Esta Cooperativa de Crédito é integrante de um sistema de crédito que trabalha com 113 cooperativas atuantes em onze estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Rondônia, Goiás, São Paulo e Bahia). Esta estrutura lhes assegura uma marca corporativa forte e ganho de escala em todos os níveis. A essência que rege estas cooperativas de crédito é o envolvimento com seus associados e atendimento diferenciado, resultado de um modelo de gestão financeira

(12)

transparente e eficaz que respeita a individualidade de cada sócio, ao mesmo tempo em que valoriza o desenvolvimento mútuo.

Hoje, as cooperativas de crédito, atuam tanto na área rural como urbana, por intermédio das cooperativas de livre admissão e/ou por meio das cooperativas de crédito segmentadas, que são aquelas ligadas às categorias profissionais ou segmentos econômicos específicos. As cooperativas de crédito estão crescendo significativamente dentro da economia brasileira e aumentando sua área de atuação devido às pessoas estarem conhecendo melhor o trabalho delas e reconhecendo como uma ótima forma de efetuar suas movimentações financeiras.

1.3 Problematização do tema

Tanto a prática como a literatura, tem revelado que a análise de balanços é uma das tarefas mais difíceis e complexas entre as inúmeras que os contadores possuem na missão de contribuir para o desenvolvimento das organizações. Esta análise consiste em proceder às investigações dos fatos, com base nos dados que são apresentados nas demonstrações contábeis, auxiliando na tomada de decisões e na geração de informações para seus dirigentes e associados.

As técnicas de análise de balanços geram várias informações, a fim de atender os objetivos a serem alcançados pelos usuários das informações. Assim, é possível identificar e compreender como está estruturado financeiramente o empreendimento e os resultados alcançados para que estas informações sejam apresentadas de uma forma mais clara e de fácil entendimento pelos seus usuários, visando entender o comportamento da organização diante o mercado e auxiliando nas novas estratégias e serem seguidas.

Neste contexto, a pergunta que este trabalho pretende responder pode ser assim resumida: Como as técnicas de análise de balanços podem auxiliar na prestação de informações sobre a situação econômica e financeira de uma cooperativa de crédito na tomada de decisões de seus gestores?

1.4 Objetivos

Os objetivos buscam determinar previamente os resultados parciais e gerais a serem alcançados com a realização do trabalho de conclusão de curso, desde a dimensão pessoal até a dimensão dos demais interessados em sua realização.

(13)

1.4.1 Objetivo geral

Diagnosticar, através de vários indicadores utilizados nas técnicas de análise de balanços, a situação econômica e financeira da Cooperativa de Crédito X, com vistas a qualificar o processo de tomada de decisões de seus gestores.

1.4.2 Objetivos Específicos

Aprofundar os estudos na área de análise de balanços, através da pesquisa bibliográfica em obras especializadas na área financeira.

Analisar as demonstrações contábeis básicas da Cooperativa de Crédito X do período 2008 a 2012.

Demonstrar a real situação econômico-financeira da Cooperativa de Crédito X através das técnicas de análise de balanços consagradas na área financeira.

Apresentar à Cooperativa de Crédito X resultados que possam contribuir para a gestão da organização e na geração de informações para o seu gerenciamento.

1.5 Justificativa

O tema deste trabalho de conclusão de curso foi baseado na necessidade verificada pelo pesquisador de alimentar os gestores com informações sobre a situação e evolução patrimonial, econômica e financeira da Cooperativa de Crédito X, além de revisar e ampliar conhecimentos do acadêmico, dada à função profissional exercida atualmente.

Para a Cooperativa de Crédito X, que compreende um universo mais amplo do que as demais empresas, o que está em jogo é a capacidade de acumulação patrimonial e crescimento técnico e operacional de seus associados, pois seus investimentos, estratégias e táticas empresariais têm como referencial sua clientela, que são na grande maioria os associados. Como a atividade da Cooperativa de Credito X é a intermediação financeira que tem como matéria-prima o dinheiro depositado por seus associados que ao mesmo tempo é repassado como produto final a outros associados, estas informações geradas poderão auxiliar para um melhor desempenho econômico e dar maior segurança para seus associados, pois esta atividade é muito sensível e não aceita má gestão.

De acordo com Matarazzo (2010, p.4), “[...] as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços

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transforma estes dados em informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir”.

Para o Curso de Ciências Contábeis e para a Universidade, este trabalho poderá servir como fonte de estudo e pesquisa a seus acadêmicos sobre a metodologia de indicativos para demonstrar a situação econômica e financeira de uma entidade cooperativa de crédito.

(15)

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

A revisão bibliográfica, ou revisão da literatura, é análise crítica, cautelosa e ampla das publicações correntes em uma determinada área do conhecimento. Neste capítulo são abordados temas e assuntos sobre a contabilidade e a análise de demonstrações contábeis que são objeto da atividade prática proposta na fase inicial deste trabalho de conclusão de curso.

2.1 Caracterização Geral de Contabilidade

A Contabilidade, ciência que registra, resume e interpreta os fenômenos que afetam as situações financeiras, patrimoniais e econômicas de qualquer empresa, surgiu nos primórdios da civilização, na época em que os homens primitivos representavam seus patrimônios (rebanhos, metais e outros bens) por meio de desenhos e gravações.

A história da contabilidade nos mostra que com a evolução do homem e com a criação de métodos cada vez mais complexos a contabilidade se tornou um alicerce para que a evolução acontecesse, deixando de ser primitivo e passando a raciocinar de uma forma organizada. Pode se afirmar que a contabilidade está presente nas mais simples até nas mais complexas organizações, tornando-se uma importante ferramenta para o gerenciamento dos negócios.

[...] Os registros começaram primitivamente; organizaram-se, sistematizaram-se, divulgaram-se por escrito e deram margem ao aparecimento de conhecimentos superiores sobre a essência dos fenômenos que eles apenas representavam. O registro, a escrita, são as formas e o fato registrado é a essência, destaca Sá (1990, apud BASSO, 2011, p.23).

Com a evolução da sociedade, a contabilidade se tornou uma ferramenta indispensável, pois ela tem o objetivo de fornecer informações, possibilitar o conhecimento do passado, presente e futuro das empresas, a fim de facilitar a tomada de decisões, resultando em transparência da situação financeira destas.

2.1.1 Conceituação, objeto, funções e objetivos.

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[...] é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico), e que, como conjunto de normas, preceitos, regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica e financeira e, complementarmente, controla, registra e informa situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes de ações praticadas pela entidade no ambiente em que esta inserida. (BASSO, 2011, p.26).

Ela registra, estuda e interpreta (por análise) os fatos financeiros e econômicos que afetam a situação patrimonial de determinada pessoa física ou jurídica. Essa situação patrimonial é apresentada ao usuário (pessoa que tem interesse em avaliar a situação da entidade) por meio das demonstrações contábeis tradicionais e de relatórios de exceção, específicos para determinadas finalidades. (GRECO; AREND; GARTER, 2009, p. 1).

Sá (1999, p. 42), considera mais adequado definir Contabilidade como “[...] a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos em relação à eficácia funcional das cédulas sociais”.

Conforme Basso (2011, p.27), “O objeto da Contabilidade é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade [...]”.

De acordo com Basso (2011, p.28), “A finalidade básica da Contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e o planejamento – processo decisório”.

Os principais objetivos da Contabilidade podem ser assim explicitados:

- controlar (física e monetariamente) os elementos patrimoniais e suas variações; - apurar os resultados decorrentes das variações ocorridas no patrimônio da entidade;

- evidenciar a situação patrimonial, econômica e financeira da entidade, bem como suas tendências;

- atentar para o cumprimento de normas, leis e demais dispositivos emergentes da legislação aplicável aos negócios da entidade;

- fornecer informações sobre o patrimônio aos seus usuários, de acordo com suas necessidades, (BASSO, 2011, p. 29).

A Contabilidade é a ciência social que estuda, interpreta e registra os fatos que afetam o patrimônio de uma entidade, ou seja, os bens, direitos e obrigações que a empresa possui, com o objetivo de melhor interpretar o que esta ocorrendo com a mesma. Para o desenvolvimento deste trabalho a contabilidade será uma ferramenta de grande importância, pois é através dela que será possível efetuar as analises dos índices que o projeto está propondo.

(17)

2.1.2 Princípios e Normas de Contabilidade

A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. Conforme resolução CFC n⁰ 750/93, são princípios de contabilidade:

Princípio da Entidade: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Princípio da Continuidade: pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

Princípio da Oportunidade: refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Princípio do registro pelo valor original: determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores das transações, expresso em moeda nacional.

Princípio da competência: determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Princípio da prudência: determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para o passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.

2.1.3 Técnicas Contábeis Básicas

As técnicas contábeis básicas empregadas pela Contabilidade para se explicitar e se tornar útil aos seus usuários são:

Escrituração – trata-se dos registros dos fatos contábeis nos livros de escrituração contábil (diário e razão) e nos livros auxiliares;

Demonstrativos Contábeis – relatos econômicos e financeiros originados da escrituração contábil, conhecidos como Balancete de Verificação, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de

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Caixa; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração do Valor Adicionado. Outros demonstrativos podem ser elaborados, como o Balanço Social e a Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos, que completam a geração de informações diretas e indiretas do patrimônio da entidade;

Auditoria – exame dos procedimentos administrativos, operacionais e das praticas contábeis, envolvendo a escrituração e as demonstrações contábeis, para certificar a sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade;

Analise de Balanços – elaboração de indicadores, dados e informações de situações passadas e presentes para interpretação, estudo e análise da realidade patrimonial, econômica e financeira da entidade bem como a projeção de tendências futuras. (BASSO, 2011, p. 35)

É de suma importância que os administradores das empresas tenham conhecimento destas demonstrações, para um controle de sua administração econômica financeira e o bom andamento da organização.

2.1.4 Demonstrações Contábeis

O objetivo das demonstrações contábeis é oferecer aos seus usuários, uma gama de dados que poderão ser transformados em informações para serem usadas de acordo com a necessidade de cada um. Para atender aos diferentes usuários da contabilidade é obrigatória a elaboração de cinco demonstrativos que evidenciem, de forma sintética, as informações econômicas e financeiras do patrimônio das entidades em geral.

[...] Destes cinco, dois são básicos, Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício, que são complementados pela Demonstração dos fluxos de Caixa, pela Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido de Demonstração do valor Adicionado. (BASSO, 2011, p. 291).

Esclarecendo métodos, critérios e detalhes dos procedimentos de escrituração e/ou de elaboração de informações sintetizadas nas demonstrações contábeis, acompanha tais demonstrativos as “Notas Explicativas”, completando o conjunto de informações de natureza patrimonial, econômica e financeira das entidades ao final do exercício social [...]. (BASSO, 2011, p. 291).

Para Franco (2003, p. 31), “[...] as demonstrações contábeis são peças contábeis, elaboradas com base em técnicas próprias, evidenciando a posição da empresa em determinado momento. São peças fundamentais, capazes de levar informações a quem necessite de aspectos financeiros econômicos da organização”.

As demonstrações contábeis oferecem aos usuários uma série de dados sobre a empresa, que podem ser transformados em informações. Elas devem ser estruturadas de

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maneira adequada e de acordo com a legislação para refletir a verdadeira situação financeira da empresa naquele momento.

2.2 Análise de balanços

O objetivo da análise das demonstrações contábeis está ligado com busca das informações, tornando-as úteis à tomada de decisões, através de técnicas específicas. Estas demonstrações apresentam elementos de forma sintética, e é a elas que se recorre quando se pretende conhecer a situação do patrimônio da entidade.

Iudícibus (2010, p.5), define análise de balanço como, “[...] a arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos se for o caso”.

Já segundo Marion (2009, p. 1), “[...] poderíamos dizer que só teremos condições de conhecer a situação econômico-financeira de uma empresa por meio dos três pontos fundamentais de analise: Liquidez (Situação Financeira), Rentabilidade (Situação Econômica) e Endividamento (Estrutura de Capital)”.

Como para este projeto os elementos de analise são apresentados sinteticamente, há necessidade de aplicação da técnica contábil denominada “Análise de Balanço” para obter o resultado desejado.

2.2.1 Reestruturação de Demonstrações Contábeis para Análise de Balanços

Via de regra, a técnica contábil da análise de balanços se utiliza fundamentalmente do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício e apenas complementarmente as demais demonstrações contábeis. Portanto, é relevante que estas duas demonstrações principais sejam reestruturadas para fins de análise, de forma que possam efetivamente representar as aplicações e as origens de recursos, bem como o resultado do exercício o mais próximo da realidade possível. De outra parte, especialmente quando a análise atende a interesses internos da entidade, é importante fazer algumas depurações para que o ativo, em especial, reflita as possibilidades reais de realização de curto e de longo prazo.

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2.2.2 Atualização de Demonstrações Contábeis para Análise Comparativa de Balanços

As demonstrações contábeis ao serem elaboradas, geralmente em 31 de dezembro de cada ano, permanecem com seus valores inalterados e ao longo do tempo vão ficando defasado em função da perda do poder aquisitivo da moeda, conhecido nos meios econômicos, por inflação.

Para que tais fatores não interfiram na interpretação e análise comparativa de balanços, é necessário fazer a atualização dos valores originais dos demonstrativos para o último ano da série em que se está realizando a análise comparativa, por exemplo, numa série cinco anos de balanços (x3 a x7), é necessário que sejam atualizados os valores de x3 a x6 para x7, inflacionando os quatro anteriores, de acordo com a variação do poder aquisitivo da moeda de cada ano para o ano de x7, que por sua vez fica com os valores originais, pois é o ano base de comparação.

2.2.3 Análise de Balanços em Valores Absolutos

A análise em valores absolutos é o exame da evolução histórica dos valores que compõem o patrimônio da empresa. Para Vertes (1977, p. 31),

As comparações dos balanços de anos sucessivos podem ser consideradas como fotografias extraídas em sequência, como um filme cinematográfico. Esse filme poderia mostrar o andamento dos negócios e facilitaria fazer uma previsão mais ou menos prudente para o futuro. Realmente o que mais interessa para o analista é conhecer o futuro.

Estes valores mostram a situação financeira atual da empresa, a evolução durante os anos analisados a fim de auxiliar na análise de qual rumo a empresa quer seguir para gerar um melhor resultado financeiro e ao mesmo tempo maior resultado econômico.

2.2.4 Análise de Balanços em Valores Relativos - Vertical e Horizontal

A análise vertical determina a relevância de cada conta em ralação ao um valor total e a analise horizontal compara os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.

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Assaf Neto (2002, p. 55), define analise vertical e horizontal da seguinte forma:

A análise horizontal identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo de determinado período de tempo. É uma analise temporal do crescimento da empresa da empresa, que permite avaliar a evolução das vendas, custos e despesas; aumento dos investimentos realizados nos diversos itens do ativo; evolução das dívidas etc.

[...] Complementando as informações horizontais, o estudo vertical das demonstrações contábeis permite conhecer a estrutura financeira e econômica da empresa, ou seja, a participação relativa de cada elemento patrimonial e de resultados. Por exemplo, qual a porcentagem das vendas que representa o lucro líquido; do total do passivo quanto a empresa deve a curto e longo prazos etc.

Conforme Iudícibus (2010, p.83), “[...] a finalidade principal da análise horizontal é apontar o crescimento de itens dos Balanços e das Demonstrações de Resultado (bem como de outros demonstrativos) através dos períodos, a fim de caracterizar tendências”.

É importante salientar que os dados apresentados tanto na analise vertical, como na analise horizontal, devem ser analisados em conjunto, pois a primeira avalia a evolução das contas dentro do grupo de contas e a segunda efetua a comparação da evolução do patrimônio ao longo dos períodos analisados.

2.2.5 Análise de Balanços por Índices

A análise através de indicadores constitui a técnica de analise mais utilizada, pois tem como objetivo fornecer uma visão ampla da situação econômica e financeira da empresa, para que se possa acompanhar a evolução e identificar possíveis deficiências na gestão do negócio. De acordo com Assaf Neto (2002, p.55), análise de balanço por indicadores, “[...] procuram relacionar elementos afins das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a situação da entidade”.

Desta forma, os usuários que não são familiarizados com as demonstrações contábeis terão maior facilidade na interpretação dos dados transmitidos pela contabilidade.

2.2.5.1 Indicadores de Liquidez

Os indicadores de liquidez evidenciam a situação financeira de uma empresa frente a seus diversos compromissos financeiros, ou seja, servem para evidenciar o grau de solvência da empresa em decorrência da existência ou não de solidez financeira que garanta o

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pagamento dos compromissos com terceiros. Quanto maior o indicador, maior a capacidade que a empresa tem de efetuar o pagamento de suas dívidas.

Para Marion (2002, p. 83), “[...] índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos [...]”.

Os indicadores de liquidez mais utilizados são:

a) Índice Liquidez Imediata

Revela a porcentagem das dívidas de curto prazo (circulante) em condições de serem liquidadas imediatamente. Assaf Neto (2002, p. 172), enfatiza que, “[...] esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade”. Este indicador é encontrado pela aplicação da seguinte fórmula:

Índice de Liquidez Imediata = Disponível

Passivo Circulante

b) Índice de Liquidez Seca

Este indicador demonstra a porcentagem das dívidas a curto prazo em condições de serem saldadas mediante a utilização de itens monetários de maior liquidez do ativo circulante. Para Iudícibus (2010, p. 92), “[...] o quociente apresenta uma posição bem conservadora da liquidez da empresa em determinado momento, sendo preferido pelos emprestadores de capitais”. Para chegar a este indicador é utilizado à seguinte formula:

Índice de Liquidez Seca =

Ativo Circulante (–) Estoques (–) Despesas antecipadas

Passivo Circulante

Figura 1: Índice de Liquidez Imediata

Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 172).

Figura 2: Índice de Liquidez Seca

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c) Índice de Liquidez Corrente

Índice de Liquidez Corrente revela a capacidade da empresa para cumprir seus compromissos de curto prazo, isto é, quanto existe de ativo circulante para cada $ 1,00 de dívida a curto prazo. Conforme Reis (2003, p. 175), “[...] o índice de liquidez corrente permite verificar a capacidade de pagamento da empresa, ou seja, quanto à empresa tem de valores disponíveis e realizáveis dentro de um ano, para garantir o pagamento de suas dívidas vencíveis no mesmo período”.

Este indicador é obtido através da seguinte formula:

Índice de Liquidez Corrente = Ativo Circulante

Passivo Circulante

d) Índice de Liquidez Geral

Este indicador revela a liquidez, tanto a curto como a longo prazo assumidos com terceiros. De cada $ 1,00 que a empresa tem de dívida, o quanto existe de direitos e haveres no ativo circulante e no realizável a longo prazo para quitação das mesmas.

Marion (2002, p. 89), destaca que o Índice de Liquidez Geral, “[...] mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a Curto e Longo Prazo, relacionando-se com tudo que já assumiu como divida a Curto e Longo Prazo)”.

Utiliza-se da seguinte formula para chegar a este indicador:

Índice de Liquidez Geral =

Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

Figura 3: Índice de Liquidez Corrente

Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 172).

Figura 4: Índice de Liquidez Geral

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2.2.5.2 Indicadores de Endividamento

Estes indicadores evidenciam o grau de endividamento da empresa em decorrência da origem do capital investido no patrimônio. Têm como principal objetivo mostrar o grau de comprometimento do capital próprio de uma empresa, com o capital de terceiros, ou seja, quanto dos investimentos das empresas origina-se de capital de terceiros.

Iudícibus (2010, p. 97), diz que, “[...] estes quocientes relacionam as fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de muita importância, pois indicam a relação de dependência da empresa com relação à capital de terceiros”.

Os indicadores são:

a) Índice de Participação de capitais de Terceiros sobre recursos totais

Segundo Iudícibus (2010, p. 98), este indicador “[...] expressa à porcentagem que o endividamento representa sobre os fundos totais. Também significa qual a porcentagem do ativo total é financiada com recursos de terceiros”. Sendo encontrado através da formula abaixo:

Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre

Recursos Totais

= Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo

PC + PELP + Patrimônio Líquido

Figura 5: Índice de Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais Fonte: Adaptada com base em Iudícibus (2010, p. 97).

b) Índice de Capitais de Terceiros sobre os Capitais próprios

Este Indicador demonstra o quanto à empresa possui de dívidas totais para cada unidade monetária do patrimônio Líquido, ou seja, quais as garantias que a Entidade apresenta em relação as suas dívidas totais. Para Iudícibus (2010, p. 98), “[...] este quociente é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das empresas com relação aos capitais de terceiros [...]”, sendo encontrado através da seguinte formula:

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Índice de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios =

Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido

c) Índice de Participação das Dívidas de Curto

Este indicador demonstra as dívidas que vencem em curto prazo, em relação ao endividamento total. Conforme Iudícibus (2010, p.), “representa a composição do endividamento Total ou qual a parcela que se vence a Curto Prazo, no Endividamento Total”.

Encontramos este indicador através da seguinte fórmula:

Índice de Participação das

Dívidas de Curto Prazo =

Passivo Circulante Passivo Total

2.2.5.3 Indicadores de Lucratividade

Estudar a lucratividade consiste em comparar os diversos estágios do resultado (Lucro Bruto, Lucro Operacional Líquido e Lucro Líquido do Exercício) da entidade, com o volume monetário da Receita Operacional Líquida (de Vendas e/ou de Serviços) no período em exame.

Os principais coeficientes são:

a) Índice de Margem de Lucro Bruto

Segundo Basso (2013, p.15), “[...] a margem de lucro operacional bruto mostra o coeficiente de lucro operacional bruto com que a entidade opera sobre sua receita operacional líquida [...]”.

Este indicador é obtido através da seguinte formula:

Figura 6: Índice de Capitais de Terceiros sobre Capitais Próprios Fonte: Adaptada com base em Iudícibus (2010, p. 98).

Figura 7: Índice de Participação das Dívidas de Curto Prazo Fonte: Adaptada com base em Iudícibus (2010, p. 98).

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Índice de Margem de

Lucro Bruto =

Lucro operacional Bruto Receita Operacional Liquida

Quanto maior e mais estável for o indicador durante os períodos da série analisada, melhor é o desempenho da entidade em relação ao aumento de suas receitas básicas e de redução de seus respectivos custos.

b) Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido

Este indicador mostra a margem de lucro em que a entidade opera após absorver os custos (margem de lucro operacional bruto) e as despesas operacionais, evidenciando, sobretudo, sua eficiência operacional. Para Assaf Neto (2002, p. 285),

A Margem Líquida, por seu lado, é formada pelos vários resultados da gestão dos ativos e passivos dos bancos (taxas, prazos, receitas e despesas), permitindo avaliar a função básica da intermediação financeira de um banco.

Encontra-se este indicador aplicando-se a fórmula seguinte:

Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido =

Lucro operacional Líquido Receita Operacional Líquida

c) Margem de Lucro Líquido do Exercício

Para Basso (2013, p.17), este indicador tem como objetivo “[...] verificar a parcela de lucro líquido final que ficou para a entidade em proporção às suas vendas líquidas no exercício [...]”, sendo encontrada mediante a aplicação da seguinte fórmula:

Figura 8: Índice de Margem de Lucro Bruto Fonte: Adaptada com base em Basso (2013, p. 15).

Figura 9: Índice de Margem de Lucro Operacional Líquido Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 285).

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Índice de Margem de

Lucro Líquido do Exercício =

Lucro Líquido do Exercício Receita Operacional Líquida

O lucro final do exercício é importante para a entidade, uma vez que é ele que remunera os capitais investidos pelos seus proprietários e evidencia o que sobra de lucro líquido em cada unidade monetária ou em cada parcela de $100,00 de receita operacional líquida, permitindo constatar por fim, o desempenho final.

2.2.5.4 Indicadores de Rentabilidade

Os índices de rentabilidade medem a capacidade econômica da empresa, avaliando o desempenho econômico obtido pelo capital investido na empresa através das contas de resultado. É importante que a entidade tenha obtido lucro ao final dos seus períodos contábeis, caso contrário o estudo da rentabilidade fica prejudicado, uma vez que em caso de prejuízos não há remuneração, antes pelo contrário, haverá apenas perdas nos capitais investidos no empreendimento.

Os indicadores de rentabilidade são:

a) Índice Rentabilidade do Capital Social

Trata-se de estabelecer a proporção de lucro líquido do exercício com o capital social realizado da entidade, no sentido de identificar em quanto a Entidade está remunerando o capital investido pelos seus sócios. Para Reis (2003, p. 163), “[...] a Remuneração do Capital Próprio é um indicador que mede quanto o acionista receberá para cada unidade monetária investida na empresa [...]”. Sendo encontrada mediante a aplicação da seguinte fórmula:

Índice de Rentabilidade do Capital Social =

Lucro Líquido do Exercício Capital Social

Figura 10: Índice de Margem de Lucro Líquido do Exercício Fonte: Adaptada com base em Basso (2013, p. 17).

Figura 11: Índice de Rentabilidade do Capital Social Fonte: Adaptada com base em Reis (2003, p. 169).

(28)

b) Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Este indicador procura evidenciar em quanto a entidade remunerou o seu capital próprio no período; quando possível, sugere-se retirar do Patrimônio Líquido o valor do lucro líquido do exercício, uma vez que ele foi incorporado ao mesmo apenas no final do período; na impossibilidade, toma-se o valor do PL final apresentado no Balanço Patrimonial da entidade.

Conforme Assaf Neto (2002, p. 285), este índice “[...] fornece o ganho percentual auferido pelos proprietários como uma consequência das margens de lucro, da eficiência operacional, do leverage e do planejamento eficiente de seus negócios”. A fórmula para o cálculo deste indicador é a seguinte:

Índice de Rentabilidade do

Patrimônio Líquido =

Lucro Líquido do Exercício Patrimônio Líquido

c) Índice de Remuneração do Ativo total

O Ativo representa as aplicações dos recursos da entidade e é através deles que são realizadas as suas atividades, que por sua vez geram os resultados dos períodos. Basso (2013, p.20), “[...] trata-se agora de verificar em quanto a entidade conseguiu remunerar seus ativos”. Utiliza-se a seguinte fórmula para encontrar este indicador:

Índice de Remuneração do

Ativo Total =

Lucro Líquido do Exercício Ativo Total

d) Índice de Retorno do Investimento Operacional

Com a finalidade de verificar o tempo médio que os resultados operacionais (lucro operacional líquido) levariam para que houvesse o retorno de cem por cento dos

Figura 12: Índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 285).

Figura 13: Índice de Remuneração do Ativo Total Fonte: Adaptada com base em Basso (2013, p. 20).

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investimentos operacionais aplicados no empreendimento, utiliza-se a taxa de retorno do investimento operacional. Para Reis (2003, p. 156), “[...] a comparação do lucro operacional com o montante do Ativo revela a capacidade de produzir lucro do total dos capitais aplicados pela empresa”.

A fórmula mais comum é a seguinte:

Índice de Retorno do

Investimento Operacional =

Lucro Operacional Líquido Ativo Operacional

2.2.6 Indicadores de Solvência

Estes índices mostram a capacidade que a empresa possui de honrar seus compromissos de curto e longo prazo a fim de verificar se a sua situação é de solvência, penumbra (situação intermediária) e insolvência (pré-falimentar ou falência). Os principais indicadores utilizados são:

2.2.6.1 Coeficiente de Overtrading

Cada empresa possui certa capacidade de manter um determinado volume de negócios, assim, conforme Vertes (1977, p. 339),

No caso em que os limites são ultrapassados, aparecem volume de vendas impressionantes, com paralela queda na margem de segurança. Parece que a empresa faz um esforço desmedido de se ter lucros aparentemente impressionantes, junto com uma sensação de perigo de falência imediata.

Vertes (1977, p. 343), destaca que, “[...] não existe um número que indique automaticamente que a empresa esta se encaminhando para o overtrating. Entretanto, desenvolvendo com o mesmo capital de trabalho vendas sempre maiores, é um sintoma irrefutável”.

Este indicador é encontrado através da seguinte fórmula:

Figura 14: Índice de Retorno do Investimento Operacional Fonte: Adaptada com base em Reis (2003, p. 156).

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Coeficiente de Overtrating = Vendas

Capital Circulante Líquido

2.2.6.2 Termômetro de Kanitz

Este é um indicador que combina outros indicadores financeiros e econômicos e busca verificar se a Entidade está, ou não, se encaminhando para fase de insolvência. Para verificar se a empresa esta ou não solvente, são utilizados os seguintes indicadores:

X1 = Coeficiente de Rentabilidade do Capital Próprio, multiplicado pelo fator 0,05 X2 = Coeficiente de Liquidez Geral, multiplicado pelo fator 1,65

X3 = Coeficiente de Liquidez Seca, multiplicado pelo fator 3,55 X4 = Coeficiente de Liquidez Circulante, multiplicado pelo fator 1,06 X5 = Coeficiente de Dívidas Totais, multiplicado pelo fator 0,33

Soma-se o produto dos três primeiros indicadores e diminui-se o produto da soma do quarto com o quinto indicador e obtém-se o Índice de Insolvência de Kanitz.

Este termômetro vai de uma escala de 7 a -7, com a seguinte definição: de 0 a 7 – solvência – menores riscos de quebra e falência;

de 0 a -3 – penumbra – situação indefinida, e empresa necessita de cuidado especial; de-3 a -7 – insolvente – muito propensa à falência.

2.2.7 Indicadores de Atividade, Giro ou Ciclometria

Os indicadores de Atividade, Giro ou Ciclometria procuram demonstrar e eficiência da empresa com relação ao giro de seus recursos. Iudícibus (2010, p.101), destaca que, “[...] estes quocientes, importantíssimos, representam a velocidade com que elementos patrimoniais de relevo se renovam durante determinado período de tempo. Por sua natureza tem seus resultados normalmente apresentados em dias, meses ou períodos maiores, fracionados de um ano”. Os principais indicadores são:

Figura 15: Coeficiente de Overtrating

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2.2.7.1 Indicadores de Giro do Ativo

Este indicador é encontrado através da divisão das vendas pelo ativo médio, que de acordo com Iudícibus (2010, p.103), “[...] expressa quantas vezes o ativo “girou” ou se renovou pelas vendas”. A fórmula deste indicador é a seguinte:

Rotatividade do Ativo

(Giro do Ativo) =

Vendas Ativo Médio

2.2.7.2 Indicadores de Giro de Duplicatas

Para Iudícibus (2010, p.101), “[...] este quociente indica quantos dias, semanas ou meses a empresa deverá esperar, em média, antes de receber suas vendas a prazo. Contas a Receber Médio deveria ser obtido a partir do maior número possível de saldos”.

Prazo Médio de Recebimento de Contas a Receber =

Contas a Receber Médio Vendas Médias

Este indicador demonstra quantos dias, semanas ou meses a empresa leva para efetuar o pagamento, em média, de suas compras a prazo. Iudícibus (2010, p.103), destaca que, “[...] se uma empresa demora muito mais para receber suas vendas a prazo do que pagar suas compras a prazo, irá necessitar mais capital de giro adicional para sustentar suas vendas, criando-se um circulo vicioso difícil de romper”.

Prazo Médio de Pagamento de contas a Pagar =

Fornecedores (Médio) Compras Médias a Prazo

Figura 16: Índice de Rotatividade do Ativo

Fonte: Adaptada com base em Iudícibus (2010, p. 103).

Figura 17: Índice de Recebimento de Contas a Receber Fonte: Adaptada com base em Iudícibus (2010, p. 101).

Figura 18: Índice Médio de Pagamento de Contas a Receber Fonte: Adaptada com base em Iudícibus (2010, p.103).

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2.2.7.3 Indicador de Imobilização do Patrimônio Líquido

Procura verificar o quanto do Capital Próprio está comprometido com o Ativo Permanente da entidade. Via de regra, quanto maior o percentual, pior é para a situação financeira, pois deixa cada vez menos recursos próprios livres para aplicação em ativos rentáveis, isto é, nos ativos destinados aos negócios da entidade, geralmente constituído pelo Ativo Circulante e o Ativo Realizável a Longo Prazo.

Para Reis (2003, p. 129), “[...] indica a porcentagem de capital próprio que está financiando as aplicações de natureza permanente (Ativo Fixo) e, complementarmente a porcentagem que está sendo aplicada no giro dos negócios (capital de giro próprio)”.

A fórmula mais comum é a seguinte:

Grau de Imobilização do

Patrimônio Líquido =

Ativo Permanente (Investimentos, Imobilizados e Intangíveis)

Patrimônio Líquido

2.2.7.4 Outros Indicadores Econômicos e Financeiros

As instituições financeiras têm como objetivo principal captar recursos de clientes (agente superavitários) para suprir as necessidades de recursos de outros clientes (agentes deficitários), ou seja, efetuar a intermediação financeira entre agentes.

Para Assaf Neto (2002, p. 252),um banco pode ser definido como:

Uma instituição financeira que executa basicamente duas atividades. A primeira é a promoção do mecanismo de pagamentos dentro da sociedade; e a outra é a de ser um intermediário financeiro que recebe recursos dos agentes econômicos superavitários e os transfere, dentro do âmbito de seus ativos (empréstimos, aplicações em títulos etc.), aos agentes carentes de liquidez.

Do mesmo modo que as demonstrações contábeis elaboradas por outros segmentos empresarias, o balanço dos bancos retrata a posição dos ativos, passivos e do patrimônio

Figura 19: Índice do Grau de Imobilização do patrimônio Líquido Fonte: Adaptada com base em Reis (2003, p. 129).

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líquido em determinado período. Os principais indicadores utilizados para avaliação do desempenho dos bancos são os seguintes:

a) Índice de Disponibilidade Financeira Imediata

Este indicador apresenta quanto à empresa possui de disponibilidades e aplicações financeiras para cobrir os depósitos a vista. Para Assaf Neto (2002, p. 279), “[...] este índice, quando maior de 1,0, apresenta-se como favorável, mantendo a instituição recursos disponíveis para cobrir integralmente os depósitos a vista e parte dos depósitos s prazo”.

Índice de Disponibilidade Financeira Imediata =

Disponibilidades + Aplicações Interfinanceiras de Liquidez

Depósitos à Vista

b) Capital de Giro Próprio

Conforme Assaf Neto (2002, p. 280), “[...] o capital de giro próprio indica os recursos próprios da instituição que se encontram financiando as operações ativa. É um parâmetro de segurança do banco, revelando seu nível de folga financeira financiada com patrimônio líquido”. A formula para chegar a este indicador é a seguinte:

Capital de Giro Próprio = Patrimônio Líquido (–) Ativo Permanente

c) Índice de Margem Liquida

Margem Líquida, para Assaf Neto (2002, p. 285), “[...] é formada pelos vários resultados da gestão dos ativos e passivos dos bancos (taxas, prazos, receitas e despesas), permitindo avaliar a função básica de intermediação financeira de um banco”.

Figura 20: Índice de Disponibilidade Financeira Imediata Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 279).

Figura 21: Índice de Capital de Giro Próprio

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Margem Líquida = Lucro Líquido

Receita de Intermediação Financeira

d) Índices de Análise do Capital

Estes índices têm como finalidade verificar o volume adequado de capital próprio da instituição. Para Assaf Neto (2002, p. 281), esses indicadores, “[...] costumam também ser adotados pelas autoridades, monetárias para definir normas com relação ao capital mínimo que, em geral, deve ser mantido pelas instituições financeiras”. Os índices são os seguintes:

Independência Financeira = Patrimônio Líquido

Ativo total

O Índice de independência financeira faz a relação entre o patrimônio líquido e o ativo total, medido em valores de final de ano, ou seja, apresenta o índice de investimentos em ativos suportado pelo patrimônio próprio da empresa.

Leverage = Ativo

Patrimônio Líquido

O indicador Leverage, mostra quantas vezes a empresa consegue multiplicar e transformar em ativos o valor de seu patrimônio líquido.

Relação do Capital/Depositantes = Patrimônio Líquido

Depósitos (Passivo)

Figura 22: Índice de Margem Líquida

Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 285).

Figura 23: Índice de Independência Financeira

Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 282).

Figura 24: Índice de Leverage

Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 282).

Figura 25: Índice de Relação do Capital/Depositantes Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 282).

(35)

O indicador de capital/depositantes, faz a relação entre o patrimônio líquido e o total dos depósitos passivos. Para cada R$ 1,00 de captação dos bancos, sob a forma de depósitos, quanto foi aplicado de recursos próprios.

e) Índice de Empréstimos/Depósitos

Esse índice revela que, para cada R$ 1,00 de capital emprestado pela instituição, quanto foi captado sob a forma de depósito. Assaf Neto (2002, p. 280), destaca que,

Um incremento na relação empréstimos/depósitos identifica uma diminuição na capacidade do banco em atender eventuais saques da conta de seus depositantes, ocorrendo o inverso no caso da redução desse índice.

Podemos encontrar este indicador através da seguinte fórmula:

Índice de empréstimos e

depósitos =

Operações de Crédito Depósitos

f) Índice de eficiência Operacional

Relação entre as despesas operacionais incorridas no exercício e as receitas de intermediação financeira. Este indicador pode revelar a produtividade do banco.

Para Assaf Neto (2002, p. 286), “[...] quanto menor se apresentar o índice, mais elevada se apresenta a produtividade, ou seja, o banco demonstra a necessidade de uma menor estrutura operacional para manter suas atividades”.

O indicador é encontrado através da seguinte formula:

Índice de eficiência operacional = Despesas operacionais

Receitas de Intermediação Financeira

Figura 266: Índice de Empréstimos e depósitos

Fonte: Adaptada com base em Assaf Neto (2002, p. 280).

Figura 27: Índice de Capital de Giro Próprio

(36)

3 METODOLOGIA DO TRABALHO

Para a realização deste trabalho, foram adotados procedimentos metodológicos que auxiliaram na solução do problema proposto, os quais estão descritos a seguir:

3.1 Classificação da Pesquisa

Sabe-se que o conhecimento pode ser adquirido de inúmeras maneiras, e este trabalho procura o conhecimento científico, divulgado em forma de projeto, que segundo Gil (1999, p. 42), “[...] pode-se definir pesquisa como um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método cientifico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

O presente estudo se propõe a aprofundar os conhecimentos na área de análise de balanços, com o objetivo de desenvolver um trabalho prático sobre as demonstrações contábeis básicas e auxiliar na gestão da Cooperativa de Crédito, bem como prestar informações mais claras sobre a situação financeira da empresa para seus associados.

3.1.1 Quanto a Natureza

Do ponto de vista de sua natureza, a pesquisa pode ser básica e aplicada; a básica tem como objetivo gerar conhecimentos novos para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista, já a pesquisa aplicada objetiva gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidas à solução de problemas específicos.

Para GIL (2010, p. 27), pesquisa básica é “[...] pesquisas destinadas unicamente à ampliação do conhecimento, sem qualquer preocupação com seus possíveis benefícios”.

Pesquisa aplicada segundo GIL (2010, p. 27) é a que se caracteriza como, “[...] pesquisas voltadas a aquisição de conhecimentos com vistas à aplicação numa situação especificas”.

Assim, a natureza deste TCC é do tipo pesquisa aplicada, pois será realizado na área de análise das demonstrações contábeis, com o objetivo de buscar soluções em indicadores, e gerar diversas possibilidades e conhecimentos a partir da aplicação da parte prática, e também envolve interesses locais.

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3.1.2 Quanto aos Objetivos

Os objetivos podem ser de três tipos, conforme descrito abaixo, cabe então, verificar quais deles serão utilizados na realização do trabalho.

Pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, do tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Esse tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. (GIL, 1999, p. 43). Pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este titulo e uma das características mais significativas esta na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. (GIL, 1999, p. 44).

Pesquisas explicativas são aquelas que têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. (GIL, 1999, p.44).

Como esta pesquisa vai procurar descrever e interpretar, através das técnicas de análise de balanços sobre as demonstrações contábeis, os principais indicadores da situação econômica e financeira da Cooperativa de Crédito X, os objetivos serão do tipo descritivo.

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

Quanto a forma de abordagem do problema a pesquisa pode ser classificada como quantitativa ou qualitativa, sendo quantitativa aquela voltada para a mensuração das informações preexistentes ou levantadas por uma pesquisa qualitativa e qualitativa tem como principal objetivo observar, descrever e compreender os dados a serem observados.

Conforme Roesch (2006, p. 130), “[...] se o propósito do projeto implica em medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), ou avaliar o resultado de algum sistema ou projeto, recomenda-se utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa [...]”.

Para Roesch (2006, p. 154), “[...] a pesquisa qualitativa é apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou mesmo quando é o caso da proposição de planos, ou seja, quando se trata de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção [...]”.

Referências

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