RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: uma análise da
Responsabilidade Social da Unitri a partir das práticas de extensão e da
legislação vigente
RESUMO
O artigo em tela analisa os projetos de responsabilidade social da UNITRI no
período de 2013-2014, considerando a legislação vigente e as práticas de extensão
desenvolvidas, com o objetivo de descrever os projetos de Responsabilidade social
desenvolvidos pela Unitri analisando a sua abrangência, eficácia e resultados, a fim
de demonstrar se os mesmos são suficientes para qualificarem a Unitri como
Empresa Socialmente Responsável. Neste aspecto o problema desta pesquisa
consiste em verificar como a UNITRI se apresenta neste contexto mundial em
relação às práticas sociais que desenvolve na comunidade em que está inserida. A
presente pesquisa utilizou como método de abordagem o indutivo com procedimento
o comparativo e funcionalista. As técnicas de pesquisa utilizadas foram a
documentação direta através da pesquisa bibliográfica e documental e a
documentação indireta através da observação direta extensiva com coleta de dados.
A partir da apresentação dos aspectos históricos e teóricos que envolvem a questão
da Responsabilidade Social Empresarial, da legislação vigente atualizada que
regulamenta a RES no ordenamento jurídico pátrio e dos projetos e ações sociais
desenvolvidos na UNITRI no período de 2013-14 com seus respectivos objetivos e
público-alvo, demonstra-se que a UNITRI exerce uma atuação positiva no que se
refere aos conceitos e práticas de RES na região.
Palavras-Chave: Responsabilidade Social Empresarial. Projetos de Extensão
UNITRI.
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo faz uma análise dos projetos de responsabilidade social da Unitri a
partir da legislação vigente e das práticas de extensão desenvolvidas no período de
2013-2014, tendo como objetivo mapear os projetos de Responsabilidade social
desenvolvidos pela Unitri analisando a sua abrangência, eficácia e resultados, a fim
de demonstrar se os mesmos são suficientes para qualificarem a Unitri como
Empresa Socialmente Responsável.
A Responsabilidade Social Empresarial é uma tendência das práticas das grandes
empresas que se consolida a cada dia, em especial após a publicação da Agenda
21, oportunidade em que são apresentados os conceitos de Desenvolvimento
Sustentável e as Metas do Milênio. Neste aspecto o problema desta pesquisa
consiste em verificar como a Unitri se apresenta neste contexto mundial em relação
às práticas sociais que desenvolve na comunidade em que está inserida. A
metodologia utilizada teve como método de abordagem o indutivo, pois partiu de
uma pesquisa direta com coleta de dados acerca dos projetos sociais existentes,
assim como teve como método de procedimento o comparativo e funcionalista,
ainda contou com a técnica da documentação direta e indireta.
Num primeiro momento serão apresentados os aspectos históricos e teóricos que
envolvem a questão da Responsabilidade Social Empresarial, destacando as
pesquisas realizadas através de institutos nacionais e internacionais acerca da
temática. Em seguida, será apresentada de forma concisa a legislação vigente
atualizada que regulamenta a RES no ordenamento jurídico pátrio. Na sequência
são elencados os projetos e ações sociais desenvolvidos na Unitri no período de
2013-14 com seus respectivos objetivos e público-alvo. Por fim, demonstra-se a
situação da Unitri frente à sua atuação no que se refere aos conceitos, práticas e
normatização da RSE
2 RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: aspectos históricos e
teóricos
2.1 Aspectos históricos
O mundo atual é profundamente marcado pela intervenção da ciência moderna e as
consequências daí surgidas para a vida humana (GRAYSON; HODGES, 2002) na
qual é preciso considerar que infelizmente, apesar dos avanços, a ciência não
conseguiu acabar com os problemas sociais. As desigualdades sociais, a miséria e
as injustiças ainda ameaçam a humanidade. Portanto, O mundo enfrenta sérios
problemas de superpopulação; Intervenção tecnológica sobre a bioesfera e
ecosfera; destruição do meio-ambiente; fome; miséria; Possibilidade de destruição
nuclear da humanidade. (OLIVEIRA, 1993).
As mudanças globais, influenciadas pelas mudanças anteriormente mencionadas,
que determinam as ações hodiernas, passam necessariamente por várias
revoluções, a saber, revolução tecnológica, revolução dos mercados, revolução na
demografia e no desenvolvimento, revolução de valores (GRAYSON; HODGES,
2002). Portanto, a seguir serão analisados alguns impactos trazidos por estas
revoluções de forma detalhada no sentido de fundamentar as mudanças exigidas no
âmbito empresarial.
2.1.1 Revolução tecnológica
A revolução tecnológica apresenta impactos decisivos nas vidas das pessoas
provocando e exigindo mudanças radicais na forma de se relacionar com o
cotidiano. Entre estas mudanças, percebe-se o aumento fenomenal da velocidade
da comunicação eletrônica, que é ilustrado abaixo pela comparação do tempo que
levaria em anos anteriores para transmitir todo o conteúdo da biblioteca do
Congresso dos EUA:
Ano Tempo de transmissão 1950 158.000 anos 1980 661 anos 1990 113 anos 1992 53 dias 1997 51 horas
E hoje? Ah!... menos ainda!
Fonte: (KPMG, Peat Marwick, 1997 apud GRAYSON; HODGES, 2002)
Neste sentido, é importante destacar o impacto que a internet provoca neste
contexto, ou seja, transforma a vida num mundo de 24 x 7 x 365 (24 horas por dia;
sete dias da semana, 365 dias do ano ininterruptos). O mundo de 24x7x365, que
nunca pára porque a tecnologia permite e a globalização exige.
2.1.2 A revolução dos mercados
Se faz necessário destacar que as empresas hodiernas, sozinhas ou em conjunto,
detêm um poder econômico significativo. As companhias multinacionais são os mais
importantes atores da economia mundial. Segundo dados obtidos em 2000, pode-se
perceber o poder das empresas que são apresentados no quadro abaixo:
Tabela 2: O poder das empresas
Das maiores entidades econômicas do mundo, 51 são empresas e 49 são países; As 200 maiores empresas do mundo empregam menos de 1% da população mundial,
mas controlam 25% da atividade econômica internacional;
AS 500 maiores empresas multinacionais respondem por 70% do comércio mundial e 30% do produto bruto mundial.
Ainda é preciso considerar: A economia informal
O poder de mercado das ONGs
Fonte: (Porta Voz da BP, 2000 apud GRAYSON; HODGES, 2002)
É possível concluir então, que as empresas ocupam espaços inéditos no cenário
mundial. A partir das mudanças de gestão e planejamento conseguiram otimizar
seus lucros e afetar diretamente o modo de vida da cultura contemporânea.
2.1.3 A revolução demográfica
Após 3,85 bilhões de anos de evolução, a população mundial atingiu 2,5 bilhões em
1950 e duplicou nos últimos 50 anos para 5,9 bilhões (GRAYSON; HODGES, 2002).
Em 31 de outubro de 2011 a população mundial atingiu a estimativa
de 7 bilhões de pessoas Segundo estimativas do Word Factbook, o
banco de dados da CIA, a Agência Central de Inteligência dos
Estados Unidos, a população mundial chegou a 7.095.217.980
habitantes
em
julho
de
2013.
O
site
de
informações WordoMeters contabilizou 7,183 bilhões segundo suas
estatísticas. Já a principal agência de estatísticas dos Estados
Unidos, o United States Census Bureau, estimou em 7,154 bilhões a
populações de 2013. (GEO, Bancos de Dados Mundial, 2014)
E
,vai continuar crescendo, e se estima que nos próximos 50 anos chegue a 9,5
bilhões. (Situação do mundo, Fundo Populacional da ONU, 1998)
Acerca da questão demográfica, alguns dados relevantes são destacados no quadro
abaixo:
Tabela 3: A revolução demográfica e o desenvolvimento
Quase 800 milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento não têm comida suficiente.
Por volta de 2030, 20% da população dos EUA terá mais de 65 anos, e na Europa a proporção será de 25%.
Cerca de 90% da população ativa do mundo não tem plano de aposentadoria.
2,8 bilhões de pessoas vivem com menos de US$2 por dia e 1,2 bilhão vive com US1 por dia.
358 bilionários têm a mesma riqueza que os 45% mais pobres da população mundial.
A fortuna dos maiores 200 bilionários era de US$1,135 trilhão em 1999, quase
US$100 bilhões a mais que em 1998. Em comparação o total de renda de 582 milhões de pessoas nos países menos desenvolvidos é de US$146 bilhões.( ONU, 2000)
Fonte: (Programa de Desenvolvimento das Nações unidas: Relatório de Desenvolvimento Humano, ONU, 2000 apud GRAYSON; HODGES, 2002)
É importante destacar que a desigualdade social é marcante neste cenário, e então,
novas formas de gestão se impõem como necessidade de amenizar esta situação.
2.1.4 A revolução dos Valores
Cabe destacar que novos valores são inseridos e agregados no cenário global, tanto
no âmbito privado como no social e em função destes novos valores se faz
importante redimensionar as práticas nestes dois âmbitos. Dessa forma, novos
paradigmas devem ser considerados em função desta nova realidade, ou seja, uma
revolução científica aos moldes de Thomas Kuhn, deve-se apresentar para dar conta
deste novo cenário.
O quadro abaixo demonstra a dimensão da mudança dos valores em relação ao
século passado:
Tabela 4: A questão dos valores no novo Século
Perda da credibilidade e confiança nas empresas e governos democráticos.
Os valores com relação ao papel da mulher na sociedade estão modificados em vários lugares do mundo. Têm mudado também em relação à discriminação racial e sexual, à idade, etc.
Há hoje no mundo mais pessoas com opinião própria e com condições de obter e avaliar informações de várias fontes.
A maior parte da mídia é recente e internacional, o que permite a qualquer um buscar informações pessoalmente.
As minorias estão mais decididas com relação a seus direitos e ao que percebem como desrespeito a eles
Fonte: (Pesquisa do Milênio sobre Responsabilidade Social das Empresas, Environics International, 1999 apud GRAYSON; HODGES, 2002)
Estas mudanças nos valores implicam uma mudança nas expectativas que os vários
tipos de stakeholders têm nas empresas . Stakeholders (que significa literalmente
partes interessadas) se apresenta como o novo conceito de empresa. A partir das
mudanças elencadas, não se considera mais uma empresa desvinculada de um
conjunto de atores e funções que a determinam. São Considerados parte de uma
empresa seus Consumidores, Empregados, Investidores, Governo e Reguladores,
Instituições Intergovernamentais, Organizações não-governamentais, Comerciais.
Assim sendo, novas ações são esperadas diante da realidade que se apresenta.
2.1.5 Ações Globais
Em função destas revoluções surge a necessidade, pela primeira vez na história
mundial, em decorrência dos perigos que dizem respeito a humanidade global, que
os homens são interpelados pelo perigo comum, a assumirem juntos a
responsabilidade moral (independentemente de suas tradições morais específicas)
em se pensar uma problemática comum, ou seja a responsabilidade solidária em
escala planetária (OLIVEIRA, 1993). Trata-se de organizar a responsabilidade da
humanidade para as consequências das ações coletivas em nível mundial. Daí
começa a surgir, mais precisamente em 1972, uma série de Conferências
Internacionais com a finalidade de se apresentar soluções em âmbito global para
estes problemas.
Abaixo um relato de todas as conferências internacionais acerca dos problemas que
são enfrentados em nível global a fim de amenizar os impactos das revoluções
destacadas acima e seus respectivos documentos:
Tabela 5: Conferências Internacionais e Documentos produzidos
ANO LOCAL TÍTULO OFICIAL Documentos produzidos
1972 Estocolmo (Suécia) 113 países
Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente
Humano
Relatório: “Nosso Futuro Comum” (1987)
1992 Rio de Janeiro (Brasil) 178 países
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
Declaração do RJ sobre meio ambiente e desenvolvimento. Declaração de princípios sobre florestas.
Convenção sobre mudanças climáticas. (Protocolo de Kyoto – Japão/ 1997) Convenção da Biodiversidade. Agenda/ Programa 21 2002 Joanesburgo (África do Sul) 179 países
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS – Rio + 10) Plano de Ação Declaração de Princípios 2012 Rio de Janeiro (Brasil) 188 países
Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (CNUDS – Rio + 20)
Documento: “ O Futuro que queremos”
2.2 Aspectos teóricos
Em função de todas as questões colocadas no tópico anterior, a saber, uma
mudança de cenário causando várias revoluções, a organização de conferências
internacionais na tentativa de solucionar os problemas advindos deste cenário, em
1983 é constituída pela ONU a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD), que ficou conhecida como Comissão Brundtland, autora
da definição de desenvolvimento sustentável. Para esta comissão desenvolvimento
Sustentável se apresenta como:
Um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a
direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento
tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o
potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e
aspirações humanas. (RELATÓRIO NOSSO FUTURO COMUM,
1987)
Desta forma, todas estas mudanças nos valores e novas ações globais implicam
uma mudança na estrutura de uma empresa e principalmente nas expectativas que
vários tipos de stakeholders têm nas empresas. Assim sendo, as empresas
também são convidadas a participarem destas discussões e se posicionarem diante
deste novo cenário global. Então, surge a ideia de uma nova dimensão da
responsabilidade, a saber, a Responsabilidade Social Empresarial.
A responsabilidade social de uma empresa consiste na sua decisão
de participar mais diretamente das ações comunitárias na região em
que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente
do tipo de atividade que exerce. (MELO NETO; FROES, 2001, p.78)
Responsabilidade Social é uma nova força emergente, que pode ser considerada
como consequência das transformações deste final de século, e ao mesmo tempo,
como parte integrante das soluções complexas para os problemas que estão sendo
geradas por estas mesmas transformações.
O termo Responsabilidade Social implica em uma forma das
empresas conduzirem seus negócios “de tal maneira que as tornem
parceiras e co-responsáveis pelo desenvolvimento social” . A
empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade
de ouvir os interesses das diferentes partes envolvidas no negócio
(stakeholders): acionistas, funcionários, fornecedores, consumidores,
comunidade, governo e meio ambiente, de forma a conseguir
incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender
às demandas de todos. (INSTITUTO ETHOS, 2002)
Não se pode mais entender o desenvolvimento como responsabilidade do governo
unicamente. Ele exige parceria com a iniciativa privada, trabalhadores e ONGs. Há
muitas maneiras de as técnicas e o conhecimento especiais da comunidade
empresarial ajudarem a atingir os objetivos de desenvolvimento.
A Responsabilidade do grupo para com os negócios deve estar fundamentada na
construção de uma “responsabilidade em sociedade”, que implicaria em implementar
novas éticas (Ética da virtude e liderança: liderança como serviço; Ética na relação
empresa-consumidor; Ética nas finanças), além do gerenciamento da Informação
correta e imparcial, da Gestão de riscos.
Daí, como fruto destas mudanças, em 1983, surge uma nova área na teoria da
administração: a cultura organizacional, que pode ser compreendida como o
conjunto de “valores, ritos, mitos e modelos de comportamento que visam a
orientação e o controle dos comportamentos individuais das pessoas, fornecendo
um sentido comum voltado para a convergência de objetivos na organização”
(MOTTA: 2003, 40).
Portanto, deve-se criar um ambiente favorável de uma cultura organizacional, na
qual a teoria de grupos de Kurt Levin (MAIHIOT, 2013) e a análise institucional
trouxeram grandes contribuições para esta construção. Além disso, a Nova
Economia Institucional (NEI) consideram as instituições políticas e sociais e suas
influências no meio ambiente organizacional e na regulação dos atores envolvidos
(indivíduos, grupos, empresas).
Diante do exposto, não se pode mais recuar neste aspecto, ou seja, as empresas
devem se adequar às novas realidades, neste aspecto então,
A questão da Responsabilidade Social, da Responsabilidade
Ambiental das Empresas, o problema da Ética, da Cidadania está
ligado a este extraordinário conceito, que é, na realidade, um
preceito, uma recomendação, que é transformador porque ele muda
o sentido do desenvolvimento. (...) O crescimento tem que ser
equilibrado e é esse equilíbrio que torna o Desenvolvimento
Sustentável, uma palavra chave para guiar nossos governantes, para
guiar cada um de nós, cidadãos, nesse processo de construção de
uma nova sociedade, a sociedade do século XXI. (CAMARGO apud
SOBRAL, 2013, p. 3 )
3
A RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL (RSE): a normatização e a
legislação aplicável no Brasil
A partir da realização da II Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 e que passou a ser
conhecida como ECO-92, foi produzido e divulgado um Plano de Ação Global com
recomendações para governos, empresas e indivíduos que ficou conhecido como
AGENDA 21, objetivando instruir e sugerir mudanças de comportamento de toda a
sociedade e seus atores na realização de um desenvolvimento sustentável.
De sua adoção pela Conferência se seguiram distintas iniciativas legislativas em
todo o mundo, bem como meios de normatização das condutas por organismos
internacionais. No âmbito da normatização, talvez as iniciativas mais relevantes
tenham sido a discussão e adoção pela Organização Internacional de Medidas (ISO)
de normativas internacionais como a ISO 14.001, publicada em 1994 e adotada pelo
Brasil em 2004, que trata da organização de um sistema de gestão ambiental e a
recentemente
adotada
ISO
26.000,
que
estabeleceu
Diretrizes
sobre
Responsabilidade Social. Lançada na Suíça em 1º de novembro de 2010 como
norma internacional, teve sua versão em português lançada no dia 8 de dezembro
de 2010. Deve-se destacar a liderança brasileira, por meio do Instituto Ethos,
coordenando o comitê mundial de redação da norma.
Ela fornece indicações para todas as organizações sociais e empresariais sobre:
conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social; histórico,
tendências e características da responsabilidade social; princípios e práticas
relativas à responsabilidade social; os temas centrais e as questões referentes à
responsabilidade social; integração, implementação e promoção de comportamento
socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e
práticas dentro de sua esfera de influência; identificação e engajamento de partes
interessadas; comunicação de compromissos, desempenho e outras informações
referentes a responsabilidade social. Deve ser destacado que ao contrário da norma
ISO 14001, que estabeleceu um sistema de certificações como comprovação de sua
utilização, a ISO 26000 é uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa
nem é apropriada a fins de certificação.
Nesse tomada de consciência global sobre a questão ética do desenvolvimento, os
países passaram a legislar sobre a responsabilidade social. No Brasil, em que
pesem a existência de diversos projetos de lei como o Projeto de Lei Nº 3.116 de
1997 das Sras. Marta Suplicy, Maria da Conceição Tavares e Sandra Starling,
dispondo sobre a adoção obrigatória de ferramentas de verificação da
responsabilidade social empresarial como o balanço social, não foram ainda
adotados o conceito ou o mecanismo por legislação nacional.
Para alguns autores, a nova Lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.638 de 2007), ao
prever dentro os itens de demonstrações contábeis do balanço patrimonial a
demonstração do valor adicionado (DVA) para as companhias de capital aberto,
instituiu um verdadeiro relatório de sustentabilidade visando demonstrar
transparência e responsabilidade social das empresas citadas. Destaque-se também
o fato de tal iniciativa ser apoiada por normativas complementares da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Para além das empresas, a legislação brasileira tem procurado disciplinar a parceria
e colaboração das diversas organizações da sociedade civil com o Estado, dentro do
espírito e diretrizes propostas pela Agenda 21, como a adoção de mecanismos de
participação da sociedade junto aos governos, buscando uma responsabilidade
coletiva pelo desenvolvimento, em especial, no tocante a sustentabilidade social.
Para essa finalidade, o Brasil possui hoje uma das mais avançadas legislações
sobre participação social no desenvolvimento e responsabilidade social como são
exemplos a nova Lei de Filantropia (Lei 12.101/2007), atualmente regulamentada
pelo Decreto 8.242/2014, ou ainda a recentíssima lei conhecida como o marco
regulatório das organizações da sociedade civil (Lei 13.019/2014) que disciplina as
parcerias voluntárias com ou sem transferência de recursos entre a Administração
Pública e as organizações da sociedade civil.
4 OS PROJETOS DE EXTENSÃO DA UNITRI: objetivos e amplitude
Para melhor visualizar os projetos de extensão desenvolvidos na Unitri, optou-se por
apresenta-los de forma sistematizada através de tabela. Os dados integrais dos
projetos listados encontram-se na Pró reitoria de pós graduação, pesquisa e
extensão do Centro Universitário do Triângulo.
Tabela 6: Projetos de Extensão UNITRI
Título do Projeto Objetivo Justificativa 1 Kids Fashion Professor Responsável: Alexandre Bernardes Ribeiro
- Promover a saúde prática para formação de hábitos higiênicos com base na educação nas
crianças do abrigo; - Destacar a importância da
responsabilidade social nos alunos do UNITRI bem como sua atuação voluntária em projetos sociais; - Promover o relacionamento entre
o UNITRI e a comunidade.
É durante a infância que se deve aprender a cuidar do próprio corpo. A responsabilidade de ensinar, em primeiro lugar, é dos pais, e em segundo a escola. Em princípio, os pequenos devem conhecer o próprio corpo para entender a importância de cada hábito higiênico que vão adquirir para que possam cuidar corretamente do corpo, rosto e cabelo mantendo a sua saúde e seu bem-estar. Atualmente, há centenas de casas de abrigo infantil no Brasil que ampara e cuida de crianças que foram mal tratadas e abandonadas por seus pais e por situação de risco social foram encaminhadas pela justiça. 2 Calourada Solidária Unitri – Doe Sangue! Professor Responsável: Alexandre Bernardes Ribeiro - Conscientizar os alunos do UNITRI sobre a importância de doar sangue e medula;
- Coletar sangue dos discentes do UNITRI para doação ao Hemocentro da UFU/Uberlândia-MG;
- Destacar a importância da responsabilidade socioambiental da UNITRI bem como sua atuação voluntária em projetos sociais,
juntamente com seus alunos; - Promover o estreitamento da
relação da UNITRI com a comunidade;
- Recepcionar de maneira efetiva, responsável e solidária dos calouros no UNITRI.
As ações solidárias desenvolvidas no UNITRI se justificam pela busca constante que a Instituição vem promovendo para eliminar de vez a imagem negativa provocado pelos antigos trotes que tinham um caráter violento e constrangedor que ao invés de inserir o novo aluno no contexto universitário, expunha esse aluno ao ridículo, excessos envolvendo álcool e todo tipo de extravagâncias, além de manchar a imagem institucional. 3 Doe Cabelo Professor Responsável: Alexandre Bernardes Ribeiro - Conscientizar os alunos do UNITRI sobre a importância de doar cabelo para confecção de perucas para doação à pacientes
oncológicos; - Conseguir uma quantidade
considerável de cabelos doados
para confecção de perucas; - Confeccionar e doar perucas
para o Hospital do Câncer de Uberaba-MG; • - Aumentar a autoestima de pacientes do Hospital do Câncer
com a utilização de perucas; - Promover o estreitamento da
relação da UNITRI com a comunidade.
Um dos principais objetivos deste projeto é resgatar a autoestima dos pacientes do Hospital do Câncer de Uberaba. A maioria das mulheres em tratamento de câncer gosta de usar a peruca, mas uma de boa qualidade custa até R$ 1 mil e muitas pacientes não têm condições financeiras. Segundo a psicóloga e psicoterapeuta Maria da Glória Gimenes, coordenadora do curso de Especialização em Psico-Oncologia do Hospital Pérola Byington e coordenadora da Clínica de Oncologia (Clinonco), em São Paulo, o acesso ainda é um problema:
4 Clinica de atendimento nutricional - Clinutri Professora Responsável: Thaisa Alvin Sousa Pasquini
Fornecer ao aluno, aplicação prática de conceitos teóricos, para uma adequada atuação do nutricionista na área ambulatorial.
Promover a capacitação do aluno para a atuação do nutricionista em clínicas, hospitais, e ambulatórios. Acompanhar os diferentes diagnósticos onde a dietoterapia tem caráter terapêutico preventivo. Identificar as doenças crônicas não transmissíveis que se correlacionam com hábitos alimentares inadequados. Ao final da atividade prática o aluno deverá estar apto a realizar a avaliação nutricional e conduta nutricional dos indivíduos. 5 Buscando a Leveza uma Decisão de Peso Professora Responsável: Ana Cristina
- Promover educação nutricional ; - Alcançar meta de peso corporal saudável; - Reduzir fatores de risco para Doenças Cardiovasculares
Considerando a obesidade e o sobrepeso problemas de saúde publica que vem atingindo grande parte da população, e a necessidade de esclarecer sobre a alimentação equilibrada e saudável, são as justificativas para o desenvolvimento deste projeto nas instituições PMMG e Grupo Algar. O legado arquitetônico de Lina Bo Bardi na cidade de Uberlândia:A Igreja Divino Espírito Santo do Cerrado Professora Responsável: Carmem Guardenho Maywald
- Homenagear a arquiteta Lina Bo Bardi em seu centenário;
Promover um maior
reconhecimento do valor histórico, artístico e cultural da Igreja Divino Espirito Santo do Cerrado para os cidadãos de Uberlândia e visitantes.
- Contribuir para a sensibilização da população acerca da importância da preservação das edificações e consequente estimulação dessa prática.
A arte arquitetônica se faz presente na história do homem, sendo milenarmente reconhecida como tal desde as civilizações antigas que, em seu favor, se mostram vivas até os dias atuais, como nos mostram as pirâmides do Egito, os templos gregos e as edificações romanas. Sua importância, inominável para o mundo contemporâneo, também encontra-se retratada nas monumentais construções religiosas da idade média, assim como nas edificações palacianas que mantém viva a história do mundo ocidental. 6 Demandas e Produções Habitacionais Sociais, em Uberlândia, a partir de 2009 Professora Responsável: Cynthia de Souza Santos
- Levantar, sistematizar e analisar dados secundários estatísticos sobre as carências habitacionais sociais (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, PREFEITURA); - Levantar, sistematizar e analisar dados sobre a produção habitacional social (Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, Programa de Aceleração de Crescimento – PAC);
- Considerando documentos diversos, realizados em épocas diferentes, (fazer diagnósticos municipais, planos, legislações, relatórios da Caixa Econômica Federal – CEF, plantas
cadastrais, mapas, levantamentos aerofotogramétricos, projetos executivos, material
fotográfico).
Considerando o crescimento populacional da cidade de Uberlândia, entre 2000 e 2010 a população passou de 501.214 para 604.013 habitantes (UFU, 2003; IBGE, 2010), ou seja aumentou mais de 20% em 10 anos, verifica-se a necessidade de investigar os impactos desse fenômeno para o setor habitacional social. Várias políticas habitacionais têm sido adotadas para enfrentar o problema da falta ou da inadequação de moradia, embora as tradicionais características de tolerância e impotência do Estado perante esse problema se mantêm presentes nessas políticas. De um lado as camadas dominantes reivindicando a modernização e a revitalização das cidades, e de outro as de baixa renda requerendo moradias adequadas. (SANTOS, 2014). Assim, primeiramente, pretende-se investigar e conhecer a realidade habitacional social de
Uberlândia para a realização de futuras pesquisas relacionadas ao debate crítico e ao desenvolvimento de tipologias habitacionais sociais que atendam adequadamente às comunidades carentes. 7 Economia Doméstica Professor Responsável: Daniel David das Neves
Conciliar a educação teórica dos alunos de graduação da UNITRI com a prática nas comunidades, apresentando instrumentos de Economia Doméstica e sua utilização no dia-a-dia, com o intuito de possibilitar a otimização dos recursos financeiros das famílias.
Mostrar à comunidade que existe uma Instituição de Ensino disposta a ajudar as donas de casa a planejar e controlar suas finanças domésticas. 8 “Trabalho legal” Professor Responsável: Denner Rezende Realização de trabalho de instrução e conscientização de alunos Unitri, mediante palestras ministradas acerca de assuntos de interesse dos discentes, concernentes ao exercício da atividade profissional para a qual se habilitarão e a sua aplicação prática no mercado de trabalho, à vista dos conceitos jurídicos e regras de caráter laboral e empresário, prestando a devida orientação e esclarecimentos necessários para o ingresso nas atividades dos respectivos campos profissionais, em consonância com o que exige a legislação.
Justifica-se a propositura do presente projeto ante a necessidade de que o acadêmico que conclui a sua formação na Unitri possa iniciar o exercício da profissão pertinente, na qualidade de profissional liberal, empregado ou empreendedor/empresário, sabedor dos aspectos jurídicos laborais e empresários que envolvem essas atividades, e que devem ser atendidos segundo o que a legislação impõe, sob risco de ter de suportar penalidades no plano administrativo, civil, trabalhista, e até penal, bem como prejuízos que levem ao insucesso do negócio em que emprega seus conhecimentos e força de trabalho.
9 Unitri Comunicação-Unitri Notícias/ TV e Rádio Institucionais Professor Responsável: Flávio Soares
Levar informação e conhecimento ao público interno e externo à Instituição, com conteúdos diversificados, de acordo com o projeto a ser desenvolvido, já que cada material terá uma temática e abordagens específicas de acordo com a área dos alunos e professores propositores dos materiais expositivos em áudio e vídeo.
Se dá na necessidade de acesso a conteúdos complementares à formação do indivíduo. Este, terá acesso por meio de materiais em áudio e vídeo, que serão desenvolvidos com base em comunidades distintas e que, com a formação complementar, terão acesso à informação, e, consequentemente, melhor participação na sociedade com os novos conhecimentos adquiridos.
10 Direito na Comunidade Professor Responsável: Gédida Maria de Bessa Zanovello
Levar o direito a comunidade, sobretudo as noções gerais de ramos do direito tão importantes à vida do cidadão.
Justifica-se o presente projeto face a sua relevância jurídico-social. 11 Desenvolvimento de desenhos e projetos em três dimensões utilizando AutoCad 3D Professor Responsável: Greiceana M.
Capacitar o participante para desenvolver desenhos e projetos em três dimensões por meio do uso de ferramentas gráficas do AutoCad 3D.
O uso do computador é relativamente recente em praticamente todas as áreas do conhecimento, e sua aplicação veio racionalizar e facilitar a vida de seus usuários. No campo da arquitetura, das engenharias e das construções em geral, a possibilidade de utilização de ambientes computacionais para resolução de problemas de projeto e representação gráfica da forma e do
Dias de Morais espaço arquitetônico, fez com que o computador se tornasse uma ferramenta indispensável ao processo de criação e desenvolvimento de projetos. Com isto o desenho técnico de perspectivas que sempre foi uma ferramenta necessária à visualização e compreensão na apresentação de um projeto , ganhou uma nova realidade, com os desenhos em 3D, elaborados em computador. 12 Projeto de alfabetização audiovisual Professora Responsável: Iara Helena Magalhães
- Refletir e dar destaque, por meio da alfabetização audiovisual à exibição e discussão de filmes brasileiros no Centro de Convivência e Cultura de Uberlândia.
- Realizar ações de promoção, de exibição e de debates sobre o audiovisual brasileiros, através a análise de produtos midiáticos: filmes longos e curtos, programas de TV, conteúdos para intenete, bom como introdução à realização audiovisual como oficinas de roteiros e promoção do acesso a esta linguagem para as pessoas que sofrem de transtornos mentais, usuários do CENTRO DE CONVIVÊNCIA E CULTURA.
O cuidado em Saúde Mental é bastante complexo, exigindo ações além daquelas restritas ao setor saúde. Faz-se necessário também auxiliar as pessoas que sofrem de transtornos mentais na construção de projetos de vida saudáveis, que contribuam com o exercício da cidadania e respeito à sua singularidade. Para dar conta dessa tarefa, foi criado em 2008, o Centro de Convivência e Cultura, que tem como diretriz norteadora o desenvolvimento de atividades intersetoriais na interface saúde/educação/cultura/esportes/lazer, etc, que visam a inclusão e reabilitação psicossocial do usuário dos serviços de Saúde Mental. O Centro de Convivência e Cultura é referência para toda a rede de Saúde Mental do município de Uberlândia. 13 A Arquitetura e Você Professora Responsável: Iara Helena Magalhães Proposta de um exercício de impressão utilizando o isopor, aproveitando-se as bandejinhas de isopor que sobram na cozinha ou mesmo pedaços que sobram de maquetes e outros trabalhos feitos na escola; palitos de dente; tinta guache em cores variadas e rolinhos de espuma.
A atividade é a execução de uma nova técnica chamada de isogravura (gravura em isopor) que consiste na utilização das famosas bandejas de isopor no lugar da madeira (xilogravura) na produção de um tipo de gravura. Essa técnica de gravura é interessante para reprodução de um mesmo desenho em série de modo rápido e menos trabalhoso. Também funciona bem em tecido, servindo, portanto para a confecção de camisetas, lenços, cartazes, capas, etc.
14 Projeto arquivos: memória da casa Professora Responsável: Iara Helena Magalhães
Refletir e dar destaque, por meio da comunicação comunitária, às memórias individuais, à memória social da comunidade em torno do equipamento cultural Casa da Cultura de Uberlândia, um bem tombado pelo Patrimônio histórico da cidade de Uberlândia.
Refletir e dar destaque, por meio da comunicação comunitária: Aos arquivos e aos produtos culturais peculiares produzidos pelas comunidades selecionadas para estudo, de modo a propiciar que haja inclusão social destas; Conscientizar e dar voz e vez aos membros das comunidades eleitas, como um direito à comunicação, defendido pelo Terceiro Setor de Direitos Humanos; Divulgar tais comunidades perante o público externo, de modo a colaborar e valorizar a manutenção de suas culturas, saberes e conhecimentos.
15 Práticas de saúde – Bons hábitos que se iniciam na infância
Os bons hábitos que são estabelecidos na infância se mantém ao longo da vida e são difíceis de mudar na vida adulta.
Ainda que a cárie dentária e as doenças periodontais, as duas doenças mais prevalentes em odontologia, sejam preveníveis ou passíveis de controle e as
Professora Responsável: Juliana de Morais Jacob
Esse projeto a partir de uma visão da educação como processo participativo de construção da cidadania objetiva estabelecer bons hábitos de saúde oral, desde os hábitos de alimentação passando pelos hábitos de higiene geral até alcançarmos a higiene oral das crianças que frequentam o Centro Educacional Carlos César da Silveira Nunes, através da implementação e execução de um programa voltado para a promoção e manutenção da saúde geral e bucal.
medidas necessárias sejam relativamente simples, verifica-se que os objetivos de uma melhor saúde bucal, em nível populacional, não são alcançados. Através desse projeto serão utilizados estratégias preventivas e educativas que visam promover saúde de forma coletiva, eficiente e igualitária. 16 Núcleo de Psicologia Aplicada (NUPA) – a Teoria na Prática Professor Responsável: Kleber Galante - Possibilitar ao aluno a experiência de articulação teórico-prática através dos atendimentos à comunidade;
- Propiciar ao aluno a assimilação de abordagens psicológicas, exercitando postura ética e a formação profissional;
- Proporcionar ao aluno a oportunidade de contato com a visão de Psicologia aplicada, inclusive com a aplicação de Testes - recurso exclusivo ao trabalho do Psicólogo, e que ali são disponibilizados aos alunos; - Oportunizar ao aluno conhecer e participar do fluxograma de todas as atividades envolvidas no processo de atendimento clínico, desde a triagem até o tratamento do paciente;
- Disponibilizar à comunidade serviços de Psicologia com qualidade e caracterizados pela acessibilidade.
Em acordo com a Maravieski e Serralta (2011) as clínicas-escola de Psicologia tem como razão fundamental a aprendizagem clínica dos estudantes em formação, mas, além disto, as autoras pontuam que estes espaços também exercem um forte papel social visto que se tornam uma alternativa de serviço psicológico acessível à população de baixa renda, por se tratarem de serviços de baixo custo ou mesmo gratuitos. Uma oportunidade fundamental no processo de ensino-aprendizagem em que os alunos vivenciam a realidade clínica, aliando teoria e prática, supervisionados por profissionais qualificados.
17 Responsabilidade social: uma análise da legislação vigente, ferramentas e práticas Professora Responsável: Marta Batalini
Apresentar toda a legislação
vigente acerca da
Responsabilidade social, assim como fazer um estudo da ISO 26000 e das ferramentas do Instituto Ethos, a fim de comparar se as práticas de ação social desenvolvidas pela Unitri caminham na direção da legislação e das ferramentas de responsabilidade social.
A responsabilidade social de uma empresa consiste na sua decisão de participar mais diretamente das ações comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce. É uma nova força emergente, que pode ser considerada como consequência das transformações deste final de século, e ao mesmo tempo, como parte integrante das soluções complexas para os problemas que estão sendo gerados por estas mesmas transformações. 18 Avaliação de esquema vacinal contra vírus da Hepatite B da Clínica
Conscientizar alunos, professores e funcionários da Clínica Odontológica da Unitri sobre a importância do correto esquema vacinal contra Vírus da Hepatite B,
A vacina contra Hepatite B está disponível nas salas de vacinação do SUS pra faixas etárias específicas e para situações de maior vulnerabilidade, como menores de uma ano de idade, a partir
Odontológica da Unitri no ano de 2014.Professor Responsável: Rodrigo de Faria
bem como da análise da taxa de soro-conversão anti-HBV alcançada.
do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o parto, crianças e adolescentes entre 1 e19 anos de idade. 19 Projeto IntegrAÇÃO Professora Responsável: Roseli Rodrigues de Almeida
O Projeto Integração tem por fim ser um elo de integração de alunos, professores, empresários e comunidade no geral a uma entidade social, que necessite de ações efetivas em termos de apoio na gestão, auxílio financeiro para conseguir manter suas atividades, mão de obra voluntária. A entidade escolhida “Manos do Hip Hop” tem por coordenadora a Dona Onecinda, uma senhora de 67 anos, educadora aposentada, que concordou com o pedido dos filhos a dez anos atrás para ensaiarem dança na garagem de casa, achando ser uma boa forma de mantê-los em casa e fora dos perigos da rua, e daí nem imaginava que o interesse dos filhos despertasse que mais jovens viessem treinar, a ponto de quando viu, já contava com mais de 90 pessoas. O grupo já ganhou diversas competições no Brasil e no Exterior e tem o cunho social de através da dança, tirar crianças e jovens das ruas.
Muitas entidades sociais iniciam a partir do empreendedorismo social de alguém que, mesmo sem contar com recursos necessários nem perfil de gestão, começam uma obra contando com muito amor, desprendimento e muita persistência, e quando a demanda aumenta (seja idosos, se um asilo, sejam criança, se um orfanato, seja de animais, se um abrigo, seja de moradores de rua, etc), se não tiverem recursos, gestão e apoio de outras pessoas e empresas, por meio de doação e voluntariado, vão ter dificuldade em se manterem. Por outro lado, são muitas as pessoas que poderiam e querem contribuir com conhecimento, com apoio financeiro, com disponibilização de tempo, com doação de materiais e equipamentos, etc, mas desconhecem como fazê-lo.
20 Marceneiro Aprendiz Professor Responsável: Sandra Ap. Bento Rodrigues
O objetivo do projeto é desenvolver e implantar um curso de marceneiro aprendiz afim de qualificar jovens do sexo masculino para atuar na função de auxiliar em marcenaria sendo capaz de executar as seguintes tarefas: Conhecer os processos de fabricação de móveis, aplicação de verniz e seladora, lixação e preparação de peças, instalação de puxadores, dobradiças e corrediças, montar as peças e limpar os móveis após o término da montagem. Manusear materiais como MDF, sintéticos. Realizar pequenos reparos, armazenar peças e materiais, realizar a limpeza e remoção de entulhos.
O propósito deste projeto é promover e viabilizar a terceira turma do projeto social Marceneiro Aprendiz . A solicitante do projeto é a instituição Casa Espírita Lar de Maria que já tem como parceiro fundamental para o projeto a marcenaria e o instrutor. Faz necessário identificar e confirmar de forma documental as necessidades que justificam a realização desse projeto. Para implementar o projeto foram necessárias parcerias por parte dos comerciantes e órgãos públicos de Uberlândia, e a busca desses patrocinadores aconteceram de forma transparente e voltada para a importância da responsabilidade social. O projeto é composto da análise e do desenvolvimento do projeto social, desde o levantamento das necessidades, estrutura organizacional, criação do escopo do projeto, planejamento financeiro, captação dos patrocinadores e realização do projeto. A necessidade de realizar esse projeto remete à premissa da qual se partiu e que se revelou válida, pois, ao se submeter a um cuidadoso
planejamento, pode-se perceber a importância de Responsabilidade Social não somente para as empresas quanto para a comunidade em geral.
21 Oficina aberta de escrita criativa Professora Responsável: Solange Maria Siqueira
Este projeto tem como meta oferecer recursos para que os alunos universitários e do Ensino Médio da escolas públicas possam melhorar o nível de suas produções textuais. Utilizando princípios da Neuro-linguítica, a Oficina Aberta de Escrita Criativa trabalha com instrumentos que possibilitam o desenvolvimento da criatividade para a redação de textos. A oficina Aberta de Escrita Criativa é um curso de redação e desenvolvimento do senso crítico e da criatividade oferecido pela Unitri. O objetivo do curso é apresentar a comunicação e a Língua Portuguesa como meio para o aluno exercer sua cidadania, criando a oportunidade de todos os membros (alunos, professores e apoiadores) ampliarem sua visão de mundo e participação na sociedade.
Estudantes dos períodos iniciais dos cursos superiores e alunos do ensino médio das escolas públicas poderão conhecer métodos e atividades que propiciem melhoria na produção textual tão necessária durante as atividades acadêmicas. Ainda que o advento da era cibernética tenha trazido significativas modificações na vida humana, a necessidade de expressar-se por escrito não deixou de impor-se. Ao contrário, cada dia se torna mais ingente a fluência verbal escrita. Mesmo aqueles que pensam que a Internet teria vindo para dispensar a prática da escrita, já começam a conscientizar-se de que até a rede internacional de computadores exige cada vez mais práticas verbais escritas. Ao lado dessa questão, verifica-se a discussão acerca do domínio da língua portuguesa em seu uso padrão. É claro que os usos verificáveis nos chats, blogs e mesmo em algumas páginas virtuais documenta usos não-padrão da língua; até mesmo usos inusitados de escrita, não-condizentes com nenhuma das modalidades catalogadas entre as variantes linguísticas. 22 Fórum extensão comunitária e comunicação Professora Responsável: Solange Maria Siqueira
Este projeto tem como meta oferecer recursos para que os diversos segmentos da educação superior possam dialogar sobre o verdadeiro papel das atividades de extensão realizadas pelas Universidades e voltadas à sociedade. A reflexão da comunicação na extensão universitária deve contemplar o uso e a relação com os meios. Necessariamente, a função dos meios de massa da própria universidade e a prática que envolve universidades e sociedade. O Fórum de Extensão Comunitária e Comunicação abre espaço para debater temas que envolvam a capacitação e qualificação de recursos humanos e de gestores de políticas públicas de comunicação social.
A política de extensão definida no Plano Nacional de Extensão, vem sendo implementada pelas instituições de Ensino Superior integrantes do Fórum de Pró-reitores de Extensão da Universidades Públicas brasileiras. Este espaço de debate acaba ficando restrito a um grupo segmentado e limita a atuação das instituições de ensino superior que estejam do outro lado, ou seja, as universidades, centros universitários e faculdades privadas. E de que forma podemos ampliar este debate, fazendo com que a comunicação social cumpra seu papel perante a sociedade. Como pesquisadora da área de Políticas Públicas para a Educação Superior e atuando ainda em um grupo de pesquisa que estuda Mídia e Educação, vi a oportunidade de abrir este diálogo com as instituições da cidade de Uberlândia, junto ao poder público e demais entidades dos segmentos da comunicação e da educação.