• Nenhum resultado encontrado

Prostatite com Abscedação Prostática em Cão da Raça Rottweiler: Relato de Caso

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Prostatite com Abscedação Prostática em Cão da Raça Rottweiler: Relato de Caso"

Copied!
41
0
0

Texto

(1)

1

Trabalho de Conclusão de Curso

Kerolin Lourenço

PROSTATITE COM ABSCEDAÇÃO PROSTÁTICA EM CÃO DA RAÇA

ROTTWEILER: RELATO DE CASO

Curitibanos

2019

2019

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Ciências Rurais

Medicina Veterinária

(2)

Kerolin Lourenço

PROSTATITE EM CÃO DA RAÇA ROTTWEILER: RELATO DE CASO

Trabalho Conclusão do Curso de Graduação em Medicina Veterinária do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do Título de Médica Veterinária. Orientador: Prof. Dr. Alexandre de Oliveira Tavela.

Curitibanos 2019

(3)
(4)

Kerolin Lourenço

PROSTATITE EM CÃO DA RAÇA ROTTWEILER – REALATO DE CASO

Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Médico Veterinário e aprovado em sua forma final.

Curitibanos, 09 de julho de 2019

________________________ Prof. Alexandre de Oliveira Tavela

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

________________________ Prof. Alexandre de Oliveira Tavela, Dr.

Orientador

Universidade Federal de Santa Catarina

________________________ Prof.ª Marcy Lancia Pereira, Dra. Universidade Federal de Santa Catarina

________________________ Prof. Malcon Andrei Martinez-Pereira, Dr.

(5)

Dedico este trabalho ao meus pais, sempre me apoiaram e incentivaram para que esse momento fosse possível. E ao meu irmão Olavo Davi, o qual todo dia me ensina a ter determinação para correr atrás dos meus sonhos. E para todos os animais que dão um propósito para a Medicina Veterinária.

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, Jocimar e Leni, que sempre buscam mostrar para mim e meus irmãos o caminho certo para trilhar a vida. Quando eu decidi fazer Medicina Veterinária me deram todo apoio possível, sempre me incentivando e ajudando com os vestibulares, buscaram um excelente local para mim poder morar nesses anos de graduação, nunca deixaram eu desistir dos meus sonhos mesmo quando passamos por momentos difíceis, e sempre me ensinaram fazer o bem sem olhar a quem.

Agradeço ao meu irmão Olavo Davi, que me ensina cada dia que passa ter coragem e determinação para enfrentar os obstáculos que a vida nos coloca, por mais difícil que seja a batalha sempre temos que pensar na vitória, nunca desistir. Sempre que estou cansada e desistindo, lembro do seu sorriso e tudo fica bem. Agradeço a minha avó Santina, que sempre me incentivou ser veterinária e no que estava ao seu alcance sempre me ajudou. Agradeço a minha avó Vanea, foi com ela que aprendi amar gatos e logo em seguida me apaixonei por todos os tipos de animais.

Agradeço ao meu namorado, Eduardo, que sempre está ao meu lado, me incentivando, acreditando na realização dos meus sonhos e me ajudando nessa etapa final da graduação. Agradeço a todos os amizades que realizei durante esses anos de graduação que me mostraram um jeito leve de ver a vida, que se tornaram muito importantes para mim que eu vou levar pra sempre em meu coração.

Agradeço todos os animais que tive a oportunidade de conhecer e aprender com eles durante a minha graduação. Como uma futura medica veterinária sou apaixonada por esses seres que nos ensinam o que é o verdadeiro amor. Agradecimento especial ao meus animais, Panqueca, Loba, Bia, Cristal, Melissa, Maya, Summer, Snow, Índia e a Sarabia, que durante todos esses anos foram meus companheiros e com eles que aprendi a respeitar e cuidar com respeito todos os tipos de animais.

Agradeço aos veterinários da Clínica Amigo Fiel, vocês tiveram grande importância no meu desenvolvimento como médica veterinária, mostrando que além do conhecimento devemos possuir uma conduta ética com os pacientes e os tutores.

Agradeço todos os professores que me deram aula durante o período da graduação. Agradeço ao meu orientador, Alexandre, por ter paciência comigo e me ajudar nessa etapa final do curso.

(7)

`` Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos. ´´

(8)

RESUMO

A prostatite é muito comum em cães, sendo mais frequente em cães idosos. Geralmente a infecção é ascendente do trato urinário. Os sinais clínicos encontrados são: anorexia, depressão, febre, dor abdominal caudal, corrimento uretral transparente ou hemorrágico, esforço para micção e defecação, andar enrijecido. O toque retal é imprescindível para o diagnóstico, assim como radiografia e ultrassonografia. O principal tratamento é antibioticoterapia, associada à orquiectomia. O presente trabalho tem objetivo descrever o relato de caso de cão com prostatite, que foi submetido à laparotomia exploratória e orquiectomia.

(9)

ABSTRACT

Prostatitis is very common in dogs, being more frequent in elderly dogs. Usually the infection is ascending the urinary tract. The clinical signs found are: anorexia, depression, fever, caudal abdominal pain, transparent or hemorrhagic urethral discharge, effort for urination and defecation, stiff walking. Rectal examination is essential for diagnosis, as well as radiography and ultrasonography. The main treatment is antibiotic therapy, associated with orchiectomy. This paper aims to describe the case report of a dog with prostatitis, who underwent exploratory laparotomy and orchiectomy.

(10)

LISTAS DE FIGURAS

Figura 1 – Anatomia da cavidade pélvica do cão...15 Figura 2 – Aspecto bilobulado da próstata...15 Figura 3 – Laudo laboratorial referente ao hemograma e bioquímico de paciente canino macho da raça Rottweiller apresentando tenesmo e redução de apetite...25 Figura 4 – Radiografias ventrodorsais realizadas em paciente canino da raça

Rottweiler...26 Figura 5 – Laparotomia, localizando a próstata em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática...29 Figura 6 – Punção da próstata com agulha fina em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática...29 Figura 7 – Drenagem da próstata em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática...30 Figura 8 – Líquido drenado da próstata de paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática...30 Figura 9 – Suturas realizadas nas feridas cirúrgicas do cão da raça rottweiler...31 Figura 10 – Suturas realizadas após orquiectomia e laparotomia exploratória em

paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática...32 Figura 11 – Cicatrização das feridas cirúrgicas 10 dias após orquiectomia e laparotomia exploratória em paciente canino da raça Rottweiller com diagnóstico sugestivo de prostatite de etiologia bacteriana...33

(11)

LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CPSE – Esterese Especifica da Proteína Canina DHT- Dihidrotestosterona

HPB – Hiperplasia Prostática Benigna HPC - Hiperplasia Prostática Cística HPG - Hiperplasia Prostática Glandular MPA – Medicação Pré-anestésica

TPC – Tempo de Preenchimento Capilar VO – Via Oral

cm - Centimetros mg- Miligrama Kg – Quilograma

(12)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...14

2.1. DESELVOLVIMENTO, ANATOMIA E HISTOLOGIA DA PRÓSTATA...14

2.2. FISIOLÓGIA...16

2.3.AVALIAÇÃO CLINICA DA PRÓSTATA...17

2.4.1. Anamnese...17

2.4.2. Exame físico...17

2.4.PRINCIPAIS AFECÇÕES PROSTÁTICAS DO CÃO...18

2.4.1. Hiperplasia prostática benigna...18

2.4.2. Prostatites...19 2.4.2.1.Abcessos prostáticos...20 2.4.3. Cistos prostáticos...21 2.4.4. Metaplasia escamosa...21 2.4.5. Neoplasias...22 3. RELATO DE CASO...24 4. DISCUSSÃO...34 5. CONCLUSÃO...36 REFERÊNCIAS...37

(13)

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos a expectativa de vida dos animais de companhia vem crescendo, devido aos avanços na Medicina Veterinária e suas tecnologias, bem como por eles ocuparem cada vez mais espaço no convívio familiar. Com o aumento da sobrevida, algumas enfermidades que geralmente se manifestam em cães com mais idade estão sendo diagnosticadas com maior frequência na clínica médica, sendo que dentre elas, se destacam as alterações da próstata (OLIVEIRA et al., 2007).

Segundo BRANDÃO et al. (2006), os cães adultos não castrados e idosos são mais propensos a desenvolverem enfermidades da próstata, fazendo com estas configurem entre as mais importantes doenças do trato reprodutor masculino nessa espécie. Sendo assim, rotineiramente recomenda-se a realização de exames periódicos em cães machos de meia-idade. Dentre as prostatopatias mais prevalentes, enquadram-se a hiperplasia prostática benigna (HPB), as prostatites bacterianas ou não (agudas ou crônicas), os cistos prostáticos e paraprostáticos, os abscessos, as neoplasias e a metaplasia escamosa (GALVÃO et al., 2011). Além disso, a relação anatômica entre a próstata, a uretra proximal e a vesícula urinária remete à elevada frequência das afecções prostáticas, devido à infecção ascendente (APPARÍCIO et al., 2006).

A prostatite é muito comum em cães, sendo mais frequente em cães idosos e com alterações hiperplásicas. Quando a causa é infecciosa, geralmente a infecção é ascendente do trato urinário, podendo ter como etiologia mais provável as bactérias Escherichia coli,

Proteus spp., estafilococos ou estreptococos (APPARÍCIO et al., 2006). A inflamação

pode ser aguda ou crônica, entretanto a forma crônica é a mais comum. Entres os sinais clínicos, usualmente se observa a anorexia, depressão, febre, dores abdominais, corrimento uretral transparente ou hemorrágico, esforço para micção e defecação, andar enrijecido (JOHNSTON et al., 2000). O tamanho, a simetria e o contorno da glândula prostática estão normais ou discretamente aumentados na forma aguda já na forma crônica ela pode estar aumentada e assimétrica (GADELHA, 2003).

No exame físico das prostatites, o paciente pode manifestar dor ao toque retal nas prostatites de caráter agudo e na forma crônica pode não apresentar dor. Para o tratamento indicado é uso agentes antibióticos, e orquiectomia (NASCIMENTO, 2009).

O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de um cão diagnosticado com prostatite acompanhado durante o período de estágio obrigatório curricular realizado na Clínica Amigo Fiel em Curitibanos-SC.

(14)

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. DESENVOLVIMENTO, ANATOMIA E HISTOLOGIA DA PRÓSTATA

O desenvolvimento embriológico da próstata inicia aos 35-36 dias de gestação, a partir de 3-4 pares de botões da endoderme do seio urogenital (LEROY e NORTHRUP, 2009). Durante o desenvolvimento fetal, a testosterona produzida pelos testículos é reduzida a dihidrotestosterona (DHT) no seio urogenital, estimulando o crescimento e desenvolvimento dos lobos prostáticos (KUTZLER e YEAGER, 2004). Na fase fetal por volta dos 2 meses de idade, até a involução do úraco, ela permanece na cavidade abdominal, posteriormente vai estar presente na região intrapélvica (BASINGER, ROBINETTE e SPAULDING, 2003). Com o avanço da idade do macho a glândula tende a aumentar de volume, mas a partir dos 11 anos, o órgão geralmente diminui o seu tamanho e inicia-se a fase de atrofia senil da glândula (O'SHEA, 1962). Quando o animal é submetido a orquiectomia, a glândula tende a atrofiar e volta para região pélvica (SMITH, 2008).

Em um cão adulto a próstata é relativamente grande, de estrutura densa e compacta e coloração amarelada (ELLENPORT, 2002). A próstata é uma glândula oval, bilobulada, andrógeno dependente, composta por tecido glandular e estromal (EVANS e ELAHUNTA, 2001). Está localizada no espaço interperitoneal, caudal à bexiga e à uretra proximal, podendo variar de posição, dependendo da idade do animal, distensão da bexiga e presença de afecções prostáticas (BARSANTI e FINCO, 1986; DORFMAN e BARSANTI, 1995). Apresenta-se envolvida por uma cápsula fibromuscular espessa e possui um septo mediano proeminente, palpável pelo reto, que a divide em dois lobos laterais ovalados achatados dorsalmente. Cada lobo é dividido em lóbulos por trabéculas de tecido conjuntivo, no interior destes lóbulos se organizam glândulas túbulo-alveolares e uma secreção que deixa estas glândulas por meio de pequenos ductos que se comunicam com o lúmen da uretra (SMITH, 2008). Nos cães, o tamanho da próstata varia de acordo com a idade, com o porte físico e com a raça (BARSANTI e FINCO, 1986).

(15)

Figura 1 – Anatomia da cavidade pélvica do cão.

Adaptado de:

https://www.vetmed.wsu.edu/outreach/Pet-Health-Topics/categories/cat-and-dog-anatomy/urogenital-system-of-the-dog.

Figura 2 – Aspecto bilobulado da próstata.

Adaptado:

(16)

A irrigação é realizada pelas artérias prostáticas, que adentram a próstata dorso-lateralmente. O retorno venoso se dá pelas veias prostática e uretral para a veia ilíaca interna. Os vasos linfáticos drenam em direção aos linfonodos ilíacos. A inervação simpática é feita pelo nervo hipogástrico, responsável pela ejaculação do fluido prostático. A inervação parassimpática é feita por meio do nervo pélvico, o qual provoca um aumento na secreção glandular (FREITAG et al., 2007).

Histologicamente, a próstata na maioria é composta por células estromais e epiteliais. O tecido estromal é composto principalmente por fibroblastos, células musculares lisas, células inflamatórias menores, células nervosas e células endoteliais (WEN et al., 2015). O epitélio acinar é formado por dois tipos de células principais: as células luminais secretoras e as células basais (LEROY e NORTHRUP, 2009).

2.2. FISIOLOGIA

A próstata é androgénio-dependente. A testosterona produzida pelas células de Leydig dos testículos é convertida a DHT pela enzima 5α-reductase. A DHT possui afinidade pelos receptores androgênicos duas vezes superior à da testosterona e uma taxa de dissociação cinco vezes menor que a desta (KUTZLER e YEAGER, 2004). Na ausência de estimulo androgênico, a glândula atrofia. Johnston e os seus colegas (2000), referem uma diminuição do tamanho do órgão em 50% nas primeiras três semanas após a orquiectomia e aproximadamente 70% nas nove semanas seguintes.

Sabe-se que o papel mais importante da glândula é produzir a primeira e a terceira frações do ejaculado canino, sendo esta última essencial para a nutrição e metabolismo dos espermatozoides (PIMENTEL, 2008). Entres outras funções da próstata: participa do controle do fluxo urinário da bexiga, em decorrência do volume de musculatura lisa; contribui com o plasma seminal com moléculas e enzimas como a fibrinolisina, coagulase e outras, que facilitam a fertilidade; o fluido prostático reduz a acidez da uretra e aumenta a motilidade do esperma; auxilia no rápido metabolismo da testosterona em dehidrotestosterona (KUMAR e MAJUMDER, 1995).

As secreções da próstata são compostas por citrato, lactato, colesterol e vários outros componentes, incluindo diferentes sais e enzimas, das quais se destacam a esterase específica da próstata canina (CPSE) e a fosfatase ácida da próstata (PAP) (BASINGER, et al., 2003). A secreção basal do líquido prostático é continuamente drenada para os ductos excretores prostáticos e para a uretra pélvica (BARSANTI e FINCO, 1986).

(17)

Quando não está ocorrendo micção nem ejaculação, a pressão da uretra move esse fluido para a bexiga urinária ou para fora do orifício uretral externo (JOHNSTON et al., 2000).

2.3. AVALIAÇÃO CLÍNICA DA PRÓSTATA

O Médico Veterinário ao consultar um paciente sinais sugestivos de doença prostática, deve obter uma história pregressa detalhada do paciente e efetuar um exame físico completo que inclua palpação abdominal e toque retal, posteriormente estar realizando exames complementares como radiografia e ultrassonografia, análises sanguíneas e de urina, citologia e análise microbiológica do fluido prostático e, se necessário, biópsia. Menos frequente, a tomografia axial computorizada, a ressonância magnética e a mensuração de marcadores de tecido prostático também são utilizados no diagnóstico das doenças prostáticas (VIANA, 2015).

2.3.1. Anamnese

Durante a anamnese os tutores devem ser questionados acerca dos padrões de micção e defecação do animal. Também devem ser questionados a respeitos de tratamentos em curso ou efetuados anteriormente e da realização de cirurgias prévias (inclusive orquiectomia). Os sinais clínicos das afecções prostáticas são geralmente similares e estão relacionados com os sistemas locomotor, urinário e digestório, e os mais frequentes são: disúria, hematúria, tenesmo, disquezia, fezes em formato de fita com estrias de sangue, dificuldade de locomoção e infecção urinária.

Os sinais inespecíficos como febre, perda de peso, letargia e dor no abdómen caudal também podem estar presentes. É importante ressalvar que as doenças da próstata são, muitas vezes, subclínicas e, que nos seus estádios mais precoces, podem apresentar-se assintomáticas e, por isso, muito difíceis de diagnosticar (MUKARATIRWA e CHITURA, 2007).

2.3.2. Exame físico

Durante o exame físico deve ser observado o estado geral do animal, através da avaliação do grau de hidratação, temperatura corporal, frequência cardíaca e frequência

(18)

respiratória. Posteriormente realização do exame específico da próstata através do toque retal, o qual tem como objetivo avaliar o tamanho, forma, simetria, consistência e mobilidade. Deve também ser averiguada a presença de dor. A glândula normal é lisa, móvel e simétrica, sendo anormal a presença de dor ou desconforto à palpação (BASINGER et al., 2003). O órgão não deve comprometer o trânsito intestinal, nem deslocar a vesícula urinária cranialmente (BARSANTI, 2007).

2.4. PRINCIPAIS AFECÇÕES PROSTÁTICAS DO CÃO

2.4.1. Hiperplasia prostática benigna

A HPB é a afecção prostática mais frequente no cão (DIAS et al., 2002), cães não castrados desenvolvem evidencias histológicas de hiperplasia com o avançar da idade (SHIMOMURA et al., 2009). Consiste no aumento do tamanho da próstata, com características benignas, devido estímulo hormonal constante através de androgênios em animais de idade avançada (DIAS et al., 2002). Não há predisposição racial, o que se sabe é que animais de grande porte são mais acometidos (DE MARZO et al., 1999).

No cão dois padrões histológicos são identificados na HPB: a hiperplasia prostática glandular (HPg) e a hiperplasia prostática cística (HPc). A HPg caracteriza-se histologicamente por aumento simétrico da próstata, onde apenas células secretoras são proliferativas e o epitélio hipertrófico e hiperplásico projeta-se em direção ao lúmen. A HPc caracteriza-se pela presença de epitélio do tipo cúbico, com formação de grandes cavidades e aumento na relação estroma/epitélio, com áreas de hiperplasia glandular intercaladas com focos de atrofia (SHIMOMURA et al., 2009).

Os sinais clínicos podem estar ausentes, mas quando presentes consistem em tenesmo, fezes em forma de fita, hematúria ou corrimento uretral transparente, disúria, infecção do trato urinário, hipertermia, depressão, anorexia, vômito, diarreia, dor abdominal caudal, dor lombar e/ ou comprometimento de membro (DIAS et al., 2002). No exame físico a próstata apresenta-se simetricamente aumentada, com consistência firme, mas não endurecida, com contorno regular, superfície lisa, móvel e indolor. O exame ultrassonográfico pode confirmar o aumento de tamanho e mostrar as áreas hipoecoicas (caso a hiperplasia cística estiver presente), geralmente se observa um aumento prostático simétrico e difuso (PETER et al., 1995). As culturas bacterianas são negativas (LEAV et al., 2001). O exame histopatológico associado a biópsia são

(19)

procedimentos necessários para a obtenção do diagnóstico definitivo, mas raramente é indicada, a menos que a resposta ao tratamento seja insatisfatória (SLATTER, 1998).

O tratamento consiste na redução do tamanho da próstata e no alivio dos sinais de obstrução do canal pélvico, o recomendável é a castração. A involução permanente da próstata e o alivio dos sinais clínicos ocorrem em duas a três semanas (SLATTER, 1998).

2.4.2. Prostatites

A prostatite é muito comum em cães, sendo frequente em caninos idosos e com alterações hiperplásicas, é definida como uma infecção da próstata, com ou sem a formação de abscessos. Geralmente a infecção é ascendente do trato urinário devido

Escherichia coli, Proteus spp., estafilococos ou estreptococos. Podem se formar

microabscessos dentro do parênquima ou podem se desenvolver grandes abscessos flutuantes, distorcendo a forma da glândula (APPARÍCIO, 2006).

A inflamação pode ser aguda ou crônica, entretanto a forma crônica é a mais comum. A forma aguda é perceptível pelos sinais clínicos, entre eles, anorexia, depressão, febre, dor abdominal caudal, corrimento uretral transparente ou hemorrágico, esforço para micção e defecação, andar enrijecido, edema de escroto e prepúcio e polaciúria. O tamanho, a simetria e o contorno da glândula prostática estão normais ou discretamente aumentados (JOHNSTON et al., 2000; GADELHA, 2003). Na forma crônica, o tamanho e a forma da glândula prostática dependem da hiperplasia e da fibrose concomitantes, porém ela pode se mostrar menos dolorosa à palpação, aumentada de volume e assimétrica (SMITH, 2008).

No exame físico de prostatites, o paciente pode manifestar dor ao toque retal nas prostatites de caráter agudo. No exame radiográfico é encontratado prostatomegalia, bordas prostáticas irregulares e mineralização do tecido. Na ultrassonografia podem ser observadas as mesmas alterações, assim como espaços intraparenquimatosos hiperecoicos e preenchidos de fluido (SMITH, 2008). Somente a ultra-sonografia não diferencia a prostatite crônica de hiperplasia ou neoplasia. Os episódios agudos não resolvidos de prostatite progridem para uma afecção crônica. A glândula cronicamente inflamada fica menos dolorosa, aumentada de volume e pode ficar assimétrica. Não é incomum o gotejamento de sangue e exsudato provenientes do pênis (BOJRAB, 2005).

Nos exames laboratoriais complementares, podem estar presentes no hemograma leucocitose neutrofílica com desvio à esquerda, neutrófilos tóxicos e

(20)

degenerados também pode ser observada a elevada concentração séricas da fosfatase alcalina, alanina transaminase e creatinina. Na urinálise hematúria, piúria e bacteriúria são comuns (SMITH, 2008).

O aumento do número de leucócitos e hemácias também pode ser encontrado na avaliação do sêmen em cães com prostatite crônica (SMITH, 2008). No exame citológico do lavado prostático, podem-se evidenciar grandes quantidades de neutrófilos degenerados com núcleos túrgidos e presença de bactérias livres ou dentro do citoplasma, aumento do número de neutrófilos hipersegmentados com cromatina basofílica (picnose) nos casos de prostatite não bacteriana (MUZZI et al., 1999).

O tratamento baseia-se na administração de agentes antibióticos, sendo difícil a cura da infecção. Os benefícios da castração são incertos nestes casos, porém a involução prostática ajudaria ao menos para impedir a recidiva da infecção (NASCIMENTO, 2009).

2.4.2.1. Abcessos prostáticos

Os abscessos prostáticos caracterizam-se por lesões esféricas repletas de exsudado purulento, geralmente são resultado de infecção bacteriana ascendente que ultrapassa os mecanismos de defesa da uretra e coloniza o parênquima prostático. Podem ser secundários à prostatite bacteriana supurativa, que leva à formação de microabscessos no parênquima, os quais se coalescem, formando um abscesso único, como resultado da contaminação de cistos de retenção, paraprostáticos ou metaplásicos. Os principais microrganismos envolvidos são Escherichia coli, Staphylococcus spp. e Proteus spp. (APPARÍCIO et al., 2006). Os abcessos prostáticos podem variar em tamanho e número.

A próstata está assimétrica e aumentada. Os sinais clínicos, como tenesmo, disúria, letargia, dificuldade de locomoção e corrimento uretral purulento ou hemorrágico, serão dependentes do aumento prostático. Caso haja ruptura do abscesso, podem ocorrer dor, febre, êmese e sepse. A ultrassonografia pode revelar áreas hipoecocas ou anecoicas pequenas ou grandes (PETER et al., 1995).

A drenagem cirúrgica é recomendada, visto que antibioticoterapia não é totalmente eficaz. Entretanto, esse procedimento pode trazer complicações, como sepse, choque e peritonite, conforme descrito por Hedlund (1997). Também é indicado a omentalização (APPARÍCIO et al., 2006)

(21)

2.4.3. Cistos prostáticos

Os cistos prostáticos são cavidades não sépticas preenchidas com fluido, no interior ou exterior à próstata. Eles podem ser únicos ou múltiplos e são classificados de acordo com sua etiologia (FROES et al., 2003). Os de ocorrência mais comum, são: a) Congênitos: geralmente localizados na base da vesícula urinária com comprometimento da superfície prostática; são pouco frequentes; b) Cistos associados à metaplasia escamosa: o lúmen glandular apresentasse repleto de queratina, levando a obstrução. Usualmente estão relacionados ao hiperestrogenismo; c) Cistos de retenção: formam-se a partir da obstrução de ductos excretores com posterior retenção do material secretado palas células epiteliais; d) Cistos associados à HPB: são indubitavelmente os mais frequentes, relacionados à hiperplasia e ao aumento na secreção das células acinares (FERNANDES, 2006).

Desconhece-se sua etiologia, mas alguns deles são congênitos (FERNANDES, 2006). O tamanho e a quantidade de cistos podem alterar as dimensões, a simetria e a textura da glândula prostática. Esse aumento pode causar sinais clínicos semelhantes aos da HPB. A drenagem e a ressecção cirúrgica são práticas recomendadas com ou sem orquiectomia (BARSANTI e FINCO, 1992). O procedimento cirúrgico é a opção terapêutica para os casos de cistos prostáticos de tamanho médio a grande, sendo descritas como alternativas: a omentalização, a marsupialização e a colocação de drenos cirúrgicos (SMITH, 2008).

2.4.4. Metaplasia escamosa

A metaplasia prostática é a transformação do epitélio glandular em epitélio escamoso estratificado, no interior do lúmen, a queratina é depositada. Ela ocorre secundariamente ao hiperestrogenismo exógeno ou endógeno, podendo também estar associada à prostatite crônica e à irritação por urólitos (JUBB, 1993; DI SANTIS et al., 2001). A principal causa de hiperestrogenismo endógeno é o tumor de células de Sertoli (HARGIS e GINN, 2007).

Os sertolinomas surgem das células de sustentação (HEDLUND, 1997). Nesta condição, a próstata permanece moderadamente aumentada, e outros sinais relacionados às alterações prostáticas podem estar ausentes. Entretanto, sinais clínicos de hiperestrogenismo podem estar associados, tais como prepúcio pendular, alopecia,

(22)

hiperpigmentação, ginecomastia. No exame hematológico, são descritos trombocitopenia, granulocitose ou granulocitopenia e aplasia de medula óssea (CHUN e GARRET, 2005; HARGIS e GINN, 2007). A orquiectomia é o método terapêutico de eleição para os casos, sendo indicada à ablação do escroto (CHUN e GARRET, 2005).

2.4.5. Neoplasias

O cão e o homem são as únicas espécies que desenvolvem câncer de próstata espontaneamente. A incidência de neoplasias prostáticas no cão é baixa, podem ser observados adenocarcinoma, carcinoma das células de transição, carcinoma das células escamosas, leiomiossarcoma e fibrossarcoma; de forma rara, o linfoma também é descrito (GADELHA, 2003; LEAV e GERALD, 2006; ASSIN et al., 2008), embora o mais comum seja o adenocarcinoma (SMITH, 2008). Os fatores envolvidos no processo de carcinogênese são representados principalmente por um desequilíbrio hormonal advindo com a idade (TERAZAKI, 2009).

As neoplasias prostáticas acometem na maioria das vezes os cães mais idosos e seu o prognóstico é desfavorável. Estudos demonstram que cães não castrados apresentam adenocarcinoma prostático com comportamento biológico agressivo ocorrendo inclusive metástase em linfonodos ilíacos e sublombares, pulmão e ossos, enquanto que em cães castrados essa estatística é bem reduzida (CORNELL et al., 2000).

O carcinoma prostático pode ser focal ou disseminado, por toda a glândula; a metástase é comum. É observada a metástase local na vesícula urinária, reto, pelve, vértebras lombares, e musculatura pélvica. A metástase à distância é menos comum (SLATTER, 1998). Nos cães, a maioria dos tumores prostáticos não apresenta receptores para andrógenos (BRYAN et al., 2007). Costello e Franklin (1994), descrevem que a prolactina é um hormônio trófico que representa papel importante no desenvolvimento normal e no crescimento da próstata, sendo possível sua ação durante a evolução de neoplasias prostáticas.

Os sinais clínicos de neoplasia prostática podem incluir perda de peso, claudicação ou fraqueza de membros pélvicos, tenesmo, disquezia, retenção ou incontinência urinária, estrangúria, disúria, poliúria, polidipsia, hematúria, edema de membros pélvicos e dores abdominais ou lombares (LEROY e NORTHREP, 2009). Durante a palpação retal, a glândula pode apresentar-se endurecida e irregular, podendo

(23)

estar aderida ao canal pélvico (SMITH, 2008). O prognóstico ruim desta afecção pode ser atribuído, em parte, ao diagnóstico tardio (MOURA, 2004).

No exame radiográfico são observadas alterações como prostatomegalia, mineralização do tecido prostático, com contorno irregular, linfadenopatia regional e sinais de metástase nos pulmões ou ossos. No exame ultrassonográfico transabdominal, podem-se notar prostatomegalia, com contorno irregular e padrão de ecogenicidade mista. Ainda, podem-se evidenciar áreas de calcificações no interior da próstata, indicadas por ecos brilhantes que produzem sombra, os quais, quando presentes, são considerados sinais de malignidade (SMITH, 2008).

Na ressonância magnética, é possível definir a dimensão do tamanho real da próstata, bem como regiões de linfadenomegalia e metástases, mostrando a agressividade do tumor (LEROY e NORTHREP, 2009). No entanto, para confirmação do diagnóstico, é necessária a realização da punção aspirativa por agulha fina e/ou da biópsia no tecido prostático, seguida de exame citológico e/ou de exame histológico, respectivamente (PETER et al., 1995). O diagnóstico de neoplasia prostática em cães, geralmente, ocorre de forma tardia, o que limita as opções de tratamento, bem como o sucesso terapêutico.

A radioterapia tem sido empregada na redução do tamanho prostático, no entanto não aumenta a sobrevida destes animais. Protocolos quimioterápicos também não são bem-sucedidos no controle da neoplasia prostática em cães (SMITH, 2008; LEROY e NORTHREP, 2009).

(24)

3. RELATO DE CASO

No dia 14 de março de 2019 foi atendido na Clínica Amigo Fiel, em Curitibanos-SC, um cão macho com aproximadamente oito anos de idade, pesando 34,00 Kg, da raça rottweiler. A tutora relatou que o paciente havia reduzido a ingestão de alimentos durante a semana anterior e que havia administrado no animal sulfato de ferro, porém não relatou a via de administração, a dose, ou se tinha prescrição médica. Ainda, mencionou que no dia 12 de março, além da redução do apetite, o animal demonstrou muita dificuldade em defecar (tenesmo). Sendo assim, a queixa principal e o motivo da consulta foram a redução do apetite e o tenesmo.

Durante a anamnese, a tutora relatou que o animal comia predominantemente ração, e, eventualmente, comida caseira como arroz e carnes bovina, de frango ou suína; que o animal estava defecando com dificuldade havia dois dias, porém estava urinando normalmente. Constatou-se que o animal apresentava esquema de vacinação incompleto, sendo aplicadas somente as primeiras doses da vacina contra as principais doenças infectocontagiosas (V10) e não eram realizados os reforços anuais da vacina contra a raiva. A tutora alegou desconhecer quando havia sido administrada a última dose de vermífugo, bem como qual medicamento fora aplicado.

Durante a avaliação física, o paciente apresentou-se alerta, as mucosas orais e oculares estavam normocoradas, o tempo de preenchimento capilar (TPC) e a elasticidade da pele normais (entre 1-2 segundos). A temperatura corporal apresentava-se normal entre 38,5º C. Linfonodos mandibulares, axilares e poplíteos durante a palpação estavam normais. Durante a palpação abdominal o paciente apresentou-se inquieto, indicando dor e desconforto.

Após a anamnese e avaliação clínica, a tutora foi orientada sobre as possíveis suspeitas clinicas que consistiam em afecções prostáticas, fecaloma e constipação com etiologia a esclarecer. Também foi orientada sobre as possíveis condutas terapêuticas e a realização de exames complementares, sendo indicada a realização de radiografia abdominal na projeção ventro-dorsal, ultrassonografia abdominal e exames laboratoriais hematológicos (hemograma e bioquímicos).

Após a autorização da tutora, o paciente foi submetido à coleta de sangue para realização do hemograma e bioquímico hematológica. O resultado desses exames pode ser visto na figura 3.

(25)

Figura 3 – Laudo laboratorial referente ao hemograma e bioquímico de paciente canino macho da raça Rottweiller apresentando tenesmo e redução de apetite.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

O animal foi, então, internado para permanecer em observação e para a realização da radiografia. Durante o internamento, o paciente apresentou-se alerta, se alimentou, tomou água e urinou normalmente.

Em seguida, foram realizadas duas radiografias abdominais ventrodorsais, sendo uma no dia 14 de março, onde foi possível verificar presença de grande quantidade de conteúdo fecal ao longo das alças intestinais. A partir dessa constatação, o animal foi submetido à enema, sendo utilizado o fosfoenema. Após 30 minutos do procedimento, o animal defecou. A segunda radiografia foi realizada no dia seguinte (15 de março), na

(26)

qual foi possível observar as alças intestinais repletas de gazes, porém esse resultado foi considerado normal.

Figura 4 – Radiografias ventrodorsais realizadas em paciente canino da raça Rotweiller. Legenda: A, radiografia realizada no dia 14 de março. B, radiografia realizada no dia 15 de março.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Ao proceder-se o exame de toque retal no dia 15 de março, após a radiografia, foi possível verificar o aumento de volume da próstata, sendo que a mesma apresentava-se simétrica. O paciente demonstrou dor ao toque. Os resultados dos exames laboratoriais de sangue mostraram leucocitose por neutrofilia, monocitose e hipoalbuminemia. Após a apresentação dos resultados dos exames à tutora, esta foi informada e orientada sobre a principal suspeita clínica da etiologia da retenção fecal, que se referia a possíveis enfermidades prostáticas. Dessa forma, prescreveu-se a realização de ultrassonografia,

A

(27)

laparotomia para colheita de tecido prostático (biopsia para histopatologia ou aspirado para citologia) e posterior orquiectomia.

No dia 16 de março, após dois dias de internação, o paciente recebeu alta. Nesse dia, o animal apresentou-se muito agitado. Quanto à medicação, esta teve como objetivo a analgesia, devido ao desconforto abdominal, o combate à uma possível infecção bacteriana, sugerida pelos resultados do exame de sangue, terapia anti-inflamatória. Portanto, a medicação prescrita foi: Meloxicam 4g (administrado por via oral), um comprimido a cada 24 horas durante três dias; Dipirona na dose de 25mg/Kg (administrado por via oral), dois comprimidos de 500mg a cada oito horas durante cinco dias; Norfloxacino 400mg (administrado) por via oral, dois comprimidos a cada 12 horas durante cinco dias. Foi marcado retorno para o dia 18 de março (dois dias após a alta).

A partir das orientações e das possíveis condutas terapêuticas indicadas à tutora, esta autorizou a realização da laparotomia exploratória e da orquiectomia.

Apesar do retorno ter sido marcado para o dia 18 de março, somente no dia 20 de março o paciente retornou à clínica, no período matutino em jejum para realização do procedimento. O paciente foi submetido à avaliação pré-anestésica, onde foram avaliados diversos parâmetros, tais como: temperatura, hidratação, coloração das mucosas (ocular e oral), frequência cardíaca e respiratória e auscultação cardíaca e respiratória. Dessa forma, verificou-se que o animal encontrava-se apto para realização do procedimento cirúrgico.

Antes da cirurgia, o animal foi submetido à medicações pré-anestesicas (MPA), com intuito de acalmar, reduzir ansiedade e facilitar o manuseio e preparo para a cirurgia. Foi administrado por via intramuscular Acepromazina na dose de 0,1 mg/Kg e Morfina na dose de 0,15 mg/Kg. Após 15 minutos da MPA, o animal foi submetido à tricotomia do membro torácico esquerdo na região distal do antebraço, para realização do acesso venoso, com o objetivo de manter um aceso para administrar o anestésico de indução e a fluidoterapia intravenosa durante e após a cirurgia para compensar perdas sanguíneas esperadas no procedimento. Para o acesso intravenoso foi usado cateter compatível com o tamanho do animal (rosa, 20G) e esparadrapo para fixar o cateter, para a fluido foi usado um Ringer lactato de 500 ml e um equipo macrogotas. Após a canulação do paciente, o mesmo foi induzido com propofol na dose de 5 mg/Kg. A manutenção anestésica foi realizada com propofol, fentanil na dose e 0,005 mg/Kg e com isoflurano.

Com o paciente em plano anestésico, foi realizada a sondagem endotraqueal, realização da tricotomia ampla da região pré-escrotal e abdominal do animal. Em seguida,

(28)

foi posicionado o animal na mesa cirúrgica em decúbito dorsal, foi realizada a assepsia prévia das regiões das incisões com álcool, iodo e álcool, respectivamente. O cirurgião realizou assepsia das regiões de incisões com álcool, ido e álcool sequencilamente. Além disso, foi feita anestesia local com a aplicação de Lidocaína na dose de 0,15 ml/Kg, intratesticular.

Durante o procedimento cirúrgico, inicialmente foi realizada a incisão pré-escrotal, aproximadamente entorno de 4 cm. Posteriormente, foi tracionado o testículo direito com o dedo polegar e indicador para exteriorização do mesmo, após a ruptura da túnica vaginal foi feita a ligadura do ducto deferente e dos vasos e artéria que fazem a irrigação do testículo com fio nylon 0, foi realizado a mesmo no testículo esquerdo. Em seguida, houve fechamento da incisão, sendo a aproximação do tecido subcutâneo feita com fio absorvível ácido poliglicólico 0, com sutura continua em zigue-zague. A sutura da pele foi realizada com fio nylon 2-0, com ponto isolado halsted, totalizando quatro pontos.

Posteriormente, foi realizada a laparotomia, através da incisão na região abdominal direita, lateralmente ao pênis, de aproximadamente 10 cm (Figura 5). Após a localização da próstata, a qual apresentava-se com aumento de volume, arredondada e simétrica, procedeu-se à punção da órgão com agulha fina (Figura 6). Foi removida uma coleção de líquido amarelado e opaco com características de líquido purulento (Figuras 7 e 8). Então, realizou-se a drenagem de todo o líquido disponível, sendo o mesmo foi enviado pra cultura microbiológica e para a citopatologia. Após o processo de drenagem, notou-se uma notável redução de volume da próstata. Prosseguiu-se com sutura da cavidade abdominal, sutura do tecido muscular com fio absorvível ácido poliglicólico 0, com ponto isolado sultan. Aproximação do tecido subcutâneo foi feita com fio absorvível ácido poliglicólico 0, com sutura continua em zigue-zague. A sutura da pele foi realizada com fio nylon 2-0, com ponto isolado halsted, totalizando 12 pontos (Figura 9). Foi feita a limpeza das feridas cirúrgicas com solução fisiológica, sendo o curativo feito com gaze, óleo ozonizado e fita microporia.

(29)

Figura 5 – Laparotomia, localizando a próstata em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Figura 6 – Punção da próstata com agulha fina em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática.

(30)

Figura 7 – Drenagem da próstata em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Figura 8 - Líquido drenado da próstata de paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática.

(31)

Figura 9 – Suturas realizadas após orquiectomia e laparotomia exploratória em paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

O animal foi colocado na baia para recuperação anestésica, sendo monitorada sua temperatura e seu grau de consciência, até sua completa recuperação. No fim do mesmo dia o animal recebeu alta, estando clinicamente bem. Foi realizada prescrição medicamentosa e orientações. A medicação foi prescrita como o objetivo de analgesia e controle do processo inflamatório e infeccioso. Dessa forma, o receituário consistia em Meloxicam 4g (VO) um comprimido a cada 24 horas durante três dias, Dipirona 500mg (VO) dois comprimidos a cada oito horas durante cinco dias, Norfloxacino 400mg (VO) dois comprimidos a cada 12 horas durante sete dias e Metronidazol 250 mg (VO) dois comprimidos a cada 12 horas durante 10 dias. As orientações consistiam em observar fezes e urina, o uso de colar elisabetano, limpeza das feridas cirúrgicas com solução fisiológica e gaze de três a quatro vezes ao dia até a retirada dos pontos, manter o animal em repouso e retorno para retirada dos pontos em 10 dias.

O material enviado para análise teve como resultados na cultura, ausência de crescimento bacteriológico, mas na citopatologia apresentou fundo proteico, grande quantidade de neutrófilos degenerados (piócitos), associados com material filamentosos biofílico sugestivo de fibrina e a colônias de cocos basofílicos (Figura 10). Tendo como

(32)

diagnóstico sugestivo inflamação supurativa purulenta. Sendo assim, o paciente teve diagnóstico sugestivo de prostatite de etiologia bacteriana com abcedação prostática. Porém, como não teve crescimento bacteriológico na cultura, não foi realizada antibioticoterapia especifica.

Figura 10 – Resultado de cultura bacteriológica do líquido drenado da próstata citopatológico de paciente canino da raça Rottweiller com suspeita de enfermidade prostática.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

No dia 30 de março, o paciente retornou à Clínica para remoção dos pontos, onde foi possível observar boa cicatrização das feridas (Figura 11). Na avaliação física, o animal se apresentou ativo e com os parâmetros vitais normais. Ao toque retal, percebeu-se que a próstata aprepercebeu-sentava aspecto e dimensões normais. Segundo a tutora, o animal teve boa recuperação e estava comendo e defecando sem dificuldades e urinando normalmente.

(33)

Figura 11 – Cicatrização das feridas cirúrgicas 10 dias após orquiectomia e laparotomia exploratória em paciente canino da raça Rottweiller com diagnóstico sugestivo de prostatite de etiologia bacteriana.

(34)

4. DISCUSSÃO

De acordo com os sinais clínicos: tenesmo, redução do apetite e dor abdominal apresentados pelo paciente, associados à padrões epidemiológicos, a principal suspeita foi de alguma afecção prostática como: hiperplasia prostática benigna (HPB), prostatites, cistos prostáticos e paraprostáticos, abscessos, neoplasias e metaplasia escamosa. No entanto, como os sinais clínicos das enfermidades de próstata geralmente são semelhantes entre si (MARIANO, 2015), não é aceitável descartar qualquer afecção prostática sem auxílio de exames específicos.

No presente caso, com o toque retal, foi observado que a próstata estava com significativo aumento de volume, simétrica e dolorosa ao toque. Já na radiografia simples não foi possível notar alterações da próstata. Apenas com esses dados não foi possível descobrir qual enfermidade estava acometendo o paciente, sendo necessários outros exames complementares como a ultrassonografia e biopsia. Segundo Viana (2015), quando comparadas ultrassonografia e radiografia, a ultrassonografia é mais informativa e sensível no que se refere à detecção de doenças que afetem o parênquima prostático, os testículos ou os linfonodos. Já segundo Smith (2008), a biópsia deve ser efetuada em todas as situações em que a realização de outros exames menos invasivos não tenha permitido alcançar um diagnóstico, nos casos em que não se obteve resposta à terapia, assim como naqueles em que é necessária a determinação rápida do diagnóstico com o objetivo de estabelecer um tratamento imediato.

No presente caso, a laparotomia realizada permitiu visualizar o aumento de volume da próstata. Quando foi realizada a punção com agulha fina foi possível observar um líquido amarelado e opaco. Segundo Diel (2001), o aspirado de qualquer líquido da próstata deve ser considerado anormal, sendo que o fluído prostático deve ser de menor volume possível, translucido e com coloração amarelo clara semelhante à urina. No animal avaliado, a principal suspeita foi prostatite desde a primeira consulta, porém ainda era necessário a análise do líquido que foi drenado da glândula para a confirmação do diagnóstico.

A análise do líquido prostático teve como resultado ausência de crescimento bacteriano na cultura, sendo que este resultado pode ser atribuído a: ausência de bactérias, o meio de cultura não ser ideal para as espécies ou cepas de bactérias presentes na amostra ou por contaminação (HOLANDA, ARIMATEIA E NETO, 2017). Já na citopatologia, observou-se fundo proteico, grande quantidade de neutrófilos degenerados (piócitos)

(35)

associado com material filamentosos basofílico sugestivo de fibrina e a colônias de cocos biofílicos, tendo como diagnóstico sugestivo inflamação supurativa purulenta. Segundo Viana (2015), esses achados são compatíveis com quadros de prostatite em cães. A partir desses resultados, chegou-se ao diagnóstico de prostatite com abcedação prostática. Porém, o material deveria ser enviado para a histopatologia, visto que, segundo Diel (2001), o exame histopatológico é o método de diagnóstico definitivo para diferenciar as afecções prostáticas.

A castração geralmente é um dos tratamentos de escolha para as principais afecções prostáticas, devido à involução da glândula após a orquiectomia (VIANA, 2015). Portanto, no presente caso, a castração do paciente provavelmente teve grande influência em sua melhora clínica e na evolução do tratamento. Segundo Mariano (2015), a involução da próstata, pode diminuir as chances de ocorrência de enfermidades da glândula.

Por outro lado, a aplicação de analgésicos e anti-inflamatórios provavelmente auxiliaram na melhora do apetite e na normalização da defecação (ALEIXO et al. 2017), contribuindo para a redução dos sinais clínicos referentes à queixa principal inicial. No caso da terapia antibacteriana, foi realizada associação de dois antibióticos, sendo um de escolha para casos de infecções geniturinárias, a quinolona norfloxacino, e outro que indicado contra uma ampla variedade de bactérias anaeróbias (CASTELA, 2013).

Do princípio ao fim do caso relatado, o médico veterinário responsável conduziu o mesmo de forma coerente com o bem-estar do paciente, orientando a tutora das possíveis causas, das possíveis condutas terapêuticas e dando a ela várias escolhas para a busca de um diagnóstico definitivo. Porém, houve limitações que dificultaram o processo. Por exemplo, a ultrassonografia não foi autorizada pela tutora, não sendo possível sua realização, a ultrassonografia poderia ser de grande valia para o diagnóstico, como já foi citado anteriormente é mais sensível no diagnóstico de afecções prostáticas do que a radiografia. Além disso, também não foi realizado o envio de material para análise histopatológica, pois o líquido que foi drenado da glândula foi sugestivo de inflamação e o cirurgião optou por não remover tecido da próstata (não foi realizada a biópsia). Tendo em vista essas dificuldades, o tratamento estabelecido nesse caso foi coerente, visto que em casos de prostatites, principalmente com suspeita de etiologia bacteriana, o comumente recomendado é a realização da orquiectomia associada à antibioticoterapia (GALVÃO, 2011).

(36)

5. CONCLUSÃO

Como já se sabe as afecções de próstata geralmente acometem animais mais velhos e não castrados. Por isso é importante sempre estar indicando aos tutores a castração de seu animal para diminuir a incidência de patologias futuras. Como as enfermidades de próstata tem várias causas, o ideal seria a realização de todos os exames complementares aplicáveis para garantir um diagnóstico preciso e definitivo.

As prostatites geralmente cursam com sinais clínicos como anorexia, tenesmo, fezes em forma de fita, entre outros. Sendo assim, é muito importante observar as alterações de comportamento dos animais, quando observado algo de errada é necessário buscar ajuda de especialistas, pois se diagnosticado a enfermidade no início aumenta as chances de um tratamento eficaz.

O paciente do presente relato de caso apresentou uma boa recuperação após início do tratamento, mesmo sendo este recomendado tendo como base apenas o diagnóstico sugestivo. Seria de grande importância para esse paciente a obtenção do diagnóstico definitivo, visto que o paciente necessitará de acompanhamento médico veterinário constante para monitoramento de potenciais recidivas.

(37)

REFERÊNCIAS

ALEIXO, Grazielle Anahy Sousa. et al. Tratamento da dor em pequenos animais: classificação, indicações e vias de administração dos analgésicos (revisão de literatura: parte II). Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, 2017.v.11, n.1, p.29-40.

ALVES, C.E.F.; FALEIRO, M.B.R.; AMORIN, R.L.; MOURA, V.M.B.D. Avaliação histológica da próstata de cães adultos sexualmente intactos.

Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., 2010. v.62, n.3, p.596-602.

APPARÍCIO, M. et al. Omentalização prostática em cães. Braz J vet Res anim Sci 43 (6): 754-761, 2006.

ASSIN R.; BALDI A.; CITRO G., SPRINGNINI E.P. Prostate as sole unusal recurrence site of lymphoma in a dog. In Vivo, 2008. v.22, p.755-777. BRANDÃO, C.V.S. et al. Orquiectomia para redução do volume prostático. Estudo experimental em cães. Archives of Veterinary Science, 2006. v. 11, n. 2, p. 7-9.

BRYAN, J.N. et al. A population study of neutering status as a risk factor for canine prostate cancer. Prostate, 2007. v.67, p.1174-1181.

BARSANTI, J. A.; FINCO, D. R. Canine prostatic disease. In: MORROW, D. A. Current therapy in theriogenology II. Philadelphia: W.B. Saunders, 1986. BARSANTI, J.A.; FINCO, D.R. Moléstias prostáticas do cão. In: Ettinger SJ. Tratado de medicina interna veterinária. 3.ed. São Paulo: Manole, 1992. p.941-963.

BARSANTI, J. A. Management of prostatic diseases. Em J. Elliot, & G. F. Grauer, BSAVA Canine and feline nephrology and urology. 2.ª ed. Gloucester: British Small Animal Veterinary Association, 2007. p. 239-251.

BASINGER, R.R.; ROBINETE, C.L.; SPAULDING, K.A. Prostate. In: Slatter DS. Textbook of small animal surgery. 3.ed. Philadelphia: WB Saunders, 2003. p.1542-1557.

BOJRAB, M.J. Técnicas atuais em cirurgia de pequenos animais. 3. ª ed, Editora Roca, 2005.p.370.

CASTELA, Helena Alexandra Grácio Bilro. Contribuição Para o Estudo da

Utilização Terapêutica de Antibióticos na Clínica de Animais de Companhia. Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Medicina

(38)

CHUN R.; GARRET L. Urogenital and mammary gland tumors. In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Textbook of veterinary internal

medicine. 6.ªed. St. Louis: Elsevier, 2005. p.786-787.

COSTELLO, L.C.; FRANKLIN, R.B. Effect of prolactin on the prostate.

Prostate, 1994. v.24, p.162-166.

CORNELL, K. K. et al. Clinical and pathological aspects of spontaneous canine prostate carcinoma: a retrospetive analysis of 76 cases. The Prostate, 2000. p. 173-183.

DE MARZO, A.M.; COFFEY, D.S.; NELSON, E.G. New concepts in tissue specifi city for prostate cancer and benign prostatic hyperplasia. Urology, 1990 v.53. p.29-40.

DIAS, M.B.M.C. et al. Hiperplasia prostática benigna - relato de caso. Revista V(n):pp1-ppf 2002. Disponível em: http://www.sigeventos.

com.br/jepex/inscricao/resumos/0001/R0785-2.PDF.

DIEL, Debora Ferreira. Afecções Prostáticas em Cães. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trabalho de conclusão de curso em Medicina Veterinária. Porto Alegre, 2001.

DI SANTIS, G.W.; AMORIM, R.L.; BANDERRA, E.P. Aspectos clínicos e morfológicos das alterações prostáticas em cães – revisão. Rev Educ Contin, 2001. v.4, p.46-52.

DORFMAN, M.; BARSANTI, J. Diseases of the canine prostatic gland.

Compendium of Continuous Education for Practical Veterinarians, 1995. v.

17, p. 791-811.

ELLENPORT, C. R. Aparato urogenital de los carnívoros. Em R. Getty, S. Sisson, & J. D. Grossman, Anatomia de los animales domésticos. 5.ª ed. Barcelona: Salvat Editores, 2002. v.2. p.1735.

EVANS. H.E.; DELAHUNTA, A. Abdome, pelve e membro pélvico. In: Guia

para a dissecção do cão. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

p.115-174.

FERNANDES, S.N. Trabalho de conclusão de curso de medicina

veterinária. Brasilia. Junho, 2006. Disponível em: <

http://www.upis.br/pesquisas/tcc/Suzana%20 Nogueira%20Fernandes.pdf> FREITAG, T.; JERRAM, R.; WALKER, A.; WARMAN, C. Surgical

management of common canine prostatic conditions. Compend Contin Educ

(39)

FROES, T. R.; GONZALES, J. R. M.; KANAYAMA, L. M.; JORGE, R.C.; IWASAKI, M. Ultrassonografi a intervencionista-drenagem percutânea de lesões cavitárias e cistos prostáticos em cães. Clín Vet (47): 34-40. 2003. GADELHA, C.R.F. Avaliação da próstata canina por palpação retal,

ultrassonografia, citologia por punção aspirativa, cultivo bacteriano e dosagem de fosfatase ácida prostática no soro e plasma seminal. Dissertação

Mestrado em Cirurgia Veterinária - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SP, 2003.

GALVÃO et al. Principais afecções da glândula prostática em cães. Rev. Bras.

Reprod. Anim., Belo Horizonte, 2011. v.35, n.4, p.456-466. Disponível em <

http://www.cbra.org.br>

GULARTE, Fernanda Camila da Silva; GROTH, Aline; MARTINA, Lílian Rigatto. Hiperplasia Prostática Benigna em Cães: uma revisão. Rev. Bras.

Reprod. Anim., Belo Horizonte, 2018. v.42, n.2, p.43-51. Disponível em:

<www.cbra.org.br>

JOHNSTON, S.D.; KAMOLPATANA, K.; ROOT-KUSTRITZ, M. V.; JOHNSTON, G. R. Prostatic disorders in the dog. Animal Reproduction

Science, 2000. v. 60, p. 405-415.

HARGIS, A.M.; GINN, P.E. The integument. In: McGavin MD, Zachary JF. Pathology of veterinary disease. 4.ed. St Louis: Elsevier, 2007. p.1107-1261 HEDLUND, C.S. Surgery of the reproductive and genital systems.In: FOSSUN, T.W.; HEDLUND, S.C.; HULSED, A.D.; JOHSON, L.A.; SEIM, H.B.;

WILLARD, W.D.; CARROLL, G.L. Small animal surgery. Saint. Louis: Mosby, 1997. p.517-574

HOLANDA, Cecília Maria de Carvalho Xavier. ARIMATEIA, Dayse Santos. NETO, Renato Motta. Manual de Bacteriologia e de Enteroparasitos. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2017.

JUBB, K.V.F. Male genital system. In: FOSTER, R.A. Pathology of the

domestic animais. 4.ed. San Diego: Academic, 1993. v.3, p.523-529.

KUMAR, V. L.; MAJUMDER, P. K. Prostate gland: structure, functions and regulation. International urology and nephrology, Budapest, 1995v. 27, n. 3, p. 231-43.

KUTZLER, M.; YEARGER, A. Prostatic diseases. In: ETTINGER, S.J.; FELDMAN, E.C. Textbook of veterinary internal medicine. St. Louis: Elsevier, 2005. p.1809-1819.

LEAV I, GERALD VL. Adenocarcinoma of the canine prostate. Cancer, 2006. v.22, p.13291345.

(40)

LEAV, I.; SCHELING, K.H.; MERK, F.B.; ARLEY, J. Role of canine basal cells postnatal prostatic development, induction of hyperplasia, and sex

hormone-stimulated growth, and the ductal origin of carcinoma. Prostate, 2001. v.48, p.210-224.

LEROY, B.E; NORTHREP N. Prostate cancer in dogs: comparatibe and clinical aspects. Vet J, 2009. v.180, p.149-162.

MARIANO, R.S.G. Principais Afecções da Próstata em Cães. Investigação, 14(1):98-103, 2015.

MOURA, V.M.B.D. Estudo laboratorial, anatomopatológico e

imunoistoquímico da próstata de cães adultos. Botucatu, 2004. Disponível

em: <http://www.athena.

biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bbo/33004064022P3/2004/moura_vmbd_dr_ botfmvz.pdf>

MUKARATIRWA, S.; CHITURA, T. Canine subclinical prostate disease: histologycal prevalence and validity of digital rectal examination as a screening test. J S Afr Vet Assoc, 2007. v.78, p.66-68.

MUZZI, L.A.L.; ARAUJO, R.B.; MUZZI, R.A.L.; GUEDES, R.M.C.; REZENDE, C.M.F. Ultrassonografia e citologia das afecções prostáticas em cães. Arq Bras Med Vet Zootec, 1999. v.51, p.9-16.

NASCIMENTO, V.R.S. Prostatite bacteriana crônica e cistos prostáticos em

cães – relato de caso. Monografi a. Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Porto Alegre, 2009. Disponível em:

<www.equalis.com.br/biblioteca_online/resumo. php?artigo=25>

OLIVEIRA, Kellen de Souza. et al. Alterações Prostáticas de Cães Adultos

Necropsiados na Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás de Maio a Julho de 2004. Ciência Animal Brasileira, 2007. v. 8, n. 2, p.

267-272.

O'Shea, J. D. Studies on the prostate gland. Journal of Comparative

Pathology, 72, 321331. 1962.

PETER, A.T.; STEINER, J.M.; ADMAS, L.G. Diagnosis and medical

management of prostate disease in the dog. Semin Vet Med Surg, Small Anim, 1995. v.10, p.35-42.

PIMENTEL, A.S. Uso da técnica de omentalização no tratamento de cisto

prostático em cão (Canis familiaris) – Relato de caso. Universidade castelo

branco. Rio de Janeiro. Set, 2008. Disponível em: < http://www.qualittas.com.br/documentos/

Uso%20da%20Tecnica%20de%20Otimizacao%20-%20Amanda%20Silva%20 Pimentel.PDF >

(41)

TERAZAKI, P.M. Caracterização da próstata canina quanto a aspectos

envolvidos na evolução para o carcinoma prostático. 2009. Tese de

Doutorado em Patologia Experimental e Comparada - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

Disponível em: < http://www.teses.usp. br/teses/disponiveis/10/10133/tde-17062009-152135/>

SEOANE, M.P.R.; CASTRO, M.P. Drenagem percutânea de abscessos prostáticos e cisto paraprostático guiada por ultra-som em um cão. Acta Scie

Vet. 36(2): 177-180, 2008.

SHIMOMURA, J.Z.; EUGÊNIO, F.R.; LUVIZOTTO, M.C.R.; PERRI, S.H.V. Hiperplasia prostática benigna no cão: comparação de métodos diagnósticos.

Vet e Zootec 16(1): 117-126, 2009.

SLATTER, D. Manual de cirurgia de pequenos animais. 2.ª ed. Editora Manole Ltda, 1998. v.2. p.1607-1627.

SMITH J. Canine prostatic disease: A review of anatomy, pathology, diagnosis and treatment. Theriogenology, 2008. v.71, p.375-383.

VIANA, Ana Filipo Duarte. Abordagem ao Diagnóstico das Doenças da

Próstata no Cão. Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Veterinária.

Lisboa, 2015.

WEN, S.; CHAN, H.C.; TIAN, J.; SHANG, Z.; NIU, Y.; CHANG, C. Stromal androgen receptor roles in the development of normal prostate, benign prostate hyperplasia, and prostate cancer. Am J Pathol, 2015. v.185, p.293-301.

Referências

Documentos relacionados

Todos os participantes receberam, 48 horas antes do início do estu- do, um artigo de revisão sobre anestesia regional guiada por ultrassom que descrevia princípios básicos da

Além de tornar o processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa mais atrativo e motivador, o uso do celular nesse processo pode contribuir para o letramento

ter se passado tão lentamente como muda uma montanha, aos nossos olhos eternamente parada e cujas mudanças só são percebidas pelos olhos de Deus” (DOURADO, 1999, p.

A incapacidade de abertura da cavidade oral é um achado clínico para suspeita diagnóstico de MMM, em que mesmo anestesiado o paciente não é possível a abertura da

do Pará no período de 1999 a 2013, medida através da aplicação de dados em painel e Método Generalizado de Momentos (MGM). Os objetivos específicos são descritos a seguir: a)

Este trabalho objetivou descrever um caso de orbitotomia lateral para tratamento definitivo de sialocele zigomática em um cão da raça Pitt Bull.. RELATO

28 Figura 4-Sequência de retornos clínicos evidenciando o crescimento dos novos pelos após orquiectomia de cão Spitz Alemão, macho, 1 ano de idade, com suspeita de

2º O Regulamento de Criação Selecionada de Cães da Raça Rottweiler do Conselho Brasileiro da Raça Rottweiler – CBRR tem por objetivo ser a regulamentação