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Produção de sementes de soja na região do extremo oeste da Bahia

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes

Dissertação

Produção de sementes de soja na região do extremo oeste da Bahia

Celso Cordova

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Celso Cordova

Engenheiro Agrônomo

Produção de sementes de soja na região do extremo oeste da Bahia

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências.

Orientador:

Prof. Dr. Tiago Zanatta Aumonde (FAEM/UFPEL)

Pelotas, 2017

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Universidade Federal de Pelotas/Sistema de Bibliotecas Catalogação na Publicação

Elaborada por Gabriela Machado Lopes CRB: 10/1842 C796p Cordova, Celso

Produção de sementes de soja na região do extremo oeste da Bahia / Celso Cordova ; Tiago Zanatta Aumonde, orientador. — Pelotas, 2017.

46 f. : il.

Dissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, 2017.

1. Glycine max L.. 2. Fronteira agrícola. 3. Perdas pós colheita. 4. Aproveitamento de campos de produção. I. Aumonde, Tiago Zanatta, orient. II. Título.

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Celso Cordova Engenheiro Agrônomo

Produção de sementes de soja na região do extremo oeste da Bahia

Dissertação aprovada, como requisito parcial, para obtenção do grau de Mestre, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas.

Data da Defesa: 03/03/2017

Banca examinadora:

... Prof. Dr. Tiago Zanatta Aumonde (Orientador)

Doutor em Ciência pela Universidade Federal de Pelotas

... Prof. Dr. Tiago Pedó

Doutor em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas

... Prof. Dr. Lilian Vanussa Madruga de Tunes

Doutora em Ciências pela Universidade Federal de Pelotas

... Dra. Vanessa Nogueira Soares

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DEDICATÓRIA

Especialmente aos meus pais Celso Ferreira Cordova e Mirian Mendes, pela vida, carinho e educação.

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AGRADECIMENTOS

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, pela dedicação e transmissão de conhecimentos ao longo desses dois anos. Em especial ao meu orientador Professor Dr. Tiago Zanatta Aumonde pela dedicação e paciência.

Aos colegas do Mestrado Profissionalizante pela parceria e amizade.

À Ciaseeds, nos nomes dos Srs. Laerte Baechtod e Sra. Suzane Mari Piana, pelo apoio e confiança desde o início da minha jornada profissional logo após a graduação, até hoje.

À minha família e amigos, pelo carinho e incentivo, estando presentes sempre nos principais momentos.

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Resumo

CORDOVA, Celso. Produção de sementes de soja em uma empresa no

município de Correntina - BA. 2017. 46f. Dissertação (Mestrado em Ciências)

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.

O presente trabalho foi idealizado com o intuito de estudar o aproveitamento dos campos de produção e o rendimento no beneficiamento das sementes de soja multiplicadas em uma safra agrícola no município de Correntina - BA. Inicialmente foi realizado um levantamento do histórico de produção da empresa, para período compreendido entre as safras de 2011/2012 e 2015/2016, neste levantamento levou-se em conta a produção de levou-sementes (sacas de 40kg), a quantidade de campos inscritos (ha-1), volume de produção recebido na UBS (toneladas), informações que

ajudaram a perceber a evolução do processo até o presente momento. Para a realização deste estudo, realizou-se o levantamento de dados da safra 15/16, objetivando o entendimento dos diferentes fatores em busca da melhoria da dinâmica de registro e aproveitamento de campos, através da tomada decisões a partir desses dados, para as safras futuras. Para tal, foram analisados os seguintes aspectos: a produtividade de sementes (sacas ha-1), índice de aproveitamento de

campos, descarte de sementes na recepção (toneladas), rendimento de beneficiamento (%), qualidade dos lotes produzidos (%). O índice de aproveitamento de campos de áreas próprias foi bastante superior em relação ao aproveitamento dos campos de cooperantes. Os fatores climáticos foram decisivos e muito impactantes em todos os resultados obtidos na safra. O processo de produção e beneficiamento de sementes de soja na Ciaseeds apresenta eficiência regular, com aproveitamento de 879 kg de sementes por hectare inscrito. Os índices de descarte no beneficiamento são, em média inferiores à 30%.

Palavras-chave: Glycine max L.; fronteira agrícola; perdas pós-colheita;

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Abstract

CORDOVA, Celso. Production of soybean seeds in a company in Correntina –

BA 2017. 46f. Dissertation (Master Degree of Science) – Program in Science and

Technology of Seeds, Faculty of Agronomy Eliseu Maciel, Federal University of Pelotas, Pelotas, 2017.

The present work was conceived with the purpose of studying the utilization of the fields of production and yield in the beneficiation of soybean seeds multiplied in an agricultural crop in the municipality of Correntina - BA. Initially, a survey of the company's production history was carried out for the period between the 2011/2012 and 2015/2016 harvests. In this survey, the production of seeds (40kg sacks), the number of registered fields (ha-1), volume of production received at the UBS (tons),

information that helped to understand the evolution of the process up to the present moment. For the accomplishment of this study, the data of the crop 15/16 was collected, aiming the understanding of the different factors in search of the improvement of the dynamics of registration and use of fields, through the decision making from these data, for the harvests Future. For this, the following aspects were analyzed: seed yield (sack ha-1), field utilization rate, seed discard at reception (tons), processing yield (%), quality of the produced lots (%). The rate of utilization of fields in own areas was much higher in relation to the use of cooperative fields. The climatic factors were decisive and very impacting in all the results obtained in the harvest. The process of production and processing of soybean seeds in Ciaseeds presents regular efficiency, with use of 879 kg of seeds per registered hectare. The disposal indices in processing are, on average, less than 30%.

Keywords: glycine max; agricultural frontier; post-harvest losses; use of production

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Sumario 1. Introdução ... 9 2. Material e métodos ... 19 3. Resultados e discussões ... 22 3.1. Indicadores da produção ... 22 3.2. Indicadores do beneficiamento ... 29 4. Considerações finais ... 33 6. Referências bibliográficas ... 35

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1. Introdução

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merril) vem se destacando como uma das mais importantes no cenário da agricultura brasileira e, devido a isso, a área destinada ao seu cultivo tem aumentado. A espécie é utilizada tanto para o consumo humano como para o consumo animal através de óleos e farelos, representando a principal oleaginosa produzida e consumida. A partir da década de 70, a cultura passou a agregar importância para o agronegócio Brasileiro pelo aumento das áreas cultivadas e das exportações (SILVA et al., 2011).

A produção mundial de soja da safra 2015/16 foi corrigida de 320,15 milhões para 315,86 milhões de toneladas e, assim, os estoques caíram de 79,02 milhões para 74,25 milhões de toneladas. Sendo assim, é esperado o aumento da produção em 2,64% comparativamente a temporada 2016/17, em contrapartida, a redução dos estoques globais em 8,13% (USDA, 2017).

O setor agrícola desempenha um importante papel na economia brasileira, sendo o país o segundo maior produtor do grão. No Brasil, de acordo com o levantamento da safra 2014/15, a soja alcançou produção de 96.228,0 milhões de toneladas, em 32.092,0 milhões de hectares cultivados; já na safra 2015/16, a produção da cultura atingiu 95.434,0 milhões de toneladas, em 33.251,0 milhões de hectares, com uma previsão de produção para a safra 2016/17 de 103.778,0 milhões de toneladas (CONAB, 2017).

A soja é a cultura agrícola, que mais cresceu no Brasil nas últimas três décadas, representando cerca de 49% da área cultivada para a produção de grãos. A representatividade da área cultivada está associada aos avanços tecnológicos em termos de manejo, fertilizantes, cultivares e agroquímicos, assim como, a eficiência dos produtores. Para os estados da Bahia, Goiás e Pará, a área semeada na safra 2015/16 foi de 1.526, 3.285 e 428,9 milhões de hectares com uma produtividade média de 2103, 3120 e 3003 Kg ha-1 (CONAB, 2017). O cultivo, no Brasil, possui

padrão ambientalmente responsável com o uso de práticas sustentáveis, envolvendo o sistema de integração lavoura-pecuária e a utilização da técnica do plantio direto.

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O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja e tem potencial para aumentar sua produção e as suas áreas de cultivo com esta fabacea. Uma nova fronteira agrícola para a soja é a região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (OCDE-FAO, 2015). Desde 2007, a soja, é utilizada também para a produção de biodiesel, pois, a partir deste ano o governo aprovou uma lei que determina que 5% da concentração de diesel que for utilizado seja produzido de fontes renováveis (KOHLHEPP, 2010; BERMANN, 2008). As usinas de produção de biodiesel consomem hoje cerca de 14 % da soja produzida no Brasil, que corresponde a aproximadamente 10 milhões de toneladas ao ano (IQBAL et al., 2015).

A espécie tem alcançado altos tetos de produção, de modo que, grande parte deste sucesso deve-se às pesquisas na área de melhoramento genético, e como consequência, ao desenvolvimento de cultivares com características de alto rendimento, com adaptação de produção em diferentes ambientes e condições edafoclimáticas, resistência a pragas e doenças e de porte ereto. Assim, colaborando para a ampliação das áreas de cultivo, facilitando o manejo e aumentando os ganhos de produtividade de forma direta e indireta (SEDIYAMA et al., 2015).

Na produção de sementes de alta qualidade e em sistemas que envolvem elevada tecnologia, em campo, o conhecimento dos estádios de desenvolvimento das plantas é essencial em tomadas de decisão no que diz respeito as práticas agrícolas. A base da alta produção para qualquer cultura mantém relação com o estabelecimento das plantas em campo, o qual tem estreita relação com a qualidade das sementes (LEVINSKI, 2012).

A semente constitui um dos veículos mais importantes para a difusão da engenharia genética e avanços da tecnologia, levando consigo, características ideais para cada região. As ações realizadas ao longo de todas as etapas da produção têm por finalidade disponibilizar ao agricultor, sementes com capacidade de produção, pureza genética, sanidade e alta qualidade fisiológica, assegurando um melhor desempenho agronômico, aumento da produtividade e produtos com melhor qualidade (ROSSI, 2012)

A partir do melhorista até o momento da utilização da semente pelo agricultor, pequenas quantidades de sementes são multiplicadas até que sejam alcançados volumes em escala comercial. Isso é uma exigência da agricultura moderna que

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tanto a multiplicação quanto a disseminação das cultivares melhoradas sejam efetuadas de forma rápida e eficaz, tão logo sejam criadas (COLPO, 2010).

O desempenho das sementes está intimamente relacionado ao seu histórico de produção, desde a semeadura, condução dos campos, colheita e beneficiamento, assim como, com as demais condições ambientais, pureza física, varietal, sanidade e qualidade fisiológica, exigidos por normas de produção e comercialização estabelecidas e controladas por agentes públicos (PESKE et al., 2012). A utilização de sementes de alta qualidade é de extrema importância para a obtenção do melhor estande de plantas, dependendo da interação entre atributos de natureza genética, física, fisiológica e sanitária (MARCOS FILHO, 2015).

O seu desenvolvimento da planta e das sementes são influenciados por fatores ambientais, como a temperatura, a precipitação pluviométrica, umidade e o fotoperíodo (ÁVILA et al., 2003). A semeadura possui relação estreita com a produção de sementes (MOTTA et al., 2002; ALBRECHT et al., 2008; KANDIL et al., 2012), sendo que em termos econômicos, este é a prática de manejo que pode alterar de maneira mais significativa a quantidade e qualidade do rendimento final.

A produção de sementes de alta qualidade requer temperaturas amenas associadas ao clima seco, durante a pré-colheita, em regiões tropicais, com altitudes superiores a 700 m (FRANÇA NETO, 2006). O padrão de temperatura e altitude especialmente na região do Oeste Baiano atende a esses requisitos, e ajuda a entender o fato de que diversas empresas produtoras de sementes optaram por se instalar na região.

Quando a produção ocorre no Cerrado Brasileiro, outro aspecto importante e que deve ser considerado é que regime de chuvas do bioma cerrado, que normalmente, possui a estação de seca e a estação das águas como é chamado o período de chuvas, bem definidas. Além disso, na região em evidência, apresenta clima frio e seco no momento da maturação de soja. Tais condições contribuem para a produção de sementes de alta qualidade, com menor risco de deterioração nos momentos de colheita e pré-colheita.

A qualidade das sementes também pode ser afetada pelo genótipo, posição da semente na planta mãe, época e técnicas de colheita, condições de armazenamento e tratamentos pré-semeadura (BASU, 1995). Genótipos de uma mesma espécie podem ter variação quanto ao vigor, geminação e emergência de

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campo pelo fato de as características referentes a qualidade fisiológica serem herdadas geneticamente (MERTZ et al., 2009).

Estresses bióticos e abióticos são considerados como as principais causas da deterioração das sementes no campo (PESKE et al., 2012; FRANÇA NETO, 2016). A inspeção dos campos é uma etapa importante para a obtenção de sementes de qualidade superior tanto de pureza genética, quanto física, fisiológica ou sanitária. Ou seja, a qualidade da semente é de fundamental importância para o sucesso do cultivo comercial de qualquer espécie, principalmente pelo fato de que a semente que é responsável por grande parte da produtividade da cultura, representando um baixo custo em relação ao custo total de produção (MEDEIROS FILHO et al., 2006).

Em soja, efeitos danosos são ocasionados por temperaturas elevadas, especialmente, quando associadas com a deficiência hídrica no período de maturação (FARIAS et al., 2007), enquanto, a presença de sementes esverdeadas indica a ocorrência de deterioração, que conduz, a redução do vigor (NETO et al., 2005). Altas temperaturas na fase de enchimento das sementes reduzem tanto o vigor quando a geminação (KEIGLEY et al., 1986; KHAN et al., 2011).

A nutrição de plantas pode afetar diretamente a qualidade fisiológica de sementes, pois, é fator fundamental para a formação do embrião e no acúmulo de reservas. Para Prado (2004) isso é explicado pelo processo de transferência dos nutrientes da planta-mãe para as sementes e armazenados em estruturas especiais de reserva. Essas estruturas são responsáveis pela nutrição das plântulas durante os seus primeiros dias de vida, caracterizadas por um estágio critico de desenvolvimento.

A época de semeadura atua diretamente sobre o rendimento de grãos, pois, como a soja é uma espécie fotossensível, pode estar sujeita a alterações fisiológicas e morfológicas, quando as suas exigências ambientais não são satisfeitas. A época de semeadura determina a exposição da soja à variação dos fatores climáticos limitantes, assim semeaduras em épocas inadequadas podem afetar o porte, o ciclo e o rendimento das plantas e aumentar as perdas na colheita (PEIXOTO et al., 2000).

A qualidade da semeadura de uma cultura é de fundamental importância para garantir um estande final adequado, e consequentemente, o sucesso da implantação da lavoura e uma boa produtividade (SCHMIDT et al., 1999). Inúmeras variáveis podem afetar a qualidade de semeadura, sendo a velocidade de semeadura uma

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das mais importantes (KURACHI et al., 2006). Outro fator que afeta o desenvolvimento das culturas, relacionado ao processo de semeadura, é a profundidade de deposição da semente.

Caso essas sementes sejam semeadas em maior profundidade, poderá haver prejuízos à emergência das plântulas, decorrente do maior gasto de energia da plântula na emergência, com reflexos no vigor inicial da cultura. Para Marcos Filho (2015), semeaduras muito profundas podem aumentar o período de suscetibilidade a patógenos, todavia, se a semeadura for superficial as sementes ficarão expostas a alterações ambientais estressoras e refletir em plântulas com crescimento anormal, afetando negativamente o estande de plantas

A utilização de sementes de elevada qualidade é fundamental para o sucesso de uma lavoura, pois, tendem a gerar plantas de alto vigor com possível desempenho superior no campo. Sendo assim, estabelecer uma lavoura com sementes da mais alta qualidade é de fundamental importância, diminuindo os riscos de produção (FRANÇA NETO et al., 2011). É importante na produção de sementes de soja, que ocorra o acompanhamento completo da semeadura até colheita dos campos.

Tal controle é mais fácil quando se tratam de áreas próprias da empresa, nas quais existe o controle na decisão da época de semeadura, ajuste de população, planejamento de colheita, etc. A alteração no calendário de semeadura se deve ao interesse de que a época de maturação não coincida com o período de maiores concentrações pluviométricas, sendo considerada uma prática cultural muito importante. Com isso pode-se comprometer o potencial produtivo dos materiais, mas por outro lado, garantir a melhor qualidade das sementes.

Em período de pré-colheita para a decisão de colheita dos campos de produção, é importante a realização do teste de tetrazólio a partir de sementes trilhadas manualmente, visando estimar os danos causados por percevejos e por deterioração devido a flutuação de umidade relativa do ar (FRANÇA NETO et al., 1998). Além disso, faz-se necessária a avaliação da ocorrência de danos mecânicos por meio de testes rápidos, como o teste de hipoclorito de sódio, contagem de sementes esverdeadas e perda de sementes por hectare (KRZYZANOWSKI et al., 2004).

A Ciasseds adota, normalmente, a tolerância de 3% para grãos esverdeados, de 5% para dano mecânico e de 90 kg ha-1 para perdas de sementes por colhedora.

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Neste sentido, segundo França Neto et al. (2007), amostras com mais de 10% de sementes rompidas no teste de hipoclorito de sódio, podem estar com sua qualidade fisiológica comprometida. Além dos testes realizados a campo, devem ser efetuadas novas amostragens e aferições de cargas durante a recepção na unidade de beneficiamento de sementes (UBS) para ajudar na tomada de decisão sobre o ritmo e/ou continuação da colheita.

Quanto à colheita, as sementes devem ser retiradas do campo no momento adequado, o mais próximo possível da maturidade fisiológica, evitando-se o retardamento da colheita. O atraso da colheita resulta na redução do vigor e no aumento da infecção das sementes por fungos de campo (FRANÇA NETO et al., 2007). A colheita é uma fase crítica de todo processo de produção de sementes de soja, pois pode ser uma importante fonte de mistura varietal em situação de campos de produção com isolamento inadequado e/ou de limpeza não correta das máquinas colhedoras e das carretas transportadoras.

A taxa de deterioração das sementes após a maturidade fisiológica é minimizada nos locais de altitude elevada e temperatura amena durante o período noturno. Nos últimos anos o volume de chuvas foi reduzido drasticamente na região oeste do Estado da Bahia, o que tornou ainda mais importante a contratação de áreas irrigadas, para minimizar os prejuízos causados pelos períodos de estiagem durante o ciclo da soja. Neste sentido, o desafio diário das empresas produtoras de sementes, especialmente no caso da soja, é o aumento constante da competitividade com as demais empresas e com o mercado de sementes salvas. Para se destacar no mercado e oferecer um material de altíssima qualidade para os seus clientes, a empresa produtora tem que buscar a perfeição em cada etapa do processo produtivo, da produção a comercialização.

Na colheita, não raramente e por maiores que sejam os cuidados no processo, as sementes se misturam a materiais com característica indesejáveis e que devem ser removidos do lote para melhorar a pureza (SEDIYAMA et al., 2015). A exemplo, a remoção da massa de sementes, àquelas que são danificadas, “chochas” ou deformadas, bem como, as deterioradas ou de daninhas.

Para que seja possível a separação das impurezas presentes em um lote de sementes, existe a necessidade da existência de diferença física entre seus componentes. O beneficiamento, no processo produtivo das sementes, pode favorecer características de qualidade aos lotes, aperfeiçoando atributos físicos

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(DESCHAMPS, 2006), a exemplo da densidade e da separação por formato e tamanho (CERVIERI FILHO, 2011).

Segundo Peske & Villela (2003) o beneficiamento consiste em todas as operações a que a semente é submetida, desde a sua recepção na UBS até a embalagem e a distribuição. Essas operações possuem como objetivo a separação de materiais indesejáveis, a exemplo de impurezas, sementes de plantas daninhas ou imaturas, mal formadas e deterioradas, bem como, as atacadas por fungos e insetos. Antes mesmo da secagem, é recomendável a realização da pré-limpeza visando eliminar os materiais mais grosseiros do lote de sementes e favorecer seu fluxo ao longo da linha de beneficiamento (PESKE & VILLELA, 2013).

Uma etapa não menos importante do que a produção, a secagem e o beneficiamento, é o armazenamento das sementes. Para Baudet (2006), entre os fatores mais importantes no armazenamento e que modificam a qualidade fisiológica das sementes durante o armazenamento, estão a umidade relativa do ar e a temperatura. O armazenamento envolve etapas que vão desde a maturidade fisiológica da semente, ainda no campo, até o momento em que ela é semeada e se iniciam os processos de embebição e de germinação.

Por outro lado, as maquinas de ar e peneiras efetuam a separação mais precisa por largura, espessura e peso, devendo ser perfeitamente ajustada, para remover toda impureza leve e evitar a demasiada perda por excesso de fluxo de ar. Se o material mais leve não for retirado, ocorre acumulo de palha no centro dos espirais, comprometendo a separação por forma (NETO et al., 2007), já que neste equipamento, os materiais que atingem maior velocidade são lançados para fora e recolhidos pela espiral externa (PESKE & VILLELA, 2012).

Cabe salientar que, alguns fabricantes estão retirando a espiral externa e enclausurando os espirais internos através de uma caixa de metal galvanizado, revestido internamente com borracha. Além disso, no beneficiamento de sementes de soja, a mesa de gravidade possibilita a separação de sementes com menor densidade e assim, com formação inadequada (CERVIERI FILHO, 2011).

As sementes certificadas são aquelas produzidas para serem comercializadas, com garantia de procedência e com parâmetros de qualidade (física, sanitária, fisiológica e genética). Existe a cobrança de royalties de espécies cujas sementes possuem alguma tecnologia incorporada que possa ser protegida, pela tecnologia nela contida. No Brasil, o mercado de sementes disputa espaço com

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as chamadas sementes “salvas”, em que os produtores reservam parte de sua produção para semeadura na safra seguinte, e com sementes clandestinas oriundas de outros países, ou seja, ambas sem pagamento de royalties e sem procedência de qualidade.

A empresa Ciaseeds de sementes de soja, começou a se estruturar no ano de 2004, com o objetivo de multiplicar sementes com padrões seguros de qualidade, baseada fortemente nos preceitos de transparência e dedicação de seus gestores, que já atuavam há cerca de uma década como agricultores, que, assim como tantos outros pioneiros, deixaram o Sul do País para desbravar o Cerrado nos Estados de Goias e Bahia. Neste sentido, a localização no extremo Oeste baiano, e o acompanhamento da expansão da Sojicultura nas regiões Norte e Nordeste fomentou os planos de posicionamento da sementeira nesse mercado e vem garantindo o seu crescimento ano após ano.

A produção de sementes é desafiadora, e exige que sejam feitas constantes adaptações e investimentos em estruturas de armazenagem e processamento. Neste sentido, considerando que na safra 2015/2016 foram registrados 18.000 hectares de soja, sendo 9.000 em áreas próprias da empresa e 9.000 hectares em áreas contratadas de produtores cooperantes, Ciaseeds para a safra 2016/2017 tem como objetivo a produção de 550 mil sacas de sementes. Seu portfólio, conta com seis materiais licenciados pela Monsoy (M8766RR, M9144RR, M8349IPRO, M8372IPRO, M8644IPRO, M8808IPRO), atuando em toda a região do MAPITOBA, assim como, em parte do Estado do Pará.

A empresa adota na produção, como procedimento padrão, a vistoria das áreas na floração e na pré-colheita, considerando os padrões para a produção de sementes básicas (Instrução Normativa nº 25 do Ministério da Agricultura). Nessas vistorias também são observados os aspectos gerais dos campos, como presença de insetos, sanidade, infestação por plantas daninhas e potencial produtivo. Na presença de plantas daninhas em alta infestação é adotado o controle químico, “roguing” ou mesmo descarte do campo de produção, enquanto, para os níveis de infestação por pragas a atenção é redobrada visando identificar principalmente focos de percevejos, mosca branca ou ferrugem asiática e mofo branco, que em alguns casos também levar ao descarte do campo.

A biotecnologia auxilia para que os processos de produção se tornassem mais criteriosos, em termos qualitativos e quantitativos. Em termos qualitativos,

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pode-se explicar pela necessidade de manter isolados os materiais convencionais, biotecnológicos e os orgânicos, o que requer um adequado processo de controle de qualidade, para evitar misturas varietais e contaminações genéticas. Mudanças quantitativas estão relacionadas com a necessidade de obtenção de altas taxas de multiplicação de semente, ou seja, de maximizar a produção de cada semente colocada no solo.

Os campos de produção de sementes exigem um manejo mais minucioso no que tange ao controle de plantas daninhas, à pureza varietal e ao controle de pragas e doenças. Sementes com baixa qualidade fisiológica e sanitária poderão ser problemática na hora da comercialização e podem resultar na reprovação de lotes ou mesmo de todo o campo de produção. Caso ocorra, há um desperdício de recursos naturais, físicos e financeiros devido aos elevados custos de implantação e do manejo diferenciado da lavoura, tendo em vista garantir a produção de sementes de qualidade superior (CARVALHO & NAKAGAWA, 2000; MESTAS et al., 2010).

A modernização da agricultura brasileira trouxe consequências sobre o processo produtivo, entre as quais a necessidade de maximizar o uso dos fatores de produção, ou seja, a eficiência produtiva, tendo como consequência maiores níveis de produtividade e rentabilidade. De forma paralela, as mudanças altamente significativas de natureza estrutural, tecnológica e mercadológica, vinculada à produção mundial e brasileira. Além do mais, percebe-se que, ao decorrer dos anos, os preços dos agroquímicos apresentaram grandes modificações (HIRAKURI; LAZZAROTTO, 2010). Nesse âmbito, se faz necessário a identificação dos principais obstáculos que ocorrem nos sistemas produtivos (VIANA & SILVEIRA, 2008).

É preconizado que os lotes de alta qualidade são oriundos exclusivamente, de campos que foram conduzidos com responsabilidade e respeitando os princípios da produção comercial de sementes. Entretanto, a influência do ambiente, pode impor características não desejáveis ao campo de produção de sementes, podendo leva-lo ao descarte. A melhor compreensão desses fatores é possível através da coleta e da análise dos dados de aproveitamento de campos, os quais determinam a aprovação ou a reprovação dos campos de produção de sementes. Esta estratégia possibilita a argumentação técnica em discussões gerenciais de controle interno visando a redução de perdas e o aumento da eficiência dos processos produtivos, assim como, possibilita a conscientização da necessidade de melhoria a partir dos

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cooperantes e parceiros de produção.

Diferentes instrumentos de avaliação ou de pesquisa podem ser utilizados visando a obtenção, análise e interpretação das diferentes etapas do processo produtivo das sementes, visando melhorar a sua eficiência e eficácia. O estudo de caso consiste de uma análise detalhada de determinada situação individual, onde é considerado a unidade estudada como um todo, sendo o objetivo, a compreensão dos seus próprios termos (GOLDENBERG, 2004). Para outros, possui a finalidade de buscar informações detalhadas e sistemáticas sobre um fenômeno (PATTON, 2002), sendo um procedimento que utiliza de métodos que favorecem o entendimento contextual com representatividade (LLEWELLYN; NORTHCOTT, 2007), e que envolve um estudo profundo de um ou de poucos objetos (GIL, 2007).

O estudo de caso pode adotar observações diretas e entrevistas, assim como, pesquisas em arquivos, podendo ter como alvo um acontecimento passado ou presente (FROHLICH, 2002), sendo sua abordagem, uma estratégia de pesquisa (HARTLEY, 1994). Entre os benefícios da sua utilização estão a melhor descrição e a compreensão dos eventos estudados, bem como, o desenvolvimento de uma nova teoria (EISENHARDT, 1989; ROESCH, 1999; LCÁZAR; FERNÁNDEZ; GUMMESSON, 2007; MIGUEL, 2007; VOSS; TSIKRIKTSIS; FROHLICH, 2002; GARDEY, 2008).

Com base nesse contexto, o presente trabalho foi idealizado com o intuito de estudar o aproveitamento dos campos de produção e o rendimento no beneficiamento das sementes de soja multiplicadas em uma safra agrícola no município de Correntina - BA.

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2. Material e métodos

O estudo de caso foi desenvolvido na empresa Ciaseeds, que fica sediada no Distrito de Rosário, pertencente ao município de Correntina – BA (Figura 1 e Figura 2). Os campos de produção de sementes registrados pela Ciaseeds estão distribuídos em um raio de cerca de 120 km de distância, a partir da sede, compreendidos basicamente nas mesorregiões do oeste baiano e nordeste goiano.

Figura 1 - Mapa da região oeste da Bahia

A empresa possui completa infraestrutura de beneficiamento, tendo duas linhas de recepção com capacidade de 60 t/hora. Unidade de secagem com capacidade de 20 t/hora em secadores intermitentes e armazém de 8.000m² para as sementes embaladas.

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Figura 2 - Sede da Ciaseeds no Distrito de Rosário - Bahia. UBS e armazém.

O presente estudo buscou na literatura, inspiração em trabalhos desenvolvidos por Levinski (2012) e Riedo (2013), visando a adoção de princípios básicos em função de uma lógica matemática da produção. Inicialmente foi realizado um levantamento do histórico de produção da empresa, para período compreendido entre as safras de 2011/2012 e 2015/2016, neste levantamento levou-se em conta a produção de sementes (sacas de 40kg), a quantidade de campos inscritos (ha-1),

volume de produção recebido na UBS (toneladas), informações que ajudaram a perceber a evolução do processo até o presente momento.

Para a realização deste estudo, realizou-se o levantamento de dados da safra 15/16, objetivando o entendimento dos diferentes fatores em busca da melhoria da dinâmica de registro e aproveitamento de campos, através da tomada decisões a partir desses dados, para as safras futuras. Para tal, levou-se em consideração os

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seguintes aspectos:

Produtividade de sementes: foi determinada a produtividade média para

cada área de produção de sementes, sendo os resultados expressos em sacas ha-1.

Índice de aproveitamento de campos: foi determinado através da relação

entre os campos registrados, e o que foi aprovado para a colheita, através dos testes de pré-colheita, foi realizado o índice para campos próprios, contratados e o índice geral.

Descarte de sementes na recepção: estabelecido pelo controle de

qualidade no momento da recepção na UBS, através dos testes de umidade e hipoclorito, os resultados foram expressos em toneladas.

Rendimento de beneficiamento: determinado pela relação entre o volume

de sementes antes do beneficiamento e o volume de sementes restante após o beneficiamento, os valores foram expressos em porcentagem.

Qualidade dos lotes produzidos: realizou-se a separação dos lotes de

acordo com os valores de germinação, os resultados foram expressos em porcentagem.

(23)

3. Resultados e discussão

Os resultados apresentados a seguir, estão divididos em indicadores relacionados com a produção e beneficiamento da Ciaseeds durante a Safra 2015/2016.

3.1. Indicadores da produção

Conforme o levantamento do histórico de produção de sementes de soja pela empresa, percebe-se que a mesma cresceu aproximadamente 104% de 2011 a 2016 (Figura 3). Destaca-se a safra 2015/2016, na qual grande parte do estudo é baseada, cujo crescimento em relação a safra anterior é de aproximadamente 61%, isso se deve principalmente à contratação de novas áreas irrigadas, o que garantiu mesmo em um ano com adversidades climáticas, a estabilidade e incremento da produção.

A necessidade de diminuir o risco de produção em função da seca é o principal fator responsável por direcionar a empresa na busca de produtores parceiros irrigantes, visto que a região Oeste da Bahia, assim como, os demais Estados do Nordeste foram submetidos ao quinto ano consecutivo com precipitação inferior ao esperado, contabilizando longos períodos de seca durante o ciclo de cultivo das lavouras de soja.

(24)

Figura 3 - Evolução da Produção de Sementes de Soja em sacas de 40kg. Fonte: Dados da empresa.

Além da preferência por esse grupo de produtores, as “quebras” sucessivas de safras anteriores fizeram com que a estimativa de aproveitamento de campos fosse reduzida, e consequentemente, ocasionando o aumento das áreas registradas para a produção de sementes de soja na safra 2015/2016, conforme pode ser observado na figura 4.

Com esse incremento de campos inscritos, a empresa visa maior segurança tanto na questão de produtiva, quanto na questão de qualidade fisiológica e sanitária das sementes, gerando assim uma maior solidez na expectativa de produção que será levada ao departamento comercial.

Analisando a quantidade de áreas inscritas de campos de produção de sementes, com mais ênfase na Safra 2015/2016, destaca-se o fato de que 6.495 hectares, correspondentes a 42% do total, serem de campos em áreas próprias da empresa, o que possibilita um maior controle da produção. O restante da área registrada foi dividido em outras nove propriedades de produtores cooperados.

As adversidades climáticas, mais especificamente a distribuição desuniforme das chuvas durante a safra, impactaram significativamente a produtividade da cultura da soja.

(25)

Figura 4 - Evolução da área de campos inscritos (ha-1) para produção de sementes da Ciaseeds.

Fonte: Dados da Empresa.

Na Figura 5 pode ser observado a produtividade média das áreas de produção de sementes na safra 2015/2016. A média geral é de 3144 kg ha-1 (52,4

sacas ha-1). O cenário produtivo de soja para a safra de 2015/2016, para o Estado

da Bahia se deu com produção média de 2.100 kg ha-1 nas lavouras de sequeiro e

4.560 kg ha-1 nas lavouras irrigadas (CONAB, 2016).

O período com escassez de precipitações causou sérios danos a produção de sementes. Sua ocorrência se deu durante a fase de enchimento de sementes, período extremamente crítico para a cultura (PESKE et al., 2012), ocasionado a ocorrência da produção de sementes leves, “ardidas” e mal formadas. Observou-se que a maturação das sementes foi afetada, uma vez que, as vagens “secaram” prematuramente, resultando na redução de produtividade, que foi estimada em 40%. (CONAB, 2016).

(26)

Figura 5 - Produtividade média de sementes de soja, em sacas ha-1, das áreas de produção de

sementes na safra 2015/2016. Fonte: Dados da empresa.

Analisando os dados históricos de entrada da produção na UBS, percebe-se que ao longo das safras ocorreu um substancial aumento dos valores (Figura 6). Após passar por oscilações, merece destaque o volume observada para a safra 2015/2016. Isso se deve basicamente ao aumento da capacidade de produção e as condições climáticas ideais no momento da colheita.

Assim como já relatado anteriormente, o estresse hídrico por falta de água que grande parte das lavouras do Oeste da Bahia foram submetidas no decorrer das últimas cinco safras, comprometeu-se significativamente a produção em muitas propriedades, ocorrência nítida ao avaliar o índice de aproveitamento de campos das nove fazendas (Figura 7). Das nove áreas de cooperantes, apenas quatro, foram aprovadas para a colheita de sementes, sendo que, em duas fazendas o aproveitamento foi apenas parcial.

Na fase final de condução dos campos de produção, a tomada de decisão para aprovação ou descarte de campos, é realizada no período de pré-colheita, através da retirada de subamostras de sementes em diferentes pontos do campo de produção, as quais são submetidas ao teste de tetrazólio. A partir de então, é gerada a informação da viabilidade das sementes e assim determinado se a produção será

(27)

recebida na UBS.

Figura 6 - Evolução da entrada da produção na UBS, em toneladas. Fonte: Dados da empresa.

Todavia, muitos campos foram descartados previamente pela simples avaliação visual, e/ou determinação de testes rápidos a campo como determinação de umidade e teste de hipoclorito de sódio, destacando que sementes de soja com danificação mecânica acima de 10%, constatada pelo teste de hipoclorito de sódio devem ser descartadas (KRZYZANOWSKI et al., 2004).

Tal ocorrência é devido a maturação forçada e, em alguns casos, até mesmo pela senescência precoce das plantas. As sementes podem ter tido sua formação prejudicada ou ainda, ter sido submetidas a perda brusca de água após a maturação fisiológica, inviabilizando a colheita.

Mesmo com essa seleção prévia, a colheita dos campos aprovados pelo controle de qualidade foi uma operação delicada e desafiadora, devido a baixa umidade das sementes. Na maioria dos casos a colheita se iniciava quando as sementes estavam na faixa do 14% de umidade, mas durante o processo, não foram exceções os casos em que as cargas chegaram com menos de 10% de umidade na Unidade de recepção. A intensidade de ocorrência de danos mecânicos sobre as sementes durante a colheita depende de uma série de fatores, entre estes, a umidade das sementes é um dos principais, uma vez que, sementes com umidade

(28)

muito baixa sofrem danos, que resultam em trincamento e perda de qualidade (PESKE et al., 2012).

Figura 7 - Índice de aproveitamento de campos contratados em cada área. Fonte: Dados da empresa.

Entretanto, quando é analisada a aprovação dos campos inscritos em áreas próprias, constata-se que o aproveitamento aumenta significativamente (Figura 8). Isso se justifica basicamente pela localização e histórico dessas propriedades, embora também tenham ocorrido volumes de chuva inferiores ao esperado habitualmente. Nesses locais, a distribuição dos volumes de precipitação foi mais favorável e as áreas possuem vários anos de cultivo, com adequados teores de matéria orgânica, principalmente devido à rotação de culturas com poáceas (milho, sorgo, brachiaria, milheto).

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Figura 8 - Índice de aproveitamento de campos em áreas próprias. Fonte: Dados da Empresa.

A relação entre as áreas que foram registradas e as áreas que foram aprovadas para a colheita de sementes, fornece um índice de aproveitamento de áreas de cooperantes que é de apenas 29% (Figura 7), enquanto que, nas áreas próprias o índice de aproveitamento de áreas foi de 81% (Figura 8).

De maneira geral, quando analisado em conjunto o aproveitamento de campos em áreas próprias e de cooperados, a média de aproveitamento foi de 47% (Figura 9). 47% 0% 0% 0% 0% 0% 39% 46% 92% 93% 99% 100% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% MÉDIA JATOBÁ TRÊS MARIAS TUCUMÃ MARTINAZZO PRIMAVERA CABECEIRA GRANDE

(30)

É possível também, a avaliação do rendimento no recebimento, que expressa a quantidade recebida na UBS para cada hectare inscrito na produção de sementes. Chega-se a um índice de 879,05 kg de sementes por hectare inscrito, estando este valor, muito aquém do esperado. Resultados encontrados por Vicenzi (2005), evidenciam um índice de 1.300 kg ha-1, no mesmo sentido, Levinski (2012) obteve

um rendimento de 1534 kg ha-1.

3.2. Indicadores do beneficiamento

Após a aprovação do campo para a colheita e envio das cargas para a UBS, o lote de sementes passa por nova avaliação no momento da recepção na UBS. Neste momento é avaliada a umidade do lote e a porcentagem de dano mecânico, através do teste de hipoclorito de sódio.

O descarte no momento da recepção, na última safra, ficou em cerca de 5% (Figura 10). Ocorreu basicamente, pelos casos já mencionados anteriormente, ou seja, recebimento de semente extremamente seca, com umidade abaixo de 10%, o que por consequência, resultou em elevada danificação mecânica durante o processo de colheita.

(31)

Figura 10 - Descarte de sementes de soja de diferentes materiais, em toneladas, no momento da recepção das cargas na UBS. Fonte: Dados da empresa.

A eficiência média de beneficiamento da Safra 2015/2016 foi de 63%, ou seja, um descarte de 37%, o que é considerado como uma baixa eficiência no beneficiamento de sementes (Figura 11). Estes resultados se devem principalmente devido a dois materiais (M 8766 RR e M 9144 RR) que obtiveram rendimento muito inferior à média. Este fato, se deve principalmente à ocorrência do elevado descarte no equipamento espiral, em função do formato oblongo das sementes.

Segundo Baudet & Peske (2006), as perdas médias do beneficiamento de sementes de soja após a passagem pela pré-limpeza, máquina de ar e peneira, mesa de gravidade, espiral e padronizador, é de 25% em relação à quantidade recebida inicialmente. No entanto, resultados semelhantes foram constatados por Levinski (2012), alcançando um índice de aproveitamento de 64,8%.

(32)

Figura 11 - Eficiência de beneficiamento obtido na Safra 2015/16. Fonte: Dados da empresa.

Na figura 12, encontram-se os dados de germinação dos lotes produzidos na safra 15/16, verifica-se que 61% dos lotes apresentaram germinação acima de 90%, segundo análise do laboratório certificador oficial.

Para fins de comercialização, a qualidade fisiológica de sementes é avaliada através do teste de germinação, teste que possui metodologia padronizada pelas Regras de Análise de Sementes, que determina a germinação mínima de 80% para a comercialização de soja (BRASIL, 2009).

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Figura 12 - Divisão percentual do total de lotes produzidos na Safra 2015/16 em função da análise de germinação obtida pelo boletim oficial. Fonte: Boletim oficial.

O resultado do teste de germinação efetuado por um órgão oficial que será impresso no boletim é muito importante para a liberação de carregamento desses lotes, porém, normalmente esse resultado é combinado com os resultados obtidos em testes no Laboratório Interno da empresa, para aumentar a confiabilidade das informações passadas ao produtor.

(34)

4. Considerações finais

Estudar e entender os parâmetros que norteiam os índices de produção de sementes de soja são fundamentais para auxiliar nos momentos de tomada de decisão.

A produção de sementes é desafiadora e muito dependente dos fatores ambientais. As oscilações das condições climáticas que ocorrem nas fases da produção no campo, proporcionam variações nos resultados analisados e interfere diretamente as avaliações do controle de qualidade.

Quanto maior for o domínio do processo produtivo como um todo: aspectos técnicos relacionados à condução dos campos, tecnologia de implementos, sistemas de informação, maquinários, de controle de qualidade, de processos industriais e de armazenagem, maior será a chance de se obterem bons resultados.

A semente boa se faz no campo, mas o processo produtivo e comercial das sementes extrapola as fronteiras da fazenda, tornando-se cada vez mais dinâmico e complexo.

A alta rotatividade de materiais, novos eventos tecnológicos, novas pragas, adversidades climáticas, entre outros, requerem que a empresa produtora esteja sempre olhando para o futuro a fim de perceber nos primeiros sinais o que o seu cliente irá necessitar.

Outro ponto fundamental no sucesso do processo produtivo é a equipe envolvida, não é possível obter bons resultados onde não há comprometimento, seriedade, e dedicação dos colaboradores. Por isso, as pessoas devem ser valorizadas e inseridas diariamente no contexto de importância dos seus serviços.

O índice de aproveitamento de campos de áreas próprias foi superior em relação ao aproveitamento dos campos de cooperantes.

Os fatores climáticos foram decisivos e muito impactantes em todos os resultados obtidos na safra.

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O processo de produção e beneficiamento de sementes de soja na Ciaseeds apresenta eficiência regular, com aproveitamento de 879 kg de sementes por hectare inscrito.

Os índices de descarte no beneficiamento são, em média inferiores as 40% e mais de 60% dos lotes de sementes comercializadas apresentaram mais de 90% de germinação.

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