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CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO CMS (CPEE, CSPE, CJE E CLFM) PARA A AUDIÊNCIA PÚBLICA ANEEL No 019/2005

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CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO CMS (CPEE,

CSPE, CJE E CLFM) PARA A AUDIÊNCIA

PÚBLICA ANEEL N

o

019/2005

Abaixo apresentamos nossas contribuições para a Audiência Pública ANEEL N° 019/2005, de 30/08/2005.

Destacamos que apresentaremos apenas onde os pontos sugeridos para modificações.

existe a necessidade de compatibilizar as metas do Plano de Universalização de Energia Elétrica com os objetivos estabelecidos nos Termos de Compromissos vinculados ao Programa LUZ PARA TODOS, incluindo mecanismos para o acompanhamento da implementação dos Programas Anuais de Expansão do Atendimento e do referido Programa, visando assegurar a efetiva disponibilidade de energia elétrica para as unidades consumidoras urbanas e rurais, incluindo aquelas localizadas em áreas isoladas;

Justificativa: Destacar o atendimento às áreas isoladas, que possuem custos mais elevados de implantação, prazos de execução, materiais e equipamentos específicos e necessidade de mão de obra especializada.

DA ANTECIPAÇÃO DAS METAS

Art. 4o A concessionária que celebrou ou tão logo venha a celebrar o Termo de

Compromisso deverá rever, visando à antecipação das estimativas, o Plano de Universalização de Energia Elétrica a ser implementado no período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008, sendo este o prazo máximo para atingir a universalização.

Justificativa: Concessionárias que ainda não assinaram os Termos de Compromisso, somente tem que apresentar a revisão dos planos após assinatura dos mesmos com o Ministério de Minas e Energia e Governos Estaduais.

§ 1o O Plano de Universalização, contendo os Programas Anuais de Expansão do

Atendimento, deverá ser encaminhado à ANEEL, para aprovação, de acordo com os seguintes prazos:

I – para os anos de 2005 a 2006: até 60 dias após a publicação desta Resolução e II – para os anos de 2007 a 2008: até 15 de fevereiro de 2006.

Justificativa: Necessidade de maior prazo para revisão dos planos, principalmente devido à necessidade de estabelecimento de critérios para a conciliação das estimativas do Programa Luz Para Todos com as estimativas dos Programas Anuais de Expansão do Atendimento. A respeito da necessidade do estabelecimento de critérios de conciliação, vide comentários nos § 2º a § 4º do artigo 4º, sugeridos nesta minuta de resolução.

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§ 2o Excepcionalmente, nos Planos de Universalização referentes aos anos de

2005 e 2006 poderão ser incluídas pela concessionária, ligações previstas e não realizadas do Programa Luz Para Todos em municípios que deveriam ser universalizados em 2004;

Justificativa: Possibilitar às concessionárias realizarem as ligações estimadas não efetuadas em 2004 e 2005 em decorrência de atrasos para aprovação do Plano de Universalização de 2004, da negociação do Termo de Compromisso e Contrato de Financiamento e de indefinições referentes à disponibilização de recursos.

§ 3o Os Planos de Universalização terão eficácia somente após aprovação por

parte da ANEEL.

Justificativa: As concessionárias devem ter compromisso somente com estimativas devidamente aprovadas pela ANEEL.

§ 4oAs estimativas do Programa LUZ PARA TODOS, estabelecidas no Termo de

Compromisso, deverão ser conciliadas com os Programas Anuais de Expansão do Atendimento.

Justificativa: As estimativas são estabelecidas no Termo de Compromisso já pactuado entre as Concessionárias e o Governo Federal, e a inclusão das mesmas no Anexo à Resolução, dificultaria eventuais revisões. Substituiu-se o termo “incorporadas” por “conciliadas”, na medida em que não se trata simplesmente de incluir e/ou adicionar, numericamente, (i) as estimativas do Programa Luz Para Todos às (ii) estimativas dos Programas Anuais de Expansão de Atendimento pelo fato de existir uma interseção entre os dados desses dois programas. Na realidade, conforme explicitado no item 22 da Nota Técnica n.º 041/2005-SRC/ANEEL, o que se pretende com esta minuta de resolução é a “conciliação” das estimativas inicialmente apresentadas pelas concessionárias às estimativas estabelecidas no Termo de Compromisso firmado no Programa Luz Para Todos”.

Observação: Tendo em vista as características distintas do Programa Luz Para Todos – PLPT e do Programa de Universalização, é necessário que sejam estabelecidos critérios para a conciliação das estimativas de tais programas. Esses critérios de conciliação devem levar em consideração que as estimativas de implantação do PLPT (prioridade na realização das obras) estão sujeitas à discricionariedade dos Comitês Gestores Estaduais – CGE, enquanto as estimativas de implantação do Programa de Universalização são definidas mediante critérios técnicos objetivos.

§ 5o Caso os recursos provenientes da Administração Pública Federal, do Distrito

Federal, dos Estados ou dos Municípios, inclusive da administração indireta, não sejam repassados à concessionária as estimativas do Programa LUZ PARA TODOS e do Plano de Universalização de Energia Elétrica deverão ser revistas, proporcionalmente ao recurso não repassado.

Justificativa: A falta de repasse de recursos para as concessionárias constitui critério objetivo para a necessidade de revisão das estimativas de Universalização do Programa Luz Para Todos e do Plano de Universalização de Energia Elétrica. Propõe-se, assim, a exclusão do trecho “por motivos não imputáveis à mesma”. A título de exemplo,

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essa exclusão evita que, no caso de atraso nas aprovações das prestações de contas das concessionárias, as distribuidoras tenham que provar que tal atraso se deve a problemas burocráticos e não à qualidade dos dados apresentados.

§ 6º Constatado pela concessionária o atraso no repasse dos recursos provenientes da Administração Pública Federal, do Distrito Federal, dos Estados ou dos Municípios, inclusive da administração indireta, a concessionária deverá notificar a ANEEL a respeito de tal fato, com cópia para o responsável pelos recursos não repassados e, uma vez enviada tal notificação pela concessionária, a obrigação da concessionária implementar as estimativas de Universalização do Programa LUZ PARA TODOS e do Plano de Universalização de Energia Elétrica ficará automaticamente suspensa na proporção dos recursos não repassados. Justificativa: Parágrafo acrescentado para criar um mecanismo objetivo de aferição

de repasse de recurso e, conseqüentemente, da necessidade de revisão das estimativas de Universalização do Programa Luz Para Todos e do Plano de Universalização de Energia Elétrica. Evita -se, assim, que eventuais entraves burocráticos dos órgãos envolvidos com a liberação de recursos e com a fiscalização dos programas de universalização acarretem ônus às concessionárias.

§ 7º Uma vez apresentada pela concessionária a solicitação de revisão de estimativas de que trata o parágrafo oitavo deste artigo, a obrigação da concessionária implementar as estimativas abrangidas por tal solicitação ficarão suspensas até a publicação da decisão final a respeito da revisão de suas estimativas de Universalização.

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 7o Fica alterado o art. 14 da Resolução no 223, de 2003, que passa a vigorar

com a seguinte redação:

“Art 14. O não atendimento injustificado das estimativas dos Programas Anuais constantes no respectivo Plano de Universalização poderá ensejar a redução dos níveis tarifários obtidos nas revisões tarifárias realizadas a partir do ano de 2005, sendo aplicáveis as seguintes reduções aos itens referentes aos custos gerenciáveis:

Não-Atendimento Redução de Até Em até 10% dos Municípios 0,2% Em até 20% dos Municípios 0,4% Em até 30% dos Municípios 0,6% Em até 40% dos Municípios 0,8% Em até 50% dos Municípios 1,0% Acima de 50% dos Municípios 1,5%

Justificativa: De acordo com o disposto no artigo 14, § 8º, da Lei n.º 10.438/2002, abaixo transcrito, eventuais desvios no cumprimento das estimativas de universalização deverão repercutir nos resultados das revisões tarifárias periódicas e não nos reajuste tarifários anuais conforme proposto pela Agência.

“Art.14... § 8º O cumprimento das estimativas de universalização será verificado pela ANEEL, em periodicidade no máximo igual ao estabelecido nos contratos de concessão para cada revisão tarifária, devendo os

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desvios repercutir no resultado da revisão mediante metodologia a

ser publicada.” (Grifou-se).

Dessa forma, tendo em vista que o comando legal foi no sentido de que o não cumprimento das estimativas de universalização somente poderá repercutir sobre os resultados da revisão tarifária periódica, propõe-se a observância de tal critério pela Agência. Adicionalmente, os coeficientes redutores previstos na Resolução nº 223/2003, caso adotados, resultarão em uma elevada perda de receita para as concessionárias, dificultando, mais ainda, o cumprimento das estimativas de universalização, principalmente no caso de antecipação de tais estimativas. Portanto, propõe-se redução mais amena no nível tarifário.

§ 1º Caso não haja solicitação não-atendida em determinado município, este não será considerado para efeito da penalidade estabelecida no caput desse artigo. Justificativa: As estimativas constantes nos Planos de Universalização

apresentados e nos Termos de Compromisso aprovados resultam de previsão de solicitações de ligações que podem não se concretizar na quantidade originalmente esperada por uma série de motivos, inclusive a inexistência de novas solicitações a serem atendidas. Portanto, não cabe aplicação de penalidade por não cumprimento de estimativa, no caso em que não exista, no município, solicitação não atendida.

Ainda assim, caso persista na Resolução o Anexo I já citado, é importante relatar que a estimativa da Companhia Sul Paulista de Energia – CSPE deve ser dividida entre os anos de 2005 e 2006, pois assim foi aprovado no seu Termo de Compromisso assinado entre a CSPE e o MME. São 719 em 2005 e 306 em 2006, sendo esses os números estimados.

§ 2º O valor da redução a ser aplicada será proporcional à relação entre a quantidade de solicitações não atendidas e a quantidade de solicitações que deveriam ter sido atendidas nos municípios com previsão de universalização no ano.

Justificativa: Estabelecer dosimetria para a aplicação da penalidade.

§ 3º A redução será aplicada durante tantos anos do período de vigência dos novos níveis tarifários quantos sejam os anos em que forem caracterizados não-atendimentos para os correspondentes números de municípios, sendo a redução ajustada a cada reajuste anual e os níveis originalmente obtidos na revisão tarifária periódica restabelecidos no ano em que não houver mais aplicação da redução ou por ocasião da revisão subseqüente, o que ocorrer primeiro.

Justificativa: Explicitar o período de vigência da penalidade.

Art. 8 o Fica alterado o art. 16 da Resolução no 223, de 2003, que passa a vigorar

com a seguinte redação:

“Art. 16. Excluem-se das condições de atendimento estabelecidas nesta Resolução os seguintes casos:

I – ligações provisórias de que trata o art. 111 da Resolução ANEEL no 456, de

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II – iluminação pública;

III – lotes urbanos situados em loteamentos;

IV – áreas em processo de regularização segundo Resolução ANEEL no 12, de 11

de janeiro de 2002;

V – áreas com ocupação irregular;

VI – áreas de preservação ambiental sem licença do órgão ambiental; VII – segunda ligação em propriedade ou imóvel já atendido.

VIII – áreas isoladas

Parágrafo único. As condições de atendimento para casos referidos nos incisos III, IV e VIII deste artigo serão objeto de regulamentação específica.

Justificativa: Além das exclusões já previstas na Resolução nº 223/2003, a concessionária não deve efetuar ligações em áreas de ocupação irregular ou de preservação ambiental sem licença ambiental, bem como atender, sem ônus para o cliente, solicitação de segunda ligação em propriedade ou imóvel já atendido.

Justificativa: Esta sendo proposto a necessidade de regulamentação específica para os casos de áreas isoladas, considerando a complexidade envolvida neste tipo de atendimento que exige soluções técnicas não convencionais (eólica, dieselétrica, solar etc) que dependem de levantamento e projetos específicos que não seriam possíveis de se apresentar um Programa para estas áreas nos prazos previstos na minuta. Outra questão, diz respeito à forma de participação da empresa nos elevados investimentos necessários que deverão conter maior participação do poder público, de forma diferenciada dos demais atendimentos.

Art. 9o As estimativas estabelecidas no Termo de Compromisso constituem-se no

principal parâmetro para a contratação, pela concessionária, dos recursos a serem subvencionados e/ou financiados e geridos pela ELETROBRÁS, podendo ser revisadas de acordo com novos entendimentos realizados com o Ministério de Minas e Energia e os Governos Estaduais.

Justificativa: Explicitar que as estimativas do Programa Luz Para Todos podem ser revistas em função da disponibilização de recursos ou outros fatores justificados.

Art. 10 Em decorrência dos custos adicionais advindos com a implantação do Programa LUZ PARA TODOS e do Programa Anual de Expansão do Atendimento no período compreendido entre os anos de 2005 e 2008, serão observadas as seguintes condições:

I – limitação em 10% (dez por cento) do impacto tarifário para os consumidores; II – preservação do equilíbrio econômico-financeiro da concessão; e

III – cumprimento das estimativas do Programa LUZ PARA TODOS e do Programa Anual de Expansão do Atendimento pelas concessionárias.

§ 1º Na hipótese de impossibilidade do atendimento simultâneo das condições descritas nos incisos I e II do caput, a concessionária deverá solicitar, a qualquer tempo, a revisão das estimativas do Programa LUZ PARA TODOS e do Programa Anual de Expansão do Atendimento, constantes do Termo de Compromisso.

Justificativa: As estimativas são estabelecidas no Termo de Compromisso e não há necessidade de inclusão em anexo da Resolução.

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§ 2º Uma vez apresentada pela concessionária a solicitação de revisão de estimativas de que trata o parágrafo primeiro deste artigo, a obrigação da concessionária implementar as estimativas abrangidas por tal solicitação ficarão suspensas até a publicação da decisão final a respeito da revisão de suas estimativas de Universalização constantes do Programa LUZ PARA TODOS e do Programa Anual de Expansão do Atendimento.

Justificativa: Parágrafo acrescentado para assegurar que a ausência de imediata manifestação das autoridades competentes a respeito da solicitação de revisão das estimativas de Universalização não acarrete ônus para as concessionárias.

Art. 11. As condições para revisão das estimativas de Universalização relativas ao Programa LUZ PARA TODOS previstas no artigo 10 desta Resolução deverão ser refletidas em todos os instrumentos firmados pelas concessionárias no âmbito do Programa.

Justificativa: A fim de se assegurar a eficácia da possibilidade de revisão das estimativas de Universalização previstas no artigo 10 desta minuta de Resolução, essa possibilidade deve ser refletida nos instrumentos firmados pelas concessionárias no âmbito do Programa LUZ PARA TODOS (v.g.: termo de compromisso, contratos de financiamento).

ANEXO I

ESTIMATIVAS ANUAIS

Concessioária 2005 2006 2007 2008

CSPE 719 306

Justificativa: Primeiramente consideramos injustificada a existência do ANEXO I pelo fato de que as estimativas já estão acordadas em “Termo de Compromisso” firmado entre o Ministério das Minas e Energia, as Concessionárias e os Governos Estaduais. Ademais, não são metas, e sim estimativas, que foram feitas pelas Concessionárias com a ajuda ativa do MME, e que podem não se confirmar, quer para mais, quer para menos. Além disso, estão passíveis de ajustes pactuados entre as partes. Assim, não há que se falar em penalidade por não atingimento de estimativas. E finalmente, o número estimado da CSPE foi pactuado e contratado como sendo executável dentro das condições do contrato como sendo 719 em 2005 e 306 em 2006.

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