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Janeiro foi caracterizado pela continuidade do fortalecimento do dólar, fechamento das taxas de juros globais e queda dos preços de commodities. As bolsas tiveram comportamento mais ambíguo, com alta nas ações da Europa e queda nos Estados Unidos.A atuação de bancos centrais teve papel importante para o comportamento de diversos ativos. O Banco Central Europeu acabou por anunciar um programa de afrouxamento quantitativo em larga escala. Este programa foi maior que o antecipado pelo mercado, que ainda gostou da promessa de continuidade do mesmo caso a inflação não mostre claros sinais de que está voltando à meta. As bolsas europeias acabaram sendo particularmente beneficiadas.
A atuação das autoridades monetárias não se limitou à Zona do Euro. O Banco Central da Suíça decidiu encerrar a política de manter um piso para sua moeda em relação ao Euro. Seus dirigentes reagiram ao iminente programa de compras de ativos do ECB, que estava levando à entrada de grandes fluxos financeiros para o país. Outros bancos centrais cortaram suas taxas básicas, como os do Canadá e da Índia, ou apresentaram uma comunicação na linha mais acomodatícia, como o da Nova Zelândia.
Todos estes movimentos das autoridades monetárias – além da continuidade da queda dos preços do petróleo e de alguns dados mais fracos nos Estados Unidos – contribuíram para novas quedas nas taxas de juros globais.
O banco central que não mudou sua retórica foi o FED. Apesar do recuo de alguns dados – de patamares bastante elevados -, as perspectivas para a economia americana continuam sendo muito boas (vide carta trimestral de dezembro de 2014). A forte criação de empregos nos últimos meses é importante evidência de que a economia começou a se expandir em ritmo mais elevado de maneira sustentada. Assim, em que pese o prognóstico de uma inflação mais baixa que o esperado inicialmente para 2015, o banco central norte-americano continua caminhando para o início do ciclo de alta de juros ainda este ano.
Esta divergência de políticas monetárias foi importante para a continuidade de apreciação do dólar em janeiro. Como escrevemos na carta trimestral de dezembro, acreditamos que o dólar deva continuar se fortalecendo nos próximos trimestres, ainda que em ritmo mais moderado e volátil.
No Brasil, os mercados começaram o ano mais animados. Joaquim Levy assumiu formalmente o Ministério da Fazenda e medidas para ajustar o quadro fiscal começaram a ser anunciadas. No entanto, já no final do mês, as evidências da dura realidade que aguarda o país foram se fazendo cada vez mais claras. Os números das contas públicas divulgados foram muito ruins, indicando que o ajuste necessário será muito mais duro que o esperado. Dados de atividade continuaram apontando para maior deterioração da economia. A probabilidade de racionamento de energia elétrica se elevou muito – choveu bem menos que o antecipado para o mês. Também bastante relevante é a situação da Petrobras. Além do impacto direto na atividade, aumentou o risco do governo ter que socorrer a empresa. A eventual percepção de que um pedaço do balanço da Petrobras possa acabar sendo absorvida de uma maneira ou de outra pelo Tesouro pode contribuir para a queda de nossa classificação de risco.
Agravando todo este cenário, temos um ambiente político conturbado. Parte da chamada “base aliada” do próprio governo se mostra hostil ao mesmo. E o governo não mostra qualquer poder de reação. A aprovação de medidas necessárias para o ajuste fiscal está cercada de incertezas.
Continuamos projetando um cenário bastante ruim para o país – pior que as expectativas de mercado (vide carta de dezembro). Assim, acreditamos em deterioração adicional do preço de diversos de nossos ativos, especialmente do câmbio.
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Desempenho do fundo Kondor KLX
O resultado do fundo foi +3,72%: +3,09% em moedas direcional (compra de USD/EUR+cesta moedas); -0,10% em moedas no book relativo; -0,08% em juros internacionais; +0,06% em juros locais; +0,08% em bolsa macro; +0,01% em bolsa micro. O caixa rendeu +0,91% e as despesas foram de -0,25%.
Histórico de Rentabilidade
2014 8.79% 8.82% 10.81% 7.55% -2.91% 14.34% 10.36% 2011 15.02% 13.23%* 2012 8.88% 10.01% 12.38% 9.88% 2008 14.33% 2009 8.41% 33.73% -6.20% 10.16% -25.98% -8.66% 32.00% -4.23% 0.95% 7.40% 82.64% Data de Início* 2/8/2007 4/29/2011 Desde o Início 130.70% 53.58% 9.75% 2007 5.97%* 11.81% 12.54% 1.10% -6.20% 13.43% -41.23% 9.34% 1.10% 1.04% 16.81% 9.24% 5.76% 2015 2.24% 14.90% 2010 3.72% 0.93% 2013 7.81% 9.24% 8.05% Janeiro 2.24% 3.72% 0.93% 11.60% 11.19% -18.10% 12.03%% 0.95% -15.50% 13.29%Kondor Max Kondor LX CDI IFMM IBOVESPA Dólar
KONDOR MAX FIQ FIM KONDOR LX FIQ FIM
Estratégia KMAX KLX KMAX KLX Patrimônio Líquido
Juros Locais 0.03% 0.06% 0.03% 0.06% P.L. Médio (6 Meses)
Juros Internacionais -0.04% -0.08% -0.04% -0.08% Retorno Mensal Médio
Subtotal -0.01% -0.02% -0.01% -0.02% Desvio Padrão Anual.
Moedas 1.54% 3.09% 1.54% 3.09% Sharpe Anualizado ¹ Cupom Cambial 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% Alpha contra IFMM
Moedas Valor Relativo -0.05% -0.10% -0.05% -0.10% Pior Mês -0.72% out-08 -1.96% set-13
Subtotal 1.49% 2.99% 1.49% 2.99% Melhor Mês 3.19% dez-08 3.80% ago-11
Bolsa Macro 0.04% 0.08% 0.04% 0.08% N.º de Meses Positivos Bolsa Micro 0.00% 0.01% 0.00% 0.01% N.º de Meses Negativos
Subtotal 0.04% 0.09% 0.04% 0.09% Maior Seq. de Perdas -2.14% 3 Dias -1.04% 4 Dias
Crédito Externo 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% Quantitativo 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% Resultado Bruto 1.52% 3.06% 1.52% 3.06% Caixa 0.93% 0.91% 0.93% 0.91% Despesas -0.21% -0.25% -0.21% -0.25% Result. Líquido 2.24% 3.72% 2.24% 3.72% Result. em % do CDI 242% 401% 242% 401% 2015 893,132,177 89% 220,660,945 137,127,619 Dados Técnicos 553,064,398 Atribuição do Resultado Janeiro 11% 93% 7% 0.96% 2.14% 0.96% 3.04% 0.69 1.43% 0.74 1.80%
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Desempenho do fundo Kondor Equity TOTAL FIM
O Kondor Equity Total obteve uma rentabilidade de -0,71% em janeiro, equivalente a -76% do CDI.
As carteiras direcionais em índices e opções registraram resultado de 2,44%, com ganhos em opções e
futuros vendidos em bolsa brasileira e comprados em dólares americanos.
A carteira direcional em ações registrou resultado de -3,53%. Os destaques negativos vieram de
posições nos setores de mineração, educação, logística e consumo.
A carteira Long&Short (pares) obteve resultado de -0,36%, com destaques negativos em posições nos setores de consumo e construção.
Por fim, a carteira de arbitragens registrou 0,10% proveniente de arbitragem de distorção.
Histórico de Rentabilidade por Estratégia
RESULTADO 2010 2011 2012 2013 2014 15-Jan 2015 Desde Ínicio
DIR Ações 0.02% 0.38% 6.20% 2.04% -1.69% -3.53% -3.53% 3.20% DIR Índice 0.13% 0.80% -0.70% 1.15% 0.36% 2.21% 2.21% 3.99% DIR Opções -0.10% -0.49% 0.11% -0.15% -0.66% 0.23% 0.23% -1.06% TOTAL DIR 0.06% 0.68% 5.58% 3.07% -1.92% -1.09% -1.09% 6.35% LS Grupo 0.53% -0.56% 1.29% -0.54% 0.33% 0.01% 0.01% 1.06% LS Intra Setorial 0.52% -0.27% 1.29% 1.05% -0.34% -0.33% -0.33% 1.92% LS Inter Setorial 0.26% 0.90% 0.20% 0.13% 0.06% 0.00% 0.00% 1.56% LS Ação x Índice 0.82% -0.40% 0.38% 0.61% 1.33% -0.04% -0.04% 2.73% Total LS 2.13% -0.34% 3.41% 1.25% 1.39% -0.36% -0.36% 7.66% ARB Distorção 0.14% 0.01% 0.15% -0.01% 0.26% 0.10% 0.10% 0.66% ARB Evento 0.23% 0.23% 0.09% 0.20% 0.88% 0.00% 0.00% 1.64% ARB Volatilidade -0.01% 0.12% 0.19% 0.00% 0.66% 0.00% 0.00% 0.96% Total ARB 0.37% 0.35% 0.43% 0.20% 1.81% 0.10% 0.10% 3.29% Renda Fixa 2.54% 11.20% 8.77% 7.53% 10.50% 0.82% 0.82% 48.57% Despesas -1.13% -2.47% -3.44% -2.99% -2.07% -0.17% -0.17% -11.68% Resultado 3.97% 9.24% 14.90% 9.09% 9.57% -0.71% -0.71% 54.89% CDI 2.60% 11.44% 8.41% 8.05% 10.80% 0.93% 0.93% 49.77% % CDI 153% 81% 177% 113% 89% -76% -76% 110%
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Histórico de Rentabilidade por Setor
Histórico de Exposição por Estratégia
RESULTADO 2010 2011 2012 2013 2014 15-Jan 2015 TOTAL
Metais 0.50% 0.36% 0.31% 0.10% 0.11% -0.94% -0.94% 0.43% Petróleo 0.41% -0.04% -0.81% 0.03% 0.81% 0.01% 0.01% 0.40% CommoditiesOutros 0.19% -0.05% 1.86% 0.37% 0.24% -0.42% -0.42% 2.20% Consumo 0.37% 1.00% 1.22% 0.40% -0.87% -0.94% -0.94% 1.17% Telecom 0.00% -0.42% 0.04% 2.53% 1.82% 0.17% 0.17% 4.18% Utilities -0.02% -0.04% 1.81% -0.52% 0.56% 0.15% 0.15% 1.95% Infraestrutura -0.11% 0.30% 0.33% 0.02% -0.56% -0.10% -0.10% -0.12% Financeiro 0.52% -0.67% 1.38% -0.27% 0.27% -0.60% -0.60% 0.62% Imobiliário 0.67% 0.05% 1.92% 0.57% 0.09% -0.13% -0.13% 3.20% Índices -0.02% 0.22% 1.03% 1.27% -1.27% 1.44% 1.44% 2.68% TOTAL 2.52% 0.71% 9.09% 4.51% 1.26% -1.35% -1.35% 17.58%
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Desempenho do fundo Kondor Equity Institucional FIA
O fundo Kondor Equity Institucional FIA rendeu -7,99% enquanto o Ibovespa rendeu -6,20%. Os destaques negativos foram perdas no setor de logística e educação. Pelo lado positivo, o fundo obteve ganhos nos setores de tecnologia e telecomunicações.
No mês de janeiro, aumentamos posições no setor financeiro e papel/celulose. Reduzimos exposição ao setores de consumo e energia. Além destes ajustes, o fundo também passou a trabalhar com uma carteira de ações mais diversificada e de maior liquidez.
Atualmente, o fundo está com 83% do patrimônio alocado, sendo que as maiores posições se encontram no setor financeiro, seguido por papel/celulose e logística.
Histórico de Rentabilidade
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano TOTAL
IN S T F IA 8.93% - 3.36% 4.92% 10 . 4 5 % IB O V 11.49% - 2.51% - 0.21% 8 . 4 7 % IN S T F IA 4.43% 4.39% 0.29% - 0.52% - 6.69% 0.61% - 1.65% 6.03% 0.87% - 0.02% 0.35% 5.18% 13 . 3 5 % IB O V 11.13% 4.34% - 1.98% - 4.17% - 11.86% - 0.25% 3.21% 1.72% 3.71% - 3.56% 0.71% 6.05% 7 . 4 0 % IN S T F IA 0.49% 0.69% - 1.57% 0.28% - 0.94% - 6.19% 0.88% - 1.85% 4.39% 2.38% - 1.65% - 1.00% - 4 . 3 6 % IB O V - 1.95% - 3.91% - 1.87% - 0.78% - 4.30% - 11.31% 1.64% 3.68% 4.66% 3.66% - 3.27% - 1.86% - 15 . 5 0 % IN S T F IA - 7.46% - 1.22% 3.01% 4.60% 0.48% 3.01% - 2.13% 7.51% - 8.87% 0.18% - 1.90% - 5.99% - 9 . 6 9 % IB O V - 7.51% - 1.14% 7.05% 2.40% - 0.75% 3.76% 5.01% 9.78% - 11.70% 0.95% 0.17% - 8.62% - 2 . 9 1% IN S T F IA - 7.99% - 7 . 9 9 % - 0 . 4 9 % IB O V - 6.20% - 6 . 2 0 % - 10 . 3 5 % 2 0 15 2 0 14 2 0 13 2 0 11 2 0 12