• Nenhum resultado encontrado

Avaliação de parâmetros bioquímicos e biométricos em ratos wistar no diagnóstico de obesidade

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Avaliação de parâmetros bioquímicos e biométricos em ratos wistar no diagnóstico de obesidade"

Copied!
44
0
0

Texto

(1)

Universidade Federal Fluminense

Instituto Biomédico

Curso de Graduação em Biomedicina

Habilitação em Análises Clínicas

Matheus da Silva Pinheiro Machado

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E BIOMÉTRICOS EM

RATOS WISTAR NO DIAGNÓSTICO DE OBESIDADE

Orientador: Prof. Dr. D’Angelo Carlo Magliano

Co-orientador: Prof. Dr. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega

Niterói

2018

(2)

MATHEUS DA SILVA PINHEIRO MACHADO

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E BIOMÉTRICOS EM

RATOS WISTAR NO DIAGNÓSTICO DE OBESIDADE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de bacharelem Biomedicina. Habilitação: Análises Clínicas

Orientador: Prof. Dr. D’Angelo Carlo Magliano

Co-orientador: Prof. Dr. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega

Niterói 2018

(3)

Ficha catalográfica automática - SDC/BIB Gerada com informações fornecidas pelo autor

M149 Machado, Matheus da Silva Pinhheiro

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E BIOMÉTRICOS EM RATOS WISTAR NO DIAGNÓSTICO DE OBESIDADE : / Matheus da Silva Pinhheiro Machado ; D'Angelo Carlo Magliano,

orientador ; Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, coorientador. Niterói, 2018.

43 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Biomedicina)-Universidade Federal Fluminense, Instituto Biomédico, Niterói, 2018.

1. Análises clínicas veterinárias. 2. Obesidade. 3. Síndrome metabólica. 4. Dietas experimentais. 5. Produção intelectual. I. Magliano, D'Angelo Carlo, orientador. II. Nóbrega, Antonio Claudio Lucas da, coorientador. III. Universidade Federal Fluminense. Instituto Biomédico. IV. Título.

CDD -

(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

A minha mãe, Deise Machado, por todo apoio e apreço em minha trajetória e pela motivação na realização dos meus sonhos.

A minha avó, Eunice Pinheiro, por ser um exemplo de esforço e luta e pelo amor e aceitação incondicional que tem por mim.

A minha tia, Daniele Pinheiro, por estar sempre ao meu lado, pela cumplicidade, carinho e confiança de todos os anos. Afinal, estou na universidade por conta das caronas para os vestibulares e toda a sorte e mensagem de apoio nos caminhos. Aos meus amigos e a meu companheiro Ângelo, por sempre me ajudarem nos momentos de crise e ansiedade. Toda a ajuda e o amor de vocês foram essenciais em todo esse processo. Obrigado por me aturarem desde sempre.

A Dan Magliano, agradeço pela amizade e confiança que me proporcionou nesses anos de orientação. Você é uma inspiração para mim como profissional e pessoa. Aos órgãos de fomento, por tornarem possível a execução deste trabalho.

(6)

Se fere minha existência, serei resistência Marielle presente!

(7)

RESUMO

Introdução. A obesidade se caracteriza como o acúmulo excessivo de tecido adiposo e representa um grande problema de saúde pública. Sua prevalência está associada ao aumento do consumo de alimentos de alta densidade energética e ao sedentarismo. Essa afecção deflagra diversos outros impactos negativos na saúde, como: dislipidemias, o diabetes e resistência à insulina, a hipertensão, dentre outros, se relacionando à síndrome metabólica. Desta forma, os testes laboratoriais em análises clínicas se destacam como ferramentas para o diagnóstico, acompanhamento e prognóstico para saúde de indivíduos obesos. Metodologia. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é, através das análises clínicas veterinárias, estabelecer um comparativo entre os parâmetros plasmáticos e biométricos de ratos obesos, alimentados com dieta de cafeteria, com o de ratos controle, alimentados com dieta controle. O projeto foi aprovado pelo CEUA 827. Foram utilizados 32 ratos Wistar-Kyoto com 6 semanas de idade que receberam dieta comercial padrão (CON, n=16) ou dieta de cafeteria (HF, n=16) por 32 semanas. A dieta HF é composta por 50% da ração comercial padrão, com adição de banha de porco, leite condensado, amido de milho e NaCl. Foi utilizada metodologia de DEXA para avaliar a composição corporal dos animais. Também foram realizadas a pesagem e controle da ingestão alimentar. Após as 32 semanas, os animais foram submetidos ao teste de glicemia de jejum e em seguida sacrificados. O soro foi utilizado para as dosagens de: insulina de jejum, colesterol total (CT) e triglicerídeos (TAG). Para determinar o perfil de resistência à insulina, foram utilizados os indicadores HOMA-IR e QUICKI. Para análise estatística, foi utilizado o teste t de Student, para localizar as diferenças quando p<0,05. Resultados e Discussão. Observou-se, ao final das 32 semanas, que o consumo de uma dieta de cafeteria promoveu aumento em 12,44% da massa corporal nos animais HF comparado com o grupo CON. Além disso, o ganho de peso em HF foi de 24,75% quando comparados aos animais CON. Não houve diferença significativa para a ingestão alimentar. Foi observado que a dieta HF levou a um aumento de 24% do CT para HF, comparado ao CON e de 65% de TAG para HF comparado ao grupo CON. Para o metabolismo glicídico, relatou-se um aumento de 35% na glicemia de jejum dos animais do grupo HF em relação ao grupo CON, e para insulina de jejum um aumento de 69,7% no grupo HF em relação ao grupo CON. Além disso, tanto o QUICKI quanto o HOMA-IR, demonstraram que a dieta hiperlípidica levou à resistência insulínica dos animais. Para os dados do DEXA, o percentual de gordura corporal foi de 92,25% para os animais HF em relação ao grupo CON. Já em relação a massa gorda, o DEXA demonstrou um aumento em 96% nos animais HF, enquanto para massa magra houve, para esses animais, a redução em 54,6%. Conclusão. Por fim, foi observada que a dieta HF levou a alterações significativas dos parâmetros analisados, em comparação a dieta padrão, corroborando com a literatura sobre utilização da dieta HF para análise da síndrome metabólica.

Palavra-chaves: Plasma. Obesidade. Dieta de Cafeteria. Análises Clínicas Veterinárias.

(8)

ABSTRACT

Introduction. Obesity is a nosological entity which represents a big problem to public health nowadays. Its prevalence is associated to the increase of high energy density food consumption and a sedentary lifestyle. This infirmity leads to a lot of negative impacts on health, as: dyslipidemias, diabetes and insulin resistance, hypertension, among others. Thus, laboratorial tests in the clinical analysis become important tools to the diagnostic, medical monitoring and evaluation of treatments in the health of obese individuals. Methods. In this context, the goal of the study is, through veterinary clinical analysis, establish a comparative between plasmatics and biometrics parameters of obese rats, which were fed by a cafeteria diet with control rats, wich were fed by a standard-chow diet. The study was approved by the CEUA 827. To do this, were used 32 Wistar-Kyoto rats with 6 weeks old that received standard-chow diet (SC, n=16) or cafeteria diet (HF, n=16) for 32 weeks. The high-fat diet is composed by 50% of standard-chow, adding lard, condensed milk, corn starch and NaCl. It was used DEXA as the biometrical test to determine the body composition of the animals. It were also performed the weighing and the food intake control. At the end of the 32 weeks, the animals were submitted to the fasting blood glucose test and then, sacrificed. The serum was used to: the fasting insulin blood dosage, total cholesterol (TC) and triglycerides (TAG). To determine the insulin resistance profile, were used the indexes HOMA-IR and QUICKI. To the statics analysis, was used the Student t test, to localize differences when p<0,05. Results and Discussion. It was observed that, at the end of 32 weeks, the consumption of cafeteria diet promoted an increase of 12,44% at the body mass in the HF animals compared to SC group. Moreover, the weight gain in HF reached 24,75% when compared to SC animals. There was no statistical difference for food intake. It was observed that the HF diet led to an increase of 24% to TC, compared to SC, and a 65% increase for TAG, compared to SC group. To the glucose metabolism, was related an increase of 35% to fasting blood glucose in HF animals, regarding to SC, and to fasting blood insulin was reached an increase of 69,7% in HF group, compared to SC. Furthermore, as QUICK as HOMA-IR, showed that HF diet led to insulin resistance at the animals. To the DEXA data, the body fat percentage was 92,25% to HF animals, regarding SC group. To the body mass, DEXA showed an increase of 96% at the HF animals, while to lean mass was a reduction of 54,6%. Conclusion. At the end, there was observed that the HF diet led to significant changes of the parameters analysed, compared to standard chow diet, corroborating with the literature about the use of HF diet to analyse metabolic syndrome.

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Mapa do panorama mundial da prevalência do excesso de peso e obesidade em adultos. ... 12 Figura 2 Mapa do Vigitel 2016 da prevalência do excesso de peso em percentual sobre a população das capitais brasileiras. ... 14 Figura 3 Determinação do percentual de gordura corporal através de absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) dos grupos Controle (CON, n = 5), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 5). * p<0,05 vs CON. ... 28 Figura 4 Determinação do percentual de tecido gordo (A) e de massa magra (B), através de absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) dos grupos Controle (CON, n = 5) e Dieta Hiperlipídica (HF, n = 5). * p<0,05 vs CON. ... 29 Figura 5 Efeitos da dieta hiperlipídica sobre o metabolismo glicídico, em relação aos valores de glicose plasmática (A) e de insulina sérica (B) de jejum, dos grupos Controle (CON, n = 10), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 10). *p<0,05 vs CON. ... 30 Figura 6 Efeitos da dieta hiperlipídica sobre a resistência insulínica, em relação aos indicadores HOMA-IR (A) e QUICKI (B), dos grupos Controle (CON, n = 10), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 10). *p<0,05 vs CON. ... 30 Figura 7 Efeitos da dieta hiperlipídica sobre o perfil lipídico, para as análises de triglicerídeos (A) e colesterol total (B), dos grupos Controle (CON, n = 12), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 12). *p<0,05 vs CON. ... 31

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Composição das dietas... 24 Tabela 2 - Massas corporais e ingestão alimentar dos grupos experimentais. ... 27

(11)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

1.1 Obesidade ... 12

1.2 Modelos Experimentais de Obesidade ... 14

1.2.1 Modelos monogênicos ... 15

1.2.2 Modelos poligênicos ... 15

1.3 Modelos de dietas experimentais obesogênicas ... 15

1.3.1 Dieta high-sucrose ... 16

1.3.2 Dieta high-fructose ... 16

1.4 Plasma, soro e coleta sanguínea ... 17

1.5 Análises Clínicas Veterinárias e Obesidade ... 20

2 OBJETIVOS ... 23

2.1 Objetivo Geral ... 23

2.2 Objetivos Específicos ... 23

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 24

3.1 Animais e dieta ... 24

3.3 Pesagem dos animais e ingestão de ração ... 24

3.4 Avaliação da composição corporal por absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) ... 25

3.5 Metabolismo glicídico e cálculo do HOMA-IR e QUICKI ... 25

3.6 Perfil lipídico ... 26

3.7 Análise estatística ... 26

4 RESULTADOS... 27

4.1 Massa corporal, ganho de peso e ingestão alimentar ... 27

4.2 Resultados do DEXA ... 27

4.2.1 Percentual de gordura corporal ... 27

4.2.2 Efeitos sobre o percentual de massa gorda e massa magra ... 28

4.3 Efeitos sobre o metabolismo glicídico ... 29

4.4 Efeitos sobre os indicadores de resistência insulínica ... 30

4.5 Efeitos sobre o perfil lipídico ... 31

5 DISCUSSÃO ... 32

6 CONCLUSÃO ... 36

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 37

(12)

12

1 INTRODUÇÃO 1.1 Obesidade

A obesidade é definida como uma doença crônica, de etiologia multifatorial, caracterizada pelo sobrepeso devido ao acúmulo excessivo de tecido adiposo de maneira localizada ou generalizada (OMS, 2017). A incidência da obesidade tem aumentado em uma conjuntura de nível mundial, devido principalmente ao sedentarismo do homem moderno correlacionado aos maus hábitos alimentares, os quais privilegiam a ingestão de alimentos com alta densidade energética, gerando um desequilíbrio no gasto energético como observado na figura 1 (BELFORT-DEAGUIAR; SEO, 2018).

Figura 1 Mapa do panorama mundial da prevalência do excesso de peso e obesidade em adultos. Fonte: EISELE, 2016.

No panorama mundial, a obesidade cresceu exponencialmente em todos os continentes. Em um estudo sistemático, no qual se avaliou o perfil da obesidade mundial de 1975 a 2016, pôde-se constatar a elevação da prevalência dessa enfermidade em adultos, havendo um salto de 69 milhões (1975) para 390 milhões em mulheres e de 31 milhões (1975) para 281 milhões (2016), em homens (LANCET, 2017).

(13)

13

A elevação da taxa de indivíduos obesos prevalece, sobretudo, em países em que a pobreza possui maior predominância, em associação com baixo grau de escolaridade da população. Essa característica é reforçada pela facilidade e o custo reduzido para o consumo de alimentos que possuem maior densidade energética (ABESO, 2016).

Embora o estilo de vida seja o principal objeto de pesquisa no desenvolvimento da obesidade, deve-se atentar também ao contexto psicossocial e seu prejuízo no tratamento de indivíduos obesos. Como exemplo, alguns estudos presentes na literatura relacionam o impacto do peso na qualidade de vida dos participantes e percebem que o índice de qualidade de vida e bem-estar social declina em função do aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) e, por conseguinte do peso do indivíduo (VALLIS, 2016).

No Brasil, segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2016, constatou-se que metade da população, dentre as 27 cidades analisadas (figura 2), apresentam excesso de peso. Esse dado comparativamente aumentou em mais de 10% em relação ao ano de 2006, passando de 42,6% para 53,8%, acometendo em maior grau os indivíduos do sexo masculino. Para os dados referentes à obesidade, o crescimento comparativo em dez anos foi de 60%, no qual a frequência de obesos era de 11,8% em 2006 e alcançou o marco de 18,9% em 2016, também sendo mais predominante em homens. Além disso, esse estudo populacional também evidenciou que a obesidade fora maior nos grupos de pessoas com menor nível de escolaridade (BRASIL, 2016).

(14)

14

Figura 2 Mapa do Vigitel 2016 da prevalência do excesso de peso em percentual sobre a população

das capitais brasileiras.

Fonte: Brasil, 2016.

Os dados epidemiológicos apresentados se tornam de importante valia uma vez que a obesidade está relacionada com diversas comorbidades como hipertensão, diabetes, doença renal crônica e alguns tipos de câncer, se tornando um problema de saúde pública (GONZALEZ-MUNIESA et al., 2017). Em vista disso, os métodos diagnósticos da obesidade têm importante valor dentro da área médica.

1.2 Modelos Experimentais de Obesidade

Nos estudos de obesidade e seus impactos na perturbação da homeostase fisiológica, alguns modelos de experimentação animal se estabeleceram como alternativas de indução desse estado patológico. Os modelos capazes de desenvolver a obesidade nos animais de forma experimental podem ser monogênicos ou poligênicos (MITTWEDE et al., 2016).

(15)

15

1.2.1 Modelos monogênicos

Esse tipo de modelo utiliza da maquinaria genética para o desenvolvimento da obesidade nos animais. Consiste, por exemplo, na realização de alguma mutação nos genes de proteínas relacionadas à via de sinalização da leptina. Dependendo do gene selecionado para a mutação a ser realizada, a severidade da obesidade pode ser maior ou menor nesses animais (MITTWEDE et al., 2016).

1.2.2 Modelos poligênicos

Esse modelo obesogênico diferentemente do modelo monogênico, não utiliza de algum tipo de ferramenta genética no desenvolvimento da obesidade experimental, mas sim parte da indução a esse estado patológico a partir de um modelo de dieta. Esse modelo é bastante utilizado na literatura pelo fato de ser mais fidedigno às alterações relacionadas à obesidade em humanos, sendo capaz de mimetizar melhor seus efeitos in vivo. Além disso, é recomendável que sejam utilizados no estudo pré-clínico para agentes terapêuticos (MITTWEDE et al., 2016). 1.3 Modelos de dietas experimentais obesogênicas

Diante do modelo poligênico de desenvolvimento da obesidade, pode-se abordar sobre os modelos de dieta capazes de induzir a esta determinada afecção. Tais modelos pressupõe aumentar a massa e adiposidade dos animais a partir da alimentação com a oferta de diferentes tipos de dieta como as dietas high-sucrose,

high-fructose, high-fat, dentre outras (ROSINI; SILVA; MORAES, 2012). Em geral

para o caráter obesogênico se utilizam as dietas hipercalóricas, como a dieta

high-fat e a dieta de cafeteria. Além do high-fato de serem dietas de alta densidade

energética, se agrega o fator da palatabilidade para a dieta de cafeteria, a qual estimula a hiperfagia dos animais e, por conseguinte, desenvolve experimentalmente a obesidade (MITTWEDE et al., 2016; SPEAKMAN et al., 2007).

(16)

16

1.3.1 Dieta high-sucrose

A dieta high-sucrose é um tipo de dieta que se baseia na alta ingesta da sacarose, um dissacarídeo composto de uma molécula de glicose associada a uma molécula de frutose. Neste tipo de conduta dietética, os animais em estudo são alimentados com a ração padrão, suplementada deste açúcar, em percentuais consideravelmente altos. Pode-se ainda ofertar aos animais a sacarose em água, como foi realizado no estudo de Jankiewicz e colaboradores (JANKIEWICZ et al., 2015) em que a presença do glicídio foi de 30% para o grupo experimental. Constatou-se que os animais com acesso a solução de sacarose apresentaram aumento da adiposidade e acúmulo de gordura em alguns tecidos e cavidades corporais.

1.3.2 Dieta high-fructose

A dieta high-fructose segue parâmetros similares, sendo também baseada na elevação de um carboidrato em uma dieta padrão, neste caso o monossacarídeo frutose. Barroso e colaboradores (BARROSO et al., 2015) demonstraram em seu estudo que a adição de frutose em água (30%) foi capaz de induzir obesidade em animais knockout para PPARβ/δ. Entretanto, modelos experimentais em que foi ofertada a dieta high-fructose em ração não apresentaram significativo aumento da massa corporal de animais (MAGLIANO et al., 2015; SCHULTZ et al., 2013).

1.3.3 Dieta high-fat

Além destes modelos, outra categoria de dietas que pode ser utilizada são as dietas hiperlipídicas (no inglês, high-fat), que caracterizam dietas de alta densidade energética. Neste modelo, a base calórica para tornar os animais obesos deriva da suplementação de lipídios, que pode ser realizada de diversas formas. Diversos estudos que partem da premissa da obesidade induzida por dieta, já utilizam do modelo de dieta hiperlipídica sabiamente para estabelecer esse estado patológico (HALADE et al., 2010; XU et al., 2013).

Neste contexto, estudos têm demonstrado que além de ser boa promotora da obesidade, a dieta high-fat também é interessante no desenvolvimento de outros quadros comuns à síndrome metabólica, como hiperglicemia, resistência insulínica,

(17)

17

dislipidemia, entre outros (ZIVKOVIC; GERMAN; SANYAL, 2007). A partir disso, a literatura se diversificou nas formas de utilizar esse modelo de dieta, com diferentes composições lipídicas e tipos de lipídios utilizados, bem como combinando com outros tipos de dieta, como as de alto carboidrato, high-sucrose, high-fructose (WONG et al., 2016).

Frantz e colaboradores (FRANTZ et al., 2017) em seu estudo utilizou um modelo de dieta high-fat denominada de “dieta de cafeteria”. A dieta de cafeteria consiste em uma dieta de caráter hiperlipídico que tenta mimetizar a alimentação de indivíduos obesos, a partir da suplementação da dieta padrão dos animais com diferentes adicionais calóricos e de alto teor de gordura, como banha de porco, leite condensado, bacon, salsicha, entre outros (JÚNIOR; SERAPHIM, 2012). No estudo de Frantz e colaboradores, constatou-se que os animais além de aumentarem a adiposidade corporal também reduziram o percentual de massa magra.

1.4 Plasma, soro e coleta sanguínea

O plasma sanguíneo é composto principalmente por água (cerca de 90%), além de substâncias de diversos pesos moleculares que perfazem parte do seu volume. As proteínas plasmáticas correspondem a 7% desse fluido e os sais inorgânicos a 0.9%, sendo o percentual restante equivalente aos compostos de caráter orgânico, como os lipídios, hormônios, vitaminas e glicose. (JUNQUEIRA, 2013).

A coleta do sangue total para a separação do plasma é realizada em tubo com presença de algum tipo de anticoagulante, podendo variar de acordo com o analito de interesse. Outras dosagens utilizam o soro sanguíneo, o qual possui composição muito similar ao plasma, exceto pelos fatores de coagulação e fibrinogênio (ISHIKAWA et al., 2014).

É importante salientar que, para a confiabilidade dos resultados obtidos, todo o processamento do material biológico analisado, desde sua coleta até a emissão de laudo deve seguir as orientações dos manuais de patologia clínica e análises clínicas, o que vale também para material animal, no caso das análises veterinárias. Assim, segue-se a orientação de órgãos acreditados internacionalmente, como o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI), ou Instituto de Padrões Clínicos e laboratoriais, os quais conferem principalmente o

(18)

18

desenvolvimento de padronizações laboratoriais e instruções aos laboratórios e cientistas de todo o mundo (GUIMARÃES et al., 2011). No Brasil, as recomendações e normativas que compreendem todo o processo sobre o regulamento técnico nos laboratórios clínicos, em especial dos funcionários, são previstas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRASIL, 2005).

No caso da coleta de sangue venoso, a recomendação atual do CLSI é o procedimento a vácuo, devido diversas vantagens, como: a segurança do paciente e do profissional responsável pela coleta, o conforto do paciente pela possibilidade de coletar muitos tubos em uma única punção e garantia da qualidade nos resultados dos exames. Outras práticas importantes referentes à coleta compreendem as recomendações dos laboratórios aos profissionais flebotomistas, como a antissepsia correta, a identificação dos tubos de ensaio e confirmação dos mesmos, o conforto do paciente durante o processo de coleta, entre outros (ANDRIOLO et al., 2010).

É importante ressaltar, que as recomendações de boas práticas pelo CLSI e outros órgãos acreditados aos laboratórios também compreendem os cuidados individuais de contaminação do flebotomista, além das recomendações sobre o espaço de realização do processamento e transporte do material biológico (OMS, 2010). Além disso, é importante que se atente a gestão e garantia dos controles de qualidade do ambiente laboratorial, sendo eles: controle interno, que pressupõe de medidas de controle do próprio laboratório, e controle externo, o qual ocorre a partir da comparação analítica com outros laboratórios acreditados pelos programas existentes.

Outro elemento de suma importância são as boas práticas laboratoriais, conferidas pelas normas de biossegurança e sua adequação ao ambiente laboratorial, de acordo com o gestor da qualidade presente. Assim, compreende-se a essas medidas normativas desde o treinamento de toda equipe presente em cada etapa do processamento do material biológico, até a concordância dos elementos de infraestrutura dos laboratórios estipulada pelos sistemas de biossegurança, garantindo a proteção individual e coletiva nesses ambientes, bem como a manutenção da qualidade analítica (SERVICES, 2009).

É imprescindível que, para a análise dos compostos plasmáticos, haja um controle de qualidade eficaz durante todas as etapas do processamento laboratorial, a fim de evitar comprometimento do analito por possíveis variáveis e falhas. Portanto, variáveis de coleta, como o horário da realização, o cumprimento do

(19)

19

período de jejum, fatores individuais da dieta ou uso de fármacos, por exemplo, são de exímia importância na representatividade clínica dos resultados de dosagens plasmáticas e podem impulsionar erros analíticos e inconstâncias comparados aos valores de referência (PATOLOGIA, 2014).

Como no estudo realizado por Sakyi e colaboradores, foi observado que dentre a maior parte dos erros laboratoriais, a maior parcela compreende a fase pré-analítica. Constatou-se que, dentre os erros pré-analiticos coletados, o mais comum foi o uso de tubo de amostra errado, o que implica diretamente na prática dos flebotomistas sendo, segundo o próprio autor, um problema de atenção ou uma sobrecarga de trabalho desses profissionais. Assim, o próprio autor recomenda a preocupação sobre essa profissão, à necessidade de um treinamento especializado e, sobretudo o controle da qualidade em prol de reduzir ao máximo os erros laboratoriais recorrentes (SAKYI et al., 2015).

Nas análises clínicas veterinárias, é essencial que as análises dos resultados plasmáticos sejam realizadas em ambiente controlado, desde temperatura a estresses externos. Essa recomendação é essencial para evitar fatores de confundimento e vieses, possibilitando que as pesquisas acadêmicas e resultados laboratoriais possam correlacionar mais intimamente seus achados com a literatura científica e o diagnóstico clínico do indivíduo (ROSINI et al., 2012).

No contexto das análises com experimentação animal, vale ressaltar a necessidade do controle da qualidade efetivo sobre o ambiente dos animais de laboratório. Deve-se atentar aos fatores de interferência analítica que podem ocorrer nesses tipos de estudo, como o controle do estresse nesses animais que afetam comportamental e fisiologicamente o padrão normal desses animais. Além disso, outros fatores essenciais são de suma importância e serem controlados, como fatores externos – temperatura, trocas de ar, umidade relativa, dieta, cama, ruído e luz; o ambiente social – bioterista, grupo social e tamanho dos grupos dos animais; o ambiente biológico – infecções virais, bacterianas ou parasitárias; influência do experimento – medo, técnicas usadas, transporte; e os fatores internos – padrão genético, sexo, idade e variações circadianas (ANDRADE et al., 2002).

Outros elementos que também merecem atenção na conduta com animais de laboratório, são: a utilização de anestésicos e a prática de eutanásia. Esses procedimentos são de grande importância, pois podem interferir nos resultados das análises desejadas, mascarando o valor real e também são capazes de deflagrar

(20)

20

problemas na homeostase fisiológica do animal, comprometendo sua saúde ao longo do estudo e até mesmo prejudicando algum elemento de seu organismo de importância às análises realizadas. Por isso deve-se atentar ao tipo de anestésico usado, sua dose e sua forma de utilização, como injetáveis e inalatórios. É fundamental que o responsável pela prática possua um treinamento adequado a fim de evitar complicações possíveis, como punção de algum órgão, superdosagem ou uma dosagem inferior à necessária, levando o animal a um processo doloroso de modo acidental (ANDRADE et al., 2002).

1.5 Análises Clínicas Veterinárias e Obesidade

O diagnóstico de obesidade é mais comumente relacionado às medidas biométricas do indivíduo e a relação de massa gorda e sua distribuição corporal (NOVELLI et al., 2007). A mensuração da adiposidade é, em geral, realizada pelo cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), o qual representa a corpulência do indivíduo através da divisão massa corpórea (Kg)/altura (m)². Caso o resultado desta divisão seja maior ou igual a 30, o indivíduo já é classificado no perfil de obesidade. Contudo, essa metodologia usual não é muito sensível, já que seu resultado não retrata diferencialmente composição corporal de gordura e de massa magra, podendo sub ou superestimar um diagnóstico (MANCINI, 2015).

Além da mensuração da adiposidade no diagnóstico da obesidade, fatores plasmáticos interligados à obesidade podem ser favoráveis no diagnóstico, prognóstico e prevenção dessa afecção. Pode-se citar dentre eles: o lipidograma, o hepatograma, o perfil glicêmico e de metabolismo da glicose e outros métodos biométricos mais modernos que o IMC, como a técnica de densitometria por dupla emissão de raios-X (DEXA), que se demonstra um método mais sensível para a categorização dos constituintes corporais dos indivíduos (SOUZA et al., 2014).

Para as análises veterinárias, em especial em roedores, é comum a utilização de outros métodos clássicos para mensuração biométrica dos animais, os quais não são utilizados em humanos, com o índice de Lee, a pesagem da carcaça do animal e a pesagem de tecidos de gordura. Para o índice de Lee (IL), descrito por Bernardis e Patterson em 1968, temos a seguinte avaliação: IL= (3√𝑝𝑒𝑠𝑜 (𝑔) / comprimento do focinho – cóccix (cm)) x 10. Assim, o resultado obtido para o índice

(21)

21

sendo ≤ 0,300 o animal é considerado normal e para o índice > 0,300 o animal é considerado obeso (BERNARDIS; PATTERSON, 1968).

Para a pesagem da carcaça dos animais é comum a retirada dos órgãos previamente, ao momento do sacrifício, e a liofilização da carcaça restante, com posterior armazenamento para sua pesagem “seca” e depois comparada a pesagem “úmida” dos órgãos. Assim, para gordura corporal, é habitual que os dados se apresentem em gramas por 100 gramas de carcaça, assim como para as proteínas também, sendo um modelo analítico de alta confiabilidade nos estudos com análises biométricas (FAGUNDES et al., 2007; FRANKENFELD et al., 2016). A realização da pesagem dos tecidos de gordura, como o depósito de gordura epididimal, retroperitoneal e outros, é realizada em diversos estudos com animais roedores, sendo no geral um fator de comparação de animais obesos/com sobrepeso sobre animais controle (LIU et al., 2016; RAMOS; BATISTA; ALBUQUERQUE, 2017).

A avaliação do perfil lipídico compõe diversos estudos de análises clínica veterinária e consegue ter uma íntima relação analítica com as amostras de humanos, sendo utilizados os mesmos métodos de avaliação. No geral, para as dosagens do colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL) e triacilgliceróis (TAG) são utilizadas técnicas baseadas em reações colorimétricas (BERALDO et al., 2017). Já para a análise da proteína de baixa densidade (LDL), é mais comum a realização de forma quantitativa, fundamentado na equação de Friedewald, assim como ocorre na maior parte dos ensaios clínicos em humanos (SATHIYAKUMAR et al., 2018).

Para o metabolismo da glicose, é feita a análise da glicemia de jejum de forma prática e simples, através do aparelho denominado glicosímetro. Além disso, também se executa a dosagem de insulina, por métodos mais complexos, como a metodologia clássica de radioimunoensaio (RIE) e atualmente as mais usuais de ELISA, eletroquimioluminescência e outros, geralmente através de kits comerciais, os quais já possuem grande parte dos reagentes prontos para o uso (GELONEZE; TAMBASCIA, 2006).

Para o estudo da resistência insulínica existem algumas metodologias com diferentes protocolos capazes de ser utilizadas, divididas em métodos diretos e indiretos. Dentre os métodos indiretos podem-se citar: a insulinemia de jejum, cálculo do HOMA-IR, teste de tolerância oral à glicose, Teste de tolerância endovenoso à glicose com amostras frequentes, QUICKI. Já para os métodos

(22)

22

diretos estão presentes as seguintes metodologias: teste de tolerância à insulina, teste de supressão de insulina e a técnica de clamp, esta última sendo classificada como a técnica padrão-ouro para esse tipo de análise. Apesar disso, alguns desses sistemas de análise habitualmente são utilizados somente em humanos, enquanto outros compreendem tanto humanos quanto animais (GELONEZE; TAMBASCIA, 2006).

Os dados de glicemia e insulina plasmática de jejum podem ser aplicados em fórmulas pré-estabelecidas na literatura para a avaliação do metabolismo glicídico do indivíduo. Um dos métodos mais utilizados é o Modelo de avaliação da Homeostase e Resistência à Insulina (HOMA-IR), o qual consiste em um cálculo dado por: insulinemia de jejum (mU/L) x glicemia de jejum (mmol/L)/22,5. O resultado do HOMA-IR tem por objetivo demonstrar a resistência à insulina caso o valor ultrapasse o esperado em comparação aos valores de referência do indivíduo (OLIVEIRA; SOUZA; LIMA, 2005). Outro método que tem sido apresentado como novo, simples, acurado e reprodutível é o Índice Quantitativo de Verificação de Sensibilidade à Insulina (QUICKI) baseado na fórmula 1/[log(Insulina de jejum)+ log(Glicemia de jejum)]. Apesar de suas limitações, o QUICKI tem se mostrado um método útil assim como o HOMA-IR, corroborando com seus resultados (GRAUS-NUNES et al., 2017; KATZ et al., 2000).

As provas de função hepática também podem ser viáveis no contexto da obesidade. Estes ensaios são baseados na determinação quantitativa das enzimas hepáticas, como as aminotransferases (AST e ALT), a gamaglutamil transpeptidase (GGT) e a fosfatase alcalina (ALP) (UED et al., 2015). Na maioria dos estudos, a análise principal consiste no perfil de aminotransferases, também conhecidas como transaminases, devido a íntima relação com o quadro de esteatose hepática, uma consequência comum da obesidade e do consumo de dietas hiperlipídicas (ALMEIDA; SANTOS, 2015).

Diante deste contexto, o presente trabalho visa sugerir e interligar as análises clínicas veterinária no diagnóstico e prognóstico do quadro de obesidade, utilizando ratos Wistar submetidos a uma dieta hiperlipídica de cafeteria. Pretende-se então, relacionar os dados adquiridos no estudo com as implicações clínicas da obesidade.

(23)

23

2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral

Estabelecer um comparativo entre os parâmetros plasmáticos e biométricos de ratos obesos alimentados com dieta de cafeteria, com o de ratos controle alimentados com dieta controle.

2.2 Objetivos Específicos

 Acompanhar a ingestão alimentar e a evolução da massa corporal dos animais;

 Analisar as concentrações séricas de lipídios – colesterol total e TAG; 

 Analisar os dados antropométricos referentes a massa gorda e massa magra pela metodologia do DEXA;

 Analisar as concentrações séricas de constituintes do metabolismo glicídico– glicose e insulina de jejum; e

 Analisar o perfil de resistência à insulina pelos cálculos do índice HOMA-IR e QUICKI.

(24)

24

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Animais e dieta

Os procedimentos de manuseio e experimentação utilizados neste estudo foram previamente aprovados pelo comitê de ética no uso animal (CEUA) da Universidade Federal Fluminense (UFF), sob o número 827, atendendo ao disposto na Lei 11794/08 sobre o uso científico de animais de laboratório. Foram utilizados 32 ratos Wistar-Kyoto macho, com seis semanas de idade, providos pelo centro de criação de animais de laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (CECAL/Fiocruz). Os animais foram mantidos em condições controladas de umidade (60±10%), temperatura (21±2°C) e luz (ciclo de 12 horas claro/escuro), com livre acesso a ração e água.

Os ratos foram divididos em dois grupos experimentais: 1) animais alimentados com ração comercial padrão1 (CON n=16); 2) animais alimentados com dieta Hiperlipídica (HF n = 16) por 32 semanas. A dieta HF foi composta por 50% da ração comercial padrão, com adição de gordura animal (banha de porco), leite condensado, amido de milho e NaCl (NASCIMENTO et al., 2013). A composição das dietas CON e HF é apresentada na tabela 1.

Tabela 1 - Composição das dietas.

CON HF Ingredientes (%) Ração Comercial 100% 50% Banha de porco - 20% Amido de milho - 16,5% Leite condensado - 13% NaCl - 0,5% Macronutrientes (%) Proteína 23% 14% Carboidrato 71% 56% Lipídeos 6% 30% Energia (kJ/kg) 17,9 23

Nuvilab – CR1, Nuvital Nutrientes Ltda, Colombo, Paraná – Brasil.

(25)

25

A livre ingestão de ração e água foi permitida aos animais ao longo de todo o experimento. A massa corporal e a ingestão alimentar dos animais foram monitoradas no início e ao final do experimento através de balança digital com sensibilidade de 0,1 g. O ganho de peso foi verificado ao final da 32ª semana de dieta hiperlipídica (HF) ou controle (CON), subtraindo o peso final do peso inicial.

3.4 Avaliação da composição corporal por absortometria radiológica de dupla energia (DEXA)

O percentual de gordura corporal, massa gorda e massa magra dos animais foi determinado no final da 31ª semana de dieta hiperlipídica, através da técnica de absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) (Lunar IDXA ME, GE Health Care) e quantificada pelo software Encore 2008 (GE Health Care versão 12.20). A calibração do equipamento seguiu as recomendações do fabricante, sendo realizada a cada dia de avaliação. Para a execução desse método, os animais foram anestesiados com pentobarbital sódico (35 mg/kg) por via intraperitoneal (i.p.) e posicionados sob a área de escaneamento do aparelho em decúbito dorsal. O escaneamento foi feito seguindo uma linha sagital demarcada pelo aparelho e que deve passar sob o centro de alguns pontos anatômicos como o crânio, a coluna vertebral, a pélvis e as pernas. Para esta análise somente uma parte dos animais foi avaliada (5 animais por grupo).

3.5 Metabolismo glicídico e cálculo do HOMA-IR e QUICKI

O sangue dos animais foi coletado através de punção cardíaca, sob o efeito de anestesia. Avaliou-se a glicemia de jejum (12 horas) e logo após, a centrifugação do sangue (1500 RPM por 15min), o soro foi aliquotado e congelado (-80°C), para então ser dosada a insulina de jejum por radioimunoensaio utilizando kit comercial (MP Biomedicals, EUA).

A resistência à insulina foi avaliada pelo cálculo de dois indicadores, a fim de corroborar o resultado entre ambos: o índice HOMA (homeostasis model

assessment índex) em que: HOMA-IR = [insulina (µU/mL) x glicose (mMol/L)] / 22,5

(26)

26

Verificação de Sensibilidade à Insulina) em que: 1/[log(Insulina de jejum) + log(Glicemia de jejum)] (KATZ et al., 2000).

3.6 Perfil lipídico

Utilizou-se o soro aliquotado e armazenado para a realização das dosagens referentes ao metabolismo lipídico. Para análise do perfil lipídico foram dosados colesterol total e TAG, através de reações colorimétricas seguida de leitura pelo aparelho Cobas-Mira (Roche).

3.7 Análise estatística

Todos os dados foram testados para a curva de distribuição normal e homogeneidade de variância, sendo expressos como média ± desvio padrão (DP). As diferenças entre os grupos foram analisadas por teste t-Student (GraphPad Prism v.6.05 para Windows, GraphPad Software, La Jolla, CA, EUA). Em todos os casos, p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

(27)

27

4 RESULTADOS

4.1 Massa corporal, ganho de peso e ingestão alimentar

Pode-se observar na tabela 2 que, ao início do experimento, os animais não apresentavam diferenças entre as massas corporais (massa corporal inicial). Ao final das 32 semanas a dieta hiperlipídica levou ao aumento da massa corporal final dos animais HF, elevando em 12,44%, comparados aos animais controle. Verificou-se também um aumento significativo de 24,75% no ganho de peso do grupo HF, em comparação com o grupo CON. Não houve diferença na média da ingestão alimentar dos grupos experimentais.

Tabela 2 - Massas corporais e ingestão alimentar dos grupos experimentais.

CON (N=16) HF (N=16)

Massa corporal inicial (g) 211,21 ± 4,53 208,13 ± 5,12

Massa corporal final (g) 508, 55 ± 12,05 571,81 ± 20,23a

Ganho de peso (g) 291,90 ± 12,76 364,16 ± 20,30a

Ingestão (g/animal/dia) 15,83 ± 1,21 15,09 ± 1,39

a = diferença significativa (p<0,05)

4.2 Resultados do DEXA

4.2.1 Percentual de gordura corporal

Verificamos que o consumo da dieta rica em gorduras saturadas promoveu o aumento no percentual de gordura corporal (Figura 1) em 92,25% no grupo HF, quando comparados com o grupo que ingeriu a dieta comercial padrão (CON).

(28)

28

Figura 3 Determinação do percentual de gordura corporal através de absortometria radiológica de

dupla energia (DEXA) dos grupos Controle (CON, n = 5), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 5). * p<0,05 vs CON.

4.2.2 Efeitos sobre o percentual de massa gorda e massa magra

Para os dados de massa gorda e de massa magra, a determinação de cada componente deriva da análise do DEXA, a partir da inserção dos dados de massa corporal de cada animal submetido à técnica e a avaliação da composição corporal no aparelho. Assim, a metodologia permite determinar dentre a massa corporal o que corresponde à massa magra e o que corresponde ao tecido gordo/adiposo.

A partir desses conhecimentos, tornou-se possível determinar a composição corporal discriminada dos animais. Percebemos que, em relação ao tecido gordo (Fig. 2A) houve um aumento de 96% para os animais HF (62,88 g ± 9,17 g) em relação ao grupo CON (32,02 g ± 6,47 g, p<0,05). Já para a composição referente à massa magra (Fig. 2B), houve uma redução em aproximadamente 54,6% para o grupo hiperlipídico (36,05 g ± 8,9 g) comparados aos animais do grupo controle (66,02 g ± 6,27 g, p<0,05).

(29)

29

Figura 4 Determinação do percentual de tecido gordo (A) e de massa magra (B), através de

absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) dos grupos Controle (CON, n = 5) e Dieta Hiperlipídica (HF, n = 5). * p<0,05 vs CON.

4.3 Efeitos sobre o metabolismo glicídico

O metabolismo glicídico foi altamente influenciado pela ingestão da dieta HF. Observou-se um aumento de 35% na glicemia de jejum dos animais do grupo HF (123,9 ± 16,91 mg/dL) em relação ao grupo CON (91,73 ± 16,24 mg/dL, p<0,05) (Fig. 3A)

Foi observado também, em relação à insulina de jejum, um aumento em 69,7% nos animais do grupo HF (45,3 ± 14,58 uUI/mL) em relação ao grupo CON ( 26,69 ± 7,95 uUI/mL, p<0,05) (Fig. 3B).

(30)

30

Figura 5 Efeitos da dieta hiperlipídica sobre o metabolismo glicídico, em relação aos valores de

glicose plasmática (A) e de insulina sérica (B) de jejum, dos grupos Controle (CON, n = 10), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 10). *p<0,05 vs CON.

Figura 6 Efeitos da dieta hiperlipídica sobre a resistência insulínica, em relação aos indicadores

HOMA-IR (A) e QUICKI (B), dos grupos Controle (CON, n = 10), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 10). *p<0,05 vs CON.

4.4 Efeitos sobre os indicadores de resistência insulínica

Foi observado um aumento no indicador HOMA-IR no grupo HF em comparação ao grupo CON (Fig. 4A).

Já para o QUICKI (Fig. 4B), os valores obtidos para o grupo HF foram menores que para o grupo CON, corroborando com os valores do HOMA-IR, já que se trata de valores inversamente proporcionais. Os dados obtidos podem ser observados nos gráficos a seguir:

(31)

31

Figura 7 Efeitos da dieta hiperlipídica sobre o perfil lipídico, para as análises de triglicerídeos

(A) e colesterol total (B), dos grupos Controle (CON, n = 12), Dieta Hiperlipídica (HF, n = 12). *p<0,05 vs CON.

4.5 Efeitos sobre o perfil lipídico

Os TAG dos animais HF (91,53 ± 35,92 mg/dL) se apresentaram elevados em 65% após as 32 semanas de ingestão da dieta hiperlipídica, quando comparados com os animais que receberam a dieta CON (55,44 ± 14,32 mg/dL, p<0,05) (Fig. 5A). Já para o colesterol total, foram observadas diferenças entre estes dois grupos, se encontrando elevado em 24% para os animais HF (49,84 ± 7,48 mg/dL) em comparação com os animais CON (40,17 ± 7,83 mg/dL, p<0,05) (Fig. 5B).

(32)

32

5 DISCUSSÃO

O presente estudo apresenta os impactos de uma dieta hiperlipídica sobre ratos Wistar, em 32 semanas de submissão a uma dieta. Para isso, utilizamos dois grupos de animais com a mesma idade: um grupo controle que seguiu uma dieta controle padrão e um grupo high-fat, o qual seguiu uma dieta hiperlipídica de cafeteria. A fim de avaliar os prejuízos desse padrão dietético, foram mensurados elementos plasmáticos e as dimensões corporais relacionadas à massa gorda, massa magra e o ganho de peso total. Assim, constatamos que a dieta HF causou um aumento em alguns parâmetros plasmáticos desses animais, como: insulina, TAG, glicemia, bem como os indicadores de resistência insulínica relacionados ao metabolismo glicídico, o HOMA-IR e o QUICKI. Para a avaliação corporal, observamos aumento na massa corporal e gordura corporal nos animais HF, além de uma redução na massa magra, comum a esse modelo animal submetido a esse tipo de dieta.

A síndrome metabólica (SM) consiste em uma associação de fatores, incluindo obesidade, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão, que aumenta em aproximadamente três vezes o risco de doenças cardiovasculares. Experimentalmente, a obesidade induzida por dieta hiperlipídica é eficaz no desenvolvimento dos distúrbios metabólicos clássicos da SM, e tem sido amplamente empregada em estudos com roedores, principalmente porque mimetiza melhor que os modelos genéticos as alterações observadas em humanos (FRISBEE, 2003; NASCIMENTO et al., 2013; YOUNG; KIRKLAND, 2007). Estudos prévios demonstraram que a dieta utilizada no presente trabalho foi eficaz em induzir as alterações metabólicas observadas na SM, como obesidade abdominal, intolerância à glicose, hipertensão, dislipidemia aterogênica e rarefação capilar (NASCIMENTO et al., 2013).

Embora existam diversos outros modelos experimentais de dieta, a literatura indica que há diversas vantagens na utilização da dieta high-fat, já que mimetiza de forma mais fidedigna escolhas alimentares da sociedade atual, como alimentos processados e ultraprocessados (LOUZADA et al., 2015). Além disso, é importante destacar que em estudos com utilização de animais de laboratório já representa um modelo de obesidade, devido à disponibilidade irrestrita de alimentos e a prática nula de atividade física. Assim, no presente estudo, pôde-se identificar alterações de parâmetros biométricos e bioquímicos a partir da implementação desse modelo de

(33)

33

dieta experimental, sendo de grande importância para discussão dos impactos de padrões alimentares sobre aspectos referentes às análises clínicas veterinária.

No contexto da obesidade, em humanos, sabe-se que o Índice de Massa Corporal (IMC), apesar de ser rotineiramente selecionado como método diagnóstico dessa afecção, apresenta algumas limitações. Tal metodologia não é capaz de realizar a distinção entre os tecidos corporais e garantir um perfil mais amplo com relação à mensuração da massa corpórea, por isso outros testes como o DEXA são utilizados (MARTINS, K. et al., 2011). O DEXA permite a partir dos dados referentes à massa corporal discriminar os percentuais de massa magra e massa gorda e, sabendo-se pela literatura das adversidades do excesso de tecido adiposo, auxilia no prognóstico clínico (PLANK, 2005).

Para os animais, em geral, outras metodologias de composição corporal são utilizadas, como o índice de Lee, a pesagem de carcaça e até mesmo a análise de ganho de peso. Contudo, como método biométrico, o DEXA, por discriminar os componentes da massa corporal, se apresenta com uma precisão e confiabilidade melhor que a maioria desses métodos e permite uma relação com a conduta em análises humanas (KYLE et al., 2003; NUTTALL, 2015).

Com relação aos dados biométricos, verificamos através do DEXA a composição corporal discriminada de ambos os grupos – CON e HF – em relação ao percentual de gordura corporal, tecido gordo e massa magra. Para gordura corporal foi constatado o esperado, de que a dieta hiperlipídica em comparação a uma dieta controle aumenta a lipogênese (DUARTE et al., 2014) e, consequentemente o depósito de tecido adiposo branco. Em concordância com a literatura, observou-se que além dos efeitos do aumento da gordura corporla dos animais submetidos a uma alimentação hiperlipidica, também foi evidenciado a redução da massa magra (FRANTZ et al., 2017)

Ao propósito de avaliar os efeitos de uma dieta hiperlipídica sobre o metabolismo da glicose, foram realizadas as análises da glicemia e insulina de jejum. De conformidade com a literatura, a glicemia encontrou-se elevada no grupo HF, comparado ao grupo CON, em 35%. Em acordo aos resultados de glicemia, para a insulinemia de jejum foi observado um aumento em torno de 70% nos animais submetidos a uma dieta hiperlipídica, em relação aos animais de dieta controle, como já visto em outros trabalhos da literatura (MARTINS, F. et al., 2015; WHITE et al., 2013).

(34)

34

Sob o mesmo ponto de vista, os indicadores de resistência à insulina corroboraram com estudos anteriores, dos quais preveem que a dieta hiperlipídica reflete em um quadro de resistência insulínica (FLANAGAN et al., 2008; JACOB et al., 2013; SAMUEL; SHULMAN, 2016). Assim, tanto o HOMA-IR quanto o QUICKI, para o grupo HF, demonstraram diferenças significativas em relação ao grupo controle, o que reforça também o contexto do aumento da insulinemia de jejum pela dieta HF.

Em relação aos efeitos da alimentação hiperlipídica sobre o perfil lipídico, observou-se elevação, no grupo HF, em ambos os parâmetros analisados – TAG e colesterol total. Já para os triglicerídeos, observou-se um aumento por volta de 65% para o grupo de dieta HF, comparado ao grupo CON, o que demonstra grande concordância com a literatura científica (MANTHA; PALACIOS; DESHAIES, 1999; OI et al., 2018). Segundo Wong e colaboradores, a dieta high-fat leva ao aumento da formação do colesterol VLDL, o que auxilia na distribuição de TAG sintetizados no fígado. Assim, o alto nível de VLDL pode deflagrar os quadros de obesidade, dislipidemia e aterogênese, além de que o acúmulo de TAG no fígado poder causar resistência insulínica (WONG et al., 2016).

O tecido adiposo branco é cada vez mais reconhecido como um órgão endócrino complexo, responsável pela liberação de diversas moléculas bioativas (DE HEREDIA; GÓMEZ-MARTÍNEZ; MARCOS, 2012) e não meramente um

depósito para o armazenamento de gordura (PATEL; BURAS;

BALASUBRAMANYAM, 2013). A atividade biológica do tecido adiposo pode mudar conforme o tamanho das suas células, e sabe-se que adipócitos grandes, quando comparados aos pequenos, são mais resistentes à ação da insulina, secretam mais citocinas pró-inflamatórias e menos adiponectina (LE LAY et al., 2001). Estudos já comprovaram que 20 semanas de ingestão da dieta hiperlipídica era capaz de promover o aumento da gordura retroperitoneal e epididimal (NASCIMENTO et al., 2013). No presente estudo, demonstramos que a ingestão da dieta hiperlipídica por 32 semanas aumentou o percentual de gordura corporal, o que provavelmente contribuiu para o desenvolvimento de intolerância à glicose, documentado nos animais HF. Embora tenha papel importante no desenvolvimento de resistência à insulina, o tecido adiposo branco não é o único órgão envolvido nesta disfunção.

Atualmente, sabe-se que o acúmulo de gordura visceral está relacionado a um perfil lipídico aterogênico, aumento da pressão arterial e redução da

(35)

35

sensibilidade à insulina (GOWER et al., 2007; WILLIAMS et al., 1997). Em adição, tem sido demonstrado que a obesidade é um fator de risco independente para a incidência de Doenças Cardiovasculares (DCV) (LI et al., 2006). Estudos também reportam que a gordura abdominal é associada com o maior risco de câncer de cólon (THYGESEN et al., 2008), câncer de mama (ELIASSEN et al., 2006), diabetes (BODEN, 2011; CHEUNG; LI, 2012; KOH-BANERJEE et al., 2004) e DCV (WILLETT et al., 1995). Por consequência dessas evidências, pode-se ressaltar a importância de testes mais precisos e sensíveis para a avaliação corporal, a fim de prever a gravidade de um quadro de obesidade, como o DEXA, devido às limitações existentes no cálculo do IMC.

No contexto das análises clínicas, pode-se ressaltar a relevância de metodologias mais precisas e que confiram prognósticos de maior confiança, a fim de contribuir à prevenção de doenças, além de seus tratamentos. Para a obesidade e SM é de suma importância à aplicabilidade de testes laboratoriais que correlacionem suas enfermidades associadas, comprovadas na literatura. A consolidação da obesidade como uma afecção além do aumento de massa e gordura corporal, mas como um fator predisponente para outras enfermidades é necessário para reduzir o panorama atual de indivíduos inseridos nesse estado patológico. Assim, é essencial a inclusão de novas metodologias que apresentem uma abrangência ampla à doença, além das metodologias tradicionais utilizadas na clínica.

Portanto, se faz essencial que as metodologias de análises clínicas contemplem os diversos marcadores presentes no quadro patológico de obesidade, bem como aos indicadores de doenças associadas a ele. Não obstante, para as análises veterinárias, também se faz necessário um aprimoramento tecnológico das técnicas utilizadas, a fim de conferir maior precisão às aferições, aumentando a confiabilidade de seus resultados.

(36)

36

6 CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que a dieta de cafeteria foi capaz de induzir a obesidade e resistência à insulina em ratos Wistar, deflagrando alterações plasmáticas de analitos comumente pesquisados no diagnóstico de obesidade (glicose, insulina, colesterol e TAG).

(37)

37

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABESO. Diretrizes brasileiras de obesidade - 2016. 4 ed. São Paulo: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica 2016.

ALMEIDA, M. E. F. D.; SANTOS, V. S. DIETA DE CAFETERIA COM CHOCOLATE, AMENDOIM E BISCOITO: EFICÁCIA NA INDUÇÃO DO EXCESSO DE PESO E DA DISLIPIDEMIA EM RATOS. SaBios: Rev. Saúde e Biol., v. 10, n. 3, p. 15-24, 2015.

ANDRIOLO, A. et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso. 2010. 115 BARROSO, E. et al. PPARbeta/delta ameliorates fructose-induced insulin resistance in adipocytes by preventing Nrf2 activation. Biochim Biophys Acta, v. 1852, n. 5, p. 1049-58, May 2015.

BELFORT-DEAGUIAR, R.; SEO, D. Food Cues and Obesity: Overpowering Hormones and Energy Balance Regulation. Current Obesity Reports, v. 7, n. 2, p. 122-129, 2018.

BERALDO, R. A. et al. Redistribuição de gordura corporal e alterações no metabolismo de lipídeos e glicose em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, n. 3, p. 526-536, 2017.

BODEN, G. Obesity, insulin resistance and free fatty acids. Current Opinion in Endocrinology, Diabetes and Obesity, v. 18, n. 2, p. 139-143, 2011.

BRASIL. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. 198. SAÚDE, M. D. DOU: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RDC Nº 302 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel (Org.). VIGITEL BRASIL 2016: Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência

de diabetes e hipertensão. 2016. Disponível em:

<http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf>. Acesso em: 4 jan. 2019.

______. Vigitel Brasil 2016 Saúde Suplementar: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico [recurso eletrônico]. SAÚDE, M. D. Brasília: Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar: 50-91 p. 2016.

CHEUNG, B. M. Y.; LI, C. Diabetes and Hypertension: Is There a Common Metabolic Pathway? Current Atherosclerosis Reports, v. 14, n. 2, p. 160-166, 2012.

DE HEREDIA, F. P.; GÓMEZ-MARTÍNEZ, S.; MARCOS, A. Obesity, inflammation and the immune system. Proceedings of the Nutrition Society, v. 71, n. 02, p. 332-338, 2012.

(38)

38

DUARTE, J. A. G. et al. A high-fat diet suppresses de novo lipogenesis and desaturation but not elongation and triglyceride synthesis in mice. Journal of Lipid Research, v. 55, n. 12, p. 2541-2553, 2014.

EISELE, Ines. Excesso de peso, um problema global. 2016. Disponível em: <https://www.dw.com/pt-br/excesso-de-peso-um-problema-global/a-36356893>. Acesso em: 4 jan. 2019.

ELIASSEN, A. H. et al. Adult Weight Change and Risk of Postmenopausal Breast Cancer. JAMA, v. 296, n. 2, p. 193-201, 2006.

FLANAGAN, A. M. et al. High-fat diets promote insulin resistance through cytokine gene expression in growing female rats. Journal of Nutritional Biochemistry, v. 19, n. 8, p. 505-513, 2008.

FORHAN, M.; VRKLJAN, B.; MACDERMID, J. A systematic review of the quality of psychometric evidence supporting the use of an obesity-specific quality of life measure for use with persons who have class III obesity. Obesity Reviews, v. 11, n. 3, p. 222-228, 2010.

FRANTZ, E. D. C. et al. High, but not low, exercise volume shifts the balance of renin-angiotensin system toward ACE2/Mas receptor axis in skeletal muscle in obese rats. Am J Physiol Endocrinol Metab, v. 313, n. 4, p. E473-E482, Oct 1 2017.

FRISBEE, J. C. Remodeling of the skeletal muscle microcirculation increases resistance to perfusion in obese Zucker rats. AJP-Heart Circ Physiol, v. 285, p. 104-111, 2003.

GELONEZE, B.; TAMBASCIA, M. A. Avaliação Laboratorial e Diagnóstico da Resistência Insulínica. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 50, n. 2, p. 208-215, 2006.

GONZALEZ-MUNIESA, P. et al. Obesity. Nat Rev Dis Primers, v. 3, p. 17034, Jun 15 2017.

GOWER, B. A. et al. Elements of the Metabolic Syndrome: Association with Insulin Sensitivity and Effects of Ethnicity. METABOLIC SYNDROME AND RELATED DISORDERS, v. 5, n. 1, p. 77-86, 2007.

GRAUS-NUNES, F. et al. AT1 receptor antagonist induces thermogenic beige adipocytes in the inguinal white adipose tissue of obese mice. Endocrine, v. 55, n. 3, p. 786-798, Mar 2017.

GUIMARÃES, A. C. et al. O laboratório clínico e os erros pré-analíticos. Rev HCPA, v.

31, n. 1, p. 66-72, 2011.

HALADE, G. V. et al. High fat diet-induced animal model of age-associated obesity and osteoporosis. The Journal of Nutritional Biochemistry, v. 21, n. 12, p. 1162-1169, 2010.

(39)

39

ISHIKAWA, M. et al. Plasma and Serum Lipidomics of Healthy White Adults Shows Characteristic Profiles by Subjects’ Gender and Age. PLoS ONE, v. 9, n. 3, p. e91806, 2014.

JACOB, P. S. et al. Isocaloric intake of a high-fat diet promotes insulin resistance and inflammation in Wistar rats. Cell Biochemistry and Function, v. 31, n. 3, p. 244-253, 2013.

JANKIEWICZ, A. K. C. et al. Adipose tissue consumption of a high sucrose diet in a rat model. p. 2546-2553, 2015. redistribution caused by an early Nutrición Hospitalaria, v. 31, n. 6,

JÚNIOR, D. A. C. P.; SERAPHIM, P. M. Cafeteria diet intake for fourteen weeks can cause obesity and insulin resistance in Wistar rats. Rev. Nutr, v. 25, n. 3, p. 313-319, 2012.

JUNQUEIRA, L. C. U. Histologia Básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 538

KATZ, A. et al. Quantitative insulin sensitivity check index: a simple, accurate method for assessing insulin sensitivity in humans. J Clin Endocrinol Metab, v. 85, n. 7, p. 2402-10, Jul 2000.

KOH-BANERJEE, P. et al. Changes in Body Weight and Body Fat Distribution as Risk Factors for Clinical Diabetes in US Men. American Journal of Epidemiology, v. 159, n. 12, p. 1150-1159, 2004.

KYLE, U. G. et al. Validation of a bioelectrical impedance analysis equation to predict appendicular skeletal muscle mass (ASMM). Clinical Nutrition, v. 22, n. 6, p. 537-543, 2003.

LANCET. Worldwide trends in body-mass index, underweight, overweight, and obesity from 1975 to 2016: a pooled analysis of 2416 population-based measurement studies in 128·9 million children, adolescents, and adults. The Lancet, v. 390, n. 10113, p. 2627-2642, 2017/12/16/ 2017.

LE LAY, S. et al. Cholesterol, a Cell Size-dependent Signal That Regulates Glucose Metabolism and Gene Expression in Adipocytes. Journal of Biological Chemistry, v. 276, n. 20, p. 16904-16910, 2001.

LI, T. Y. et al. Obesity as Compared With Physical Activity in Predicting Risk of Coronary Heart Disease in Women. Circulation, v. 113, n. 4, p. 499-506, 2006. LOUZADA, M. L. D. C. et al. Ultra-processed foods and the nutritional dietary profile in Brazil. Rev Saúde Pública, v. 49, n. 38, p. 1-11, 2015.

MAGLIANO, D. C. et al. Short-term administration of GW501516 improves inflammatory state in white adipose tissue and liver damage in high-fructose-fed mice through modulation of the renin-angiotensin system. Endocrine, v. 50, n. 2, p. 355-67, Nov 2015.

(40)

40

MANCINI, M. C. Tratado de obesidade. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. 820

MANTHA, L.; PALACIOS, E.; DESHAIES, Y. Modulation of triglyceride metabolism by glucocorticoids in diet-induced obesity. Am. J. Physiol. Regulatory Integrative Comp. Physiol., v. 277, n. 2, p. 455-464, 1999.

MARTINS, F. et al. High-fat Diet Promotes Cardiac Remodeling in an Experimental Model of Obesity. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 105, n. 5, p. 479-486, 2015.

MARTINS, K. et al. Comparação de métodos de avaliação da gordura corporal total e sua distribuição. Rev Bras Epidemiol, v. 14, n. 4, p. 677-687, 2011. MATTHEWS, D. et al. Homeostasis model assessment: insulin resistance and beta-cell function from fasting plasma glucose and insulin concentrations in man. Diabetologia, v. 28, n. 7, p. 412-9, 1985.

MODI, A. C.; ZELLER, M. H. The IWQOL-Kids©: Establishing minimal clinically important difference scores and test-retest reliability. International Journal of Pediatric Obesity, v. 6, n. 2-2, p. e94-e96, 2011.

NASCIMENTO, A. R. et al. Structural and functional microvascular alterations in a rat model of metabolic syndrome induced by a high-fat diet. Obesity Biology and Integrated Physiology, v. 21, n. 10, p. 2046-2054, 2013.

NOVELLI, E. L. B. et al. Anthropometrical parameters and markers of obesity in rats.

Laboratory Animals, v. 41, n. 1, p. 111-119, 2007.

NUTTALL, F. Q. Body Mass Index. Nutrition Today, v. 50, n. 3, p. 117-128, 2015.

OI, M. et al. Pravastatin improves risk factors but not ischaemic tolerance in obese rats. European Journal of Pharmacology, v. 826, p. 148-157, 2018. OLIVEIRA, E. P. D.; SOUZA, M. L. A. D.; LIMA, M. D. D. A. D. Índice HOMA (homeostasis model assessment) na prática clínica: uma revisão. J Bras Patol Med Lab, v. 41, n. 4, p. 237-243, 2005.

OMS. OMS guidelines on drawing blood: best practices in phlebotomy. Geneva:

OMS, 2010. 109

______. Obesity and overweight. 2017.

PATEL, P. S.; BURAS, E. D.; BALASUBRAMANYAM, A. The Role of the Immune System in Obesity and Insulin Resistance. Journal of Obesity, v. 2013, p. 1-9, 2013.

(41)

41

PATOLOGIA, S. B. D. Recomendações da sociedade brasileira de patologia clínica/medicina laboratorial (sbpc/ml): Coleta e Preparo da Amostra Biológica. São Paulo: Editora Manole: 468 p. 2014.

PLANK, L. D. Dual-energy X-ray absorptiometry and body composition. Current Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care, v. 8, n. 3, p. 305-309, 2005.

ROSINI, T. C.; SILVA, A. S. R. D.; MORAES, C. D. Obesidade induzida por consumo de dieta: modelo em roedores para o estudo dos distúrbios relacionados com a obesidade. Rev Assoc Med Bras, v. 58, n. 3, p. 383-387, 2012.

SAKYI, A. et al. Evaluation of Analytical Errors in a Clinical Chemistry Laboratory: A 3 years Experience Ann Med Health Sci Res., v. 5, n. 1, p. 8-12, 2015.

SAMUEL, V. T.; SHULMAN, G. I. The pathogenesis of insulin resistance: integrating signaling pathways and substrate flux. Journal of Clinical Investigation, v. 126, n. 1, p. 12-22, 2016.

SATHIYAKUMAR, V. et al. Fasting vs Non-Fasting and Low-Density Lipoprotein-Cholesterol Accuracy. CIRCULATION, v. 137, n. 1, p. 10-19, 2018. SCHULTZ, A. et al. Hepatic adverse effects of fructose consumption independent of overweight/obesity. Int J Mol Sci, v. 14, n. 11, p. 21873-86, Nov 5 2013.

SERVICES, U. S. D. O. H. A. H. Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories. USA: 2009.

SOUZA, R. G. M. D. et al. Métodos de análise da composição corporal em adultos obesos. Revista de Nutrição, v. 27, p. 569-583, 2014.

THYGESEN, L. C. et al. Prospective weight change and colon cancer risk in male US health professionals. International Journal of Cancer, v. 123, n. 5, p. 1160-1165, 2008.

UED, F. D. V. et al. Anthropometric, biochemical, and variables alterations in the metabolic syndrome among obese children and adolescents with and without non-alcoholic fatty liver disease. Revista Médica de Minas Gerais, v. 25, n. 4, p. 529-536, 2015.

VALLIS, M. Quality of life and psychological well-being in obesity management: improving the odds of success by managing distress. International Journal of Clinical Practice, v. 70, n. 3, p. 196-205, 2016.

WHITE, P. A. S. et al. Modelo de obesidade induzida por dieta hiperlipídica e associada à resistência à ação da insulina e intolerância à glicose. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 57, n. 5, p. 339-345, 2013.

Referências

Documentos relacionados

Após a síntese do material, foi feito a caracterização do mesmo a partir da difração de raios X, espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier, espectroscopia

forma a comprovar que os preços registrados permanecem compatíveis com os praticados no mercado, condição indispensável para a solicitação da aquisição e/ou

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Materiais, Campus de Marabá, Universidade Federal do Pará.. Márcio

No capítulo 1, vimos que o verbo passivo do latim pode selecionar como argumento interno uma oração infinitiva, com duas alternativas: (i) alçamento do sujeito para a posição vazia

Keywords: Fractional calculus and diffusion, Caputo derivatives and enlarged controllability, RHUM approach and minimum energy, fractional optimal control, zone and

• Além da formação continuada, já realizada pelo município, abrangendo temas diversos, há a urgente necessidade de formação permanente (garantida pela Portaria

Comparamos a propagação da doença com e sem a distribuição espacial, ou seja, comparamos o mo- delo SI discreto do Capítulo 4, com o modelo SI discreto espacialmente distribuído,

Logo, os resultados mostram que existe um padrão de sistemas organicamente mais inclinados a serem malformados durante o período gestacional influenciado pela AUU e que