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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

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Academic year: 2021

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(1)

Exmo. Sr. Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de Mato Grosso do Sul:

A Comissão Permanente de Ensino Jurídico da OAB/MS, na pessoa de seu Presidente, o advogado Cláudio de Rosa Guimarães, tendo em vista o convênio firmado entre nosso Conselho Federal – CFOAB com o Ministério da Educação e Cultura – MEC, que irá definir as novas matrizes curriculares dos cursos de direito no Brasil e a realização de audiência pública na data de 15 de agosto passado, onde debatemos no Estado de Mato Grosso do Sul os NOVOS RUMOS DO ENSINO JURÍDICO, visando colher informações e sugestões de instituições de ensino ofertantes do curso de direito neste Estado, coordenadores de curso, docentes e discentes, vem à presença de V.Exa., apresentar as sugestões colhidas (anexo) para compor nossa Carta Propositiva de Mato Grosso do Sul, a ser enviada ao CFOAB, divididas nas seguintes temáticas abordadas: Critério de Autorização, Reconhecimento e Renovação dos Cursos Jurídicos; Matriz Curricular do Curso Jurídico e sua Estrutura Física; Corpo Docente e Diretrizes para Avaliação do Resultado da Aprendizagem.

Em anexo e passando a integrar o presente documento, juntamos propostas recebidas por escrito no dia do evento, tendo como signatários:

(2)

a) Diretório Acadêmico Clóvis Bevilácqua – DACLOBE, da Universidade Católica Dom Bos-co - UCDB, propondo mudança na grade curricular dos cursos Bos-com inclusão de matérias no eixo de formação profissional bem como ampliação de créditos em outras matérias (listadas no requerimento).

b) Em conjunto: Comissão Especial de Assuntos Indígenas da OAB/MS; Comitê Intertribal: Memória e Ciência Indígena – ITC; Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal – ARPI-PAN; Conselho Municipal de Direito e Defesa Indígena de MS – CMDDI; Conselho Indi-genista Missionário – CIMI; e Conselho regional de Psicologia de MS – 14ª Região – CRP: propondo mudança na grade curricular dos cursos com inclusão da matéria Direi-to Indígena.

c) Acadêmicos da Universidade estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS – Unidade de Na-viraí: solicitando grade curricular mínima para cada período semestral e demais suges-tões com suas justificativas constantes do documento anexo.

Sendo o que tinha para o momento, subscrevo-me com as saudações de praxe. Att.

Campo Grande (MS), 25 de setembro de 2013.

Cláudio Guimarães

(3)

ANEXO I

SUGESTÕES COLHIDAS NA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Primeira temática: Critério de Autorização, Reconhecimento e Renovação dos Cursos Jurídicos:

a) Aumento na rigidez com expurgação do elemento político nos processos de Autoriza-ção, Reconhecimento e Renovação dos Cursos Jurídicos.

b) Definição de critérios mais rígidos para constatação de estudo de viabilidade do curso para atender a população local e a população regional, com possibilidade de restrição de número de vagas e de ofertas de curso.

c) Aprimoramento do sistema de avaliação dos cursos, com ênfase na verificação de ex-tensão e pesquisa.

d) Despadronização de determinados critérios adotados para se levar em conta o local, suas peculiaridades e a realidade de cada instituição.

e) Tendo em vista a análise objetiva do número de docentes titulados, verificação junto às instituições de planos de incentivo e oferta de oportunidades de aperfeiçoamento, através da concessão de bolsas de capacitação aos docentes, como requisito de reno-vação.

(4)

f) Valorização do profissional da docência jurídica, através da implantação obrigatória de planos de carreira, piso mínimo, considerando não somente o tempo em sala de aula, mas o tempo destinado às tarefas extraclasses, como requisito de renovação.

g) Verificação periódica e precisa das instalações físicas do curso, tendo em vista existirem instituições onde todos os membros são Doutores e que por este motivo (critério obje-tivo) recebem pontuação máxima, mas a estrutura física é um deficitária, como aconte-ce em muitas instituições Federais e Estaduais.

h) Fechamento imediato de cursos que não se enquadrarem nos critérios mínimos a se-rem definidos.

i) Participação de um membro da OAB na Comissão Avaliadora.

j) Alteração na sistemática sobre o projeto político-pedagógico, de forma que o mesmo possa ser modificado após a fase de autorização e reconhecimento, de modo a corres-ponder com as necessidades da sociedade, da instituição e dos acadêmicos, pois atual-mente na primeira avaliação a instituição deve cumprir com o projeto pedagógico, que muitas vezes ainda não teve tempo razoável para se adequar às realidades.

k) Melhorias nos formulários de avaliação, com possibilidade de se inserir características regionais, sem que isso prejudique o contexto da avaliação com o objetivo formulado, tendo em vista que cada item objetivo, cujo mapa vai de 1 a 5, é preenchido objetiva-mente e existe espaço para poder colocar características que possam ser positivas ou negativas para a instituição.

(5)

Segunda temática: Matriz Curricular do Curso Jurídico e sua Estrutura Física:

a) Aumento da carga horária mínima para o Curso de Direito em no mínimo 6 (seis) anos.

b) Inclusão de novas matérias como disciplinas obrigatórias, a compor o eixo de formação profissional: direito agrário; direito indígena; direito eleitoral; direito sindical e matéri-as ligadmatéri-as à critérios regionais, como aquelmatéri-as ligadmatéri-as à atividade sócio-econômica de cada região (vide requerimentos anexos) bem como matérias consideradas assessórias de disciplinas principais, como por exemplo, a propriedade industrial.

c) Aperfeiçoamento e inclusão da atividade de pesquisa e extensão desde a graduação, fomentando a formação científica do acadêmico.

d) Focalização no art. 3º da Resolução n. 9 do CNE, de modo que, OBRIGATORIAMENTE, seja aquele o perfil a ser obtido do acadêmico de direito, exigindo-se rigor no cumpri-mento do eixo de formação fundamental, de modo que possa haver relação do Direito com outras áreas do saber, valorizando-se a formação humanística, que atualmente se encontra desprestigiada, estando os cursos voltados para formação técnica.

e) Inclusão de disciplinas ligadas a formação pedagógica, tendo em vista a realidade de que muitos bacharéis em direito migram para a docência superior.

f) Restruturação do eixo de formação prática, valorizando a prática do acadêmico com si-tuações dentro do contexto em que vive.

(6)

a) Valorização constante do profissional da educação jurídica superior, com verificação junto as IES de oferta de bolsas de capacitação bem como cursos de formação pedagó-gica e investimentos na qualificação docente.

b) Criação de plano de carreira obrigatório para todas as instituições, de forma muito es-pecífica e bem colocada.

c) Criação de piso mínimo para a docência, considerando não somente o tempo em sala de aula, mas o tempo destinado às tarefas extraclasses.

d) Aplicação do vetor de valorização dos profissionais da área de educação, com o princí-pio do sistema de ensino nacional, estabelecido pela LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sendo as instituições de ensino superior questionadas sobre o que elas fazem nesse sentido, se possuem curso de capacitação, se o professor tem treina-mento com pedagogas, se possui plano de cargos e salários.

Quarta temática: Diretrizes para Avaliação do Resultado da Aprendizagem.

a) Restruturação da sistemática de avaliação do resultado da aprendizagem, repensando a forma com a qual o ENADE está sendo utilizado como um dos instrumentos a disposi-ção do MEC para avaliadisposi-ção, tendo em vista em muitos casos o resultado não refletir a realidade verificada junto às instituições de ensino, devido à falta de comprometimen-to do acadêmico com referido exame.

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