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Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção

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(1)

SÃO PAULO - 2020

Instruções para escolha adequada dos calçados

profissionais de acordo com a simbologia empregada

Laboratório de Calçados

e Produtos de Proteção

(2)

Instruções para escolha adequada dos calçados

profissionais de acordo com a simbologia empregada

Laboratório de Calçados

(3)

Governador

João Agripino da Costa Doria Junior

Secretaria de Desenvolvimento Econômico

Patricia Ellen da Silva

Diretor Presidente do IPT

Jefferson de Oliveira Gomes

Diretora de Inovação e Negócios

Claudia Echevenguá Teixeira

Diretora Financeira e Administrativa

Flávia Gutierrez Motta

Diretoria IPT Open

Rodrigo de Araujo Teixeira

Diretor de Operações

Adriano Marim de Oliveira

Autores

Nicole Aparecida Amorim de Oliveira Felipe Cintra Clementino

David Henrique Zago

Revisão Técnica

Jorge Luis Dias dos Santos Fernando Soares de Lima

ACC - Assessoria de Comunicação Corporativa Diagramação e projeto gráfico

Luiz Silviano

Revisão

Flavio Sergio Jorge de Freitas

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índices para catálogo sistemático:

Oliveira, Nicole Aparecida Amorim de

Instruções para escolha adequada dos calçados profissionais de acordo com a simbologia empregada [livro eletrônico] / Nicole Aparecida Amorim de Oliveira, Felipe Cintra Clementino, David Henrique

Zago. -- 1. ed. -- São Paulo : Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, 2020. -- (IPT Publicação ; 3035) PDF

Bibliografia

ISBN 978-65-5702-003-6

1. Calçados - Indústria 2. Calçados para profissionais 3. Segurança do trabalho - Normas 4. Serviços de saúde I. Clementino, Felipe Cintra. II. Zago, David Henrique. III. Santos, Jorge Luiz Dias dos. IV. Lima, Fernando Soares de. V. Título VI. Série.

1. Calçados profissionais : Segurança do trabalho : Serviços de saúde 363.15

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

(4)

1 Objetivo

...

5

2 Introdução

...

5

3 Os calçados

...

7

4 As normas vigentes

...

8

4.1 Classes e desenhos dos calçados

...

9

4.2 Requisitos e simbologias aplicadas

...

10

5 Disposições finais

...

15

6 Referências normativas

...

16

7 Siglas

...

17

8 Referências bibliográficas

...

18

9 Sobre os autores

...

19

SUMÁRIO

(5)

1 Objetivo

Auxiliar os profissionais da área de saúde e segurança do trabalho e os próprios usuários a realizar a escolha adequada dos calçados profissionais, em consonância com as normatizações adotadas pelos órgãos competentes, visando reduzir os danos decorrentes de acidentes de trabalho por fatores mecânicos e térmicos na região dos pés.

Imagem de Dewald Van Rensburg por Pixabay

Instruções para escolha adequada dos calçados

profissionais de acordo com a simbologia empregada

2 Introdução

A existência de dúvidas inerentes a um processo de compra pode induzir a uma escolha inadequada, situação essa que pode acontecer ao adquirir qualquer produto inclusive um calçado1.

Estima-se que hoje 50% da população utiliza um calçado inadequado, podendo ocasionar dores, lesões hiperquerostáticas (calos)2, problemas de saúde nos membros inferiores e tronco. Esses fatores

incrementam os acidentes por quedas e ainda podem influenciar negativamente na independência e mobilidade da população idosa(2,3). Dessa forma, a escolha do calçado ideal deve ser realizada com

atenção, visando à proteção imediata e futura do usuário4.

(6)

empregados de forma gratuita EPI’s adequados aos riscos inerentes à função, estando em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias5:

a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) Para atender a situações de “emergência”.

Ainda de acordo com a NR6, as empresas que não forem obrigadas a constituir SESMT, conforme à Norma Regulamentadora n°4, a seleção adequada do EPI cabe ao empregador, seguindo orientações de profissional habilitado para este fim, CIPA, ou na falta desses a seleção deverá ser realizada pelo empregador em conjunto com dois trabalhadores que utilizam os EPI’s6.

Para saber se a empresa necessita possuir um SESMT instalado é necessário fazer uma consulta NR4, onde é qualificado seu grau de risco conforme o tipo de atividade exercida e confrontar esse grau de risco com o número de funcionários da empresa. A tabela 1 informa os grupos de empresas desobrigadas a constituir o SESMT.

Tabela 1: empresas desobrigadas a constituir SESMT

Até 500 1 e 2 Até 100 3 Até 50 4

Grau de risco da empresa Número de empregados

Fonte: NR-45 modificada

Conforme disposto na tabela 1, as empresas que nesta se enquadram não são obrigadas a manterem em tempo integral um técnico ou engenheiro do trabalho. Este posicionamento traz benefícios financeiros para a empresa, mas deixa uma lacuna para que esses funcionários não participem de momentos importantes como a orientação da escolha correta dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). O pouco conhecimento técnico envolvido na escolha do EPI pode ocasionar a aquisição de produtos inadequados à função e isso pode equivaler à ausência de proteção para a execução da atividade pelo usuário.

(7)

3 Os calçados

Para entender um pouco mais sobre as informações seguintes é necessário indicarmos as partes integrantes dos calçado.

A figura 1 mostra um calçado em corte horizontal e suas partes integrantes.

1 - Cabedal: parte superior do calçado, pode ser confeccionado em materiais como couro, laminados

sintéticos e materiais têxteis. Deve apresentar resistência mecânica e capacidade de absorver parte do suor gerado pelo pé;

2 - Palmilha interna removível: palmilha para conforto, comumente confeccionada em látex,

Poliuretano (PU) e Etileno Acetato de Vinila (EVA); deve apresentar capacidade de absorver parte do suor gerado pelo pé e resistência ao desgaste pelo atrito;

3 - Palmilha de montagem: palmilha fixa, utilizada para auxiliar na conformação do calçado, deve

possuir resistência ao desgaste e ser capaz de absorver água;

4 - Biqueira: pode ser constituída em materiais rígidos como aço e composite para proteção dos

dedos do trabalhador contra quedas de materiais pesados ou em material flexível como o plástico para auxiliar na conformação do bico do calçado;

5 - Solado: parte inferior do calçado que irá em contato com o chão. Diversos materiais podem

ser empregados na sua conceitualização, desde que o produto final tenha propriedades físicas positivas, como baixo desgaste, resistência mecânica, resistência ao escorregamento entre outras.

1

2

3

4

5

Figura 1: calçado em corte horizontal

(8)

4 As normas vigentes

Em 2009, foi publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), através da Portaria nº 121, as novas normas a serem adotadas no Brasil para a certificação de calçados utilizados como EPI’s7. Para

calçados de proteção contra riscos mecânicos foram adotadas as normas ABNT NBR ISO 203448,

ABNT NBR ISO 203459, ABNT NBR ISO 2034610 e ABNT NBR ISO 2034711. Atualmente ainda são

adotadas as mesmas normas em versões atualizadas, regularizadas e pela Portaria n° 452 de 20 de novembro de 2014, sendo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT) responsável pela emissão dos certificados.

O método de realização da maior parte dos ensaios em calçados e seus componentes, como cabedal, forros, palmilhas e solados, são especificados pela norma ABNT NBR ISO 203448, com exceção de

alguns ensaios cujas metodologias estão em outras normas, porém são citadas pela NBR 203448.

Os parâmetros normativos de especificação a serem obrigatoriamente atendidos são indicados nas normas ABNT NBR ISO 203459, ABNT NBR ISO 2034610 e ABNT NBR 2034711; sendo as duas

primeiras normas adotadas para calçados que possuem proteção específica para os dedos dos pés (biqueiras), e a última para calçados que não possuem esta proteção específica.

As normas possuem especificações para proteção dos dedos dos pés e são similares, diferindo-se apenas nos métodos dos ensaios de impacto e compressão de biqueira. Para a norma ABNT NBR ISO 203459, o ensaio de impacto deve ser realizado com energia de 200 J e o ensaio de compressão

com força de 15 kN, enquanto que para a ABNT NBR ISO 2034610, o ensaio de impacto deve ser feito

com energia de 100 J e força de 10 kN de compressão.

Figura 1: ensaio de impacto realizado em biqueira

metálica Figura 2: ensaio de compressão realizado em biqueira plástica

Os calçados para proteção contra agentes térmicos de alta intensidade (calçados para bombeiros), contra agentes químicos, corte por motosserra, calçados específicos para proteção contra metais fundidos (calçados para uso em metalúrgicas e siderúrgicas) e riscos elétricos não são abordados nesse documento, pois seguem métodos de ensaios e parâmetros de especificação detalhados por outras normas técnicas.

(9)

4.1 Classes e desenhos dos calçados

Os calçados são inicialmente divididos em duas classes 9, 10, 11:

• Classe I: Calçados confeccionados em couro e outros materiais, excluindo calçados inteiros poliméricos e/ou elastoméricos;

• Classe II: Calçados confeccionados inteiramente em material elastomérico e/ ou poliméricos.

Cada uma das classes possui ensaios específicos de acordo com os materiais empregados na sua confecção, seu tipo de construção e a finalidade de uso em relação à proteção exigida.

Existe ainda um calçado híbrido: que se configura pela combinação das duas classes, sendo a princípio um Classe II com uma extensão em material aplicável à Classe I. A figura 3 mostra como deve ser este calçado, onde a região 1 deve se comportar como calçados Classe I e a região 2 como um Classe II, ambas as regiões devem atender aos requisitos de cada classe.

Além disso, conforme a altura do calçado e seu tamanho, eles ainda são subdivididos em cinco tipos de desenhos:

Região 2

Região 1

Calçado Baixo

A B C D E

Botina Bota meio-cano Bota de cano longo Bota de cano extra-longo

a

Figura 3: calçado Híbrido.

Figura 4: desenhos dos calçados.

Fonte: ABNT 9,10,11

(10)

Quadro 1: simbologias básicas

4.2 Requisitos e simbologias aplicadas

Existem simbologias específicas que demonstram que os calçados foram submetidos aos testes necessários para desempenharem suas funções.

Quando realizados apenas os ensaios básicos, o calçado deve ser identificado com um símbolo que varia de acordo com a norma de especificação que foi adotada.

Simbologia Significado atribuído

SB OB PBH PB SBH OBH

Segurança básico pela ABNT NBR ISO 20345

Quadro 2: simbologia para o ensaio de escorregamento

Simbologia Significado atribuído

SRA Quando submetido a ensaio de escorregamento tendo como premissa a utilização do calçado em um posto de trabalho com superfícies secas que podem ter contato com água e saponáceos, especialmente em pisos cerâmicos, por exemplo; serviços de limpeza; construção civil e linha de produção.

SRC Quando submetido aos dois tipos de ensaios citados anteriormente. São adequados a trabalhadores que podem se deparar com ambas situações no seu posto de trabalho.

SRB Quando submetido a ensaio de escorregamento tendo como premissa a utilização do calçado em um posto de trabalho de piso de aço ou outro similarmente liso na presença de lubrificantes, por exemplo; postos de combustíveis; plataforma para extração de petróleo; oficinas mecânicas; refinarias; usinas de álcool e açúcar; frigorífico e cozinhas.

Ocupacional básico pela ABNT NBR ISO 20347 Proteção básico híbrido pela ABNT NBR ISO 20346 Proteção básico pela ABNT NBR ISO 20346 Segurança básico híbrido pela ABNT NBR ISO 20345 Ocupacional básico híbrido pela ABNT NBR ISO 20347

Todo calçado profissional deve ser submetido ao ensaio de escorregamento e obter resultados satisfatórios. Neste ensaio é avaliado o coeficiente de atrito, ou seja, será avaliada a capacidade do calçado de se opor à tendência de escorregar quando submetido a uma força inicial superior a necessária para dar início ao movimento. Para este ensaio, existem três tipos de simbologia aplicáveis, sendo obrigatória a utilização de ao menos uma delas.

(11)

Ensaio de escorregamento

Ensaio de compressão

Fonte: arquivo IPT

(12)

Quadro 3: simbologias adicionais aplicadas aos calçados da Classe I e da Classe II

Ensaio Simbologia Significado e usos

Penetração da Sola Calçado Condutivo Calçado Antiestático Isolamento ao calor Isolamento ao frio Proteção do tornozelo Resistência ao corte Penetração e absorção de água Resistência ao calor de contato Resistência ao óleo combustível Resistência à água Absorção de energia na região do salto Proteção do metatarso (adicional aplicado apenas a calçados com biqueira) P C A HI CI AN CR WRU HRO FO WR E M

Calçados resistentes à penetração da sola por objetos perfurantes como pregos, parafusos ou estacas. Ideal para uso em construção civil.

Calçado altamente condutivo (com resistência elétrica menor que 100 kW) que dissipa as cargas eletrostáticas. Ideal para quem trabalha com eletrônica, pois evita sobrecargas em chips ocasionando a queima dos circuitos.

Calçado que permite dissipar cargas eletrostáticas, evitando que se acumulem no corpo. Ideal para trabalho em locais com risco de explosão, como postos de gasolina e indústrias que trabalham com materiais inflamáveis.

Determina a capacidade do calçado em proteger os pés em ambientes com altas temperaturas, evitando o ganho de calor excessivo do ambiente. Ideal para uso próximo a fornos de fundição. Determina a capacidade do calçado em proteger os pés em ambientes com baixas temperaturas, evitando a perda de calor excessiva para o ambiente. Ideal para trabalho em frigoríficos e câmaras frias.

Calçado que protege o usuário contra impacto na região do tornozelo. Calçado que protege o usuário de possíveis cortes na região do cabedal.

Calçado que possui o cabedal impermeável. Ideal para trabalhos que são executados na presença de umidade.

Calçado que possui solado resistente ao contato com materiais em alta temperatura. Ideal para uso em locais muito quentes ou com solo aquecido.

Calçado que possui solado resistente ao óleo combustível Indispensável para uso em postos de gasolina e refinarias.

Calçado que protege os pés do usuário em ambientes em que haja lâmina de água.

Calçado aplicado para trabalhos em que o trabalhador deve permanecer muito tempo na posição em pé, absorvendo a energia e não sobrecarregando a coluna vertebral.

Calçado com proteção contra o impacto na região dorsal do pé. Protege os ossos do metatarso. Para uso em locais em que haja risco de queda de objetos.

Os calçados podem possuir requisitos adicionais que são opcionais. Cada um desses requisitos identificados por um símbolo específico a ser marcado junto à simbologia básica, demonstrando que o calçado possui esta propriedade adicional de proteção. Estes símbolos variam de acordo com a quadro 3.

(13)

Calçado sendo perfurado por parafuso

Conforme demonstrado no quadro 3, para calçados da Classe II não são aplicados os requisitos adicionais de simbologias WR e WRU, pois os calçados dessa classe obrigatoriamente devem ser impermeáveis ao ar e consequentemente à água.

Outras formas de símbolos que referenciam a informações de calçados profissionais são as simbologias por categoria, onde, para facilitar a marcação, as normas caracterizam o calçado com as combinações mais utilizadas de requisitos básicos e adicionais. Essas simbologias aplicam-se a calçados aprovados nos requisitos obrigatórios e em alguns requisitos adicionais selecionados.

(14)

Quadro 4: simbologia por categoria

Simbologia Significado atribuído

“S1” (para calçado de segurança

conforme ABNT NBR ISO 20345)

“P1” (para calçado de proteção

conforme ABNT NBR ISO 20346)

“O1” (para calçado ocupacional

conforme ABNT NBR ISO 20347)

“S2” (para calçado de segurança

conforme ABNT NBR ISO 20345)

“P2” (para calçado de proteção

conforme ABNT NBR ISO 20346)

“O2” (para calçado ocupacional

conforme ABNT NBR ISO 20347)

“S4” (para calçado de segurança

conforme ABNT NBR ISO 20345)

“P4” (para calçado de proteção

conforme ABNT NBR ISO 20346)

“O4” (para calçado ocupacional

conforme ABNT NBR ISO 20347)

“S5” (para calçado de segurança

conforme ABNT NBR ISO 20345)

“P5” (para calçado de proteção

conforme ABNT NBR ISO 20346)

“O5” (para calçado ocupacional

conforme ABNT NBR ISO 20347)

“S3” (para calçado de segurança

conforme ABNT NBR ISO 20345)

“P3” (para calçado de proteção

conforme ABNT NBR ISO 20346)

“O3” (para calçado ocupacional

conforme ABNT NBR ISO 20347)

Calçado de segurança, proteção ou ocupacional da Classe I que cumpra os seguintes requisitos: • Área do calcanhar fechada

• Propriedades antiestáticas

• Absorção de energia na área do salto • Resistência ao óleo combustível

Calçado de segurança, proteção ou ocupacional da Classe I que cumpra os seguintes requisitos: • Área do calcanhar fechada

• Propriedades antiestáticas

• Absorção de energia na área do salto • Resistência ao óleo combustível

• Resistência à absorção e à penetração de água no cabedal

Calçado de segurança, proteção ou ocupacional da Classe II que cumpra os seguintes requisitos: • Área do calcanhar fechada

• Propriedades antiestáticas

• Absorção de energia na área do salto • Resistência ao óleo combustível

Calçado de segurança, proteção ou ocupacional da Classe II que cumpra os seguintes requisitos: • Área do calcanhar fechada

• Propriedades antiestáticas

• Absorção de energia na área do salto • Resistência ao óleo combustível • Resistência à penetração da sola • Solado com ressaltos

Calçado de segurança, proteção ou ocupacional da Classe I que cumpra os seguintes requisitos: • Área do calcanhar fechada

• Propriedades antiestáticas

• Absorção de energia na área do salto • Resistência ao óleo combustível

• Resistência à absorção e à penetração de água no cabedal • Resistência à penetração da sola

• Solado com ressaltos

Comumente as informações citadas no quadro 4 são pouco utilizadas, sendo o padrão SB X SRY, PB X SRY ou OB X SRY, de uso mais comum; onde X representa os símbolos dos requisitos adicionais desempenhados pelo EPI, conforme mostrado oquadro 3 e Y o requisito de escorregamento do quadro 2.

De acordo com o item 7 das normas ABNT NBR ISO 20345:20159, ABNT NBR ISO 20346:201510

e ABNT NBR ISO 20347:201511, os símbolos que caracterizam as propriedades de proteção dos

calçados devem ser, obrigatoriamente, marcados de forma clara e permanente no calçado.

(15)

5 Disposições finais

Através do conhecimento do significado de cada uma das simbologias fica claro escolher o calçado ideal que alinhe o tipo de proteção ao local onde serão desempenhadas as funções pelo trabalhador. De acordo com o artigo a NR65 é obrigação do empregador fornecer ao funcionário o EPI adequado à função e é obrigação do empregado usa-lo todo o tempo em que está desempenhado sua função. Para isto é indispensável o conhecimento sobre os EPI’s, a serem utilizados em consonância com os riscos existentes no ambiente de trabalho. Vários produtos são comercializados como EPI’s, mas não trazem essas informações ao usuário. Cabe então aos compradores e usuários exigir do mercado, recusando produtos sem as informações obrigatórias de segurança. Essa atitude não só ajuda a moralizar o mercado de EPI’s, como também protege empregado e empregador.

Ensaio de abrasão solado

(16)

6 Referências normativas

Portaria N° 452, de 20 de novembro de 2014

Estabelece as normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual - EPI enquadrados no Anexo I da NR-6 e oferece outras providências.

1 Branthwaite, H.; Chockalingam, N.

Everyday footwear: An overview of what we know and what we should know on ill-fitting footwear and associated pain and pathology, The Foot 39 (2019) 11–14.

2 López PP, Vallejo RBB, Iglesias

MEL, Sanz DR, Lobo CC, López DL. Footwear used by older people and a history of hyperkeratotic lesions on the foot. Medicine 2017;96 (15).

3 Burns SL, Leese GP, McMurdo

MET. Older people and ill fitting shoes. Postgrad Medical Journal 2002; 78:344-346.

4 Esselense Hospital

Escolha o calçado adequado para a saúde dos seus pés. [accessed 2020 Apr 7]. Available at: http:// www.esselense.com.br/escolha-o-calcado-adequado-para-a-saude-dos-seus-pes/

5 Brasil

Norma Regulamentadora Nº 6 NR 6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI. Brasília: Ministério da Economia, Secretaria de Trabalho; 2018.

6 Brasil

Norma Regulamentadora Nº 4 NR-4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Brasília: Ministério da Economia, Secretaria de Trabalho; 2016. [accessed2020 Apr 7]. Available at: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf

7 Brasil

Portaria Nº 121, de 30 de setembro de 2009. Estabelece as normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual enquadrados no Anexo I da NR-6. Ministério do Trabalho e Emprego, 2009.

(17)

8 Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT). NBR ISO 20344: Equipamento de Proteção Individual - Métodos de ensaio para calçados. Rio de Janeiro: ABNT; 2015.

9 Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT). NBR ISO 20345: Equipamento de proteção individual - Calçado de segurança. Rio de Janeiro: ABNT; 2015.

10 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

NBR ISO 20346: Equipamento de Proteção Individual - Calçado de proteção. Rio de Janeiro: ABNT; 2015.

11 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

NBR ISO 20347: Equipamento de Proteção Individual - Calçado ocupacional. Rio de Janeiro: ABNT; 2015.

7 Siglas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes EPI - Equipamento de Proteção Individual.

MTE- Ministério do Trabalho e Emprego. NBR - Norma Brasileira.

NR - Norma Regulamentadora.

SEPRT - Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

(18)

8 Referências bibliográficas

1 BRANTHWAITE H.; CHOCKALINGAM, N. Every footwear: an overview of what we know and what

we should know on ill-fitting footwear and associated pain and pathology. The Foot, v.39, p.11-14, 2019

2 LÓPEZ,P.P.; VALLEJO, R.B.B.B.; IGLESIAS, M.E.L.; SANZ, D.RR; LOBO, C.C.; LÓPEZ, D.L. Footwear used

by older people and a history of hyperkeratotic lesions on the foot. Medicine, v.96, n.15, 2017.

3 BURNS, S.L.; LEESE, G.P.; McMURDO, M.E.T. Older people and ill fitting shoes. Postgrad Medical

Journa v, v.78, p.344-346, 2002.

4 ESSELENSE HOSPITAL. Escolha o calçado adequado para a saúde dos seus pés. Disponível

em 7 de abr., 2020. Acessado em: http://www.esselense.com.br

5 BRASIL. Ministério da Economia. NR 6: equipamento de proteção individual, EPI. Brasília:

Ministério da Economia, Secretaria de Trabalho, 2018.

6 BRASIL. Ministério da Economia. NR-4: Serviços especializados em engenharia de eegurança

e em medicina do trabalho. Brasília: Ministério da Economia, Secretaria de Trabalho, 2016. Acessado em 07 de abr., 2020. Disponível em:: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/ NR/NR4.pdf

7 BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria, n. 121 de 30 de setembro 2009. Estabelece

as normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual enquadrados no Anexo I da NR-6. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2009.

8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. ABNT NBR ISO 20344: equipamento de

proteção individual, métodos de ensaio para calçados. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

9 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. ABNT NBR ISO 20345: equipamento de

proteção individual, calçado de segurança. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

10 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. ABNT NBR ISO 20346: equipamento de

proteção individual, calçado de proteção. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.

11 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. ABNT NBR ISO 20347: equipamento de

(19)

9 Sobre os autores

Nicole A. Amorim de Oliveira

Pós-graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho (2015). Engenheira química pela Universidade de Franca (2013). Atua no Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção do IPT (filial em Franca/SP) como assistente de pesquisas, com experiência em vestimentas e calçados desde 2011. Dedica-se a pesquisa e desenvolvimento, publicações, análises la-boratoriais, auditoria técnica e de sistemas pelas normas ISO 17025 e ISO 9001, representante da qualidade e comitês do setor calçadista.

Felipe Cintra Clementino

Graduado em engenharia química (2013), pós-graduado em engenharia de segurança do Trabalho (2015), licenciado em química (2017) e mestre em ciências pela UNIFRAN- Universidade de Franca (2019). Trabalha no Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção do IPT (filial em Franca/SP) como assistente de pesquisas, com experiencia em calçados e seus componentes desde 2011. Atuação em projetos de capacitação, pesquisa e desenvolvimento, publicações, análises laboratoriais, auditoria técnica e representação em comitês do setor calçadista.

David Henrique Zago

Graduado e Licenciado em Química (2010) e (2017) respectivamente, técnico em curtimento (2014), atuou no desenvolvimento e apresentação do projeto de Fertilizantes Organominerais a partir de Lodos de Curtumes e Aproveitamento do Bucho Bovino (2012). Desde 2010 trabalha no Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção, em São Paulo, como Assistente de Pesquisas, com atuação em pesquisa e desenvolvimento de materiais, consultoria em processos industriais, análises laboratoriais, auditoria técnica e representação em comitê calçadista.

Jorge Luis Dias dos Santos

Mestre em Processos industriais com ênfase em engenharia pelo IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (2014). Químico Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz de São Paulo (2008). Técnico em química pelo Colégio Estadual de São Paulo em 1999. Atuou no Laboratório de Combustíveis e Lubrificantes do IPT (1999 - 2019) envolvido em análise laboratorial, pesquisas, palestras e elaboração de cursos. Atualmente no Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção do IPT (filial em Franca/SP) como supervisor. Dedica-se a projetos de capacitação, auditoria técnica, representação em comitês do setor calçadista, gerência de projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Fernando Soares de Lima

Licenciado em química pela Universidade de Mogi das Cruzes (2004), Mestre em Processos Industriais pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (2013) e Engenheiro de Produção Química pelas Faculdades Oswaldo Cruz (2017). Atualmente é responsável pelo Laboratório de Têxteis Técnicos e Produtos de Proteção e pelo Laboratório de Calçados e Produtos de Proteção do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Atua principalmente nos seguintes temas: tecidos técnicos, ensaios de caracterização e avaliação do desempenho de têxteis e EPI’s, intemperismo e microencapsulação aplicada a

(20)

IPT

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

Av. Prof. Almeida Prado, 532

Cidade Universitária - São Paulo - SP

CEP 05508-901 - Brasil

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Referências

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