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DIREITO PROCESSUAL PENAL TEORIA EXERCÍCIOS E EXERCÍCIOS TJ-RJ PROFESSOR: PEDRO IVO IVO AULA 04

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AULA 04

Futuros Aprovados,

Hoje começaremos nossa aula tratando sobre a jurisdição e competência. É um tema importantíssimo, mas que muitas vezes é deixado de lado pelos concursandos.

Estude com afinco este tema e tenha um importante diferencial para sua PROVA.

Bons estudos!

*************************************************************

EXERCÍCIOS

1. (FCC / Analista Judiciário - TRE-AP / 2011) Analise as seguintes assertivas sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal:

I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

C

(2)

III. A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I. e) III. GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Dispõe o Código de Processo Penal sobre a competência:

Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: I - o lugar da infração:

II - o domicílio ou residência do réu; III - a natureza da infração;

IV - a distribuição;

V - a conexão ou continência; VI - a prevenção;

(3)

Assim, podemos dizer que a competência pode ser analisada em razão do lugar (ratione loci), da pessoa (ratione personae), da natureza da infração (ratione

materiae) e, nos casos em que a competência se estende por mais de uma

jurisdição, pela prevenção, prerrogativa de função, distribuição e conexão ou continência.

Dada esta breve introdução, vamos analisar as assertivas:

Assertiva I Î Correta Î A assertiva reproduz o art. 70, do CPP:

Art. 70 - A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

O foro do lugar, como bem nos diz Pimenta Bueno, é sem dúvida o foro mais racional. Se naquele local o Direito foi violado, ali deverá ocorrer a ação social para punir o criminoso. O lugar da infração constitui a REGRA GERAL para a determinação da competência conforme o CPP:

Art. 70. A competência será,

de regra

, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. (grifo

nosso)

**** No processo penal, a competência será determinada, de regra, pelo lugar da infração.

GABARITO: CORRETA

**** Em regra, a competência é determinada pelo lugar em que se consumar a infração; no caso de tentativa, pelo lugar onde foi praticado o primeiro ato de execução.

GABARITO: ERRADA (último ato de execução) CAIU EM PROVA!

(4)

O artigo 70 do Código de Processo Penal adota claramente a chamada

Teoria do Resultado, segundo a qual o releva-se o lugar da produção do

resultado.

Em contrapartida, o Código Penal, ao definir o lugar do crime (art. 6°), estabelece que "considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado", consagrando, para o Direito Penal, a

Teoria da Ubiquidade.

Sobre o tema, manifesta-se Mirabete asseverando que "a superveniência da Lei n° 7.209 de 11-7-84, que deu nova redação à Parte Geral do Código Penal, não alterou a regra do artigo 70, caput, do CPP, já que o artigo 6° daquele Estatuto refere-se ao lugar do crime para os efeitos de direito penal e não como regra de competência”.

Assim, prevalece para a determinação da competência o lugar da consumação do crime, onde, em consonância com o artigo 14, inciso I, do próprio Código Penal, é possível reunir todos os elementos para a definição do delito.

Nesse sentido, exemplificando, a Súmula 200 do STJ orienta que "o juízo federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o lugar onde o delito se consumou".

****Tratando-se de competência territorial pelo lugar da infração, em regra, o CPP adotou a teoria da atividade.

GABARITO: ERRADA (Teoria do Resultado)

****Nos crimes qualificados pelo resultado, por força da teoria da atividade, adotada pelo CPP, o foro competente é o do local da prática da ação, independentemente do local em que se consumou o delito.

GABARITO: ERRADA (Teoria do Resultado)

(5)

Assertiva II Î Correta Î A assertiva reproduz o parágrafo 2º, do art. 70, do CPP:

2º - Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

Assertiva II Î Incorreta Î Será caso de conexão instrumental ou probatória, prevista no art. 76, III:

Art. 76 [...]

III - Quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstancias elementares influir na prova de outra infração.

2. (FCC / Analista - TRE-TO / 2011) Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no território nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a competência será determinada

a) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. b) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato de execução. c) pela prevenção.

d) pela residência ou domicílio do réu. e) pelo lugar onde ocorreu a consumação.

(6)

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Define o CPP que se iniciada a execução no território nacional, e a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

Do exposto, podemos resumir:

Regras especiais:

1 - Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

Observe a notícia de jornal: Um homem foi morto e outro ficou

baleado numa emboscada no limite entre Garuva, em Santa Catarina, e Paraná. A execução aconteceu na subida de uma serra, depois que um carro, com duas pessoas, parou ao lado dos dois homens no acostamento da rodovia BR-376, que liga os dois estados. Um dos passageiros do carro disparou pelo menos quatro tiros.

Neste caso, se não for possível determinar corretamente a jurisdição (infração consumada nas divisas), a competência será determinada pela já vista prevenção.

1 – EXECUÇÃO iniciada no Brasil e CONSUMAÇÃO fora do país Î A competência é determinada pelo local do ÚLTIMO ATO DE EXECUÇÃO NO BRASIL.

2 – ÚLTIMO ATO DE EXECUÇÃO praticado fora do território nacional

Î A competência é determinada pelo lugar em que o crime tenha produzido parcialmente ou devia produzir o resultado.

(7)

DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO

INFRAÇÃO CONTINUADA ÎQUANDO O AGENTE, MEDIANTE MAIS DE

UMA AÇÃO OU OMISSÃO, PRATICA DOIS OU MAIS CRIMES DA MESMA ESPÉCIE E, PELAS CONDIÇÕES DE TEMPO, LUGAR, MANEIRA DE EXECUÇÃO E OUTRAS SEMELHANTES, DEVEM OS SUBSEQÜENTES SER CONSIDERADOS COMO CONTINUAÇÃO DO PRIMEIRO.

SERIA O EXEMPLO DE UM EMPREGADO DE UMA LOJA QUE TODO DIA SUBTRAI R$50,00 DO CAIXA E NO 10º DIA É DESCOBERTO.

INFRAÇÃO PERMANENTE ÎÉ O CRIME CUJO MOMENTO CONSUMATIVO SE PROLONGA NO TEMPO. EXEMPLO: SEQUESTRO

2 - Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

Assim, se um sequestro tem início no RJ, depois o criminoso vai se esconder em SP e finalmente é descoberto pela polícia em MG, teremos o Juízo definido pela prevenção.

Exemplo prático e interessante:

Finalizando esta questão, analise a situação:

Tício, morador do Rio de Janeiro, resolveu viajar para São Paulo a fim de realizar compras na Rua 25 de março. Chegando ao local, emitiu um cheque no valor de R$5.000,00 sabendo que não detinha Tratando-se de crime permanente ou continuado, praticado em território de duas ou mais jurisdições, a competência, no processo penal, firmar-se-á pela prevenção.

GABARITO: CORRETA

(8)

suficiente provisão de fundos. Neste caso, o foro competente para o julgamento do crime de estelionato será SP ou RJ? Observe o que nos diz o STF:

SÚMULA 521 Î O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado. (No exemplo o RJ).

Isso ocorre porque é no lugar em que é negado o pagamento do cheque (praça de origem) que irá se consumar o prejuízo da vítima, ou seja, não importa onde ele depositou o cheque e sim de onde o dinheiro deveria sair.

3. (FCC / Técnico Judiciário - TRT / 2011) Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar da infração,

a) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio. b) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.

c) poderá preferir o foro da sua própria residência.

d) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração. e) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Define o art. 73 do CPP que nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Vamos esmiuçar o tema:

(9)

O CPP inicia o tratamento do assunto deixando bem claro o caráter subsidiário da definição de competência pelo domicílio ou residência do réu, observe:

Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

(grifo nosso).

Entretanto, este caráter subsidiário é extremamente atenuado a partir da aplicação da regra prevista no art. 73 do CPP, item este IMPORTANTÍSSIMO PARA PROVA! Observe:

Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu,

ainda quando conhecido o lugar da infração. (grifo nosso).

É óbvio, mas interessante ressaltar, que a regra acima não será aplicada no caso de ação penal privada subsidiária da pública e, muito menos, nas públicas condicionadas ou incondicionadas.

****No processo penal, a competência será determinada, de regra, pelo lugar do domicílio do réu.

GABARITO: ERRADA

CAIU EM PROVA!

****Pode o ofendido, em crime de ação penal privada, oferecer a queixa no foro do domicílio ou residência do réu, ou no lugar da infração, de acordo com a sua conveniência.

GABARITO: CORRETA

(10)

4. (FCC / Advogado - NCD / 2011) A competência será determinada pela continência quando

a) prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

b) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.

c) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.

d) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas, umas contra as outras.

e) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Nesta questão, apresentarei primeiramente um breve comentário das alternativas e, após, um esquema do tema.

Alternativa “A” Î Incorreta Î Trata-se de caso de CONEXÃO Instrumental ou Probatória e não de continência.

Alternativa “B” Î Incorreta Î Trata-se de caso de CONEXÃO objetiva ou material.

Alternativa “C” Î Correta Î Trata-se de caso de cumulação subjetiva, ou seja, um ato criminoso com duas ou mais pessoas envolvidas.

(11)

Alternativa “D” Î Incorreta Î Trata-se de caso de CONEXÃO intersubjetiva por reciprocidade.

Alternativa “E” Î Incorreta Î Trata-se de caso de CONEXÃO intersubjetiva por concurso de agentes.

Agora, vamos esquematizar:

CONEXÃO INTERSUBJETIVA OBJETIVA INSTRUMENTAL OU PROBATÓRIA POR SIMULTANEIDADE POR CONCURSO POR RECIPROCIDADE NEXO ENTRE DUAS OU MAIS INFRAÇÕES (PLURALIDADE DE CONDUTAS) CONTINÊNCIA DUAS OU MAIS PESSOAS + UMA INFRAÇÃO EM RAZÃO DE CONCURSO FORMAL ABERRATIO ICTUS ABERRATIO DELICTI O FATO É O MESMO OU A CONDUTA É UMA SÓ

(12)

5. (Agente - SERES-PE / 2010) Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

b) Na determinação da competência pela conexão ou continência, no concurso de jurisdições de categorias diversas, predominará a de maior graduação.

c) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á exclusivamente pela natureza do crime.

d) Ao Supremo Tribunal Federal compete processar e julgar os seus próprios ministros nos crimes comuns.

e) Havendo concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do tribunal do júri.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: A única alternativa incorreta é a "C", pois contraria o disposto no art. 71 do CPP. Observe:

Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

No que tange à alternativa “D”, cabe apresentar o seguinte quadro para memorização:

(13)

Autoridade Crime comum

Crime de responsabilidade

Presidente da República

STF

Senado Federal

Vice-Presidente

STF

Senado Federal

Deputados Federais e

Senadores

STF

Casa respectiva

a que pertence

Ministros do STF

STF

Senado Federal

Procurador Geral da República

STF

Senado Federal

Ministros de Estado e

Comandantes da Marinha,

Exército e Aeronáutica

STF

STF

Se conexo com

o Presidente:

Senado Federal

Advogado-Geral da União

STF

Senado Federal

Ministros de Tribunais

Superiores

(STJ, TSE, STM e TST)

STF

STF

Chefes de missão diplomática

de caráter permanente

STF

STF

Embaixador brasileiro

STF

STF

Ministros do TCU

STF

STF

Membros de TRT, TRE, TCE,

(14)

6. (FCC / Advogado - METRO-SP / 2010) A respeito da competência, considere:

I. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência da vítima.

II. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante só poderá ajuizar a ação no foro do domicílio ou residência do réu.

III. Na competência por conexão ou continência, no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave.

Está correto o que consta SOMENTE em

a) I e II. b) III. c) I e III. d) II e III. e) I. GABARITO: B

Desembargadores Federais e

Estaduais

STJ

STJ

Juízes Federais

TRF

TRF

(15)

COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas:

Assertiva I Î Incorreta Î Contraria o art. 72 do CPP. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência DO RÉU

Assertiva II Î Incorreta Î Contraria o art. 73 do CPP. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante PODE PREFERIR O FORO DO DOMICÍLIO OU DE RESIDÊNCIA DO RÉU, MESMO QUE CONHECIDO O LUGAR DA INFRAÇÃO.

Assertiva III Î Correta ÎEstá de acordo com o art. 78, II, “a”. Na competência por conexão ou continência, no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave.

7. (Delegado - PC-AP / 2010) Relativamente ao tema Jurisdição e Competência, analise as afirmativas a seguir:

I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando-se de infração continuada ou permanente,

(16)

praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

GABARITO: E

COMENTÁRIOS: Analisando as assertivas:

Assertiva I Î Correta Î Reproduz o art. 70 e seus parágrafos:

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se

consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

(17)

§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do

território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

Assertiva III Î Correta Î Reproduz o parágrafo 3º do art. 70:

§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais

jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

8. (FCC / Analista Judiciário - TRE-RS / 2010) A respeito da determinação da competência por conexão ou continência, considere as alternativas abaixo:

I. No concurso de jurisdições da mesma categoria, prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade.

II. No concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena menos grave.

III. No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a comum. IV. No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação.

V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência deste último.

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Está correto o que consta SOMENTE em a) I e IV. b) I, II e V. c) II, III e V. d) III e IV. e) IV e V. GABARITO: A COMENTÁRIOS: Analisando:

Assertiva I Î Correta Î Reproduz o art. 78, II, “b”.

Assertiva II Î Incorreta Î No concurso de jurisdições da mesma categoria preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave (art. 78, II, “a”).

Assertiva III Î Incorreta Î No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. (art. 78, IV).

Assertiva IV Î Correta Î Reproduz o art. 78, III.

Assertiva V Î Incorreta Î No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri. (art. 78, I).

Complementando:

A reunião dos processos poderá ocasionar uma prorrogação de competências em relação a um dos crimes.

(19)

Vamos exemplificar: Imaginemos que um furto qualificado ocorreu em SP e a receptação foi consumada em MG. Aqui temos um exemplo de conexão, concorda?

Mas qual será o juízo competente, SP ou MG ? Exatamente para dirimir este tipo de dúvida dispõe da seguinte forma o CPP:

Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:

I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri; Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:

a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;

b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade;

c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;

IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.

(20)

TIME 01 TIME 02 VENCEDOR

Competência do

Júri X Jurisdição Comum JÚRI

JURISDIÇÃO 01 X JURISDIÇÃO 02 EMPATE

CRITÉRIOS DE DESEMPATE: 1-Pena mais grave 2-Maior número de infrações 3-Prevenção JURISDIÇÃO– SÉRIE A X JURISDIÇÃO– SÉRIE B JURISDIÇÃO – SÉRIE A (MAIOR GRADUAÇÃO) JURISDIÇÃO

COMUM X JURISDIÇÃO ESPECIAL JURISDIÇÃO ESPECIAL

MESMA CATEGORIA

OBSERVAÇÃO – SÚMULA 122 DO STJ

COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL O PROCESSO E JULGAMENTO UNIFICADO DOS CRIMES CONEXOS DE COMPETÊNCIA FEDERAL E ESTADUAL, NÃO SE APLICANDO A REGRA DO ART. 78, II, "A", DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.

(21)

9. (FCC / Analista Judiciário - TRE-AM / 2010) Na hipótese de crime cometido por duas ou mais pessoas, em concurso, a competência será determinada pela a) natureza da infração. b) conexão. c) distribuição. d) continência. e) prevenção. GABARITO: D

COMENTÁRIOS: A questão exige do candidato o conhecimento do inciso I do art. 77:

Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;

Vamos complementar o assunto:

O CPP traz em seu texto as seguintes hipóteses de continência:

Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:

I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.

(22)

No primeiro caso trazido pelo CPP, temos um único crime (uma única conduta) e várias pessoas sendo acusadas dele. Exemplo claro é o crime de rixa, no qual ocorre uma briga entre três ou mais pessoas, em que é impossível identificar a existência de grupos distintos. Trata-se de uma briga desordenada, de todos contra todos.

Aqui, caro aluno, deve estar surgindo o questionamento: Mas professor, aqui não é o mesmo caso da conexão intersubjetiva por reciprocidade?

E a resposta é NÂO, pois no caso da briga entre grupos rivais temos o delito de lesão corporal ou até homicídio, que pode ser individualizado (dois ou mais delitos sendo cometidos). Diferentemente, quando falamos da rixa não temos grupos rivais e sim três ou mais indivíduos brigando, sem ser possível identificar grupos. Neste caso, os brigões terão obrigatoriamente que estar em um mesmo processo para ser caracterizada a RIXA. Há um só crime praticado, NECESSARIAMENTE por três ou mais agentes (co-autores de um MESMO DELITO).

No segundo caso, o artigo 77 diz que a competência é determinada pela continência "no caso de infração cometida nas condições previstas nos art. 51, § 1°, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal".

A referência é feita a dispositivos originais do Código Penal, agora substituídos pelos art. 70, 73 e 74 da nova Parte Geral. Podemos então dizer que o inciso II do art. 77 garante a aplicação da continência aos seguintes casos:

****A competência será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pelo mesmo crime.

GABARITO: CERTA CAIU EM PROVA!

(23)

1 - AO CONCURSO FORMAL DE CRIMES EM QUE, COM UMA MESMA CONDUTA, O AGENTE PRATICA DOIS OU MAIS CRIMES (ART. 70); Exemplo: Um indivíduo dirigindo com um velocidade 50% acima da permitida perde o controle do veículo e atropela 05 pessoas Î Uma conduta gerando 05 homicídios culposos.

2 - AO ERRO NA EXECUÇÃO (ABERRATIO ICTUS) EM QUE, POR ACIDENTE OU ERRO NO USO DOS MEIOS DE EXECUÇÃO, O AGENTE, ALÉM DE ATINGIR A PESSOA QUE PRETENDIA OFENDER LESA OUTRA (ART. 73, 2ª PARTE);

Exemplo: Tício dispara contra Mévio e, além dele, acerta Caio que passava pelo local.

3- AO RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (ABERRATIO CRIMINIS) EM QUE, FORA DA HIPÓTESE ANTERIOR, O AGENTE ALÉM DO RESULTADO PRETENDIDO, CAUSA OUTRO (ART. 74, 2ª PARTE).

Exemplo: Mévio joga uma pedra visando quebrar a janela de sua vizinha. A janela quebra e a pedra acerta Tícia que passava naquele momento por ela.

10. (FCC / Analista Judiciário - TJ-AP / 2009) Considerando as regras sobre a competência estabelecidas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que

a) nos crimes a distância, cuja execução foi iniciada no Brasil e o resultado ocorreu em outro país, a competência será da Capital Federal Brasileira.

(24)

b) se tratando de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência será do lugar no qual teve início a infração.

c) nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo lugar em que foi praticado o primeiro ato de execução.

d) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, mesmo que conhecido o lugar da infração. e) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas um domicílio, a competência será determinada pela prevenção.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Analisando:

Alternativa A Î Incorreta Î A competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução (art. 70, parágrafo primeiro do CPP).

Alternativa B Î Incorreta Î A competência será firmada pela prevenção (art. 71, CPP).

Alternativa C Î Incorreta Î Na tentativa, a competência se dará pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução (art. 70, caput, segunda parte).

Alternativa D Î Correta Î Está em conformidade com o art. 73 do CPP.

Alternativa E Î Incorreta Î Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu (art. 72, caput, CPP).

(25)

11. (FCC / Defensor - DPE-MA / 2009) A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração é determinada:

a) pela prevenção. b) por conexão.

c) pela natureza da infração. d) pela continência.

e) por distribuição.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 77, a competência será determinada pela continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração (continência subjetiva).

12. (FCC / Defensor - DPE-MT / 2009) A respeito dos critérios de determinação e modificação da competência, é correto afirmar que

a) compete à Justiça Federal o processo e o julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual.

b) o querelante, nos casos de exclusiva ação penal, não poderá preferir o foro do domicílio ou da residência do réu, quando conhecido o lugar da infração.

c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a competência da jurisdição comum.

(26)

d) a competência será determinada pelo lugar em que ocorreu a consumação, quando, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele.

e) a competência será determinada pelo local em que tiver sido iniciada a continuação quando se tratar de infração continuada praticada em território de duas ou mais jurisdições.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas:

Alternativa “A” Î Correta Î Reproduz a súmula 122 do STJ.

Alternativa “B” Î Incorreta Î De acordo com o art. 73, nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

Alternativa “C” Î Incorreta Î De acordo com o art. 78, na determinação da competência por conexão ou continência, no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.

Alternativa “D” Î Incorreta Î De acordo com o art. 70, § 1º, se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

Alternativa “E” Î Incorreta Î De acordo com: Art. 71, tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

(27)

a) sinônimo de jurisdição.

b) o poder de julgar um caso concreto, com a conseqüente solução do litígio. c) a medida da extensão do poder de julgar.

d) todas as alternativas estão corretas. e) Nenhuma alternativa está correta.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Jurisdição é o poder de julgar um caso concreto, com a conseqüente solução do litígio. Competência é a medida da extensão do poder de julgar (da jurisdição). Vamos esmiuçar o tema:

Para iniciar este tópico é importante o conhecimento da origem etimológica da palavra jurisdição que provém do latim júris (direito) e dictio (dizer), que significa a função de dizer o direito.

Para Pedroso, Jurisdição "é o poder de proclamar e aplicar o Direito, estendendo as normas, leis e princípios jurídicos cabíveis às hipóteses ocorrentes, dirimindo-se os litígios e restabelecendo-dirimindo-se a harmonia social".

Manzini aduz que, "jurisdição é a função soberana, que tem por escopo estabelecer, por provocação de quem tem o dever ou o interesse respectivo, se, no caso concreto, é aplicável uma determinada norma jurídica: função garantida, mediante a reserva do seu exercício, exclusivamente aos órgãos do Estado, instituídos com as garantias da independência e da imparcialidade (juízes) e da observância de determinadas formas (processo, coação indireta)".

EM RESUMO Î A jurisdição nada mais é do que o poder atribuído com EXCLUSIVIDADE ao Judiciário de aplicar o Direito no caso concreto, através do devido processo legal. Ao instituir a jurisdição, o Estado objetiva garantir aos

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indivíduos a correta aplicação do Direito através de quem tem a obrigação de conhecê-lo.

A jurisdição possui diversas características e em cada livro você encontrará algumas diferentes. O que esta divergência doutrinária importa para você? ABSOLUTAMENTE NADA, pois o que é importante é o que as bancas de prova exigem. Desta forma, seguem as características importantes para a sua PROVA:

• SUBSTITUTIVIDADE Î A vontade das partes é substituída pela vontade do órgão jurisdicional que declara o Direito ao caso concreto.

Assim, por exemplo, se Tício inicia uma ação penal privada contra Mévio pelo crime de injúria, solicitando ao Juiz a aplicação de pena máxima, e Mévio nega o fato solicitando a total absolvição, o Juiz não precisará optar por um dos pedidos, podendo aplicar uma pena inferior à solicitada sem proclamar a absolvição.

• DEFINITIVIDADE Î A decisão proclamada pela autoridade judicial torna-se imutável quando do encerramento do processo.

Rege-se a Jurisdição pelos seguintes princípios:

• PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL Î Consagrado pela CF/88, em seu art. 5º, LIII, o princípio do Juiz natural estabelece que ninguém será sentenciado senão pela autoridade competente, representando a garantia de um órgão julgador técnico e isento, com competência estabelecida na própria Constituição e nas leis de organização judiciária de cada Estado.

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Juiz natural é, assim, aquele previamente conhecido, segundo regras objetivas de competência estabelecidas anteriormente à infração penal, investido de garantias que lhe assegurem absoluta independência e imparcialidade.

• PRINCÍPIO DA INVESTIDURA Î A jurisdição só pode ser desempenhada por quem está investido no cargo de Juiz e no exercício de suas funções. Regra geral, tal investidura ocorre mediante concurso público.

Assim, se cair na sua prova a seguinte questão: “Segundo o princípio da investidura, a jurisdição SÓ pode ser exercida por juiz legalmente investido através de Concurso Público” você dirá que a assertiva está...INCORRETA! Pois encontramos exceção no chamado QUINTO CONSTITUCIONAL previsto no art. 94 da Constituição Federal nos seguintes termos:

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de

advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. (grifo nosso).

• PRINCÍPIO DA INDECLINABILIDADE DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL Î Nenhum Juiz pode retirar de si, “abrir mão”, da função jurisdicional (normalmente o termo utilizado em prova

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para este princípio é “o Juiz não poderá subtrair-se da função jurisdicional”) e nem a lei excluirá da apreciação do Judiciário lesão ou ameaça ao direito (Art. 5º, XXXV da CF).

• PRINCÍPIO DA INÉRCIA DE JURISDIÇÃO (NE PROCEDAT

JUDEX EX OFFICIO) Î O princípio da inércia de jurisdição

contém exatamente o mesmo conceito, ou seja, o órgão jurisdicional depende da iniciativa das partes para poder dar início à ação, não podendo proceder ex officio (diretamente, sem manifestação das partes). Perceba que aqui só temos uma mudança de denominação.

• PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE Î Decorrente do princípio do Juiz Natural, traz a garantia de que nenhum Magistrado poderá delegar a Jurisdição a outro órgão.

• PRINCÍPIO DA IMPRORROGABILIDADE Î Salvo em casos excepcionais que encontram previsão LEGAL, um Juiz não poderá invadir a competência de outro.

• PRINCÍPIO DA IRRECUSABILIDADE OU INEVITABILIDADE Î Imaginemos uma audiência onde ficará definida a divisão de bens de um casal por ocasião da separação judicial. Normalmente o homem prefere um Juiz ou uma Juíza? E a mulher? Alguns responderão tanto faz, mas, normalmente, até por questões culturais, o homem prefere ser “julgado” por um Juiz e a mulher por uma Juíza, neste supracitado caso. Exatamente para evitar

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escolhas de cunho pessoal, através do conceito deste princípio as partes não podem recusar o Juiz, salvo em casos excepcionais.

• PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE OU DA CORRELAÇÃOÎ A sentença do Juiz deve corresponder ao pedido, guardando exata relação com o pedido incorporado na denúncia ou queixa.

Podemos resumir o que vimos até agora da seguinte forma:

Caro (a) aluno (a), até agora falamos da Jurisdição como o poder que detêm o Judiciário de dizer o Direito no caso concreto.

SIGNIFICADO PRINCÍPIOS CARACTERÍSTICAS FUNÇÃO DE DIZER O DIREITO 1. JUIZ NATURAL 2. INVESTIDURA 3. INDECLINABILIDADE 4. INÉRCIA DE JURISDIÇÃO 5. INDELEGABILIDADE 6. IMPRORROGABILIDADE 7. IRRECUSABILIDADE 8. CORRELAÇAO 1. SUBSTITUTIVIDADE 2. DEFINITIVIDADE

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Todavia, podemos dizer que todo Juiz pode julgar todas as causas (penais, eleitorais, civis, trabalhistas etc.)? Ou mesmo, podemos afirmar que um Juiz do RJ poderá julgar qualquer crime ocorrido em qualquer lugar?

A resposta para as duas questões é NÃO, pois cada Magistrado possui uma competência, ou seja, uma parcela da Jurisdição.

Competência, na doutrina tradicional, é o critério que define os limites jurisdicionais de cada órgão do Poder Judiciário.

Nas palavras de THEODORO JÚNIOR citando JOSÉ FREDERICO MARQUES, hoje em dia não mais se confunde competência e jurisdição, pois aquela é "apenas a

medida de jurisdição, isto é, a determinação da esfera de atribuições dos órgãos encarregados da função jurisdicional".

14. (FCC / Técnico Judiciário / 2007) São princípios relacionados à jurisdição, EXCETO:

a) Princípio do juiz natural.

b) Princípio da delegabilidade da jurisdição. c) Princípio da correlação.

d) Princípio da inércia. e) N.R.A

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GABARITO: B

COMENTÁRIOS: Tema já abordado na questão anterior. Assim, nenhum juiz pode delegar sua jurisdição a outro órgão, pois estaria, por via indireta, violando a garantia do juiz natural (Princípio da indelegabilidade).

15. (FCC / MPE-SE / 2004) Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com o Código de Processo Penal, a competência pode ser classificada em razão:

a) da matéria. b) razão do lugar.

c) da pessoa incriminada.

d) da pessoa que intenta a ação.

GABARITO: D

COMENTÁRIOS: De acordo com o CPP, art. 69, a competência pode ser classificada: incisos I e II – pelo lugar da infração ou pelo domicílio do réu (ratio

loci), inciso III – pela natureza da infração (ratio materiae) e inciso VII – pela

prerrogativa de função (ratio personae).

16. (FCC / Analista Judiciário / 2006) Assinale a alternativa INCORRETA. A competência em razão da matéria penal compreende a justiça comum e a especial. A justiça especial compreende:

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b) Justiça Eleitoral. c) Justiça Militar.

d) Competência política do Senado Federal.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: A CF, art. 109, prevê a Justiça Federal como espécie de justiça comum.

17. (FCC / Juiz Substituto / 2008) Concomitantemente, diversas pessoas saquearam um estabelecimento comercial, sem se conhecerem umas às outras. Trata-se de:

(A) continência de ações, em razão do concurso de pessoas. (B) conexão intersubjetiva por reciprocidade.

(C) conexão intersubjetiva por simultaneidade. (D) conexão objetiva.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: A conexão Intersubjetiva por simultaneidade encontra-se definida no Art. 76, I (primeira parte) do CPP e ocorre quando duas ou mais infrações são praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, sem vínculo subjetivo.

Vamos aproveitar esta questão para tratar um pouco sobre a competência pela conexão.

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Existem determinadas situações em que em um delito temos fatos que guardam relação entre si. Para estes casos deve-se, preferencialmente, unir os processos a fim de primar pela celeridade processual e evitar decisões diferentes para o mesmo caso.

Assim, imagine que em um jogo de futebol dez torcedores cometeram atos de vandalismo quebrando parte do estádio. É interessante que todos sejam julgados no mesmo processo pelas razões acima apresentadas.

Sobre o tema, FERNANDO DA COSTA TOURINHO FILHO assinala, com precisão e segurança, que Conexão é sinônimo de relação, coerência, nexo. Logo, pode-se dizer que a conexão de que trata o Código de Processo Penal é o nexo, a relação recíproca que os fatos guardam entre si e, em face do vínculo existente entre eles, devem ser apreciados num só processo, possibilitando um só quadro probatório e, ao mesmo tempo, evitando decisões díspares ou conflitantes.

Podemos classificar a conexão em:

a) CONEXÃO INTERSUBJETIVA, que se subdivide em:

• Intersubjetiva por simultaneidade Î Definida no Art. 76, I (primeira parte) do CPP:

Art. 76. A competência será determinada pela conexão: I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas [...]

Exemplo: Imaginemos uma final de campeonato brasileiro, Corinthians e Avaí no Pacaembu e o empate favorecendo o time da casa.

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Aos 48 minutos do segundo tempo, o árbitro apita um pênalti para o Avaí, que converte a cobrança.

A torcida do Corinthians, revoltada, impulsivamente e sem ajuste prévio, começa a destruir o estádio.

Neste caso, é interessante que todos os infratores sejam julgados no mesmo processo, configurando a conexão intersubjetiva por simultaneidade.

• Intersubjetiva por concurso Î Definida no Art. 76, I (segunda parte) do CPP:

I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, [...] por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar [...]

Exemplo: Pensemos em uma quadrilha que efetua um seqüestro. Um indivíduo é responsável pelo planejamento, outro pela execução, um terceiro fica só vigiando o local no momento do delito, outro fica responsável pela negociação do resgate e assim por diante.

Nesta situação, todos deverão compor o mesmo processo penal, configurando conexão intersubjetiva por concurso.

• Intersubjetiva por reciprocidade Î Definida no Art. 76, I (parte final) do CPP:

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I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, [...] por várias pessoas, umas contra as outras;

Exemplo: Briga entre dois grupos rivais, ocasionando lesões corporais recíprocas.

b) CONEXÃO OBJETIVA Î Prevista no Art. 76, II do CPP nos seguintes termos:

Art. 76. A competência será determinada pela conexão: [...]

II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;

Exemplo 01: Tício mata Mévia, sua esposa. No momento em que estava retirando o corpo da casa, aparece a melhor amiga de Mévia e Tício a mata visando garantir sua impunidade.

Exemplo 02: Caio, vendedor de livros e DVDs piratas, mata um policial a fim de garantir a venda dos produtos aos clientes. Tal delito foi cometido visando facilitar a execução de outro, caracterizando a conexão objetiva.

c) CONEXÃO INSTRUMENTAL OU PROBATÓRIA Î Prevista no Art. 76, III do CPP:

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III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

Exemplo: Tício furtou o relógio de Caio. Mévio comprou o relógio tendo conhecimento de que era roubado (delito de receptação). Neste caso, podemos falar em conexão probatória, pois a prova do furto influi na prova da receptação.

****Ocorre a conexão intersubjetiva concursal quando duas ou mais infrações tiverem sido praticadas ao mesmo tempo e por várias pessoas reunidas, ainda que sem liame subjetivo entre as condutas.

GABARITO: INCORRETA

****Ocorre a conexão probatória quando a infração é praticada para facilitar ou ocultar outra, ou ainda para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer uma delas.

GABARITO: INCORRETA

****A competência é determinada pela conexão material ou lógica quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias influir na prova de outra.

GABARITO: INCORRETA CAIU EM PROVA!

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18. (FCC / TRE-SE / 2007 - Adaptada) Quando desconhecido o lugar onde ocorreu a infração, e o réu tiver mais de uma residência, a competência, entre os juízes das respectivas jurisdições, se estabelecerá:

a) pela prevenção. b) pela continência. c) pela conexão. d) pela distribuição. e) N.R.A GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Art. 72, § 1º, CPP - Quando desconhecido o lugar onde ocorreu a infração, e o réu tiver mais de uma residência, a competência, entre os juízes das respectivas jurisdições, se estabelecerá pela prevenção.

19. (TJ-SP / 2003) Ao Senado Federal, exercendo atividade jurisdicional, compete processar e julgar:

a) o Presidente da República pelos crimes comum e de responsabilidade. b) os Ministros do STF pelos crimes de responsabilidade.

c) os Ministros de Estado pelos crimes de responsabilidade, desde que não sejam conexos aos crimes do Presidente da República.

d) o Procurador Geral da República pelos crimes comuns.

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COMENTÁRIOS: Art. 52, I e II, CF - Ao Senado Federal, exercendo atividade jurisdicional, compete processar e julgar: o Presidente da República, o vice, o Procurador Geral da República, os Ministros do STF e o Advogado-Geral da União pelos crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado pelos crimes de responsabilidade, desde que conexos aos crimes do Presidente da República.

20. (FCC / Juiz substituto / 2007) O deputado estadual que cometer crime doloso contra a vida será julgado:

a) pelo STJ.

b) pelo Tribunal de Justiça de seu Estado. c) pela Assembléia Legislativa de seu Estado. d) pelo tribunal do Júri.

e) pelo STF.

GABARITO: D.

COMENTÁRIOS: Tendo em vista que a CF não previu competência especial para os deputados estaduais, caso estes pratiquem crime doloso contra a vida, aplica-se a Súmula 721, do STF, que dispõe: "a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual".

21. (FCC / Analista Judiciário / 2007) Na hipótese de o crime ser praticado por dois ou mais agentes em concurso, em que um deles tiver foro privilegiado:

a) os processos devem ser separados, devendo o agente que tem prerrogativa responder no juízo especial e o que não tem, responder no juízo comum.

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b) os processos devem ser reunidos por conexão e julgados pelo juízo comum. c) os processos devem ser reunidos por conexão ou continência e julgados pelo juízo especial.

d) os processos nunca poderão ser reunidos, em abono à garantia do juiz natural. e) N.R.A

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Na hipótese do crime ser praticado por dois ou mais agentes em concurso, em que um deles tiver foro privilegiado, os processos devem ser reunidos por conexão ou continência e julgados pelo juízo especial, aplicando-se a Súmula 704, STF, que dispõe: "não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados".

22. (FCC / Analista - TRE-CE / 2012) Mário comete um crime de homicídio a bordo de um navio brasileiro de grande porte em alto mar, que faz o trajeto direto entre Santos (São Paulo/Brasil) e Cape Town (África do Sul) e será processado e julgado pela justiça

a) da comarca de São Paulo, Capital do Estado de São Paulo, de onde o navio partiu.

b) da Capital Federal do Brasil (Brasília), pois o crime ocorreu em alto mar.

c) da África do Sul, em Cape Town, primeiro porto que tocará a embarcação após o crime, pois este foi cometido em alto mar, em águas internacionais.

d) da comarca de Santos, último porto que tocou.

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GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Define o art. 89, do Código de Processo Penal, que os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em que houver tocado.

23. (FCC / Defensor - DPE-RS / 2011) Considere a hipótese do cometimento de diversos crimes, todos conexos, mediante concurso de agentes, entre os dias 10 e 11 de novembro de 2010. Primeiramente, na Comarca de Guaíba, foram cometidos dois roubos qualificados contra pedestres e uma tentativa de homicídio contra Policial Militar. Em seguida, foi cometido um roubo qualificado na comarca de Cachoeirinha, onde os acusados foram presos em flagrante, tendo um deles sido vítima de tentativa de homicídio por parte de Policial Militar em serviço. Homologado o referido flagrante, foi também decretada prisão preventiva dos acusados do roubo pelo Juiz da 1a Vara Criminal de Cachoeirinha, mas, por força da vis attractiva do Tribunal do Júri, todos os delitos antes referidos acabaram distribuídos e processados na 1a Vara Criminal da Comarca de Guaíba, onde o juiz, ao final da instrução, entendeu por desclassificar as tentativas de homicídio, quanto aos civis, para o crime de resistência e, quanto ao Policial Militar, para lesão corporal dolosa. Segundo as regras de jurisdição e competência, onde deverão ser julgados os fatos antes mencionados?

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a) Todos os crimes deverão ser julgados na 1a Vara Criminal da Comarca de Guaíba.

b) Todos os delitos deverão ser julgados na 1a Vara Criminal de Cachoeirinha. c) O delito de lesão corporal deverá ser julgado pela Justiça Militar e os demais na 1a Vara Criminal da Comarca de Guaíba.

d) O delito de lesão corporal deverá ser julgado pela Justiça Militar e os demais na 1a Vara Criminal da Comarca de Cachoeirinha.

e) Todos deverão ser julgados pela Justiça Militar.

GABARITO: C

COMENTÁRIOS: Questão complexa que exige um conhecimento global do tema. Primeiramente, a competência restou firmada pela vis atrativa do tribunal do júri, que prepondera (art. 78, I, CPP). Tanto os delitos cometidos pelos civis (03 roubos qualificados + 01 tentativa de homicídio contra PM), como o delito praticado pelo PM (tentativa de homicídio contra um dos acusados), eram de competência do Júri. Frise-se que, sendo crime cometido pelo militar doloso contra a vida de civil, a competência seria do júri e não da Justiça Militar.

No entanto, o juiz de Guaíba, na fase de admissibilidade, acabou por desclassificar as tentativas de homicídio (ou seja, a praticada por um dos acusados civis e aquela perpetrada pelo policial militar). Com isso, a separação dos processos se impôs: o delito de lesão corporal dolosa cometido pelo militar, não mais doloso contra a vida, passou a ser de competência da Justiça Militar, aplicando-se o art. 79, I, do CPP.

Com relação aos demais delitos que permaneceram na Justiça Comum, a fixação da competência se deu da seguinte forma: Com a desclassificação pelo juiz singular da vara do tribunal do júri, passou a ser aplicável o art. 81, parágrafo

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único, que prevê uma exceção à regra da perpetuação da jurisdição, sendo possível a remessa dos processos ao juízo competente.

Ocorre que, nesse caso, a competência permaneceu sendo do juiz de Guaíba, pela preponderância do local em que foi praticado o maior número de infrações (art. 78, II, CPP). Ora, em Guaíba foram praticados 02 roubos qualificados e mais o crime de resistência, enquanto que em Cachoeirinha apenas foi cometido um roubo qualificado.

Desse modo, a competência, na justiça comum, se manteve em Guaíba não pela perpetuação da jurisdição, mas sim pelo critério aplicável nessa hipótese de concurso de jurisdições da mesma categoria.

24. (FCC / Analista Judiciário - TRE-TO / 2011) Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no território nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a competência será determinada

a) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. b) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato de execução. c) pela prevenção.

d) pela residência ou domicílio do réu. e) pelo lugar onde ocorreu a consumação.

GABARITO: A

COMENTÁRIOS: Segundo o art. 70, § 1º, do CPP, se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

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25. (FCC / Advogado - METRO-SP / 2008) João reside em São Paulo e viajou até Ubatuba, onde furtou objetos do apartamento de veraneio de Paulo, residente em Campinas. Em seguida, vendeu alguns objetos furtados numa feira em Santos e o restante num bar no Guarujá. O foro competente para processar e julgar João pelo delito de furto cometido é o da Comarca de a) Campinas. b) Santos. c) São Paulo. d) Ubatuba. e) Guarujá. GABARITO: D

COMENTÁRIOS: Define o art. 70 do Código de Processo Penal que a competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução.

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LISTA DOS EXERCÍCIOS APRESENTADOS

1. (FCC / Analista Judiciário - TRE-AP / 2011) Analise as seguintes assertivas sobre a competência, de acordo com o Código de Processo Penal:

I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

III. A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I.

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2. (FCC / Analista - TRE-TO / 2011) Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no território nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a competência será determinada

a) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução. b) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato de execução. c) pela prevenção.

d) pela residência ou domicílio do réu. e) pelo lugar onde ocorreu a consumação.

3. (FCC / Técnico Judiciário - TRT / 2011) Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar da infração,

a) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio. b) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.

c) poderá preferir o foro da sua própria residência.

d) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração. e) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.

4. (FCC / Advogado - NCD / 2011) A competência será determinada pela continência quando

a) prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.

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b) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.

c) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.

d) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas, umas contra as outras.

e) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar.

5. (Agente - SERES-PE / 2010) Assinale a alternativa INCORRETA.

a) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

b) Na determinação da competência pela conexão ou continência, no concurso de jurisdições de categorias diversas, predominará a de maior graduação.

c) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á exclusivamente pela natureza do crime.

d) Ao Supremo Tribunal Federal compete processar e julgar os seus próprios ministros nos crimes comuns.

e) Havendo concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do tribunal do júri.

6. (FCC / Advogado - METRO-SP / 2010) A respeito da competência, considere:

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I. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou residência da vítima.

II. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante só poderá ajuizar a ação no foro do domicílio ou residência do réu.

III. Na competência por conexão ou continência, no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave.

Está correto o que consta SOMENTE em

a) I e II. b) III. c) I e III. d) II e III. e) I.

7. (Delegado - PC-AP / 2010) Relativamente ao tema Jurisdição e Competência, analise as afirmativas a seguir:

I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

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II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.

III. Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, ou tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

8. (FCC / Analista Judiciário - TRE-RS / 2010) A respeito da determinação da competência por conexão ou continência, considere as alternativas abaixo:

I. No concurso de jurisdições da mesma categoria, prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade.

II. No concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena menos grave.

(51)

III. No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a comum. IV. No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação.

V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência deste último.

Está correto o que consta SOMENTE em

a) I e IV. b) I, II e V. c) II, III e V. d) III e IV. e) IV e V.

9. (FCC / Analista Judiciário - TRE-AM / 2010) Na hipótese de crime cometido por duas ou mais pessoas, em concurso, a competência será determinada pela a) natureza da infração. b) conexão. c) distribuição. d) continência. e) prevenção.

(52)

10. (FCC / Analista Judiciário - TJ-AP / 2009) Considerando as regras sobre a competência estabelecidas no Código de Processo Penal, é correto afirmar que

a) nos crimes a distância, cuja execução foi iniciada no Brasil e o resultado ocorreu em outro país, a competência será da Capital Federal Brasileira.

b) se tratando de infração permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência será do lugar no qual teve início a infração.

c) nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo lugar em que foi praticado o primeiro ato de execução.

d) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, mesmo que conhecido o lugar da infração. e) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas um domicílio, a competência será determinada pela prevenção.

11. (FCC / Defensor - DPE-MA / 2009) A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma infração é determinada:

a) pela prevenção. b) por conexão.

c) pela natureza da infração. d) pela continência.

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12. (FCC / Defensor - DPE-MT / 2009) A respeito dos critérios de determinação e modificação da competência, é correto afirmar que

a) compete à Justiça Federal o processo e o julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual.

b) o querelante, nos casos de exclusiva ação penal, não poderá preferir o foro do domicílio ou da residência do réu, quando conhecido o lugar da infração.

c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a competência da jurisdição comum.

d) a competência será determinada pelo lugar em que ocorreu a consumação, quando, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele.

e) a competência será determinada pelo local em que tiver sido iniciada a continuação quando se tratar de infração continuada praticada em território de duas ou mais jurisdições.

13. (VUNESP / Técnico Judiciário / 2007) Competência é:

a) sinônimo de jurisdição.

b) o poder de julgar um caso concreto, com a conseqüente solução do litígio. c) a medida da extensão do poder de julgar.

d) todas as alternativas estão corretas. e) Nenhuma alternativa está correta.

(54)

a) Princípio do juiz natural.

b) Princípio da delegabilidade da jurisdição. c) Princípio da correlação.

d) Princípio da inércia. e) N.R.A

15. (FCC / MPE-SE / 2004) Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com o Código de Processo Penal, a competência pode ser classificada em razão:

a) da matéria. b) razão do lugar.

c) da pessoa incriminada.

d) da pessoa que intenta a ação.

16. (FCC / Analista Judiciário / 2006) Assinale a alternativa INCORRETA. A competência em razão da matéria penal compreende a justiça comum e a especial. A justiça especial compreende:

a) Justiça Federal. b) Justiça Eleitoral. c) Justiça Militar.

(55)

17. (FCC / Juiz Substituto / 2008) Concomitantemente, diversas pessoas saquearam um estabelecimento comercial, sem se conhecerem umas às outras. Trata-se de:

(A) continência de ações, em razão do concurso de pessoas. (B) conexão intersubjetiva por reciprocidade.

(C) conexão intersubjetiva por simultaneidade. (D) conexão objetiva.

(E) N.R.A

18. (FCC / TRE-SE / 2007 - Adaptada) Quando desconhecido o lugar onde ocorreu a infração, e o réu tiver mais de uma residência, a competência, entre os juízes das respectivas jurisdições, se estabelecerá:

a) pela prevenção. b) pela continência. c) pela conexão. d) pela distribuição. e) N.R.A

19. (TJ-SP / 2003) Ao Senado Federal, exercendo atividade jurisdicional, compete processar e julgar:

Referências

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