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INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE

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Academic year: 2021

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(1)

I

NTRODUÇÃO A

C

ONTABILIDADE

Prof.: Paulo Cesar da Silva Disciplina : Contabilidade I Curso : Ciências Contábeis

(2)

2 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

1 – SURGIMENTO DA CONTABILIDADE

1.1 HISTORICO

Historicamente a contabilidade começa com a idéia de relatórios. Há 4.000 anos antes de

cristo, o homem do pastoreio controlava seu rebanho com símbolos, objetos ( por exemplo : uma

pedrinha para cada ovelha ou um corte em uma arvore para cada cabeça ).

Mesmo depois de inventar a escrita, os números e o dinheiro, a contabilidade continuava em

forma de inventário ( contagem física do patrimônio ).

Os registros contábeis começaram a consolidar-se apenas na idade média, sendo totalmente

oficializado em 1494 pelo Frei Luca Pacioli. Assim, os relatórios contábeis precedem os registros

contábeis.

FREI LUCA PACIOLI

Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas),

publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos

números positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras,

destacando-se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá", impressa em

Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas

Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.

O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava

inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a

autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre

contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na

época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos,

etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:

(3)

3 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I "A " , pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.

A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no

século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a

Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o

assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste

período instaurou-se a mercantilização, sendo as cidades italianas os principais interpostos do

comércio mundial.

Foi à Itália, o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo

qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadores, pessoas devidamente

qualificadas para o exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação

do comércio internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram

numerosas falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e

(4)

4 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

2

INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

2.1 CONCEITO

A contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover

seus usuários com demonstrações e analises de natureza econômica, financeira, física e de

produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.

Conceitua-se usuário toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da

situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa ou ente de finalidades

não lucrativas ou mesmo patrimônio familiar.

A Contabilidade é a ciência que tem como finalidade coletar, registrar, resumir, informar e

interpretar os fatos que afetam as situações patrimonial, financeira e econômica de qualquer entidade.

Para ser considerada uma “ciência”, esta deve possuir três requisitos básicos:

 O campo de atuação que são as entidades;

 O objeto que é o patrimônio;

 O método das partidas dobradas.

2.2 OBJETIVO ( FINALIDADE )

O objetivo da Contabilidade é o de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação

da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências

sobre tendências futuras, tendo como objeto o patrimônio das entidades e o seu uso.

O PROCESSO CONTÁBIL

Consiste na aplicabilidade das regras contábeis, com intuito de gerar relatórios contábeis que

possam ser elaborados, interpretados e utilizados para tomada de decisões, basicamente o processo

(5)

5 Prof. Paulo Cesar da Silva Contab

F TÉCNICAS CONTÁBEIS

É o conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em

execução com o propósito de se alcançar determinado fim.

reduzida as principais variáveis e

TECNICA

COMENTARIO

Escrituração

Consiste no registro

Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes que ocorrem no dia a dia das empresas.

Demonstrações Financeiras

São os relatórios ( quadros ) técnicos que

registros contábeis da empresa. As demonstrações mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.

Auditoria

È a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, atr

documentos que deram origem a eles.

Analise de Balanços

Compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade.

Consolidação de balanços

Corresponde à unificação das demonstrações

controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.

Para uma melhor visualização, segue quadro resumo dos pontos abordados acima.

Prof. Paulo Cesar da Silva Contab

Fonte: MARION, J. Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

o conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em

de se alcançar determinado fim. O quadro abaixo demonstra de forma

reduzida as principais variáveis e técnicas contábeis, todas utilizadas de forma sistemática

COMENTARIO

Consiste no registro em livros próprios (Razão, Diário, Caixa e Contas Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes que ocorrem no dia a dia das empresas.

São os relatórios ( quadros ) técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.

È a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram origem a eles.

Compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações

aos diversos usuários da contabilidade.

Corresponde à unificação das demonstrações contábeis

controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.

Para uma melhor visualização, segue quadro resumo dos pontos abordados acima.

Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I o conjunto de métodos organizados de forma sistemática, desenvolvidos e postos em

O quadro abaixo demonstra de forma

, todas utilizadas de forma sistemática:

em livros próprios (Razão, Diário, Caixa e Contas Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes que ocorrem no dia a dia das empresas.

apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.

È a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações avés do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos

Compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações

contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.

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6 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I RELATÓRIO CONTÁBIL

É a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. Seu objetivo é

relatar aos usuários os principais fatos registrados pela contabilidade em determinado período.

Os Relatórios Contábeis são também conhecidos por informes contábeis, na qual os mais

importantes são:

• Demonstrações financeiras - terminologia utilizada pela (LSA) Lei das Sociedades por Ações. • Ou Demonstrações contábeis - terminologia preferida pelos contadores.

2.3. CAMPO DE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE

O campo de aplicação da Contabilidade abrange todas as entidades (pessoas) físicas ou

jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que possuam patrimônio. Tais entidades são unidades

econômico-administrativas, cujos objetivos podem ser sociais e/ou econômicos.

Inicialmente utilizava-se o termo AZIENDA1, palavra

de origem italiana que significa

FAZENDA, convém ressaltar que no aziendalismo a contabilidade tinha, por objeto, o

patrimônio das aziendas. Do aprimoramento do aziendalismo temos hoje o

1

Azienda é uma palavra de origem italiana que corresponde a “fazenda”, e etimologicamente significa “coisa a fazer”, em geral, negócios, ocupações, afazeres, complexo de obrigações, bens materiais e direitos que constituem um patrimônio, representado em valores ou como objeto de apreciação econômica.

(7)

7 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

patrimonialismo, no qual o objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades

econômico-administrativas.



PESSOAS FÍSICAS: É qualquer ser humano considerado individualmente, sujeito a

direitos e obrigações, cujo nascimento se dá por meio do parto com vida.



PESSOAS JURÍDICAS: É aquela resultante de uma organização humana, com vida

a patrimônio próprios, igualmente sujeitos a direitos e obrigações, cujo nascimento

se dá, no caso das sociedades empresariais, através do registro na Junta Comercial

do Estado e, no caso de empresas prestadoras de serviços, no Cartório Civil de

Pessoas Jurídicas.

Quanto ao fim a que se destinam, as entidades econômico-administrativas podem ser

assim classificadas:

a) Entidades com fins econômicos – denominadas empresas, visam ao

lucro

para

preservar e/ou aumentar o patrimônio líquido. Exemplos: empresas comerciais,

industriais, agrícolas, prestadoras de serviços, etc.

b) Entidades com fins sócio-econômicos – intituladas instituições, visam

superávit

que reverterá em benefício de seus integrantes. Exemplos: associações

de classe, condomínios, clubes sociais, etc.

c) Entidades com fins sociais – também chamadas instituições, têm por obrigação

atender às necessidades da coletividade a que pertencem. Exemplos: a União, os

Estados e os Municípios.

Enfim, a Contabilidade pode ser aplicada a diversos ramos da atividade, onde existam

patrimônios a serem controlados, tais como: Comercial, Industrial, Pública, Bancária, Hospitalar,

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8 Prof. Paulo Cesar da Silva Contab OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

São pessoas que se interessam pela situação da empresa

instrumento que fornece o máximo de informações úteis para tomada de decisões dentro e fora da

empresa. Os principais usuários são:

Para um melhor entendimento e uma visão mais abrangente dos usuários da contabilidade,

segue abaixo um quadro demonstrativo com os usuários e quais os objetivos de cada um dentro da

empresa e que utilizam a contabilidade como fonte de informações.

Cada usuário tem sua necessidade, seja como investidor, funcionário, fornecedor,

financiadores, enfim a empresa considerada como um organismo vivo, interage com o ambiente

externo de forma constante e o instrumento utilizado para esta troca de energia é a contabilidade

através de suas demonstrações contábeis.

Setor Publico

Analistas / Administradores

Outros

Prof. Paulo Cesar da Silva Contab OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

São pessoas que se interessam pela situação da empresa e usam a contabilidade como um

instrumento que fornece o máximo de informações úteis para tomada de decisões dentro e fora da

empresa. Os principais usuários são:

Para um melhor entendimento e uma visão mais abrangente dos usuários da contabilidade,

gue abaixo um quadro demonstrativo com os usuários e quais os objetivos de cada um dentro da

empresa e que utilizam a contabilidade como fonte de informações.

Cada usuário tem sua necessidade, seja como investidor, funcionário, fornecedor,

nfim a empresa considerada como um organismo vivo, interage com o ambiente

externo de forma constante e o instrumento utilizado para esta troca de energia é a contabilidade

através de suas demonstrações contábeis.

Demonstrações Financeiras Investidores / Socios Bancos/ Financiadores Empregados / Prestadores de Serviços Fornecedores / Consultores Sindicatos/ IBGE/ Clientes Setor Publico

Outros

Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I e usam a contabilidade como um

instrumento que fornece o máximo de informações úteis para tomada de decisões dentro e fora da

Para um melhor entendimento e uma visão mais abrangente dos usuários da contabilidade,

gue abaixo um quadro demonstrativo com os usuários e quais os objetivos de cada um dentro da

Cada usuário tem sua necessidade, seja como investidor, funcionário, fornecedor,

nfim a empresa considerada como um organismo vivo, interage com o ambiente

externo de forma constante e o instrumento utilizado para esta troca de energia é a contabilidade

Empregados / Prestadores de Serviços

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9 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

USUÁRIOS NECESSIDADES E TIPO DE INFORMAÇÕES MAIS

IMPORTANTES

Fornecedores Conhecer a capacidade de pagamento, Conhecer o nível de

endividamento, Conhecer a rentabilidade dos investimentos.

Clientes (fornecedores)

Conhecer a capacidade física instalada de produção, Conhecer a existência de projetos de expansão, Nível de investimento em

pesquisas e desenvolvimento de produtos.

Concorrentes

Decisões para lançamento de produtos, Decisões sobre a construção de uma fábrica, Estabelecer prazos a clientes, Conhecer aspectos da liquidez e rentabilidade do concorrente,

Criação de padrões para auto-avaliação.

Acionista minoritário

(investidores) Fluxo regular de dividendos, rentabilidade dos investimentos.

Acionista majoritário ou com grande participação no capital

da empresa (investidores)

Fluxo de dividendos, valor de mercado da ação, lucro por ação, Planos de médio e longo prazo.

Acionista preferencial (que tem preferencial na distribuição de

lucros) (investidores)

Fluxo de dividendos mínimos ou fixos.

Emprestadores de capital em geral

(Bancos, Capitalistas, Emprestadores de Dinheiro,

Credores)

Geração de fluxos de caixa futuros suficientes para receber de volta o capital mais os juros, com segurança, Créditos de curto

prazo – visa conhecer a situação atual e futura, Grau de Endividamento, Capacidade de gerar lucros, Créditos de longo

prazo – visa conhecer aspectos da situação futura.

Governo e Entidades governamentais

Valor adicionado, Produtividade, Lucro tributável, Decisão de escolhas em propostas semelhantes em concorrência pública, Acompanhamento da empresa em fase de execução de obras,

Acompanhamento do desempenho setorial.

Empregados em geral, como os assalariados

Fluxo de caixa futuro capaz de assegurar bons aumentos ou manutenção de salários, com segurança, liquidez e solvência.

Média e alta administração (Administradores, Diretores,

Executivos)

Retorno sobre o ativo, Retorno sobre o patrimônio líquido, Situação de liquidez e Solvência, Endividamento confortável, Desempenho global, Nível de rentabilidade, Posição financeira.

(10)

10 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

Enfim, cada usuário está interessado em algum aspecto particular da empresa, de acordo

com seu grau de relacionamento com a empresa, segue mais detalhes dos principais usuários,

lembrando que a presente lista é apenas exemplificativa, podendo ter outros além dos citados.

3.1 FORNECEDORES

O fornecedor de mercadorias precisa conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes,

ou seja, a sua liquidez. Geralmente os fornecedores observam para sua segurança até o próximo

balanço índices também de rentabilidade e endividamento.

3.2 CLIENTES (COMPRADORES)

Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor. Em geral ocorre análise por parte

do comprador quando depende de fornecedores que não possuam o mesmo porte dele ou que

possam de alguma forma oferecer riscos.

Outra possibilidade de ocorrer análise se dá quando existem poucos fornecedores no

mercado e a relação entre comprador e fornecedor é bastante forte.

3.3 BANCOS COMERCIAIS (ou Carteira Comercial do Banco Múltiplo)

A análise do banco comercial dá maior ênfase a aspectos de curto prazo (empréstimos que

devem ser pagos dentro de dois ou três meses), embora não relege os pontos de longo prazo, como

a rentabilidade e a capitalização do cliente.

O banco comercial preocupa-se com o endividamento do cliente, pois sabe que é um forte

indicador de insolvência.

3.4 BANCOS DE INVESTIMENTOS (ou Carteira de Investimentos no Banco Múltiplo)

Os bancos de investimentos concedem investimentos dependendo da situação futura do

cliente. Por isso analisar a tendência e fazer previsões é muito mais importante para o banco de

investimento do que fazer análise da atual situação do cliente.

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11 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

3.5 SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (ou carteira de Crédito Imobiliário do Banco Múltiplo)

Essas sociedades concedem créditos a construtoras por prazos superiores a um ano. A

análise delas, feitas pela sociedade de crédito imobiliário, geralmente fica no meio termo entre a

análise de um banco de investimento e a de um comercial.

3.6 SOCIEDADES FINANCEIRAS (ou Carteiras de Financiamento ao Consumidor do Banco Múltiplo)

Essas sociedades concedem crédito diretamente aos consumidores. As lojas vendem para

seus clientes e estes recebem o crédito da Sociedade Financeira, sendo que a loja intervém como

avalista dos empréstimos. É por essa razão que tais sociedades necessitam conhecer avais a seus

clientes.

3.7 CORRETORAS DE VALORES E PÚBLICO INVESTIDOR

Neste caso as análises são para investimento em ações. As corretoras, como agentes dos

investidores, preocupam-se basicamente com a rentabilidade da empresa. A liquidez interessa

apenas como questão de sobrevivência.

3.8 CONCORRENTE

A análise dos concorrentes de uma empresa é de vital importância. O conhecimento

profundo da situação de seus concorrentes pode ser fator de sucesso ou de fracasso da empresa no

mundo.

A empresa deve também saber qual sua posição em relação a seus concorrentes e como se

situa quanto à liquidez e à rentabilidade.

Os concorrentes fornecem os padrões necessários para a empresa auto-avaliar-se. É

fundamental analisar empresas concorrentes.

3.9 DIRIGENTES

A análise para os administradores é um instrumento complementar para a tomada de

decisões. Ela será utilizada como auxiliar na formulação de estratégia da empresa, pois pode fornecer

(12)

12 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

subsídios úteis como informações fundamentais sobre a rentabilidade e a liquidez da empresa hoje

em comparação com as dos balanços orçados.

A liquidez é uma preocupação para os administradores da empresa, pois, se for muito baixa,

ainda que dê condições de a empresa operar, pode representar sério entrave para a obtenção do

crédito bancário.

3.10 GOVERNO

O governo utiliza intensamente a Análise de Balanço em diversas situações. Por exemplo,

numa concorrência aberta, ele escolherá aquela empresa que estiver em melhor situação financeira.

E ao longo do desenvolvimento dos trabalhos da empresa vencedora, ele buscará através da análise

informações sobre a continuidade dos trabalhos.

Da mesma maneira, o governo também controla as empresas públicas e autarquias,

estabelecendo níveis de investimentos e índices de desempenho.

3.11 ACOMPANHAMENTO DE CLIENTES E FORNECEDORES

A Análise de Balanços proporciona bons resultados na previsão de insolvência. Muitos

fornecedores e bancos tiveram enormes prejuízos com empresas que vão à falência ou concordata

simplesmente porque deixaram de acompanhar, ainda que de forma simples, a situação financeira

desta empresa. A análise detalhada revela se os fornecedores inicialmente contratados teriam ou

não condições de cumprir os acordos assinados.

(13)

13 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

3 - PATRIMONIO

3.1 – CONCEITO

O patrimônio objeto da contabilidade, é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações

avaliado em moeda e pertencente a uma pessoa física ou jurídica.



Bens: São as coisas capazes de satisfazer às necessidades humanas e

suscetíveis de avaliação econômica. Sob o aspecto contábil podem ser

materiais (tangíveis), Imateriais (intangíveis), Moveis e Imoveis.



Tangíveis (materiais): Corpóreos ou tangíveis são objetos que a

empresa tem para uso (armários, prateleiras, computadores, etc),

troca (mercadorias e dinheiro) ou consumo (materiais de limpeza, de

escritório, etc.)



Intangíveis (imateriais): Incorpóreos ou Intangíveis correspondem a

determinados gastos efetuados pela empresa que, por sua natureza,

devem fazer parte do patrimônio. Exemplo (fundo de comercio,

marcas, patentes, softwares, etc).



Direitos: São todos os valores que a empresa tem para receber de terceiros,

como: Duplicatas a receber, Notas Promissórias a Receber, Alugueis a

Receber, Impostos a Recuperar, etc.



Obrigações: São todos os valores que a empresa tem para pagar a terceiros,

como: Duplicatas a Pagar, Salários a Pagar, Impostos a Recolher

2

, Impostos

a Pagar

3

, Empréstimos

4

e Financiamentos

5

a Pagar, etc.

2

A expressão “a Recolher” é empregada quando se tratar de impostos descontados de terceiros;

3

A expressão “a Pagar” é utilizada quando representa encargos da empresa;

4 A expressão “Empréstimos” são recursos captados para utilização sem finalidade especifica, ou seja, não existe

obrigatoriedade da utilização do recurso em um bem predeterminado;

5

A expressão “Financiamentos” são recursos captados para aquisição de determinado bem, com finalidade especifica a que este foi concedido, exemplo: Financiamento de veiculo, imóveis, etc.

(14)

14 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO PATRIMONIO

É através da Contabilidade que se evidenciam os aspectos qualitativo e quantitativo do

patrimônio, sendo estes evidenciados conforme abaixo:

 Qualitativo: Refere-se a expressão dos componentes patrimoniais segundo a natureza

de cada um e segundo sua espécie.

 Quantitativo: Refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em termos

monetários.

Para demonstrar mais claramente, segue abaixo exemplo dos aspectos citados acima, e que

são evidenciados pela contabilidade:

ASPECTO QUALITATIVO QUANTITATIVO ( Em Milhares de Reais ) Caixa R$ 15.000 Aplicações Financeiras R$ 60.000 Clientes R$ 20.000 Estoques R$ 45.000 Veículos R$ 34.000 Fornecedores R$ 32.000 Salários a Pagar R$ 12.000 Capital Social R$ 90.000

CONSIDERAÇÕES SOBRE: DOMÍNIO E POSSE:

Quando somos o legítimo proprietário ou dono de um bem, dizemos que temos

DOMÍNIO sobre esse bem; e, estando ele em nosso poder, dizemos ter-lhe a POSSE.

(15)

15 Prof. Paulo Cesar da Silva Contab

Podemos ter a POSSE de um bem, sem exercer sobre ele DOMÍNIO (temos a

OBRIGAÇÃO de transmitir a POSSE); ou, inversamente, exercer DOMÍNIO sobre um bem,

sem que lhe tenhamos a POSSE (temos o DIREITO de reivindicar a POSSE).

Em contabilidade, portando, a palavra

significa o conjunto de bens e

lado inclui as obrigações a serem pagas, sendo estas representadas da seguinte forma:

No lado esquerdo, denominado

positivos (bens e direitos). No lado

os elemento negativos (obrigações)

REPRESENTAÇÃO GRAFICA DO PATRIMONIO

ATIVO = BENS E DIREITOS

BENS

 Dinheiro  Mercadoria em Estoques  Veículos  Imóveis, Maquinas  Moveis e Utensílios  Marcas e Patentes  Dentre outros...

DIREITOS

 Depósitos em bancos  Títulos a Receber  Alugueis a Receber  Impostos a Recuperar  Ações  Dentre outros...

Prof. Paulo Cesar da Silva Contab

Podemos ter a POSSE de um bem, sem exercer sobre ele DOMÍNIO (temos a

ansmitir a POSSE); ou, inversamente, exercer DOMÍNIO sobre um bem,

sem que lhe tenhamos a POSSE (temos o DIREITO de reivindicar a POSSE).

, portando, a palavra o patrimônio tem sentido amplo: por um lado

bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro

a serem pagas, sendo estas representadas da seguinte forma:

No lado esquerdo, denominado lado do ativo, são relacionados os elementos

positivos (bens e direitos). No lado direito, denominado lado do passivo,

(obrigações), ou dividas contraídas com terceiros

REPRESENTAÇÃO GRAFICA DO PATRIMONIO

ATIVO = BENS E DIREITOS

PASSIVO = OBRIGAÇOES

Mercadoria em Estoques

Maquinas Utensílios Marcas e Patentes

...

Depósitos em bancos, Aplicações Títulos a Receber Alugueis a Receber Impostos a Recuperar s...

OBRIGAÇÕES

 Empréstimos a Pagar  Salários a Pagar

 Fornecedores (Duplicatas a Pagar)

 Financiamentos

 Empréstimos

 Impostos a Pagar

 Impostos a Recolher

 Encargos Sociais a Pagar

 Alugueis a Pagar

 Títulos a Pagar

 Promissória a Pagar

 Contas a Pagar

 Dentre outras...

Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

Podemos ter a POSSE de um bem, sem exercer sobre ele DOMÍNIO (temos a

ansmitir a POSSE); ou, inversamente, exercer DOMÍNIO sobre um bem,

sem que lhe tenhamos a POSSE (temos o DIREITO de reivindicar a POSSE).

tem sentido amplo: por um lado

pertencentes a uma pessoa ou empresa; por outro

a serem pagas, sendo estas representadas da seguinte forma:

são relacionados os elementos

lado do passivo, são relacionados

, ou dividas contraídas com terceiros.

REPRESENTAÇÃO GRAFICA DO PATRIMONIO

PASSIVO = OBRIGAÇOES

Empréstimos a Pagar

Fornecedores (Duplicatas a Pagar)

Impostos a Recolher Encargos Sociais a Pagar

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16 Prof. Paulo Cesar da Silva Contabilidade I

EXERCICIOS DE FIXAÇÃO

1. Identifique a alternativa correta

1.1. O conceito mais correto de patrimônio é:

a)

Conjunto de bens e direitos.

b)

Conjunto de bens e obrigações.

c)

Conjunto de bens, direitos e obrigações.

d)

Conjunto de bens, direitos e obrigações avaliado a moeda e pertencente a uma

pessoa.

1.2. Enquanto o aspecto qualitativo do patrimônio refere-se a natureza de cada elemento

que o compõe, o aspecto quantitativo refere-se a:

a)

Quantidade física dos bens e direitos.

b)

Expressão dos componentes patrimoniais em valores.

c)

Quantidade dos estoques existentes.

d)

Total dos valores existentes em caixa.

2. Classifique os elementos em:

a)

Bem, direito ou obrigação.

b)

Positivo ou negativo.

c)

Ativo ou passivo

Nº DE ELEMENTOS CLASSIFICAÇÃO A B C 1. Computador 2. Estante

3. Mercadorias para Revenda 4. Impostos a Recolher 5. Alugueis a Receber 6. Dinheiro em Caixa 7. Fornecedores 8. Clientes 9. Fundo de Comércio 10. Promissórias a Receber 11. Duplicatas a Pagar 12. Demais Contas a Receber 13. Impostos a Pagar

14. Maquinas 15. Salários a Pagar

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