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Radiologia e ciência cognitiva: os avanços tecnológicos e a neurociência

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Academic year: 2021

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RADIOLOGIA E CIÊNCIA COGNITIVA: OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS E A

NEUROCIÊNCIA

--- Resumo: O presente artigo é uma tentativa de reflexão sobre a relevância da radiologia no processo de transformação nos estudos das ciências cognitivas, a partir da segunda metade do século XIX. Desta forma, procurou-se explorar os procedimentos produzidos pela tecnologia de mapeamento do cérebro, como sendo fator fundamental no entendimento de como são as funções cerebrais e como o cérebro aprende. Para esta reflexão, o objetivo é trazer os processos de desenvolvimento técnico e teórico de equipamentos da radiologia que foram capazes de contribuir para os estudos das ciências cognitivas. Partiu-se da hipótese de que só a partir do desenvolvimento da área de radiologia que foi possível o avanço nos estudos das funções do cérebro. Espera-se que tais reflexões abram caminhos para novas pesquisas que pretendem explicar aptidões mentais como a linguagem, a memória e análises mais profundas, para descrever como os processos neuropsicológicos produzem o estado cognitivo.

Descritores: Radiologia, Ciência Cognitiva, Tecnologia, Cérebro.

Radiology and Cognitive Science: technological Advances and neuroscience

Abstract: The present article is an attempt to reflect on the relevance of radiology in the process of transformation in the studies of cognitive sciences, from the second half of the XIX century. In this way, we tried to explore the procedures produced by brain mapping technology, as a fundamental factor in understanding how brain functions are and how the brain learns. For this reflection, the objective is to bring the processes of technical and theoretical development of radiology equipment that were able to contribute to the studies of the cognitive sciences. It was hypothesized that only from the development of the radiology area that it was possible to advance in the studies of brain functions. It is hoped that such reflections will open the way to new research that seeks to explain mental abilities such as language, memory and deeper analysis to describe how neuropsychological processes produce cognitive status.

Descriptors: Radiology, Cognitive Science, Technology, Brain.

Radiología y ciencia cognitiva: avances tecnológicos y neurociencia

Resumen: El presente artículo es un intento de reflexión sobre la relevancia de la radiología en el proceso de transformación en los estudios de las ciencias cognitivas, a partir de la segunda mitad del siglo XIX. De esta forma, se buscó explorar los procedimientos producidos por la tecnología de mapeo del cerebro, como siendo factor fundamental en el entendimiento de cómo son las funciones cerebrales y cómo el cerebro aprende. Para esta reflexión, el objetivo es traer los procesos de desarrollo técnico y teórico de equipos de radiología que fueron capaces de contribuir a los estudios de las ciencias cognitivas. Se partió de la hipótesis de que sólo a partir del desarrollo del área de radiología que fue posible el avance en los estudios de las funciones del cerebro. Se espera que tales reflexiones abran caminos para nuevas investigaciones que pretenden explicar aptitudes mentales como el lenguaje, la memoria y análisis más profundos, para describir cómo los procesos neuropsicológicos producen el estado cognitivo.

Descriptores: Radiología, Ciencia Cognitiva, Tecnología, Cerebro.

Francisco Alencar de Sousa

Doutor em História da Educação. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: franciscoalencar@uol.com.br

Vivaldo Medeiros Santos

Mestre em Engenharia Biomédica. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba e Faculdade Capital Federal. E-mail: vivaldomedeiros@live.com

Amanda Juliane da Silva Branco

Mestre em Tecnologia Nuclear. Docente, Faculdade Capital Federal. E-mail: amanda.branco@pro.fecaf.com.br

Carmem Regina de Souza Franco

Especialista em Medicina Nuclear PET CT. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: carmenfranco600@hotmail.com

Luciana Takahashi Carvalho Ribeiro

Doutora e Mestra em Farmacologia. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba e Faculdade Capital Federal. E-mail: lu_tcribeiro@hotmail.com

Rogério Santos da Silva Nogueira

Especialista em Diagnóstico por Imagem. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: rogeriosilvanogueira2@gmail.com

João Rafael Ferraz

Especialista em MBA em Serviços de Saúde; Saúde Coletiva com Ênfase em Saúde da Família. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: jrafaelferraz2@gmail.com

Aguinaldo Alves de Paiva Júnior

Especialista em Acupuntura. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: jucafisio@gmail.com

Jorge Luiz Fernandes da Silva

Especialista em Imagenologia. Docente, Faculdade Capital Federal. E-mail: jorge.fernandes@pro.fecaf.com.br

Anicarine Ribeiro Leão

Especialista em Imaginologia. Docente, Faculdade Capital Federal. E-mail: anileaoleao@gmail.com

Denise de Almeida

Mestre em Engenharia Biomédica. Docente, Faculdade Capital Federal. E-mail: deni07almeida@hotmail.com

Fernando Alves Aguila

Especialista em Fisioterapia Motora e Ambulatorial. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: fernandoaguilait@yahoo.com.br

Aroldo Mazur Barbosa da Silva

Especialista em Imagenologia. Docente, Faculdade Estácio de Carapicuíba. E-mail: Aroldo-cs@hotmail.com

Submissão: 12/09/2018 Aprovação: 28/11/2018

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I n t r o d u ç ã o

Com o desenvolvimento da ciência no século XIX, quando os pesquisadores, liderados por Franz Joseph Gall e J. G. Spurzheim (entre 1810 e 1819), declararam que o cérebro era organizado com cerca de 35 funções específicas, passaram a chamar atenção de todas as áreas do conhecimento que se preocupavam em entender como as pessoas aprendem. Essas funções, que variavam de funções básicas cognitivas, como a linguagem e a percepção da cor, até capacidades mais temporárias, como a esperança e a autoestima, passaram a fazer análise detalhada da anatomia do crânio onde pretendiam descrever a individualidade de uma pessoa.

Durante a década de 1940, e principalmente após a Segunda Guerra Mundial em 1945, estudiosos da área de medicina passaram a se preocupar e se dedicar a área pedagógica. Uma maior preocupação da medicina, principalmente com os pediatras em saber lidar com crianças, passaram a fazer parte de sua formação. Desta forma, percebe-se a partir de então, o surgimento de uma série de profissionais da pedagogia com formação em medicina, trazendo todo um conhecimento médico, com a preocupação também em saber como os sujeitos aprendem.

Em 1970, com a avanço das novas tecnologias e do conhecimento da medicina, um novo campo de conhecimento se fazia realmente necessário. Os neurocientistas estavam descobrindo como o córtex cerebral era organizado e como ele funcionava em resposta a estímulos simples. Eles eram capazes de descrever mecanismos específicos como aqueles relacionados à percepção visual.

Teorias que pretendiam explicar aptidões mentais como a linguagem, a memória ou a atenção requeriam análises mais profundas, incluindo algoritmos, para descrever como os processos neuropsicológicos produzem o estado cognitivo.

Desta forma, os cientistas constroem modelos de como o encéfalo pode funcionar e tentam limitar como as redes funcionam, incluindo informações da neurofisiologia e da neuroanatomia.

Atualmente, muitos departamentos acadêmicos de psicologia possuem um aparelho de Ressonância Magnética para as suas atividades de pesquisa, com o objetivo de entender por meio da imagem como os processos de aprendizagens se desenvolvem.

Na década de 1980, surgiu um maior interesse pela tecnologia muito mais poderosa e espacialmente mais apurada chamada Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET). Este método de imagem avalia a fisiologia do órgão ou região corpórea, por meio da administração de isótopo radioativo emissor de pósitron e um traçador análogo da glicose. Este método desencadeou um progresso nos estudos cognitivos determinando áreas cerebrais com hipercaptação do material e analisando os dados das áreas mais intensas através de gráficos.

Enquanto esses estudos revolucionários estavam sendo conduzidos, outro avanço em imagem cerebral foi desenvolvido. Ele se baseava em outro princípio físico, o comportamento dos átomos de hidrogênio ou prótons em um forte campo magnético. Paul Lauterbur percebeu como trabalhos anteriores da física podiam ser utilizados para se fazer imagens

biológicas, e sua criatividade levou ao

desenvolvimento da imagem por ressonância magnética (IRM).

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A alta resolução e a possibilidade de investigação das imagens com diferentes contrastes de imagens, planos e sequências disponibilizadas, assim como o uso de meios de contrastes, análise de metabólitos por meio da espectroscopia e estudos funcionais, além da utilização de radiação não ionizante, colocou a ressonância magnética como um dos métodos preferidos por pesquisadores na

avaliação e nos estudos cognitivos1.

O b j e t i v o s

O objetivo deste artigo é trazer os processos de desenvolvimento técnico e teórico de equipamentos da radiologia que foram capazes de contribuir para os estudos das ciências cognitivas.

M a t e r i a l e M é t o d o

Trata-se de uma revisão da literatura, o levantamento de literatura ocorreu por meio de artigos e livros.

R e s u l t a d o s e D i s c u s s ã o

Radiologia e ciências cognitivas

Os avanços da tecnologia dos dias atuais, permitem que diversos estudiosos da neurociência tenham uma visão ampliada sobre as diversas funcionalidades do cérebro, podendo os mesmos estudos afirmarem que o sistema frenético é o órgão “mentor” de todo o resto do corpo humano, exercem várias funções ou seja, é fundamental que o sistema

nervoso também seja estimulado para o

desenvolvimento das diversas habilidades dos indivíduos.

Desta forma,

A neurociência cognitiva pode ser definida como a ciência que investiga a relação sistema nervoso, comportamento e cognição. Suas raízes são milenares, mas foi apenas no século XIX que o paradigma materialista emergente se propôs a explicar a origem da mente e sua relação com o corpo a partir do conhecimento sobre o

desenvolvimento filogenético e ontogenético2.

O desenvolvimento tecnológico propiciou a criação da " Tomografia Computadorizada Multislice ou Multicanais", a partir da década de 1970. Trata-se de um equipamento que emite raios X e adquire múltiplas aquisições gerando imagens de axiais e

outros planos do encéfalo, demonstrando

anormalidades estruturais. Desta forma, tornou-se possível realizar novos estudos no comportamento do cérebro e como o mesmo aprende.

Figura 1: Imagem axial de Tomografia computadorizada multislice pré contraste

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/rpgmeta19.html

Figura 2: Imagem axial de tomografia computadorizada multislice pós contraste

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Figura 3: Imagem axial de crânio com janela óssea

Fonte: http://anatpat.unicamp.br/rpgmeta19.html Estes estudos possibilitaram para o campo da

neurociência, o desenvolvimento de novos

entendimentos das funções do cérebro. Em vista das inúmeras circunstâncias provocadas, pelos avanços tecnológicos na sociedade atual, já é possível disponibilizar informações para uma diversidade de conhecimentos. Porém, para os profissionais da educação se faz necessário a busca por estratégias didáticas que garantam um sistema educacional democrático onde todos possam aprender de maneira efetiva, podendo assim atender as demandas da sociedade em relação a aprendizagem e propiciando a todos o desenvolvimento de suas capacidades, promovendo uma educação com respeito a pluralidade.

No campo pedagógico, essas mudanças são importantes para explorar e estimular o potencial do aprender de todos os cidadãos, isto é, os educadores deverão estar sempre reconfigurando suas estratégias pedagógicas de ensino nos ambientes educativos, pois o estímulo dará aos aprendizes oportunidades iguais de atingirem um melhor desempenho individual, diminuindo assim, a exclusão social.

Desta forma, novos questionamentos passaram a ser frequentes no campo educacional: Como o docente dessa sociedade contemporânea, sendo ele o “instrumento utilizado” para lidar com essas alterações, está gerenciando essa diversidade de transformações nos ambientes educativos? Com a sociedade em constante transformação, a educação nela inserida logo, também deverá avançar, dentro dessa perspectiva.

Novos estudos vêm sendo desenvolvidos neste sentido, como por exemplo:

A medula espinhal, com seus circuitos neuronais controla a maioria dos reflexos, sendo as primeiras descrições feitas no início do século por Sherrington, possibilitando a ativação e inibição integrada em diferentes grupos musculares. Assim, a percussão com um martelo sobre um tendão provoca a distensão dos fusos musculares excitando as terminações nervosas localizadas na fibra intrafusal. Desse modo, um estímulo nervoso é gerado e, pela via aferente, estabelece sinapse com o centro de associação medular, em que será elaborado um potencial de ação como resposta. As salvas de potenciais de ação produzidas irão ativar os motoneurônios do corno anterior da medula correspondentes àquele músculo estirado, com consequente contração dos músculos agonistas e relaxamento dos antagonistas, determinando uma resposta que é um movimento. Esse padrão de resposta mais primitivo, o primeiro a surgir na vida intra-uterina, com seu substrato anatomofisiológico bem-definido, pode também ser organizado por estruturas do tronco encefálico, como o reflexo estapediano, o reflexo fotomotor ou o pupilar. Todos esses reflexos podem ser obtidos nos recém-nascidos normais, variando apenas de um grupo muscular para outro o seu tempo de latência, devido à variação do comprimento do

arco reflexo3.

Ainda mais espetaculares são as descobertas de que áreas bem localizadas no encéfalo, como a área médio-temporal, são altamente especializadas no processamento da informação visual de movimento.

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Desta forma, a neurociência continua a revelar a surpreendente complexidade e a especialização do córtex cerebral. A exemplo são, "A ressonância magnética“ utiliza o átomo de hidrogênio presente na molécula de água e um campo magnético potente, além de radiofrequência para produção de imagens no cérebro com resoluções das partes moles, melhores do que um exame de tomografia computadorizada.

Figura 4: Imagem sagital T1

Fonte: Arquivo próprio.

Figura 5: Imagem axial T1 pós contraste

Fonte: Arquivo próprio.

Figura 6: Imagem coronal T1 pós contraste

Fonte: Arquivo próprio.

Os estudos neurobiológicos afirmam que toda a nossa aprendizagem se dá através dos órgãos dos sentidos. Por isso, é necessário que os professores passem a abordar os métodos pedagógicos instrucionais, entre outros, pois o trabalho com apenas um método não permitirá analisar a individualidade do aluno, que por sua vez, também não poderá avançar pois, o método trabalhado não alcançará a sua dificuldade individual. Os estudos da neurociência, relacionados com o ensino e aprendizagem integrados a formação do professor torna-se de suma importância, pois estas informações orientarão o educador na identificação, mobilização e utilização de métodos e recursos variados.

Desta forma, as ciências do cérebro, que avançam cada vez mais rápido, podem ajudar para a renovação teórica na formação do professor, trazendo informações científicas pertinentes para um melhor entendimento sobre o processo de aprendizagem, fenômeno complexo. Esse panorama reflete uma visão contemporânea, sendo inclusive, atual foco de atenção de diversos órgãos de pesquisa no Brasil e no mundo.

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Baseados nos estudos de alguns pesquisadores da aprendizagem neurocientífica: passaram a estabelecer um diálogo entre a neurociência e a educação, estabelecendo uma relação produtiva entre ambas, de maneira que venha compreender que os estudos neurocientíficos relacionados com cognição,

podem intervir positivamente no

ensino-aprendizagem do educando e em especial, na formação docente.

Cérebro e aprendizagem. O ser humano compreende o mundo por meio de seu aparelho percentual num processo interpretativo dos fenômenos que envolvem seus sentidos e suas memória. A memória é a aquisição à formação e a evocação de informação. Essa aquisição também é chamada de aprendizagem Só se grava aquilo que foi aprendido. A evocação também é

chamada de recordação, lembrança,

recuperação, Só se lembra aquilo que provamos,

aquilo que foi aprendido4. A percepção é a

capacidade associar as informações sensoriais a memória e a cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo, sobre nós mesmos e

orienta o nosso comportamento5.

De acordo com a neurociência cognitiva, o foco de atenção, a percepção das atividades cerebrais, e dos processos de cognição e aprendizagem do homem; não acontecem como um simples armazenamento de dados perceptuais, mas sim através da preparação das informações naturais e das percepções no cérebro. De tal modo o cérebro consegue ser visto como um sistema dinâmico que tem a sua complexidade funcional subsidiada pela sua interação com os outros sistemas nele presentes, de maneira que, não pode ser interpretado como

depósito estático para armazenamento de

informação.

Estudos como as imagens por Tensores de Difusão ou Tractografia (DTI, sigla em inglês) mapeiam os neurônios que conectam regiões cerebrais

seguindo o movimento da água contida nele, avalia as terminações nervosas presentes na substância branca e essenciais no diagnóstico de distúrbios de linguagem, aprendizagem e fala.

Figura 7: Tractografia cerebral

Fonte: Arquivo próprio.

Figura 8: Tractografia cerebral

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Figura 9: Tractografia cerebral

Fonte: Arquivo próprio.

Figura 10: Tractografia cerebral

Fonte: Arquivo próprio.

Outras tecnologias como as técnicas abaixo examinam a atividade cerebral: a eletroencefalografia (EEG, sigla em inglês) indica locais eletricamente ativos do cérebro utilizando detectores implantados no órgão ou utilizados sobre o crânio, com a utilização de eletrodos aplicados no couro cabeludo ou na superfície encefálica as correntes elétricas são amplificadas e disponibilizadas em formas de ondas e impressas.

Figura 11: Eletroencefalografia

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-43q9RhrABIM/UZ_ MSr2sDPI/AAAAAAAAT8I/7Pa3n7HC3Cw/s1600/img1.j pg.

Um outro estudo mostra a tomografia por emissão de pósitrons" e CT (PET CT, sigla em inglês), que gera imagens de marcadores radioativos no encéfalo, além de disponibilizar informações atômicas da tomografia computadorizada.

Figura 12: Imagem de PET-CT cerebral

Fonte: http://www.oaimaging.com/images/mri_pet_ images/alzheimers/healthy_scan.jpg.

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Figura 13: Imagem de PET-CT cerebral

Fonte: http://www.oaimaging.com/images/mri_pet_ images/alzheimers/healthy_scan.jpg.

Assim como a Ressonância Magnética Funcional (fMRI, do inglês Functional Magnetic Ressonance Imaging), que mostra alterações no fluxo sanguíneo em resposta à atividade neural. Uma das principais funcionalidades da fMRI é detectar conexões entre o acionamento cerebral e a tarefa que o indivíduo executa durante a aquisição das imagens.

Figura 14: Ressonância Magnética Funcional com zonas de ativação

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_Dt3NqEpDLew/TCo 6X_4AxRI/AAAAAAAAAao/93B7__ZDS2M/s1600/rm+f uff.jpg.

Com os avanços tecnológicos dos últimos anos vem crescendo o emprego de métodos de diagnósticos por imagem nas pesquisas e na estimativa de pacientes psiquiátricos e nos estudos cognitivos, em psiquiatria, por exemplo, inúmeros estudos de pesquisas têm contribuído para o entendimento sobre os estudos e funcionamento cerebral relacionado à fisiopatologia dos transtornos neuropsiquiátricos. Os métodos mais atuais e com alta complexidade, estão se tornando cada vez mais disponíveis e de essencial importância para estimar-se o campo de aplicações práticas das técnicas de neuroimagem na rotina clínica, auxiliando nos estudos cognitivos.

Percebe-se que o avanço de toda esta tecnologia ligada a Radiologia possibilitou aos estudos da neurociência uma grande relevância nos estudos no processo de compreender a complexidade do cérebro humano. Em razão dos avanços tecnológicos, pesquisadores da área, já conseguem dispor de informações, que nos propiciam a sapiência sobre quais as áreas do cérebro são mobilizadas quando ocorre o processo de aprendizagem, e como o sistema cerebral reage quando acontecem as mudanças nos diferentes âmbitos em que vivemos.

As informações são pertinentes, pois possibilitam a compreensão de como se dá a formação do cérebro desde a vida uterina; e como intercorre o desenvolvimento do sistema cerebral, durante a infância até a adolescência, permitindo entender as modificações que ocorrem desde o momento em que se nasce até o período de maturação do cérebro que, segundo pesquisas realizadas por profissionais da área, se dará aproximadamente aos vinte anos de idade.

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Assim, faz-se necessário agregar na formação de educadores, os estudos neurobiológicos relacionados com o ensino-aprendizagem, sobretudo, os processos de formação da memória, pois quando o lecionado adquire novos conhecimentos, principalmente os que estabelecem relações com adaptação da linguagem escrita, período em que sobrevém a modificação da memória em determinadas atividades, isto é, as informações já existentes na memória se reorganizam absorvendo as comunicações fortemente marcadas por padrões, que se fazem necessários durante o processo de aprender a ler e escrever.

A estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma técnica não-invasiva capaz de produzir um campo eletromagnético alto e estimular partes do cérebro para despertar certos comportamentos, através da indução de cargas elétricas no parênquima cerebral.

Figura 15: Estimulação magnética intracraniana

Fonte: http://www.ipan.med.br/wp-content/uploads/ image4.jpg.

A Espectroscopia por Ressonância Magnética é uma técnica que utiliza a mesma forma de aquisição de imagens da ressonância magnética provinda do átomo de hidrogênio, demonstra picos de metabólitos presentes na área estudada em forma gráfica.

Figura 16: Espectroscopia por Ressonância Magnética

Fonte: http://visualmed.usal.es/wp.

Ou mesmo a "Tomografia por emissão de pósitron e a Ressonância magnética" (PET MR, sigla em inglês), gera imagens unido às informações fisiológica do PET, com a utilização do radiotraçadores emissores de pósitrons e alta resolução e excelente contraste provindo das imagens da ressonância magnética.

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Figura 17: Imagem axial de um glioma no PET RM com 18F - FDG

Fonte: https://health.siemens.com/mr/image-gallery/ #/search/scanners:Biograph%20mMR.

A área de estudo da mente avançou muito a partir da década de 1970, indo além dos métodos de análise de lesões para acessar quais distúrbios perceptíveis ou cognitivos poderiam ocorrer após uma lesão cerebral, por exemplo. Assim como os neurocientistas passaram a construir modelos de como células interagem para produzir percepções.

A partir de 1980, com o desenvolvimento de outros equipamentos, percebe-se o grande avanço nos múltiplos mapas existentes em cada modalidade sensorial, chegando a estudos muito complexos na análise dos sistemas cerebrais de animais. Desta forma, os neurocientistas estavam descobrindo como o córtex cerebral era organizado e como ele funcionava em resposta a estímulos simples.

C o n c l u s ã o

Conclui-se brevemente que atualmente, muitos departamentos acadêmicos de psicologia possuem um aparelho de ressonância magnética para as suas atividades de pesquisa, com o objetivo de entender por meio de imagem como os processos de

aprendizagens se desenvolve, entre outras atividades relacionadas com as ciências cognitivas.

Nesse sentido, os estudos neurocientíficos, revelam também, que na área educacional, a cultura é essencial para o desenvolvimento humano, e que a organização das informações na aprendizagem,

estabelecem uma totalidade de informações

indissociáveis das situações presenciadas durante a vida, pois a junção dessas informações resulta na formação integral do indivíduo tornando-o parte a socialização, comunicação e o conhecimento adquirido.

Em virtude das mudanças ocorridas ao longo da vida, o cérebro acaba fazendo alterações durante o período considerado de desenvolvimento, ou seja, mudanças na percepção, memória, emoção, e da atenção. A aprendizagem é feita, quando são criadas novas memórias, pois durante esse processo ocorre a ampliação e transformação das redes neuronais, nas quais armazenam informações anteriores, tanto as organizadas em conteúdo, como as adaptadas através de métodos, que acarretam na formação ou extensão da memória. Desta forma, todo este conhecimento só foi possível com o desenvolvimento da Radiologia.

Partindo desse pressuposto, os professores que levarem em consideração os estudos da neurociência relacionados com a aprendizagem poderão adaptar ou criar novos métodos de ensino e elaborar atividades que possam estimular as sinapses, na construção de novas sinapses visando auxiliar o educando na ampliação e na reorganização dos conhecimentos já adquiridos e os novos proposto.

O desenvolvimento perceptivo é essencial para a formação da memória, pois sendo ela cultural, acaba proporcionando uma aprendizagem que envolvem os

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cinco sentidos externos: visão, audição, tato, paladar e também os subsentidos: vibração e calor. Esses sentidos se relacionam entre si, porém, na ausência de alguma das funções sensoriais, as outras funções acabam desenvolvendo habilidades que compensam a ausência do sentido desativado, modificando o comportamento.

R e f e r ê n c i a s

1. Gazzaniga MS, Ivry RB, Mangum GR. Breve história da neurociência cognitiva. In: ______. Neurociência

cognitiva: a biologia da mente. Porto Alegre: Artmed, 2013.

2. Pinheiro M. As bases biológicas da neuropsicologia: uma contribuição à formação de educadores. São Paulo: Temas Desenvolv. 2006; 14(83-84):4-13.

3. Vilanova LCP. Aspectos neurológicos do

desenvolvimento do comportamento da criança. Rev. Neurociências. 1998; 6(3):106-110.

4. Izquierdo I. Memória. Porto Alegre: Ed. Artmed. 2002.

5. Lent R. Cem bilhões de neurônios. Conceitos fundamentais da Neurociência. 2° ed. Rio de Janeiro: Atheneu. 2010.

Referências

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