Especialização em Práticas de Alfabetização
e Letramento
Módulo: Alfabetização de Jovens e
e Letramento
Unidade III – Métodos em Alfabetização de
Jovens e Adultos
Módulo: Alfabetização de Jovens e
Adultos
Prof. Esp. Wagner Antonio Junior wag.antonio@gmail.com
Qual seria o melhor
método para
método para
alfabetizar?
O que é método?
• Caminho para se chegar a um fim;
• Modo ordenado de fazer as coisas;
• Conjunto de procedimentos técnicos e
• Conjunto de procedimentos técnicos e
MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO
Um conjunto de princípios teórico-procedimentais que organizam o trabalho pedagógico em torno da
alfabetização.
Um conjunto de saberes práticos ou de princípios Um conjunto de saberes práticos ou de princípios
organizadores do processo de alfabetização,
ALFABETIZAR
• Ensinar a ler e escrever. Tornar o indivíduo
capaz de ler e escrever
capaz de ler e escrever
• alfabet + izar
Alfa(primeira letra do alfabeto grego)
Sufixo indica: tornar, fazer com que. Alfa(primeira letra do alfabeto grego)
+
ALFABETIZAÇÃO
• Ação de alfabetizar, de tornar “alfabeto”.
alfabet + izar + ção
•
alfabet + izar + ção
-ção: sufixo que forma substantivos indica: ação. Ex.: traição: ação de trair.
TEORIA CONDUTISTA
X
X
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA
X
PERSPECTIVA SÓCIO-INTERACIONISTA
Teoria Condutista
• A melhor idade para se começar a instrução da leitura e da escrita seria aos 6/7 anos. (não se leitura e da escrita seria aos 6/7 anos. (não se poderia alfabetizar antes)
• Seria necessário preparar a criança para a aprendizagem, exercitando-a em pré-requisitos – prontidão.
• A aprendizagem era vista como um sub-produto • A aprendizagem era vista como um sub-produto
Métodos de Alfabetização – Perspectiva Condutista SINTÉTICOS Método Alfabético (Soletração) ANALÍTICOS Palavração (Soletração) Método Fônico Método Silábico Sentenciação Global de Contos/Textos
MÉTODOS SINTÉTICOS
• Partem de elementos menores que a palavra.
• Insistem na correspondência entre o oral e o escrito. • Insistem na correspondência entre o oral e o escrito.
Entre o som e a grafia.
• Estabelecem correspondência a partir dos elementos mínimos, num processo que consiste ir das partes para o todo.
• 1º Passo: a leitura mecânica (decodificação do texto) • 1º Passo: a leitura mecânica (decodificação do texto) • Estratégia perceptiva utilizada: Audição
Exemplos:
Exemplos:
••Juntando as letras: Soletração
Juntando as letras: Soletração –– Carta do
Carta do
••Juntando as letras: Soletração
Juntando as letras: Soletração –– Carta do
Carta do
ABC
ABC
••Ba
Ba--be
be--bi
bi--bo
bo--bu
bu: Silabação
: Silabação –– Cartilha da
Cartilha da
Infância
Infância
••Métodos Fônicos: A Abelhinha; A Casinha
Métodos Fônicos: A Abelhinha; A Casinha
••Métodos Fônicos: A Abelhinha; A Casinha
Métodos Fônicos: A Abelhinha; A Casinha
Feliz
Feliz
1876
1876
1895 – 1ª ed. 1945- 48 ed. 1945- 48 ed.
1911- 1ª ed.
1938 – 49 ed.
Representam o método mais tradicional e antigo de alfabetização conhecido como método sintético. método sintético. Apresenta primeiro as letras do Alfabeto (maiúsculas e minúsculas ); (de imprensa e manuscritas). Depois apresenta segmentos de um, segmentos de um, dois e três caracteres em ordem alfabética: a,e,i,o,u ba,be,bi,bo,bu, ai,ei oi,ui, - bai,bei,boi,bui.
MÉTODO ALFABÉTICO
(SINTÉTICO)
• 1º Passo: Memorização do nome das letras; • 2º Passo: Representação gráfica;
• 3º Passo: Representação famílias silábicas (b+a=ba; b+e=be, b+i=bi)
• 4º Passo: Monossílabos, dissílabos, trissílabos e sílabas não canônicas.
• 4º Passo: Monossílabos, dissílabos, trissílabos e sílabas não canônicas.
MÉTODO FÔNICO
(SINTÉTICO)
• 1º passo: Vogais: nome e som das letras são iguais; • 2º passo: palavras formadas apenas por vogais;
• 2º passo: palavras formadas apenas por vogais;
• 3º passo: apresentação os fonemas regulares (d, b, f, j,m,n...) de forma isolada e, processualmente, os
irregulares;
• 4º passo: junção dos fonemas regulares e,
processualmente os irregulares, com as vogais, formando sílabas;
formando sílabas;
• 5º passo: formação de palavras; • 6º passo: formação de frases;
MÉTODO SILÁBICO
(SINTÉTICO)
• 1º passo: Apresenta-se as vogais, com ajuda de • 1º passo: Apresenta-se as vogais, com ajuda de ilustrações e palavras como “o” de OVO; “e” de ELEFANTE;
• 2º passo: Apresentam-se as sílabas simples, utilizando palavras e ilustrações e destacando a sílaba na palavra: “ma” de macaco, “na” de navio, “pa” de panela;
• 3º passo: Famílias silábicas da sílaba em destaque na palavra;
• 3º passo: Famílias silábicas da sílaba em destaque na palavra;
• 4º passo: Formação de palavras; • 5º passo: Formação de frases;
MÉTODOS SINTÉTICOS (alfabético, silábico, fônico)
PROPOSTA ENFOQUE VANTAGENS LIMITAÇÕES
Progressão de unidades menores (letra, Processos de decodificação, análise Possibilita a análise das relações entre fonemas (sons ou Desconsidera os usos e funções sociais da escrita. menores (letra, fonema, sílaba) a unidades mais complexas (palavra, frase, texto). análise fonológica, relações entre fonemas (sons) e grafemas (letras) fonemas (sons ou unidades sonoras) e grafemas (letras ou grupo de letras) Promove o desenvolvimento da consciência escrita. Em algum momento, o aprendiz tem que se desvincular da fala para codificar (escrever) e decodificar (ler) consciência fonológica e os processos de codificação e decodificação. decodificar (ler) palavras, frases e textos, já que em
alguns casos a escrita não representa os
MÉTODOS ANALÍTICOS
• Partem de unidades maiores (palavra) para
unidades menores;
unidades menores;
• A leitura é um ato global e ideovisual;
• Reconhecimento global das palavras e das
frases;
• Estratégia perceptiva: visual.
• Estratégia perceptiva: visual.
1909 – 1 ed. 1955 – 63 ed.
1916 – 1ª ed. 1955 – 185 ed.
1917 – 1ª ed. 1917 – 1ª ed. 1955 – 196 ed. 1996 – 2230 ed.
1908 – 1ª ed. 1919 - 9 ed.
1924 – 2ª ed. Primeira cartilha
dirigida para adultos
1928 – 1ª ed. 1939 – 116 ed.
1932 – 1ª ed. 1957 – 40 ed.
1939 – 1ª ed. 1978 – 39 ed.
1940 – 1ª ed. 1989 – 273 ed.
1948 – 1ª ed. 1965 – 68 ed. 1980 foi modificada Fenômeno de vendas no Brasil – 40 milhões de milhões de exemplares
PALAVRAÇÃO (ANALÍTICO)
• 1º passo: Apresentação de palavras ilustradas que fazem parte do universo infantil;
do universo infantil;
• 2º passo: Memorização (leitura e escrita da palavra); • 3º passo: divisão silábica das palavras;
• 4º passo: formação de novas palavras com as sílabas estudadas ; • 5º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas;
• 6º passo: formação de frases; • 6º passo: formação de frases; • 7º passo: formação de textos.
SENTENCIAÇÃO (ANALÍTICO)
• 1º passo: Apresentação de frases que fazem parte do universo infantil;
universo infantil;
• 2º passo: Memorização (leitura e escrita da frase);
• 3º passo: Observação de palavras semelhantes dentro da sentença;
• 4º passo: Formação de grupo de palavras;
• 5º passo: Isolamento de elementos conhecidos dentro da palavra (sílaba);
palavra (sílaba);
GLOBAL /TEXTOS/CONTOS (ANALÍTICO)
• 1º passo: Apresentação de partes do texto com sentido completo, em cartazes;
completo, em cartazes;
• 2º passo: Memorização - leitura e escrita do texto;
• 3º passo: Decomposição do texto estudado em frases, (iniciando-se o estudo do 2º cartaz);
• 4º passo: Decomposição das frases em palavras; • 5º passo: Decomposição das palavras em sílabas;
• 6º passo: Formação de novas palavras com as sílabas estudadas;
MÉTODOS ANALÍTICOS
(palavração, sentenciação, global contos/textos)
PROPOSTA ENFOQUE VANTAGENS LIMITAÇÕES
Progressão de unidades Compreens ão de Reconhecimen to global e
Se não houver uma correta orientação do professor: de unidades de sentido mais amplas (palavra, frase, texto) a unidades menores ão de sentidos e aprendizage m ideovisual (reconheci-mento global pela to global e mais rápido das palavras, possibilitando a leitura de unidades com sentido desde orientação do professor: Pode dificultar a leitura com sentido quando o texto apre-sentar palavras completamente novas.
Se não houver uma orientação correta para a decodificação, corre-se o risco do aluno utilizar menores (sílabas). global pela silhueta da palavra, frase ou texto). sentido desde o início da escolarização.
corre-se o risco do aluno utilizar do recurso da memorização sem observar que as palavras são
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO (equilíbrio e articulação)
• princípios de decodificação e de organização do sistema alfabético-ortográfico da escrita;
sistema alfabético-ortográfico da escrita;
• princípios de compreensão, reconhecimento global e construção de sentidos em contextos de usos sociais da escrita e da leitura;
• princípios pertinentes à progressão das capacidades • princípios pertinentes à progressão das capacidades das crianças, com ênfase em intervenções para avanços.
Conteúdo
Conteúdo
X
Forma
Forma
“
Mais do que pensar em métodos, é precisocompreender os processos de aprendizagem da
Emília Ferreiro e Ana Teberosky
compreender os processos de aprendizagem da criança ao tentar reconstruir a representação do
Perspectiva Construtivista
• Apresenta
uma
nova
visão
da
aprendizagem, entendendo-a como um
aprendizagem, entendendo-a como um
processo contínuo de desenvolvimento.
• As aprendizagens dadas durante o período
dos três aos seis anos fazem parte do
processo de alfabetização.
Perspectiva Construtivista
• A escrita, a leitura e a linguagem oral não
se desenvolvem separadamente, mas
se desenvolvem separadamente, mas
atuam de maneira interdependente.
• A alfabetização inicial não é um processo
abstrato,
mas
ocorre
em
contextos
culturais e sociais determinados.
Perspectiva Construtivista
• Dois tipos de conhecimento interativo fazem parte das primeiras experiências com a linguagem escrita por natureza:
– Os conhecimentos elaborados pela criança a partir da interação com os leitores e o material escrito.
– Os conhecimentos socialmente transmitidos pelos adultos e assimilados pela criança.
Psicogênese da língua escrita
• Em 1974, uma investigação nova acerca da
construção dos conhecimentos sobre a escrita
construção dos conhecimentos sobre a escrita
surge com os estudos e pesquisas de Emilia
Ferreiro e Ana Teberosky.
• Essa pesquisa mostrou que as crianças não
alfabetizadas têm ideias, teorias e hipóteses
sobre o código escrito;
sobre o código escrito;
• Mostrou também como elas aprendem a ler e a
escrever.
Psicogênese da língua escrita
• Em função dos dados obtidos com crianças,
Ferreiro interessou-se por investigar os adultos
Ferreiro interessou-se por investigar os adultos
que não foram alfabetizados.
• Pensou que, assim como as crianças, os adultos
não escolarizados deveriam possuir hipóteses
sobre o código escrito.
• Os resultados dessa investigação permitiram
concluir que o conhecimento sobre a escrita se
dá de forma conceitual, tanto para crianças
como para adultos não alfabetizados.
Níveis de hipótese de escrita
A interpretação e a produção da leitura e escrita é definida por Ferreiro; Teberosky (2000) em níveis, definida por Ferreiro; Teberosky (2000) em níveis, sendo eles:
•1. Nível Pré-silábico;
•2. Nível Silábico restrito; •3. Nível Silábico evoluído; •4. Nível Alfabético;
•4. Nível Alfabético; •5. Nível Ortográfico.
HIPÓTESES DE ESCRITA
castelo
HNMA; AESEDR; ESDÓQLAHC Pré-silábica
Esqueleto
IQEO; ICQLO; IPEO Silábica
Castelo
CASTLO; CATLU Silábico-alfabética
Nível Pré-silábico
• A escrita não apresenta nenhum tipo de
correspondência entre grafias e sons. Escrever é reproduzir traços típicos da escrita, variando os reproduzir traços típicos da escrita, variando os caracteres à vontade.
• Ao escrever no nível Pré-silábico o educando poderá utilizar:
• Letras, Números; Pseudoletras (outros símbolos diferentes de letras) misturados;
• Apenas as letras do seu nome; • Apenas as letras do seu nome;
• Muitas letras aleatoriamente.
Ex:
MACACONível silábico sem valor sonoro:
• Escrita em que cada emissão sonora (sílaba) é representada por uma letra, podendo ser usada representada por uma letra, podendo ser usada qualquer letra para qualquer sílaba.
• Ex:
• MACACO DTA • PATO TS • CACHORRO EGT • CACHORRO EGT
Escrita silábica- escrita sem valor
sonoro
Nível silábico com valor sonoro:
• As letras começam a adquirir valores sonoros estáveis. A criança usa letras semelhantes para representar a A criança usa letras semelhantes para representar a parte sonora de cada sílaba, ou seja, para cada sílaba, o educando utiliza uma letra. As letras não são aleatórias e demonstram a correspondência sonora, podendo associar cada sílaba à sua vogal ou à sua consoante.
• A passagem para este nível é marcada pela descoberta • A passagem para este nível é marcada pela descoberta de que a escrita representa a fala, o que significa importante momento na evolução da escrita e da leitura.
Escrita silábica- escrita com valor
sonoro
MACACO MAO ou MKO ou AKO MACACO MAO ou MKO ou AKO
PATO PO ou AO CACHORRO KOR AXO COR
CACHORRO KOR AXO COR CACHORRO KOR AXO COR CACHORRO KOR AXO COR
Nesta fase a criança entra em conflito quando escreve:
CACHORRO: KOO, ela não aceita escrever duas CACHORRO: KOO, ela não aceita escrever duas letras iguais ou registrar uma palavra com apenas uma letra, como PÉ: p.
O registro de palavras monossílabas é um momento importante de intervenção do professor, diante do conflito do aluno. Esta pode ser uma diante do conflito do aluno. Esta pode ser uma etapa importante para que o educando reelabore suas hipóteses de escrita e avance para o nível seguinte.
Nível Alfabético:
• Nesta fase, que corresponde à transição do nível • Nesta fase, que corresponde à transição do nível silábico para o alfabético, a criança começa a abandonar a hipótese silábica da escrita e a construir novos esquemas iniciando a análise alfabética.
• A criança utiliza as letras com seus valores convencionais, com variações de ortografia compatíveis com o sistema, ainda que nem sempre compatíveis com o sistema, ainda que nem sempre correspondam com a escrita padrão.
Nível Ortográfico
Nesta fase o educando já se preocupa em
escrever utilizando a ortografia correta.
• O trabalho com a linguagem oral e escrita se
constitui em um dos espaços de ampliação das
capacidades de comunicação e expressão e de
acesso ao mundo letrado.
• A educação deve promover experiências
significativas
de
aprendizagem
da
língua,
desenvolvendo
habilidades
linguísticas,
tais
como: falar, escutar, ler escrever.
As primeiras experiências das crianças
com a Linguagem Escrita
• A prática de ler histórias.
• A prática de ler histórias.
• A interação com o material impresso e
manuscrito.
• A leitura e a escrita em ambientes
informatizados.
A CONSTRUÇÃO DO
A CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO SOBRE A
ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
• Para aprender a escrever a criança terá de lidar
com
dois
processos
de
aprendizagem
com
dois
processos
de
aprendizagem
paralelos: o da natureza do sistema de escrita
da língua – o que a escrita representa e como
– e o das características da linguagem que se
usa para escrever.
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
• A aprendizagem da linguagem escrita está
intrinsecamente associada ao contato com
intrinsecamente associada ao contato com
textos diversos, para que as crianças possam
construir sua capacidade de ler, e às práticas de
escrita, para que se possam desenvolver a
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
• Desde muito pequenas, as crianças podem usar o
lápis e o papel para imprimir marcas, imitando a
lápis e o papel para imprimir marcas, imitando a
escrita formal, assim como utilizam-se de livros,
revista, jornais, gibis, rótulos, etc. para “ler” o que
está escrito.
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
• Erros
construtivos:
no
processo
de
construção da escrita as crianças cometem
construção da escrita as crianças cometem
erros, que não são vistos como faltas ou
equívocos, eles são esperados,
pois se
referem
a
um
momento
evolutivo
no
processo de aprendizagem das crianças.
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
LINGUAGEM ESCRITA
• As crianças aprendem a produzir textos antes
mesmo de saber grafá-los de maneira
mesmo de saber grafá-los de maneira
convencional, como quando uma criança
utiliza o professor como escriba, ditando-lhe
sua história.
AMBIENTE ALFABETIZADOR
AMBIENTE ALFABETIZADOR
AMBIENTE ALFABETIZADOR
AMBIENTE ALFABETIZADOR
• Um ambiente é alfabetizador quando promove
• Um ambiente é alfabetizador quando promove
um conjunto de situações de usos reais de
leitura e escrita nas quais as crianças têm a
oportunidade de participar de diversos atos de
leitura e de escrita, elas podem desde cedo,
leitura e de escrita, elas podem desde cedo,
pensar sobre a língua e seus usos, construindo
ideias sobre como se lê e como se escreve.
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
LEITURA
LEITURA
LEITURA
LEITURA
• São organizados de forma atraente, num
• São organizados de forma atraente, num
ambiente aconchegante, livros de diversos
gêneros, de diferentes autores, revistas,
histórias em quadrinhos, jornais,
suplementos, trabalhos de outras crianças,
suplementos, trabalhos de outras crianças,
etc.
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
JOGOS DE ESCRITA
JOGOS DE ESCRITA
JOGOS DE ESCRITA
JOGOS DE ESCRITA
• No ambiente criado para os jogos de
• No ambiente criado para os jogos de
mesa, podem se oferecer jogos gráficos,
como caça palavras, forca, cruzadinhas,
etc. Nesses casos convém deixar a
disposição das crianças cartelas com
disposição das crianças cartelas com
letras, letras movéis, etc.
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
ATIVIDADES PERMANENTES
FAZ
FAZ
FAZ
FAZ----DE
DE
DE
DE----CONTA
CONTA
CONTA
CONTA
• A criação de ambientes para brincar no interior ou fora • A criação de ambientes para brincar no interior ou fora
da sala possibilita a ampliação contextualizada do universo discursivo,trazendo para o cotidiano da instituição novas formas de interação com a
linguagem. Esse espaço pode conter várias caixas previamente organizadas pelo professor nas quais
tenham diversos materiais gráficos como embalagens, tenham diversos materiais gráficos como embalagens, livros de receitas, blocos para escrever, talões com
impressos diversos, agendas, listas telefônicas, encartes de supermercado, etc.
Como deve ser o trabalho pedagógico na
Educação de Jovens e Adultos
• Esse tipo de aluno já tem vários conhecimentos
• Esse tipo de aluno já tem vários conhecimentos
e experiências.
• O primeiro passo para o trabalho com jovens
• e adultos é conhecer quem vai aprender.
• É
importante
conhecer
a
condição
• É
importante
conhecer
a
condição
socioeconômica;
os
hábitos
culturais;
os
conhecimentos e crenças etc.
Conhecer o que os estudantes sabem sobre a
escrita
•
Que letras usam para escrever;
• Se estabelecem relações entre os sons e as letras; • Se estabelecem relações entre os sons e as letras; • Se escrevem do jeito como falam;
• Se omitem letras de seus escritos;
• Se percebem algumas irregularidades e padrões no sistema de escrita;
• Se têm consciência de que não há uma relação direta • Se têm consciência de que não há uma relação direta
entre sons e letras (não se escreve do jeito que se fala); • Se e como leem.
Lista de Palavras
• A exploração do nome próprio é uma das primeiras atividades em salas de alfabetização, devido ao grande atividades em salas de alfabetização, devido ao grande significado que possui para os alunos.
• Iniciar esse trabalho solicitando aos alunos que escrevam seus nomes e identifiquem as letras iniciais e finais é fundamental.
Lista de Palavras
• Localizar também o sobrenome e verificar se sabem quantas letras são necessárias para escrever seu nome quantas letras são necessárias para escrever seu nome e sobrenome oferece pistas ao professor sobre os conhecimentos que esses alunos já têm.
• Às vezes, uma pessoa sabe escrever o nome, porém não distingue letras ou partes que compõem esse não distingue letras ou partes que compõem esse nome.
• Isso ocorre porque aprendeu a copiar o nome próprio somente como um logotipo.
Lista de Palavras
• Propor também uma lista de palavras, no mínimo quatro. Escolher sempre palavras que pertencem a um quatro. Escolher sempre palavras que pertencem a um mesmo campo semântico, por exemplo: lista de ferramentas usadas no trabalho, de alimentos que habitualmente consomem etc.
Lista de Palavras
Realizar atividade que permita escrita espontânea. Com essas informações, o professor poderá organizar a sua sala em três grupos:
sala em três grupos:
•
daqueles em que a produção escrita não pode ser lida ou compreendida por outra pessoa, somente pelo autor no momento em que registra;
•
daqueles em que a produção apresenta indícios (letras ou algumas formações silábicas) da palavra grafada e ou algumas formações silábicas) da palavra grafada e depende da leitura do próprio autor para identificá-las; •
daqueles em que a produção pode ser recuperada por
outras pessoas, mas que contém omissões de letras, trocas e erros ortográficos.
A Leitura de Textos
• Podem ser utilizados anúncios, propagandas ou cartazes para saber se os alunos dominam a leitura e cartazes para saber se os alunos dominam a leitura e que procedimentos utilizam para ler.
• O professor deve explicar o objetivo da atividade, pois isso irá ajudá-los a mobilizar os conhecimentos que têm e usá-los no ato de ler.
A Leitura de Textos
• Sempre solicitar aos alunos que localizem datas, horários, endereços, o tema central e outras horários, endereços, o tema central e outras informações.
• O professor deve ter conhecimento de que cada um de seus alunos poderá realizar essa atividade de leitura segundo o seu nível de conhecimento sobre a escrita; segundo o seu nível de conhecimento sobre a escrita; ou seja,
A Leitura de Textos
alguns identificarão letras, sílabas e algumas palavras;
palavras;
outros até decifrarão a leitura, porém não compreenderão o que está escrito;
e também haverá alunos que precisarão ler várias vezes e, assim, responderão o maior número de perguntas.
perguntas.
• Todo processo de atividades de leitura deverá ser preenchido em uma ficha, na qual o professor poderá acompanhar o progresso dos educandos.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
(Magda Soares, 1998)
O PAPEL DO PROFESSOR É ENSINAR A LER E
ESCREVER NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA, DE MODO
SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA, DE MODO QUE O INDIVÍDUO SE TORNE, AO MESMO
LETRAMENTO
• Estado ou condição de quem
• Estado ou condição de quem
não apenas sabe ler e escrever,
mas cultiva e exerce as práticas
sociais que usam a escrita.
LETRAMENTO
• Ter-se apropriado da escrita é diferente de ter
• Ter-se apropriado da escrita é diferente de ter
aprendido a ler e escrever;
• Aprender a ler e escrever significa adquirir uma
tecnologia, a de codificar e de decodificar a língua
escrita;
• Apropriar-se da escrita é tornar a escrita
• Apropriar-se da escrita é tornar a escrita
“própria,” ou seja , é assumi-la como sua
“propriedade”.
LETRAMENTO
• Resultado da ação de ensinar e aprender as
• Resultado da ação de ensinar e aprender as
práticas sociais de leitura e escrita.
• O estado ou condição que adquire um grupo
social ou um indivíduo como consequência de
ter-se apropriado da escrita e de suas práticas
sociais.
DIMENSÕES DO LETRAMENTO
• DIMENSÃO INDIVIDUAL:O letramento é visto como um atributo pessoal, posse individual das tecnologias mentais
O letramento é visto como um atributo pessoal, posse individual das tecnologias mentais
complementares de ler e escrever. • DIMENSÃO SOCIAL:
O letramento é visto como um fenômeno cultural, um conjunto de atividades sociais que envolvem a um conjunto de atividades sociais que envolvem a língua escrita, e de exigências sociais de uso da língua
escrita
LEV VIGOTSKI
• As ideias de Vigotski sobre a escrita tem pontos em comum com a teoria de Emília Ferreiro: é a consideração da escrita como um sistema de comum com a teoria de Emília Ferreiro: é a consideração da escrita como um sistema de representação da realidade e do processo de alfabetização como domínio progressivo desse sistema (que começa muito antes do processo escolar de alfabetização);
LEV VIGOTSKI
• Vigotski tem uma abordagem cultural da escrita: preocupa-se com o processo de sua aquisição, o qual se inicia antes da entrada na escola e se estende por muitos anos;
inicia antes da entrada na escola e se estende por muitos anos;
• Para compreender o desenvolvimento da escrita na criança é necessário estudar o que ele chama de “pré-história da linguagem escrita”, o que se passa antes dos processos deliberados de alfabetização.
Se todos os métodos servem para
aprender a ler, tanto faz escolher um
ou outro?
“Não, absolutamente. (...) Exemplo: pessoas
recém-alfabetizadas por métodos sintéticos são
em geral mais atentas à decodificação integral
do texto, que é lido palavra por palavra, sem
omissões ou substituições. Contudo, são menos
omissões ou substituições. Contudo, são menos
preparadas para a tarefa de interpretação”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo: Ática, p.35-42.
O que deve ser levado em conta no
momento de escolher um método?
Estude o método antes de aplicá-lo. É melhor refletir Estude o método antes de aplicá-lo. É melhor refletir antes, do que corrigir depois.
Recomendações:
considere os fundamentos teóricos (...), as etapas de aplicação (...),
o material necessário (...), o material necessário (...),
os resultados previsíveis (...)”.
“É difícil comprovar a superioridade absoluta
Qual é o melhor método
para ensinar a ler?
“É difícil comprovar a superioridade absoluta de um método sobre outro.
(..) uma turma x pode obter maiores ou menores resultados dependendo do que se considera como “bons resultados” em matéria de leitura: capacidade
de decodificar quaisquer novas combinações de letras? Leitura oral ou fluente? Interpretação do letras? Leitura oral ou fluente? Interpretação do
significado?”
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo: Ática, p.35-42
E agora, que critérios observar na escolha do método de alfabetização?
• Qualquer que seja o método escolhido, deve
ser observado um envolvimento sistemático
dos alunos com a escrita e a leitura em
REFERÊNCIAS E
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e linguística. São Paulo: Scipione, 2003.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o ba, bé, bi, bó, bu. São Paulo : Scipione, 2006. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o ba, bé, bi, bó, bu. São Paulo : Scipione, 2006. CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1999. 95p.
ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emilio a Emilia: a trajetória de alfabetização.
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. KATO, Mary. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolingüística. São Paulo, Ática, 2002.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2000. 70p.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione 1997. 111p.
RIZZO, Gilda. Alfabetização natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998, 336p
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.124p. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.124p. VYGOTSKY, Lev. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.