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Desenvolvimento local sustentável: Uma nova estratégia de intervenção no novo mundo rural

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Academic year: 2021

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DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL:

UMA NOVA ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO

NO NOVO MUNDO RURAL

Murilo Xavier Flores1" Manoel Moacir C. Macedo'2'

Sueli L. Couto Rosa'3'

1. INTRODUÇÃO

H

istoricamente, os modelos, idelogias e programas de de senvolvimento rural têm muda-do. Isso reflete as transformações na so-ciedade e nas diretrizes políticas dos go-vernos(4). Por exemplo, nos estudos de comunidade rural nos anos 50, predo-minou a estratégia da distribuição com crescimento. As organizações governa-mentais eram os principais instrumen-tos de planejamento e de combate à po-breza. O difusionismo behaviorista ba-seado na disseminação de pacotes tecnológicos nos anos 60 e 70, consubstanciado nos requerimentos da Revolução Verde, era o paradigma vi-gente(5), era o início da chamada mo-dernização da agricultura. O Estado, embora presente nas iniciativas de de-senvolvimento no contexto do planeja-mento, iniciava o seu lento declínio.

A partir dos anos 80, no espec-tro da sociologia rural, aparecem os cha-mados estudos de sociologia da agricul-tura, onde são priorizados o entendimen-to da estrutura da agricultura, por exem-plo: as cadeias agrícolas e o sistema

agroalimentar, incluindo as suas influ-ências e implicações(6). No plano eco-nómico, aviltaram-se os ajustamentos estruturais da economia. Chambers (1989: p.4) chama a década de 80 como a década da "eficiência sem uma face humana". Os anos 90 revelaram um novo papel do Estado na agenda do de-senvolvimento rural. O ponto principal é a mudança de prioridade para a agri-cultura familiar, ou, em outras palavras, a atenção para os pobres do mundo ru-ral brasileiro(7).

Nesse sentido, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento propõe-se a discutir o papel da agricultura e o modelo agrícola vigente no País. As demandas e pressões sociais envolvidas no processo de produção agrícola, in-cluindo a distribuição e consumo dos produtos e serviços, cobram novas for-mas de negociação e direcionamento voltadas ao setor agropecuário. O obje-tivo é a transformação das estratégias governamentais, por meio da adição do controle social e da participação de ato-res sociais no processo de definição do

papel do setor produtivo rural, tendo em vista o desenvolvimento local sustentá-vel no contexto de um novo mundo

ru-raP). Para a Presidência da República

e Conselho da Comunidade Solidária (1998: p.4), ao contrário do enfoque económico neoclássico que enfatiza a sustentabilidade ambiental como uma mercadoria, o desenvolvimento local sustentável "é um novo modo de pro-mover o desenvolvimento que possibi-lita o surgimento de comunidades mais sustentáveis, capazes de suprir suas ne-cessidades imediatas; descobrir ou des-pertar suas vocações locais e desenvol-ver suas potencialidades específicas; e fomentar o intercâmbio externo aprovei-tando-se de suas vantagens locais"... "o conceito de "local" não é sinónimo de pequeno e não alude necessariamente à diminuição ou redução. Pelo contrário, considera a maioria dos setores que tra-balha com a questão que o "local" não é um espaço micro, podendo ser tomado como um Município ou, inclusive, como uma região compreendendo vários Mu-nicípios".

O desenvolvimento sustentá-vel, diferentemente dos anos 60, não integrou as decisões de caráter social; e nos anos 70 não se verificou ações ex-pressivas de implementação de uma política ambiental, assim como não constava da agenda pública, visto tra-tar-se de um complexo e estrutural sis-tema sujeito às diversas interações e in-fluências. Nesse sentido, as novas pers-pectivas do desenvolvimento sustentá-vel são multidimensionais, ou seja, en-volvem os elementos económicos, so-ciais, culturais, psicológicos, ecológicos, físicos, e especialmente os condicionantes históricos*91. (i) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)

Engenheiro Agrónomo, Mestre em Economia Rural e Secretário de Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Brasília, DF. Engenheiro Agrónomo, PhD em Sociologia e Assessor do Secretário de Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Brasília, DF. Socióloga, Doutora em Sociologia e Consultora em Políticas Públicas e Ambientais, Brasília, DF.

Graziano da Silva (1993: p. 8-9) afirma que a formulação de políticas agrícolas públicas não é uma ação neutra. Ao contrário, ela é ideológica e visa atender aos segmentos organizados em detrimento dos fracos e desorganizados.

Pastore et ai (1982) declaram que as evidências empíricas de sucesso das inovações tecnológicas na agricultura têm sido com maior destaque na agricultura comercial, ao invés de agricultura de subsistência. Para Macedo (1984: p. 2), a ênfase na agricultura comercial e de exportação é uma imposição da própria tecnologia que é gerada para atender um específico tipo de agricultor.

Graziano da Silva e Del Grossi (1997: p. 2) declaram que, nos anos 80, a urbanização do Brasil foi consolidada e verificou-se um crescimento do emprego não-agrícola na área rural.

Rosa (2995: p. 187) mostra que, nesta perspectiva, "a retórica do desenvolvimento permanece, mas num discurso de mudança de paradigmas e de alteração do enfoque da relação homem-sociedade. O termo não é mais desenvolvimento económico e sim, social, e o homem passa a ser o centro dos interesses do Estado. Outros conceitos incluídos, ausentes nos Programas anteriores, são os de sustentabilidade e de parceria, buscando envolver as questões de segurança alimentar, democracia e cidadania".

Busch (1991: p. 40) afirma que a estratégia de desenvolvimento rural focada no conceito difusionista de difusão-adoção é reducionista e incapaz de explicar a complexidade da mudança social no meio rural.

Para Garkovich et ai (199S), a família agrícola ideal é dependente das características da comunidade local, particularmente da tradição, da vizinhança e do espaço rural.

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Isso implica, seguindo van den Berg e van der Straaten (1994), a ne-cessidade de uma intervenção governa-mental para corrigir o funcionamento do mercado. Para eles, o conceito de sustentabilidade, ao contrário da análi-se econômica(10) neoclássica, é depen-dente de problemas éticos relacionados às futuras gerações que irão depender da natureza e do meio ambiente para sobreviverem.

2. OPRONAF

Uma mudança inicial deli-neou-se, em 1996, pelo Programa Na-cional de Fortalecimento da Agricultu-ra Familiar - Pronaf, o qual foi conce-bido para atender aos agricultores fami-liares(11) brasileiros, os quais respondem por aproximadamente 80% da produção de alimentos do país, e que historica-mente não recebiam os benefícios da política pública, distintamente do que acontecia com os grupos de interesses e influenciadores da política agrícola.

Fatores estruturais e conjunturais, determinados pelas trans-formações sociais, inclusive na agricul-tura internacional, endossavam este favorecimento. O Pronaf, além de ser estruturado como uma ação de política agrícola diferenciada, foi elaborado com base nas reivindicações dos sindicatos e de outras organizações que lidam com as questões rurais e agrícolas. A Confe-deração Nacional dos Trabalhadores da Agricultura - Contag tornou-se parcei-ra prioritária do Pronaf, podendo incluir suas pautas de reivindicações e introdu-zir sugestões, inclusive discutindo recur-sos e prioridades. Para o Pronaf "o mo-delo representado pela agricultura fami-liar corresponde a 5.220.000 estabele-cimentos, em que predomina a interação entre gestão e trabalho, a direção do pro-cesso produtivo pelos proprietários, a ênfase na diversificação, na durabilida-de dos recursos e na qualidadurabilida-de durabilida-de vida, e o trabalho complementado por

traba-lho assalariado" ... "considerando que a média nacional de pessoas por domicí-lio no meio rural é de 4,69, cerca de 24,5 milhões de pessoas vivem em estabele-cimentos rurais caracterizados como de agricultura familiar, o que representa aproximadamente 17% da população brasileira" (Governo Federal e Ministé-rio da Agricultura e do Abastecimento, 1996: p.7).

Em recente avaliação do Pronaf, Veiga e Abramovay (1998), a partir de um estudo empírico dos seus resultados, concluíram que apesar das dificuldades de implantação, como a seleção de Municípios, o programa de-sencadeou um inédito e frutífero pro-cesso de discussão local sobre os rumos do desenvolvimento rural, que podem engendrar o fortalecimento da agricul-tura familiar. Para eles, "o Pronaf está conseguindo produzir o ambiente institucional necessário à ampliação da base social da política nacional de cré-dito e desenvolvimento rurais".

Estabeleceu-se, assim, uma nova concepção de desenvolvimento rural dentro do setor público, onde as organizações e interessados passam a influenciar na identificação e definição de demandas, na formulação do proje-to, no monitoramento da sua execução e na avaliação dos seus resultados. A prática da participação, antes restrita às políticas de cidadania, passa a fazer parte do discurso das políticas públicas. Nes-se Nes-sentido, consolida-Nes-se a necessidade da participação dos beneficiários, com vistas a torná-los parceiros em projetos de desenvolvimento rural, com alcance social e ambiental. Como consequência, ocorre uma tendência de menor contro-le do Estado em termos de transferên-cia de recursos e consolida-se uma nova definição de papéis dos atores sociais, com maior comprometimento nos resul-tados.

Outras transformações esta-vam em curso no setor rural mundial e brasileiro. Como exemplo, esgotou-se

o modelo de produção agrícola basea-do no produtivismo reducionista da re-volução verde, ou seja, a obtenção de ganhos de produtividade por meio da incorporação de fatores de produção intensivos em capital, o que se chamou no Brasil de "modernização conserva-dora da agricultura". Neste contexto, o processo competitivo entre os mercados europeu e americano, com geração de excedentes agrícolas, impactou forte-mente a agricultura dos países subde-senvolvidos, principalmente a agricul-tura de base familiar e produtora de bens alimentares.

A premissa básica era analisar a agricultura como úm setor económico distinto. O espaço rural era visto como um espaço produtivo, cujo principal agente era o produtor rural e os recur-sos de que poderia dispor para produzir mais e melhor. De fato, não se percebia o espaço rural no seu aspecto de totali-dade, mas apenas territórios agrícolas em expansão, principalmente as conhe-cidas fronteiras agrícolas. No Brasil, esta visão provocou a construção de um apa-rato organizacional estatal, como as empresas de pesquisa agropecuária, de assistência técnica e de fomento ao cré-dito rural.

O objetivo da mudança social concentrou-se no incremento linear da produção e produtividade das lavouras e criações, em detrimento quase que exclusivo das questões de cunho social e ambiental, a exemplo da organização dos produtores, do desenvolvimento rural sustentado, dos valores sociais, culturais e antropológicos dos produto-res e de seus familiaproduto-res e da produção de alimentos limpos de agrotóxicos. Assim, de um lado, atrelavam-se as ações da geração de tecnologia agropecuária aos sinais induzidos pelos fatores intensivos de capital, muitos de-les alienígenas à realidade concreta dos sistemas de produção em uso pelos pro-dutores, mormente os pequenos produ-tores e, do outro, o extensionista,

vin-(10) van den Berg e van der Straaten (1994: p. 3) mostram que, do ponto de vista económico, a perspectiva ambiental é vista como a "formulação de negativas externalidades e correção de preços para restaurar a eficiência económica".

(11) Garkovich et ai (1995) afirmam que uma variedade de relações familiares entre irmãos, irmãs, esposa e marido influenciam a tomada de decisão e a divisão do trabalho.

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culava-se ao crédito rural subsidiado e oficial como a principal estratégia de difusão e adoção de inovações circuns-critas a específicos pacotes tecnológicos.

Por sua vez, o produtor rural era focalizado como o indivíduo que induz a produção, o qual tornava-se tan-to mais eficiente tantan-to mais as suas de-cisões individuais pudessem ser direcionadas para a aceitação dos cha-mados modernos fatores de produção. Às organizações públicas e privadas de assistência técnica era reservado o pa-pel de identificar o estágio de conheci-mento tecnológico do produtor e orientá-lo para a adoção de uma inova-ção tecnológica. Outrossim, tais orga-nizações elaboravam tipologias dos modelos e composição das práticas a serem difundidas e adotadas ou rejeita-das pelos produtores. O papel tático dos agentes públicos foi menos de promo-tores do desenvolvimento sustentado, e muito mais de fomentador do uso de insumos no convencimento dos agricul-tores da importância quantitativa de se adotar as inovações tecnológicas.

Acreditava-se que a decisão individual do produtor em adotar uma inovação tecnológica, como sementes melhoradas, pesticidas, mecanização, fertilizantes e irrigação dentre outros, poderia romper com o ciclo de pobreza e fome e promover a mudança social rural. Em verdade, para Havens (1975) o modelo difusionista de tecnologia agropecuária não desencadeou as mu-danças sociais esperadas, ao contrário, ajudou quem não necessitava ser aju-dado. Assim, ele passou a ser um modo de desigualdade social.

Nesse sentido, priorizou-se o desenvolvimento agrícola sobre o de-senvolvimento rural sustentável e não considerou a possibilidade de se ver o espaço rural como um lugar complexo e dinâmico, que pudesse propor solu-ções alternativas e um novo padrão de desenvolvimento, aqui chamado do

novo mundo rural. Como resultado,

houve um elevado despovoamento do meio rural e a acentuada queda dos

pre-ços dos produtos e da renda agrícola. O espaço rural transformou-se, reverten-do a tendência de crescimento da popu-lação economicamente ativa que vivia do setor agrícola.

3. O NOVO MUNDO RURAL É importante verificar que, nas últimas décadas, o espaço rural brasi-leiro urbanizou-se e a agricultura, que por vocação possuía seu próprio mer-cado de trabalho e equilíbrio interno, integrou-se no contexto da economia, respondendo por um alto índice de de-semprego e degradação das condições de vida do trabalhador rural. Tanto para o governo como para a sociedade, o desafio passou a ser a busca de soluções para a melhoria das condições de em-prego e renda para os trabalhadores ur-banos e rurais.

Tornou-se difícil determinar a fronteira entre a atividade rural e a ur-bana, pois o espaço rural deixou de ser exclusivamente um mundo agrícola. Existe uma tendência visível de redu-ção de pessoas ocupadas na agricultura e um aumento no número de pessoas residentes no campo com atividades não-agrícolas, ou seja, uma camada sig-nificativa de pequenos agricultores bus-cando combinar a agricultura com as outras formas de rendimento não vin-culadas diretamente ao processo de pro-dução agropecuária. Graziano da Silva e Grossi (1997), analisando os dados da Pnad, constatam que a renda média ru-ral proveniente das atividades não-agrí-colas, em 1990, foi 32% maior que a média de renda rural proveniente de ati-vidades agropecuárias. Eles ainda mos-tram que, entre 1992 e 1995, as pessoas ocupadas em atividades não-agrícolas no meio rural aumentaram em cerca de 10% ao ano.

Martisussen (1977: p.105), es-tudando os modos de produção e as clas-ses sociais em sociedades periféricas, argui que no mundo real destas predo-minam os vários modos de produção. Para ele, o importante é verificar que para ser auto-suficiente o pequeno

agri-cultor, que ele chama de usuário da ter-ra, deve lidar com diferentes lavouras e criações, enquanto as atividades de cui-dar das ferramentas agrícolas e dos uten-sílios domésticos são deixados para os grupos especializados que são identifi-cados como os artesãos e fornecedores de serviços.

Isso leva à conclusão de que o agricultor em tempo integral, principal-mente o residente próximo à cidade, e a capacidade produtiva da população re-sidente no campo se expressa, de acor-do com Carneiro (1998), em "novas for-mas da atividade agrícola como uma alternativa ao êxodo rural, ao desempre-go urbano, e âo padrão de desenvolvi-mento agrícola dominante". Para ela, nos países desenvolvidos ocorre uma rápida adaptação do agricultor familiar ao processo de modernização, o qual passa a contribuir na formulação de res-posta à crise do modelo produtivista.

No Brasil também têm ocorri-do transformações que ampliam as pos-sibilidades de trabalho para a popula-ção rural mas não exclusivamente na agricultura. As áreas rurais passam a incluir atividades de consumo como lazer, turismo, artesanato, residência, preservação do meio ambiente, dentre outras. Pode-se dizer que o espaço rural sofre mudanças de caráter multidimensional, ou seja, deixa de ser visto apenas pela ótica económica ou do ponto de vista da produção agropecuária(12). Del Grossi e Graziano da Silva (1998: p.8) mostram em estu-dos sobre a população economicamen-te ativa ocupada em atividade agropecuária, que "40% dos 7,5 milhões de domicílios rurais identificados pela Pnad de 1995 eram pluriativos (24%) ou não-agrícolas (17%), o que reforça a tese de que o mundo rural é hoje muito maior do que o agrícola" ... "isto não significa dizer que o mundo rural não seja predominantemente agrícola, mas que de cada quatro famílias que exer-cem apenas atividades agrícolas, três ainda residiam em zonas rurais em 1995".

Em outras palavras, o espaço (12) Graziano da Silva e Del Grossi (1997: p. 8) dizem que o fato das pessoas viverem na área rural não necessariamente significa que elas exercem as suas atividades

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rural passa a ser visto como um novo mundo rural e como um espaço de pro-dução e consumo da sociedade urbano-industrial, ou, ainda de acordo com Car-neiro (1998), o campo torna-se uma re-ferência de um "bom lugar de vida". 4. A PROPOSTA

Em virtude do longo período de crises que caracterizou a década de 80 e do sentido do novo mundo rural, tornou-se imperativo o processo de ava-liação e transformação das políticas pú-blicas relacionadas ao meio rural, bus-cando principalmente recuperar os prin-cipais instrumentos de desenvolvimen-to rural. Como resultado, ocorreu a mudança do núcleo das atividades para a esfera local, onde concretamente ocor-rem as relações sociais de produção.

Nesse sentido, ressaltam-se al-gumas iniciativas para a consolidação da proposta em discussão, como segue: a importância da organização dos pro-dutores como meio de fortalecer seu protagonismo no processo de desenvol-vimento; os pequenos produtores, a par-ceria com os sindicatos e organizações dos trabalhadores e produtores rurais; a adequação dos serviços de extensão ru-ral e assistência técnica a esse novo paradigma desenvolvimentista, a descentralização dos serviços que per-mita maior participação do público nos processos de planejamento, municipalização da agricultura e uso de tecnologias adaptadas aos pequenos agricultores(13).

Nessa ótica, considera-se em plenitude a diversidade típica da agri-cultura familiar, principalmente os con-trastes regionais e suas diferenciações económicas, sociais e organizativas. As diferenças culturais e os diferentes sis-temas de produção devem ser respeita-dos e buscadas alternativas de desenvol-vimento às diferentes realidades surgidas no interior do novo mundo ru-ral brasileiro.

Inicia-se, desse modo, um am-plo processo de sustentação do

desen-volvimento, onde o rural e o urbano passam a ser vistos como unidade em um espaço social a ser viabilizado. O local ou a localidade tornam-se o meio onde se dá o processo de desenvolvi-mento dos empreendidesenvolvi-mentos familiares. Não se trata de um processo de descaracterização do espaço rural, mas a sua reestruturação a partir da incorpo-ração de novos componentes económi-cos, culturais e sociais; em face dos mecanismos de uma economia globalizada. Elementos da cultura local são incorporados por novos valores, hábitos e técnicas, criando um movi-mento de dupla direção entre o rural e o urbano. A localidade torna-se a referên-cia espareferên-cial como qualificadora de um universo de relações sociais específicas. O sentido de localidade, que não existe em si mesmo, poderá se consolidar quanto mais forte for a identidade do grupo, ou seja, quanto mais forte for o sentimento de pertencer e participar a uma dada localidade.

Nesse novo mundo rural, os agricultores familiares deverão realizar inovações no processo produtivo, inclu-indo as atividades turísticas e culturais, adaptando-se às necessidades económi-cas e domesticando as técnieconómi-cas aos seus interesses e a sua realidade material. Para Carneiro (1998) isso mostra que se inicia um "processo de construção de novas identidades sociais, que não po-dem ser traduzidas simplesmente pela centralidade na atividade agrícola e nem pelo exercício exclusivo de uma única atividade económica".

Nesse sentido, redefine-se o papel da agricultura familiar na medida em que a família do produtor rural e o seu meio é que passam a ser focaliza-dos. O importante é entender que existe um raio de ação que ultrapassa a pro-priedade e os produtos agrícolas. A co-munidade, o Município, a microrregião tornam-se a unidade de trabalho em um projeto de planejamento social, onde as necessidades e oportunidades serão exercidas a partir das reivindicações dos agricultores devidamente organizados.

A atividade agrícola passa a ser vista na sua dinâmica multidimensional, envol-vendo os fatores económicos e sociais da produção, da distribuição e do con-sumo. Os mercados, antes muito espe-cíficos, passarão a ser buscados na sua complexidade.

O agricultor familiar será esti-mulado a produzir além da subsistência e será parte ativa do contexto de um pro-jeto de desenvolvimento local. Como visto, a base estratégica é a participação local, a equidade social, a sustentabilidade ambiental e a competitividade. O fomento à agroindustrialização em bases associativas deverá estimular novas for-mas de ocupação do espaço rural e do consumo, aprimorando a gestão social das diversas formas organizativas dos produtores. Outrossim, a inclusão de geração de emprego e renda em ativi-dades não agrícolas deverão ser estimu-ladas de forma coordenada e no contexto da totalidade do desenvolvimento local. Para isso, será incentivada, de forma coordenada entre as diversas estruturas do Estado, a melhoria de infra-estrutu-ra nos Municípios, como energia elétri-ca, água potável, escolas, postos de saú-de, sistemas de comunicação, transpor-te e lazer.

É necessário considerar, no contexto dos sistemas de produção, o papel da geração, difusão e adoção de tecnologia e as relações de produção holisticamente adaptadas ao meio am-biente. Em outras plavras, é imperativo conciliar os sistemas de produção eco-nomicamente viáveis com uma estraté-gia de preservação ambiental, conside-rando os saberes científicos oriundos do método hipotético-dedutivo e na lingua-gem de Woortmann e Woortmann (1997) com o "saber-fazer" e o modo de vida dos produtores rurais e seus fa-miliares. O objetivo é garantir o cresci-mento equilibrado, diversificado e ade-quado aos diversos ecossistemas e às condições sociais de produção. De igual maneira, deverão ser combinados, no contexto da totalidade do

desenvolvi-(13) Martinussen (1997: p. 139) expressa que, nos países do Terceiro Mundo, os pequenos agricultores não constituem um poderoso grupo de pressão capaz de influenciar as decisões governamentais. Ao contrário, a infra-estrutura e os serviços têm atingido os ricos e organizados produtores.

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mento local do novo mundo rural, os meios de produção disponíveis, como trabalho, crédito, assistência técnica, educação profissional, comercialização e os sinais de novos e alternativos mer-cados.

5. ESTRATÉGIAS

A proposta e os componentes serão viabilizados por estratégias e me-canismos operacionais. A execução es-tará consubstanciada por um marco conceituai diretor, a partir de diretrizes e princípios fundamentais, que garan-tem uma relação sistémica e holística entre todos os componentes. Os princí-pios são o desenvolvimento local sus-tentável, a participação, a comunicação, a descentralização e a parcerias. A es-tratégia principal é garantir o desenvol-vimento local sustentável por meio de mecanismos do "saber fazer" da própria localidade, voltada para o respeito aos elementos sócio-econômicos e culturais, e na perspectiva de introduzir oportuni-dades de desenvolvimento em um novo mundo rural.

A metodologia de trabalho e as definições temporais e espaciais dos re-sultados esperados estarão voltadas para o agricultor familiar e sua família, ven-do-os como atores fundamentais do pro-cesso de desenvolvimento local. A con-centração metodológica se dá a partir do fortalecimento e potencialização das ações já iniciadas em municípios do Pronaf, apoiando atividades que garan-tam maiores condições qualitativas na vida do agricultor familiar.

As linhas metodológicas de ação deverão atuar em função das de-mandas estabelecidas nos níveis locais/ municipais, pelos agricultores familia-res e suas organizações. As atividades deverão fomentar processos autentica-mente participativos e descentralizados. Serão viabilizadas formas de produção, industrialização e comercialização de produtos oriundos da agricultura fami-liar, mediante o apoio de assistência téc-nica e extensão rural, educação, capacitação, e demais fatores

importan-tes identificados.

O desenvolvimento local será possibilitado por meio da implantação, ampliação, modernização e racionaliza-ção da infra-estrutura produtiva e soci-al do meio rursoci-al, agilizando os proces-sos de trabalho, estimulando a partici-pação dos produtores e suas organiza-ções em colegiados, assegurando-lhes o protagonismo nas iniciativas do proje-to. Serão estimuladas parcerias entre o setor público e o privado para estimu-lar experiências de desenvolvimento por meio da educação, pesquisas, produção e comercialização de produtos locais.

Dessa forma, alguns princípi-os norteadores e estratégias promove-rão a arregimentação das ações no sen-tido de viabilizar os objetivos propos-tos pelo projeto.

1) Adensamento. A concepção do desenvolvimento local sustentável é de totalidade e de unidade da pro-blemática da agricultura familiar. Os mecanismos de intervenção e participação devem ser adensados no contexto da dinâmica operacional do Pronaf. As ações serão concentradas nos municípios e regiões onde o Pronaf já desen-volve suas atividades, de modo a impedir duplicação de esforços e potencializar os resultados. O adensamento dos componentes e estratégias será operacionalizado no nível municipal por meio do Conselho de Desenvolvimento Rural -CMDR; no âmbito estadual, pelo Conselho Estadual e pela Secreta-ria Estadual do Pronaf e, na esfera nacional, pelo Conselho Nacional e Secretaria Executiva Nacional do Pronaf.

2) Comunicação. O processo de

co-municação integrará todos os com-ponentes, difundindo todas as ações desenvolvidas e implementadas pelo projeto. O fundamental é inte-grar as atividades que compõem os sistemas de produção e comercialização. Não constitui uma ponte ou um mecanismo isolado e individual de comunicação entre

indivíduos. As Redes Integradas de Informações e Assistência Técnica serão formadas por canais apropri-ados de realimentação de informa-ções de maior interesse dos agricul-tores familiares. Os canais devem ser formados, fundamentalmente, por núcleos locais interligados.

3) Desenvolvimento Sustentável. O

desenvolvimento sustentável cons-titui o conjunto de ações para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e seus familiares e para a conquista de um meio ambiente sustentável e duradouro. Desloca-se o sistema de produção focaliza-do na planta para o ecossistema focaliza-do espaço rural, onde vivem e traba-lham os produtores. A educação ambiental, atividades de proteção e conservação dos recursos naturais, aliadas a uma proposta de sustentabilidade do desenvolvi-mento económico, constituem as bases para um maior envolvimento da localidade com seu ambiente.

4) Participação. A participação do

poder local na decisão das estraté-gias de desenvolvimento é a con-dição indispensável para o alcance dos objetivos de desenvolvimento local e sustentável. Participação deve ser entendida como um pro-cesso de conscientização(14) e de envolvimento efetivo dos atores sociais no processo de desenvolvi-mento. O estímulo à participação será realizado por meio de envolvimento da comunidade nos Planos de Desenvolvimento Muni-cipal, na ação dos agentes de de-senvolvimento locais em atividades de extensão, assistência técnica e social, nas decisões compartilhadas pelos agricultores familiares por meio de suas organizações.

5) Parcerias. O princípio da parceria

requer, para a sua consecução e su-cesso, a relação entre o conjunto de atores que compõem a sociedade, por meio das organizações públi-cas e privadas. As instituições pú-blicas e privadas, organizações não-(14) Para Chambers (1993), a participação envolve os igualitários e mútuos interesses entre agricultores, pesquisadores e extensionistas. Nessa perspectiva, Chambers

(1994: p. 953) apresenta o chamado Participatory Rural Appraisal (PRA) como o conjunto de métodos que torna as pessoas locais capazes de participar, dividir e analisar os seus conhecimentos e as condições de vida para planejar e agir.

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governamentais e demais organiza-ções de produtores constituem, as-sim, os parceiros do Projeto. Espe-ra-se que seja estimulada uma ca-deia sustentável de iniciativas, na qual se estabeleça o mecanismo multiplicador de ações bem suce-didas. A co-responsabilidade das ações permite que a localidade se aproprie dos resultados e se identi-fique por meio deles.

6) Descentralização. A descentralização, atendendo à

dinâ-mica econódinâ-mica localizada e inte-grada no Município, é a base do Pronaf. Por meio desta base as ações buscam identificar a realida-de social local e os indicadores realida-de desenvolvimento sustentável, de-sencadeando novos processos, des-locados da esfera federal e/ou esta-dual. O agricultor familiar e sua família constituem o centro para onde convergem as ações deste pro-cesso descentralizador.

6. ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO

DAS AÇÕES

Os mecanismos operacionais do projeto de desenvolvimento local sustentável para a agricultura familiar no contexto do novo mundo rural de-vem abranger, de forma estratégica, participativa e adensada, o conjunto das atividades que viabilizem a produção, a distribuição/comercialização e o consu-mo, no contexto das relações sociais de produção dos complexos sistemas de produção em uso pelos agricultores e seus familiares. O enfoque central é dado no agricultor familiar, no seu envolvimento ativo no processo de de-senvolvimento. Nesse sentido destacam-se as destacam-seguintes áreas de concentração, que funcionam como componentes fun-damentais do Projeto:

* Desenvolvimento das Instituições

Locais Públicas e Privadas: Apoio

à formulação dos Planos de Desen-volvimento Rural Sustentável, ga-rantindo a representatividde dos atores sociais nos Conselhos Mu-nicipais de Desenvolvimento e res-pectivas organizações; apoio às entidades de extensão rural e

assis-tência técnica, às instituições não-governamentais que estão interes-sadas em participar do processo de desenvolvimento local;

* Desenvolvimento de Recursos

Humanos através da capacitação:

Educação formal e não-formal para a profissionalização dos membros da unidade familiar integrada assim como de multiplicadores e agentes de desenvolvimento local, conse-lheiros municipais e extensionistas rurais e sociais;

* Produção Familiar Integrada: Diversificação e verticalização pro-dutiva da unidade familiar e sua integração na estrutura produtiva local com o objetivo de explorar mercados alternativos. Busca-se a requalificação da atividade agríco-la de modo a fortalecer a coesão do grupo familiar, preparando para o aumento da produtividade e da competitividade de seus produtos no mercado. Os podutores organi-zados definirão os mecanismos de tomada de decisão sobre o que pro-duzir, comercializar e adquirir. Será promovida a adequação do proces-so de mudança na organização da produção, sempre atendendo às ca-racterísticas sócio-econômicas e às peculiaridades culturais de cada região.

* Promoção de Renda

náo-agríco-la: Promoção de iniciativas

produ-tivas auto-sustentáveis não-agríco-las (turismo, artesanato e outros serviços), visando um novo ordenamento do espaço rural. Deve-se estimular a formação de modelos associativos, fortalecendo as demandas nos campos técnico,

económico, financeiro, organizacional e jurídico das

ativi-dades não-agrícolas, contribuindo para a diversificação dos serviços e atividades produtivas de base lo-cal.

7. RESULTADOS ESPERADOS Tendo como marco de atuação a participação, a descentralização e a municipalização, espera-se que as ações de desenvolvimento local sustentável, no contexto do novo mundo rural

brasi-leiro, alcancem os seguintes resultados: • fortalecimento do processo

decisório local por meio da descentralização das decisões rela-tivas ao planejamento, execução e operação de projetos de desenvol-vimento local, promovendo a mai-or racionalidade e valmai-or agregado à produção familiar local;

• articulação entre os diversos níveis de instituições públicas (federal, estadual e municipal) com os seto-res organizados da sociedade civil, desde comerciais, industriais, creditícias, como ensino, pesquisa e extensão, comprometidos com a promoção, viabilização e consoli-dação dos objétivos do desenvol-vimento local sustentável;

• ampliação das atividades internas para robustecer o mercado, acom-panhadas e complementadas efici-entemente por medidas resultantes do fomento à agroindustrialização em bases associativas e organizativas, no contexto da tota-lidade do desenvolvimento local e do novo mundo rural;

• crescimento equilibrado e diversi-ficado do espaço rural, adequado aos diversos ecossistemas e às con-dições sociais de produção e do consumo;

• geração de emprego e renda pro-venientes de atividades não-agríco-las, estimuladas de forma coorde-nada e no contexto da totalidade do desenvolvimento local e do novo mundo rural;

• agentes de Desenvolvimento Lo-cais capacitados para desenvolve-rem atividades de assistência téc-nica, social e ambiental nas unida-des de produção familiar no con-texto do novo mundo rural; • agricultores familiares capacitados

em técnicas agrícolas básicas, edu-cação ambiental, técnicas artesanais e turismo dentre outras.

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Referências

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