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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE ESGOSTO

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(1)

ANA CLAUDIA TONIN

MICHELA APARECIDA BERTOLDO RODRIGUES

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE ESGOSTO

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE ESGOSTO

Trabalho de Conclusão de Curso, da Faculdade Sul Brasil, Curso de Ciências Contábeis, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel.

Orientador: Prof. Esp. Sebastião Alves Queiroz

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE ESGOSTO

Trabalho de Conclusão de Curso, do Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob

orientação do Professor Especialista Sebastião Queiroz, considerado

_________________________ pela Banca Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

____________________________________________________ Profº Esp. Sebastião Alves Queiroz

Orientador - FASUL

_____________________________________________________

Profº Esp. José Domingos Nunes Correa

_____________________________________________________ Profª Me Iara Elisa Schneider

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(5)

A Deus, pela vida oferecida.

Aos nossos familiares, pela compreensão quando das inúmeras ausências durante o tempo de graduação.

Ao orientador, que nos auxiliou para que chegássemos ao resultado final desejado. Aos colaboradores, que nos possibilitaram

estudar, contribuindo para nosso

crescimento.

(6)

“Apesar dos nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. O que existem são pessoas que lutam pelos

seus sonhos ou desistem deles.”

(7)

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo mostrar qual a melhor tributação para a empresa em estudo, ou seja, em qual tributação pagaria menos impostos. Isto ocorreu através do planejamento tributário, chamado ainda de elisão fiscal ou de economia legal, desenvolvido de acordo com os relatórios contábeis da empresa (DR, Balanço Patrimonial, entre outros), onde se fez um estudo desses dados para se chegar ao resultado de qual seria a tributação que a empresa poderia optar para o ano seguinte e que diminuiria o valor de seus impostos, uma vez que a alta carga tributária seria a responsável por grande parte da falência das empresas no Brasil. Nesse contexto o estudo sobre planejamento tributário teve como visão promover outras possibilidades para a redução do imposto ou simplesmente mostrar a mesma, qual a melhor forma de tributação, através das informações confiáveis, onde a empresa pode optar ou não pelo resultado final que o estudo possibilitou através de cálculos precisos juntamente com a teoria, mostrou ao administrador da empresa e a comunidade acadêmica se a empresa esta no caminho certo, se a tributação atual utilizada é a mais indicada ou haverá a necessidade de mudanças na forma de tributação. Através de todos os cálculos efetuados foi possível verificar que devido a empresa ter ultrapassado o valor permitido pelo fisco para a sua permanência no Simples Nacional sendo automaticamente excluída deste regime para o ano seguinte permanecendo até o final de 2012 recolhendo os impostos pela alíquota máxima majorada em 20% (vinte por cento), então, através das análises chegamos a conclusão que ela deverá optar pelo regime de tributação do Lucro Presumido, pois ficou evidente nas tabelas apresentadas a grande economia no montante de impostos em relação ao Lucro Real. A abordagem dos fatos teve como base as formas de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Lucro Real

(8)

Este trabajo apunta a mostrar la mejor manera de gravar a la empresa objeto de estudio , es decir , en la que los impuestos pagaría menos impuestos . Esto ocurrió a través de la planificación fiscal , todavía se llama evasión fiscal o la economía legal, desarrollado de acuerdo con los informes contables de la empresa ( DR, Balance, etc ) , donde un estudio de estos datos para llegar a la raíz de la que se hizo tributación sería que la compañía podría optar por el año siguiente y se reduciría el valor de sus impuestos , ya que la elevada presión fiscal sería en gran parte responsable del fracaso de las empresas en Brasil . En este contexto, el estudio sobre la visión de planificación fiscal era promover otras oportunidades para la reducción de impuestos o simplemente mostrar la misma , ¿cuál es la mejor forma de impuestos , a través de una información fiable , donde la empresa puede elegir si desea o no el resultado final que el estudio permitió a través de cálculos precisos , junto con la teoría , mostró el administrador de la empresa y la comunidad académica , si la empresa está en el camino correcto , si la evaluación actual utilizado es el más adecuado o hay una necesidad de cambios en la forma de impuestos . A través de todos los cálculos realizados se encontró que debido a que la empresa había superado el permitido por las autoridades fiscales para su estancia en el valor nacional de simple se elimina automáticamente de este plan para el año siguiente que queda hasta el final de 2012 la recaudación del impuesto a una tasa máxima se incrementó en 20 % ( veinte por ciento) , a continuación, mediante el análisis llegó a la conclusión de que ella debe optar por la tributación de la renta presunta , como fue evidente en los cuadros que se presentan un gran ahorro en la cantidad de impuestos en relación con la base imponible. El enfoque se basa en los hechos formas de tributación : renta presunta simple Nacional , arbitrado de lucro y de Renta Imponible

.

(9)

LISTA DE FIGURAS

GRÁFICO 1 Participação de cada tributo no Simples Nacional GRÁFICO 2 Participação de cada tributo no Lucro Presumido

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LISTA DE TABELAS TABELA 1 Alíquota Máxima Simples Nacional No Paraná

TABELA 2 Percentual De Redução

TABELA 3 Anexo II Simples Nacional

TABELA 4 Anexo I Simples Nacional

TABELA 5 Receita Acumulada Em 12 Meses

TABELA 6 Tributos Incidentes sobre a Receita Tributável no Regime de tributação com base no Simples Nacional

TABELA 7 Tributos Incidentes sobre a Receita Tributável no Regime de tributação com base no Simples Nacional

TABELA 8 – Valor do Imposto

TABELA 9 – Encargos da Folha de Pagamento com Base no Simples Nacional

TABELA 10 – Total dos Tributos apurados com Base no Simples Nacional

TABELA 11 – Valor do ICMS pago mensalmente para Indústria

TABELA 12 – Valor ICMS pago mensalmente para comércio

TABELA 13 – PIS/PASEP e COFINS com Base no Lucro Presumido

TABELA 14 – IRPJ com Base no Lucro Presumido

TABELA 15 CSLL com Base no Lucro Presumido

TABELA 16 Encargos sobre a Folha de Pagamento com Base no Lucro Presumido

TABELA 17 Total dos Tributos apurados com Base no Lucro Presumido

TABELA 18 Apuração dos Débitos de PIS/PASEP e CONFINS com Base no Lucro Real sobre as vendas

TABELA 19 Apuração dos Créditos de PIS/PASEP e CONFINS com Base no Lucro Real

TABELA 20 Resultado após a compensação dos Débitos e Créditos de PIS/PASEP e COFINS com Base no Lucro Real

TABELA 21 IRPJ e CSLL com base no Lucro Real

TABELA 22 Encargos da Folha de Pagamento com Base no Lucro Real

TABELA 23 Total de ICMS a Recolher Mensalmente com Base no Lucro Real

TABELA 24 – Total dos Tributos Apurados com Base no Lucro Real

(11)

LISTA DE SIGLAS

Art. – Artigo

CF – Constituição Federal

CIDE – Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico

CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

COFINS – Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social

CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido

CTN – Código Tributário Nacional

DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DAS – Documento de Arrecadação do Simples

DETRAN – Departamento de Trânsito

DR – Demonstração do Resultado

EPP – Empresa de Pequeno Porte

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre prestações de serviços de

transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação.

IE – Imposto de Exportação

II – Imposto de Importação

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras

IPI – Imposto sobre Produto Industrializado

IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano

IPVA – Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores

IRPF – Imposto de Rende de Pessoa Física

IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

ISSQN – Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza

ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis

ITCMD – Imposto de Causas Mortis e Doação

ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real

LC – Lei Complementar

ME – Microempresa

NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul

PIS – Programa de Integração Social

RFB – Receita Federal do Brasil

RIR – Regulamento do Imposto de Renda

TEC – Tarifa Externa Comum

(12)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 13

1 CONCEITO DOS IMPOSTOS ... 14

1.1 IMPOSTOS ... 14

1.1.2 A criação dos impostos ... 14

1.1.3 Impostos Federais ... 15

1.1.3.1 Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social ... 16

1.1.3.2 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL ... 16

1.1.3.3 Imposto de Exportação IE... 17

1.1.3.4 Imposto de Importação - II ... 17

1.1.3.5 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural ITR ... 18

1.1.3.6 Imposto sobre Operações Financeiras IOF ... 19

1.1.3.7 Imposto de Renda de Pessoa Jurídica IRPJ ... 19

1.1.3.8 Imposto de Renda de Pessoa Física IRPF... 20

1.1.3.9 Imposto sobre produtos industrializados IPI ... 21

1.1.3.10 Programa de Integração Social – PIS ... 21

1.1.3.11 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS ... 23

1.1.3.12 Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ... 23

1.1.3.13 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE ... 24

1.1.4 Impostos Estaduais ... 25

1.1.4.1 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre prestação de serviço de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação – ICMS ... 25

1.1.4.2 Imposto de Causas Mortis e Doação – ITCMD ... 26

1.1.4.3 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA... 27

1.1.5 Impostos Municipais ... 27

1.1.5.1 Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza ISSQN ... 28

1.1.5.2 Imposto Predial e Territorial Urbano IPTU ... 28

1.1.5.3 Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis ITBI ... 29

1.2 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO ... 29

1.2.1 Simples Nacional ... 30

1.2.2 Lucro presumido ... 31

1.2.3 Lucro Real ... 32

(13)

1.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ... 34

1.3.1 Elisão e Evasão Fiscal ... 35

2 METODOLOGIA ... 37

3 APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM UMA EMPRESA DO RAMO DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS PARA TRATAMENTO DE ESGOTO POR MEIOS DE PROCESSOS, FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS ... 41

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 41

3.2 APURAÇÃO DOS TRIBUTOS DEVIDOS NOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO: SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ... 42

3.2.1 Cálculos Tributários no Regime de Tributação Simples Nacional ... 42

3.2.2 Cálculos Tributários no Regime de Tributação Lucro Presumido ... 57

3.2.3 Cálculos Tributários no Regime de Tributação Lucro Real ... 66

3.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO: SIMPLES NACIONAL, LUCRO PRESUMIDO E LUCRO REAL ... 78

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 79

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 82

(14)

INTRODUÇÃO

Neste trabalho será abordado o assunto planejamento tributário, quais as formas de tributação existentes, evasão e elisão fiscal, a tributação mais adequada, qual pagaria menos impostos na forma legal.

Serão coletados dados de uma empresa que exerce a atividade de Fabricação de Produtos de Limpeza e Polimento. Fabricação de Produtos para Tratamento de Esgoto por meios de processos, físicos, químicos e biológicos. Importação e Exportação; Comércio de Equipamentos e Produtos para Saneamento Básico e de Preservação Ambiental, referente ao ano de 2012 e com os mesmos através de cálculos, análises e bibliografias faz-se a seguinte pergunta: qual o regime tributário mais indicado ao perfil da empresa?

A partir do estudo das informações, será possível descobrir qual a tributação mais viável para empresa, ser optante do regime de tributação do Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado ou Lucro Real.

Mostrar com exatidão como o planejamento tributário é importante para as organizações.

O objetivo geral deste estudo é apresentar para a empresa e a comunidade acadêmica a importância de se ter um planejamento e fazê-lo da melhor maneira possível, não tendo que se utilizar da evasão fiscal (sonegação de impostos) e sim da elisão fiscal (planejamento tributário), que é permitido por lei.

Os objetivos específicos do projeto são:

- Buscar identificar os conceitos de tributos, planejamento tributário, formas de tributação, impostos, elisão e evasão fiscal, e demais definições que abrangem o assunto.

- Verificar qual o melhor regime de tributação para a empresa através do desenvolvimento de um planejamento tributário no ano de 2012.

- Identificar com os estudos teóricos e práticos o regime de tributação em que a empresa pagaria menos impostos, se é melhor que ela continue no regime que se encontra ou optar por outra forma de tributação.

(15)

1 CONCEITOS DOS IMPOSTOS

1.1 IMPOSTOS

Desde a antiguidade os impostos fazem parte da vida das pessoas, no entanto, não é de hoje que a alta carga tributária traz muita preocupação para as organizações, criando assim um ambiente de constante batalha em busca da diminuição dos tributos.

Para Fabretti, o imposto é: “[...] Aquele que, uma vez instituído por lei, é devido, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte. Portanto, não está vinculada a nenhuma prestação específica do Estado ao sujeito

passivo [...]” (FABRETTI, 2009, p. 105).

As pessoas que manifestam as suas riquezas obrigatoriamente deverão pagar impostos sobre elas contribuindo com o Estado, tendo assim o mesmo angariado recursos necessários para buscar a consecução do bem comum. No entanto, as pessoas físicas ou jurídicas, que vendem suas mercadorias, são proprietários de imóveis urbanos, devem contribuir com a União pagando o imposto de renda, com o Estado pagando o imposto sobre circulação de mercadorias e com Município pagando o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Assim tem-se as taxas e contribuições de melhoria no âmbito retributivo e já os impostos no contributivo. (ALEXANDRE, 2007).

Os impostos são cobrados tanto de pessoas físicas, como de pessoas jurídicas. Esse dinheiro arrecadado é direcionado aos cofres públicos, sem uma destinação específica, sendo de caráter obrigatório o pagamento dos mesmos.

1.1.2 A criação dos impostos

Há impostos que a Constituição Federal exige que a lei complementar defina quais serão os fatos geradores, suas bases de cálculo e contribuintes.

(16)

As leis que regem os impostos estão inseridas no CTN, estudadas e analisadas pelo direito tributário.

Para Oliveira, o Direito Tributário é definido como o ramo autônomo do Direito Público, por conter princípios e institutos próprios, relacionando-se com os demais ramos do direito, dado sua unidade, pois estuda e normatiza as relações entre Estado e contribuinte. Relações essas relativas à criação, fiscalização e arrecadação da receita pública derivada específica dos tributos. (OLIVEIRA, 2009, p. 56).

De acordo com Amaro, “[...] o tributo resulta de uma exigência do Estado, que, nos primórdios da história fiscal, decorria da vontade do soberano, então identificada com a lei, e hoje se funda na lei, como expressão da vontade coletiva.

[...]” (AMARO, 2009, p. 17).

“[...] O conceito de tributo esta estabelecido no Art 3° do CTN: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL, apud OLIVEIRA, 2009, p.59).

Os impostos devem ser pagos pelas pessoas físicas, bem como, pelas jurídicas. Este dinheiro é destinado ao governo, tanto municipal, estadual como federal. Sendo que este não tem um destino específico, ou seja, o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), por exemplo, não quer dizer que esse dinheiro arrecadado com esse imposto deve ser destinado à manutenção de estradas, mas pode ser destinado a outro fim.

1.1.3 Impostos Federais

(17)

1.1.3.1 Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social COFINS

A COFINS – Contribuição Social para financiamento da Seguridade Social, instituída pela Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991. É devida pelas pessoas jurídicas inclusive as a elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social. A alíquota é de três por cento e incide sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza.1

Empresas optantes pelo Simples Nacional não estão obrigadas ao pagamento da COFINS em guia separada, o seu valor é recolhido junto com o DAS, já as empresas que optarem pelo Lucro Presumido, Real ou Arbitrado pagam a guia da COFINS.

1.1.3.2 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL

A CSLL deve ser recolhida de acordo com o mesmo regime de tributação adotado para o pagamento do IRPJ. A base de cálculo deste imposto é o lucro líquido do período de apuração, antes das provisões de Imposto de Renda, e neste se aplica a alíquota de acordo com o ramo da empresa, e o pagamento ocorre mediante a DARF emitida na Receita Federal.

Estão sujeitas ao pagamento da CSLL as pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País. A alíquota da CSLL é de 9% (nove por cento) para as pessoas jurídicas em geral, e de 15% (quinze por cento), no caso das pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras, de seguros privados e de capitalização. A apuração da CSLL deve acompanhar a forma de tributação do lucro adotado para o IRPJ.2

“[...] A CSLL é apurada trimestralmente, deve ser paga em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

[...]”.3

1CONTABEIS.

Uso de referências e documentos eletrônicos. Disponível em: <http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/cofins>. Acessado em 18 de março de 2013.

2

RECEITA FEDERAL. Uso de referências e documentos eletrônicos. Disponível em:<http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/ContribCsll/Default.htm >. Acesso em 29 mai. 2013. Horário: 14h39.

3

(18)

A variação da alíquota dependerá do ramo de atividade exercido pela empresa, de acordo com a tabela estipulada pela Receita Federal.

1.1.3.3 Imposto de Exportação IE

Imposto pago sobre qualquer mercadoria que sai do país, com destino a outro, sendo que a base de cálculo para o pagamento deste tributo é o valor de venda em um mercado de livre concorrência.

O IE – Imposto de Exportação tem como fator gerador a saída de produto nacional ou nacionalizado do território nacional. Uma de suas características é a cobrança com função fiscal e regulatória. Esse imposto não se sujeita ao princípio de anterioridade, podendo ser alterado no mesmo exercício financeiro.4

É de competência da União, onde se expedirá a guia para pagamento da mesma, chamada de guia de exportação, a alíquota é de 30% podendo ser maior ou menor, porém, não podendo ser superior a 150%.

1.1.3.4 Imposto de Importação – II

Este tributo incide sobre produtos que são comprados de outros países, ou seja, de origem estrangeira, além de algumas bagagens também vindas de fora do país. A base de cálculo se dá mediante a conversão da moeda estrangeira para a moeda nacional e assim se obtém o valor em reais do produto e a partir deste valor se aplica as alíquotas.

O II – Imposto sobre importação de produtos estrangeiros incide sobre a importação de mercadorias estrangeiras e sobre a bagagem de viajante procedente do exterior. No caso de mercadorias estrangeiras, a base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC). No caso da bagagem, a base de cálculo é o valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção e a alíquota é de cinquenta por cento.5

4

PORTAL TRIBUTÁRIO. Uso de referências e documentos eletrônicos. Disponível em:<http://www.portaltributario.com.br/tributos/impostodeexportacao.htm >. Acesso em 18 mar. 2013. Horário: 14h50.

5

(19)

Este imposto foi instituído com o objetivo de servir como mecanismo de controle sobre as importações para que houvesse um controle de produtos importados, uma vez que, sem esse controle através do pagamento desse imposto as empresas nacionais sofreriam ainda mais com a concorrência dos produtos estrangeiros. (ALEXANDRE, 2007).

O governo brasileiro instituiu esse imposto com a finalidade de controlar a economia, ou seja, se os produtos importados chegassem aqui com preços menores, todos começariam a importar, e a indústria e o comércio do país enfraqueceria. Assim o governo controla as importações também através das alíquotas, quando se tem bastante procura de produtos fora do Brasil, ele aumenta a porcentagem da alíquota do imposto, assim estimula a compra de produtos nacionais e não estrangeiros.

1.1.3.5 Imposto sobre Propriedade Territorial Rural – ITR

O ITR – Para PORTAL TRIBUTÁRIO, “[...] O Imposto sobre a Propriedade

Territorial Rural, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano [...]”.6

[...] É um imposto com a finalidade extrafiscal, ou seja, finalidade interventiva e suas alíquotas são fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, incide sobre imóveis situados em área rural. O fator gerador é a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como determina a Lei Civil, a base de cálculo é o valor fundiário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (RACHOW; MOREIRA, apud, ALEXANDRE, 2007, p.29)

O ITR tem a finalidade de abolir as propriedades rurais que não são utilizadas para fins de agricultura, pastagens, ou seja, são áreas impróprias para cultivos e rebanhos.

A base de cálculo do imposto é de acordo com o valor da propriedade, quanto maior é o valor da mesma, maior o imposto, quanto menor, menos imposto irá pagar.

6

(20)

1.1.3.6 Imposto sobre Operações Financeiras – IOF

IOF é um imposto que o governo utiliza muito para controlar a economia, como ele é gerado sobre operações financeiras, essas quando estão em altas, ou seja, quando ocorre uma alta na inflação, o governo aumenta a alíquota de IOF, fazendo com que o mercado financeiro diminua as suas transações. Já, se não estão ocorrendo muitas movimentações, o governo baixa a alíquota para estimular a aplicação e resgate no mercado financeiro.

O IOF – Imposto sobre Operações Financeiras incide sobre operações de crédito, operações de câmbio, de seguro realizadas por seguradoras, operações relativas a títulos ou valores mobiliários, operações com ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial. Não incide IOF em operações realizadas por autarquias e fundações mantidas pelo poder público, templos de qualquer culto, partidos políticos inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos.7

Esse imposto é aplicado sobre operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativos a títulos ou valores mobiliários, sua natureza é evidentemente financeira, tem finalidade extrafiscal, possibilitando a União intervir no funcionamento do mercado financeiro. Se o excesso de demanda está gerando um surto inflacionário, uma das alternativas é o aumento da alíquota de IOF, sendo que o acesso a financiamentos sofrerá um declínio diminuindo assim por consequência o consumo. (ALEXANDRE, 2007)

1.1.3.7 Imposto de Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ

O IRPJ é um imposto pago pelas empresas que obtém um lucro em sua atividade, ele poderá ser pago mensalmente ou trimestralmente, conforme a empresa escolha. Se chegar ao fim do ano e o valor do IRPJ que foi pago não foi o suficiente após a apuração do imposto pela estimativa anual, este deverá ser pago até o último dia útil do mês de março do ano subsequente. Caso o valor pago mensalmente ultrapasse o valor da estimativa anual, poderá ser compensado a partir de janeiro do ano subsequente.

(21)

As empresas que poderão optar em pagar o IRPJ mensalmente ou trimestralmente são as que optarem por regime de tributação do Lucro Real, Arbitrado ou Presumido.

É um imposto federal, recolhido para a Receita Federal, que incide sobre a arrecadação das empresas. A base de cálculo, a periodicidade de apuração e o prazo de recolhimento variam conforme a opção de tributação (lucro real, presumido ou arbitrado), podendo ser trimestral ou mensal.8

Com base no lucro real a alíquota será aplicada sobre o lucro real e não sobre o lucro líquido do exercício. Já no lucro presumido a alíquota será aplicada sobre a soma do lucro presumido obtido das receitas operacionais, e também das receitas financeiras, descontos, recuperação de despesas e ganho de capital. No lucro arbitrado a base de cálculo da alíquota do IRPJ será sobre o lucro real, ou seja, sobre o valor em que a empresa fez o seu arbitramento. (IUDÍCIBUS; MARION, 2009)

Para efetuar o pagamento do IRPJ é emitida uma DARF, documento de arrecadação de receitas federais, que a empresa poderá optar em pagar mensalmente ou trimestralmente até o último dia útil do mês subsequente.

1.1.3.8 Imposto de Renda de Pessoa Física - IRPF

O IRPF é um imposto que deverá ser pago pelas pessoas físicas que auferirem uma renda superior ao mínimo estipulado pela Receita Federal.

O Imposto de renda é cobrado a partir de determinadas faixa de renda mensal. Ela é cobrada através da homologação, ou seja, o contribuinte deve preparar uma declaração anual (seja ela de isento ou simples), informando seus ganhos e quanto deve do imposto para o governo.9

Na declaração as informações precisam ser verdadeiras e comprovação da procedência dos dados informados. Após a entrega via sistema da receita federal, se gerar imposto a pagar, o próprio sistema expedirá uma DARF, que deverá ser paga em cota única ou poderá ser dividida em oito vezes.

8

PORTAL BRASIL. Uso de referências e documentos eletrônicos. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/empreendedor/contas-em-dia-1/principais-impostos-e-taxas/print>. Acesso em 18 mar. 2013. Horário: 15h16.

9

(22)

1.1.3.9 Imposto sobre produtos industrializados – IPI

Segundo Portal Tributário (2013), IPI incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida no RIPI (regulamento do IPI) como industrialização, mesmo

incompleta, parcial ou intermediária.10

É um imposto de competência federal aplicado na maioria das vezes às indústrias, a sua alíquota varia de acordo com cada produto, não tem efeito cumulativo, pois o pagamento é efetuado na compra de matérias-primas e ocorrem casos em que o produto não tem incidência do imposto. (RIBEIRO, 2005).

A base de cálculo desse imposto é o valor do produto quando sai da indústria.

O governo geralmente se utiliza muito desse imposto para regular a economia no Brasil. Quando a compra de veículos, eletrodomésticos e algumas máquinas estão em baixa, o governo retira o IPI e consequentemente há um aumento na aquisição desses produtos que estão com isenção do IPI por prazo determinado. Ou seja, ocorre um aquecimento na economia. Isso também faz com que em um determinado momento seja preciso aumentar a alíquota desse imposto para que se desestimule o consumo destes produtos para que sejam substituídos por outros.

Essa decisão também favorece a indústria que muitas vezes esta desaquecida devido a falta de procura dos seus produtos no mercado, então o governo estabelece esse subsídio (isenção do IPI) para que a indústria volte a produzir aquecidamente evitando o desemprego e se fortalecendo novamente.

1.1.3.10 Programa de Integração Social PIS

O PIS é um benefício concedido pelo governo aos trabalhadores, mas quem paga isso para ele são as empresas. É um dos benefícios mais esperados pelos trabalhadores que possuem esse direito.

10

(23)

Programa de Integração Social foi criado pela Lei Complementar 07/1970, são contribuintes as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao regime do Simples Nacional. A alíquota do PIS é de 0,65% ou 1,65% sobre a receita bruta ou 1% sobre a folha de salários, nos casos de entidades sem fins lucrativos. Entretanto, para determinadas operações, a alíquota é diferenciada.11

O PIS é um direito do trabalhador, e este precisa estar cadastrado no programa para receber o FGTS e seguro desemprego. O número do PIS hoje já vem cadastrado na carteira de trabalho das pessoas que há fizerem pela primeira vez.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, o PIS tem a finalidade de promover a integração do empregado com o desenvolvimento da empresa. Por meio do cadastramento no programa o trabalhador recebe um número de inscrição, que possibilitará consultas e saques dos benefícios sociais administrado pela Caixa.12

Este benefício é concedido ao funcionário pela primeira vez após cinco anos do primeiro registro desde que sua remuneração não tenha ultrapassado a dois salários mínimos em média no período. Após receber a primeira vez o PIS, a cada ano o trabalhador registrado terá o direito a sacar o valor correspondente a um salário mínimo, desde que a média salarial não ultrapasse ao acima citado.

Todo o ano é divulgado uma tabela estabelecendo as datas para que o funcionário efetue o saque do seu benefício. Não o fazendo no período previsto, haverá um período fixado quando os que não o fizeram poderão procurar fazer o saque já que o benefício será disponibilizado à todos os remanescentes para conclusão do período.

PIS sobre faturamento é calculado sobre a receita bruta mensal aplicando-se a alíquota de 0,65% sendo uma obrigação tributária, devida mensalmente pela empresa com vencimento último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente da ocorrência.

Contribuem com o PIS as pessoas jurídicas e as equiparadas pela legislação do Imposto de Renda.

11 Idem

12CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.

(24)

1.1.3.11 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS

O fundo garante uma subsistência do empregado após a sua demissão, subtende-se que nesse intervalo o mesmo não possuirá renda alguma para se sustentar.

O FGTS – “[...] Fundo de Garantia do Tempo de Serviço é mais um encargo

que a empresa tem em relação ao valor bruto da folha de pagamento.[...]” (RIBEIRO,

2005, p. 137)

O referido encargo (FGTS) é um percentual do salário do trabalhador com carteira assinada, depositado mensalmente pela empresa em sua conta corrente vinculada. Quando reincidir o contrato com a empresa sem justa causa o trabalhador terá direito de resgate desse valor depositado.

Mensalmente, nos primeiros dias do mês seguinte ao mês trabalhado a empresa depositará 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior. O depósito se dará através da GFIP guia de recolhimento do fundo de garantia por tempo de serviço e informações à previdência social. (RIBEIRO, 2005)

Alguns empregadores ficaram isentos desse adicional, continuando a recolher o equivalente a 8%. São eles:

As empresas inscritas no sistema integrado de impostos e contribuições das microempresas e empresas de pequeno porte – Simples, desde que o faturamento anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00; as pessoas físicas, em relação à remuneração de empregados domésticos; as pessoas físicas, em relação a remuneração de empregados rurais, desde que sua receita bruta anual não ultrapasse o limite de R$ 1.200.000,00. (RIBEIRO, 2005, p. 137)

O Fundo de garantia atualmente está sendo muito usado como fonte de recursos para habitação popular e o saneamento básico.

1.1.3.12 Instituto Nacional do Seguro Social INSS

Pode se dizer que o INSS é o caixa da Previdência Social, ficando com o mesmo a responsabilidade pelo pagamento das aposentadorias e demais benefícios ao trabalhador, exceto para aqueles que são servidores públicos e não contribuintes.

(25)

Previdência Social e ao pagamento dos benefícios de pensão, aposentadoria e outros previstos em lei.[...]”13

A previdência social é um seguro coletivo, público, compulsório, destinado a estabelecer um sistema de proteção social, mediante contribuições. É uma instituição publica que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo a maternidade e a reclusão. (RACHOW; MOREIRA, 2009, p. 33)

De acordo com valores dos salários aplica-se o percentual estipulado por lei para o recolhimento do INSS.

1.1.3.13 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE

A CIDE tem competência exclusiva da União, pode se dar na via da lei ordinária ou da medida provisória, são tributos extrafiscais, onde a sua finalidade não é arrecadar recursos para os cofres públicos, mas intervir numa situação social

ou econômica. São criados com base no elemento teológico (doutrina) ou finalístico

(um fim, uma finalidade) para serem consideradas legítimas. (ALEXANDRE, 2007).

“[...] Incide sobre a importação e a comercialização de gasolina, diesel e suas correntes, querosene de aviação e outros combustíveis, gás liquefeito de petróleo, inclusive os derivados de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível. [...]”14

O produto de arrecadação da CIDE será destinado, na forma da lei orçamentária, ao:

- pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados de petróleo;

- financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; e

- financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. (PINTO, 2007, p. 516).

Serão contribuintes aqueles que formulam os produtos, o produtor e o importador, tanto pessoa física, como pessoa jurídica, para fins de comercialização

13

EDUCAÇÃO. Uso de referências e documentos eletrônicos. Disponível

em:<http://www.educacao.cc/financeira/para-que-serve-o-inss-e-previdencia-social/ >. Acesso em 05 mai. 2013. Horário: 18h47.

14

(26)

no mercado interno ou na importação, haverá sempre a aplicação de uma alíquota igualitária para ambas as situações.

1.1.4 Impostos Estaduais

Estes impostos são cobrados pelo Estado e o Distrito Federal, e cada qual possui suas alíquotas diferenciadas para cada estado. Os Impostos estaduais são os seguintes:

1.1.4.1 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação - ICMS

O ICMS “[...] é contribuinte qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize,

com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial [...]”. 15

O ICMS é um imposto comum entre as empresas de revenda de mercadorias e prestação de serviços, por ser um imposto não cumulativo ele poderá ser compensado em outras operações.

É um imposto de competência estadual, seu valor esta incluso no valor das mercadorias ou dos serviços descritos nas Notas Fiscais. Aplica-se uma alíquota que pode variar de acordo com o tipo de mercadoria e serviço, e também do Estado de origem e destino. Há alguns produtos que não sofrem incidência ou são imunes. (RIBEIRO, 2005).

Cada Estado implanta a sua tabela de ICMS podendo variar de Estado para Estado. Nos casos de revenda de mercadorias de um Estado para outro deve-se ficar atento para essas tabelas para saber se deverá ser pago o ICMS de diferenciação de alíquotas.

15

(27)

1.1.4.2 Imposto de Causas Mortis e Doação – ITCMD

Quando ocorrer partilha de bens, abertura de sucessão, herança, lavratura de escritura de doação, incidirá o ITCMD.

O ITCMD, “[...] é um Imposto Estadual devido por toda pessoa física ou jurídica que receber bens ou direitos como herança (em virtude da morte do antigo proprietário) ou como doação. [...]”16

“[...] Os principais Estados brasileiros estão aumentando sua receita com a cobrança do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que por muito tempo não foi recolhido por grande parte dos contribuintes. A arrecadação do tributo tornou-se possível graças ao aumento da informatização dos serviços públicos e cartorários, o que facilita o trabalho de fiscalização dos órgãos fazendários estaduais.” (O ESTADO DE SAO PAULO, apud, PORTAL TRIBUTARIO)17

O ITCMD é gerado a partir do momento que uma pessoa possuidora de bens, venha a falecer, e deixa-os para seus herdeiros ou legatários. E estes para conseguirem obter esses bens deverão inventariar (espólio) e pagar o imposto ITCMD para depois tê-los como seus. Em caso de doação quem paga o ITCMD é o donatário, ou seja, o que recebe a doação.

“[...] O tributo possui natureza eminentemente arrecadatória (fiscal) e não

incide sobre as transmissões originárias, como por usucapião ou por acessão. [...]”

(ALEXANDRE, 2007, p.529).

Esse imposto deverá ser calculado, declarado e pago pela pessoa que está recebendo o bem como herança. Sobre a herança não se paga imposto de renda somente o ITCMD e ITBI, ou seja, o herdeiro não irá pagar os impostos duas vezes.

16

RECEITA FEDERAL. Uso de referências e documentos eletrônicos. Disponível em: <http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=395 >. Acesso em 05 mai. 2013. Horário: 15h08.

17

(28)

1.1.4.3 Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA

O IPVA deverá ser pago por toda a pessoa física ou jurídica que for proprietária de veículo automotor. A base de cálculo desse imposto é o valor venal do veículo sendo que a alíquota pode variar de 0,5% a 4%.

“[...] O IPVA trata-se de um tributo com finalidade marcantemente fiscal, pois

tributa uma manifestação de riqueza do contribuinte com o objetivo de carrear

recursos para os cofres públicos estaduais. [...]” (ALEXANDRE, 2007, p. 562)

Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, devido anualmente por todos os proprietários de veículos automotores. O valor arrecadado é destinado 50% para o Estado e 50% para o Município onde o veículo encontra-se licenciado e destina-se ao financiamento dos serviços básicos da população: saúde, educação, segurança, transporte, etc. O contribuinte é toda pessoa física ou jurídica proprietária de veículo automotor. No caso de arrendamento mercantil, contribuinte é a empresa arrendadora. Nos casos de veículos com comunicado de venda registrado no DETRAN, o comprador é o contribuinte em relação aos fatos geradores posteriores à compra.18

O IPVA é um imposto cobrado sobre todos os veículos automotores (carros, motos, caminhões, ônibus, etc.). Ele pode ser pago em cota única ou parcelado em cinco vezes. Ele começa a ser cobrado no mês de fevereiro se pago em cota única, ou a partir de março quando vence a primeira parcela para os casos em que houve o parcelamento.

1.1.5 Impostos Municipais

Cabe às prefeituras administrar, fiscalizar e arrecadar os tributos municipais, sendo eles: imposto sobre serviço de qualquer natureza (ISSQN), imposto predial e territorial urbano (IPTU), imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI). Os valores arrecadados com esses impostos ficam para o município, não podendo o mesmo instituir nenhum outro tipo de impostos além desses três que lhes foram deferidos.

18

(29)

1.1.5.1. Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN

Todas as empresas prestadoras de serviços ou profissionais autônomos, estão obrigadas a pagar o ISSQN, esse imposto se destina ao município em que a empresa esta estabelecida.

“[...] O ISSQN tem como fator gerador a prestação de serviço, o serviço considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador, ou na falta do estabelecimento, no local de domicílio do prestador. [...]”19

O fato gerador do ISS está definido no art. 1º. da LC 116/2003, nos seguintes termos:

“Art. 1º. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência

dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

§ 1º. O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.

§ 2º. Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 3º. O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.

§ 4º. A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço

prestado”. (ISS – LC 116/2003).

Para o pagamento do imposto ficou instituída uma alíquota de no máximo 5%, sendo o município quem determina a porcentagem que vai aplicar podendo o mesmo isentar de pagamento em determinados casos. Será aplicada as alíquotas sobre o valor total do serviço executado.

1.1.5.2 Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU

O IPTU é cobrado anualmente pelo município sobre os imóveis urbanos, através de um carnê e calculado a partir do valor venal do imóvel, tendo o contribuinte a opção de parcelamento desse imposto.

19

(30)

“[...] O IPTU, por sua vez, possui característica predominantemente fiscal, sendo importante fonte de arrecadação municipal, sem prejuízo da sua excepcional

utilização extrafiscal, prevista no art. 182, § 4º., II, da CF/1988. [...]” (ALEXANDRE,

2007, p. 566)

A Emenda Constitucional 29/2000 autorizou que as alíquotas do IPTU sejam progressivas, em razão do valor do imóvel, vários Municípios adotaram essa técnica argumentando que se poderia presumir que quanto mais valioso o imóvel o proprietário teria maior renda para pagar o imposto. A progressividade da alíquota somente poderá ser legítima a partir da Emenda, que tem objetivo fiscal, pois, quando se aumenta uma alíquota sobre os imóveis de maior valor entende-se que os proprietários possuem maior poder aquisitivo para pagá-lo, porém devendo-se estar atento aos limites do razoável, podendo o município ser punido em efeito confiscatório. Somente poderão ser progressivos os tributos que a Constituição Federal autorize, não devendo ser generalizado para todos. (ALEXANDRE, 2007)

1.1.5.3. Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI

O ITBI incide sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos, de forma a evitar conflito entre Estados e seus respectivos Municípios,

assim se a transmissão é causa mortis, ou seja, venda do imóvel após a morte do

seu dono incidirá ITCMD. Se é inter vivos, deverá verificar se ocorreu ato oneroso ou

a título gratuito, neste caso incidirá o ITBI. (ALEXANDRE, 2007)

A alíquota é de 2,4% sobre o valor do imóvel, o imposto incidirá sempre no Município onde estiver localizado o bem, quem deverá efetuar o pagamento é o comprador do bem, sem o recolhimento do ITBI não haverá a possibilidade de averbação do imóvel junto ao Cartório de Registro de Imóveis.

1.2 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

(31)

1.2.1 Simples Nacional

O Simples Nacional é um regime de tributação simplificado, que foi instituído a partir de 2007, para unificar todos os impostos federais em uma única guia de arrecadação, chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples), com vencimento todos os dias 20 do mês subsequente. No entanto o que parecia ser simples foi um processo de difícil adaptação, tanto para as empresas como para os escritórios contábeis.

O Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios.20

Para o ingresso neste regime de tributação a empresa deverá ser Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP), cumprir a legislação e efetuar a opção até cento e oitenta dias após a emissão do CNPJ junto a Receita Federal.

Podem ser enquadradas como ME aquelas que tenham auferido no ano calendário receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00. Já as EPP que auferirem receita bruta igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.

São características principais do Regime do Simples Nacional:

Ser facultativo;

Ser irretratável para todo o ano calendário;

Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP);

Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação – DAS;

Disponibilização às ME /EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituição do crédito tributário;

Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais;

Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta;

20

(32)

Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher ICMS e o ISS diretamente ao Estado ou ao Município.21

Esse imposto veio para facilitar a vida das pequenas empresas, pois muitas vezes com a alta carga tributária que estas pagariam caso fossem enquadradas em outro regime de tributação, muito provavelmente não conseguiriam sobreviver no mercado, pois, mesmo usufruindo desse benefício ainda assim muitas sofrem dificuldades.

1.2.2 Lucro presumido

É uma forma de tributação simplificada para as empresas que não precisam estar obrigatoriamente enquadradas no regime de tributação do Lucro Real, e as sociedades de prestação de serviços profissionais de profissão legalmente regulamentadas.

“[...] Poderá se ingressar ao sistema a pessoa jurídica que iniciar atividades a partir do segundo trimestre manifestará a opção com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido relativa ao período de apuração do início da atividade. [...]”22

A opção por esse regime se dá mediante pagamento da DARF. Deverão ser adicionados os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos mesmo que não façam parte da atividade da empresa. (OLIVEIRA, 2009).

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder. Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$1.000,00 (um mil reais) e o imposto de valor inferior a R$2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única. As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do encerramento do período

21 Idem

22

(33)

de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.23

Não poderão optar pelo Lucro Presumido, as empresas que tiverem faturamento do ano calendário anterior superior a R$ 48.000.000,00 e para as empresas que iniciarem suas atividades no decorrer do ano, deverão fazer o cálculo proporcional à quantidade de meses de atividade exercida. (IUDÍCIBUS; MARION, 2009).

Também não poderão se enquadrar neste regime as atividades de: bancos comerciais, de investimentos, de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedade de credito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, arrendamento mercantil, cooperativas de credito, seguros privados e capitalização e entidades de previdência privada aberta. Ainda as empresas que auferirem rendimentos ou ganhos de capital no exterior; que usufruírem de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto, sob autorização da legislação tributaria; que efetuarem pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430/96, no ano- calendário; que realizarem atividades de prestação cumulativa e continua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring) (IUDÍCIBUS; MARION, 2009, p. 333)

As empresas optantes pelo lucro presumido deverão pagar os seus tributos trimestralmente, até o último dia útil do mês subsequente, por exemplo, o primeiro trimestre acaba em março, neste caso teria ate o dia 30/04 para pagar os tributos.

1.2.3 Lucro Real

O Lucro Real é um regime de tributação adotado pelas empresas que não se enquadram em nenhum dos demais regimes de tributação. Costuma-se dizer que no regime de tributação do Lucro Real se paga mais impostos, mas é um engano, pois dependendo do ramo de atividade, do volume de compras e vendas, da empresa que se compra e que se vende, compensará adotar o regime do Lucro Real, devido suas compensações de impostos, adições e exclusões.

“[...] O Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação

(34)

fiscal. A determinação do lucro real será procedida da apuração do lucro líquido de

cada período de apuração com observância das leis comerciais. [...]” 24

O lucro real é conceituado como sendo o resultado contábil líquido do trimestre antes do IRPJ e da CSLL transcrito em livro próprio – denominado Livro de Apuração Do Lucro Real (LALUR) – e ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas e autorizadas pela legislação do Imposto de Renda. (OLIVEIRA, 2009, p. 101).

O LALUR é um livro utilizado para fins fiscais, deve ser escriturado no final de cada trimestre, ou ao final de cada ano, dividido em duas partes A e B, sendo na parte A as adições, exclusões e compensações, e na parte B o controle dos valores que determinam o lucro da empresa. Serão adicionados ao lucro líquido (RIR/1999, art. 249):

Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real (exemplo: resultados negativos de equivalência patrimonial, custos e despesas não dedutíveis); os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real (exemplo: ajustes decorrentes da aplicação dos métodos dos preços de transferência, lucros auferidos por controladas e coligadas domiciliadas no exterior); Poderão ser excluídos do lucro líquido (RIR/1999, art. 250): os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração (exemplo: depreciação acelerada incentivada); os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real (exemplo: resultados positivos de equivalência patrimonial, dividendos); Poderão ser compensados, total ou parcialmente, à opção do contribuinte, os prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores, desde que observado o limite máximo de 30% (trinta por cento) do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária. O prejuízo compensável é o apurado na demonstração do lucro real de períodos anteriores e registrado no Lalur (parte B) (Lei n o 8.981, de

1995, art. 42).25

Digamos que o regime de tributação do lucro real é o mais justo, pois, se paga imposto de renda sobre o valor líquido de Receitas menos Despesas. Ele é um regime mais burocrático, exige uma dedicação maior por parte de quem faz essa contabilidade.

(35)

1.2.4 Lucro Arbitrado

Segundo a Receita Federal, “[...] o arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte [...]”.26

Esse é um regime de tributação para as empresas que não se adequaram e não cumpriram as obrigações dos regimes do Lucro Real ou do Lucro Presumido. Por isso o nome arbitrado, de arbitramento do seu imposto. A partir do momento que se sabe a receita bruta da empresa, ela vai pagar o seu Imposto de Renda, de acordo com as leis que regem o Lucro Arbitrado.

1.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O Planejamento tributário surgiu para que houvesse uma forma de reduzir a grande carga tributária paga pelas empresas sem que as mesmas precisassem sonegar, portanto, os estudiosos e especialistas na área aplicam na empresa o planejamento como forma de auxílio e dentro das formas aceitáveis pela lei, cria-se um método diferenciado, um estudo aprofundado da empresa de como estão ocorrendo os fatos dentro dela, e também para aquelas que ainda não são atuantes no mercado como forma preventiva.

É explicável muitas vezes porque vem crescendo a quantidade de empresas falidas, muito provavelmente não foi efetuado um planejamento tributário adequado, levando em consideração que a diminuição da carga tributária legal faz com que a empresa economize, tornando-se indispensável a qualquer tipo de negócio.

Para Fabretti, o planejamento tributário é: “[...] O estudo feito

preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo,

pesquisando-se pesquisando-seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas [...]”

(FABRETTI, 2009, p. 08).

Por ser um planejamento e ser preventivo dará a empresa uma visão antecipada de como ficará a sua carga tributária caso opte por outro regime de tributação e da forma correta para se evitar a evasão fiscal e não ser punida por agir de forma contrária a lei.

(36)

O planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos. Se a forma celebrada é jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la. (PORTAL TRIBUTÁRIO, 2013).

O Planejamento tributário é tão importante quanto planejar o fluxo de caixa ou fazer um investimento, pois hoje, com a alta carga tributária tornou-se necessário por uma questão de sobrevivência da organização fazer uma administração correta, um planejamento dos tributos. Assim podendo obter uma rentabilidade maior, menos despesas e consequentemente um bom andamento.

1.3.1 Elisão e Evasão Fiscal

A elisão fiscal é a redução da carga tributaria através do planejamento tributário, ou seja, dentro da legalidade. (FABRETTI, 2009).

Fabretti diz que “[...] a elisão fiscal é legítima e lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico, adotando-se a alternativa

menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei [...]”. (FABRETTI, 2009, p.133)

“[...] A elisão fiscal é a conduta do contribuinte consistente na prática de ato ou celebração de negócio legalmente enquadrado em hipótese visada pelo contribuinte, importando isenção, não-incidência ou incidência não onerosa do

tributo. [...]” (ALEXANDRE, 2007, p. 269)

A elisão fiscal é a melhor opção para as empresas adotarem e fazerem um estudo para se pagar menos tributos, não tendo que se utilizar da evasão fiscal (sonegação de impostos).

Algumas empresas tentam de uma forma errônea diminuir os seus impostos, não utilizando a forma legal para fazer isso, e sim, se utilizando da evasão fiscal.

(37)
(38)

2 METODOLOGIA

O método são os procedimentos que serão realizados para se chegar ao objetivo proposto.

“[...] O método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.”

(CERVO; BERVIAN, 1978, p. 17 apud LAKATOS, 2000, p. 45)

A presente pesquisa teve como objetivo fazer um estudo exploratório-descritivo para se analisar qual foi o melhor regime de tributação para a empresa em questão, utilizando-se de referências bibliográficas, pesquisa documental e estudo dos dados coletados.

O método exploratório-descritivo tem por objetivo descrever detalhadamente os estudos teóricos e práticos, podem ser encontradas tanto descrições quantitativas como qualitativas. (LAKATOS, 2003).

A pesquisa exploratória assume uma forma de estudo de caso, ela ocorre normalmente quando há pouco conhecimento no assunto, fazendo com que se

aprofunde mais, de modo a torná-lo mais claro. “[...] Explorar um assunto significa

reunir mais conhecimento e incorporar características inéditas, bem como buscar

novas dimensões até então não conhecidas [...]”. (BEUREN, 2009, p 81)

Essa pesquisa teve uma abordagem mais ampla sobre o assunto, procura aumentar o conhecimento, proporcionando maiores informações sobre o tema.

Já a pesquisa descritiva tem o intuito de analisar, relatar, comparar, identificar as informações adquiridas dentro da empresa.

“[...] A pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever

características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. Uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas

padronizadas de coleta de dados” (GIL, 1999, apud, BEUREN, 2009, p. 81)

A partir do autor acima referenciado, a pesquisa descritiva foi de grande valia para a descrição dos dados coletados para realizar o planejamento tributário.

“[...] A pesquisa documental pode integrar o rol de pesquisas utilizadas em um

mesmo estudo ou caracterizar-se como o único delineamento utilizado para tal [...]”

(39)

Tal pesquisa organiza as informações que estão dispersas, pois os materiais coletados já passaram por análises, e agora serão utilizados com outra finalidade. Onde as informações úteis já utilizadas anteriormente irão ajudar no presente e também no futuro.

Foi utilizado também como pesquisa documental o Art. 3º do CTN, a Lei Complementar nº 70 que trata da COFINS, a Lei Complementar 07/1970 que trata do PIS, o Art. 1º da Lei Complementar 116/2003 que diz sobre o ISSQN, o Art. 182 da Constituição Federal e a Emenda Constitucional 29/2000 que fala do IPTU, a LC 123/2006 que retrata sobre o regime do simples nacional, Decreto 3000 de 1999 que trata do IRPJ e o LALUR.

A presente pesquisa se utilizou de referências bibliográficas que foram buscadas em autores capacitados e que tem um conhecimento aprofundado do

assunto. “[...] O material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo o

referencial já tornado publico em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, dissertações,

teses, entre outros. [...]” (BEUREN, 2008, p. 87)

Para que o projeto alcançasse o seu objetivo final foi preciso pesquisar em teóricos as explicações escritas em suas obras sobre o assunto abordado, para que soubéssemos na teoria o que iríamos desenvolver na prática. Foi dado maior ênfase nos cálculos realizados onde conseguimos chegar a uma resposta de qual seria o melhor regime de tributação a ser aplicado dentro da empresa.

Neste trabalho foram abordados os seguintes conceitos: Impostos; criação dos impostos; impostos federais, estaduais e municipais; regimes de tributação como o simples nacional, lucro presumido, lucro real, lucro arbitrado; planejamento tributário; elisão e evasão fiscal.

Os dados para o desenvolvimento da pesquisa foram coletados dentro da empresa e foram os seguintes: faturamento dos últimos doze meses do ano de 2012, balanço patrimonial, DR e demais documentos que se fizeram necessários para o andamento do projeto.

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empresa por ter uma boa afinidade com os proprietários, além de ser um ramo de atividade que tem grandes pretenções de crescimento. O maior intúito foi que por solicitação dos sócios, estes gostariam de saber se seria mais viável a empresa permanecer no regime de tributação do Lucro Presumido ou optarem pelo Lucro Real.

Para que os cálculos fossem realizados, nos baseamos em tabelas fornecidas pela Receita Federal, onde nelas constam as alíquotas que foram aplicadas a cada imposto cálculado, de acordo com a atividade exercida pela empresa. Foram calculados os impostos sobre o faturamento mensal: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, ICMS, aplicando as porcentagens de alíquotas adequadas a cada um deles dentro dos regimes de tributações do Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Lucro Real.

Os resultados chegados através dos cálculos serão apresentados em planilhas explicativas mostrando a banca avaliadora e a comunidade acadêmica se a empresa se mantém no lucro presumido ou opta pelo lucro real.

Para Beuren “[...] estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo

concentrado de um único caso. Esse estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofundar seus conhecimentos a respeito de determinado caso específico

[...]”. (BEUREN, 2008, p. 84).

O estudo de caso mostrou os resultados obtidos através dos cálculos em cima dos dados coletados dentro da empresa, é com base neles que chegamos ao veredito para a mesma, se ela está sendo tributada pela forma viável ou não, e também orientá-la a adotar o regime que melhor se encaixa ao perfil da empresa.

Percebe-se que esse tipo de pesquisa é realizado de maneira mais intensiva, em decorrência de os esforços dos pesquisadores concentrarem-se em determinado objeto de estudo. No entanto, o fato de relacionar-concentrarem-se a um único objeto ou fenômeno constitui-se em uma limitação, uma vez que seus resultados não podem ser generalizáveis a outros objetos ou fenômenos. (BEUREN, 2008, p. 84).

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TABELA 2  –  Percentual de redução
TABELA 3  –  Anexo II Simples Nacional
TABELA 4 –  Anexo I Simples Nacional
TABELA 5  –  Receita acumulada em 12 meses  MÊS  VENDA DE  MERCADORIAS  INDUSTRIA/2011  VENDA DE  MERCADORIAS COMÉRCIO/2011 VENDA DE  MERCADORIAS INDUSTRIA/2012 VENDA DE  MERCADORIAS COMÉRCIO/2012 RECEITA  ACUMULADA EM 12 MESES JANEIRO R$         27.082,50
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